sábado, novembro 5

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE ESTER:

O livro de Ester é um dos livros que compõe o Antigo Testamento. Esse livro narra a história de Ester, Mardoqueu, Hamã e Assuero. Na Bíblia hebraica esse livro está organizado dentro do grupo chamado Megilote, cuja composição consiste em cinco livros. São eles: Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações e Ester. Neste estudo bíblico, faremos um panorama do livro de Ester e conheceremos suas principais características.

Quem escreveu o livro de Ester?

O autor do livro de Ester é desconhecido. Alguns já sugeriram que tenha sido Mardoqueu, porém detalhes textuais tornam essa possibilidade bastante improvável. O que se sabe ao certo é que o autor do livro de Ester foi um judeu que possuía um grande conhecimento dos costumes persas, da geografia do império e da corte.

É bem provável que ele tenha vivido em Susã. Possivelmente ele também teve acesso aos escritos de Mardoqueu, às crônicas do governo persa e aos decretos reais. Devido a algumas semelhanças no estilo hebraico, Esdras e Neemias também já foram apontados como possíveis autores.

Data e ocasião em que o livro de Ester foi escrito:

A data mais provável em que o livro de Ester foi escrito fica entre segunda metade do século 5 a.C e o início do século 4 a.C. Alguns tentam propor uma data mais recente, por volta do século 1 a.C. Entretanto, as evidencias praticamente descredenciam essa sugestão.

Já falamos que o autor do livro de Ester conhecia muito bem as dependências do palácio de Susã, e este palácio foi queimado em no máximo 30 anos após a morte do rei Assuero (465 a.C.). Também o autor demonstra uma postura favorável com relação ao rei persa.

Por último, a ausência da influência da linguística grega no texto, praticamente anula qualquer possibilidade do livro ter sido escrito após 331 a.C., quando Alexandre o Grande tomou o Império Persa. Considerando tudo isto, uma data entre 465 a.C. e o final do reinado de Artaxerxes I em 424 a.C. parece ser a melhor possibilidade.

Propósito e características do livro de Ester:

O propósito principal do livro de Ester é explicar a origem da Festa de Purim e estabelecê-la como um memorial oficial do grande livramento que Deus concedeu ao povo judeu durante o período em que tiveram sob o domínio persa. Saiba mais sobre as festas judaicas. 

O livro de Ester é um livro que possui uma riqueza literária muito grande. Seu autor dominava muito bem as técnicas para construção de uma narrativa envolvente, repleta de detalhes, tensão, contrastes e reviravoltas surpreendentes.

Um exemplo do nível de organização apresentado no texto é o contraste que autor estabelece de forma perfeita entre os planos de Hamã e o que de fato lhe aconteceu (Ester 6-7). O nível de sutileza nos detalhes empregados pelo autor pode ser notado no episódio em que Hamã suplica pela misericórdia de Ester e acaba sendo acusado de tentativa de estupro (Ester 7:7-9).

Mas toda essa forma impecável de escrita é utilizada pelo autor para apontar para a provisão de Deus na história da salvação do seu povo. O autor do livro de Ester conduziu muito bem uma narrativa de suspense que certamente prende a atenção do leitor.

Também é possível identificar algumas semelhanças entre a história contatada no livro de Ester e a história de José registrada no livro de Genesis (cf. Ester 2:2-4; 3:10; 8:6; Gênesis 41:34-42; 44:34).

Contexto histórico descrito no livro de Ester:

O livro de Ester se concentra no período de reinado do rei Assuero, conhecido na história como Xerxes I (486-465 a.C.). O livro relata alguns momentos da vida do povo judeu exilado sob o domínio do Império Persa. Os personagens principais do livro são: Ester, Vasti, Assuero e Mardoqueu, Hamã.

O Império Persa dominava 127 províncias, desde a Índia até a Etiópia (Ester 1:1,3; 10:1). Estima-se que naquela época o império possuía aproximadamente 100 milhões de habitantes. Destes, pelo menos 3 milhões eram judeus.

A história narrada no livro se passa em Susã, uma das três capitais persas. Essa cidade também servia como a residência real de inverno. Várias evidências arqueológicas e documentos históricos estão de acordo com os detalhes descritos no livro.

Existem indícios de que havia uma lei que limitava o governante persa a ter uma única esposa, porém o livro de Ester afirma que havia um harém no palácio de Assuero. Depois, achados arqueológicos confirmaram que de fato Dario e Xerxes tinham haréns.

Arqueólogos franceses descobriram nas ruínas de Susã os mesmos detalhes que são descritos pelo autor acerca do palácio (Ester 1:2-6; 2:11,14; 3:15; 5:1; 6:4; 7:7,8). Alguns questionam o motivo de Heródoto, historiador grego, não mencionar Vasti e Ester como esposas de Xerxes, enquanto destaca Amestris como sua mulher. Todavia, é conhecido que Heródoto por vezes omitiu em seus escritos personagens importantes.

Por outro lado, Heródoto registra que Xerxes convocou uma importante reunião em seu terceiro ano de reinado para discutir uma campanha contra os gregos. Isto está de acordo com o que é relatado no livro de Ester, onde uma assembleia de príncipes é descrita naquele mesmo ano (Ester 1:3).

A falta de menção ao nome de Deus no livro de Ester:

É verdade que o nome de Deus não aparece diretamente mencionado no livro de Ester. Muitas especulações já foram feitas na tentativa de explicar o porquê do autor não ter citado explicitamente o nome de Deus, mas nenhuma delas é digna de nota. Apesar disto, o que se sabe é que o autor conseguiu transmitir perfeitamente a ênfase espiritual que pretendia.

No livro de Ester ele faz referência ao jejum e ao clamor dos judeus por ajuda. Obviamente eles estavam jejuando e pedindo ajuda a Deus. Mardoqueu também demonstra sua fé em Deus explicando que, se Ester falhasse, ele sabia que o socorro para os judeus aconteceria de alguma forma. Mardoqueu também expressa sua compreensão acerca da soberania de Deus quando enxerga a providencia divina na posição de honra que foi dada a Ester (Ester 4:13,14).

Aqui também vale mencionar o versículo que destaca a fala dos sábios e da esposa de Hamã, quando lhe disseram: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele” (Ester 6:13).

Nesta frase está mais do que clara a referência ao poder e a glória do Deus de Israel diante do fracasso iminente do arrogante e vaidoso Hamã. Na verdade, a forma com que o autor do livro conduziu a narrativa, coloca Deus em evidência do começo ao fim do livro de Ester.

Princípios fundamentais do livro de Ester:

O livro de Ester ensina alguns princípios fundamentais para nossa vida cristã. Nele aprendemos que em determinados momentos o povo de Deus sofre intensas perseguições de seus inimigos, porém Deus preserva o seu povo durante os períodos difíceis.

No livro de Ester também aprendemos que, como povo escolhido do Senhor, devemos exaltá-lo por todas as suas maravilhas. Devemos permanecer fieis a Deus esperando sua provisão a nosso favor, confiando que Ele derrotará definitivamente todos aqueles que se levantam contra sua obra.

Esboço do livro de Ester:

  • Introdução, contexto e a escolha de uma nova rainha (Ester 1-2).
  • O conflito entre Hamã e Mardoqueu, a ameaça ao povo judeu e a ruína de Hamã ( Ester 3-7 ).
  • A defesa e o livramento do povo judeu (Ester 8-9)
  • Epílogo (Ester 10 ) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ". 

sexta-feira, novembro 4

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL "CROCUS SATIVUS L." UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Crocus sativus L.
Família: 
Iridaceae
Sinonímia científica: 
Crocus officinalis (L.) Honck.
Partes usadas: 
Estigma (a parte central da flor, o órgão sexual feminino).
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
O estigma da flor contém glicosídeos (crocina) e óleo essencial. No pólem encontram-se vestígios de flavonoides.
Propriedade terapêutica: 
Carminativo, aperiente, hipolipemiante.
Indicação terapêutica: 
Perda de apetite, fadiga, inchaço, amenorreia, gengivite, dor de dente, gás intestinal, dor gástrica, atonia digestiva, afecção das vias urinárias.                                  Nome em outros idiomas:
  • Inglês: saffron
  • Espanhol: azafrán
  • Italiano: zaffarano, zafferano
  • Francês: safran 
  • Alemão: safran

Origem, distribuição:
Espécie nativa da Grécia e Sudoeste da Ásia.

Descrição:
O que conhecemos por açafrão-verdadeiro é a especiaria derivada do estigma da flor, muito comum e usado como condimento na culinária brasileira.

A espécie tem folhas verdes, longas, lineares que crescem formando penachos.

A floração ocorre no final do verão e princípios de outono. A coleta varia de acordo com o clima da região, mas geralmente é feita a partir de meados de setembro a novembro.

Após coletado, deve ser guardado em frascos de vidro hermeticamente fechados, sem umidade e ao abrigo da luz.

Uso popular e medicinal:
O estigma da flor de açafrão contém muitas substâncias, entre as quais alguns glicosídeos como crocina, responsável pelo poder de coloração, e óleo essencial. No pólem encontram-se vestígios de flavonóides. À crocina se atribuem propriedades hipolipemiantes (diminui LDL).

A planta é usada desde os tempos antigos por suas qualidades, muitas das quais ainda são atualmente válidas. 

De todas as virtudes atribuídas ao vegetal, as mais reconhecidas são aperiente e bom tônico estomacal.

Recomendada em casos de perda de apetite, fadiga, inchaço, amenorréia (ausência de menstruação), gengivite e dores de dente. Para aproveitar essas propriedades basta consumir como condimento.

Seus estigmas secos são usados contra gases intestinais, dores gástricas, atonia digestiva (as raízes também têm esta ação), afecções das vias urinárias, calculose renal e da vesícula biliar, problemas do sistema respiratório.

Considerada bom regulador da circulação sanguínea, alivia a dor menstrual. Aparentemente é um afrodisíaco feminino. Atualmente Crocus sativus é prescrito em Homeopatia a mulheres em todas as doenças circulatórias.

 Dosagem indicada:

  • Redução de gases no intestino, acelerar a menstruação (infusão). Utilizar 2 g de açafrão por litro de agua. Tomar 3 chícaras ao dia. Em pó, cuidado para não exceder a dose prescrita pelo profissional de saúde.  Desta forma pode-se empregar como carminativo (redução de gases no intestino) e para acelerar a menstruação.
  • Dor de dente (tintura). Esfregar diretamente nas gengivas para aliviar as dores de dente.
  • Melhorar a circulação do sangue, antihipertensão (infusão). Usar as raízes, oralmente, por infuso de uma colher de sobremesa para cada xícara de água. Tomar 1 a 3 vezes ao dia.
  • Acelerar a digestão (infusão). Usar os estigmas por infusão (15 estigmas por xícara de água). Tomar 3 xícaras por dia.

Outros usos:
A planta tem sido usada como um agente corante em doces e bolos, oferecendo um tom dourado brilhante. Uma parte de açafrão é suficiente para colorir 100.000 partes de água. 

Cerca de 150 mil flores são usadas para se obter 1 kg de açafrão seco, equivale a área plantada de 2.000 m2. Esse fator limita o cultivo do açafrão. Devido ao elevado preço no mercado, outros corantes de preço mais baixo acabam sendo preferidos.

Na região de La Mancha (Espanha) cultiva-se de forma ritual por que quantidades significativas da planta estão incluídas no dote de casamento.

 Cuidado:
A planta é tóxica se consumida em altas doses. É conhecido por ser abortiva. Na Antiguidade, muitas mulheres provocavam aborto e também morriam devido a hemorragia severa. A dose que pode levar a óbito é estimada em 10 a 12 g." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE NEEMIAS:

Neemias foi copeiro do rei persa Artaxerxes I e posteriormente o governador de Jerusalém responsável por reconstruir os muros da cidade. A história de Neemias está registrada no livro que traz seu nome.

Esse livro do Antigo Testamento é a única fonte de referência que nos ajuda a saber mais sobre quem foi Neemias, porém ele nos fornece detalhes importantes para que possamos compreender a atuação desse homem levantado por Deus para executar um trabalho tão importante no período após o Cativeiro Babilônico. 

A história de Neemias, o copeiro:

Neemias era filho de Hecalias (Ne 1:1) e fazia parte da geração de descendentes daqueles que foram levados para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor. Após a queda do Império Babilônico diante do Medo-Persa, Neemias aparece na narrativa bíblica com notoriedade.

O nome Neemias significa “o Senhor consolou”. O fato de o texto bíblico não fazer nenhuma menção sobre a esposa ou filhos de Neemias, muitos intérpretes sugerem que ele possa ter sido um eunuco, porém não há nada conclusivo sobre isso.

Na corte persa, Neemias possuía um cargo muito importante e de grande responsabilidade, pois ele era o copeiro pessoal do rei persa Artaxerxes I (465-424 a.C.). Isso fazia dele um membro da corte real que possuía grande influência e prestígio devido a sua proximidade com o rei e a confiança que ele desfrutava, já que seu trabalho não envolvia apenas escolher o vinho do rei (Ne 2:1), mas evitar que ele fosse envenenado.

A preocupação de Neemias com Jerusalém:

No vigésimo ano de reinado de Artaxerxes, entre novembro e dezembro de 446 a.C., Neemias recebeu notícias sobre a situação caótica em Jerusalém e a miséria de seu povo. Além disso, ele também ficou sabendo que os muros da cidade estavam destruídos e seus portões queimados (Ne 1:1-3).

Isso fez com que Neemias ficasse bastante angustiado, e ele jejuou e orou pedindo pela misericórdia de Deus (Ne 1:4-11). Depois, entre março e abril de 445 a.C., enquanto servia na corte, o rei persa percebeu a tristeza no semblante de Neemias e lhe perguntou qual era o motivo de sua tristeza.

Neemias explicou seu problema ao rei e conseguiu dele a permissão para retornar a Jerusalém e reconstruir os muros da cidade, além do material necessário para tal empreendimento. O texto bíblico deixa bem claro que tudo isso aconteceu porque “a mão de Deus” era com Neemias (Ne 2:1-8).

Neemias reconstrói os muros da cidade:

Após obter a autorização necessária, Neemias partiu para Jerusalém. Naquela época, os muros e os portões de uma cidade simbolizavam sua força e dignidade, daí se percebe a importância do trabalho pretendido por Neemias.

Ele foi nomeado como governador da província de Jerusalém, mas a Bíblia descreve o interesse do rei persa no retorno de Neemias, então, inicialmente, foi estabelecido um prazo para que ele cumprisse a tarefa e retornasse ao palácio (Ne 2:6).

Neemias enfrenta oposição:

Neemias levou consigo todos os documentos que garantiam a legalidade de suas ações, porém mesmo assim ele precisou enfrentar grande oposição. Na verdade, desde o tempo dos reinados de Ciro (559-530 a.C.) e Dario I (522-486 a.C.) houve oposição contra a reedificação de Jerusalém. Essa perseguição aos judeus também foi vista nos reinados seguintes, nos dias do rei Assuero (486-465 a.C.) e do próprio Artaxerxes (465-424 a.C.).

A grande oposição contra o trabalho de Neemias partiu da parte de Sambalate, o honorita, Tobias, o amonita, e Gesém, o arábio. Esses homens poderosos e astutos tentaram a todo custo prejudicar Neemias.

Essas três pessoas, justamente com seus aliados, afligiram insultos e zombarias, arquitetaram ataques armados, planejaram uma emboscada para capturar Neemias e fazer-lhe mal, plantaram notícias de que o motivo real da reconstrução dos muros era uma suposta rebelião contra a Pérsia, e, inclusive, tentaram induzir Neemias ao erro, fazendo com que ele pecasse por entrar num lugar que só era permitido aos sacerdotes, para que assim pudessem infamá-lo desacreditando-o diante do povo (Ne 2:19,20; 4:1-14; 6:1-14).

Como se não bastasse a forte oposição externa, Neemias também precisou lidar com a oposição interna, causada especialmente por problemas econômicos e sociais, que levaram a população de Judá à beira de um colapso.

O contexto histórico daquele momento explica a razão dos problemas internos. Judá estava isolada comercialmente, e os trabalhos no muro fizeram com que a produção de cereais caísse, já que os camponeses estavam envolvidos na reconstrução (Ne 4:22).

As condições climáticas também agravaram a crise de alimentos (Ne 5:3), e soma-se a tudo isso o fato de que os últimos administradores haviam explorado a população (Ne 5:15). Tais condições fizeram com que muitos hipotecassem suas propriedades ou tomassem dinheiro emprestado, tanto para comprar alimentos como para pagar os autos impostos (Ne 5:2-5).

Neemias foi um habilidoso líder e administrador:

Apesar de toda oposição que, durante um tempo, conseguiu atrapalhar as obras de reconstrução, Neemias se mostrou um grande líder, que, com muita habilidade, conseguiu prover a organização e a motivação necessária para que o trabalho fosse concluído.

Neemias soube interpretar muito bem as ameaças externas, foi prudente para não cair em ciladas e soube gerir os problemas internos. Após 52 dias, entre agosto e setembro de 445 a.C., a obra de reconstrução dos muros foi concluída (Ne 6:15).

Quando o trabalho foi sido finalizado, Neemias tomou algumas ações para melhorar a vida em Jerusalém. Ele estabeleceu alguns funcionários e lhes delegou autoridade para que pudessem contribuir com um governo mais justo naquela província.

Neemias também implementou uma estratégia de proteção da cidade ao ordenar que um, entre dez judeus, deveriam residir dentro dos muros da cidade. Ele trabalhou para corrigir vários abusos que existiam no meio do povo através de um programa de reformas.

Neemias teve grande participação na revitalização da adoração em Jerusalém, santificando a nação ao conduzi-la a uma renovação da aliança através da leitura e exposição da Lei feita pelo sacerdote Esdras (Ne 7:73-8:18), da confissão dos pecados (Ne 9:1-37) e do juramento em que o povo se prometeu em guardar os mandamentos da Lei.

Neemias também se preocupou com a celebração das festas judaicas, sobretudo a Festa dos Tabernáculos (Ne 8:13). As reformas de Neemias também incluíram um melhor apoio ao sacerdócio e a purificação do Templo, a separação dos estrangeiros a fim de que a corrupção religiosa e a idolatria fossem evitadas (Ne 13:1-3), e a conscientização acerca do erro quanto ao casamento misto.

Não é possível afirmar com exatidão quanto tempo durou o período de liderança de Neemias, pois provavelmente esse período foi intermitente. Como já foi dito, sabemos apenas que inicialmente seu período de liderança em Jerusalém teve um prazo fixo estabelecido, começando no 21º ano de Artaxerxes I.

Talvez esse prazo tenha sido prolongado devido às demandas em Jerusalém. Depois, somos informados que no 32º ano de Artaxerxes Neemias retornou à Babilônia para ir ter com o rei, e “ao cabo de certo tempo” ele conseguiu nova liberação para voltar a Jerusalém (Ne 13:6).

O problema é que não se sabe quanto tempo durou esse período em que Neemias esteve ausente de Jerusalém. Pelo menos durante algum tempo, Neemias foi contemporâneo de outros personagens bíblicos como Esdras e o profeta Malaquias. 

Outra questão bastante discutida é sobre a relação entre o ministério de Neemias e Esdras, no caso, para se determinar quem chegou primeiro a Jerusalém. A tradição sempre afirmou que Esdras foi o primeiro a chegar, mas algumas interpretações modernas tentaram contestar essa afirmação invertendo essa ordem.

De qualquer modo, o conteúdo do livro de Neemias aponta para a sugestão mais tradicional, e é amplamente aceito que Esdras foi o primeiro a chegar. Neemias e Esdras aparecem juntos em algumas ocasiões, como na leitura da Lei e a dedicação do muro da cidade (Ne 8:9; 12:26,36).

Também quando falamos sobre a história de Neemias, é importante saber que existem outros dois personagens bíblicos com esse mesmo nome e que não devem ser confundido com esse Neemias que reconstruiu os muros de Jerusalém. O primeiro foi um exilado que retornou do exílio com Zorobabel (Ed 2:2; Ne 7:7) e o outro era o filho de Azbuque, que também ajudou nas obras de reconstrução dos muros (Ne 3:16).

O exemplo de Neemias:

Neemias foi um homem de caráter. Ele é descrito como uma pessoa de oração (Ne 2:4; 4:4,9; 5:19; 6:9,14; 13:14,22,29,31) e Deus abençoou seu trabalho poderosamente. Ele era um líder talentoso e carismático, que expressava um patriotismo inspirador.

Neemias era íntegro, rígido com relação à justiça e demonstrava grande humildade, bondade e piedade. Ele possuía uma fé verdadeira no Deus de Israel, e era especialmente comprometido com o zelo pelo culto ao Senhor.

Diante de tantas afrontas e perseguições, é inegável que Neemias foi um homem determinado, concentrado, dedicado e persistente. Por ser um líder-nato, ele conseguiu transmitir tais características a ponto de formar um grupo que, juntamente com ele, não desistiu da obra que deveria ser realizada.

Com base na história de Neemias, percebemos que ele era uma pessoa de ação, e, impulsionado por sua fé, ele não ficava apenas esperando que algo sobrenatural acontecesse, antes, se esforçava para fazer o que tinha que ser feito. Quando estudamos sobre quem foi Neemias, certamente podemos enxergar que ele foi um homem de Deus, levantado estrategicamente no momento certo, para cumprir a tarefa que lhe foi comissionada! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, novembro 3

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SPERMACOCE VERTICILLATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Spermacoce verticillata L.
Família: 
Rubiaceae
Sinonímia científica: 
Borreria verticillata (L.) G.Mey.
Partes usadas: 
Folha, raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
No óleo essencial: sesquiterpenos guianeno, cariofileno e cadineno. Nas folhas: compostos fenólicos (rutina, kaempferol, ácido clorogênico).
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatório, antipirético, analgésico, vomitiva, abortiva, expectorante, antimicrobiana, diurético, fleumagoga.
Indicação terapêutica: 
Cólica menstrual, tosse, hemorroidas, vermes, coceira, lesões de pele, diarreia, eliminação de catarro, tosse, furúnculos, úlceras, feridas.                                                             Nome em outros idiomas:
  • Inglês: shrubby false buttonweed

Descrição:
Espécie herbácea perene, desenvolve-se em todas as regiões do Brasil. Vegeta em áreas antropizadas, a exemplo daquelas ocupadas com olericultura e fruticultura. 

Apresenta caule amplamente ramificado na base, quadrático nas partes jovens, revestido por indumento de pelos brancos, com nós e entrenós bem definidos.

Folhas simples, desprovidas de pecíolos, dispostas em forma de verticílios ao longo dos nós. Limbo linear-lanceolado com uma nervura bem acentuada. Inflorescência axilar e terminal em glomérulos globosos que circundam o caule ao longo dos nós, constituídos por flores de coloração branca.

Flores sésseis, fruto do tipo cápsula. Propaga-se por meio de sementes.

Uso popular e medicinal:
Vassourinha-de-botão é uma espécie amplamente utilizada na medicina tradicional do Brasil como anti-inflamatório, antipirético e analgésico.

A raiz é utilizada como vomitiva, contra diarreia de crianças, expectorante em catarro, fleumagoga (elimina líquido que acumula no pulmão), problemas da barriga, cólica menstrual, disenteria, desarranjo e como abortiva.

Nas raízes da planta foi identificada a propriedade expectorante. Na composição química destaca-se a presença dos alcalóides borrerina e barrerina e dos iridoides dafilosideo, asperulosideo e do ácido asperulosídico. Estudos farmacológicos com os alcalóides desta planta revelaram a ocorrência de ação antimicrobiana. Em sua parte aérea foi detectado óleo essencial contendo os sesquiterpenos guianeno, cariofileno e cadineno que inibem o crescimento de bactérias gram-positivas e gram-negativas [2].

Na África extratos das folhas são usadas para tratar doenças de pele (hanseníase), furúnculos, úlceras e feridas causadas por gonorreia (blenorragia). Preparam uma loção para aliviar coceiras de pele. Outras preparações são usadas internamente para tratar a diarreia, como um diurético para esquistossomose e como abortivo. Foi demonstrado que um óleo essencial extraído das folhas inibe as bactérias Escherichia coli (que habita o intestino humano) e Staphylococcus aureus (forma colonia na pele)

Na busca por novos compostos de importância taxonômica, um trabalho recente (2014) avaliou o perfil fitoquímico de compostos fenólicos deste vegetal. O material foi extraído das folhas com água destilada e purificado por meio de vários métodos cromatográficos. A análise identificou três compostos, sendo o principal quercetina-3-o-rutinoside (rutina), seguido de kaempferol 3-o-rutinoside e ácido clorogênico. Os autores concluem que esses compostos estão presentes como marcadores químicos das espécies deste gênero e família, informação essa muito importante por aumentar os recursos para a classificação taxonômica das espécies. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

O USO DA FITOTERÁPIA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA:

A próstata é uma pequena glândula localizada na pélvis, encontrada apenas nos homens. Tem o tamanho semelhante ao de uma noz, fica entre o pênis e a bexiga e produz um fluido espesso e branco que é misturado com o esperma e secretado na ejaculação.

O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não apresenta sintomas, porém em estágio avançado pode provocar sintomas como micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar frequentemente à noite (nictúria), sangue na urina ou no líquido seminal, disfunção erétil, dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos se a doença se disseminou e fraqueza ou dormência nas pernas e pés.

Grande parte desses sintomas pode ser provocada por outras condições clínicas, não necessariamente pelo câncer de próstata. O aumento da frequência urinária, por exemplo, é muito mais comum na hiperplasia prostática benigna (HBP), que é caracterizada por um crescimento benigno da próstata.

Como fatores de risco, os antecedentes familiares assumem grande importância – um paciente cujo pai ou tio teve câncer de próstata tem o dobro de possibilidade para desenvolver a doença do que a população em geral.

O risco é ainda maior para os homens que têm um irmão com a doença. Se o paciente tiver menos de 65 anos e mais de um parente afetado pela doença, o risco aumenta de seis a 11 vezes.

Pacientes com parentes de primeiro grau com câncer de próstata diagnosticado com menos de 55 anos podem ser portadores de câncer de próstata hereditário (menos de 2% dos casos).

Outros fatores de risco envolvem a alimentação (dieta rica em gordura e carne vermelha e pobre em legumes, vegetais e frutas), sedentarismo e obesidade (que levam a um câncer de próstata ainda mais agressivo), taxas de estrogênio (quanto maior a taxa, maior o risco), etnia (negros têm maior incidência, enquanto descendentes asiáticos apresentam menor), região onde se vive (norte-americanos têm mais câncer de próstata do que asiáticos), nível de poluição ambiental, assim como contato com derivados de borracha e substâncias como ferro, cromo, chumbo e cádmio.

Atualmente, tem se verificado o valor do antígeno prostático específico (PSA) para predizer a chance de câncer de próstata no futuro do paciente. Homens com PSA menor do que 1 ng/ml têm chance menor que 5% de apresentarem câncer de próstata num seguimento de 10 anos.

O tratamento-padrão para esse tipo de câncer é a prostatectomia radical, que consiste na retirada da próstata e das vesículas seminais, e linfadenectomia ilíaco-obturadora bilateral. A linfadenectomia estendida é indicada para pacientes considerados de risco intermediário e alto.

A prostatectomia radical tem por objetivo curar o paciente portador do câncer de próstata e, além disso, remover o câncer por completo. Pode ser feita por via perineal ou retropúbica ou pela modalidade de cirurgia robô-assistida. Todas podem ter resultados bons desde que seja aplicada a técnica operatória adequada.

Fitoterapia para problemas na próstata:

Nos últimos anos, os produtos provenientes da natureza têm desempenhado um papel relevante na prevenção e tratamento de determinados tipos de câncer.

Os produtos de origem natural, que provêm de plantas terrestres e marinhas, animais e microrganismos, tendem a apresentar maior diversidade e qualidade estrutural molecular, quando comparados com as substâncias sintéticas. Registra-se, inclusive, que muitas substâncias sintéticas, farmacologicamente ativas, têm origem em recursos naturais, como as plantas medicinais.

Atualmente, os fitoterápicos são considerados como potenciais agentes preventivos do câncer, uma vez que apresentam nível de toxicidade baixo ou praticamente inexistente, eficácia elevada e comprovada, possibilidade de serem consumidos oralmente, baixo custo, mecanismo de ação conhecido e boa aceitação pela comunidade em geral e científica.

Um excelente fitoterápico para a próstata, que pode ser usado para complementar o tratamento clínico da próstata aumentada é o suco de tomate, pois é um alimento funcional que ajuda a reduzir a inflamação da glândula e prevenir o câncer.

Além disso, para facilitar o fluxo da urina, que fica diminuído quando ocorrem problemas na próstata, pode-se consumir saw palmetto, também conhecida por Serenoa repens. O extrato dos seus frutos pode ser utilizado na forma de pó para chá, cápsula ou loção, sendo recomendada a ingestão de até 320 mg uma vez ao dia. No entanto, a dose deve ser sempre orientada por um fitoterapeuta ou profissional de saúde com conhecimento em fitoterapia.

Saw palmetto:

Saw palmetto é uma planta medicinal que pode ser usada como remédio caseiro para impotência, problemas de urina e próstata aumentada. As propriedades medicinais da planta vêm dos seus pequenos frutos preto-azulados semelhantes a amoras. Também conhecida como sabal, é uma pequena palmeira de hastes espinhosas e serreadas, que tem até quatro metros de altura, sendo comum na Flórida, nos Estados Unidos.

A saw palmetto serve para o tratamento dos sintomas da hiperplasia da próstata, tumor benigno da próstata, prostatite, problemas urinários, cistite, queda de cabelos, ejaculação precoce, impotência sexual, eczema, tosse e asma.

Essa planta tem propriedades anti-inflamatórias, antiestrogênicas, diuréticas, antisseborreicas e afrodisíacas. Atua também como inibidora do crescimento das células da próstata no caso de tumores benignos nessa glândula.

Os efeitos colaterais da saw palmetto são raros, mas alguns indivíduos apresentaram dores de estômago, alterações no paladar como gosto amargo, diarreia ou prisão de ventre, náuseas, vômitos e urticária.

A saw palmetto é contraindicada para mulheres grávidas, lactantes e indivíduos com hipersensibilidade à planta.

Suco de tomate:

Para manter a saúde da próstata pode-se consumir suco de tomate, que além de conter vitamina C, ácido fólico, ferro e outros minerais é um vegetal bastante rico em licopeno, que ajuda a combater a inflamação da próstata, o que torna o tomate um alimento funcional.

Esse suco é uma boa opção para homens que têm histórico familiar relacionado com a próstata, devendo ser encarado como um suplemento alimentar diário ao tratamento médico, que normalmente inclui medicamentos e em alguns casos cirurgia. Por isso, o tomate também pode ser inserido mais regularmente na alimentação diária, para manter a saúde da próstata.

Urtiga:

A urtiga é uma excelente planta para se usar contra a próstata aumentada, pois contém substâncias que diminuem as enzimas responsáveis pela inflamação da glândula, além de regular os níveis de testosterona. Assim, a urtiga reduz o tamanho da próstata e alivia os sintomas mais frequentes, especialmente a dificuldade para urinar.

Para tratar a inflamação da próstata, é indicada a ingestão de 120 mg de cápsulas de raiz de urtiga, três vezes ao dia, após as refeições.

Semente de abóbora:

As sementes de abóbora são outro dos remédios caseiros mais populares para tratar problemas de próstata, pois contêm substâncias anti-inflamatórias e antioxidantes que, além de reduzirem a inflamação da glândula, também previnem o surgimento de câncer.

Para obter esses benefícios deve-se comer um punhado de sementes todos os dias, com o café da manhã, por exemplo, ou usar o óleo de semente de abóbora no preparo de pratos.

Outras opções:

O pólen das abelhas contém abundantes vitaminas e minerais e certos hormônios de efeito estimulante sobre os órgãos sexuais masculinos.

As folhas de couve também podem ser eficientes para ajudar no tratamento da próstata. Devem ser usadas como emplastro.

O leite de coco é um remédio natural e nutritivo, que também ajuda a combater essa doença.

As infusões feitas com cabelo de milho e cavalinha são boas para combater a prostatite. Devem ser tomadas duas vezes ao dia.

É recomendável, ainda, tomar todos os dias, em jejum, suco batido no liquidificador, com um copo de água, um limão inteiro com a casca e um ramo de salsinha. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO.

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE ESDRAS:

Esdras foi um sacerdote e escriba que liderou um grupo de exilados judeus de volta a Jerusalém. Geralmente as pessoas se perguntam quem foi Esdras por conta do livro do Antigo Testamento que traz seu nome.

O nome Esdras pode significar tanto “ajuda”, do original ‘Ezra, como “Jeová ajuda”, caso seja uma abreviação de ‘Azaryahu. Além dos registros sobre ele no livro que leva seu nome, Esdras também é citado no livro de Neemias (caps. 8-10) e em algumas obras apócrifas, como 1 e 2 Esdras.

Quem foi Esdras, o sacerdote e escriba:

Esdras era filho de Seraías, a genealogia registrada sobre ele fornece fundamentação suficiente para remontar sua linhagem sacerdotal até Arão, fazendo com que ele pertencesse a principal corrente sacerdotal de Jerusalém.

A Bíblia menciona Esdras especialmente como um sacerdote (Ed 10:10,16; Ne 8:2), especialmente como um escriba (Ed 7:6; Ne 12:36) e também como escriba e sacerdote, ou seja, com funções acumuladas (Ed 7:11,12,21; Ne 8:9; 12:26).

O relato bíblico ressalta que Esdras era um “escriba versado na Lei de Moisés”. Naquela época, um escriba geralmente era um funcionário do governo designado para executar algumas funções administrativas, como por exemplo, ser um oficial do exército responsável por fazer o controle e alistamento de contingente, ser encarregado do palácio ou ser a pessoa que cuidava de importantes funções literárias, como redigir crônicas e documentos reais além de fazer copias de textos sagrados. 

Esdras provavelmente possuía uma posição de prestigio na corte persa, tanto que ele foi encarregado de exercer a função de um tipo de secretário de estado dos negócios judaicos. Assim, o termo “escriba” aplicado a ele pode fazer referência tanto a sua autoridade governamental como a sua função de doutor da Lei de Deus, sendo essa última aplicação a mais enfatizada no relato bíblico (Ed 7:10,11,14,25; Ne 8).

A missão de Esdras:

Esdras foi enviado a Jerusalém em 458 a.C. por Artaxerxes I (Ed 7:8). O objetivo de sua ida a Jerusalém era para que ele avaliasse as condições civis e religiosas do povo judeu que estava habitando ali e nas regiões circunvizinhas, a fim de também estabelecer as reformas necessárias.

Para isso, Esdras recebeu autoridade para fazer nomeações dentro do estado judaico, além de recursos, bens e alguns incentivos fiscais relacionados ao serviço no Templo. Então ele reunião um grupo formado por exilados que desejavam voltar para Jerusalém, e depois de jejuar e orar, ele liderou esse grupo rumo ao território de Judá.

Quando ele chegou a Jerusalém, o que encontrou foi uma comunidade muito pobre e culturalmente atrasada em relação aos judeus que estavam estabelecidos na Babilônia, de modo que havia ali grandes dificuldades.

As reformas feitas por Esdras:

Esdras se empenhou na reconstrução da comunidade judaica. Seu principal foco se deu quanto à questão dos casamentos mistos. A maioria dos judeus havia se casado com mulheres estrangeiras e adotado suas práticas pagãs.

Esdras ficou muito angustiado, pois identificou que tal comportamento tinha corrompido os judeus com idolatria e costumes pecaminosos, prejudicando a adoração ao Deus vivo. O povo reagiu bem à atitude proposta por ele, e alguns rejeitaram suas esposas pagãs (Ed 10:19). Vale ressaltar que o sucesso de sua missão se deu porque “a boa mão de Deus estava sobre ele”, bem como o apoio que recebeu de Artaxerxes foi devido ao fato de Deus ter movido seu coração (Ed 7:9,27).

Esdras e Neemias:

Esdras e Neemias exerceram seus ministérios de forma simultânea durante algum tempo. Após os eventos narrados em Esdras 10, nada se sabe sobre ele até sua aparição novamente em Neemias 8, em 444 a.C., quando leu publicamente a Lei.

Falando sobre Esdras e Neemias, vale dizer que existe uma discussão entre os estudiosos sobre a cronologia envolvendo esses dois homens. Tradicionalmente é aceito que ele chegou a Jerusalém antes de Neemias, mas algumas interpretações modernas questionam essa posição.

Além de detalhes textuais, como por exemplo, a menção de um muro em Esdras 9:9 e a possibilidade Artaxerxes I ser na verdade Artaxerxes II em Esdras 7:1, o principal ponto de discussão é o estado de alienação encontrado por Neemias quando chegou a Jerusalém, algo que parece confrontar as reformas de Esdras e sua própria presença ali.

Certamente os problemas encontrados por Neemias, sobretudo com relação à imoralidade, dificilmente poderiam ter ocorrido se Esdras estivesse em Jerusalém. Todavia, o livro Esdras-Neemias favorece a posição de que Neemias, de fato, chegou depois dele.

A solução mais provável para essa questão é a de que Esdras poderia ter estado em Jerusalém temporariamente e depois retornado à corte da persa, algo semelhante ao que ocorreu também com o próprio Neemias (Ne 13:6).

Se assim for, então ele retornou mais tarde a Jerusalém onde participou, juntamente com Neemias, de novas reformas. Sobre a menção a um muro em Esdras 9:9, é perfeitamente aceitável que seja uma linguagem figurada fazendo referência à proteção concedida aos judeus que retornaram do Exílio babilônico. Além disso, o uso de ilustrações já começa no versículo anterior, 8.

Quanto à confusão com o nome do rei persa, realmente não há qualquer evidência que possa sustentar essa hipótese. Assim, a melhor sugestão sobre a cronologia desse período é a de que Esdras chegou a Jerusalém em 458 a.C. e Neemias em 445 a.C. É possível que ele tenha sido contemporâneo, pelo menos durante algum tempo, do profeta Malaquias. 

A importância de Esdras:

Esdras é reconhecido como um homem que exerceu uma função editorial de grande importância em algumas partes das Escrituras do Antigo Testamento. Aqui é importante dizer que originalmente os livros de Esdras e Neemias constituem uma única obra, e apesar do seu autor, em sua forma final, ser desconhecido, a tradição aponta Esdras como o principal autor dessa obra, no sentido de que a maior porção dos textos presentes no conjunto Esdras-Neemias foi escrita por ele.

Devido a sua competência literária inegável, a tradição judaica atribui muito respeito a Esdras, inclusive considerando que ele tenha sido o autor principal de 1 e 2 Crônicas. Entretanto, não existem evidências conclusivas nas Escrituras ou mesmo na História para afirmar que Esdras foi autor dos livros de Crônicas, além de que também existem particularidades que sugerem algumas diferenças entre os livros de Crônicas e Esdras-Neemias.

Seja como for, ainda assim é bem possível que Esdras tenha contribuído de alguma forma para a composição da redação de Crônicas. Sem dúvida a liderança espiritual que ele exerceu no período pós-exílico foi muito importante, de modo que alguns o consideram como sendo o fundador do Judaísmo, ou, pelo menos, o maior influenciador da resistência e o apego à tradição diante da invasão do helenismo.

Quando falamos sobre quem foi Esdras, também precisamos mencionar que outros dois personagens bíblicos são mencionados com esse nome. Ambos também eram sacerdotes e são mencionados no livro de Neemias (Ne 12:1,13,33) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, novembro 2

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " MORINGA OLEIFERA LAM. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Moringa oleifera Lam.
Família: 
Moringaceae
Sinonímia científica: 
Guilandina moringa L.
Partes usadas: 
Folha, fruto, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Zeatina.
Propriedade terapêutica: 
Aceleradora de crescimento de órgãos humanos, animais e vegetais.
Indicação terapêutica: 
Anemia, doença do olho, cegueira.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: horseradish tree, drumstick tree, behen, ben nut tree, clarifier tree, indian horseradish, kelor tree
  • Espanhol: marango, resedá, árbol de rábano, árbol de baqueta, ángela, árbol de los espárragos, árbol de las perlas, árbol "ben"

Origem, distribuição:
Nativa dos Himalaias (noroeste da Índia) onde é conhecida como árvore do milagre devido às suas propriedades nutricionais. Atualmente o cultivo da moringa estende-se pela Ásia, África e Américas Central e do Sul. No Brasil é encontrada em regiões do semiárido, devido a tolerar o estresse hídrico e ser halofílica (desenvolve-se em ambiente com concentração salina).

Descrição:
Moringa oleifera é um arbusto oleaginoso, cresce até 12 m de altura. O caule é delgado (até 10 cm), muitas vezes único, copa aberta em forma de sombrinha. Contém látex na casca. As folhas são verdes, decíduas alternadas, pecioladas e compostas. As flores são perfumadas, de cor creme ou branca agrupadas em inflorescências terminais do tipo cimosa.

O fruto é uma cápsula de formato triangular, deiscente (quebra-se longitudinalmente em 3 partes quando seco), contém de 10 a 20 sementes armazenadas em uma polpa branca. A cor do fruto varia do verde ao marrom esverdeado.

As sementes são globoides, escuras por fora e contêm em seu interior uma massa branca e oleosa. O núcleo é encoberto por uma concha trialiada, oleaginosa, medindo ate 1 cm de diâmetro.

A raiz assemelha-se na aparência e no sabor ao rabanete. A casca da raiz é espessa, mole e reticulada, de cor pardo-clara externamente e branca internamente.

Uso popular e medicinal:
Sua principal riqueza está no altíssimo valor nutricional das folhas e frutos. É usada tradicionalmente na Ásia e África como alimentação humana e animal, com propriedades especiais para a recuperação da nutrição e prevenção da cegueira.

Tanto as folhas, que têm um ligeiro sabor de agrião e espinafre, quanto as flores são usadas ​​em sopas, saladas e chás aromáticos. Desidratadas, são utilizadas como tempero para carnes, ovos, etc.. As frutas são consumidas cozidas (como o feijão) ou em conserva antes da maturação.

As sementes verdes podem ser cozidas como feijão, quiabo, soja e servidas na forma de salada. As sementes maduras são consumidas como o amendoim torrado.

Em geral toda esta planta serve como alimento preventivo para algumas doenças, como restaurador. A zeatina é uma enzima que favorece o crescimento e desenvolvimento de órgãos humanos, animais e de vários vegetais. O consumo pode ajudar pessoas em estado de desnutrição.

Tem alto teor de proteína e vitamina. Tem a proteína do ovo, duas vezes mais a proteína do leite, 3 vezes o potássio da banana, 3,6 vezes o cálcio do leite, 7 vezes a vitamina C da laranja, 3,6 vezes mais vitamina A de cenouras.

Devido ao teor de proteínas, vitaminas, aminoácidos, minerais e carotenoides (e desde que devidamente balanceados), a moringa é excelente forrageira para a alimentação e nutrição do gado leiteiro e de recria, suínos, cavalos, aves, peixes e na preparação de refeições proteícas, matéria-prima para a fabricação de alimentos para animais. Através de processos de secagem, moagem, condicionamento etc., obtém-se uma alimentação animal concentrada, de alta conversão e baixo custo.

As sementes moídas (ou esmagadas) de Moringa oleifera servem na purificação de águas turvas, em alguns casos tornam-se até potáveis, piscinas, tanques e reservatórios. Os melaços de cana-de-açúcar também são purificados da mesma forma, evitando-se o uso de produtos químicos tais como sulfato de alumínio. A descoberta desse processo é interessante.

Sabe-se que desde tempos remotos, a moringa é conhecida na China. Forçada a dar de beber aos seus filhos as águas terrosas do grande rio Yangtze, as mulheres descobriram que as sementes desta árvore bonita que sombreava suas casas tinha o dom de arrastar a sujeira da água para o fundo dos vasos de argila onde eram mantidas e a lama de sedimentos não voltava à superfície. A água tornava-se clara e transparente. As mulheres descobriram também que, para obter este efeito, era necessário esfregar as sementes da moringa contra as paredes ásperas dos vasos, agitar a água com as sementes e aguardar a decantação da sujeira.

Com o tempo passaram a esmagar as sementes num pilão de madeira, reduzindo-as a pó e misturando-as à água suja. Posteriormente foi descoberto que o processo remove de 90 a 99,9% de bactérias que aderem às partículas sólidas, limpando assim a água. O efeito de limpeza é obtido pela diferença de cargas elétricas entre as partículas em suspensão da água suja e as partículas pulverizadas das sementes. As correntes elétricas aglutinam as partículas em suspensão em torno das partículas das sementes. Depois de um tempo, o que começou como muitas partículas microscópicas suspensas em água devido ao seu peso leve, ficam cada vez maiores até que a força da gravidade levá-as ao fundo do reservatório, de onde não conseguem mais se soltar.

Esse processo garante que a água fique completamente livre de patógenos, mas não completamente purificada. Fica drasticamente reduzida a quantidade de partículas em suspensão, logo reduz-se também o número de microrganismos, pois estes vivem em torno das partículas que se juntam no fundo do reservatório e depois são facilmente removidos.

A Moringa não converte a água bruta em água pura e sem germe, o que só pode ser alcançado através de um tratamento químico ou de ebulição, mas deixa a água própria para consumo humano.

Esse processo artesanal em recipientes caseiros pode ser empregado em grandes comunidades humanas, basta colocar mais sementes na água. A proporção adequada é 2 g de sementes em pó por litro de água, quando a água estiver totalmente enlameada. Importante: a moringa nunca muda o sabor da água.

Um estudo científico avaliou a eficiência das sementes de M. oleifera juntamente com a polpa e o córtex da raiz da macaxeira (Manihot esculenta), a tapioca extraída da polpa da macaxeira, o pó do quiabo e o mesocarpo de coco de babaçu (Orbygnia martiana) para serem usados em substituição aos coagulantes químicos na remoção de cor e turbidez no tratamento de água coletada no rio Negro (AM).

Os pesquisadores concluiram que as sementes de M. oleifera na adição de 1,6 g/L e 10 h de decantação apresentam o potencial de coagulante natural por obter valores de cor, turbidez e condutividade de acordo com a exigência do órgão fiscalizador, podendo ser usada como clarificante de água coletada no rio Negro. Apresenta ainda a vantagem de ser um componente atóxico, biodegradável em relação ao sulfato de alumínio e não depende do pH da água a ser tratada.

Outros usos:
O óleo da semente de moringa também é usado como óleo lubrificante e óleo de lâmpada, produção de etanol, biomassa, azeite, biodiesel, fertilizante orgânico e recuperação de solos. 

Produção de etanol. Estima-se que a produção de 10 MW de energia, 80 toneladas de proteínas e 16.000 litros de álcool por dia, requer uma extensão de 1.500 hectares de M. oleifera sob irrigação. Comparado para produzir a mesma quantidade de energia com eucalipto, este requer cerca de 8.000 hectares e começa a produção entre 3 e 5 anos após o plantio, enquanto que com a moringa a produção pode ser iniciada aos 45 dias após a germinação.

Biomassa. A planta apresenta produtividade especial, em culturas irrigadas alcança até 80 toneladas / ha / corte, para 8 cortes ao ano, o que torna essa oleaginosa muito produtiva como matéria-prima para a produção de etanol a partir de forragem colhida a cada 45 dias.

Produção de azeite. O teor de ácido oleico presente nas sementes da moringa corresponde a 73%, equivalente ao azeite, ideal portanto para consumo humano. O óleo tem aplicações no processamento de alimentos, indústria farmacêutica, cosmética e aeronáutica.

Biodiesel. A moringa assumiu importância porque é uma das espécies de plantas com maior teor de óleo (35%), de onde obtém-se biodiesel de alta qualidade.

Fertilizante orgânico. Testes de laboratório confirmaram que a massa que resta após o processamento da semente para a extração de óleo é altamente valorizada como um fertilizante natural, com elevado teor de nitrogênio e coagulantes ativos, além de se obtê-lo gratuitamente por ser um derivado desta extração. A massa pode ser secada e armazenada.

Recuperação de solo.   Moringa pode ser intercalada com outras culturas já que é uma leguminosa e adiciona nitrogênio ao solo. A recuperação é recomendada para solos em regiões áridas e semiáridas. Sua raiz principal, tuberosa e profunda, armazena grande quantidade de água durante a época de seca. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?