quinta-feira, setembro 14

O QUE É HISTÓLOGIA VEGETAL?

A histologia vegetal é a ciência que estuda os tecidos dos vegetais.

Compreende o estudo das características, organização, estrutura e funções dos tecidos vegetais.

Tecido é o conjunto de células morfologicamente idênticas que desempenham a mesma função.

As plantas podem apresentar duas formas de crescimento: o primário, que corresponde ao crescimento em altura e o secundário, o crescimento em espessura. Existem plantas que apresentam apenas o crescimento primário, como algumas monocotiledôneas.

O crescimento das plantas está relacionado com a formação de tecidos vegetais. Para isso, é preciso que ocorra o processo de diferenciação celular.

Nas plantas, as células que se diferenciam para originar tecidos são chamadas de meristemáticas.

As células meristemáticas são indiferenciadas, sofrem sucessivas mitoses, acumulam-se e posteriormente, diferenciam-se em tecidos.

Os tecidos vegetais são divididos em: Tecidos meristemáticos ou de formação e Tecidos adultos ou permanentes, com funções específicas.

Tecidos Meristemáticos
As células meristemáticas formam o tecido meristemático ou meristemas, presentes nas partes das plantas em que ocorre crescimento por multiplicação celular.

Os meristemas são responsáveis pelo crescimento do vegetal e formação dos tecidos permanentes.

O tecido meristemático pode ser do tipo primário ou secundário.

Tecido Meristemático Primário
O tecido meristemático primário promove o crescimento em altura da planta. É abundante nas gemas apicais, da raiz e do caule, e nas gemas laterais do caule.

Os tecidos meristemáticos primários são: a protoderme, o procâmbio e o meristema fundamental.

A protoderme é o tecido que reveste externamente o embrião e dará origem a epiderme, o primeiro tecido de revestimento da planta.

O procâmbio dará origem aos tecidos vasculares, xilema e floema primários.

O meristema fundamental se forma logo abaixo da protoderme e dará origem ao córtex, constituído pelo parênquima e os tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima.

Meristema Apical
Meristema apical recoberto pela coifa. Na região mais externa encontramos a protoderme e na mediana, o meristema fundamental.

Tecido Meristemático Secundário
O tecido meristemático secundário promove o crescimento em espessura da planta (crescimento secundário).

Os tecidos meristemáticos secundários são: o câmbio e o felogênio.

O câmbio origina o xilema e floema secundários.

O felogênio origina o súber e a feloderme.

Você deve sempre lembrar que os tecidos meristemáticos primários, originam tecidos primários. Enquanto que os tecidos meristemáticos secundários, originam tecidos secundários.

Tecidos Adultos
Os tecidos adultos ou permanentes são diferenciados e classificam-se conforme a função que desempenham. Nesse caso, podem ser de revestimento, preenchimento, sustentação e condução.

Tecidos de Revestimento
As plantas apresentam os tecidos de revestimento para a proteção de folhas, raízes e caules.

Os tecidos de revestimento são a epiderme e a periderme (súber, felogênio e feloderme).

A epiderme é constituída por uma camada de células vivas intimamente ligadas e clorofiladas. Nas folhas, as células da epiderme secretam a substância cutina, que forma uma cutícula de lipídios e impede a perda de água excessiva por transpiração.

A epiderme pode apresentar alguns tipos de anexos:

Estômatos: permite a troca gasosa com o ambiente durante a fotossíntese e respiração.
Hidatódios: estruturas localizadas nas bordas das folhas que eliminam o excesso de água da planta.
Tricomas: presentes em plantas xerófitas, reduzem a perda de água pelos estômatos, quando se abrem para realizar as trocas gasosas.
Pêlos absorventes: encontrados na zona pilífera da raiz, auxiliam na absorção de água e sais minerais.​​​​
Acúleos: estruturas pontiagudas e rígidas, muitas vezes confundidas com espinhos, que conferem proteção à planta.
A periderme é um tecido vivo. Representa o revestimento das raízes com crescimento secundário. É constituída pelos tecidos dérmicos súber, felogênio e feloderme.

Entre as estruturas da periderme estão: as lenticelas e o ritidoma. As lenticelas são aberturas na periderme que permitem a circulação do ar. Os ritidomas constituem as camadas mais superficiais da periderme, que quando morta, se destaca do caule da planta.

Tecidos de Preenchimento
São tecidos formados por células que preenchem os espaços entre os tecidos de revestimento e os tecidos condutores.

Os tecidos de preenchimento são representados pelos parênquimas, encontrados em todos os órgãos da planta.

O parênquima é formado por células vivas com grande capacidade de diferenciação e podem ter variados tipos:

Parênquima de Preenchimento: realiza o preenchimento entre os tecidos. Exemplo: Córtex e medula do caule.

Parênquima Clorofiliano: auxilia no processo de fotossíntese. É encontrado nas folhas e pode ser de dois tipos, o paliçádico e o esponjoso.

Parênquima de Reserva: armazena substâncias, como amido, óleos e proteínas.

De acordo, com a substância armazenada, têm-se denominações diferenciadas:

Quando armazena amido, chama-se parênquima amilífero. Exemplo: tubérculos, como a batata.

Quando armazena água, chama-se parênquima aquífero. Esse tecido é comum em plantas xerófitas.

Quando armazena ar, chama-se parênquima aerífero. Um exemplo são as plantas aquáticas. É o parênquima aerífero que permite que essas plantas possam flutuar.

Localização dos tecidos vegetais
Localização do parênquima, procâmbio e epiderme

Tecidos de Sustentação
Originados do meristema fundamental, esses tecidos são encontrados nas folhas, frutos, caule e raiz.

Os tecidos de sustentação são o colênquima e o esclerênquima.

O colênquima é constituído por células vivas, alongadas e ricas em celulose. Estão presentes nas partes mais jovens das plantas, logo abaixo da epiderme. Confere flexibilidade aos órgãos vegetais.

Colênquima
Colênquima na região colorida de azul:

O esclerênquima é constituído por células mortas, lignificadas e alongadas. Estão presentes nas partes mais antigas das plantas.

Tecidos de Condução
Os tecidos condutores são responsáveis pelo transporte e distribuição de água e substâncias pelo corpo da planta.

Os tecidos condutores são o xilema e o floema.

O xilema e floema podem ser primários ou secundários. Os primários originam-se do procâmbio e os secundários do câmbio vascular.

O xilema, também chamado de lenho, é constituído por células mortas e com parede celular reforçada por lignina. Esse tecido é responsável por conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) das raízes até as folhas. Suas principais células são as traqueides e os elementos do vaso.

O floema, também chamado de liber, é constituído por células vivas. O floema transporta a seiva elaborada (matéria orgânica) das folhas até o caule e raízes. Suas principais células são os tubos crivados e as células companheiras.

terça-feira, setembro 12

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA FIBROMIALGIA? TRATAMENTO E O LADO EMOCIONAL:

Neste artigo irei falar de uma dor conhecida por “andar” pelo nosso corpo: a Fibromialgia. Uma hora ela está aqui, outra hora está ali, mas nunca acaba. Você vai no médico, faz exame, e os resultados não apontam nada, apesar de você continuar sentindo. Se você se encaixa ou conhece alguém nessa descrição, é possível que seja Fibromialgia mesmo. 

Fibromialgia em números:

Hoje nosso tema é dolorido: fibromialgia. Mas antes de entendermos mais a fundo sobre essa síndrome, veja abaixo alguns dados para compreender a dimensão do impacto da Fibromialgia na população brasileira:

37% dos brasileiros vive com algum tipo de dor crônica2,5% dos brasileiros tem fibromialgia10% dos brasileiros que se consultam com reumatologista tem fibromialgia90% das pessoas com fibromialgia são mulheresA maioria dos casos são entre os 35 e 55 anos50% dos fibromiálgicos apresentam também depressão

O que é a Fibromialgia?

A Fibromialgia também é conhecida como Síndrome de Fibromialgia, Síndrome de Joanina Dognini e, popularmente, como Fibro.

Trata-se da sensação constante de dores musculares generalizadas pelo corpo inteiro, sem causa aparente. Além de dor, são relatadas sensações de fraqueza, sensibilidade e alterações de humor decorrentes do estresse e dor crônicas.

Hoje, há o CID 10 M79.7 para caracterizar a síndrome. Ela é tão dolorosa que existe até projeto de lei no Brasil para incluir o paciente que sofre de Fibromialgia como PCD (Pessoa com deficiência) .

É uma síndrome complexa, caracterizada por uma dor crônica de origem desconhecida, que atinge músculos, tendões e articulações de todo o corpo. Ela pode durar alguns anos ou a vida inteira. É uma condição comum, ficando atrás apenas da artrite, quando se trata de doenças musculoesqueléticas. Apesar disso, geralmente é mal diagnosticada e mal entendida, devido à sua complexidade.

Durante muito tempo, os pacientes com fibromialgia visitavam médicos de várias especialidades e faziam diversos exames mas nunca encontravam nada, pois não há lesão nem inflamação no corpo. Eles chegavam até a pensar que a dor vinha da imaginação, então procuravam psicólogos para “consertar a mente”.

Com o passar do tempo, estudos começaram a apontar que a fibromialgia, na verdade, está ligada à forma exagerada que o cérebro recebe os estímulos de pressão e processa a dor. Sendo assim, um simples abraço, um aperto de mão, ou qualquer pressão um pouquinho mais intensa já desencadeia uma dor intensa.

Hoje em dia já existem exames específicos feitos em estudos de neurociência que conseguem mostrar imagens dos cérebros de pessoas com e sem fibromialgia, concluindo que o fibromiálgico tem mais neurotransmissores de dor que o normal.

O que ainda não foi descoberto é a razão da maiorias das pessoas com fibromialgia serem do sexo feminino (a cada 10 pacientes, de 7 a 9 são mulheres). O que se sabe é que não parece haver uma relação com hormônios, pois a doença pode ocorrer em qualquer idade, até em crianças.

Para resumir, a Fibromialgia é caracterizada por:Dor difusa em músculos, tendões e articulaçõesNão há causa aparente para a dor O sexo feminino é o mais atingidoÉ uma síndrome complexa e crônica Dura anos ou a vida inteira Não há cura, embora exista tratamento.

Sintomas da Fibromialgia:

Há diversos sintomas que podem aparecer nas pessoas com fibromialgia, mas o principal é a dor generalizada espalhada pelo corpo todo e articulações.

É uma dor intensa, com duração de pelo menos 3 meses. A pessoa normalmente não se lembra quando começou, nem se começou em algum local específico ou se já começou no corpo todo. Ela costuma ficar pior no final do dia, por conta da rotina puxada, mas pode aparecer de manhã também. Como a dor aparece aos poucos, o paciente começa a ficar habituado à ela, sem ficar demonstrando aos outros o que está sentindo.

Outros sintomas que podem aparecer na fibromialgia são:

Grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura: muitos pacientes não toleram ser agarrados ou abraçados; Sono não reparador: essa condição afeta 95% dos pacientes e faz com que a pessoa tenha um sono superficial ou interrompido. Sem o sono profundo, o corpo não descansa e a pessoa acorda já cansada, mesmo que tenha dormido por bastante tempo. Isso faz aumentar a fadiga, a contração muscular e a dor; Distúrbios do sono: como a síndrome das pernas inquietas (desconforto grande nas pernas que faz com que a pessoa queira esticá-las e andar) ou apneia (parar de respirar durante o sono); Cansaço e fadiga constante: sintoma que vai além da fadiga causada por sono não reparador. Os fibromiálgicos apresentam tolerância baixa a exercícios, o que pode dificultar o tratamento; Alterações cognitivas: dificuldade de atenção e concentração, falta de memória, raciocínio lento e problemas de linguagem. Isso acontece porque o cérebro tem que ficar lidando com a dor constante, então acaba prejudicando outras de suas tarefas; Sensibilidade diversa: como a fibromialgia ocorre devido à amplificação da dor no sistema nervoso central, outros estímulos acabam sendo amplificados também. Por exemplo: incômodos gastrointestinais (ocorridos em 60% dos pacientes), dores de cabeça, bexiga sensível, Síndrome de Raynaud (alteração da cor das mãos e pés quando em situações de frio ou estresse) e sensibilidade a barulhos altos e cheiros fortes;Isolamento e falta de prazer nas coisas que gostava antes: isso ocorre por conta da dor constante, que ocupa toda a mente da pessoa fibromiálgica  ;Inchaço: a fibromialgia em si não causa inchaço, mas ele pode ocorrer devido à contrações musculares por causa da dor; Depressão e ansiedade: metade das pessoas com fibromialgia apresentam depressão e essa condição piora o sono, diminui a disposição para fazer exercícios, aumenta a fadiga e a sensibilidade do corpo.Fibromialgia, Diagnóstico:

Se você tem dúvida de como é feito o diagnóstico de uma síndrome tão complexa, vamos explicar com detalhes a história do diagnóstico de Fibromialgia.

Até os anos 90, a fibromialgia era diagnosticada a partir de um exame físico desenvolvido por 20 reumatologistas para testar a sensibilidade dos pacientes. Nesse exame, o médico deveria pressionar 18 pontos do corpo do paciente e, se ele apresentar dor em mais de 11 pontos, teria o diagnóstico de fibromialgia.

Hoje em dia, alguns médicos reumatologistas ainda fazem isso, mas também levam em consideração o relato do paciente sobre os outros sintomas, mesmo que a pessoa não tenha dor em muitos pontos.

Exames são pedidos apenas para avaliar as condições gerais do paciente e descartar hipóteses de outras doenças que podem ter sintomas parecidos, como artrite reumatóide, polimialgia reumática, espondilites, hipotireoidismo e mieloma múltiplo.

É possível ver a reação exagerada do cérebro em um exame chamado Ressonância Magnética Funcional, mas ele é muito caro, trabalhoso e precisa de profissionais muito especializados e experientes para realizá-lo corretamente. Por isso, esse exame acaba sendo utilizado apenas em estudos.

Causas da Fibromialgia:

Ainda não se sabe exatamente se há uma causa da fibromialgia, mas existem alguns fatores em comum em alguns pacientes:

Fator genético: a fibromialgia é recorrente em pessoas da mesma família, por isso, caso exista algum caso na família, é bom prestar atenção;Traumas psicológicos e estresse: problemas como traumas na infância, perdas, términos de relacionamentos, problemas profissionais e em casa;Traumas físicos: acidentes de carro, principalmente os que afetam a região do pescoço; Distúrbios psicológicos: depressão e ansiedade são comuns nos pacientes fibromiálgicos, podendo desencadear a doença ou ser uma consequência dela;Menos fibras nervosas: os pacientes com fibromialgia apresentam menor densidade de fibras nervosas na pele;Infecções: a fibromialgia pode aparecer logo após infecções bacterianas ou virais.Fibromialgia e o estigma de gênero

Como a maioria das pessoas com fibromialgia são do sexo feminino, a doença foi transformada em uma característica do gênero, tachando as pacientes de dramáticas, que estão com TPM ou imaginando a dor. Mas essa síndrome não é drama de mulher!

Por conta desse preconceito, várias gerações de mulheres passaram a vida com dor, sem diagnóstico e em silêncio. Dessa forma, a depressão causada pela doença se agrava, piorando a dor no corpo e formando um ciclo onde um sintoma piora o outro.

Pesquisas ainda estão sendo feitas para descobrir por que o sexo feminino tem mais fibromialgia, mas não há nada confirmado ainda. Há a possibilidade da doença estar ligada à serotonina, que é um neurotransmissor que influencia o sono, o ritmo cardíaco, a produção de hormônios, o processamento da dor e outras funções fisiológicas importantes.

Existe ainda a possiblidade de pessoas do sexo masculino desenvolverem fibromialgia, embora sejam 10% do total de pacientes com diagnóstico. Esses pacientes também merecem um diagnóstico preciso e cuidados adequados, por mais que representem uma taxa menor do que pacientes do sexo feminino. Se você se identifica com os sintomas, aborde a possibilidade com médicos de sua confiança para mais investigações.

Fibromialgia e Depressão:

As duas doenças se agravam como se fosse um ciclo, no qual a fibromialgia é causada ou desencadeia a depressão, que por sua vez, piora os sintomas da fibromialgia.

O mal estar generalizado e dores crônicas causam anormalidades no sistema nervoso, alterando a forma como os pacientes lidam com o estresse. Então os pacientes começam a se isolar, ter picos de ansiedade, sentir falta de energia e ter sentimentos de culpa, piorando a depressão. Afinal, pacientes também se isolam por não receberem empatia e compreensão de outras pessoas (seja família, amigos ou colegas e chefes no trabalho), além da possibilidade dos ambientes não serem confortáveis para tais pacientes devido a falta de lugar para sentar, estresse por barulho, multidões...

Quando o fibromiálgico tem depressão, ele passa por mais dificuldades no tratamento, pois é preciso tratar as duas doenças juntas. 

Tratamento da Fibromialgia:

A fibromialgia não tem cura, mas não oferece risco de vida e seus sintomas podem ser controlados de forma que a pessoa possa ter uma vida normal e ativa. Em alguns casos, os sintomas diminuem a ponto de praticamente desaparecer, mas em outros, é necessário fazer um controle por toda a vida. Entender isso é fundamental para que o paciente leve o tratamento da melhor forma possível.

Por isso, não desanime! Você merece qualidade de vida.

Há medidas que podem ser adotadas pela própria pessoa no dia a dia, que controlam a maior parte dos sintomas, como:

Atividades físicas: a prática regular de atividades físicas é a melhor forma de controlar as dores da fibromialgia. Podem ser atividades tanto aeróbicas quanto as anaeróbicas, como fisioterapia, pilates, caminhada, alongamento, natação, musculação e até uma corrida leve. A dor diminui porque os exercícios liberam endorfina, melhorando o fluxo do sangue e trazendo um relaxamento corporal. Além disso, os exercícios vão melhorar o humor, a qualidade de vida, a depressão, a ansiedade, o sono e a fadiga;

Alimentação saudável: os alimentos ajudam na fibromialgia de acordo com as substâncias presentes neles, como triptofano e melatonina. Confira abaixo uma listagem que podem serem recomendados.

Alimentos ricos em triptofano: arroz integral, mel, carnes magras, iogurte desnatado, queijos brancos, leguminosas, nozes, damasco, açaí, banana.Alimentos ricos em melatonina: amendoim, aveia, cereja, vinho.Alimentos antioxidantes: frutas como açai, goji berry, maçã; verduras, chá verde, cúrcuma, cacau.Alimentos que atuam na redução do estresse/cortisol: abacate.Suplementos coadjuvantes: ômega 3, óleo de prímula, resveratrol, coenzima Q10 e complexo B.Também é bom diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados, açúcar, gordura, cafeína e corante.

Bons hábitos para controle de estresse: praticar meditação ou participar de algum grupo de apoio pode ajudar a pessoa a compreender e lidar com a doença, conseguindo apoio e autoconhecimento.

Com relação ao tratamento com profissionais da saúde, o ideal é fazer um tratamento multifuncional, pois cada profissional vai ser responsável por uma parte dos sintomas, podendo englobar:

Reumatologista: que geralmente dá o diagnóstico e poderá indicar, caso seja necessário, algum analgésico ou relaxante muscular.

Psicólogo: que vai ajudar a tratar a depressão do paciente perante a fibromialgia. A terapia cognitivo comportamental é uma das formas de abordar a fibromialgia, pois leva em conta a forma como o paciente reage aos acontecimentos do dia a dia. Ela ajuda o paciente a compreender e interpretar melhor suas atitudes e sentimentos frente à doença, para poder enfrentá-la de forma eficiente.

Psiquiatra: também vai ajudar na parte da depressão, dependendo do caso, com indicação de algum antidepressivo ou neuromodulador, que vão agir nos neurotransmissores da dor. Também pode ser indicado medicamentos para melhorar o sono, já que as pessoas com fibromialgia tem dificuldade para dormir bem.

Fisioterapeuta: vai analisar e auxiliar o paciente para que faça exercícios corretos em cada caso, para que os exercícios possam ajudar e não correr o risco de causar alguma lesão.

Terapeutas diversos: diversos terapeutas podem complementar o tratamento com acupuntura, massagens, florais e yoga. 

Fitoterapia na Fibromialgia:

A natureza disponibiliza diversas plantas com várias ações que podem auxiliar nos sintomas da fibromialgia.

Plantas com ação anti-inflamatória (que vão ajudar a controlar as dores e inflamações causadas pela doença):

Unha de gato, Ipê roxo, Canela de velho, Erva baleeira, Arnica Montana, Dilênia, Garra do Diabo.

Plantas com ação adaptógena (que vão dar mais disposição para o paciente, diminuindo a fadiga)

Rhodiola rosea, Aswaganda, Ginseng coreano.

Plantas com ação calmante (que vão dar uma noite de sono melhor, amenizar o estresse e ansiedade)

Hipérico, Kawa, Mulungu, Valeriana.

Portanto, continue se cuidando! E se você ainda não começou a se cuidar, porém se identifica com as informações abordadas ao longo do texto, não esqueça de buscar orientações dos profissionais de saúde para melhorar sua qualidade de vida. " NÃO USE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A SAÚDE É UM EQUILÍBRIO, NÃO UM DESTINO. APESAR DE TODOS OS SEUS ABORRECIMENTOS, A DOENÇA PODE REALMENTE NOS ENSINAR ALGO VALIOSO, SOBRE AUTOCOMPAIXÃO, EXPECTATIVAS E A BUSCA DO VERDADEIRO BEM- ESTAR ).

sexta-feira, setembro 8

COMO AS TERÁPIAS INTEGRATIVAS PODEM AJUDAR NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO?

O "Setembro Amarelo" é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio e a importância da saúde mental. A campanha foi criada no Brasil em 2015, mas desde então ganhou reconhecimento internacional e é celebrada em vários países ao redor do mundo. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

O amarelo é a cor escolhida para simbolizar a campanha, pois representa a esperança e a vida, dois elementos fundamentais na prevenção do suicídio. O objetivo do Setembro Amarelo é aumentar a conscientização sobre os problemas relacionados à saúde mental, reduzir o estigma em torno das doenças mentais e promover o diálogo aberto sobre temas como depressão, ansiedade, transtornos de humor e suicídio.

A depressão desempenha um papel significativo na campanha do Setembro Amarelo, pois é uma das principais condições de saúde mental associadas ao risco de suicídio.

É crucial lembrar que a depressão é uma condição médica tratável, e as pessoas que sofrem com ela não estão sozinhas. A campanha Setembro Amarelo desempenha um papel vital na quebra do silêncio em torno da saúde mental e no apoio àqueles que estão enfrentando a depressão, incentivando-os a procurar ajuda e esperança. 

AS TERAPIAS INTEGRATIVAS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO:

As terapias integrativas, também conhecidas como terapias complementares, podem ser benéficas como parte de um plano de tratamento abrangente para a depressão. É importante ressaltar que essas terapias não devem substituir o tratamento médico tradicional, mas podem ser usadas como complemento para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar mental. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as terapias integrativas podem ajudar em casos de depressão:

Redução do estresse: Muitas terapias integrativas, como a meditação, o mindfulness, a acupuntura e a ioga, podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, que são frequentemente associados à depressão. A redução do estresse pode melhorar o humor e a capacidade de enfrentar os sintomas da depressão.

Promoção da autorreflexão: Terapias como a psicoterapia holística, a terapia artística e a escrita terapêutica podem incentivar a autorreflexão e a expressão emocional. Isso pode ajudar os interagentes a compreenderem melhor seus sentimentos e pensamentos, o que é importante no tratamento da depressão.

Equilíbrio energético: Terapias como a cromoterapia, acupuntura e a medicina tradicional chinesa se baseiam na ideia de equilibrar a energia vital do corpo, conhecida como "qi" ou "chi". Essas terapias podem ajudar a melhorar a circulação de energia e aliviar sintomas como fadiga, falta de energia e desequilíbrios emocionais associados à depressão.

Promoção da conexão social: Participar de terapias de grupo, como a dança terapêutica ou grupos de apoio baseados em terapias integrativas, pode ajudar as pessoas com depressão a se conectarem socialmente e a se sentirem menos isoladas.

Abordagem holística: Terapias integrativas como Florais de Bach, Aromaterapia, Naturopatia e Terapia Bioortomolecular abordam a pessoa como um todo, levando em consideração os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais da saúde. Isso pode ser benéfico, pois a depressão muitas vezes afeta múltiplos aspectos da vida de alguém.

Melhora da qualidade de vida: Mesmo que as terapias integrativas não sejam um tratamento direto para a depressão, elas podem melhorar a qualidade de vida, aliviando sintomas como dor crônica, insônia e estresse, que muitas vezes acompanham a depressão.

Complemento ao tratamento convencional: As terapias integrativas podem ser usadas em conjunto com tratamentos médicos tradicionais, como terapia cognitivo-comportamental e medicamentos antidepressivos. Essa abordagem integrativa pode fornecer um suporte mais amplo para o tratamento da depressão.

A FITOTERAPIA COMO COMPLEMENTO NO TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO:

As causas da depressão são diversas e podem estar relacionadas ao estilo de vida, traumas, confusões mentais ou acontecimentos como a perda do emprego, dificuldades financeiras, perda de entes queridos, entre outros.  A boa notícia é que existe um grande número de ervas que podem ser utilizadas.
Alcaçuz: possui compostos chamados de monoamina oxidase (MAO), responsáveis pelas propriedades antidepressivas da planta. Sua forma de extrato é segura para o consumo moderado. ⠀
Erva-de-São-João: estudos comprovam que o uso de um dos seus compostos ativos - a hipericina - resultam em melhoras significativa desses sintomas, além de apresentar menos efeitos colaterais que os medicamentos controlados e melhorar a qualidade do sono. Pode ser consumida por infusão.
Gengibre: esta raiz também é muito usada para casos de ansiedade e depressão, por apresentar efeitos tônicos, ou seja, melhora as funções do organismo.⠀

Ginkgo Biloba: pode ajudar a tratar a depressão em idosos, que sofrem redução do fluxo sanguíneo para o cérebro.⠀
Não esqueça que é preciso saber manipular corretamente essas ervas para que o resultado seja satisfatório. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA "( A DOENÇA É UM EQUILÍBRIO, NÃO UM DESTINO. APESAR DE TODOS OS SEUS ABORRECIMENTOS, A DOENÇA PODE REALMENTE NOS ENSINAR ALGO VALIOSO, SOBRE AUTOCOMPAIXÃO, EXPECTATIVAS E A BUSCA DO VERDADEIRO BEM- ESTAR ).

quarta-feira, setembro 6

SUICÍDIO: QUAL O SIGNIFICADO PARA PSICANÁLISE?

Para a Psicanálise, o suicídio é uma atuação. Ele surge quando acontece uma “fenda", uma desarticulação entre o pensamento e o ato. A intenção quer, por via do ato, evitar a dor psíquica. Ele resulta de uma luta constante entre a vida e a morte, em que a última acaba prevalecendo. Ele é também um “paradoxo”. Não é morrer que a pessoa quer, ela não quer é mais viver. Não quer a morte, o que deseja é livrar-se do sofrimento.

O desejo de morrer tem um significado distinto para cada ser humano que tenta o suicídio. As mortes trazem consigo construções ao longo da vida. Muitas vezes, a pessoa está reeditando situações e afetos que vivenciara na infância. Ela revive traumas, sentimentos de rejeição, insegurança e abandono. Percebe-se nestes indivíduos a existência de uma vulnerabilidade psíquica. Algumas pessoas estão mais vulneráveis a cometer suicídio do que outras. A depressão e a melancolia são destacadas entre as doenças vulneráveis.

Em uma constituição psíquica melancólica, a pessoa está constantemente flertando com a morte. Freud, em seu trabalho “Luto e melancolia” (1917/1986), descreve a melancolia como a incapacidade de realizar o luto. Tomando a melancolia como ponto de partida para uma possível compreensão do suicídio, Freud aponta a renúncia à autopreservação, o desapego à vida, a incapacidade de amar, a diminuição da autoestima e a expectativa de autopunição que levariam ao desinvestimento no desejo de viver.

É importante destacar que as hipóteses freudianas a respeito do suicídio, pautadas na melancolia, têm, como pano de fundo, a predominância da pulsão de morte. Outros autores psicanalíticos veem a morte como um parto ao contrário, no qual se deseja o reencontro simbiótico com a mãe, vivido na infância, em uma espécie de útero.

Os suicídios podem acontecer também em um contexto em que não há lugar para a tristeza e para a dor, em que não é permitido errar e falhar, no qual as pessoas sentem-se incapazes de atender a essa demanda. Outras vezes, há um desprezo pela vida, uma vida que não foi possível ser investida, um ressentimento ao ver-se não reconhecido entre seus iguais. Sente-se fracassado, com um sentimento de que não vale a pena viver se não puder ser visto.

Torna-se importante ressaltar que, na tentativa de suicídio, a pessoa está tentando desesperadamente comunicar seu sofrimento da melhor forma que pode; ela pede socorro de alguma maneira. Não é um ato para “chamar a atenção” e, sim, para “clamar atenção”. Reduzi-lo a “chamar a atenção” é minimizar a dor, não lhe creditando valor. Enfim, o suicídio é a resposta do indivíduo a um estado de dor insuportável, no qual não há possibilidade de elaboração ou simbolização dessa dor. A única forma de cessar o sofrimento é cessando a vida. Ele é, em última instancia, um questionamento radical a respeito do sentido de viver.

No entanto, a perda das ilusões precisa dar lugar a esperança. A escuta psicanalítica pode vir a promover, diante do risco inerente aos atos autodestrutivos, a construção de alternativas para o enfrentamento da dor psíquica e do sofrimento. A análise traz a possibilidade de boas experiências com seus pares. Um analista provedor de um continente, onde existe uma parceria para a construção de um espaço-mente, para pensar os pensamentos. Utilizando as ideias de Bion: “Ampliando continente-mente por meio da atividade investigativa, introduzindo dúvidas nas certezas, utilizando um filtro para suas produções agressivo-violentas, de forma que seja possível albergar outros conteúdos diferentes de destruição, violência e desamor”.

Prevenção do Suicídio:

O suicídio se trata de uma importante questão de saúde pública no mundo. De acordo com a OMS, o suicídio é a segunda causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, principalmente em países de baixa renda. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio, todos os anos, no mundo. Um suicídio ocorre a cada 40 segundos, nos dados da OMS. O Brasil é o 8º país do mundo com números de suicídios confirmados. É a quarta maior causa de mortes entre jovens da mesma faixa etária. A cada 46 minutos, um suicídio. Embora nem todos os suicídios possam ser prevenidos, em 90% dos casos, podem ser evitados.

O suicídio é um tema complexo que leva muitos profissionais da saúde a refletirem sobre o que leva uma pessoa a tirar a própria vida e para o qual não existe uma única razão. Ele resulta da interação de vários fatores: biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, psiquiátricos, culturais e ambientais. Portanto, sua prevenção e controle não é uma tarefa fácil. Nem todo indivíduo acometido por um grande sofrimento pode ser auxiliado. No entanto, existem algumas ações e medidas que podem prevenir o suicídio.

Um passo importante nessa prevenção é poder identificar, abordar e manejar a ideação suicida. A maioria dá indícios e avisos de sua intenção, que não devem ser ignorados. A pessoa, de alguma maneira, pede ajuda por meio de sinais verbais e não verbais. É preciso estar atento a eles. Existem alguns sentimentos que denunciam esses sinais: culpa, desesperança, desamparo, desespero e depressão. A relação entre suicídio e depressão é estreita. Depressão é o diagnóstico mais comum observado nos suicídios. Sendo assim, torna-se fundamental dispensar o maior tempo possível para ouvir essas pessoas, efetivamente, em local apropriado, onde haja privacidade e sigilo. Ouvi-las com afeição, respeito e não julgamento. Com empatia, atenção e interesse, não diminuindo a importância dos seus sentimentos.

É essencial observar sentimentos de inferioridade, insegurança e autodesvalorização. Investigar se a pessoa se isola, apresenta dificuldades de relacionamento social e familiar e se apresenta também dificuldades para comer e dormir. Considerar com atenção, sentimentos e pensamentos em pessoas que possuem doenças crônicas. Observar se a pessoa faz uso de álcool e drogas com frequência. Esses comportamentos aumentam o risco de suicídio.

É necessário reduzir o máximo possível o acesso a métodos e formas de cometer suicídios como remédios controlados, pesticidas, armas de fogo e utensílios para este fim. É importante, também, permanecer o maior tempo possível ao lado da pessoa com intenção suicida, além de conversar com a família e amigos sobre essas intenções. Portanto, levar a sério uma ameaça de suicídio é sempre muito importante. Cria-se uma possibilidade de que essa pessoa sinta-se vista e ouvida. Sendo ouvida, é possível criar a condição de começar a se entender, ter consciência da sua impulsividade e agressividade e assim poder se permitir fazer escolhas que a protejam de si mesma, além de gerar a esperança de assimilar e elaborar seu sofrimento.

Podemos Concluir que diante da ideação suicida, é fundamental procurar ajuda de profissionais da saúde como psicólogos, psicanalistas, psiquiatras.

terça-feira, setembro 5

OS OBSTÁCULOS NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO O QUE DIZ A PSICANÁLISE:

Antonio sergio/ psicanalista 
O psicanalista não trabalha com o tempo cronológico. Não é que o tempo decorrido de um relógio, dos meses e dos anos não importe, mas sim que os efeitos do tempo lógico, aquele que é singular, subjetivo, imperam.

A constituição do sujeito, sujeito de desejo, castrado, acontece permeando os tempos lógicos, os três tempos do Complexo de Édipo lacaniano.

Entretanto, pode haver dificuldades nesses tempos, questões que podem dificultar o atravessamento desse momento e implicar em questões nessa estruturação. 

Na delicada e sensível clínica dos tempos de constituição do sujeito, é necessário um olhar atento para fazer cortes.

SAIS DE SCHUSSLER O QUE É? COMO USAR?

O Dr. Samuel Hahnemann, pai da Homeopatia, descobriu experimentalmente junto com outros homeopatas, a utilidade dos sais inorgânicos para a recuperação da saúde. Sem embargo, não chegaram a precisar este conhecimento completamente.
Posteriormente, o dr. Wilhelm Heinrich Schüssler (1821-1898), médico fisiologista, homeopata, formalizou a investigação sobre 12 desses sais, que hoje levam seu nome.

O Dr. Schüssler sempre teve um grande interesse na Lei do Mínimo, a qual estabelece que a perda da saúde é devida à falta de certos minerais nas células.

Essas insuficiências somente podiam ser observadas nas cinzas dos corpos.
Sendo assim, ele analisou as cinzas de um grande número de pessoas que haviam sido cremadas e descobriu que em todos os seres humanos sempre há ausência ou deficiência de pelo menos dois sais bioquímicos.

Ao investigar tal acontecimento, Schüssler integrava expedientes clínicos de cada uma das pessoas cujas cinzas analisava. Neles anotava o nome e data de nascimento, assim como as enfermidades que havia padecido no transcurso de sua vida. A experimentação demonstrou que nos pacientes há pelo menos a carência de um sal fundamental, ou base, e de outro secundário ou complementar, o que propicia suas enfermidades.
Como resultado de suas investigações, chegou à conclusão de que se os tecidos não recebem do sangue a quantidade adequada de cada um dos 12 sais bioquímicos estudados, altera-se o movimento molecular dos sais nos tecidos e, consequentemente, se desequilibra o funcionamento das células e seu metabolismo, o que produz os fenômenos conhecidos como enfermidade.

É importante destacar que estes tipos de padecimentos são muito numerosos e frequentes. Mas enfermidades desta natureza desaparecem, assim que os tecidos recebem novamente os sais que requerem.
Dizia o dr. Schüssler que “…se no curso de uma enfermidade se atrasa à cura espontânea, então se administram os sais minerais adequados, em forma molecular (potencializadas ou dinamizadas). Essas moléculas passam ao sangue através da mucosa bucal e desencadeiam no foco da enfermidade um vivo movimento molecular. De novo se põe em marcha o intercâmbio de substâncias entre as células saudáveis e as enfermas, o que faz com que se produza à cura”.

FUNÇÕES:
São componentes das enzimas;
São essenciais para o sistema nervoso;
Transportam oxigênio;
São componentes dos hormônios;
Compõem a estrutura básica dos ossos e dos dentes;
Todos os sais são preparados a partir de substâncias minerais – são sais que ocorrem naturalmente nos tecidos do corpo humano;
A homeopatia emprega esses remédios para curar várias afecções simples.
 
FORMA DE USO:
O Dr. Schüssler observou que subministrando os sais em forma muito diluída a seus pacientes, estes se protegiam preventivamente ou se aliviavam com muita facilidade de suas alterações biológicas ou enfermidades. Isso se dá visto que cada um dos Sais Bioquímicos produz reações que permitem ao organismo realizar uma série de funções vitais, sendo que quando há deficiência de alguma delas, se propiciam os padecimentos.
Baseando-se nas leis naturais da Patologia Celular, Schüssler formalizou um guia terapêutico notável por sua simplicidade, que consiste no emprego dos 12 sais inorgânicos que são fundamentais para o funcionamento adequado das células que constituem o corpo humano.
Mais de um século de experiência intensiva, demonstra que esses remédios produzem os resultados desejados e esperados rapidamente, que são inofensivos e muito frequentemente originam curas que se consideram espontâneas.
Esses sais não se classificam como medicamentos. São considerados como alimentos, posto que são integrantes do corpo humano.

CONTRA-INDICAÇÕES:
As concentrações às quais se subministram os sais são extremamente baixas.
Não estão contra-indicadas uma com outra, pois somente resolvem as deficiências que o corpo pudesse ter de algum sal.
Por exemplo, uma pessoa com deficiência de Kalium Muriaticum pode tomar os 12 sais, porém só absorverá Kalium Muriaticum e os outros as desprezará.
Acontece que, tomando os 12 sais de uma vez, aquele que se necessita será lentamente absorvido, mesmo assim, não têm efeitos colaterais.

Podemos Observar que Apesar de não haver contra-indicações os Sais de Schüssler devem ser tomados sob orientação médica ou terapêutica.

Sais de Schüssler;
Kalium Phosphoricum;
Natrium Sulphuricum;
Kalium Muriaticum;
Calcarea Fluoricum;
Magnesium Phosphoricum;
Kalium Sulphuricum;
Natrium Phosphoricum;
Calcarea Sulphuricum;
Silicea;
Calcarea Phosphoricum;
Natrium Muriaticum;
Ferrum Phosphoricum.
Calcarea fluorica (Calcium fluoratum) D6: Encontra-se no esmalte dos dentes, nos ossos e nas células da epiderme sobretudo onde exista tecido elástico. O agente descarga o aparelho circulatório e fortalece os pequenos vasos sanguíneos. Além disso, estimula a reabsorção dos endurecimentos vasculares.

Calcarea phosphorica (Calcium phosphoricum) D6: É o sal mais abundante no organismo humano. É o agente bioquímico responsável pela construção e o fortalecimento de todas as estruturas do organismo; fundamentalmente configura a massa óssea dura, ainda que está presente em todas as células. Calcium phosphoricum actua sobre as membranas celulares limitantes e intervém na síntese proteica. Lactentes, durante a infância e em épocas de desenvolvimento e crescimento).

Calcarea sulphurica (Calcium sulfuricum) D6: Encontra-se no fígado e vesícula biliar. Assim como a Silicea, tem uma grande utilidade em todos os processos purulentos. Aumenta a coagulação sanguínea e estimula o metabolismo.

Ferrum phosphoricum D12: A importância do ferro (Ferrum) no organismo é essencial e não há dúvida do papel vital que desempenha no nosso organismo. O ferro não só é um componente imprescindível da hemoglobina como se encontra em todas as células, intervém em múltiplos processos enzimáticos e exerce funções importantes nos mecanismos de defesa frente às infecções. Na infância é necessário para um crescimento normal. Pela mesma razão é imprescindível também durante a menstruação, na gestação e no período de amamentação. A proporção de ferro no organismo é de 4 a 5 gramas, de que três quartas partes correspondem à hemoglobina.

Kalium muriaticum (Kalium chloratum) D6: O potássio faz parte de todas as células, sobretudo leucócitos e eritrócitos. Como o sódio, possui efeitos fisiológicos específicos sobre a excitabilidade nervosa e muscular. Além disso intervém na síntese proteica e na utilização dos hidratos de carbono (efeito ativador do metabolismo). Em conjunto pode-se afirmar que o potássio é um componente imprescindível do organismo. O déficit de potássio causa alterações patológicas em diversos tecidos (músculo cardíaco e músculos esqueléticos, entre outros).

Kalium phosphoricum D6: É o sal orgânico mais significativo para a célula e é particularmente importante para o soro, os leucócitos, os distintos tecidos do organismo e as células cerebrais, nervosas e musculares. O déficit de potássio produz esgotamento destes órgãos, em ocasiões acompanhado de transtornos psíquicos, ânimo depressivo, ansiedade, abatimento e perda de memória.

Kalium sulphuricum D6: Encontra-se nas células da epiderme e células epiteliais da pele e mucosas, normalmente junto ao ferro, que o apoia na sua função de transporte de oxigénio na célula e de que se serve para ativar o metabolismo celular.

Kalium sulphuricum: É para o terceiro estádio de inflamação com secreções viscosas amareladas, já que o Ferrum phosphoricum é para o primeiro estádio de inflamação (inflamação seca sem secreção) e Natrum muriaticum (Kalium chloratum) para o segundo estádio de inflamação (secreções
viscosas).

Magnesia phosphorica D6: É o analgésico e antiespasmódico bioquímico por excelência. O magnésio ocupa o segundo lugar em importância depois do potássio entre os sais minerais do organismo humano. Aproximadamente a metade encontra-se no esqueleto, um terço no sistema muscular e o resto reparte-se entre nervos, cérebro, medula espinal, eritrócitos, fígado e glândula tiroide. O magnésio intervém em múltiplos processos enzimáticos. Possui propriedades antitrombóticas e antialérgicas e influi sobre a excitabilidade neuromuscular e a função cardíaca (prevenção do enfarto do miocárdio, entre outros). O magnésio diminui o metabolismo basal e reduz os níveis de colesterol no sangue.

Natrum muriaticum (Natrum chloratum) D6: Dos sais sódicos do organismo, o Natrum chloratum é o que tem a maior importância biológica. É absolutamente vital (essencial). Enquanto que o potássio está localizado na sua maior parte nas células, aproximadamente a metade do sódio se encontra no líquido extracelular e outro terço nos ossos e tecidos cartilaginosos. No estômago e no rim também existem concentrações intracelulares de sódio relativamente altas.

Natrum phosphoricum D6: Está muito estendido por todo o organismo: em células nervosas, nos músculos, nos eritrócitos e no tecido conjuntivo. Mantém o ácido úrico em solução para a eliminação através do rim. Natrum phosphoricum é importante para a eliminação dos produtos metabólicos. Também desempenha uma função essencial na troca de ácido carbônico (efeito tampão) e no metabolismo do ácido láctico que o organismo produz a partir do glicogênio com o trabalho muscular.

Natrum sulfuricum D6: Não se encontra nas células como nos líquidos teciduais. Tem por missão descongestionar o organismo, eliminar toxinas do metabolismo, desintoxicar o organismo e ativar o fluxo biliar.

Silicea D12: É imprescindível ao organismo (essencial) como componente do tecido conjuntivo. Silicea é importante para a constituição da pele e mucosas e para o crescimento de unhas, cabelo e ossos. Aumenta a capacidade de resistência e a resistência mecânica dos tecidos (“cosmético bioquímico”). Os pulmões, os gânglios linfáticos e as glândulas suprarrenais contêm quantidades importantes de Silicea. O silício, como componente principal da Silicea, é depois do oxigénio o segundo elemento mais frequente na superfície terrestre. Silicea está relacionado de forma especial com o metabolismo do cálcio. O ácido silícico intervém junto a outras substâncias na assimilação do cálcio contido nos alimentos. Ativa a formação do
colágeno e estimula a atividade dos fagócitos (“células devoradoras”), tão importantes para a defesa do organismo frente às infecções." DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ".

sexta-feira, setembro 1

METAIS PESADOS: O QUE SÃO É QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO?

Os metais pesados são elementos químicos que, na sua forma pura, se encontram sólidos e que podem ser tóxicos para o organismo quando consumidos, podendo causar danos em vários órgãos do corpo, como pulmões, rins, estômago e até cérebro.

Embora alguns metais pesados, como o cobre, seja importantes para o corpo em alguma quantidade, outros como o mercúrio ou o arsênico podem ser muito tóxicos, devendo ser evitados. Estes metais muitas vezes estão presentes na água contaminada e, por isso, podem acabar contaminando o ar e também os alimentos, causando problemas de saúde com o passar dos anos.

Os metais pesados não provocam sintomas quando entram pela primeira vez em contato com o organismo, no entanto, têm a capacidade de ir se acumulando dentro das células do corpo, provocando problemas como alterações renais, lesões cerebrais e existe a suspeita de que também possam aumentar o risco de câncer.

Sintomas das 6 principais intoxicações:
Os 6 metais pesados que são mais perigosos para saúde são mercúrio, arsênio, chumbo, bário, cádmio e cromo. Dependendo do tipo de metal que se acumula no corpo, os sintomas podem variar:

1. Intoxicação por chumbo:
A intoxicação por chumbo é muitas vezes difícil de identificar, sendo que até pessoas aparentemente saudáveis podem ter níveis elevados de chumbo no organismo. No entanto, à medida que vai se acumulando no corpo, o chumbo parece causar:

Dor nas articulações e músculos;
Aumento da pressão arterial;
Dor abdominal constante;
Dificuldades de memória e concentração;
Anemia sem causa aparente.
Em casos mais graves pode ainda haver desenvolvimento de problemas nos rins, cérebro e, até, aborto em mulheres grávidas ou infertilidade nos homens.

Onde está presente: o chumbo pode ser encontrado em todo o ambiente, incluindo ar, água e solo, pois é um metal muito utilizado pela indústria para fazer objetos como pilhas, canos de água, tinta ou gasolina, por exemplo.

Como evitar a contaminação: deve-se evitar ter em casa objetos com este tipo de metal, especialmente na canalização ou nas tintas das paredes.

2. Intoxicação por arsênico:
Já o arsênico é um tipo de metal pesado que pode provocar o surgimento de:

Náuseas, vômitos e diarreia severa;
Dor de cabeça e tonturas;
Alteração do ritmo cardíaco;
Formigamento constante nas mãos e pés.
Estes sintomas podem aparecer em até 30 minutos. Porém quando as quantidades são muito baixas, este metal vai se acumulando lentamente no corpo e, nesses casos, existe também um risco muito aumentado de câncer na pele, pulmões, fígado ou bexiga.

Onde está presente: pode ser encontrado em tintas, corantes, medicamentos, sabonetes, assim como fertilizantes e pesticidas. Além disso, o arsênico também pode ser encontrado na água de poços privados que não são testados e desinfectados regularmente pela Companhia de Água e Esgotos.

Como evitar a contaminação: é aconselhado não utilizar materiais que contenham este tipo de metal na sua composição e evitar ingerir alimentos com corantes ou água não tratada.

3. Intoxicação por mercúrio:
A contaminação do organismo por mercúrio geralmente provoca sinais como:

Náuseas e vômitos;
Diarreia constante;
Sensação frequente de ansiedade;
Tremores;
Aumento da pressão arterial.
A longo prazo, a intoxicação por este tipo de metal pode também causar problemas nos rins e cérebro, assim como, alterações na visão, audição e problemas de memória.

Onde está presente: água contaminada, contato direto com mercúrio, contato com o interior de lâmpadas ou pilhas e alguns tratamentos dentários.

Como evitar a contaminação: não consumir água ou alimentos que pareçam estar contaminados, assim como trocar todos os objetos que possuem mercúrio na sua composição, especialmente termômetros e lâmpadas antigas.

Entenda melhor o que acontece no corpo quando é contaminado com mercúrio.

4. Intoxicação por bário:
O bário é um tipo de metal pesado que não provoca o surgimento de câncer, no entanto, pode causar sintomas como:

Vômitos;
Cólicas abdominais e diarreia;
Dificuldade para respirar;
Fraqueza muscular.
Além disso, algumas pessoas também podem apresentar aumento progressivo da pressão arterial.

Onde está presente: alguns tipos de lâmpadas fluorescentes, fogos de artifício, tintas, tijolos, peças de cerâmica, vidro, borracha e, até, alguns exames de diagnóstico.

Como evitar a contaminação: evitar frequentar locais de construção sem máscara de proteção para evitar inalar ou ingerir poeira contaminada com bário.

5. Intoxicação por cádmio:
A ingestão de cádmio pode provocar:

Dor de estômago;
Náusea e vômitos;
Diarreia.
Ao longo do tempo, a ingestão ou inalação deste metal pode ainda causar doenças nos rins, problemas nos pulmões e enfraquecimento dos ossos.

Onde está presente: em todos os tipos de solo ou pedras, assim como no carvão, fertilizantes minerais, pilhas e plásticos de alguns brinquedos.

Como evitar a contaminação: não utilizar materiais que contenham este tipo de metal na sua composição e evitar fumar, pois o cigarro possui carvão que facilita o contato entre o cádmio e os pulmões.

6. Intoxicação por cromo:
A principal forma de intoxicação por cromo acontece devido à inalação. Quando isso acontece podem surgir sintomas como:

Irritação no nariz;
Dificuldade para respirar;
Asma e tosse constante.
Já a longo prazo, podem surgir lesões permanentes no fígado, rins, sistema circulatório e pele.

Onde está presente: o cromo é utilizado para fazer objetos em inox, cimento, papel e borracha e, por isso, pode ser facilmente inalado em locais de construção ou durante a queima de papel ou borracha, por exemplo.

Como evitar a contaminação: deve-se frequentar locais de construção apenas com máscara e evitar fazer queima de papel ou borracha." A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL E INTELECTUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?