quinta-feira, novembro 17

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DO PROFETA OSÉIAS:

O nome Oseias provavelmente significa “Ele (Javé) salvou”. Dessa forma, alguns estudiosos  sintetizam o significado do nome Oseias como sendo “salvação”. Tudo o que se sabe sobre quem foi Oseias na Bíblia depende das informações presentes no livro bíblico que leva seu nome. Oseias é um dos profetas menores do Antigo Testamento.

A história de Oseias:

O profeta Oseias era filho de Beeri. Acredita-se que o profeta Oseias era natural do Reino do Norte. Na época em que ele viveu, o reino de Israel já havia sido dividido em duas partes: Reino do Sul (Judá) e Reino do Norte (Israel). Jerusalém era a capital do Reino do Sul, enquanto Samaria era a capital do Reino do Norte.

Em seu livro, Oseías demonstra ter familiaridade com a geografia e os acontecimentos do Reino do Norte. Por isto é possível que ele tenha nascido naquela região. Mas curiosamente, o profeta Oseias menciona três reis do Reino do Sul na introdução de seu livro, e apenas um rei do Reino do Norte (Oseias 1:1). Isso tem levado alguns estudiosos a sugerirem que talvez o profeta tenha encerrado seu ministério e escrito sua obra em Judá; ainda que o foco do sua mensagem tenha sido o Reino do Norte.

O profeta Oseias viveu numa época de muitas inconstâncias políticas internas e um cenário geopolítico internacional turbulento. A injustiça, a corrupção e complacência caracterizavam a monarquia de Israel. Além disso, o povo havia se corrompido com a religião cananeia. Os israelitas passaram a adorar a Baal como o provedor da fertilidade e prosperidade. Os líderes religiosos de Israel, que deveriam auxiliar e conduzir o povo a uma vida de santidade, começaram a tolerar aquela situação. Motivados por ganância, alguns até mesmo incentivavam o povo em sua apostasia. Provavelmente Oseias foi um contemporâneo mais jovem do profeta Amós. 

A esposa e os filhos do profeta Oseias:

Muito acerca de quem foi Oseias depende de como os três primeiros capítulos de seu livro são interpretados. Esses capítulos registram os principais detalhes da vida pessoal do profeta Oseias. Eles falam sobre seu casamento com uma mulher chamada Gômer, e o nascimento de seus três filhos (Oseias 1-3). Os três capítulos descrevem o casamento do profeta Oseias, depois sua separação por causa da infidelidade de sua esposa e, por último, sua reconciliação com ela.

Gômer era filha de Diblaim. A Bíblia diz que Gômer era uma mulher infiel. Oseias casou-se com ela obedecendo a uma ordem do Senhor que lhe mandou tomar “uma mulher de prostituição” (Oseias 1:2). O objetivo disso é esclarecido no próprio livro. A família de Oseias simbolizava a infidelidade religiosa dos israelitas. Eles adulteraram a verdadeira adoração a Deus se envolvendo com as práticas pagãs de Canaã.

Esse contexto explica o motivo dos nomes simbólicos que o profeta Oseias deu aos seus filhos. O primeiro foi chamado de Jezreel, que literalmente significa “Deus semeia”, e estava conectado ao juízo iminente do Senhor sobre à casa de Israel.

Depois a mulher de Oseias concebeu uma menina. Ela foi chamada de Desfavorecida. No original a forma de seu nome significa literalmente “ela não recebeu nenhuma compaixão”. Esse nome alertava que a compaixão que Deus havia demonstrado para com Israel, apesar de sua apostasia, seria retirada.

Por último, a esposa de Oseias deu à luz a outro filho. O menino foi chamado de Não-Meu-Povo. Esse nome simbolizava a expressão máxima do julgamento divino, indicando a anulação da antiga fórmula da Aliança. Consequentemente, ao invés de desfrutar das bênçãos da Aliança, o povo estaria sujeito às maldições que recaem aos inimigos de Deus.

Gômer provou sua infidelidade e abandonou Oséias, adulterando com outro homem. Mas depois Oseias foi em busca de sua mulher infiel, e a comprou de seu amante (Oseias 3:2). Alguns estudiosos sugerem que talvez essa fosse uma segunda esposa de Oseias, e não a mesma do capítulo 1. Mas essa interpretação é pouco provável dentro do contexto e do propósito da história que é contada. A maior parte dos estudiosos  considera que Oseias se divorciou de sua mulher infiel e depois se reconciliou novamente com ela.

Oseias realmente se casou com uma prostitua?

A interpretação correta da primeira parte do livro de Oseias que descreve o casamento do profeta com Gômer, é muito debatida. Durante séculos os estudiosos apresentam diferentes teorias acerca do sentido correto desse texto. Alguns acreditam que o relato sobre a vida conjugal do profeta Oseias deve ser interpretado de maneira alegórica. Portanto, quem pensa assim defende que todos os detalhes do relacionamento de Oseias e Gômer devem ser interpretados figuradamente.

Outros defendem que o casamento de Oseias e Gômer deve ser interpretado de maneira literal, como um fato histórico. Dentro dessa interpretação existem ainda algumas variações. Há quem pense que Gômer só se tornou infiel após o nascimento do primeiro filho do casal. Outros acreditam que a infidelidade de Gômer estava relacionada à prostituição religiosa. Isso significa que Gômer não era uma prostituta comum, mas uma mulher que se prostituía nos cultos a Baal que eram caracterizados por orgias.

Considerando as características do livro de Oseias, a melhor interpretação parece ser a literal. Seja como for, o que fica claro é que o casamento do profeta Oseias com Gômer serviu como uma analogia direta do relacionamento entre o Senhor e Israel. Através da experiência pessoal experimentada por Oseias, de forma simbólica Deus revelou com perfeição o estado corrupto em que o povo da Aliança se encontrava.

A mensagem do profeta Oseias:

Deus usou o profeta Oseias para alertar Israel acerca do justo julgamento iminente por causa de sua conduta pecaminosa. O profeta Oseias falou de assuntos dolorosos, como o sucesso do ataque Assírio contra Israel, a queda de Samaria, a realidade do exílio e o fim do Reino do Norte em 722 a.C. Com isso o profeta Oseias explicou por que Deus permitiu que tudo aquilo sobreviesse sobre seu povo.

Deus usou a vida familiar de Oseias para ilustrar seu relacionamento com Israel. Nessa analogia Deus é um marido bom e justo, que tem ciúme de sua esposa, Israel. Apesar da bondade e compaixão de Deus, Israel se mostra ser uma esposa infiel que se rebela contra seu marido. É nesse contexto que Deus anuncia que punirá seu povo rebelde que violou sua Aliança.

Mas a mensagem do profeta Oseias não se restringiu apenas ao anúncio de julgamento e destruição de Israel. O profeta também proclamou a restauração do povo de Deus. Ele mostrou que Deus não abandonaria seu povo definitivamente.

Por causa do eterno amor e da misericórdia de Deus, havia promessas de um futuro maravilhoso reservado para os remanescentes após o exílio. Deus prometeu perdoar seu povo, renovar sua Aliança e derramar bênçãos abundantes (cf. Oseias 1:10,11; 2:1-23; 14:1-7). Essas promessas tiveram seu cumprimento pleno na pessoa de Cristo. Ele inaugurou a Nova Aliança, e nele o povo escolhido de Deus alcança perdão e desfruta de bênçãos eternas.

Outros Oseias na Bíblia:

Quando se fala em quem foi Oseias na Bíblia, também é preciso saber que o profeta não é o único personagem bíblico com esse nome. Há pelo menos quatro outras pessoas mencionadas na Bíblia pelo nome de Oseias, e é muito importante não confundi-las.

O nome original de Josué, auxiliar e sucessor de Moisés, também era Oseias (Números 13:8-16; Deuteronômio 32:44). O livro de Crônicas fala de um príncipe da tribo de Efraim que tinha esse mesmo nome na época de Davi  Depois, o último rei do Reino do Norte também se chamava Oseias; inclusive ele era contemporâneo do profeta Oseias. Por último, no livro de Neemias outro Oseias é citado após o cativeiro babilônico (Neemias 10:23) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECER, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, novembro 16

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " STACHYTARPHETA CAYENNENSIS ( RICH. ) VAHL. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl
Família: 
Verbenaceae
Sinonímia científica: 
Abena cayennensis (Rich.) Hitchc.
Partes usadas: 
A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Alcaloides, glicosídeos (verbenalina e verbenina), taninos, saponinas, flavonoides, esteroides, quinonas, compostos fenólicos e ácido glicogênico.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatória, analgésica, antipirética, hepatoprotetora, laxante, antimicrobiana.
Indicação terapêutica: 
Tratamento de distúrbios gástricos, lesões de pele, lesões ulceradas causadas por Leishmania. 
Nome em outros idiomas:              
  • Inglês: blue porter weed, blue rat's tail, bluetop, cayenne porterweed, false vervain, rat tail verveine
  • Francês: petite verveine-queue-de-rat; petit queue-de-rat, herbe á chenille, herbe bleue
  • Espanhol: piche de gato, rabo de zorro
  • Japonês: honagasõ

Origem, distribuição
Esta espécie é encontrada na América tropical e subtropical, do México até o Brasil.

Descrição:
Espécie herbácea, anual ou com ciclo mais prolongado que se desenvolve em todo o País, vegetando em áreas antropizadas. Ocorre com muita frequência em hortas domésticas e comerciais e em áreas destinadas à fruticultura.

Apresenta caule verde ou com pigmentação avermelhada, pouco ramificado, ramos novos quadrangulares, levemente achatados na região nodal. Folhas opostas cruzadas, pecioladas, pouco ásperas ao tato, limbo ovalado de base atenuada com ápice agudo ou obtuso, margem percorrida totalmente ou apenas da porção mediana em direção ao ápice por ondulações, ou então margem serreada.

Inflorescência terminal do tipo espiga cilíndrico-linear, constituída por numerosas flores desprovidas de pedúnculos. Flores com cálice de 5 sépalas soldadas, corola lilacina ou azulada com 5 pétalas soldadas, formando um tubo curto, estreito e ligeiramente curvo. 

Androceu com 4 estames, sendo 2 férteis e 2 não férteis, e gineceu gamocarpelar com ovário oblongo. Fruto seco do tipo carcerulídeo. 

Propaga-se por meio de sementes. Considerada planta apícola.

Uso popular e medicinal:
Um trabalho científico conclui que o extrato hidroalcoólico de S. cayennensis inibe formas promastigotas de Leishmania in vitroo que pode justificar, pelo menos parcialmente, o uso popular dessa espécie no tratamento de úlceras causadas por Leishmania. 

Leishmanioses são doenças endêmicas causadas por protozoários do gênero Leishmania ocorrendo em várias partes do mundo, ocasionando um elevado índice de morbidade e mortalidade. O tratamento é feito à base de quimioterápicos de alto custo, usados por via parenteral, requerendo um período de administração prolongado, causando efeitos adversos como alterações cardíacas, renais, pancreáticas e hepáticas.

Os pesquisadores observam que o uso de plantas no tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma prática antiga entre as populações das áreas endêmicas. O estudo foi realizado no município de Buriticupu (Amazônia do Maranhão), Brasil, área endêmica para LTA e demonstrou que dentre as preparações vegetais utilizadas pela população no tratamento das úlceras causadas por Leishmania sp, uma das mais citadas foi o extrato de folhas de Stachytarpheta cayennensis.

Esta espécie tem sido utilizada na medicina tradicional como anti-inflamatória, analgésica, antipirética, hepatoprotetora, laxante e no tratamento de distúrbios gástricos. A aplicação de folhas e raízes trituradas também é usada no tratamento de lesões de pele, inclusive em lesões ulceradas causadas por Leishmania sp.

Alguns dos efeitos preconizados pela população já foram demonstrados experimentalmente como a atividade anti-inflamatória, analgésica, gastroprotetora e antimicrobiana. Em sua composição química apresenta alcaloides, glicosídeos (verbenalina e verbenina), taninos, saponinas, flavonoides, esteroides, quinonas, compostos fenólicos e ácido glicogênico, sendo que alguns destes constituintes químicos também estão contidos em várias espécies vegetais com efeitos leishmanicidas.

Na medicina popular: brasileira espécies de gervão (S. cayennensis, S. jamaicensisajudam a estimular a digestão, suprimir a tosse, baixar a febre, expulsar vermes, aumentar a transpiração e promover a menstruação. O remédio natural é a infusão preparada com as folhas ou partes aéreas inteiras. É empregado por herbalistas e profissionais também como um tônico estomacal, para estimular a função do trato gastrointestinal, dispepsia, alergias, asma, febre e problemas hepáticos crônicos. 

Gervão serve também como um diurético para várias queixas urinárias e como laxante suave para a constipação. Externamente serve para limpar úlceras, cortes e feridas. Na fitoterapia cubana (onde a planta é chamada Verbena cimarrona) é considerada abortiva, laxante, diurética e sedativa, indicada para reduzir espasmos, deprimir o sistema nervoso central, promover a menstruação, ajudar a produção de leite e reduzir a pressão sanguínea.

 Dosagem indicada:

  • Infusão das folhas: 1/2 xícara, 2 vezes ao dia.
  • Tintura: 2 a 3 ml, 2 vezes ao dia.
  • Cápsulas: 1-2 g, 2 vezes ao dia." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

TRATAMENTO NATURAL PARA INSULFICIENCIA VENOSA:

A insuficiência venosa é muito comum vir acompanhada de pernas cansadas, varizes ou um agravamento das hemorroidas. Tudo isto são manifestações diferentes do mesmo problema circulatório: a insuficiência venosa. Embora, alguns fatores como o sedentarismo, a obesidade ou a idade, possam piorá-la. Felizmente existem tratamentos naturais ao nosso alcance, muito eficazes, para tratar estes incómodos.

O que é insuficiência venosa?

As veias são estruturas bastante frágeis. Quando as paredes das veias enfraquecem, provocam dificuldades em retornar o sangue das extremidades inferiores ao coração, isto é o que é conhecido como insuficiência venosa. Esta alteração da circulação pode desencadear problemas como as pernas cansadas ou o aparecimento de varizes e hemorroidas, que afetam quase 50% dos adultos de meia-idade. A falta de cuidados adequados pode levar a complicações mais graves, como a formação de trombos.

Quais são as causas da insuficiência venosa?

Existem uma série de fatores considerados de risco que podem levar à insuficiência venosa.   Entre os mais destacados estão os antecedentes familiares, a idade, o excesso de peso, o sedentarismo, além de permanecer muito tempo sentado ou parado.   

Pernas cansadas, varizes e hemorroidas são uma desordem que pode afetar tanto homens como mulheres, embora seja até 4 vezes mais comum nas mulheres (especialmente grávidas) do que nos homens. Isto deve-se às alterações hormonais próprias, como as que ocorrem durante a gravidez ou o climatério.

Que sintomas produz a insuficiência venosa?

Os sintomas mais comuns da insuficiência venosa são:

  • Sensação de peso nas pernas acompanhada de formigueiro, inchaço das pernas e tornozelos, e até mesmo dor.
  • As varizes aparecem quando as válvulas das paredes das veias não funcionam corretamente e perdem a elasticidade, fazendo com que o sangue estagne em vez de voltar, então as veias alongam-se e dilatam, tornando-se visíveis e inchadas.

Na realidade, as hemorroidas são muito semelhantes às varizes, poderíamos defini-las como a inflamação das veias localizadas em torno do ânus e/ou na parte inferior do reto, causadas não só por défices na circulação venosa, mas quando sofremos de obstipação. Os sintomas mais comuns de hemorroidas são comichão e/ou irritação na área à volta do ânus, dor periana ou desconforto, presença de um caroço ou inchaço perto do anus.

Tratamiento natural para a insuficiência venosa:

Os remédios naturais para a insuficiência venosa incluem uma alimentação rica em frutas e legumes, que nos ajude a manter um peso saudável e a melhorar o trânsito intestinal, bem como uma correta ingestão de líquidos. Além da prática habitual de exercício, evitando o sedentarismo ou longos períodos de permanência.

Além disso, existem plantas medicinais com ação venotónica, para prevenir e aliviar tanto as varizes, pernas cansadas como as hemorroidas, favorecendo o retorno venoso.

Castanha-da-Índia (Aesculus hippocastanum):  

As sementes da Castanha-da-Índia podem ser consideradas como o melhor venotónico natural.  O seu principal composto ativo, conhecido como Aescina, tem demonstrado reduzir a inflamação e o edema, melhorar a função venosa, bem como reduzir a permeabilidade dos vasos sanguíneos, tornando-o um excelente remédio natural para as varizes, pernas cansadas hemorroidas.

Rusco (Ruscus aculeatus):

A raiz de Rusco contém toda uma família de princípios ativos, tais como ruscogeninas de ação anti-edematosa e vasoconstrictora altamente benéficos no cuidado das venopatias. É um dos melhores produtos naturais para as pernas cansadas, varizes e hemorroidas com melhorias clínicas demonstradas em vários ensaios controlados com placebo, bem como ensaios abertos.

Cipreste (Cupressus sempervirens L.):

As proantocianidinas, presentes nos bolbos do Cipreste, atuam sinergicamente, melhorando os sintomas associados à insuficiência venosa crónica.  Além das suas propriedades hemostáticas e adstringentes, convertem-nas num grande aliado contra as hemorroidas.

Em resumo, estas três plantas medicinais de ação venotónica, devem ser a primeira opção fitoterapêutica para aliviar o desconforto causado pelas pernas cansadas, pernas inchadas (edemas), varizes, hemorroidas e outras venopatias " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " BIDENS PILOSA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Bidens pilosa L.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Coreopsis corymbifolia Buch.-Ham. ex DC.
Partes usadas: 
A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Rico em flavonoides, terpenos, fenilpropanoides, lipídios, benzenoides, princípio amargo, mucilagem.
Propriedade terapêutica: 
Bactericida, fungicida, estimulante, antiescorbútico, antiodontálgico, sialagogo, antidisentérico, antidiabético, antileucorreico, anti-helmíntico, vulnerário.
Indicação terapêutica: 
Febre aftosa, angina, diabetes, distúrbio menstrual, hepatite, laringite, verme intestinal, inflamação, hepatite alcoólica, dor (cabeça, dente, garganta), ferida, laceração etc.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: hairy beggar-ticks
  • Francês: sornet, piquant noir, bident hérissé, herbe aiguille, herbe villebague 
  • Alemão: behaarter zweizahn

Origem, distribuição:
Picão-preto é nativo da América tropical, tornou-se uma das principais espécies de planta daninha e de praga em todo o mundo.

Descrição:
Espécie herbácea anual, desenvolve-se em todo o País instalando-se em áreas ocupadas com espécies olerícolas (alho, alface, beterraba, cebola, cenoura, tomate), lavouras de banana, mamão, manga, maracujá e pomares de goiaba, laranja, maçã e pêssego. Forma compostos alelopáticos que inibem o desenvolvimento da alface, nabo e repolho.

Hospedeira alternativa do Begomovirus do tomate, transmitido a determinadas culturas pela mosca-branca, da Ralstonia solanacearum (que causa a murcha bacteriana, doença das mais severas para as bananeiras), a cochonilha Orthezia praelonga e o ácaro Brevipalpus phoenicis, que transmitem o vírus da leprose dos citros.

Apresenta caule anguloso, verde, com manchas avermelhadas e pilosidade branca. Folhas opostas com limbo dotado de 5 recortes profundos que atingem a nervura central e com margem serreada, pecíolos verdes ou avermelhados, pilosos. Inflorescência axilar e terminal do tipo capítulo longo-pedunculado.

Capítulos rodeados por um invólucro de brácteas foliáceas semelhante a um cálice e um segundo invólucro de 5 a 6 brácteas não muito desenvolvidas, de coloração amarela, semelhante a uma corola. Flores centrais tubulosas, de coloração amarela. Fruto aquênio preto.

Propaga-se por meio de sementes. Fornece pólen para abelhas.

Uso popular e medicinal:
Picão-preto é planta medicinal das mais conhecidas da América do Sul, amplamente utilizada no tratamento de inúmeras doenças dentre as quais inflamação, hipertensão, úlceras, diabetes e infecções de todos os tipos, que estão sendo validadas pela moderna pesquisa científica.

A planta tem longo histórico de uso entre os povos indígenas da Amazônia. Geralmente é arrancada e preparada em decocção ou infusão para uso interno, ou esmagada para uso externo na forma de cataplasma.

Na Amazônia peruana picão-preto é usado contra febre aftosa, angina, diabetes, distúrbios menstruais, hepatite, laringite, vermes intestinais e inflamações (internas e externas). Na região de Piura (norte do país), a decocção das raízes é utilizada para a hepatite alcoólica e vermes. Na tribo Cuna misturam as folhas esmagadas com água para tratar dores de cabeça. Em Pucallpa a folha é enrolada e aplicada a dor de dente; as folhas são também utilizadas para dor de cabeça.

Em outras partes da Amazônia a decocção da planta é misturada ao suco de limão para tratar angina, hepatite, dor de garganta e retenção de água. Usam as folhas secas ao sol com azeite para fazer cataplasma e aplicar em feridas e lacerações; e a infusão de flores para tratar a dor de estômago devido a intoxicação alimentar.

Na fitoterapia peruana picão-preto é utilizado para reduzir a inflamação, aumentar a micção e proteger o fígado. É comumente utilizada para a hepatite, conjuntivite, abcessos, infecções fúngicas, infecções urinárias, como um auxiliar de perda de peso e estimular o parto. 

Na medicina herbal brasileira é usado para febres, malária, hepatite, diabetes, dor de garganta, amigdalite, obstruções no fígado (e outras doenças do fígado), infecções urinárias e corrimento vaginal. A infusão ou decocção de toda a planta em gargarejos é indicado para amigdalite e faringite. Externamente é usado em feridas, infecções fúngicas, úlceras, assaduras, picadas de insetos e hemorroidas. Especialistas relatam o uso de picão-preto para normalizar os níveis de insulina e de bilirrubina no pâncreas, fígado e sangue.

No México usam toda a planta ou a folha para tratar a diabetes, doenças do estômago, hemorroidas, hepatite, problemas nervosos e febre. Indicam-na como gargarejo para bolhas na boca e o suco da planta usam em cataplasma externo para o rim e fígado.

Desde 1979 e 1980 cientistas têm demonstrado que as substâncias presentes na erva são tóxicas para bactérias e fungos. Vários flavonoides de picão-preto foram documentados com atividade antimalárica. Em 1991 cientistas suíços isolaram vários fitoquímicos com propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, o que os levou a sugerir este vegetal na medicina tradicional para o tratamento de feridas, contra inflamação e infecção bacteriana do trato gastrointestinal.

Os principais constituintes químicos de picão-preto são ácidos (beênico, butanodióico ou succínico, cafeíco, cáprico, elaídico, láurico, linoleico, mirístico, palmítico, palmitoleico, paracumárico, tânico e vanílico), esculetina, beta-sitosterol, borneol, cadinol, cafeína, daucosterol, friedelano e friedelina (compostos triterpenos), germacreno D, glucopiranósidos, inositol (uma vitamina do complexo B), isoquercitrina, limoneno, lupeol (triterpenoide), luteolina (um dos principais bioflavonoides), muurolol, okanin-glucósidos, fitol (pigmento presente na clorofila), poliacetilenos (tridecapentaineno, fenilheptatrieno), precoceno (inseticida), piranoses, quercetina (flavonoide antioxidante), sandaracopimaradiol, esqualeno, estigmasteróis, tetrahidroxiauronas, tocopherol quinonas e tridecatetraendieno.

Outros constituintes cujas traduções não foram encontradas são: butoxylinoleates, erythronic acids, phytenoic acid, pilosola." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )

terça-feira, novembro 15

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DO PROFETA DANIEL:

Daniel é um personagem bíblico citado no Antigo Testamento, e que possui um livro que leva seu nome. Sua história na Babilônia, suas visões e interpretações de sonhos e, sobretudo, o famoso episódio envolvendo a cova dos leões, fazem do Profeta Daniel um dos personagens mais conhecidos por todos. Neste estudo bíblico, aprenderemos sobre quem foi Daniel na Bíblia, conhecendo cada detalhe de sua biografia.

Quem foi Daniel?

Primeiramente precisamos saber que existem mais de um Daniel mencionado na Bíblia. Antes de falarmos do Profeta Daniel, conheceremos os outros personagens com o mesmo nome:

  1. Daniel filho de Davi, também chamado de Quileabe, foi o segundo filho do rei Davi com Abigail. Ele era mais velho que seus irmãos Absalão e Adonias, porém nada mais é registrado sobre ele (1Cr 3:1).
  2. Daniel descendente de Itamar e que acompanhou Esdras (Ed 8:2), também sendo um dos signatários do Pacto (Ne 10:1).
  3. No livro do Profeta Ezequiel existem referências a um personagem por nome de Daniel. Esse Daniel é citado como alguém muito justo e excepcionalmente sábio (Ez 28:3). Além disso, o Daniel citado em Ezequiel é comparado a Noé e Jó, como exemplos de justiça. A identidade desse personagem tem sido muito debatida ao longo dos anos. Alguns estudiosos defendem que se trata do Profeta Daniel, contemporâneo de Ezequiel e que estava no exílio babilônico. Outros defendem que esse personagem não é o conhecido profeta bíblico, baseando-se na diferença de grafia do nome em hebraico, algo como Dan’el ao invés de Dani’el. De acordo com essa sugestão, o Daniel citado no livro de Ezequiel poderia ser uma referência a um personagem heroico mencionado num texto ugarítico antigo. Esse personagem era um rei, conhecido por ser um governante extremamente justo, que se preocupava com as viúvas e com os órfãos. Se nesse caso, realmente o Daniel do livro de Ezequiel for uma referência a esse rei, então além de ser conhecido por sua integridade pessoal, ele tinha em comum com Noé e Jó o fato de não ser israelita.

Agora que conhecemos os outros personagens bíblicos com o nome de Daniel, vamos abordar a história do Profeta Daniel. Antes, também é interessante saber que o significado do nome Daniel é “Deus é meu Juiz”.

O Profeta Daniel:

Daniel foi um profeta, o quarto dos chamados “Profetas Maiores”, e personagem principal do livro de Daniel presente no Antigo Testamento. Nada se sabe sobre sua vida além do que é relatado no livro que traz seu nome.

Sabemos que o Profeta Daniel foi um israelita de linhagem nobre e real (Dn 1:3), levado cativo de Judá para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor, em aproximadamente 605 a.C., no terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá (Dn 1:1).

Na Babilônia, juntamente com outros companheiros com qualidades semelhantes a ele, Daniel foi educado para o serviço no Império Babilônico, sendo instruído sobre a língua e a civilização dos caldeus (Dn 1:4). Dentre os companheiros de Daniel na Babilônia, o relato bíblico destaca três nomes: Hananias, Misael e Azarias, também conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abednego respectivamente. Conforme o costume babilônico que atribuía nomes que faziam referências as suas deidades, Daniel também recebeu outro nome, no caso Beltessazar.

O rei da Babilônia determinou que fossem servidas aos jovens capturados as mesmas iguarias que eram servidas no banquete real da corte pagã. Porém, Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia (Dn 1:8). Isso parece indicar que possivelmente o alimento real era conflitante as regras alimentícias estabelecida na Lei de Moisés.

Daniel então conversou com o chefe dos eunucos a qual Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia (Dn 1:8), para que ele não precisasse comer daquele banquete. Inicialmente, foi feito um acordo para que durante dez dias fosse servido a Daniel e seus três amigos apenas legumes e água. Ao final dos dez dias, eles seriam examinados e comparados com os demais jovens que estavam se banqueteando com as iguarias do palácio. Após dez dias, Daniel, Hananias, Mizael e Azarias estavam com aspecto mais saudável do que qualquer outro jovem.

A Bíblia diz que Deus concedeu a estes quatro jovens, conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria, mas a Daniel, Deus também deu entendimento em toda a visão e sonhos (Dn 1:17).

Quando o período de treinamento determinado por Nabucodonosor terminou, os jovens foram conduzidos à presença do rei. Na ocasião, a Bíblia diz que não foram achados outros jovens tão capazes como Daniel, Hananias, Misael e Azarias, fazendo com eles ficassem assistindo diretamente diante do rei. O rei lhes fez várias perguntas sobre todos os assuntos nos quais se exigia conhecimento e sabedoria, e Daniel e seus três amigos se mostraram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores do Império Babilônico.

O Profeta Daniel interpreta os sonhos de Nabucodonosor:

O Profeta Daniel ganhou reputação inicialmente interpretando os sonhos do rei Nabucodonosor (Dn 2,4). Nabucodonosor havia tido um sonho que lhe deixou perturbado, e, convocando os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos, pediu-lhes que revelassem não só o significado do sonho, mas o próprio conteúdo do sonho. Entretanto, eles não foram capazes de revelar o sonho ao rei, o que fez com que Nabucodonosor ordenasse que todos os sábios da Babilônia fossem executados, incluindo Daniel e seus amigos.

Ao saber disso, Daniel pediu um prazo para que revelasse ao rei o conteúdo do sonho e a interpretação do mesmo. Então, através de divina revelação, Daniel contou o sonho não revelado pelo rei, bem como a sua interpretação, que incluía a destruição do reino de Nabucodonosor (Dn 2:19-36).

Nabucodonosor, impressionado com o que aconteceu, honrou a Deus e recompensou Daniel com presentes preciosos, colocando-o como o governador de toda a província de Babilônia, além de principal governador de todos os sábios (Dn 2:48).

Mais tarde, o rei Nabucodonosor  voltou a ter outro sonho da parte de Deus. Tal sonho envolvia o processo de humilhação a qual o monarca seria submetido devido ao seu orgulho e soberba (Dn 4).

O Profeta Daniel interpreta um estranho texto na parede:

Por pelo menos 20 anos (aprox. 561-539 a.C.), nada foi registrado sobre Daniel. Alguns estudiosos acreditam que ele tenha, de certa forma, perdido alguma posição privilegiada na corte depois da morte de Nabucodonosor.

O Profeta aparece em cena novamente por ocasião de um episódio ocorrido já durante o reinado de Belsazar, que exercia a co-regência da Babilônia com seu pai Nabonido. Belsazar deu uma festa, e acabou ordenando que trouxessem as taças de ouro e de prata que Nabucodonosor havia tomado de Templo de Jerusalém para que fossem profanadas por ele e seus convidados (Dn 5:1-3).

Num determinado momento, apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever na parede do palácio (Dn 5:5). Quando nenhum dos sábios da Babilônia pôde desvendar o que havia sido escrito na parede, a rainha, provavelmente filha de Nabucodonosor e mãe de Belsazar, lembrou-se de Daniel, que acabou sendo convocado para interpretar a inscrição que dizia: “MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM” (5:25).

De acordo com a interpretação do Profeta Daniel, a inscrição misteriosa da parede era uma referência à sentença sobre a conquista da Babilônia e a queda de seu rei. A interpretação exata dada pelo Profeta Daniel foi a seguinte:

Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim.
Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta.
Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas.
(Daniel 5:26-28)

Tudo sucedeu conforme a interpretação do Profeta Daniel. Dario, o medo, matou Belsazar e conquistou Babilônia naquela mesma noite. Embora não exista qualquer referência extra-bíblica a um personagem medo com o nome de Dario, importantes estudiosos consideram que esse Dario citado no livro de Daniel é o governador da Babilônia no reinado de Ciro, identificado como Gobryas.

Daniel na cova dos leões:

Quando Dario tomou a Babilônia, logo ele reconheceu a habilidade e capacidade do Profeta Daniel. Dario separou cento e vinte governadores de províncias, e também escolheu três homens para agirem como supervisores dos governadores, a qual Daniel estava entre os três supervisores.

Profeta Daniel, porém, começou a se destacar entre os supervisores, e o rei planejava colocá-lo à frente do governo de todo império (Dn 6:3). Diante disso, os governadores e os outros supervisores, começaram a tentar derrubar Daniel de seu posto. Como não encontravam nada que pudesse acusar o Profeta Daniel, então eles tramaram uma conspiração que afrontava a Lei de Deus, e colocava Daniel numa posição “sem saída”. O plano consistia em fazer com que o rei estabelecesse um decreto de que durante trinta dias todas as orações deveriam ser direcionadas a pessoa do rei, e quem desobedecesse seria atirado na cova dos leões (Dn 6:7).

Daniel não se abalou com tal decreto, ao contrário, como de costume o profeta orava três vezes ao dia em seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém. Como parte da conspiração, os homens ficaram vigiando o Profeta Daniel, e assim que o encontraram orando a Deus, correram para contar ao rei.

Ao ouvir sobre a “desobediência” do Profeta Daniel, Dario ficou muito entristecido e tentou salvar Daniel até o fim do dia. Porém, os homens que tramaram contra o Profeta Daniel trataram de garantir que o decreto fosse cumprido, e Daniel lançado na cova dos leões.

Naquele dia, o rei foi para casa e não conseguiu dormir a noite. Quando o dia amanheceu, o rei se levantou depressa e correu para a cova dos leões. Aflito, o rei chamou pelo Profeta Daniel próximo à cova. Ao ouvir o chamado do rei, Daniel respondeu dizendo que Deus havia enviado o seu anjo para fechar a boca dos leões.

O rei ficou muito alegre e ordenou que tirassem o Profeta Daniel da cova. Em contra partida, Dario ordenou que aqueles que se levantaram contra Daniel fossem atirados juntamente com suas famílias à cova dos leões. Por fim, o rei ainda editou um decreto para que todos temessem e reverenciassem o Deus de Daniel.

As visões do Profeta Daniel:

Entre os capítulos 7 e 12, estão registradas as próprias visões do Profeta Daniel, as quais, entre outras coisas, predizem principalmente o triunfo do reino messiânico. Tais visões também são lembradas nos mais intensos debates teológicos acerca da escatologia bíblica.

O Profeta Daniel teve sua última visão registrada em seu livro, nas margens do rio Tigre, durante o terceiro ano do reinado de Ciro.

No Novo Testamento, Jesus, em Seu Sermão Escatológico, cita a profecia do Profeta Daniel acerca do “abominável da desolação” (Dn 9:27; 11:31; 12:11 cf. Mt 24:15; Mc 13:14), que historicamente se referia à profanação promovida por Antíoco IV Epífanio, e que prefigurava a profanação causada pelo general romano Tito na queda de Jerusalém em 70 d.C. Ainda sobre essa profecia, a maioria dos estudiosos concorda que tais eventos tipificam de alguma forma o Anticristo escatológico, que surgirá perto do fim da presente era (2Ts 2:3).

O Profeta Daniel foi um exemplo:

Daniel foi uma pessoa integra e justa, temente a Deus acima de qualquer coisa. Ele nunca aceitou se corromper, por maior que fosse o tesouro que lhe oferecesse. Daniel era fiel a Deus mesmo que isso custasse sua vida. Ele também nos mostrou como é possível buscar a Deus mesmo em uma terra estranha e mergulhada no paganismo.

Provavelmente o Profeta Daniel alcançou os 90 anos de idade, vivendo até aproximadamente 536 a.C., no terceiro ano do reinado de Ciro. Existe uma tradição rabínica que afirma que Daniel voltou para Jerusalém no final de sua vida, com a libertação dos exilados, e foi sepultado em Susa. Porém, não existe qualquer evidência maior para atestar tal tradição! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECER, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " TAMARINDUS INDICA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Tamarindus indica L.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Tamarindus occidentalis Gaertn.
Partes usadas: 
Toda a planta.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos polifenólicos (procianidina, epicatequina, taninos poliméricos), ácidos orgânicos, pectina, vitaminas, minerais, flavonoides, xiloglucano.
Propriedade terapêutica: 
Antidiabético, antimicrobiana, antivenômica, antioxidante, antimalárico, cardioprotetor, hepatoprotetora, antiasmática, laxante, anti-hiperlipidêmico, afrodisíaco.
Indicação terapêutica: 
Cicatrização de ferida, dor abdominal, diarreia, disenteria, infestação parasitária, febre, malária, problema respiratório, úlcera, furúnculo, erupção cutânea, asma etc.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: tamarind, indian date
  • Francês: tamar indien, tamarainer, tamarin
  • Alemão: tamarinde, indische dattel, sauerdattel
  • Italiano: tamarindo
  • Espanhol: tamarindo

Origem, distribuição:
A origem do tamarindo é incerta já que é cultivada no leste do Mediterrâneo desde o século IV A.C. Acredita-se que seja nativa da África tropical e Madagascar.

Descrição:

A árvore do tamarindo pode atingir uma altura de 30 m. 

As folhas têm de comprimento de até 15 cm, são compostas de numerosos folhetos que fecham à noite, dispostos em pares ao longo de um eixo central.

As flores têm cerca de 2,5 cm de diâmetro, 3 pétalas em tom dourado com um padrão de veias vermelhas e duas pequenas pétalas, pouco visíveis, em forma de fio. Formam inflorescências de até 20 cm de comprimento.

Os frutos são pendulares, de cor marrom. As vagens têm formas alongadas, retas ou curvas, com extremidades arredondadas parecida com "linguiça" ou "salsicha", contém de 1 a 10 sementes em seu interior. Essas são duras, brilhantes, avermelhadas, castanhas ou púrpuras, achatadas, de formato irregular. 

A polpa ácida do fruto pode ser comida crua ou utilizada como ingrediente de molhos, conservas, produtos de confeitaria e bebidas fermentadas. As sementes podem ser comidas cruas ou cozidas.

A árvore fornece madeira, lenha, carvão vegetal. Pode ser usada como corante e ornamental.

Uso popular e medicinal:
Na medicina tradicional é usado na cicatrização de feridas, dores abdominais, diarreia, disenteria, infestação parasitária, febre, malária e problemas respiratórios. É comumente usado em países tropicais por causa de suas propriedades laxativa e afrodisíaca.

A casca é adstringente e tônico e suas cinzas podem servir internamente como digestivo. Incorporado em loções ou cataplasmas, a casca pode aliviar feridas, úlceras, furúnculos e erupções cutâneas. Pode ser administrada como uma decocção contra asma e amenorreia e como antipirético. 

Os extratos de folhas exibem atividade antioxidante no fígado, são tidos como ingrediente comum em medicamentos redutores cardíacos e de açúcar no sangue. Folhas jovens podem ser utilizados em compressas quentes em reumatismo, aplicada a feridas e chagas ou administradas como um cataplasma para a inflamação de articulações, reduzir o inchaço e aliviar a dor.

A decocção adoçada das folhas é indicada contra infecção de garganta, tosse, febre e vermes intestinais. O suco filtrado quente de folhas jovens e um cataplasma das flores são usadas para a conjuntivite. A polpa pode ser utilizada em massagem para tratar o reumatismo, como um refrigerante ácido, um laxante suave e também para tratar o escorbuto. Em pó as sementes podem ser dadas em casos de disenteria e diarreia.

Uma revisão de literatura realizada entre 1978 e 2013 cita mais de 50 artigos sobre os benefícios do tamarindeiro na saúde humana: sistema gastrointestinal e doenças relacionadas, características antimicrobiana, antiparasitário, antifúngico, antiviral, antinematoidal, anti-inflamatório, antioxidante, antidiabético, efeitos sobre o sistema cardiovascular, protetor do fígado, controle de obesidade e efeito sobre a toxicidade por fluoreto.

Sistema gastrointestinal e doenças relacionadas

Serve como laxante devido ao alto teor de potássio, ácido málico e ácido tartárico. As folhas são indicadas para diarreia, o fruto para constipação e partes moles da casca e da raiz para dor abdominal.

Em úlceras pépticas (lesão na camada mucosa do esôfago, estômago ou duodeno) as sementes de tamarindo tem efeito protetor devido a presença de compostos polifenólicos (principalmente procianidina, epicatequina e taninos poliméricos). Tais compostos têm efeito antioxidante e função protetora contra os radicais livres. Os taninos também previnem o desenvolvimento da úlcera por causar acúmulo de proteína e vasoconstrição.

O fruto (tamarindo) tem efeito espasmolítico, causa relaxamento da musculatura lisa através do bloqueio do canal de cálcio, o que explica também a sua utilização no tratamento da diarreia.

Características antimicrobiana, antiparasitário, antifúngico, antiviral e antinematoidal

O extrato do tamarindeiro tem propriedades antibacterianas contra Burkholderia pseudomalleiKlebsiella pneumoniaeSalmonella paratyphiBacillus subtilisSalmonella typhiEscherichia coli e Staphylococcus aureus. O efeito antibacteriano desta planta está relacionada com o seu conteúdo de lupeol (um triterpeno pentacíclico).

O extrato da casca mostrou 25% de efeito químico inibitório sobre Salmonella typhi. Na presença ou ausência de fito-hemaglutinina, o extrato mostra efeito em doenças linfoproliferativas. É comumente utilizado em estados infecciosos (incluindo a malária), estimula o sistema imunológico e age sobre parasitemia (quantidade de parasitos presentes na corrente sanguínea). 

Estudos do extrato da casca e da folha mostraram a eficácia como agente antiparasitário. O fruto (tamarindo) é usado como um antipirético e as folhas no tratamento da malária. O potencial efeito antifúngico do fruto foi demonstrado contra Aspergillus niger e Candida albicans. Relatou-se que o extrato da árvore tem propriedade antiviral contra viroses mosaico da melancia, do feijão e do tabaco; tem propriedade antinematoidal contra Bursaphelenchus xylphilus; e propriedade moluscicida (devido ao teor de saponina) contra Bulinus trancatus.

Efeito anti-inflamatório:

O efeito anti-inflamatório das folhas, sementes e outras partes do tamarindeiro tem sido mostrado porém não é considerado tão forte quanto o de outras substâncias (por exemplo, ácido acetilssalicílico). O efeito analgésico também foi mostrado em tipos de estímulos que causam dor: térmico, mecânico e químico. 

Propriedade antioxidante:

As propriedades antioxidantes de sementes e folhas foram amplamente demonstradas devido a presença de compostos fenólicos.

Alimentos e bebidas ricos em fenol como vinho tinto, semente de uva, chá-verde e tamarindo têm efeito hipolipemiante, antiaterosclerótico, antioxidante, anti-inflamatório e imunomodulador. O fruto é rico em ácidos orgânicos, pectina, vitamina, minerais, polifenóis e flavonoides. O alto teor de polifenóis nas sementes e frutos tem efeito regulador sobre neutrófilos (células do sistema imunológico).

Efeito antidiabético:

O extrato das sementes mostra efeito protetor contra ilhotas pancreáticas (ou Langerhans) que produzem as células ß (insulina) devido as suas propriedades anti-inflamatórias, a regulação da glicose no sangue e a inversão de danos ao tecido pancreático.

Efeitos sobre o sistema cardiovascular:

O fruto é rico em polifenóis e flavonoides. Sabe-se que a ingestão de flavonoides de frutos e vegetais têm efeito benéfico na saúde cardiovascular. O tamarindo mostra propriedade antioxidante hipocolesterolêmico (reduz o colesterol no sangue) através do aumento de Apo-A1, ABCG5 e expressão do gene dos receptores de LDL no fígado, diminui a HMG-CoA redutase (via metabólica que produz o colesterol) e inibe a expressão do gene MTP. Ele aumenta a excreção do colesterol, diminui a biossíntese de colesterol, aumenta o consumo de colesterol - LDL de tecidos periféricos e impede a acumulação de triglicérides no fígado. Previne também danos oxidativos do colesterol - LDL, o principal fator de risco da aterosclerose.

As sementes mostram efeito antioxidante através do conteúdo de seus flavonoides, taninos, polifenóis, antocianinas e proantocianidinas oligoméricas. 
Os polissacarídeos isolado das semente mostram efeito imunomodulador através do aumento da fagocitose (processo pelo qual partículas estranhas ao organismo são ingeridas e destruídas por fagócitos), inibição da migração de leucócitos e diminuição da proliferação de células. A diminuição de triglicérides deve-se ao conteúdo de epicatequina do extrato. Este composto aumenta o total de ácidos graxos, esteróis neutros e ácidos excretados via fezes, mostrando assim o seu efeito hipolipemiante.

Sementes e frutos são sugeridos como suporte nutricional em pacientes com alto nivel de colesterol no sangue.

Efeito protetor do fígado

Álcool e outros produtos químicos, biológicos, toxinas ambientais e muitos outros fatores estão relacionados com doenças do fígado, um grande problema de saúde pública. A apoptose (morte celular programada, quando a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminam com sua morte) é o principal mecanismo na maioria das doenças do fígado. Folhas da árvore de tamarindo exibem ação antiapoptótica e protetora do fígado, causando estabilização da membrana e diminuição do consumo de glutationa.

Efeito no controle de obesidade
Os flavonoides e polifenóis do tamarindo podem ser responsáveis pela redução de peso. Considera-se que esse efeito seja devido ao aumento da transmissão dopaminérgica, regulação do metabolismo lipídico e diminuição do nível de leptina no plasma. A leptina é um hormônio produzido pelas células gordurosas, um dos responsáveis por regular o metabolismo, apetite e peso corporal. Ela atua no hipotálamo, bloqueando a sensação de fome.

Efeito sobre a toxicidade por fluoreto
O fluoreto (forma iônica do fluor) pode ser prejudicial à saúde dependendo da quantidade. Acima do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (entre 0,5 - 1,0 mg / L) pode causar toxicidade. Esse é um problema de saúde global, estima-se que na Índia mais de 60 milhões de pessoas são afetadas.

O fluoreto pode ser encontrado em alimentos, cremes dentais, antissépticos bucais, suplementos dietéticos, inseticidas e venenos mas é especialmente encontrado na água potável. Ocorre que a água potável já contém fluoreto, mesmo sem se adicionar nada a ela. Essa questão - fluoretar / não fluoretar a água - divide governos de vários países, alguns adotam e outros não adotam a fluoretação.

O extrato das folhas de tamarindo melhora o efeito da toxicidade por fluoreto através das propriedades antiperoxidante e antioxidante.

O extrato do fruto diminui a concentração de fluoreto no plasma e melhora os danos induzidos no fígado e nos rins. Também já foi demonstrado que após alguns procedimentos o fruto pode ser eficazmente usado na limpeza de flúor, níquel e chumbo da água potável.

Outros efeitos do tamarindeiro

Pele e nervos. O xiloglucano (um polissacarídeo extraído das sementes do tamarindo) é indicado como um composto aditivo natural em protetores solares, já foi mostrado que ele tem efeito protetor contra danos de raios ultravioleta. Esta substância atua como meio adequado na reparação de nervos.

Cicatrização de feridas. Existem relatos de que aplicação local de misturas de folhas e cascas da árvore sobre feridas ajuda da cicatrização.

Olho. Devido a suas propriedades mucoadesivas, o polissacarídeo da semente é usado em colírios para aumentar a sua eficácia. A mistura com ácido hialurônico é utilizada na xeroftalmia (olho-seco, não-produção de lágrima, doença causada por deficiência de vitamina A) e, com o auxílio de um remédio chamado "timolol", na diminuição da pressão intraocular. Essa mistura tem também efeito na cicatrização de feridas da córnea especialmente após procedimento cirúrgico.

Asma e tosse. O tamarindo pode ser eficaz contra asma e tosse alérgica devido aos seus efeitos anti-histamínico, adaptogênico e estabilizador de mastócitos.

Outros usos:
A polpa e a semente de tamarindo são amplamente aceitas como fontes baratas de matérias-primas para fins industriais. Uma pequena porcentagem das sementes sob a forma de pó (TKP, tamarindo kernel pó) é usada no setor têxtil ou indústria de papel.

A excelente característica geleificante da semente descascada e em pó pode levá-la a várias aplicações em alimentos e indústrias farmacêuticas, que são evidenciadas pelo elevado número de trabalhos de pesquisa. 

Concentrados de proteínas também foram feitos de TKP. As proteínas isoladas ou TKP podem ser usadas para preparar geléia e fortificar pães e biscoitos. A semente de tamarindo em pó pode ser suplementada com outras sementes de leguminosas para preparar alimentos nutritivos e balanceados. Sementes descascadas de tamarindo contêm de 46 a 48% de substância formadora de gel. Os polissacarideos de sua semente podem se gelatinizar, em concentrações de açúcar, mesmo em água fria ou leite. Diferentemente de frutos que contém pectina, polissacarídeos de sementes de tamarindo podem formar géis sobre uma vasta gama de pHs, incluindo neutro e condições básicas.

Extratos do revestimento da semente do tamarindo possuem boas propriedades antioxidativas. Considerados subprodutos do tamarindo em pó, tais extratos podem ser usados como fonte de baixo custo de antioxidantes em alimentos contendo lipídeos, óleos e gorduras.

Líquidos extraídos de cascas de tamarindo podem garantir a saúde bucal por conter inibidores de glucosil-transferase, os quais impedem desenvolvimento de cáries dentárias. Além disso, oligossacarídeos derivados de sementes de tamarindo podem ser usados para produzir doces de baixa caloria, pastilhas, mistura para bolos e biscoitos, sobremesas lácteas congeladas, barras nutritivas, assados e sobremesas geleificadas." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO EZEQUIEL:

O profeta Ezequiel foi um dos homens levantados por Deus para profetizar na época do exílio do povo judeu na Babilônia. O nome Ezequiel significa “Deus fortalece” ou “Deus torna forte”, do hebraico Yeheze’l.

Quem foi O Profeta Ezequiel na Biblia?

Ezequiel era filho de Buzi e pertencia à família sacerdotal, ou seja, ele era um sacerdote (Ezequiel 1:3). Na verdade nada se sabe sobre quem foi Ezequiel além das informações que são encontradas no livro que leva seu nome no Antigo Testamento.

Ezequiel foi levado cativo para o exílio na babilônia em 597 a.C., logo após o rei Nabucodonosor ter tomado Jerusalém. Na ocasião foram deportados o rei de Judá, Joaquim, toda a família real, os artesãos habilidosos e os cidadãos mais proeminentes (2 Reis 24:14).

O profeta Ezequiel era casado, porém sua esposa acabou falecendo repentinamente durante o cativeiro. Isso aconteceu pouco antes da cidade de Jerusalém ser destruída pela ofensiva do Império Babilônico em 586 a.C. Não é feita qualquer menção na Bíblia sobre possíveis filhos de Ezequiel.

A morte súbita de sua esposa foi anunciada por Deus, e o profeta foi proibido expressamente pelo Senhor de se lamentar pelo triste acontecimento. Ele não pôde realizar qualquer rito relacionado ao luto (Ezequiel 25:15,16). Essa proibição serviu como um sinal do que os habitantes da cidade de Jerusalém fariam em breve (Ezequiel 24:19-27).

O ministério do profeta Ezequiel:

Após ter sido levado cativo, o profeta Ezequiel se estabeleceu junto ao rio Quebar, na vila de Tel-Abibe, perto de Nipur, na Babilônia (Ezequiel 1:1; 3:15). Após cinco anos vivendo no Exílio, ele recebeu sua chamada profética. O profeta vivia em sua própria casa, onde os anciãos vinham consultá-lo (Ezequiel 3:24; 8:1; 14:1; 20:1; cf. Jeremias 29:1-7).

É bem possível que o profeta Ezequiel começou seu ministério profético com a idade de 30 anos. Caso isso esteja correto, então ele tinha entre 25 e 26 anos quando foi deportado para a Babilônia.

Em seu livro, o profeta se mostra bastante familiarizado com os preceitos da religião judaica e com o Templo de Salomão. Mas não há qualquer evidência de que ele tenha desempenhado alguma função sacerdotal em Jerusalém antes de ser levado a Babilônia.

Na verdade, geralmente os sacerdotes começavam a exercer suas funções no Templo com a idade de 30 anos. Conforme já foi dito, o profeta Ezequiel foi exilado antes de alcançar essa idade.

Portanto, quando Ezequiel completou 30 anos ele estava vivendo a mais de mil quilômetros de distância de sua terra natal. Mas no ano em que ele deveria começar seus serviços como sacerdote, Deus o chamou soberanamente para se tornar um dos grandes profetas do Antigo Testamento. Durante o período em que ele profetizou, o Templo estava em ruínas.

A chamada do profeta Ezequiel:

A chamada do profeta Ezequiel para exercer o ministério profético é uma das mais espetaculares registradas nas Escrituras. Esse chamamento é descrito em detalhes nos capítulos 1, 2 e 3 de seu livro. Nessa ocasião o profeta teve uma visão da glória divina.

Os quatros seres viventes, querubins, vistos pelo profeta Ezequiel na ocasião de sua convocação, também lembram o chamamento de Isaías, onde ele viu os serafins que ministravam diante de Deus (Isaías 6:2). Além disso, existe uma semelhança muito grande com a visão do trono de Deus, que o apóstolo João teve (Apocalipse 4:16).

Quando o profeta Ezequiel caiu com o rosto na terra diante da visão tão gloriosa que teve, ele escutou as conhecidas palavras: “Filho do homem, põe-te em pé e falarei contigo” (Ezequiel 2:1). Nesse momento ele foi capacitado pelo Espírito a tornar-se um canal da revelação divina e proclamar a Palavra de Deus ao povo.

O profeta Ezequiel frequentemente é chamado por Deus pela expressão “filho do homem”. Nesse contexto essa expressão significa basicamente “ser humano”, e enfatiza a insignificância humana diante do poder e da majestade de Deus.

A mensagem do profeta Ezequiel:

O grande propósito da mensagem profética do profeta Ezequiel era incentivar os judeus exilados a permanecerem fiéis a Deus, confiando que Ele iria cumprir a sua promessa de restauração. Deus haveria de conduzir a nação novamente à sua terra de origem. Ele traria novamente os tempos de glória para o Templo e para Jerusalém. Isso aconteceria após o fim do julgamento divino sobre os judeus. Esse julgamento era evidenciado pelas provações e destruições advindas pela ocasião do cativeiro.

O profeta Ezequiel anunciou o julgamento sobre Jerusalém (Ezequiel 1-24). Ele também anunciou o julgamento divino sobre as nações estrangeiras (Ezequiel 25-32). Também profetizou, após a destruição da cidade, a restauração e a misericórdia para o futuro. As profecias de Ezequiel sobre a restauração da casa de Davi são cumpridas plenamente apenas em Cristo (Ezequiel 37:24).

O simbolismo de Ezequiel:

A mensagem do profeta Ezequiel é a que contém mais elementos simbólicos entre todas as outras mensagens dos profetas escritores. Também é possível perceber que a mensagem proclamada por ele era claramente representada por suas próprias experiências pessoais. Isso significa que Deus fez com que o profeta fosse um tipo de “sinal vivo” para o povo judeu.

Assim, o profeta precisou enfrentar grandes provações e suportar terríveis sofrimentos, a fim de que sua vida servisse de sinal para incitar a nação a buscar o arrependimento. Além de muita simbologia, o profeta Ezequiel também usou parábolas e provérbios (Ezequiel 12:21,22; 15-19).

Algumas pessoas, equivocadamente, utilizam algumas passagens do livro de Ezequiel para sugerir que o profeta sofria de algum transtorno mental (ex.: Ezequiel 3:23; 4:8). Claro que quem defende essa ideia falha em compreender a forma com que Deus direcionou a vida desse homem.

No início do ministério do profeta Ezequiel sua mensagem não foi muito bem recebida (Ezequiel 3:5). Porém, com o passar do tempo, o profeta foi sendo identificado numa posição mais honrosa (Ezequiel 8:1; 14:1; 20:1).

De qualquer forma, durante seu comissionamento como profeta o Senhor o avisou de que a casa de Israel não lhe daria ouvido, isso porque os judeus não queriam ouvir o próprio Deus. Por isso Deus disse que fortaleceria o profeta contra o povo, numa frase que talvez contenha um jogo de palavras que faz referência ao significado de seu nome (Ezequiel 3:7,8).

O fim do ministério do profeta Ezequiel:

A Bíblia não relata nada sobre a morte do profeta Ezequiel. Tudo o que sabemos é que seu ministério durou pelo menos 23 anos (Ezequiel 29:17). Considerando então que ele começou a profetizar em 592 a.C., quando tinha 30 anos, ele viveu, no mínimo, cerca de cinquenta anos.

O profeta Ezequiel não é mencionado em outros livros do Antigo Testamento. Ele também não é citado diretamente no Novo Testamento. No entanto, muito de suas visões claramente serve de base para o simbolismo presente no livro de apocalipse. 

Os contemporâneos do profeta Ezequiel:

O profeta Ezequiel foi contemporâneo de outros dois profetas escritores: o profeta Jeremias e o profeta Daniel, Os três viveram durante a época do cativeiro. O único período histórico que contou com tantos profetas escritores como aquele, foi por volta da segunda metade do século 8 a.C., quando viveram os profetas Isaías, Oseias, Amós e Miqueias.

Embora Ezequiel, Jeremias e Daniel fossem contemporâneos, eles não estavam próximos uns dos outros. Jeremias profetizava em Judá. Daniel servia na corte do rei Nabucodonosor, Já o profeta Ezequiel pregava entre os judeus cativos na babilônia! Que Deus nos abençoe, nos guarde, E nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECER, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?