sábado, abril 1

JESUS O VERBO E A LUZ: TEXTO ( JOÃO 1: 1-5 )

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” ( João 1:1-5 ).

A palavra “verbo” do texto foi traduzida do original grego “logos”, que significa “palavra”.
Mas como “verbo” é palavra indicadora de ação, a maior parte das traduções da língua portuguesa traz “verbo” em vez de “palavra”.
Ambos podem ser usados e estão corretos, mas “palavra” define melhor o pensamento de João ao usar o referido termo para se referir à Pessoa de Jesus, porque certamente ele tinha em mente demonstrar que Jesus foi quem tomou parte na criação ao lado de Deus e do Espírito Santo, sendo a Palavra que tudo criou, porque é dito que o mundo foi criado pela Palavra de Deus, uma vez que Ele disse em cada ato da criação: “haja” ou “faça-se”.
“Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca.” ( salmo 33-6 ).
“Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.” ( Hebreus 11-3 ).
“Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste;” ( 2 Pedro 3-5 ).
Ao fazer uso da palavra Verbo, João a associou aos atos da criação dos céus e da terra, conforme se vê no verso 3.
E ao identificar Jesus como sendo o Logos, a Palavra, ou Verbo eterno, podemos também considerar que a mente eterna de Deus foi revelada a nós por meio dele.
Os pensamentos puros, perfeitos e conhecedores de tudo o que há em Deus, são inerentes a Cristo e Ele os revelou a nós.
É somente por meio dele que os selos do livro da vida são removidos para que os mistérios da verdade sejam revelados a nós.
Se Ele não tivesse se manifestado ao mundo nós permaneceríamos nas trevas quanto a esta vida do Espírito Santo, que se manifesta nos que têm fé nele.
Vida de poder espiritual e de comunhão em amor celestial.
Vida de frutos e dons espirituais que são comunicados entre aqueles que têm sido vivificados pela luz de Cristo, a qual, quando permanecemos nela, faz com que a vida de Cristo se manifeste em nós.
Neste sentido, pode-se dizer então que Cristo é a fonte mesma da qual procede toda a Palavra que sai da boca de Deus, sendo que Ele mesmo é Aquele por quem se expressa esta Palavra.
Daí ter dito que a Palavra que Ele proferia não provinha dEle próprio, mas do Pai, isto é, tudo o que o Pai expressa pela Palavra, Ele o faz por meio do Filho, de maneira que João havia apreendido este ensino e verdade de Jesus aos apóstolos em Seu ministério terreno, e pôde compreender que o mundo foi feito pela Palavra liberada pelo próprio Cristo, daí dizer que Ele é a Palavra (Verbo) pela qual todas as coisas foram feitas, e que sem Ele nada do que foi feito se fez (v. 3); isto é, o Pai nada fez sem a participação de Cristo.
Somente Jesus tem as palavras de vida eterna. Pedro teve este reconhecimento que é dEle que emana a palavra que dá vida aos pecadores ( João 6-68 ) e a experiência comprova isto em todos os testemunhos de conversão.
“Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.” ( Tiago 1-18 ).
“tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece.” ( 1 Pedro 1-23 ).
Os textos destacados acima de Tiago e Pedro revelam o ato da nova criação espiritual pela Palavra.
Esta Palavra é a verdade, e Jesus disse também ser esta verdade, que liberta e dá vida.
Há então, poder e ação envolvidos nesta Palavra, aqui referida pelo apóstolo, e a que é citada em todas as passagens bíblicas que se referem a ações de criação, de salvação, de santificação, e de tudo o mais que dependa da liberação do poder pela Palavra de Cristo.
Por isso Jesus havia dito que as suas palavras são espírito e vida ( João 6-63 ). E também que o homem não vive somente de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus ( Mateus 4-4 ) é pela palavra de ação poderosa, que novas criaturas com a vida que procede do céu são geradas.
È também, pela prática da Sua palavra, isto é, tê-la em devida consideração e vivendo segundo o seu poder, que se tem a vida solidamente firmada num fundamento inabalável ( Mateus 7-24 ).
Era com a Sua palavra de ordem que Jesus expulsava demônios e curava enfermos, e que ainda o faz através daqueles que nele creem ( Mateus 8-16 ).
É por isso que as palavras de Jesus jamais passarão porque são eternas assim como Ele é eterno ( Mateus 24-35 ).
Desta forma, crer de fato em Jesus é permanecer nEle, e permanecer nele é permanecer portanto na Sua palavra; e como esta palavra é a vida eterna, aquele que a guarda jamais morrerá eternamente (João 8-31; 51: 14-24 ).
Como Jesus é santo, é a sua Palavra que nos santifica ( João 15-3; 17-17 ).
Foi por isso que a Igreja Primitiva tinha poder para pregar o evangelho, porque eles viviam e pregavam somente a Palavra        ( Atos 4-29 ).
A fé é gerada por se ouvir a Palavra ( Romanos 10-17 )
Nós vemos nas palavras de Paulo em ( 1 coríntios 1-17; 2-4; 4-13 ) ( 1 tessalonicenses 1-5 ) que a pregação desta Palavra viva é muito mais do que simplesmente exposição verbal de conceitos teológicos, ou de meras citações bíblicas, mas a liberação da porção da verdade, conforme está revelada nas Escrituras, em exposição, com palavras ensinadas pelo Espírito, no poder do Espírito, conforme esta é revelada pelo mesmo Espírito ao coração e mente do pregador ( Éfesios 6-19 ).
“Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo.” ( 1 coríntios 1-17 )
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.” ( 1 coríntios 2-1 ).
“A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder;” ( 1 coríntios 2-4 ).
“as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.” ( 1 coríntios 2-13 ).
“porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção, como bem sabeis quais fomos entre vós por amor de vós.” ( 1 tessalonicenses 1:5-6).
Esta Palavra já existia antes que houvesse mundo, antes da existência do tempo cronológico, ao que João chama de “no princípio” mostrando que era, que é e sempre será.
Cristo sempre esteve em co-existência com o Pai. Ele estava, está e sempre estará com Deus. De maneira que crer em Cristo é crer em Deus Pai, porque o Pai e o Filho co-existem em perfeita unidade e são inseparáveis.
Somente Jesus estava qualificado para efetuar a nossa redenção porque Ele conhece perfeitamente a nossa constituição total, de espírito alma e corpo porque Ele nos criou, assim como todas as coisas.
Ele deve receber, portanto a nossa adoração também como Criador, e não apenas como Salvador e Senhor.
João afirma no verso 4 que a vida estava em Cristo, e que esta vida era a luz dos homens.
A luz condenará as obras infrutíferas das trevas naqueles que permanecem no pecado, porque fará a exposição do que se ocultava nas trevas:
“Mas todas estas coisas, sendo condenadas, se manifestam pela luz, pois tudo o que se manifesta é luz.” ( Éfesios 5-13 ).
É pela luz da revelação divina que o pecado pode ser condenado ou extirpado.
E João nos diz que a vida está em Jesus, e que esta vida era a luz dos homens; isto é, somente quando a vida poderosa de Jesus se manifesta em alguém, é que tal pessoa poderá vir para a luz de Deus e conhecer a Deus e compreender as coisas espirituais e divinas.
Assim, fora de Cristo, não há esta possibilidade, porque vida e luz para os homens procedem dEle, e ambas são inseparáveis.
A vida eterna que nós necessitamos para escapar da morte eterna está somente em Cristo Jesus, e é nEle portanto que devemos buscá-la, e João nos indica o meio de obtê-la, a saber, por meio da Palavra e pelo andar na luz.
É a luz de Cristo que ilumina o nosso entendimento e espírito para compreendermos as Escrituras.
Elas permanecem como um livro fechado para nós até que Cristo abra o nosso entendimento e se revele ao nosso espírito para que possamos compreendê-las; como fizera com os dois discípulos no caminho de Emaús, aos quais lhes abriu o entendimento para compreenderem tudo o que estava escrito acerca dEle nas Escrituras.
Não foi João quem conceituou Jesus como luz, pois Ele próprio fizera tal afirmação acerca de Si mesmo durante o Seu ministério terreno, confirmando aquilo que as Escrituras do Velho Testamento afirmam sobre Ele, especialmente de que Ele seria luz para os gentios. ( Mateus 4-16; João 3-19; João 8-12 ). Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, NOS CONSOLA, E AINDA NOS ANIMA ".

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