quarta-feira, setembro 28

EQUISETUM ARVENSE L. CAVALINHA, UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Equisetum arvense L.
Família: 
Equisetaceae
Sinonímia científica: 
Equisetum calderi B. Boivin
Partes usadas: 
Haste (talo)
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Saponinas, minerais (K, Ca, P, Mn), ácido silícico, flavonoides, alcaloides, taninos, fitosteroides, ácidos graxos, vitamina C, resinas, lignanos.
Propriedade terapêutica: 
Diurético, anti-hipertensivo, mineralizante, anti-infeccioso, antiprostático.
Indicação terapêutica: 
Osteoporose, reumatismo, ajuda no tratamento para emagrecer, edema pré-menstrual, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea.

Origem, distribuição
Europa:

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: equisetum, horsetail
  • Espanhol: cola de caballo, yunquillo, yerba de los plateros, yerba del tigre, cola de lagarto (Uruguai), tembladera pequeña (Colômbia).
  • Alemao: acker-schachtelhalm

Descrição:
As cavalinhas (Equisetum arvensis, Equisetum hyemale) habitam o mundo todo, inclusive o Brasil onde se adaptou.

É uma planta perene, rizomatosa e reptante da família Equisetaceae, que prefere terrenos pantanosos ou úmidos. Caracteriza-se pelos talos férteis, pardo-amarelos ou estéreis, verdes. Os primeiros nascem no inverno e formam espigas esporangíferas de até 20 cm, enquanto os verdes, de até 80 cm, surgem dos primeiros.

    Esta planta deriva de ancestrais mesozóicos de mais de 270 milhões de anos. Seus rizomas são longos e tem nós de espaço a espaço além de lançarem ramificações compridas que formam curvas bonitas semelhantes ao que acontece com os rabos de cavalos. 

    Uso popular e medicinal:
    Por seu alto conteúdo mineral, principalmente silício, a cavalinha é muito usada para recompor o tecido conjuntivo, por aumentar a atividade dos fibroblastos e a elasticidade dos tecidos, o que a torna útil na osteoporose e reumatismos. Por outro lado, tendo potássio, equisetonina e ácido gálico, é um bom diurético e anti-hipertensivo, além de ajudar nos tratamentos para emagrecer, conforme já estudado por especialistas.

    Nos edemas pré-menstruais, o equiseto pode ajudar muito já que receita de diurético de síntese não funciona. Na Colômbia, pesquisas mostraram que estigmas de milho e equiseto eram bons medicamentos para isto. Ademais, por conter ácidos aconítico e cítrico, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea, contracenando estes ácidos com a silicea e os flavonoides.

    Um trabalho em 1995 mostrou algum efeito retardador sobre o crescimento de células neoplásicas e do aparecimento de metástases e que os alcaloides podem ter ação anticolinérgica e oxitócica.

    Os principais constituintes são 5% de saponinas (equisetoninas), minerais (potássio, cálcio, fósforo, manganês), ácido silícico, flavonoides, alcaloides, taninos, fitosteroides, ácidos graxos (linoleico, linólico e oleico) aconitínico, benzóico, málico, gálico, péctico e vitamina C, além de resina e lignanos.

     Dosagem indicada:
    Na etnomedicina, decocção de seus talos (50 g/l) é usada como mineralizante, diurético, anti-infeccioso, urinário e antiprostático, com quatro xícaras ao dia (50 g tem aproximadamente 30 mg de silício.

    Outros usos:
    Na Europa, o E. hyemale, variedade do nosso equiseto, é usado para polir prata e estanho. Isso é possível pela alta quantidade de silício que apresenta (a areia tem muito silício).

    Também o colocam sobre páginas de livros velhos para protegê-los de deterioração e na agricultura biológica a cavalinha macerada, seu pó ou decocção é usada para controle de pragas.

    Na cosmética, é reforçador de unhas e ajuda na prevenção de estrias e rugas por ter, como vimos, muito silício. Este metal participa da formação de glucosaminaglicanos, essenciais para o metabolismo de ossos e cartilagem." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

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