sábado, outubro 1

ESTUDO E INTERPRETAÇÃO SOBRE O CAPÍTULO DE ATOS 8, TEXTO ( ATOS 8:1-31 )

Aqui neste estudo de Atos 8 temos alguns personagens aparecendo que são dignos de ser estudados. Os eventos relatados neste capítulo são:

  • Saulo persegue a igreja (1 a 4)
  • Filipe prega em Samaria (5 a 8)
  • Simão, o mágico, crê e é batizado (9 a 13)
  • Pedro e João oram pelos samaritanos (14 a 17)
  • Simão oferece dinheiro para também poder orar pelas pessoas (18 a 24)
  • Os apóstolos voltam para Jerusalém (25)
  • Filipe apresenta Cristo para o Eunuco (26- 40 )

Dentre estes eventos, vamos entender alguns deles do ponto de vista das pessoas que nos são apresentadas aqui.

Saulo

“E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.”

Atos 8:1

Saulo aparece pela primeira vez no capítulo 7, mas é aqui no capítulo 8 onde lemos que ele estava “assolando” a igreja, prendendo diversos discípulos de Cristo.

Porém, vemos também aqui que Saulo foi usado antes mesmo de se converter, pois foi através dele que a igreja começou a se expandir. Quando os cristãos fogem dele é que a Palavra começa a ser levada também para a Judeia e para a Samaria.

Muitas vezes, como já falei aqui no estudo de Atos, Deus usa as coisas que para nós são ruins em nossas vidas, para nos ajudar, para nos levar mais próximos daquilo que Ele deseja para nós.

O conceito de que é bom e do que é ruim é muito difícil de conseguirmos entender pois temos uma visão limitada e temporal das coisas. Deus, que conhece todas as coisas e é eterno, não tem estas limitações. Como criador, Ele consegue enxergar o plano completo, entende tudo o que está acontecendo de um ponto de vista que nós jamais vamos entender.

Para as pessoas da igreja naquela época, provavelmente, ver a perseguição pode ter sido motivo de uma tristeza temporária. Talvez elas ainda não compreendessem o que Deus estava fazendo. A mesma coisa, muitas vezes, acontece conosco.

Filipe

“E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade.”

Atos 8:5-8

Filipe era um dos que foi escolhido como diácono em Atos 6. Assim como vimos com Estêvão, os diáconos estavam fazendo muito barulho no mundo. O trabalho de evangelização, realização de sinais e milagres não estava apenas com os apóstolos, mas com todos aqueles que se dispuseram a servir.

“E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. E levantou-se e foi … E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês?”

Atos 8:26-27a,29-30

Note o padrão que também começamos a ver com Estêvão: obediência ao Espírito Santo. Tanto um como outro, apesar de serem diáconos, estavam também servindo no ministério da Palavra, realizando milagres, curando as pessoas e expulsando demônios.

Porém o que me chama mais a atenção aqui é como ambos estavam submissos ao Espírito Santo. Note que Deus manda que Filipe saia de Jerusalém e vá para Gaza, um lugar deserto e que a resposta dele é, simplesmente, aceitar. Após isso, Deus manda que ele vá até o carro onde esta o oficial Etíope. Lemos que então Filipe corre, uma ação clara de quem obedece, ouve o que o Etíope está lendo e a faz a pergunta “Entendes tu o que lês?”.

Se queremos causar impacto na vida das pessoas, precisamos obedecer o Espírito Santo.

Samaritanos

Antes de ser enviado para Gaza, Filipe prega a palavra em Samaria.

“E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,”

Atos 8:6

Se você têm acompanhado todos os estudos vai se lembrar do estudo do Evangelho, onde falamos sobre o encontro de Jesus com a mulher Samaritana.

Todas as vezes que falamos sobre os Samaritanos é importante que nos lembremos da relação deles com o povo de Israel.

Uma história muito longa e complexa, explicada da maneira mais resumida possível é: os samaritanos se consideravam também filhos de Israel, e realmente eram. Porém os judeus não consideravam este povo como verdadeiros israelitas pois, no passado, eles haviam se misturado com outros povos.

Sendo assim, o relacionamento destes dois povos nunca foi bom. Quando Filipe vai pregar em Samaria, isso era mais uma afronta aos judeus, que já perseguiam a igreja de Cristo por vários outros motivos. Levar o evangelho para Samaria, dizendo que aquela era a vontade de Deus dada através de Seu filho Jesus, era uma afronta sem tamanho para os religiosos.

Simão, o mágico

Em Samaria, conhecemos Simão, o mágico.

Este era um enganador, que havia ganhado dinheiro e fama naquela região por conta de sua arte. Porém, tocado através da pregação de Filipe, ele se converte e é batizado, passando a ser mais um discípulo de Cristo.

Quando os apóstolos Pedro e João vão para Samaria para acompanhar o que estava acontecendo e começam a orar para que as pessoas recebessem o Espírito Santo, Simão lhes oferece dinheiro para que ele tivesse o mesmo dom. 

“E estava ali um certo homem chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.”

Atos 8:9,13,18-19

A dura repreensão de Pedro para Simão nos mostra o quão ruim foi esta atitude deste que, antes, era um mágico.

Na minha opinião, o erro de Simão foi o de não entender o todo. Ele ouviu a Palavra através de Filipe, viu os milagres acontecendo, as pessoas sendo curadas, demônios sendo expulsos e, por fim, o Espírito Santo batizando as pessoas.

Em sua vida ele havia conhecido coisas do tipo como uma fonte de renda, uma maneira de ganhar fama e seguidores. O problema foi ele não ter se livrado desse  tipo de pensamento e continuado acreditando que Filipe e os apóstolos faziam a mesma coisa.

A história de Simão nos dá diversas lições. Uma delas é a de que tudo o que pensamos, conhecemos e fazemos deve ficar para trás quando nos chegamos a Cristo. Aquilo que vivemos no passado passa a não ter mais importância. A maneira como pensamos, como enxergamos a vida, como olhamos para as pessoas, deve mudar radicalmente.

Quando tentamos levar para dentro da vida com Cristo a nossa maneira de pensar do passado, vamos entender tudo errado. Da mesma maneira como aconteceu com Simão.

O eunuco

Por fim, aqui no capítulo 8 de atos, conhecemos também o eunuco, oficial Etíope. A Palavra não nos diz qual o nome desta pessoa.

Aqui precisamos entender que, a região controlada pelas Candace (título dado à rainha dessa origem) era uma região no norte da África, relativamente próxima de Gaza. Este oficial era responsável pelos tesouros dela, ou seja, uma pessoa importante naquele reino.

Ele havia subido para Jerusalém para adorar e, por algum motivo, tinha uma cópia do texto de Isaías, o qual ia lendo na sua volta para casa. O fato dele ter um texto de Isaías é interessante pois isso era reservado para pouquíssimas pessoas, que tivessem muitas condições. Além disso, o fato dele ser um eunuco também nos fala bastante sobre como ele era visto pelos judeus.

“E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.”

Atos 8:26-31

Mesmo com todas estas condições, Deus pede que Filipe vá lá pregar e batizar exclusivamente uma única pessoa. Uma pessoa desprezada pelos religiosos por conta da vida que levava e das condições em que vivia. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA,  NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, setembro 30

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ECHINODORUS MACROPHYLLUS ( KUNTH.) MICHELI." UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli
Família: 
Alismataceae
Sinonímia científica: 
Alisma macrophyllum Kunth
Partes usadas: 
Folha seca
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial, sais minerais, tanino, iodo, saponinas, flavonoides, triterpenos, alcaloides, holosídeos e heterosídeos cardiotônicos.
Propriedade terapêutica: 
Diurético, anti-inflamatório, adstringente, antiarrítmico, antirreumático, imunossupressor, citotóxico.
Indicação terapêutica: 
Aterosclerose, doenças da pele, fígado e trato urinário (litíase, nefrite).

Origem, distribuição:

Nativa do Brasil e Bolívia. No Brasil distribui-se nos Estados do Paraná, Piauí, Amapá, Amazonas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Descrição:
É uma planta aquática, ocorre em vazantes, beira de rio, campos alagáveis e siltosos, preferindo solos de várzeas ou águas pouco profundas. Porte varia de 0,70 a 1,0 m.

Folha peciolada, oval, de base cordiforme e aguda ou acuminada no ápice, limbo inteiro, de cor verde-escura, comprimento de 20 a 40 cm, largura de 15 a 35 cm na região próxima à base, de superfície rugosa, áspera, pedatinérvia, com 11 a 13 nervuras principais, salientes na página inferior. O nome "chapéu-de-couro" deriva do formato da folha ser parecido com os chapéus usados no nordeste do Brasil.

Pecíolo longo, coriáceo, medindo até 70 cm de comprimento, sulcado longitudinalmente. Flores brancas, hermafroditas, perfeitas, numerosas, dispostas em racimos, alongados.

Uso popular e medicinal:

Chapéu-de-couro tem sido usado principalmente como antirreumático e diurético potente. Vários trabalhos evidenciam as ações desta planta. Foram avaliados os efeitos da folha de extrato etanólico em modelos de inflamação aguda e subcrônica; efeitos toxicológicos em ensaios in vitro e in vivo de um extrato aquoso preparado com as folhas; potência de quatro novos diterpenoides isolados das folhas; e a genotoxicidade e mutagenicidade de um extrato aquoso das folhas.

Outro estudo relata que E. macrophyllus exibe atividades farmacológicas de interesse tais como agente adstringente, diurético, anti-arrítmico, anti-inflamatório e antirreumático no tratamento da aterosclerose, doenças da pele, fígado e trato urinário (litíase, nefrite). Tem efeito imunossupressor (inibe os sintomas ou o surgimento de uma doença) e citotóxico (tóxico à célula, impede o crescimento de um tecido celular).

Em termos de componentes químicos foi relatado a presença de sais minerais, tanino, iodo, saponinas, flavonoides, triterpenos, alcaloides, holosídeos e heterosídeos cardiotônicos, que agem como estimulante do suco biliar no intestino delgado e possibilitam a melhoria da função renal.

O óleo essencial de E. macrophyllus extraído das partes aéreas da planta obteve rendimento de 0,01% a partir de 50 g de material vegetal seco. A análise possibilitou a identificação de 21 componentes, totalizando 70,8% das substâncias identificadas, sendo majoritários o dilapiol (apresenta propriedade inseticida), a 2-tridecanona (substância relacionada com o mecanismo de defesa da espécie frente a ação de predadores e atração de polinizadores) e o óxido de cariofileno (conhecido pelas atividades anti-inflamatória, analgésica e antiúlcera).

 Dosagem indicada.
Diurético leve e anti-inflamatório. Componentes: folhas secas (1 g); água q.s.p. (150 mL). Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Uso interno: acima de 12 anos tomar 150 mL do infuso logo após o preparo, 3 vezes ao dia.

 Advertência. Não deve ser usado por pessoas com deficiência renal e cardíaca. Não utilizar em caso de tratamento anti-hipertensivos .

Outros usos:
Chapéu-de-couro é empregado na produção de bebidas sem álcool (refrigerante popular conhecido como "mineirinho") e na ornamentação de aquários. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

ESTUDO E EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO 15: 1-39 DE MATEUS:

15.1 — O fato de os escribas e fariseus terem viajado de Jerusalém para a Galileia para ver Jesus indica que Sua reputação já havia se espalhado.

15.2 — A tradição dos anciãos não era a Lei de Moisés, e sim uma tradição oral baseada na interpretação da Lei. Eles lavavam as mãos como um cerimonial para remover as impurezas, não por higiene pessoal (Mc 7.2-4).

15.3 — Num estilo clássico dos rabinos, Jesus respondeu a acusação dos escribas e fariseus com uma pergunta. Já que eles haviam acusado Jesus e Seus discípulos de terem transgredido os ensinamentos antigos dos rabinos, Ele, por sua vez, acusou-os de terem transgredido o mandamento de Deus. Os escribas e fariseus colocavam seus conceitos acima da revelação de Deus, e ainda assim afirmavam que lhe obedeciam.

15.4-9 — Jesus estava se referindo a uma prática pela qual as pessoas consagravam seus bens a Deus a fim de usá-los em beneficio próprio, e não em prol de outros. Por exemplo, se os pais precisassem de dinheiro, os filhos tinham uma desculpa para não ajudá-los, dizendo que seus recursos já tinham sido consagrados a Deus. Essa artimanha livrava os filhos de honrar os pais ao cuidar deles na velhice.
15.10-14 — Em Mateus 15.3-9, Jesus repreende os escribas e fariseus por estarem tão obcecados pela tradição que não conseguiam cumprir os mandamentos mais simples. Ele aqui os reprova por se preocuparem tanto com a lavagem cerimonial e suas regras alimentares rígidas e não darem importância ao caráter. Ambas as recriminações de Jesus foram consequência das acusações dos escribas e fariseus, descritas em Mateus 15.2.

15.15-20 — O que a pessoa pensa no seu coração, isso é o que ela é. Mas como é que os pensamentos nascem no coração, a fonte de toda reflexão? Por meio da visão, da audição e dos demais sentidos. A matéria-prima de nossas ações é o que recebemos na mente e permitimos que chegue ao coração. Davi expressou tal verdade desta maneira: Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti (Sl 119.11). Encontramos o mesmo conceito, mas focalizando a ação negativa, no Salmo 101.3: Não porei coisa má diante dos meus olhos. Paulo descreve o cristão como aquele que leva cativo todo entendimento a obediência de Cristo (2 Co 10.5).

15.21-23 — Essa mulher era uma gentia que não tinha o direito natural de pedir algo ao Messias judeu.

15.24 — Esse versículo mostra o compromisso de Cristo com Israel, a quem ele chama de ovelhas perdidas. Jesus sempre deu primeiro aos judeus a oportunidade de aceitá-lo como o seu Messias.

15.25-28 — Os filhos a quem Jesus se refere aqui são o povo de Israel. “Os cachorrinhos” dizem respeito aos gentios.

15.29-31 — A cena muda da região de Tiro e Sidom para uma montanha próxima ao mar da Galileia, mas continua sendo um território gentílico. Marcos 7.31 descreve essa região como sendo Decápolis. E glorificava o Deus de Israel. Os gentios creram no Deus de Israel e o glorificaram, enquanto muitos em Israel continuavam cegos em relação ao Messias.

15.32-39 — Esse não é o mesmo milagre descrito em Mateus 14.14-21. Jesus mesmo nos mostra que a multidão foi alimentada em dois milagres distintos (Mt 16.9,10). Este, em especial, supriu a necessidade de alimento dos gentios de modo sobrenatural. Os sete cestos de pedaços que sobraram aqui contrastam com os doze cestos do capítulo 14; e a palavra do original traduzida por cestos cheios em Mateus 15.37 é diferente da palavra traduzida da mesma forma em Mateus 14:29!  Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA,  A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ". 

quinta-feira, setembro 29

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SYZYGIUM AROMÁTICUM ( L. ) MERR.& L.M.PERRY " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

O cravinho ou cravo-da-índia, chamado cientificamente Syzygium aromaticus, tem ação medicinal, sendo útil no combate a dores, infecções, além de também poder ajudar a aumentar o apetite sexual.

O cravo-da-índia, além de ter propriedades medicinais também é uma importante fonte de nutrientes, como vitamina A, vitamina E e beta-caroteno. Pode ser utilizado na sua forma natural para enriquecer a alimentação, ou em forma de cremes e óleos, que selecionam algumas propriedades, para o seu uso na cosmética, por exemplo.

O cravo-da-índia pode ser facilmente encontrado em supermercados e drogarias em embalagens pequenas. Além disso, seu óleo essencial pode ser encontrado em lojas de produtos naturais.

Os principais benefícios da cravo-da-índia para a saúde são:

Combate infecções:

Devido à sua ação antimicrobiana, o cravinho pode ser usado no combate às infecções causadas por alguns tipos de bactérias, especialmente estafilococos e E. coli, ou por fungos, por sua ação antifúngica. Esta ação parece estar ligada à presença de eugenol, metil salicilato, kaempferol, ácido gálico e ácido oleanólico na sua composição.

Estes componentes parecem desnaturar as proteínas que reagem com a membrana celular das bactérias, alterando a sua permeabilidade e impedindo que continuem de desenvolvendo e multiplicando.

Previne o câncer:

O cravo-da-índia possui ainda grande concentração de compostos fenólicos, o que lhe confere uma potente ação antioxidante, protegendo o corpo de doenças crônicas graves, como o câncer, já que combate os radicais livres que causam o envelhecimento dos tecidos do corpo.

Diminui a dor:

O eugenol é um dos componentes mais reconhecidos do cravinho, que, por estar muito bem estudado, é utilizado há vários anos na medicina dentária para reduzir a dor e a inflamação causadas pelos tratamentos dentários.

Segundo vários estudos, esse efeito acontece devido à supressão de prostaglandinas e outros mediadores da inflamação, assim como a depressão dos receptores sensitivos envolvidos na sensação de dor.

Afasta mosquitos e outros insetos:

O óleo de cravo contém um aroma que repele os insetos, porque seu cheiro característico é desagradável a estes. Basta esmagar alguns cravinhos e deixar num prato sobre a mesa para afastar as moscas da fruta, por exemplo. Espetar alguns cravinhos numa laranja ou num limão também é uma boa forma de afastar as moscas e os mosquitos.

Outra forma simples de usar este poder natural consiste em comprar produtos com base em óleo de cravo-da-índia.

Estimula o desejo sexual:

O extrato de cravo-da-índia é um ótimo remédio caseiro contra impotência sexual porque ele aumenta a libido, devido as suas propriedades afrodisíacas.

Combate o mau-hálito:

Por ter boas propriedades antissépticas e aromáticas naturais, o cravinho pode ser usado como uma opção natural para melhorar o mau hálito. Para isso, basta mascar 1 cravinho-da-índia para notar seus efeitos aromáticos na boca. Bochechar o chá de cravo-da-índia também é uma boa solução para combater o mau cheiro.

 Facilita a digestão:

Ele também melhora a digestão e ajuda no controle da diarreia, por ativar enzimas que auxiliam o estômago e intestino. Além disso ele ainda combate a flatulência, sendo especialmente indicado para ser consumido em forma de chá depois de uma refeição contendo feijão preto, brócolis ou couve-flor, por exemplo.

Melhora a cicatrização:

Quando usado diretamente sobre a pele o óleo de cravo ou um produto fitoterápico à base de cravinho ainda facilita a cicatrização, diminui inflamações e irritações, devido a sua ação antisséptica. Esta é uma boa opção para combater pequenas fissuras anais, por exemplo.  

Relaxa os músculos e combate o cansaço:

O óleo essencial de cravo-da-índia ajuda a relaxar os músculos, podendo ser usado em óleos para massagem. Devido ao seu aroma característico ele também é uma boa opção para combater a fadiga e a melancolia, melhorando a disposição para as atividades do dia a dia. Um gel fitoterápico à base de cravinho é um ótimo analgésico para ser usado nos músculos em caso de contusões, por exemplo.

Diminui a pressão arterial:

Alguns estudos realizados com o cravo-da-índia indicaram que o óleo essencial possui efeito hipotensor, promovendo o relaxamento da musculatura e a dilatação dos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial. No entanto, não existem indicações do uso do cravo-da-índia para hipertensão.

Como usar o cravo-da-índia:

O cravo-da-índia pode ser consumido em bolos, pães, sobremesas e caldos, mas suas propriedades são mais aproveitadas na forma de chás, que ficam ótimos quando feitos em conjunto com canela, limão ou gengibre. 

  • Para o chá: Colocar 10g de cravinho numa panela com 1 litro de água e levar ao fogo para ferver durante cerca de 15 minutos. A seguir deve deixar esfriar, coar e tomar até 3 vezes ao dia.
  • Pó: Tomar de 200 à 500 mg diluídos em água, por 2 ou 3 vezes ao dia;
  • Óleo essencial: Aplicar 2 ou 3 gotas numa bola de algodão e aplicar nas áreas desejadas. 

Preparações fitoterápicas como cremes ou géis contendo cravo-da-índia podem ser encontradas em lojas de produtos naturais e em farmácias de manipulação. 

Cuidados especiais:

O cravo-da-índia está contraindicado na gravidez, amamentação e por crianças com menos de 6 anos, já que não existem estudos de seus efeitos nesses grupos. Também não é recomendado em caso de gastrite ou úlcera. 

O cravo-da-índia pode causar irritação da pele e da mucosa digestiva de algumas pessoas mais sensíveis, por isso deve ser utilizado, preferencialmente, com indicação do fitoterapeuta. 

O cravinho possui uma substância chamada eugenol que retarda a coagulação sanguínea, por isso o chá de cravo-da-índia e seu extrato seco não devem ser usados 2 semanas antes de uma cirurgia programada." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " OLEA EUROPAEA L " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Olea europaea L.
Família: 
Oleaceae
Sinonímia científica: 
Olea argentata Clemente ex Steud.
Partes usadas: 
Fruto, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos fenólicos (oleuropeina), ácidos graxos (oleico, linoleico, palmítico, eicosenoico, palmitoleico), esqualeno, aldeídos (hexanal, hexenal), carotenoides (β-caroteno etc.).
Propriedade terapêutica: 
Febrífuga, hipotensora.
Indicação terapêutica: 
Purgativo suave, pressão arterial elevada, osteoporose.

Nome em outros idiomas:

  • ​Inglês, Francês, Alemão: olive
  • Espanhol, Italiano: oliva

Origem, distribuição
​Ásia ocidental:

Descrição:
Olea europea é árvore de folhas pequenas, perenes, muito cultivada em toda a região do Mediterrâneo. No Brasil o fruto é conhecido por "azeitona" e a árvore por "oliveira". Conservadas em sal, azeitonas são utilizadas como alimento e sobretudo para a elaboração do azeite. São apreciadas como aperitivo. 

Uso popular e medicinal:
Azeitona tem alto poder nutritivo devido aos sais minerais, ácidos orgânicos, enzimas e vitaminas do complexo B. 

Além de larga aplicação alimentar, o azeite de oliva costuma seu utilizado como purgativo suave e externamente, sob a forma de unguentos e pomadas. A diferença entre pomada e unguento é que este último passa a receber tal denominação a partir do momento em que à pomada é anexada uma substância resinosa, como ocorre com o unguento de basilicão.

Recomenda-se tomar o cozimento das folhas de oliveira como forma de combater a pressão arterial elevada. A medicina utiliza tais folhas, de sabor amargo e adstringente, por serem portadoras de substâncias de comprovada ação febrífuga e diminuidora da pressão sanguínea.

A característica hipotensora da oliveira deve-se ao composto fenólico denominado oleuropeina, presente nas folhas e frutos. Como todos os óleos vegetais, o azeite de oliva é composto tipicamente de ácidos graxos. São encontrados o ácido oleico (66 %), linoleico (12 %), palmítico (9%), eicosenoico (5 %) e palmitoleico (5 %). O azeite de oliva pode conter até 1,5% de esqualeno, um hidrocarboneto triterpeno.

O sabor do azeite é dominado por aldeídos (hexanal e 2-hexenal). Os aldeídos superiores, álcoois primários (compostos principalmente de hexanol, 2-hexeno-1-ol, 3-hexeno-1-ol) e os seus ésteres de ácido acético contribuem para o aroma característico do azeite, além de hemiterpenoides (ou terpenóidese menores): butanal 3-metil, 4-metoxi-2-metil-butanotiol, ésteres etílicos de ácido 2- e 3-metil-butírico.

A cor típica do azeite é devido a pigmentos vegetais da série carotenóide (β-caroteno, fitoflueno, ξ-caroteno, luteína, auroxantina, luteoxantina, violaxantina, neoxantina, neochrome), que contribuem com as tonalidades amarela e verde. O teor de clorofila é elevado: 10 ppm.

A oleuropeina pode ser um aliado no combate a osteoporose, doença que fragiliza os ossos. Um estudo realizado na Universidade de Córdoba (Espanha) revelou que essa substância aumenta a quantidade de osteoblastos, justamente as células que fabricam ossos novos e que, em pessoas mais idosas, têm produtividade reduzida. O estudo apoia-se em pesquisas que mostram que a incidência de osteoporose na Europa é mais baixa nos países mediterrâneos, cujos povos seguem a tradicional "Dieta do Mediterrâneo" rica em frutas, vegetais e associada a alta ingestão de azeitonas e azeite.

Conclui-se que seja recomendável acrescentar o azeite e a azeitona ao cardápio. A ingestão moderada desses alimentos tem ação anti-inflamatória, antioxidante e possivelmente exerce alguma influência sobre o tecido ósseo, aumentando a formação óssea e reduzindo o acúmulo de gorduras na medula.

Outros usos:
A madeira da oliveira é raramente utilizada por ser considerada antieconômica, embora seja excelente para a fabricação de móveis e objetos finos. Na Grécia clássica era comum seu uso na confecção des cetros, escudos de combate e imagens de deuses. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

" GESTANTE E FITOTERÁPIA " O PERIGO DA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO?

 plantas medicinais são contraindicadas durante a gestação, pois carecem de estudos que garantam sua segurança e eficácia. Porém, as gestantes recorrem a estas, por acreditarem que não causam danos ao feto. Objetivou-se com esse estudo analisar o uso de plantas medicinais na gestação. A pesquisa foi quantitativa, de caráter descritivo e exploratório e de corte transversal. As variáveis analisadas foram socioeconômicas, uso de plantas medicinais, plantas mais utilizadas, fins terapêuticos, acompanhamento de profissional da saúde, indicação e conhecimento sobre os riscos, complicações durante a gestação e efeitos colaterais. Os dados foram expressos em frequência simples e porcentagem. Para evidenciar associações de reações adversas ao uso de plantas medicinais foi realizado o teste de qui-quadrado e exato de Fisher. Observou-se que 78% das gestantes utilizam plantas durante a gestação, e em 98,9% dos casos, o uso não tem acompanhamento de profissional da saúde e 61,3% não conhecem os riscos do uso incorreto e indiscriminado. Nesse sentido, destaca-se a importância do diálogo entre o profissional da saúde, as gestantes e familiares, valorizando o conhecimento popular, mas destacando a importância da comprovação científica, para a tomada de consciência sobre os efeitos nocivos que as plantas medicinais podem causar durante a gestação." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

ESTUDO E INTERPRETAÇÃO SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS 12: TEXTO ( MATEUS 12:1-50 )

Mateus registra urna série de incidentes demonstrando a natureza da hostilidade farisaica.
1-8. Os fariseus se opõem à colheita de espigas no sábado.
1. Ao caminhar pelas searas, os discípulos exerceram seu privilégio legal de colher e comer as espigas (Dt. 23:25).
2. Para os fariseus, que deviam estar passeando pelos mesmos campos, o ato pareceu ilícito porque envolvia a quebra do sábado. Rabinicamente interpretado, colher espigas era trabalho (Êx. 20:10).
3, 4. A primeira réplica de Cristo cita Davi e os pães da proposição (I Sm. 21:1-6). Embora a Lei divina restringisse os pães da proposição aos sacerdotes (Lv. 24:9), a extrema necessidade humana invalidava este regulamento, e os rabis o compreendiam assim.
5, 6. Uma segunda ilustração mostra que a lei do descanso sabático não era absoluta, pois dos sacerdotes se exigia pela própria lei que trabalhassem no sábado (Nm. 28:9,10). O argumento é, se os sacerdotes não são culpados ao trabalhar no sábado para promoção da adoração no templo, quanto menos culpa têm os discípulos em usar o sábado para a obra de Cristo, que é a realidade para a qual o Templo apontava.
7. O terceiro argumento de Cristo aponta a má interpretação farisaica de Os. 6:6. Misericórdia quero e não holocausto (conf. Mt. 9:13). Deus deseja corações preparados muito mais do que as exterioridades que se transformaram em meras formalidades. Uma compreensão espiritual de Cristo e dos discípulos da parte dos fariseus teria evitado que julgassem os inocentes.
8. É Senhor do sábado. Considerando que Jesus, como Filho do Homem, é o Senhor do sábado, os discípulos que usaram o sábado ao segui-lo, faziam-no de maneira apropriada.
9-21. Os fariseus se opõem à cura no sábado. (Conf. Mc. 3:1-6; Lc. 6:6-11)
9. Sinagoga deles. Lucas conta que isto ocorreu em um outro sábado.
10,11. É lícito curar nos sábados? O V.T, não fez nenhuma proibição, mas alguns rabis achavam que era trabalho. Jesus, entretanto, apontando para o que qualquer indivíduo teria feito em favor de uma infeliz ovelha, esclareceu a sua própria obrigação.
12. Considerando que o homem é incomparavelmente mais valioso do que uma ovelha, Ele tinha de vir ao seu socorro. Deixar de fazer o bem quando está ao alcance é o mesmo que fazer o mal (veja Mc. e Lc.).
13, 14. O milagre apenas enfureceu os fariseus, que imediatamente conspiraram (com os herodianos, Mc. 3:6) em como lhe tirariam a vida. Assim, na Galiléia, como acontecera há pouco em Jerusalém (Jo. 5:18), o ódio assassino começou a tomar forma definida. Homens que achavam que curar no sábado era violação da lei não sentiam escrúpulos em conspirar um homicídio.
15. Afastou-se dali. O conhecimento da conspiração apressou Jesus a evitar o conflito aberto nessa ocasião, pois a sua hora ainda não era chegada. Assim Ele transferiu seu ministério para outros setores (Mc. 3:7), e curou ele a todos.
16. Entretanto, ele advertia aqueles que curava (especialmente os endemoninhados, Mc. 3:11, 12) a não usarem os milagres para proclamá-lo o Messias, excitar conseqüentemente as multidões e a oposição.
17-21. Para se cumprir. Este ministério manso e não provocativo de Jesus está descrito por Mateus para ser consistente com a profecia messiânica (Is. 42:1-4). Pois assim como Jesus enfatizou os aspectos justiceiros e espirituais do seu Reino, também não se empenhou em arengas públicas, nem em demagogia política. Também não espezinhou os fracos com intuitos de alcançar seus desígnios. Torcida que fumega. O pavio de um candeeiro cujo combustível se acabou, símbolo daqueles que são fracos.
22-37. Os fariseu se opõem a que Cristo expulse demônios.
22. Um endemoninhado. A possessão demoníaca produziu dois efeitos colaterais – cegueira e mudês. A cura removeu todas as três aflições.
23. É este, porventura, o Filho de Davi? A resposta negativa implícita na pergunta revela que mesmo tendo o milagre levantado a possibilidade de sua messianidade (Filho de Davi, conf. 1:20; 9:27), o povo tinha a predisposição de não crer.
24. A perversa acusação de que o poder que Cristo possuía sobre os demônios derivava de uma ligação com Belzebu (veja comentário em 10:25) era do conhecimento pleno de Jesus e foi publicamente refutada de maneira inatacável.
25,26. A simples analogia de um reino dividido, cidade ou casa, que tende à autodestruição, refuta a acusação. Pois, expulsando demônios, Jesus estava certamente frustrando as obras de Satanás, e devemos creditar a Satanás uma porção razoável de esperteza. (Nem se deve aceitar que Satanás pudesse permitir uma expulsão para confundir, pois não foi um caso isolado.)
27. Por quem os expulsam vossos filhos? Considerando que alguns dos companheiros desses fariseus (compare a expressão do V.T., "filhos dos profetas") diziam possuir o poder de exorcizar, era ilógico atribuir efeitos semelhantes a causas diferentes. Se os judeus realizavam exorcismos válidos não importa à argumentação (ad hominem). O fato dos fariseus asseverarem-no torna o argumento eficiente. Se, entretanto, Jesus insinua que pelo menos alguns dos exorcismos dos fariseus eram genuínos, é preciso aceitar que o poder deles vinha de Deus (caso contrário, o argumento de Cristo ficava grandemente enfraquecido).
28,29. O argumento final de Cristo chama a atenção para o seu próprio ministério, particularmente para a expulsão dos demônios, que era evidência suficiente de que era chegado o reino de Deus. A descrição do ministério de Cristo como a entrada na casa do valente (o domínio de Satanás) para roubar-lhe os bens (o poder de Cristo sobre os demônios), fornece prova clara de que o homem valente (Satanás) primeiro foi manietado. A vitória de Jesus sobre Satanás na tentação (4:1-11) demonstrou a superioridade do Senhor.
30. Quem não é por mim é contra mim. No conflito com Satanás, a neutralidade é impossível.
31,32. Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens. O princípio geral. A expiação feita por Cristo no Calvário seria suficiente para remir a culpa de todos os pecados, até as formas mais graves de injúria contra Deus (blasfêmia). Um pecado, entretanto, foi declarado imperdoável: se alguém falar contra o Espírito Santo. À vista do princípio que Jesus apresentou antes, esta imperdoabilidade não pode ser devida à impropriedade da expiação, nem podemos supor qualquer santidade peculiar da Terceira Pessoa da Trindade. Muitos explicam este pecado como sendo a atribuição da miraculosa obra do Espírito ao poder de Satanás (conf. Mc. 3:29, 30), e não vêem possibilidade de ser hoje cometido (Chafer, Broadus, Gaebelein). Outros, entretanto, consideram a acusação dos fariseus um sintoma, e não o pecado em si. Os versículos seguintes apontam o coração corrupto como a causa do pecado.
A função particular do Espírito é a de convencer e causar arrependimento, tornando o homem receptivo ao apelo de Cristo. Assim, os corações que odeiam a Deus e blasfemam contra Cristo (I Tm. 1:13) ainda podem ser convencidos e levados ao arrependimento pelo Espírito. Mas aquele que rejeita toda aproximação do Espírito afasta-se da única força que o pode levar ao perdão (Jo. 3:36). Que tal estado decaído pode ser experimentado nesta vida está claramente implícito nesta passagem. O VT descreve-os dizendo que pecam "atrevidamente" (Nm. 15:30): para tais não existe expiação. Os homens não podem ler os corações e portanto não podem julgar quando os outros chegaram a esse estado. A verdadeira possibilidade desse pecado não enfraquece o apelo do evangelho. "Todo aquele que quiser", pois pela sua própria natureza tal vontade não tem a inclinação de aceitar. Quanto aos fariseus que ouviam Jesus, não se declarou se cometeram ou não este pecado em sua totalidade. Sua considerável instrução tornou grande a sua responsabilidade; sua hostilidade anterior provou sua incredulidade determinada.
33-35. Fazei a árvore boa. Uma passagem semelhante a 7:16-20, onde as palavras dos homens são consideradas como indicação do estado do coração humano.
36,37. No dia do juízo o Senhor examinará a vida de todos os homens de ponta a ponta, até mesmo toda palavra frívola (não necessariamente má) que tenha brotado do seu coração. Só o divino Juiz é capaz de registrar, avaliar e dar um veredito sobre tais assuntos.
38-45. Os fariseus e os escribas exigem um sinal.
38. Queremos ver de tua parte algum sinal. Ignoraram os milagres anteriores. Queriam algum feito sensacional que estivesse de acordo com a idéia que tinham do Messias (conf. Mt. 16:1), um sinal que não exigisse fé, só vista.
39. Uma geração má e adúltera. Uma descrição da nação espiritualmente infiel nos seus votos feitos a Jeová (conf. Jr. 3:14,20). Para tal nação, o grande sinal da Ressurreição foi aqui profetizado (e até já fora sugerido antes, Jo. 2:19-21).
40. A experiência de Jonas, que foi libertado do ventre do monstro marinho, era um tipo do futuro sepultamento e ressurreição de Jesus depois de três dias e três noites no coração da terra. Aqueles que se apegam à tradicional crucificação na sexta-feira explicam o tempo aqui idiomaticamente, como partes de dias (sexta-feira, sábado e domingo). Aqueles que se apegam à crucificação na quinta-feira explicam a referência literalmente, contando setenta e duas horas, do pôr-do-sol de quinta-feira ao pôr-do-sol de sábado.
41. Os ninivitas, tendo recebido Jonas e a sua mensagem depois de seu milagroso salvamento, se arrependeram. Por isso, sua atitude coloca Israel em situação muito pior, pois como nação permaneceu sem arrependimento, tanto antes como depois da Ressurreição, mesmo quando estava ali quem é maior do que Jonas (maior do que).
42. Do mesmo modo o interesse da rainha de Sabá (I Reis 10:1-13) pela sabedoria de Salomão (divinamente concedido) colocará em triste contraste, no juízo, a incredulidade do atual judaísmo.
43-45. Uma parábola notável sugerida, naturalmente pela ocasião (12:22 e segs.), descreve a situação precária de Israel (e dos fariseus). O demônio expulso, não encontrando descanso nos lugares áridos (indicado em outro lugar como habitação dos demônios: Is. 13:21; Baruque 4:35; Ap. 18:2) retorna à sua antiga habitação, que agora está mais atraente (varrida e ornamentada), mas vazia. Torna a entrar com outros sete espíritos, e o resultado é uma degeneração ainda pior.
Assim também acontecerá. Israel (nacional e individualmente) foi moralmente purificada pelos ministérios de João e Jesus. Desde o Exílio, as perversidades da idolatria declarada foram removidas. Mesmo assim, em alguns casos, a reforma que tinha a intenção de ser preparatória interrompeu-se. A casa de Israel estava ''vazia". Cristo não foi convidado a ocupá-la. Por isso esta geração perversa alcançará um estado ainda pior. Alguns anos mais tarde esses mesmos judeus enfrentaram os horrores de 66-70 A.D. No tempo do fim, os membros dessa raça (genea) serão especialmente vitimados por demônios (Ap. 9:1-11).
46-50. A mãe e os irmãos de Cristo.
46,47. Sua mãe e seus irmãos. Esses irmãos são presumivelmente os filhos de José e Maria, nascidos depois de Jesus. Procurando falar-lhe indica que foi feito um esforço, mas a multidão era grande demais (Lc. 8:19). Os motivos de sua preocupação estão óbvios. Anteriormente, a pregação de Jesus em Nazaré forçara a família a mudar-se para Cafarnaum (4:13; Lc. 4:16-31; Jo. 2:12). Agora provocara a oposição aberta e blasfema dos fariseus. Além disso, amigos file contaram que a tensão do seu ministério afetara-file a saúde (Mc. 3:21). O versículo 47 acrescenta alguma informação nova, e muitos manuscritos o omitem.
48. Quem é minha mãe? Com esta pergunta que intriga, Jesus deixa a multidão admirada e a prepara para ouvir uma preciosa verdade.
50. Qualquer que fizer a vontade de meu Pai. Este "fazer" não é alguma forma de justiça pelas obras, mas a reação do homem ao apelo de Cristo. "A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou" (Jo. 6:29). O relacionamento espiritual entre Cristo e os cristãos é mais íntimo que o mais íntimo laço de sangue. Essas palavras não foram um desrespeito à sua mãe  nem a seus irmãos, pois em ocasião posterior nós os encontramos participantes desse. relacionamento espiritual (Atos 1:14). Como também não há aqui nenhuma sugestão de que a mãe de Jesus tivesse um acesso especial à sua presença! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?