quarta-feira, janeiro 4

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " CENTELLA ASIÁTICA ( L. ) URB " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Centella asiatica (L.) Urb.
Família: 
Apiaceae
Sinonímia científica: 
Hydrocotyle brasiliensis Scheidw. ex Otto & F. Dietr.
Partes usadas: 
Folha, partes aéreas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Triterpenos pentacíclicos, óleo essencial, flavonoides, sesquiterpenos, esteroides.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa, digestiva, tônica, lipolítica, diurética, expectorante, resolutiva, febrífuga, antibacteriana, psicotrópica.
Indicação terapêutica: 
Ativação da circulação sanguínea, coadjuvante no tratamento de doenças vasculares, auxiliar na digestão estomacal e intestinal, antidepressiva, eczema, úlcera, prurido etc.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: Indian navelwort
  • Francês: hidrocortyle
  • Espanhol: hidrocotile
  • Alemão: Asiatischer wassernabel

Origem, distribuição:

Nativa na Ásia tropical, amplamente disseminada no Brasil principalmente na planície litorânea. 

Descrição:

Planta de porte herbáceo, perene, rasteira, acaule, rizomatosa.

Folha simples, inteira, longo-peciolada, cordiforme ou no formato de pata equina, margem ondulada, surge diretamente dos nós dos rizomas, de 4-6cm de diâmetro. Flores pequenas, de cor esbranquiçada, reunidas em pequenas umbelas curto-pedunculadas que surgem na base da folha.

Multiplica-se principalmente por rizomas e estolões. Considerada invasora, espontânea, prefere solos bem drenados. 

Uso popular e medicinal:

Centella asiatica é planta tradicional na medicina ayurvédica em tratamento de lesões de hanseníase. Estudos no extrato aquoso das folhas mostraram suas propriedades biológicas tal como ação citotóxica contra células cancerígenas, atividade anti-inflamatória e potencial uso no tratamento de desordens neurológicas. Atualmente avalia-se cientificamente a aplicação em cosméticos para redução de peso. 

Estudos já detectaram atividade anti-micobacteriana no extrato etanólico das folhas contra M. tuberculosis através do ensaio de microplacas e significativa inibição do crescimento de micobactérias M. chelonadae na fração hexânica do extrato metanólico das folhas. M. tuberculosis (ou bacilo de Koch) é o agente causador da maioria dos casos de tuberculose. M. chelonadae causa infecções pós-operatórias e abscessos glúteos.

Um estudo com ratos Wistar avaliou o efeito do tratamento agudo com extrato de Centella asiatica na biodistribuição do radiofármaco Na99mTcO4 e na fixação do tecnécio-99m pelos constituintes sanguíneos. Os autores concluiram que as substâncias ou metabólitos do extrato podem interferir na biodistribuição do pertecetanato de sódio e na fixação do radiofármaco nos constituintes do sangue.

 Dosagem indicada:

Uso interno para desordens dermatológicas como eczema, úlceras varicosas, hematoma, rachadura da pele, varizes e celulite.

  • Infusão (rasura): 2g em 150 mL de água fervente, até 3 vezes ao dia
  • Pó: 500 a 2000 mg ao dia após as refeições
  • Extrato seco: 200 a 500 mg ao dia
  • Extrato fluido: 25 gotas 3 vezes ao dia após as refeições
  • Tintura: 50 gotas diluídas em água, 3 vezes ao dia.

Uso externo no tratamento da celulite e gordura localizada: extrato glicólico.

  • 2-5% em forma de gel, creme e loção suavizante
  • 3-6% em forma de creme reparadores e restaurador
  • 1-5% em forma de creme pós sol.

Ativação da circulação sanguínea como coadjuvante no tratamento das doenças vasculares (insuficiência venosa), auxiliar na digestão estomacal e intestinal, antidepressiva.

Uso externo como cicatrizante para eczemas, úlceras, pruridos e feridas pós-cirúrgicas, para eliminação da celulite, como estimulante cutâneo e da irrigação sanguínea, em úlceras venosas e para irritação vaginal. Prevenção de rugas e flacidez, para hemorroidas, úlceras cutâneas, queimaduras, erisipela e infecção cutânea, tosse e catarro amarelo, febres em infecções bacterianas. Indicada como complemento na massagem de cicatrizes fibrosas e hipertróficas. 

Ações farmacológicas:  anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa, digestiva, tônica, anticelulítica, diurética, reconstituinte, expectorante, resolutiva, estimulante circulatória, febrífuga, antibacteriana, psicotrópica. 

Uso interno: infusão de uma colher (sobremesa) de folhas secas moídas em uma xícara de chá de água, 2 vezes ao dia.

Uso externo: 3 colheres (sopa) de folhas picadas em ½ litro de água, para aplicação local ou banhos de assento. Pasta feita com a planta recente ou o pó da planta sobre a região a tratar.

Toxicidade, contraindicação:

A presença de taninos contraindica seu emprego a longo prazo por via oral em casos de gastrite e úlcera gastrointestinal. Pouco se recomenda em epilepsia, hiperlipidemia e durante a gestação.

Composição química: 

Ácidos triterpênicos (asiático, madecássico, asiaticosídeo), flavonoides (kampferol, quercetina, 3–glucosil–kampferol), ácidos graxos (linoleico, lignocerico, linolênico, oleico, palmítico, elaídico, esteárico), alcaloides, saponinas, óleos essenciais (cineol), quercetina, cânfora, açúcares, sais minerais, aminoácidos e resinas.

Saponosídeo triterpênico (asiaticosídeo), saponinas, flavonoides, quercetina, aminoácidos, sais minerais, açúcares, ácidos graxos, ácidos triterpênicos (indocentóico, madecásico), resinas, taninos, óleo essencial (cineol, alcanfor, farnesol, felandreno, germacreno D, n-dodecano, α-pineno, p-cimol, β-cariofileno), β-caroteno, vitamina C (13,8 mg/100g), fitosteróis, alcaloide (hidrocotilina).

Madecassoside é o principal triterpeno na cura de feridas de queimaduras e seu possível mecanismo de ação encontrado na Centella asiatica, erva usada nas medicinas tradicional chinesa (MTC), ayurvédica e tradicional africana. Madecassoside tem uma ampla gama de atividades biológicas tais como anti-inflamatória e antioxidante." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

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