sexta-feira, dezembro 2

ESTUDO CIENTÍFICO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SERENOA REPENS BART.SMAL. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

A saw palmetto é uma planta medicinal, da espécie Serenoa repens, que produz pequenos frutos preto-azulados semelhantes a amoras, que contêm propriedades anti-inflamatórias, diuréticas e antiandrogênicas. Por isso, o saw palmetto é muito utilizado como remédio caseiro para impotência, problemas urinários ou próstata aumentada, por exemplo.

Esta planta medicinal pode ser usada na forma de chá, cápsulas ou loção, preparados a partir do extrato seco do fruto da saw palmetto.

No entanto, seu uso deve ser sempre feito com orientação de um profissional de saúde ou um fitoterapeuta que tenha experiência com o uso de plantas medicinais.

O saw palmetto pode servir para:

1. Controlar o câncer de próstata:

O saw palmetto possui propriedades anti-inflamatórias que desaceleram o crescimento da próstata e podem ajudar a aliviar os sintomas urinários associados ao tumor benigno da próstata, como dificuldade para urinar ou vontade de urinar com frequência, além de melhora na qualidade de vida e função sexual, já que promove o equilíbrio hormonal.

Além disso, essa planta atua bloqueando alguns processos hormonais que evitam o crescimento das células prostáticas, ajudando a prevenir o desenvolvimento e progressão do câncer de próstata. 

2. Prevenir a queda de cabelo:

O saw palmetto melhora a saúde do cabelo, aumentando o crescimento e volume, sendo muito útil para as pessoas que sofrem com calvície, já que essa planta medicinal atua equilibrando hormônios que ajudam a diminuir a queda de cabelo.

3. Melhorar o desempenho sexual de homens:

Essa planta medicinal ajuda a regular os níveis de testosterona no homem, melhorando a resistência muscular e aumentando a libido e a quantidade de espermatozoides, aumentando a fertilidade.

4. Aliviar os sintomas urinários:

O saw palmetto atua sobre os receptores e nervos da bexiga, ajudando a aliviar alguns sintomas urinários em homens e mulheres, como dificuldade para reter a urina e frequência urinária aumentada.

5. Reduzir dores:

Por conter propriedades anti-inflamatórias, o saw palmetto também ajuda a diminuir a irritação e a dor de garganta, além da tosse e dor de cabeça.

Como usar:

A parte normalmente utilizada da saw palmetto é o seu fruto inteiro de onde são extraídas suas substâncias ativas e pode ser consumido na forma de chá em pó ou cápsulas e também loção para a pele.

As principais formas de usar a saw palmetto são:

  • Saw palmetto em cápsulas: tomar 1 cápsula de 160 mg, 2 vezes por dia, após o café da manhã e jantar;
  • Chá de saw palmetto: colocar 1 colher (de sopa) do pó de saw palmetto em 1 copo de água. Misturar até dissolver o pó completamente e beber 2 vezes ao dia. 
  • Loção para a pele: após lavar e secar o cabelo, aplicar no couro cabeludo sobre as áreas onde há queda do cabelo. Deve-se massagear o couro cabeludo durante 2 ou 3 minutos, pressionando suavemente e fazendo movimentos circulares com os dedos. A loção de saw palmetto também pode ser aplicada sobre a pele nos casos de eczema.

A duração e as dosagens do tratamento com saw palmetto dependem da orientação do profissional de saúde, ou um  fitoterapeuta com conhecimento em plantas medicinais. 

Possíveis efeitos colaterais:

O saw palmetto é uma planta segura para a maioria dos adultos, desde que consumida por via oral na forma de cápsula ou chá, por até 3 anos. No entanto, pode causar alguns efeitos colaterais leves que incluem tonturas, dor de cabeça, dor de estômago, náuseas, vômitos, gosto amargo na boca, prisão de ventre ou diarreia.

Além disso, a saw palmetto pode atrasar a coagulação sanguínea e, por isso, deve-se interromper seu uso 2 semanas antes de qualquer cirurgia para evitar sangramentos ou hemorragia.

Quem não deve usar:

O saw palmetto não deve ser usado por crianças, mulheres grávidas ou que estão realizando amamentação. Também é contraindicado para pessoas com problemas de coagulação do sangue, como hemofilia, doenças no fígado, como insuficiência hepática, ou problemas no pâncreas, como pancreatite.

Esta planta medicinal também não deve ser usada por pessoas que usam anticoagulantes como varfarina, ácido acetilsalicílico ou clopidogrel, por exemplo, ou que utilizam outras plantas ou suplementos medicinais que podem afetar a coagulação sanguínea como gengibre, ginkgo biloba, ginseng, castanha da índia, cúrcuma, salgueiro, cravo da índia trevo vermelho ou vitamina E." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO CIENTÍFICO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " MORUS ALBA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Morus alba L.
Família: 
Moraceae
Sinonímia científica: 
Morus alba var. bungeana Bureau
Partes usadas: 
Folha, fruto, raiz, casca, casca da raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Adenina, proteína, sais, glicose, flavonoides, cumarina, taninos.
Propriedade terapêutica: 
Tônico, laxante (fruto), antibacteriana, expectorante, sudorífero (folha), antirreumática, analgésica (casca), sedativa, diurética, expectorante (casca da raiz).
Indicação terapêutica: 
Dor de dente, redução da pressão sanguínea, tosse, inapetência, prisão de ventre, inflamação da boca, febre, diabetes, dermatoses, eczema, erupções cutâneas.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: mulbery tree
  • Alemão: maulbeerbaum
  • Espanhol: moral
  • Francês: murier
  • Italiano: gelso

Origem, distribuição:
Acredita-se que seja originária da China. A cultura estendeu-se pelo Mediterrâneo, região onde se cria o bicho-da-seda (Bombix mori) que alimenta-se exclusivamente da folha da amora.

Descrição:
São conhecidas duas espécies: Morus alba (amora-branca) e Morus nigra (amora-negra), que não devem ser confundidas. Morus nigra é árvore de crescimento regular, chegando a atingir 15 m de altura, tem folhas ovaladas e flores monóicas.

Frutos de Morus alba são bagas de cor vermelho escuro e diferem da outra espécie pelo fato de serem pedunculados, maiores e de acidez mais acentuada.  

Uso popular e medicinal:
No século XVI na Europa empregavam-se o fruto, casca e folha da amora-negra, o fruto para inflamações e hemorragias, a casca para dores de dentes e a folha para mordidas de cobra e também como antídoto de envenenamento por acônito. O fruto é adstringente e tem ação laxante e edulcorante. Seu xarope é empregado no tratamento de afta e gengivite. 

Apesar da amoreira estar desaparecendo da matéria médica na Europa, a amora-branca segue sendo muito empregada na China como remédio para tosse, resfriado seguido de febre, dor de cabeça, garganta irritada e pressão alta.

Com o conceito chinês de yin e yang, a amora-branca é empregada para dissipar o calor do canal do fígado, que pode levar a irritação dos olhos e afetar estados de ânimo e também para refrescar o sangue. Portanto é considerada um tônico yin

Na Europa recentemente tem-se empregado as folhas da amora-negra para estimular a produção de insulina na diabetes.

Dentre os princípios ativos da Morus nigra encontram-se adenina, glicose, asparagina, carbonato de cálcio, proteína, tanino, cumarina, flavonoides, açúcares, ácido málico, matérias albuminóides e pectínicas, pectosa. Os frutos contém vitaminas A, B1, B2 e C. Os frutos maduros contém 9% de açúcares (frutose e glicose), ácido málico (em estado livre 1,86%), matérias albuminóides e pectínicas, pectosa, goma e matérias corantes com 85% de água.

 Dosagem indicada:

  • Inflamações da boca: espremer alguns punhados de amoras, ainda que não totalmente maduras, recolhendo o líquido em uma tigela. Fazer bochechos frequentes com este suco diluído em pouca água.
  • Dor de dente. Decocção: em fogo moderado, ferver 40g de raízes de amoreira em meio litro de água, até que fique reduzida à metade. Depois de morno, filtrar o líquido e empregá-lo em bochechos.
     
  • Diurético. Deixar em infusão até amornar, um punhado de folhas secas de amoreira em um litro de água fervente. Filtrar o líquido, bebendo-o em calicezinhos durante o dia para que produza efeito diurético.
     
  • Garganta, tosse. Xarope: esmagar ao máximo algumas amoras-negras e recolher o suco em um recipiente de alumínio esmaltado ou de vidro. Adicionar açúcar numa quantidade que tenha o dobro do peso do suco e colocar em fogo brando. Quando esta mistura adquirir a consistência de xarope, deixá-la esfriar e guardá-la num vidro bem fechado, conservando-o em local fresco e escuro. Para as inflamações da garganta, devem-se diluir duas colherinhas do xarope em um cálice de água morna, empregando-a em gargarejos. Em caso de tosse, dissolver uma colherinha do xarope em uma xícara de água quente e tomá-la.
     
  • Estômago (inapetência). Decocção: ferver 20g de cascas de amora-branca em meio litro de água. Filtrar o líquido e adoçá-lo, tomando-o em calicezinhos meia hora antes das refeições. 
     
  • Intestino (prisão de ventre). Decocção (laxativa): em meio litro de água, ferver 15g de raiz e casca de amoreira misturadas. Quando o líquido ficar morno, filtrá-lo e adoçá-lo com mel. Beber metade pela manhã em jejum e o restante à noite, antes de deitar. Para obter-se um laxativo de efeito mais rápido, deve-se aumentar em até o dobro a quantidade de casca e raiz, ou seja 30g das cascas e raízes misturadas, regulando-se a quantidade de acordo com as reações do organismo a este tipo de purgante. Também os frutos ingeridos frescos e temperados com um pouco de açúcar, especialmente da variedade negra, ajudam no funcionamento do intestino.
     
  • Pele (dermatose, eczema, erupções cutâneas). Cataplasma: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira, depois de lavadas e enxugadas, em um recipiente com uma ou duas colheres de água, aquecendo-o até o líquido evaporar. Estender as folhas sobre uma gaze, esmagá-las um pouco fazendo sair todo o líquido e aplicá-las quentes (mas não ferventes) sobre a região afetada. Quando a compressa esfriar, renová-la mais duas vezes.
     
  • Pressão sanguínea alta. Infusão: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira em meio litro de água fervente. Depois de morno, filtrar o líquido, bebê-lo em cálices no decorrer do mesmo dia em que foi preparado.
     
  • Febre: 40 a 80 g de folhas por litro em infusão.
     
  • Diabetes. Infusão: utilizando as folhas, 1 xícara 4 a 6 vezes ao dia.

 Contraindicações:

Não deve-se consumir o fruto em caso de diarréia, nem administrar folhas e raízes no caso de debilidade ou "frio" ." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS:

O Evangelho de Mateus é o primeiro livro do Novo Testamento. Ele era o principal Evangelho utilizado pela Igreja Primitiva. Através do evangelho de Mateus, todo cristão verdadeiro é instruído a cumprir com gratidão o serviço de anunciar o Reino de Deus.

Neste estudo faremos um panorama completo sobre o Evangelho de Mateus. Saberemos quem foi seu autor, a data provável em que foi escrito, o propósito, características e o esboço dessa obra tão importante para todos nós.

Quem foi o autor do Evangelho de Mateus?

Como acontece também com os outros Evangelhos, no livro de Mateus não consta o nome do seu autor. Porém, a tradição cristã o atribuiu a Mateus (também chamado de Levi), um dos doze apóstolo de Jesus. 

Após o século 18, alguns estudiosos começaram a contestar a autoria do primeiro Evangelho. Eles passaram a sugerir que o verdadeiro autor foi um cristão anonimo do século 1, e que talvez este tenha utilizado alguns manuscritos originalmente escritos pelo apóstolo Mateus para compor essa obra canônica.

Um dos pontos mais discutidos entre tais estudiosos é a dificuldade que existe com relação ao idioma em que o Evangelho de Mateus foi escrito. Existe a possibilidade de que Mateus tenha escrito sua obra em hebraico e grego.

Seja como for, a verdade é que não existem argumentos realmente convincentes para que de fato a autoria do Evangelho de Mateus, pelo próprio Mateus, seja contestada.

Assim, o apóstolo Mateus continua sendo o autor mais aceito entre os estudiosos, desde os mais antigos até os mais modernos. Mesmo que haja alguma dificuldade em se determinar com exatidão sua autoria, nada esconde a verdade que o próprio Espírito de Deus é o principal autor desse Evangelho.

Quais os destinatários originais do Evangelho de Mateus?

Provavelmente o Evangelho de Mateus teve como destinatário a igreja de Antioquia. Essa era uma congregação formada por judeus e gentios (cf. Atos 15).

Alguns detalhes do próprio Evangelho de Mateus demonstram que havia muitos judeus entre seus destinatários originais:

  • O Evangelho de Mateus enfatiza as promessas feitas no Antigo Testamento sobre a vinda do Messias.
  • A genealogia de Jesus é apresentada recuando até Abraão. 
  • A expressão “Jesus Filho de Davi” aparece repetidamente.
  • A utilização do termo “Reino dos Céus” ao invés de “Reino de Deus”.

A data em que foi escrito o Evangelho de Mateus:

A data que o Evangelho de Mateus foi escrito é incerta, mas é muito provável que seja entre 60 d.C. e 70 d.C. É amplamente aceito que o autor do Evangelho de Mateus utilizou o Evangelho de Marcos como uma fonte para seu material. Isso parece claro quando analisamos ambos os Evangelhos. Dos 661 versículos do Evangelho de Marcos, 606 possuem paralelo no Evangelho de Mateus.

É possível que Marcos tenha escrito seu livro em Roma, quando estava associado ao apóstolo Pedro. Considerando que a obra de Marcos foi utilizada como fonte para Mateus, então uma data provável para esse Evangelho ter sido escrito é por volta 64 d.C. 

Características, resumo e propósito do Evangelho de Mateus:

O propósito e tema do Evangelho de Mateus é apresentar Jesus como o Messias, o Filho de Deus. Ele é descrito no primeiro Evangelho como sendo o cumprimento das profecias anunciadas pelos profetas no Antigo Testamento.

Logo na genealogia do capítulo 1, o Evangelho de Mateus mostra que Jesus é o tão esperado rei prometido. O reino que Ele trouxe é o cumprimento do plano de redenção de Deus.

O Evangelho de Mateus nos informa que Jesus: cumpriu as Escrituras; inaugurou o Reino de Deus; comissionou seus seguidores a espalhar esse reino a todos os povos, tribos e línguas; advertiu que a tarefa de evangelizar seria acompanhada de aflições e perseguições, mas também avisou que sempre estaria com aqueles que são seus. Por fim, Ele prometeu que um dia retornará e o Reino de Deus alcançará sua plena realização.

Com um arranjo sistemático muito bem feito, o autor do primeiro Evangelho traz uma categorização e organização dos temas de forma impecável. Assim Mateus nos proporciona a experiência maravilhosa de lermos os relatos do ministério de Jesus descritos por uma testemunha ocular: o próprio apóstolo Mateus. 

Esboço do Evangelho de Mateus:

  1. Prólogo (1:1-2:23): Contém a genealogia, o nascimento de Jesus e dados de sua infância e juventude.
  2. A vinda do Reino dos Céus  (3:1-7:29): João Batista anunciou que Jesus é o Messias que traz o Reino dos Céus. Também lemos sobre a tentação de Jesus, e o grande Sermão da Montanha.
  3. As obras do Reino dos Céus (8:1-10:42): Essa seção relata muitos milagres de Jesus, e também mostra a missão do Reino.
  4. A natureza do Reino dos Céus (11:1-13:58): Jesus explicou a verdadeira natureza de seu reino. Ele mostrou que não se tratava de um reino conforme as expectativas populares. As parábolas de Jesus registradas no capítulo 13 mostram claramente essa verdade.
  5. A Autoridade do Reino dos Céus (14:1-18:35): Mais uma vez os milagres realizados por Jesus apontam para sua autoridade como Messias.
  6. As mudanças do Reino dos Céus (19:1-25:46): Nessa seção Jesus denunciou a hipocrisia dos religiosos judeus. Ele também ensinou sobre as grandes mudanças que o seu reino promove. Nessa seção também está registrado o sermão profético de Jesus.
  7. A paixão e a ressurreição de Cristo (26:1-28:20): Essa seção relata com detalhes as aflições as quais Jesus foi submetido. Assim, Ele é apresentado como o Rei vitorioso que ressuscitou. Antes da ascensão ao céu, Jesus também comissionou os seus discípulos a pregarem o Evangelho por todo o mundo.

Curiosidades sobre o Evangelho de Mateus:

  • Dentre os Evangelhos, o Evangelho de Mateus é o que possui mais estilo judaico.
  • Era o Evangelho mais utilizado pela Igreja Primitiva, principalmente para discipulados.
  • É o Evangelho que mais cita a frase “para que se cumprisse o que fora dito“.
  • A palavra “reino” é encontrada cinquenta e seis vezes no Evangelho de Mateus. A expressão “Reino dos Céus” só é encontrada nesse Evangelho.
  • É o Evangelho que mais apresentou Jesus como Rei dos Judeus.
  • Os cinco sermões principais encontrados no Evangelho de Mateus (Sermão do Monte, Instruções aos Doze, As Parábolas do Reino, A Comunidade Cristã, que trata do caráter dos verdadeiros seguidores do Senhor, e o Sermão Escatológico de Jesus ) contém os textos mais completos entre os Evangelhos sobre o ensino de Jesus.
  • Embora tenha sido originalmente escrito para a igreja em Antioquia, constituída de judeus e gentios, claramente o objetivo do Evangelho de Mateus não era apenas ficar restrito aquela congregação, mas que fosse propagado também entre todos os seguidores de Cristo ao longo dos tempos! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, dezembro 1

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " PAPAVER SOMNIFERUM L. " UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Papaver somniferum L.
Família: 
Papaveraceae
Sinonímia científica: 
Partes usadas: 
Folhas, óleo, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Alcaloides opiáceos (morfina, codeina, tebaina, papaverina, narcotina, narceina).
Propriedade terapêutica: 
O látex é anódino, antitussígeno, adstringente, sudorífico, emenagogo, hipnótico e sedativo narcótico.
Indicação terapêutica: 
Alívio da dor, tosse, disenteria, constipação, febre, insônia.

Origem, distribuição:
Mediterrâneo e Oriente Médio.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: opium poppy
  • Francês: pavot somnifère, pavot à opium
  • Alemão: mohn, schlafmohn, gartenmohn, olmohn, opiummohn
  • Italiano: papavero
  • Espanhol: adormidera

Descrição:
Ereta, anual, pode atingir uma altura de até 1,5 m. Folhas grandes com lóbulos. Flores grandes de até 10 cm de diâmetro, cor branca, lilás ou púrpura, com pétalas arredondadas de até 4 cm, às vezes com manchas escuras na base. Fruto de até 9 cm, globular e suave. Floresce de maio a julho em campos, terrenos baldios e calçadas em toda a Europa. Cultivada para fins medicinais.

Uso popular e medicinal:
É desta planta que se obtêm o ópio, a partir do qual muitas outras substâncias denominadas opiáceos (morfina, codeina, tebaina, papaverina, narcotina, narceina), são extraídas. As sementes de papoula são usadas como condimento.

O ópio é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de Papaver e é utilizado como narcótico.

A papoula contém uma ampla gama de alcaloides e tem grande valor como medicamento, especialmente por aliviar a dor. Seu uso (especialmente ópio e morfina extraídas da planta) pode viciar, portanto deve-se ter extrema cautela e somente usar sob a supervisão de um profissional qualificado com conhecimento em plantas medicinais. 

O sumo seco (látex) das sementes verdes é rica fonte de alcaloides ativos, incluindo a morfina. Extrai-se por incisões superficiais nas cápsulas assim que as pétalas cairem. Essas incisões devem ser feitas com cuidado, para não penetrar no interior das cápsulas das sementes. O látex emana em forma de gotas a partir das cápsulas e seca em contato com o ar, podendo então ser coletado. 

Esse látex é anódino (o mesmo que paliativo, alivia a dor), antitussígeno (reduz a frequência da tosse), adstringente (contrai os tecidos, combatendo diversas moléstias), sudorífico (faz suar), emenagogo (provoca menstruação), hipnótico e sedativo narcótico. 

Além das propriedades analgésicas, o látex também tem sido utilizado como um antiespasmódico (contra contração involuntária de músculo) e expectorante no tratamento de certos tipos de tosse, enquanto as suas propriedades adstringentes o faz útil para o tratamento da disenteria. 

Um remédio homeopático é feito a partir do látex seco e utilizado no tratamento de uma variedade de queixas, incluindo constipação, febre e insônia." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ALPINIA ZERUMBET ( PERS. ) B.L. BURTT.& R.M.SM. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt. & R.M. Sm.
Família: 
Zinziberaceae
Sinonímia científica: 
Alpinia cristata Griff.
Partes usadas: 
Folhas
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial rico em mono e sesquiterpenos com maior concentração de cineol e terpineol, flavonoides, kavapironas.
Propriedade terapêutica: 
Anti-hipertensiva, tranquilizante, hipotensora, diurética, antiulcerogênica, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Aliviar a febre, contra HIV-1 integrase e enzimas neuraminidase, diabetes.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: pink porcelain lily, shell flower, shell ginger
  • Alemão: porzellan-ingwerlilie​

Origem, distribuição:
Nativa do leste da Ásia.

Descrição:
A espécie é uma erva rizomatosa, robusta, com colmos agrupados em touceiras, folhas laceoladas-oblongas, grandes e pontudas, com flores campanuladas coloridas de róseo, marrom e branca, dispostas em inflorescências semipendentes.

Ao longo de seu ciclo apresenta aumentos lineares no comprimento, largura, número de folhas e perfilhos. O perfilhamento tem início aos 66 dias de idade e a fase reprodutiva 423 dias de idade com surgimento dos botões florais, que entram em antese após 6 dias e permanecem nessa fase por 12 dias e em senescência a seguir.

Propaga-se vegetativamente por plantio de rizomas de forma direta ou através de preparação de mudas. O transplante para o local definitivo é feito após 45 dias , colocando-se 6 kg/m2 de esterco bovino curtido, no espaçamento de 1,5 m x 1,5 m.

A colheita das folhas para fins medicinais deve ser iniciada quando a planta estiver com 6 meses de idade.

Uso popular e medicinal:
Cultivada em todos os estados do Brasil como medicinal e ornamental em vias públicas, jardins litorâneos, projeto paisagístico junto a piscinas e muros.

Contém óleo essencial rico em mono e sesquiterpenos com maior concentração de cineol e terpineol e, entre seus constituintes fixos, os mais importantes são alguns flavonoides de ação anti-hipertensiva e kavapironas, princípios de ação ansiolítica.

Apresenta atividade levemente tranquilizante.

Suas folhas são vendidas como chá de ervas e também são usadas ​​para aromatizar macarrão e enrolar bolinhos de arroz. Seu chá tem propriedades hipotensora, diurética e antiulcerogênica.

A decocção de folhas tem sido usado durante o banho para aliviar a febre. As folhas e rizomas se mostraram eficazes contra o HIV-1 integrase e enzimas neuraminidase e também mostrou efeito antidiabético através da inibição da formação de produtos de glicação avançada. Já foi relatada a atividade antioxidante de diferentes partes do Alpinia zerumbet.

 Dosagem indicada:
Diurético e anti-hipertensivo nos casos de hipertensão arterial leve. Componentes: folhas secas (20 g); álcool 70 % p/p q.s.p. (100 mL). Orientações para o preparo: estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40o C por 48 h. Extrair por percolação. Uso interno: acima de 12 anos, tomar 10 mL da tintura diluído em 75 mL de água, 3 vezes ao dia.

 Atenção. Não usar em gestantes, lactantes, lactentes, crianças menores de dois anos, alcoolistas e diabéticos. No tratamento com o
extrato hidroalcoólico foi observado o aumento de transaminases e HDL." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DO PROFETA MALAQUIAS:

Malaquias foi um profeta levantado por Deus para profetizar em Judá no período pós-exílico. Na verdade existe muito debate entre os estudiosos sobre quem foi Malaquias pelo simples fato de não existir qualquer informação pessoal sobre ele.

Além disso, o significado de seu nome é o que gera ainda mais dúvidas. Malaquias significa “meu mensageiro” ou “meu anjo”, do hebraico mal’aki. Com base nesse significado, muitos eruditos entendem que o nome Malaquias não se trata de um nome próprio, mas de um termo apelativo.

Essa discussão é tão antiga que a Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, traduz esse termo hebraico literalmente como “mensageiro”. Assim, em Malaquias 1:1, a Septuaginta traduz a frase “por intermédio de Malaquias” como sendo “por intermédio de seu anjo (mensageiro)”.

Já o Targum Aramaico, sugere que Malaquias é na verdade um pseudônimo para Esdras, enquanto outras tradições conjecturam que esse nome não precisa ser, necessariamente, um pseudônimo para Esdras, mas pode ter servido para qualquer judeu anônimo que viveu naquele período após o cativeiro babilônico. 

No entanto, apesar de não sabermos muita coisa sobre quem foi Malaquias, as teorias que tentam supor que seu nome não é um nome pessoal, são enfraquecidas pelo fato de que em todos os outros livros proféticos um nome próprio sempre é mencionado.

A fim de tentar trazer pelo menos alguma informação sobre a biografia de Malaquias, algumas tradições rabínicas antigas sugerem que Malaquias provavelmente fosse da tribo de Zebulom, enquanto outros, considerando o zelo com o culto a Deus que o profeta demonstra em seu livro, sugerem que talvez ele tenha sido um levita.

O ministério do profeta Malaquias:

Da mesma forma com que é difícil saber em detalhes quem foi Malaquias, também é bem difícil datar com exatidão o período de seu ministério profético. O que se sabe é que o profeta Malaquias viveu no tempo de Esdras e Neemias, e seu ministério ocorreu em algum momento entre 458 e 433 a.C.

Alguns detalhes no livro que traz seu nome nos ajudam a entender o período em que o profeta Malaquias viveu. Em sua profecia ele enfatiza a Lei (Ml 4:4), o que naturalmente nos faz lembrar-se do empenho de Esdras na restauração da autoridade da Lei (Ed 7:14,25,26; Ne 8:18).

Assim como Esdras e Neemias, o profeta Malaquias também falou contra o casamento com mulheres estrangeiras (Ml 2:11-15; cf. Ne 13:23-27), combateu a negligência sobre o dízimo (Ml 3:8-10; Ne 13:10-14), criticou severamente as práticas reprováveis de um sacerdócio corrompido (Ml 1:6-2:9; Ne 13:7,8) e repreendeu o povo pelos pecados sociais praticados (Ml 3:5; Ne 5:1-13).

Todos esses detalhes nos mostram claramente que o profeta Malaquias enfrentou os mesmos problemas que Esdras e Neemias, ou seja, nitidamente eles foram contemporâneos. No entanto, a diferença fundamental entre eles é que Esdras e Neemias combateram esses problemas essencialmente implantando uma reforma, enquanto o profeta Malaquias confrontou o povo com profecias vindas diretamente do Senhor. Sob esse aspecto, é bem possível que o ministério do profeta Malaquias serviu de apoio aos programas de reforma liderados por Esdras e Neemias.

Alguns estudiosos levantam a possibilidade do ministério do profeta Ageu, ter sido posterior ao ministério do profeta Malaquias, porém a posição mais provável e amplamente aceita é a de que o profeta Malaquias realmente foi o último dos profeta menores do Antigo Testamento.

A mensagem do profeta Malaquias:

O profeta Malaquias denunciou o estado de corrupção pelo pecado em que o povo de Israel se encontrava. Naquela época o povo estava desanimado, tomado pela desilusão e com muitas dúvidas, pois acreditavam que as promessas de Deus que diziam respeito à restauração após o cativeiro babilônico não haviam se cumprido.

Além dessa angustia, Judá ainda estava sob o domínio de uma nação estrangeira, os persas, e uma pesada carga de impostos era cobrada do povo, o que acabava gerando muita pobreza e problemas financeiros, como também a hostilidade das nações vizinhas.

Esse cenário fez com que o povo deixasse de lado o zelo pela obra do Senhor, e o culto a Deus acabou prejudicado. Isso fica claro durante a mensagem do profeta Malaquias registrada em seu livro, onde percebemos que o povo oferecia as sobras ao Senhor, ao invés de oferecer o que tinham de melhor.

O profeta Malaquias então falou sobre a realidade do amor de Deus (Ml 1:1-5), denunciou a infidelidade de Israel (Ml 1:6-2:16) e exortou sobre a certeza da justiça de Deus que julgará adequadamente o justo e o ímpio (Ml 2:17-4:6).

A mensagem do profeta Malaquias também aponta diretamente para Cristo, no sentido de que por mais que o povo estivesse desanimado, Deus enviaria o Messias para purificar seu povo.

O profeta falou sobre a obra de um mensageiro que seria precedido pelo profeta Elias (Ml 3:1,2; 4:5), e o Novo Testamento revela que Jesus é esse mensageiro, bem como João Batista, foi aquele que o precedeu, desempenhando seu ministério no “espírito e poder de Elias” (Mt 11:14; 17:10-12; Lc 1:17).

Malaquias também profetizou que o culto a Deus se espalharia por todas as nações (Ml 1:11), uma profecia que começou a ser cumprida no ministério de Jesus e de seus apóstolos, onde a salvação foi anunciada às nações gentílicos, de uma forma sem precedentes através da pregação do Evangelho (At 10:9-48; Ef 2:11-13).

Tiago, em sua epístola, fez referência sobre o chamado ao arrependimento do profeta Malaquias que dizia: “tornai-vos mim, e eu me tornarei a vós”; e o aplicou em sua exportação sobre a conduta dos cristãos ao escrever: “chegai-vos a Deus, e Ele se achegará a vós” (Tg 4:8; cf. Ml 3:7).

Assim, o grande objetivo da mensagem do profeta Malaquias foi convocar o povo ao arrependimento, falando sobre a importância de uma fé renovada no cumprimento da promessa sobre a vinda do Messias que julgaria ímpios e justos.

Se por um lado não sabemos muito sobre quem foi Malaquias, por outro sabemos com toda certeza que sua mensagem foi urgente e inspirada por Deus, a ponto de romper as barreiras do tempo e ser especialmente relevante para a Igreja Cristã da atualidade, onde muitos infelizmente perderam o zelo pelo culto a Deus! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, novembro 29

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DO PROFETA ZACARIAS:

O Profeta Zacarias foi um homem levantado por Deus para profetizar no tempo da restauração do povo de Israel do exílio na Babilônia. O nome Zacarias significa “Yahweh lambra-se”, ou seja, “aquele de quem Deus se lembra”.

Zacarias era um nome muito comum entre o povo hebreu, de forma que muitos personagens bíblicos aparecem com este nome, principalmente no Antigo Testamento. No final deste texto pontuaremos alguns destes personagens.

A História do profeta Zacarias:

O profeta Zacarias nasceu em uma família de sacerdotes ainda na Babilônia. Sua família estava entre os quase cinquenta mil exilados que retornaram do exílio babilônico após a permissão do rei Ciro.

Zacarias era filho de Baraquias, porém em algumas passagens bíblicas ele aparece como sendo filho de Ido, que na verdade era seu avô (Zc 1:11; cf. Ed 5:1; 6:14; Ne 12:4,16). Para explicar isto, acreditasse que seja possível que seu pai, Baraquias, tenha morrido quando Zacarias ainda era muito jovem, ou seu avô, Ido, talvez tenha sido uma figura mais proeminente que seu pai.

Além de profeta, Zacarias também era sacerdote, assim como os profetas Jeremias e Ezequiel também foram antes dele. Zacarias foi contemporâneo do profeta Ageu, de Zorobabel, o líder político dos judeus que retornaram do exílio e de Josué, filho de Jozadaque e sumo sacerdote da nação (Zc 3:1; 4:6; 6:11; Ed 5:1,2).

O ministério do profeta Zacarias:    

O ministério profético de Zacarias está registrado, principalmente, no livro do Antigo Testamento que traz seu nome, e no livro de Esdras. No entanto, Zacarias também é mencionado no livro de Neemias.

O profeta Zacarias começou a profetizar cerca de dois meses depois de Ageu também ter começado a profetizar (Ag 1:1; cf. Zc 1:1), isto é, no oitavo mês do segundo ano de reinado do rei Dario, em 520 a.C.

A mensagem profética, tanto do profeta Zacarias quanto o profeta Ageu, era de encorajamento acerca da obra de restauração do Templo, além de revelações sobre as bênçãos futuras da nação.

O contexto histórico do ministério do profeta Zacarias nos mostra que aquele era um período muito significativo da história judaica. Os exilados haviam conseguido a permissão para retornarem a sua terra, e entusiasmado, se propuseram a reconstruir o Templo em Jerusalém que tinha sido destruído.

Em 535 a.C., eles conseguiram lançar os alicerces do Templo (Ed 3:8-13), porém devido à oposição dos samaritanos, o trabalho de restauração ficou paralisado até o reinado de Ciro, ou seja, durante pelo menos 14 anos nada foi feito nesse sentido.

Algumas pessoas questionam sobre o porquê de Zacarias e Ageu terem ficado em silêncio durante esse período. Uma explicação bem provável é que ambos ainda eram crianças quando retornaram com suas famílias do exílio em 537 a.C., ou então eles não retornaram nesse grupo de exilados, mas em outro grupo posteriormente. De qualquer forma, provavelmente os dois profetas não eram adultos nessa época.

Com base na explicação acima, então podemos supor que o profeta Zacarias era ainda muito jovem quando começou a profetizar. Com as exortações de Zacarias e Ageu, o trabalho foi reiniciado, porém num determinado momento mais uma vez houve oposição externa, com o questionamento de Tatenai, governador Persa; e também oposição interna, com os judeus desaminados e pessimistas com relação à construção do Templo, achando eles que, a escassez de recursos, os obstáculos, e a inferioridade da construção atual em comparação com o primeiro Templo de Salomão, significavam um tipo de reprovação do próprio Deus.

É neste cenário que os profetas Zacarias e Ageu profetizaram, convocando o povo ao arrependimento da negligência que estavam demonstrando, e encorajando-os a confiarem nas promessas do Senhor. O povo respondeu as mensagens do Senhor proclamadas através dos dois profetas, e em 515 a.C. o trabalho foi concluído.

As profecias de Zacarias:

As profecias do profeta Zacarias, além de tratar das questões relacionadas à reconstrução do Templo, também apontavam para a realidade do reino de Deus no futuro. Assim, algumas profecias do profeta Zacarias possuem uma aplicação imediata, num futuro próximo a restauração da comunidade após o exílio. 

Todavia, outras profecias de Zacarias apontam para um futuro mais distante de sua época, onde Deus traria bênçãos para Jerusalém por meio da linhagem de Davi, de modo que Zorobabel era apenas a continuidade da linhagem, e não o seu fim.

Logo, o profeta Zacarias profetizou claramente sobre a vinda do Messias, o último filho de Davi. Zacarias profetizou sobre a entrada triunfal de Jesus (Zc 9:9-10; cf. Mt 21:1-11), sobre a traição e morte de Cristo (Zc 13:7) e sobre a promessa da habitação de Deus no meio de Seu povo, realizada finalmente em Cristo (Zc 2:5,10; cf. Jo 1:14).

A própria celebração registrada em Zacarias 14:16-20, encontrará seu cumprimento pleno no reinado do Cordeiro no novo céu e Nova terra (Ap 21:1-3).

Zacarias, pai de João Batista:

Certamente esse Zacarias é o mais conhecido depois do profeta Zacarias. Zacarias foi um sacerdote, e pai de João Batista (Lc 1:5-25; 3:2). Certa vez ele recebeu a visita do anjo Gabriel enquanto estava executando suas funções sacerdotais no Templo.

O anjo lhe trouxe a notícia de que seria pai, porém sua primeira reação foi a incredulidade. Como consequência, Zacarias ficou temporariamente mudo, e provavelmente surdo, até que Izabel deu à luz ao filho do casal.

A forma com que Zacarias voltou a falar impressionou toda a região da Judeia, e as pessoas começaram a especular quem era aquele menino que havia nascido (Lc 1:64-66). Tomado pelo Espírito Santo, Zacarias também profetizou sobre o ministério do Messias (Lc 1:68-79).

Outros Zacarias na Bíblia:

Como dissemos, há pelo menos 30 personagens bíblicos designados como Zacarias na Bíblia. A maioria deles aparece apenas uma ou duas vezes na narrativa bíblica. Além dos dois Zacarias já apresentados, citaremos alguns destes homens que tiveram esse nome.

  • Um chefe da tribo de Rúbem que viveu em aproximadamente em 740 a.C. (1Cr 5:6,7).
  • Filho de Meselemias, guarda da porta ao norte do Tabernáculo (1Cr 9:21; 26:2,14).
  • O primeiro colonizador israelita de Gibeão (1 Cr 9:35,37), também citado como “Zequer” em 1 Crônicas 8:31.
  • Um levita que tocou quando a Arca da Aliança, foi trazida a Jerusalém (1Cr 15:14.18,20; 16:5).
  • Um príncipe de Judá enviado pelo rei Josafá, para ensinar a Lei ao povo judeu (2Cr 17:7).
  • Um levita da família de Asafe, que foi atuante, juntamente com o rei Ezequias, na purificação do Templo (2Cr 29:13). Também houve outro Zacarias da casa de Asafe que viveu na época do reinado de Josafá (2Cr 20:14).
  • Um dos últimos reis do reino do norte, Israel, filho de Jeroboão II, que reinou em 753 a.C. (2Rs 14:29). Ele reinou apenas seis meses e foi assassinado por Salum, terminando assim a dinastia de Jeú (2Rs 15:8-12).
  • Provavelmente um sacerdote no reino do rei Josias (2Cr 35:8).
  • Um dos homens de destaque que foram enviados por Esdras para buscarem levitas e pessoas que desempenhavam serviços no Templo para retornarem a Jerusalém (Ed 8:16).
  • Um profeta que viveu durante o reinado do rei Uzias, Enquanto o rei seguiu os seus conselhos, houve prosperidade (2Cr 26:5).

Existem ainda outros Zacarias na narrativa bíblica do Antigo Testamento, de maneira que é até difícil conseguir distinguir quando algumas citações se referem a um certo Zacarias ou a outra pessoa com o mesmo nome. Um exemplo disto são as referências sobre Zacarias que aparecem nos livros de Esdras e Neemias.

Para finalizar, um personagem com este nome que certamente merece destaque é o Zacarias mencionado em 2 Crônicas 24:20-22. Esse Zacarias foi filho do sumo sacerdote Joiada durante o reinado do rei Joás, em Judá.

Naqueles tempos, Judá retornou à idolatria, e Zacarias, movido pelo Espírito de Deus, repreendeu severamente a nação por conta daquela conduta pecaminosa. A denúncia de Zacarias incomodou os nobres de Judá que, juntamente com o rei, planejaram apedrejá-lo até a morte no átrio do Templo.

Muito provavelmente esse é o Zacarias citado por Jesus em Mateus 23:35 e Lucas 11:51. Na verdade, a identificação desse Zacarias oferece algumas dificuldades. O problema é que o Zacarias, filho de Baraquias, é o profeta Zacarias que estudamos no início deste texto, e se caso o profeta tivesse sofrido tal martírio, provavelmente haveria alguma referência sobre isto nos livros de Esdras, Neemias ou Malaquias.

A tradição judaica afirma que o profeta Zacarias morreu de causas naturais na Judéia, com idade bastante avançada, e foi sepultado perto do tumulo de Ageu.

Por outro lado, quando comparamos a expressão utilizada por Jesus com a expressão dita pelo Zacarias, filho de Joiada que aparece em Crônicas, na hora de sua morte, entendemos que possivelmente se trata da mesma pessoa.

Em Lucas lemos o Senhor dizendo que “desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração” (Lc 11:51). Já em Crônicas lemos que, prestes a morrer, Zacarias disse: “O Senhor o verá, e o requererá” (2 Cr 24:22).

Outra informação importante é que o livro de 2 Crônicas é o último livro da Bíblia hebraica. Assim, a expressão “de Abel a Zacarias” poderia ser uma expressão hebraica equivalente a nossa “de Gênesis ao Apocalipse”.

Para resolver o problema das palavras “filho de Baraquias” que aparece em Mateus, os estudiosos sugerem três possibilidades. A primeira entende que o Zacarias mencionado pelo Senhor realmente tenha sido o profeta Zacarias, e que neste caso seu martírio não foi documentado e a tradição judaica está errada.

A segunda possibilidade sugere que o Zacarias do livro de 2 Crônicas tenha sido neto de Joaiada, e não filho, e que seu pai então também se chamava Baraquias, mas por algum motivo não foi citado em 2 Crônicas.

A terceira possibilidade sugere que as palavras “filho de Baraquias” que aparecem no Evangelho de Mateus, trata-se de uma adição equivocada de um copista, visto que ela não aparece nos melhores manuscritos do Evangelho de Lucas! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?