terça-feira, janeiro 17

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ECHINACEA PURPUREA ( L. ) MOENCH. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Echinacea purpurea (L.) Moench
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Brauneria purpurea (L.) Britton
Partes usadas: 
Partes aéreas, raízes.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Glicosideos do ácido fenilcarbônico, resinas, óleos essenciais, flavonoides, taninos, vitaminas.
Propriedade terapêutica: 
Imunomoduladora, anti-inflamatória, anti-infecciosa, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Infecções do trato respiratório superior, sinusite. Para uso tópico, apresenta atividade bacteriostática e fungistática sobre o Trichomona vaginalis e Candida albicans.

Nomes em outros idiomas:

  • Inglês: black sampson, niggerhead, sampson root, purple coneflower, hedgehog, red sunflower
  • Francês: rudbeckie

Origem, distribuição:
Aparece em gramados, terras improdutivas, lugares abertos e secos desde o sul do Canadá até o centro e leste dos EUA. É cultivada na Europa.

Descrição:
​Trata-se de uma erva perene, com altura média de 0,5 m. Raiz axonomorfa, talo delgado, aveludado. Folhas ásperas, lanceoladas ou lineares, opostas, inteiras, com largura entre 7,5 e 20 cm.

Inflorescência solitária sobre um pedúnculo terminal, com pétalas radiais de 3 cm de largura, nas cores rosa púrpura ou branca e com pétalas discoides eretas, de 3 cm de largura e de cor púrpura. Florescem desde meados do verão até o princípio do outono.

Outras espécies de equinácea também apresentam propriedades medicinais: E. angustifoliaE. pallida.

As partes utilizadas variam segundo a espécie:

  • E. purpurea: partes aéreas da planta fresca, colhidas na época da floração; ou raízes frescas ou secas, colhidas no outono.
  • E. angustifolia: raízes frescas ou secas coletadas na floração.
  • E. pallida: partes aéreas fresca e secas, colhidas na época da floração.

A equinácea precisa de 3 a 4 anos para que suas raízes tenham utilidade medicinal.

Uso popular e medicinal:
Foi utilizada pelos índios nativos americanos, que a chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e tumorais e neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou animais venenosos. Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur.

Os nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol. Nas culturas indígenas e dos primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaléias (dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos com a finalidade de acalmá-los.

Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo winnebago utilizavam a equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca. A raiz mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios, como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas. Foi introduzida na Inglaterra em 1699, cujos colonos adotaram como remédio para quadros gripais e resfriados.

Em 1890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia norteamericana a exportar a equinácea para o mercado europeu. No final daquele século, a Farmacopeia norteamericana considerou a tintura de equinácea um imunomodulador.

Na década de 30 Gerhard Madaus (fundador do Laboratório Dr. Madaus & Co. da Alemanha), em visita aos EUA, interessou-se pela planta e levou diversas sementes para iniciar um cultivo em seu país.

O gênero Echinacea, conhecido como "antibiótico natural" é o mais estudado e utilizado como imunoestimulante. Embora originária da América do Norte, os maiores estudos ocorrem na Alemanha, país onde o uso de plantas medicinais é o maior do mundo. A Austrália também se encaixa entre os grandes consumidores de Echinacea.

Princípios ativos
A composição química varia de uma espécie de equinácea para outra.

  • Glicosídeos do ácido fenilcarbônico: equinaceína, cinarina e equinacosídeo (formado por glicose, ramnose, ácido cafeico e benzocatequina-etil-álcool).
  • Resinas contendo ácidos graxos (oleico, linolênico, cerotínico e palmítico) e fitoesteróis.
  • Óleos essenciais na parte aérea: humuleno, burneol, burnil acetato, germacreno D, cariofileno, canferol; mucopolissacarídeos ou heteroglicanos: arabinose, xilose, galactose e ramnose.
  • Alcaloides pirrolizidínicos: tussilagina e isotussilagina.
  • Polissacarídeos: inulina, betaína.
  • Minerais: zinco e enxofre.
  • Equinolona, ácido chicórico (presente nas folhas e nas raízes), triterpenos.
  • Ácidos orgânicos: clorogênico e isoclorogênico
  • Flavonoides, taninos, vitaminas (tiamina e riboflavina).

 Contraindicações:
Tem havido confusão quanto às contraindicações e aos efeitos colaterais listados nas monografias, principalmente no que diz respeito as preparações injetáveis. As contraindicações para preparações de equinácea em casos de HIV positivo ou de SIDA, tuberculose, leucose, colagenose e esclerose múltipla têm sido mal interpretadas ao afirmar que o uso da equinácea pode exacerbar tais condições." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA ).

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