domingo, dezembro 25

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SCHINUS TEREBINTHIFOLIA RADDI " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Schinus terebinthifolia Raddi
Família: 
Anacardiaceae
Sinonímia científica: 
Schinus terebinthifolia var. damaziana Beauverd
Partes usadas: 
Casca do caule seca.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Resinas, hidrocarbonetos terpênicos, ácido pirogálico, glicose, óleo essencial, alquil-fenóis.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatório, cicatrizante ginecológico, inseticida, hemostático.
Indicação terapêutica: 
Doenças do sistema urinário e respiratório, hemoptise, hemorragia uterina, ferimentos de pele ou mucosas, cervicite, hemorroidas, gengiva inflamada.

Origem, distribuição:
Espécie nativa da América do Sul (sudeste do Brasil, norte da Argentina e Paraguai). Tem ampla distribuição nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: brazilian pepper, florida holly, christmas berry, pepper tree
  • Francês: faux-poivrier
  • Alemão: brasilianische pfefferbaum
  • Italiano: falso pepe rosa
  • Espanhol: pimentero brasileño

Descrição:
Árvore pioneira, porte pequeno a médio, atinge 5 a 10 m. Tronco revestido de casca grossa. Tem copa globosa, casca externa cinza escuro. Casca interna avermelhada, textura fibrosa, com exudação de terebentina. 

A flor tem cor branca do tipo inflorescência. A floração ocorre de setembro a janeiro. 

A folha é fortemente aromática, tem estrutura imparipinada, composta, forma oblonga, inserção alterna, coriácea, pilosa. 

O fruto é drupa, carnoso, vermelho, anual. O endocarpo contém óleo, quando macerado imaturo exala um odor semelhante ao da manga. A frutificação ocorre de janeiro a julho.

Uso popular e medicinal:
Popularmente suas cascas são usadas na forma de cozimento, especialmente pelas mulheres, durante vários dias, em banhos de assento após o parto como anti-inflamatório e cicatrizante ou como medicação caseira para o tratamento de doenças do sistema urinário e do aparelho respiratório, bem como nos casos de hemoptise (sangramento proveniente das vias aéreas inferiores) e hemorragia uterina. As folhas e frutos são adicionados à agua de lavagem de feridas e úlceras.

Cascas e folhas secas são utilizadas contra febres, problemas do trato urinário, cistite, uretrite, diarréia, blenorragia, tosse, bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral. Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias.

O óleo-resina é usado externamente como cicatrizante e para dor-de-dente. A resina amarelo-clara (a qual endurece ao ar tornando-se azulada e depois pardacenta), proveniente das lesões das cascas, é medicamento de larga aplicação entre os sertanejos, como tônico.

Em outros tempos, a resina foi utilizada pelos jesuítas no preparo do Bálsamo das Missões, famoso no Brasil e no exterior.

A planta inteira é utilizada externamente como antisséptico no caso de fraturas e feridas expostas. O óleo essencial é o principal responsável por várias atividades desta planta, especialmente a ação antimicrobiana contra bactérias e fungos, bem como atividade repelente contra a mosca doméstica.

Este óleo essencial é indicado em distúrbios respiratórios. É eficaz em micoses, candidíases (uso local), alguns tipos de câncer (carcinoma, sarcoma,etc.) e como antiviral e bactericida. Possui ação regeneradora dos tecidos e é útil em escaras, queimaduras e problemas de pele.

Externamente, o óleo essencial da aroeira-da-praia é utilizado na forma de loção, gel ou sabonetes para limpeza de pele, coceiras, espinhas (acne), manchas, desinfecção de ferimentos, micoses e para banho.

Em muitos estudos in vitro, extratos da folha demonstraram ação antiviral contra vírus de plantas e apresentam ser citotóxicos para 9 tipos de câncer das células.

Em banhos é utilizado o decocto da casca de aroeira para combater úlceras malignas.

Em 1996, uma patente americana foi registrada do óleo essencial como um remédio tópico de ação bactericida contra Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus para seres humanos e animais (um preparado para nariz, ouvido e peito). A mesma companhia criou uma outra patente em 1997 para um preparado similar para limpeza de pele de ação bactericida.

Em 2013 um estudo sobre a composição química e atividade inseticida do óleo essencial sobre a broca-do-café mostrou que o óleo das folhas de S. terebinthifolius foi eficiente na indução da mortalidade dos insetos, o que abre novas perspectivas quanto à sua utilização como inseticida natural no controle de pragas.

Composição química:

Aroeira-da-praia contém óleos essenciais bem distribuídos nas folhas, frutos e tronco. O óleo é rico em mono e sesquiterpenos, em teor de 1% para as folhas e 5 a 8 % para os frutos, onde predomina monoterpenos (85,1%), sendo os mais abundantes careno (30,37%), limoneno (17,44%), felandreno (12,60%), pineno (12,59%), mirceno (5,82%), cimeno (3,46%); seguido pelos sesquiterpenos (5,34%) trans-cariofileno, muuruleno, farneseno, cadineno e cadinol.

No óleo essencial das folhas foram identificados 37 constituintes químicos, os principais são germacreno (25,0%), beta-cariofileno (17,5%) e delta-elemeno (10,5%).

Outros componentes: ácido pirogálico, glicose, alquil-fenóis.

Dosagem indicada:
Anti-inflamatório e cicatrizante ginecológico. Componentes: cascas do caule secas (1 g); água q.s.p. 150 mL. Preparar por decocção considerando a proporção indicada na fórmula. Advertência: em caso de aparecimento de alergia, suspender o uso. Modo de uso: externo. Fazer banho de assento 3 a 4 vezes ao dia.

Gota, reumatismo e ciática. Banho. Ferver 26g de cascas de aroeira-da-praia em um litro de água. Tomar diariamente um banho de 15 minutos, tão quente quanto possível. 

Gargarejos, bochechos, compressas, tratamento tópico de ferimentos de pele ou mucosas, infectadas ou não, cervicite, hemorróidas, gengivas inflamadas. Cozinhar em 1 litro de água, 100g da entrecasca limpa e seca, quebrada em pedaços pequenos.

Azia e gastrite. Utilizar os frutos cozidos 2 vezes, cada vez com meio litro de água. Beber em doses de 30 ml duas vezes ao dia.

Outros usos:
Árvore bastante interessante para arborização urbana. Seu porte médio e a frutificação ornamental fazem com que seja excelente escolha para paisagismo, prestando-se como arvoreta e cerca-viva. Também é indicada para reflorestamento de áreas degradadas.

A pimenta-rosa, seu fruto de sabor levemente picante e adocicado, é muito popular na culinária francesa.

Da aroeira extrai-se a madeira (própria para mourões, lenha), óleos essenciais, carvão e resina.

A casca é rica em substâncias tanantes (usadas no curtimento de couro). NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA ).

O REINO DE DEUS É PARA TODOS PORQUE DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS ? TEXTO ( ATOS 10:1-48 )

Neste capítulo de Atos 10 estudo, Deus revela a Pedro através de uma visão que o evangelho deverá ser pregado aos gentios.

Pedro ensinará o evangelho a Cornélio e sua família e depois apaziguará a discussão entre os judeus sobre o evangelho ser pregado a eles.

A obra do Senhor segue adiante, apesar da perseguição que Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, promove.

Ele condenará Tiago à morte e depois colocará Pedro no cárcere. Na noite anterior à execução de Pedro, um anjo o ajudará a escapar da prisão.

Herodes será ferido por um anjo, e o evangelho seguirá em firme sua expansão.

Atos 10 estudo: Contexto histórico:

Vimos que Jesus apareceu a Saulo (que depois viria a ser chamado de Paulo) quando ele viajava para Damasco e, depois disso, Saulo ficou perdeu a visão. Após Ananias o curar, Saulo foi batizado e começou a pregar em Damasco.

Saulo, então, vai à Jerusalém afim de unir-se aos discípulos, mas, quando os judeus gregos ameaçaram a sua vida, os apóstolos o enviaram a Tarso. Pedro realizou milagres em Lida e Jope.

(Atos 10:1) Um centurião chamado Cornélio:

v. 1 E havia em Cesareia um varão chamado Cornélio, um centurião da coorte, chamada coorte Italiana,

Filipe tinha pregado em Cesareia (At 8-40), de modo que devia ter existido conhecimento do cristianismo ali antes desse incidente com Cornélio.

Os centuriões eram parte essencial do exército romano, que se distinguiam por suas habilidades para liderar homens.

A coorte Italiana era provavelmente uma força auxiliar de soldados locais não italianos ou romanos), embora o grupo original possa ter consistido de soldados italianos.

Os soldados romanos não gozavam de boa reputação, pois eles, muitas vezes, estavam envolvidos em extorsão e brutalidade contra população local.  

(Atos 10:2) Cornélio era temente a Deus:

v. 2 um homem religioso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual dava muitas esmolas ao povo, e sempre orava a Deus.

Os tementes a Deus respeitavam as cristãos os costumes judaicos (inclusive leis dietárias e dias especiais).

Eles frequentemente se associavam aos judeus, mas não estavam dispostos a se tornar prosélitos completos, uma vez que isso requeria ser circuncidado e observar outros rituais judaicos.

(Atos 10:3-4) Cornélio tem uma visão:

v. 3 Este viu claramente numa visão, quase à hora nona do dia, um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio.

v. 4 E este, olhando para ele, e atemorizado, disse: O que é isto, Senhor? E ele disse-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memorial diante de Deus. 

O temor e o espanto eram reações comuns à voz de Deus ou à Sua aparição em relatos bíblicos (At 9-4). As orações e esmolas de Cornélio motivaram nova revelação de Deus a ele por meio de Pedro (v. 5-6).

(Atos 10:5-10) Vá atrás de Pedro:

v. 5 Agora, pois, envia homens a Jope e manda chamar um certo Simão, que tem por sobrenome Pedro; 
v. 6 este está alojado com um certo Simão, curtidor, cuja casa está junto ao mar. Ele te dirá o que deves fazer. 
v. 7 E tendo partido o anjo que falava a Cornélio, ele chamou dois dos seus servos e a um soldado religioso dos que estavam continuamente ao seu serviço; 
v. 8 e tendo-lhes declarado todas essas coisas, ele os enviou a Jope. 

v. 9 No dia seguinte, enquanto eles viajavam e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar, quase à hora sexta. 
v. 10 E ele ficou com muita fome, e quis comer; mas enquanto lhe preparavam, ele caiu em um êxtase, 

 Enquanto isso, Pedro ainda estava em Jope. Era comum orar no terraço. Ao ir orar a hora sexta (por volta do meio-dia), Pedro enfrentou o grande calor do dia.

Contudo, a série de eventos interligados nas vidas de Pedro e Cornélio revelam que o êxtase do apóstolo era algo mais do que uma experiência natural provocada pela fome. Era uma mensagem da parte de Deus.

(Atos 10:11-16) Pedro recebe uma visão:

v. 11 e viu o céu aberto, e descendo sobre ele um certo vaso, como se fosse um grande lençol, amarrado pelos quatro cantos, e sendo baixado sobre a terra, 
v. 12 no qual havia todo tipo de animais quadrúpedes da terra, animais selvagens, seres rastejantes e aves do céu. 
v. 13 E veio a ele uma voz: Levanta-te, Pedro! Mata e come.

v. 14 Mas Pedro disse: De forma alguma, Senhor, porque nunca comi coisa alguma que é comum ou imunda. 
v. 15 E a voz lhe falou novamente pela segunda vez: Não chames comum o que Deus purificou.
v. 16 E isto aconteceu por três vezes; e o vaso foi recolhido novamente ao céu.

 A fidelidade de Pedro ao longo da vida às leis dietárias judaicas entrou em conflito com a ordem do Senhor para matar e comer animais impuros.

O apóstolo teve essa visão três vezes; a repetição servia para confirmar a mensagem repugnante e enfatiza sua significação.

(Atos 10:17-20) Pedro recebe os enviados:

v. 17 Ora, estando Pedro duvidando em si mesmo, sobre o que significaria a visão que ele tinha visto, eis que os homens que foram enviados por Cornélio perguntavam pela casa de Simão, parados à porta, 

v. 18 e, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, estava alojado ali. 
v. 19 Enquanto Pedro pensava sobre a visão, o Espírito disse-lhe: Eis que três homens te procuram.
v. 20 Portanto, levanta-te, e desce, e vai com eles, não duvidando, porque eu os enviei.

 No caso de Cornélio, um anjo lhe falou, mas com Pedro foi o Espírito Santo, depois que o Senhor lhe concedeu a visão. A alternância entre o Espírito e um anjo como agentes de comunicação ocorre em outras partes.

(Atos 10:21-24) Tudo se encaixa:

v. 21 E, descendo Pedro para junto dos homens que lhe foram enviados por Cornélio, disse: Eis que sou eu a quem procurais; qual é a razão por que viestes? 

v. 22 E eles disseram: Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, e de boa fama entre toda a nação dos judeus, foi avisado por Deus através de um santo anjo para que te enviasse à sua casa, e ouvisse as tuas palavras. 

v. 23 Então, chamando-os para dentro, os alojou. No dia seguinte, Pedro foi com eles, e certos irmãos de Jope o acompanharam. 

v. 24 E no dia seguinte eles entraram em Cesareia. E Cornélio os esperava, tendo já chamado os seus parentes e amigos mais próximos. 

Quando Deus age poderosamente na vida de uma pessoa, é natural que ela junte parentes e amigos e compartilhe a experiência com eles. Nesse caso, isso ajudou a multiplicar o impacto da mensagem radical de esperança pregada por Pedro.

(Atos 10:25-26) Eu também sou um homem!

v. 25 E, enquanto Pedro entrava, Cornélio encontrando-o, caiu aos seus pés, adorando-o.

v. 26 Mas Pedro levantando-o, disse: Levanta-te, eu também sou homem. 

No momento em que Cornélio caiu aos seus pés, adorando-o, Pedro protestou e disse que ele também era um mero homem. Os apóstolos sempre buscavam glorificar a Deus e não a si mesmos.

(Atos 10:27-28) Pedro entende a visão:

v. 27 E, falando com ele, entrou e achou a muitos que se haviam reunido.

v. 28 E ele disse-lhes: Vós sabeis que é uma coisa ilegal para um homem que é judeu se reunir ou aproximar de alguém de outra nação; mas Deus me mostrou a não chamar a nenhum homem de comum ou imundo. 

A visão que Deus deu a Pedro o ensinou que os padrões de pureza, que impediam os judeus de se associarem aos gentios, tinham se tornado obsoletos.

É difícil superestimar a mudança radical que isso representava para a cosmovisão de Pedro.

(Atos 10:29-33) Cornélio compartilha sua visão:

v. 29 Portanto, ao ser chamado, eu vim a vós sem contradizer. Por isso eu pergunto: Qual a intenção de terdes me chamado?

v. 30 E disse Cornélio: Há quatro dias eu estava jejuando até esta hora, e à hora nona eu orava em minha casa, e eis que um homem em vestes brilhantes se apresentou diante de mim,

v. 31 e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória à vista de Deus. 

v. 32 Envia, pois, a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro; ele está alojado na casa de um certo Simão, curtidor, junto do mar, o qual, vindo, falará contigo.

v. 33 E imediatamente mandei chamar-te, e tu fizestes bem em vir. Agora, pois, nós estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir todas as coisas que te foram ordenadas por Deus. 

Ao dizer que todos estavam ali reunidos diante de Deus, para ouvir todas as coisas o que Deus ordenou Pedro dizer ou fazer, Cornélio mostrou a abertura semelhante à de uma criança que Jesus requereu de Seus discípulos (Lc 18:15-17).

(Atos 10:34-35) Todos são aceitáveis a ele:

v. 34 Então, Pedro abrindo a sua boca, disse: Na verdade eu percebo que Deus não faz acepção de pessoas;

v. 35 mas aquele que, em qualquer nação, o teme e faz justiça, é aceitável a ele.

Por causa da visão, Pedro agora entendeu que Deus não faz acepção de pessoas. Isso não significa que o Senhor aceite todas as pessoas sem se importar com a resposta que elas dão a Ele ou que as pessoas que O temem sejam aceitáveis a ele e não precisem de Cristo.

Antes, significa que Deus não exclui nenhuma nação ou etnia da oferta da salvação.

(Atos 10:36-41) Sejam testemunhas!

v. 36 Deus enviou a palavra aos filhos de Israel, pregando a paz por Jesus Cristo (ele é o Senhor de todos), 

v. 37 esta palavra que eu digo, vós sabeis, foi proclamada por toda a Judeia, começando pela Galileia, depois do batismo que João pregou;

v. 38 Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andava fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus estava com ele. 

v. 39 E nós somos testemunhas de todas as coisas que ele fez, tanto na terra dos judeus como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o em um madeiro; 

v. 40 a este, Deus ressuscitou ao terceiro dia, e o manifestou abertamente, 

v. 41 não a todo o povo, mas às testemunhas escolhidas antes por Deus; a nós que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dos mortos.

Esta palavra que eu digo, vós sabeis indica que a biografia básica de Jesus já era amplamente conhecida.

Ainda era necessário, no entanto, que testemunhas da vida de Jesus viessem e completassem qualquer lacuna no conhecimento e chamassem as pessoas à fé salvadora.

(Atos 10:42-43) A comissão é essa:

v. 42 E ele nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi ordenado para ser Juiz dos vivos e dos mortos. 

v. 43 A este dão testemunho todos os profetas, que por meio de seu nome, todo aquele que nele crer, receba a remissão dos pecados.

O próprio Jesus disse aos apóstolos que ele é o que por Deus foi ordenado para julgar todos os seres humanos. Apoiando essa reivindicação está o testemunho de todos os profetas (LCD 24-44).

(Atos 10:44-46) A descida do Espírito Santo:

v. 44 Enquanto Pedro falava ainda estas palavras, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a palavra. 

v. 45 E surpreenderam-se os que criam na circuncisão, os muitos que vieram com Pedro, pois também sobre os gentios havia sido derramado o dom do Espírito Santo.

v. 46 Porque eles os ouviam falar em línguas, e magnificar a Deus. Respondeu então Pedro:

A fé, a descida do Espírito Santo e o batismo dos cristãos  novamente são todos componentes da conversão, embora mais uma vez numa ordem diferente.

Uma vez que os convertidos gentios estavam falando em línguas, e magnificando a Deus exatamente como os judeus cristãos  tinham feito no Pentecoste (At 2: 4-11), os que criam na circuncisão, que estavam com Pedro… surpreenderam-se.

(Atos 10:47-48) O batismo de novos convertidos:

v. 47 Pode algum homem impedir a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o Espírito Santo?

v. 48 E ele mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, pediram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. 

Vemos mais uma vez o batismo realizado imediatamente em resposta à nova fé.

Conclusão:

Concluindo, as obras do reino de Deus continuam presentes no meio da igreja primitiva, através da vida de pessoas como Cornélio, o centurião temente a Deus que ajudou a Pedro entender que o evangelho não seria somente para os judeus, mas sim, para toda a criatura nos quatros cantos do mundo.

Não há mais divisões, placas, nacionalidades, limites para o poder de Deus agir, pro Reino de Deus não influenciar, pessoas que Ele não possa usar! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, dezembro 24

VEJAMOS ALGUNS PROBLEMAS QUANDO TOMAMOS MUITOS REMÉDIOS CASEIROS SEM CONHECIMENTO:

Hoje eu estou aqui para falar sobre dois grandes problemas que encontramos no momento atual da Fitoterapia:

1. O uso indevido de várias plantas medicinais e comestíveis sem comprovação científica. 

Já ouvi muitos relatos em meu dia a dia além de muitos contatos por e-mails e redes sociais sobre as toxicidades de algumas plantas medicinais, que vão desde aumento da pressão, dor de cabeça, insônia, diarreia, dores gástricas, alergias e até mesmo a queimação na pele por uso indevido de algumas plantas medicinais comuns do cotidiano. Plantas estas que inclusive são consideradas pela ciência plantas seguras como: folha da goiabeira, tanchagem, babosa, capim-cidreira, capim-citronela, aveloz e muitas outras.

Sabe porque? 

É simples.

Muitas pessoas não conhecem o funcionamento de cada organismo e como agem as plantas medicinais. Costumo falar que não basta conhecer as indicações de uso de cada planta, é preciso saber suas particularidades. Pois precisamos ter muito claro 3 aspectos: a planta, o doente e a doença. 

2. A falta de cuidado com a interação farmacológica entre medicamentos sintéticos e as plantas medicinais.

Muitas pessoas acham que as plantas medicinais, por serem naturais, não fazem mal. Mas a verdade é que não podemos esquecer que a planta medicinal é composta de muitas moléculas químicas e, por isso, não podem ser utilizadas junto com medicamentos sintéticos.

Pois bem, as plantas medicinais podem potencializar ou diminuir muitos efeitos dos medicamentos sintéticos, podendo provocar irritações gástricas, hemorragia, insônia, pressão alta ou baixa, dentre muitos outros efeitos.  

Fora estes dois grandes, ainda existem problemas menores, que não vem ao caso mencionar agora, mas o grande ponto aqui é que a saúde não pode ser tratada com erros.

A saúde exige processo, conhecimento e ciência.

E quando eu falo de saúde, estou falando da minha, da sua e da saúde do outro.

Existe uma diferença absurda entre “alívio de sintomas” e tratamento seguido de cura.

Sabe qual a consequência de não perceber essa diferença ao entrar no universo da Fitoterapia?

É muito simples.

Os problemas de saúde cotidianos que poderiam ser tratados e curados definitivamente, podem se agravar sendo camuflados por soluções temporárias e sem eficácia. NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE A HISTÓRIA DO REI HERODES O GRANDE:

O rei Herodes foi o monarca dos judeus entre os anos de 37 a.C. a 4 a.C. Ele também é conhecido como Herodes, o Grande e Herodes I. Herodes ficou marcado na História por ser uma pessoa sanguinária e um rei odiado pelo povo. Foi ele quem mandou executar os meninos recém-nascidos de Belém (Mateus 2).

Mas quando se pergunta sobre quem foi Herodes, é necessário saber que existem diferentes Herodes citados na Bíblia. Todas as pessoas que tiveram esse nome eram descendentes de Herodes, o Grande. Ele teve muitos filhos e netos, frutos de seus casamentos com várias esposas, sendo o progenitor de um grande clã. Portanto, para falarmos sobre a história do rei Herodes, precisamos definir de qual deles estamos falando.

A família de Herodes:

Abaixo iremos considerar apenas os principais descentes de Herodes o Grande. Isso nos ajudará a entender quem é quem entre os Herodes citados na Bíblia.

  • Herodes Filipe I: era filho de Herodes com Mariamne, a betusiana. Ele casou-se com Herodias, filha de Aristóbulo, seu meio-irmão. Com Herodias ele foi pai de Salomé, citada indiretamente nos Evangelhos. Foi ela quem pediu a cabeça de João Batista sob a influencia de sua mãe (Mateus 14:6; Marcos 6:22,28; Lucas 3:19).
  • Herodes Arquelau: era o filho mais velho de Herodes o Grande com Maltace, a samaritana. Ele reinou por pouco tempo no lugar de Herodes (Lucas 2:22). Depois ele foi exilado por Roma em aproximadamente 6 d.C. Muitos consideram Herodes Arquelau como o mais odiado entre todos os herdeiros de Herodes.
  • Herodes Antipas: era o filho mais novo de Herodes com Maltace. Ele também é conhecido como “Herodes o tetrarca”. Ele casou-se com Herodias, a esposa de seu meio irmão, Herodes Filipe I. Herodes Antipas é mencionado no Novo Testamento com destaque. Ele governava sobre a Galileia e a Peréia nos tempos de Jesus. Foi ele quem aprisionou e executou o profeta João Batista (Marcos 6:14-28). Também foi a ele que Pilatos enviou Jesus para ser julgado (Lucas 23). Ele foi exilado em 39 d.C. e morto depois dessa data.
  • Herodes Filipe II: era provavelmente aquele que ficou conhecido como “Filipe, o tetrarca”. Ele era filho de Herodes o Grande com Cleópatra de Jerusalém. Depois da morte de seu pai, ele recebeu a tetrarquia da Ituréia, Traconites e outros territórios adicionais (Lucas 3:1). Acredita-se que ele tenha morrido em aproximadamente 34 d.C.
  • Herodes Agripa I: era neto de Herodes o Grande e filho de Aristóbulo. Ele é a pessoa designada em Atos 12:1 como “Herodes o rei”. Ele viveu muito tempo em Roma e depois o imperador romano Gaio lhe estabeleceu como governante de territórios a nordeste da Palestina. Posteriormente, a Galileia, a Peréia, a Judeia e a Samaria foram anexadas ao seu reino. Ele foi o responsável por perseguir os apóstolos nos primeiros anos da Igreja Primitiva. O ano estimado de sua morte é 44 d.C.
  • Herodes Agripa II: era filho de Agripa I portanto, bisneto de Herodes o Grande. Ele governou sobre um território ao norte e a nordeste da Palestina. Foi ele quem entrevistou o apóstolo Paulo no livro de Atos (Atos 25; 26). Ele foi o último da dinastia de Herodes, e provavelmente morreu no final do primeiro século.

A história de Herodes o Grande:

Após definirmos a identidade dos principais personagens citados na Bíblia com este nome, podemos conhecer melhor a história do principal deles. Herodes o Grande nasceu em aproximadamente 73 a.C. Ele era filho de Antípatre com uma mulher árabe, e era natural da Iduméia, um território ao sul da Palestina. Essa região havia sido ocupada pelos edomitas e depois foi conquistada pela dinastia dos hasmoneus dos judeus.

Seu pai se tornou influente na Judeia quando Roma passou a controlar toda aquela região. Ele foi nomeado por Júlio César como procurador. Quando Herodes tinha cerca de 26 anos de idade, foi indicado como um tipo de magistrado da Galileia.

Em pouco tempo Herodes ganhou notoriedade ao combater bandidos naquela região. Depois do assassinato de Júlio Cesar, ele contou com o apoio de Antônio. Também nessa época o hasmoneu Antígono foi colocado no trono da Judeia pelos partas.

Esse foi um período difícil para Herodes. Ele não contava com a aprovação dos judeus, principalmente porque Antígono era uma legitimo representante da linhagem hasmoneana. Essa linhagem já governava aquela região desde a Revolta dos Macabeus.

Herodes precisou fugir. Depois ele partiu para Roma em busca de apoio. Foi só então que o senado romano o designou como rei dos judeus. Isso aconteceu especialmente devido a influência de Antônio e Otávio.

O reinado do rei Herodes:

Apesar de ter recebido o título de “rei dos judeus”, Herodes precisou enfrentar três anos de lutas para consolidar sua posição. Depois de cercar Jerusalém com o apoio de tropas romanas, ele conseguiu matar Antígono. Com a morte de Antígono, os judeus nacionalistas perderam as esperanças de independência e o país foi finalmente subjugado.

Até aproximadamente 31 a.C., Herodes tinha uma posição fragilizada. Outra ameaça ao seu reino era Cleópatra, governante do Egito. Ela queria anexar a Judeia ao reino ptolemaico, e para isto exercia certa influência sobre Antônio.

Mas quando Otávio se tornou imperador romano (César Augusto), ele confirmou o reino de Herodes. Augusto ainda acabou por aumentar os limites do governo de Herodes, dando-lhe novos territórios na Galileia.

Apesar de Herodes ter se casado com uma princesa hasmoneana, Mariamne, ele nunca conseguiu superar a reprovação dessa família que o considerava um usurpador do trono. A desconfiança do rei Herodes o fez acabar com os principais membros dos hasmoneus, incluindo sua esposa.

Herodes conseguiu pacificar suas fonteiras segundo o interesse de Roma. Ele reinou por mais de três décadas como fiel aliado do Império Romano.

As construções do rei Herodes:

O rei Herodes também ficou conhecido por suas construções. Ele não apenas construiu em seu próprio território, mas também empreendeu em cidades estrangeiras. Sua principal obra pública, sem dúvida, foi a reconstrução e ampliação do Templo de Jerusalém.

Esse projeto foi iniciado em aproximadamente 20 a.C., e nos dias no ministério de Jesus Cristo ainda não havia sido concluído. Foi esse o Templo mencionado por todo Novo Testamento. Essa obra exigiu milhares de trabalhadores, mas foi motivo de orgulho para os judeus. Os próprios apóstolo de Jesus reconheceram a imponência daquele Templo, mas escutaram do Senhor que ele seria destruído, não ficando pedra sobre pedra (Mateus 24:1,2).

Herodes reedificou Samaria e reestruturou a Torre de Estratão no Mediterrâneo, construindo ali um porto artificial. Ele também reedificou a fortaleza de Antônia e construiu para si um impotente palácio em Jerusalém. Além disso, ele edificou cidades, praças, templos e anfiteatros em diversas regiões do Império.

Na maioria das vezes ele nomeava suas construções com títulos que homenageavam o imperador romano, seus amigos e sua família. Ele era tão comprometido com os empreendimentos culturais de sua época, que chegou até a subsidiar os Jogos Olímpicos.

Apesar de ter reedificado o Templo de Jerusalém, o rei Herodes também construiu vários templos dedicados a Roma e ao imperador. Esse fato mostra que definitivamente ele era um rei pagão.

A tirania do rei Herodes:

Se por um lado o rei Herodes mostrava complacência, por outro lado ele mostra grande crueldade. Ele era capaz de se disfarçar de cidadão comum e se misturar entre o povo. Seu objetivo era conhecer o pensamento popular sobre ele e descobrir possíveis conspirações. Assim ele suprimia o menor sinal de ameaça ao seu governo.

O rei Herodes não poupava nem mesmo seus familiares. Intrigas em sua casa fizeram com que ele executasse esposa e filhos. Toda essa sua natureza desconfiada e sanguinária fica evidente no episódio em que ele decretou a morte das crianças de Belém (Mateus 2:16).

Quando ele soube do nascimento de Jesus, fez de tudo para conseguir matá-lo. Ele não podia tolerar a existência de alguém que ameaçava seu trono. Ele até tentou enganar os magos que vieram do oriente para fazer-lhes contar sobre a localização do Messias. Quando percebeu que na verdade ele é quem havia sido iludido, então ordenou o massacre de todos os meninos com menos de dois anos na região de Belém (Mateus 2).

A morte do rei Herodes:

Os últimos anos de governo do rei Herodes o Grande foi marcado por situações de tirania. Suas decisões absurdas revelavam que ele estava tomado de loucura. Ele chegou até mesmo a ordenar que vários anciãos do povo fossem mortos assim que sua própria morte fosse anunciada. Sua intenção era fazer com houvesse um grande lamento por toda parte. No entanto, essa ordem acabou não sendo atendida por seus herdeiros.

Herodes morreu com aproximadamente 70 anos de idade em 4 a.C. Não se sabe com certeza a natureza de sua doença. Alguns estudiosos sugerem um tipo de doença renal crônica. O fato de ele ter morrido em 4 a.C. e ainda assim ter sido contemporâneo do nascimento de Jesus, se deve ao fato de haver um pequeno erro no calendário cristão. 

O rei Herodes deixou em seu testamento a divisão de seu reino. Herodes Arquelau deveria administrar a Judeia (Mateus 2:22). Antipas, foi designado para ser o governante da Galileia e da Pereia. Já Herodes Filipe herdou os territórios a nordeste (Lucas 3:1).

Arquelau fez um governo tão ruim que foi denunciado pelo povo aos romanos.  Então Roma indicou seu próprio governador. Somente tempos depois, com Herodes Agripa I, a Judéia voltou a ser governada por um membro da dinastia herodiana, mesmo que por um curto período! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA,  NOS ORIENTA,  NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, dezembro 23

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " EUPHORBIA UMBELLATA ( PAX ) BRUYUS. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Euphorbia umbellata (Pax) Bruyns
Família: 
Euphorbiaceae
Sinonímia científica: 
Synadenium grantii Hook.f.
Partes usadas: 
Folha, látex, raiz, caule.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Forbol, bufadienolídeos, ácido gama-aminobutírico, ácidos (behênico, cinâmico, cumárico etc.), ácidos graxos saturados, compostos fenólicos, fitosteróis, triterpenos etc.
Propriedade terapêutica: 
Antioxidante, anticancerígeno, antibacteriana, inseticida, antitumoral.
Indicação terapêutica: 
Verruga, sífilis, problemas cardíacos, menstruação excessiva, dor de garganta, psoríase, impetigo, malária, tosse, doenças cerebrais, câncer.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: African milk bush, African milkbush
  • Espanhol: Carne de perro (Honduras)

Origem, distribuição:
África Tropical, Vale do Zambeze, República do Malawi, Quênia Ocidental e Uganda. Introduzida e naturalizada em muitos países tropicais e subtropicais.

​​Uso popular e medicinal:
Embora considerado muito tóxico, irritante da pele e da membrana mucosa, costuma-se ingerir o látex das folhas aquecidas para expulsar parasitas intestinais e às vezes tênia (solitária). Algumas gotas de látex são aplicadas topicamente em verrugas e feridas para o tratamento de sífilis. O látex serve também para expulsar a placenta retida.

A seiva da folha serve para tratar problemas cardíacos e menstruação excessiva.  

A decocção da folha é ingerida como abortivo. Cinzas da folha são tomadas com água para tratar dor de garganta. Aplicado externamente, a decocção da folha serve no tratamento da psoríase e impetigo.

Folhas pulverizadas são esfregadas em escarificações para tratar a dor nas costas. 

Pinga-se um extrato de raiz ou seiva da haste esmagada em gotas nos ouvidos para tratar a dor de ouvido. Uma preparação da raiz é usada como remédio para malária. O pó de caules secos jovens, misturado com sal e lambido, serve para acalmar a tosse.

Na medicina popular do Brasil o látex é usado para tratar vários tipos de câncer, alergias, doença de Chagas, hemorragia interna, impotência sexual, lepra, obesidade, úlcera nervosa e cólicas menstruais. É comum as pessoas prepararem a tradicional "garrafada" dissolvendo 18 gotas de látex em 1 litro de água e beber a dose recomendada (um copo 3 vezes ao dia).

O agente químico responsável pelo efeito urticante do látex é o ester 4-deoxiforbol. Outros componentes químicos do látex encontrados na literatura são forbol, bufadienolídeos e ácido gama-aminobutírico. Forbol é um composto orgânico da família dos terpenos com propriedade anticancerígena. Compostos bufadienolídeos são investigados clinicamente devido a possível ação antibacteriana, inseticida, preventiva de câncer e antitumoral. Ácido gama-aminobutírico ("gaba" na sigla em inglês) apresenta importante função neuronal: é consumido pelas células nervosas como energia para o metabolismo cerebral. Alguns estudos com "gaba" misturado a outras substâncias apontam que a seiva de janaúba tem aplicabilidade em doenças cerebrais.

Outros princípios ativos encontrados na seiva são ácidos (behênico, cinâmico, cumárico, siríngico), ácidos graxos saturados (eicosanóico, palmítico), compostos fenólicos (ácidos cafeico, protocatecuico), ácido ferúlico (um potente antioxidante fenólico), fitosteróis (sitosterol, campesterol, estigmasterol), triterpenoide (clionasterol), triterpenos (friedelina, glutinol), ácidos orgânicos saturados (oxálico, succínico), flavonoides (epigalocatequina, kaempferol, patuletina, quercetina), astragalina, benzenoides, cardenolideos, isofucosterol, fosfoenolpiruvato, pseudo-taraxasterol, piruvato, triacontana, hentriacontana.

Uma análise recente (2016) mostrou que as frações do látex de E. umbellata têm efeito citotóxico contra três linhagens de diferentes células cancerosas. A fração hexano mostrou elevados efeitos citotóxicos in vitro contra células Jurkat, possivelmente devido a constituintes não polares. Os dois terpenos isolados (euphol e acetato de germanicol) mostraram atividade citotóxica pobre indicando que as propriedades anticâncer do extrato pode ser causada por outras substâncias presentes na fração hexano.

Outros usos:
O látex de caules jovens e as folhas são usadas em tatuagem. 

O extracto de acetona do látex seco apresentou alta atividade moluscicida contra Biomphalaria alexandrina e Bulinus truncatus (caramujos de água doce), e também propriedades acaricidas. Relata-se que em um experimento em Uganda o extrato matou 62% dos carrapatos. O látex apresentou atividade nematicida significativa contra Meloidogyne javanica (nematóide de galha) infectando a planta "girassol" em casa de vegetação. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ECHINODORUS MACROPHYLLUS ( KUNTH ) MICHELI " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli
Família: 
Alismataceae
Sinonímia científica: 
Alisma macrophyllum Kunth
Partes usadas: 
Folha seca
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial, sais minerais, tanino, iodo, saponinas, flavonoides, triterpenos, alcaloides, holosídeos e heterosídeos cardiotônicos.
Propriedade terapêutica: 
Diurético, anti-inflamatório, adstringente, antiarrítmico, antirreumático, imunossupressor, citotóxico.
Indicação terapêutica: 
Aterosclerose, doenças, anti-inflamatória, diurético, antireumatico,antiarrtmico.

Origem, distribuição
Nativa do Brasil e Bolívia. No Brasil distribui-se nos Estados do Paraná, Piauí, Amapá, Amazonas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Descrição:
É uma planta aquática, ocorre em vazantes, beira de rio, campos alagáveis e siltosos, preferindo solos de várzeas ou águas pouco profundas. Porte varia de 0,70 a 1,0 m.

Folha peciolada, oval, de base cordiforme e aguda ou acuminada no ápice, limbo inteiro, de cor verde-escura, comprimento de 20 a 40 cm, largura de 15 a 35 cm na região próxima à base, de superfície rugosa, áspera, pedatinérvia, com 11 a 13 nervuras principais, salientes na página inferior. O nome "chapéu-de-couro" deriva do formato da folha ser parecido com os chapéus usados no nordeste do Brasil.

Pecíolo longo, coriáceo, medindo até 70 cm de comprimento, sulcado longitudinalmente. Flores brancas, hermafroditas, perfeitas, numerosas, dispostas em racimos, alongados.

Uso popular e medicinal:

Chapéu-de-couro tem sido usado principalmente como antirreumático e diurético potente. Vários trabalhos evidenciam as ações desta planta. Foram avaliados os efeitos da folha de extrato etanólico em modelos de inflamação aguda e subcrônica; efeitos toxicológicos em ensaios in vitro e in vivo de um extrato aquoso preparado com as folhas; potência de quatro novos diterpenoides isolados das folhas; e a genotoxicidade e mutagenicidade de um extrato aquoso das folhas.

Outro estudo relata que E. macrophyllus exibe atividades farmacológicas de interesse tais como agente adstringente, diurético, anti-arrítmico, anti-inflamatório e antirreumático no tratamento da aterosclerose, doenças da pele, fígado e trato urinário (litíase, nefrite). Tem efeito imunossupressor (inibe os sintomas ou o surgimento de uma doença) e citotóxico (tóxico à célula, impede o crescimento de um tecido celular).

Em termos de componentes químicos foi relatado a presença de sais minerais, tanino, iodo, saponinas, flavonoides, triterpenos, alcaloides, holosídeos e heterosídeos cardiotônicos, que agem como estimulante do suco biliar no intestino delgado e possibilitam a melhoria da função renal.

O óleo essencial de E. macrophyllus extraído das partes aéreas da planta obteve rendimento de 0,01% a partir de 50 g de material vegetal seco. A análise possibilitou a identificação de 21 componentes, totalizando 70,8% das substâncias identificadas, sendo majoritários o dilapiol (apresenta propriedade inseticida), a 2-tridecanona (substância relacionada com o mecanismo de defesa da espécie frente a ação de predadores e atração de polinizadores) e o óxido de cariofileno (conhecido pelas atividades anti-inflamatória, analgésica e antiúlcera).

 Dosagem indicada.
Diurético leve e anti-inflamatório. Componentes: folhas secas (1 g); água q.s.p. (150 mL). Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Uso interno: acima de 12 anos tomar 150 mL do infuso logo após o preparo, 3 vezes ao dia.

 Advertência. Não deve ser usado por pessoas com deficiência renal e cardíaca. Não utilizar em caso de tratamento anti-hipertensivos." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA "( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE A EPÍSTOLA AOS HEBREUS:

A Epístola aos Hebreus é uma leitura fundamental para todos os cristãos. Nela o autor faz uma rica exposição acerca da superioridade de Cristo. Certamente todos aqueles que almejam crescer cada vez mais no conhecimento da Palavra de Deus deve ler essa carta.

Neste estudo faremos um panorama completo da Epístola aos Hebreus. Falaremos sobre as discussões acerca de sua autoria e conheceremos quem foram seus destinatários. Também entenderemos suas características e propósito.

Quem escreveu a Epístola aos Hebreus?

Um dos principais debates sobre a Epístola aos Hebreus se dá por conta da identidade de seu autor. Desde os primeiros séculos da história da Igreja, teólogos tentam estabelecer quem teria sido o autor da Epístola aos Hebreus.

Sendo bem direto, tudo o que podemos afirmar é que o autor da Epístola aos Hebreus é desconhecido. Apesar disto, sabemos algumas coisas importantes sobre ele:

  • O autor foi um homem. Ele usou a forma masculina de um verbo grego ao escrever sobre si mesmo no capítulo 11 e versículo 32.
  • Era alguém que dominava o grego. Ele era instruído no estilo literário helenístico.
  • Era um profundo conhecedor do Antigo Testamento. Ele usava especialmente da Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento.
  • Ele conhecia pessoalmente seus leitores originais (Hb 13:22-23) e tinha um cuidado pastoral por eles.
  • Ele foi convertido à fé em Cristo por meio do ministério instituído pelos apóstolos. Isso significa que ele não teve contato direto com Jesus (Hb 2:3-4).
  • Ele também conhecia Timóteo pessoalmente (Hb 13:23).

É claro que tentativas para determinar o autor da Epístola aos Hebreus não faltaram. As principais sugestões são:

  • Paulo: a igreja oriental no tempo de Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) e Orígenes (185-253 d.C.) já atribuía a autoria da Epístola aos Hebreus à Paulo. A partir do século 16, essa sugestão foi aceita tanto na igreja oriental como na ocidental. Embora pela tradição antiga essa sugestão seja a mais forte, a Epístola aos Hebreus possui grandes diferenças em sua composição quando comparada as Epístolas Paulinas. João Calvino, em seu Comentário sobre a Epístola aos Hebreus, observou corretamente estas diferenças que englobam o estilo literário, o método de ensino e, principalmente, o fato do próprio autor se incluir entre os discípulos do ministério apostólico. Quando comparamos Hebreus 2:3 com Gálatas 1:1-12, vemos que parece não haver a mínima possibilidade de que o autor tenha sido o apóstolo Paulo. Obviamente a Epístola aos Hebreus possui algumas semelhanças teológicas com os escritos de Paulo. Mas também é verdade que ela possuí muitas afinidades com os escritos de João e os Evangelhos Sinóticos.
  • Apolo: Lutero, no período da Reforma, sugeriu que Apolo poderia ter sido o autor da Epístola aos Hebreus. Apolo era o judeu alexandrino que foi instruído por Áquila e Priscila.
  • Barnabé: na Igreja Ocidental Tertuliano (155-215 d.C.) sugeriu que a autoria de Barnabé. Barnabé foi um grande companheiro do apóstolo Paulo (At 4:36).
  • Priscila: alguns estudiosos modernos começaram a propor a autoria da epístola a Priscila. No entanto, em Hebreus 11:32 fica claro que essa possibilidade não existe.
  • Outros: outros autores foram sugeridos. Entre as sugestões, destacam-se: Lucas, Clemente de Roma (95 d.C), Epafras (Cl 1:7) e Silas (At 15:22-40; 1Pe 5:12).

A verdade é que é bem difícil fazer uma defesa convincente em favor de qualquer um destes nomes. Mas na verdade isso não importa. A identidade do autor de Hebreus pouco acrescentaria ao entendimento da epístola.

Data em que a Epístola aos Hebreus foi Escrita:

Devido ao mistério sobre a identidade do autor dessa epístola, automaticamente existe alguma dificuldade em se determinar uma data exata para sua composição. Mas algumas características presentes em seu texto indicam uma data aproximada.

Aparentemente quando a Epístola aos Hebreus foi escrita, o Templo ainda existia e os rituais eram regularmente realizados (Hb 10:1-11). Sabemos que o Templo foi destruído por volta de 70 d.C. na queda de Jerusalém. Então a data mais provável para a composição dessa epístola é antes desse período.

Isso significa que a Epístola aos Hebreus pode ter sido escrita durante o período de perseguição de Nero aos cristãos (64 d.C.). Se isso for verdade, então o sofrimento mencionado em Hebreus 10:32-34 pode ter sido causado por Cláudio ao dar uma ordem para expulsar os judeus de Roma em 49 d.C. (At 18:2).

Quem foram os destinatários da Epístola aos Hebreus:

Embora o próprio título da epístola já esclareça esse ponto, algumas informações importantes apresentadas na epístola nos ajudam a conhecermos um pouco mais do público para qual ela foi escrita.

Sabemos que os destinatários originais da Epístola aos Hebreus falavam a língua grega e usavam a Septuaginta. Isso fica claro quando percebemos que eles eram capazes de compreender os argumentos construídos com base no Antigo Testamento. Eles também estavam interessados no Templo, no sistema sacrifical e no sacerdócio do Antigo Testamento. Eles tinham ouvido o Evangelho por meio dos apóstolos (Hb 2:3), e não diretamente de Jesus.

Outra característica marcante é que os destinatários de Hebreus haviam passado por muitas dificuldades. No momento em que carta foi escrita eles estavam sofrendo perseguições (Hb 10:32-34; 13:3). Para eles, o martírio pela causa de Cristo era uma possibilidade real (Hb 12:4). Também é possível que eles tenham sido expulsos das instituições judaicas por confessarem Jesus (Hb 13:12-13). Eles também podem ter sidos tentados a retroceder para a incredulidade e para o judaísmo, desistindo de prosseguir rumo ao descanso de Deus (Hb 4:1-11; 10:38-39; 11:10-16; 13:14).

Finalmente, em Hebreus 13:24, temos uma informação muito importante. Os destinatários são saudados por intermédio do autor pelos “da Itália”, numa espécie de saudação enviada para “casa” pelos exilados. Considerando tudo isto, podemos concluir que os destinatários originais eram principalmente os cristãos judeus da dispersão. Esses judeus provavelmente viviam na Itália.

Propósito e características da Epístola aos Hebreus:

Embora a composição de Hebreus se mostre altamente elevada no tocante aos seus interesses teológicos, podemos afirmar, de forma resumida, que o propósito principal da Epístola aos Hebreus é incentivar a fidelidade a Cristo e à sua nova aliança. Nessa epístola Cristo é apresentado como sendo o novo, último e superior Sumo Sacerdote.

O autor da epístola faz uma construção argumentativa minuciosa indicando que Jesus é o cumprimento do Templo, dos sacrifícios e do sacerdócio que haviam sido estabelecidos na Lei. Isso também revela de maneira clara que todo esse sistema era temporário.

A Epístola aos Hebreus é uma obra primorosa. Podemos se referir a ela como um sermão expositivo na forma escrita. Não sabemos quem foi o autor dessa epístola, mas certamente sabemos que ele foi um exímio expositor das Escrituras.

Pelas características da epístola, podemos perceber que ele era um grande pregador do Evangelho. Particularmente, arrisco-me a dizer que o autor da Epístola Hebreus foi um dos maiores pregadores da história da Igreja. A construção de seu sermão revela alguém que possuía muita habilidade. Ele mesmo, o autor, refere-se ao seu trabalho como uma “palavra de exortação” (Hb 13:22), e isso fica evidente, pois a exortação e o encorajamento estão no centro do propósito da carta (Hb 3:13; 6:17-20; 10:25; 12:5-6).

Em resumo, pode-se dizer que a Epístola aos Hebreus ressalta que Cristo é superior aos anjos, a Moisés, a casa de Arão e ao sacerdócio do Antigo Testamento. Também mostra que o próprio Antigo Testamento admite o caráter temporário dessas estruturas, de modo que a Nova Aliança não é de maneira alguma contrária à Antiga Aliança. Isso significa que recuar ao sistema temporário é voltar para algo inferior, desprezando a concretização da promessa já revelada em Cristo. Por fim, o autor faz um convite à perseverança até o fim em fidelidade a Cristo.

Esboço da Epístola aos Hebreus:

  1. Cristo é superior aos anjos (1:1-2:18)
  2. Cristo é superior a Moisés (3:1-4:13)
  3. Cristo é superior a Arão (4:14-7:28)
  4. Cristo é superior ao ministério sacerdotal (8:1-10:18)
  5. Chamado a perseverar na fé (10:19-12:29)
  6. Conclusão (13:1-25) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?