- Inglês: brazilian grapetree, jaboticaba cherry,
- Espanhol: guapuru
Origem, distribuição:
Árvore frutífera brasileira nativa da Mata Atlântica. Outra espécie, a jabuticaba-sabará (Myrciaria jaboticaba) é encontrada com mais frequência nos Estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Descrição:
A árvore (jabuticabeira) pode alcançar de 10 a 15 m de altura, tem porte piramidal, muito ramificada, copa alongada e densa, tronco liso com diâmetro entre 30 a 40 cm. Suas folhas são simples, opostas, lanceoladas, não caem durante o ano.
As flores são brancas, pediceladas e quase sésseis, localizadas ao longo do tronco. São hermafroditas com potencial para autopolinização. O florescimento ocorre geralmente duas vezes ao ano.
Os frutos (jabuticaba) são bagas globosas, comestíveis, saborosos, com aproximadamente 3 cm de diâmetro, aparecem fixados ao caule, com 1 a 4 sementes e alta frequência de poliembrionia. São consumidos crus ou em doces, licores e aguardentes. É uma das fruteiras mais cultivadas em pomares domésticos em todo o Brasil.
Além da P. cauliflora (conhecida como jabuticaba-paulista ou jabuticaba-açu) são conhecidas outras espécies de jabuticabeira destacando-se a P. trunciflora e P. jaboticaba (a jabuticaba-sabará).
Uso popular e medicinal:
Este fruto tropical é muito apreciado por apresentar características sensoriais interessantes para o consumo in natura, além de ser utilizado na fabricação de geleias, bebidas fermentadas, vinagre e licores, tendo um grande potencial econômico.
Possui elevado valor nutricional por conter teores de carboidratos, fibras, vitaminas, flavonoides, carotenoides e sais minerais em quantidades relevantes quando comparado a outros frutos semelhantes.
A casca do fruto de jabuticaba é rica em antocianinas, uma subclasse de flavonoides. Substância que protege o coração, antocianinas são pigmentos responsáveis por uma variedade de cores atrativas e brilhantes de frutas, flores e folhas que variam do vermelho vivo ao violeta e azul. pesquisadores mediu a dosagem de antocianinas da jabuticaba, amora e uva. Os números representam a quantidade de miligramas das antocianinas por grama da fruta: jabuticaba 314, amora 290, uva 227.
Atualmente observa-se crescente interesse no uso de antocianinas nas indústrias alimentícia, farmacêutica e de cosméticos. A indústria de alimentos gera grande quantidade de resíduos, sendo os principais as cascas, caroços e sementes de frutos. Estes podem ser utilizados como matéria-prima, agregando assim valor ao material que seria descartado.
Um trabalho científico identificou e quantificou as antocianinas presentes na casca de jabuticaba liofilizada. A liofilização é uma técnica que viabiliza o reaproveitamento desses resíduos, uma vez que o material é desidratado tornando-se mais estável e seguro, com maior concentração dos nutrientes por unidade de peso. A técnica utilizada foi Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Os autores concluiram que a farinha obtida a partir da casca de jabuticaba liofilizada apresentou um expressivo teor de antocianinas (cianidina-3-glicosídeo e delfinidina-3-glicosídeo).
A planta apresenta propriedades adstringentes. Existem relatos de que o chá obtido com o cozimento de suas cascas é utilizado em diarreia, disenteria. E em gargarejos contra as inflamações crônicas das amígdalas.
Outros usos:
A árvore é considerada ornamental, sendo indicada em paisagismo apesar da sujeira provocada pela queda dos frutos. Na ecologia, a planta atrai a avifauna.
A madeira é moderadamente pesada, compacta, elástica, dura e de longa durabilidade quando protegida das intempéries, sendo utilizada na fabricação de tábuas, móveis, construção civil e lenha. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO.
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