sexta-feira, junho 30

QUAL O SIGNIFICADO DE APOLOGÉTICA CRISTÃ?

A palavra "apologia" vem de uma palavra grega que significa "dar uma defesa". Apologética Cristã, então, é a ciência de dar uma defesa da fé Cristã. Há muitos céticos que duvidam da existência de Deus e/ou atacam a crença no Deus da Bíblia. Há muitos críticos que atacam a inspiração e inerrância da Bíblia. Há muitos falsos professores que promovem doutrinas falsas e negam as verdades básicas da fé Cristã. A missão da apologética Cristã é combater esses movimentos e promover o Deus Cristão e a verdade Cristã.

O versículo chave para a apologética Cristã é provavelmente 1 Pedro 3:15-16: "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." Não há nenhuma desculpa para um Cristão ser completamente incapaz de defender sua fé. Todo Cristão deve ser capaz de pelo menos dar uma apresentação razoável de sua fé em Cristo. Não, nem todo Cristão precisa ser um especialista em apologética. Todo Cristão, no entanto, deve saber o que acredita, por que acredita, como compartilhar sua fé com outras pessoas, e como defendê-la contra mentiras e ataques.

Um segundo aspecto de apologética Cristã que é ignorado com frequência é a primeira parte de 1 Pedro 3:16: "fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." Defender a fé Cristã com apologética nunca deve envolver ser rude, furioso ou desrespeitoso. Enquando praticando apologética Cristã, devemos tentar ser fortes em nossa defesa e ao mesmo tempo imitar a humildade de Cristo em nossa apresentação. Se ao ganharmos um debate levamos uma pessoa ainda mais longe de Cristo pela nossa atitude, perdemos o verdadeiro propósito da apologética Cristã.

Há dois aspectos / métodos básicos de apologética Cristã. O primeiro, conhecido como apologética clássica, envolve compartilhar provas e evidências de que a mensagem Cristã é verdade. O segundo, conhecido como apologética presuposicional, envolve confrontar as pressuposições (idéias pré-concebidas, suposições) por trás das posições anti-Cristãs. Proponentes dos dois métodos de apologética Cristã geralmente discutem entre si sobre qual método é mais eficiente. Aparentaria ser bem mais produtivo usar os dois métodos, dependendo da pessoa e da situação.

Apologética Cristã é simplesmente apresentar uma defesa básica da fé Cristã e da verdade Cristã àqueles que delas discordam. Apologética Cristã é um aspecto necessário da vida Cristã. Somos todos comandados a estarmos prontos e equipados a proclamar o Evangelho e defender nossa fé (Mateus 28:18-20; 1 Pedro 3:15). Essa é a essência da apologética Cristã! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, junho 29

TOXICIDADE DE FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS: POSSÍVEIS DANOS PELO SEU USO INDISCRIMINADO:

QUAIS SÃO AS TEORIAS DIFERENTES SOBRE A EXPIAÇÃO?

Por todo o curso da história da igreja, várias opiniões ou teorias diferentes sobre a expiação têm sido propostas por indivíduos ou organizações diferentes, algumas delas sendo verdadeiras, outras sendo falsas. Um dos motivos para isso é que o Velho e o Novo Testamento revelam muitas verdades sobre a expiação de Cristo, então é difícil, se não impossível, achar apenas uma “teoria” que engloba ou explica a riqueza dessa doutrina por completo. Ao contrário, o que descobrimos à medida que estudamos as Escrituras, é um retrato rico e de muitas faces sobre a redenção que Cristo tem executado. Um outro fator que contribui à existência de tantas teorias sobre a expiação é que muito do que podemos aprender sobre a expiação precisa ser compreendido da experiência e perspectiva do povo de Deus sob o sistema de sacrifícios do Velho Testamento. Já que ter uma opinião correta da expiação de Cristo é fundamental para entender a Bíblia como um todo, até mesmo uma análise das teorias diferentes pode nos ser útil.

A expiação de Cristo (seu propósito e o que cumpriu) é tão rica que muito tem sido escrito sobre esse assunto. O propósito desse estudo é providenciar um simples resumo das muitas teorias que têm sido propostas durante o percurso da história da igreja. Ao estudar as opiniões diferentes sobre a expiação, não devemos nunca esquecer do fato de que qualquer opinião que não reconhece o pecado do homem e o aspecto substitucionário da expiação é deficiente e herege. 

Teoria do Resgate pago a Satanás: Essa opinião enxerga a expiação de Cristo como um resgate que foi pago a Satanás para comprar a liberdade do homem depois de ter sido seu escravo. Ela é baseada na crença de que a condição espiritual do homem é como um escravo de Satanás e que o significado da morte de Cristo foi para assegurar a vitória de Deus contra Satanás. Essa teoria tem pouco sustento bíblico (se é que tem qualquer sustento) e poucas pessoas defenderam essa opinião durante o curso da história da igreja. É herege porque acha que Satanás, e não Deus, foi quem exigiu o pagamento pelo pecado e completamente ignora as exigências da justiça de Deus como vemos nas Escrituras. Também tem uma opinião de Satanás ocupando uma posição mais alta do que a realidade e tendo mais poder do que ele realmente tem. Não há nenhum sustento bíblico para a idéia de que pecadores devem qualquer coisa a Satanás, e ao ler a Bíblia podemos ver que Deus é quem exige um pagamento pelo pecado.

Teoria da Recapitulação: Essa opinião enxerga a expiação de Cristo como uma ação para reverter o percurso da humanidade de desobediência a obediência. Ela acredita que a vida de Cristo resumiu todos os estágios da vida humana e ao fazer isso reverteu o percurso de desobediência iniciado por Adão. Essa teoria não tem nenhum sustento bíblico.

Teoria Dramática: Essa teoria enxerga a expiação de Cristo como tendo dois propósitos: assegurar a vitória em um conflito divino entre o bem e o mal, e ganhar a liberação do homem de sua escravidão a Satanás. O significado da morte de Cristo foi para assegurar a vitória de Deus contra Satanás e providenciar um caminho para redimir o mundo de sua escravidão ao mal.

Teoria Mística: Essa opinião enxerga a expiação de Cristo como um triunfo de Cristo contra a Sua própria natureza pecaminosa através do poder do Espírito Santo. Aqueles que defendem essa opinião acreditam que conhecimento dessa vitória vai influenciar o homem de uma forma mística e despertar sua “consciência de deus”. Eles também acreditam que a condição espiritual do homem não é o resultado do pecado, mas simplesmente uma falta de “consciência de Deus”. Claramente essa é umas das teorias mais hereges de todas, porque acreditar nessa teoria significa acreditar que Cristo tinha uma natureza pecaminosa. As Escrituras são bem claras ao declarar que Cristo era o perfeito Deus-homem e sem pecado em todo aspecto da Sua natureza (Hebreus 4-15 ). 

Teoria de Exemplo: Essa opinião enxerga a expiação de Cristo como um exemplo de fé e obediência para encorajar o homem a ser obediente a Deus. Aqueles que defendem essa opinião acreditam que o homem é espiritualmente vivo e que a vida de Cristo e a Sua expiação foram simplesmente um exemplo de fé verdadeira e obediência e deve servir como inspiração aos homens a viver uma vida semelhante de fé e obediência. Essa e a teoria da influência moral são semelhantes, pois ambas negam que a justiça de Deus exige um pagamento pelo pecado e que a morte de Cristo na cruz foi o pagamento. A diferença principal entre a teoria da influência moral e a teoria de exemplo é que a primeira diz que a morte de Cristo nos ensina o quanto Deus nos ama e a segunda diz que a morte de Cristo nos ensina a viver. Claro que Cristo com certeza é um exemplo que devemos seguir, até mesmo em Sua morte, mas a teoria do exemplo deixa de reconhecer a verdadeira condição espiritual do homem- morto em delitos e pecado (Efésios 2-1) – e que a justiça de Deus exige pagamento pelo pecado, o qual o homem não é capaz de pagar de forma alguma.

Teoria de Influência Moral: Essa teoria enxerga a expiação de Cristo como uma demonstração do amor de Deus que causa o coração do homem a abrandar e arrepender-se. Aqueles que defendem essa teoria acreditam que o homem é espiritualmente doente e precisa de ajuda e que o homem é levado a aceitar o perdão de Deus ao ver o amor de Deus pelos homens. Eles acreditam que o propósito e significado da morte de Cristo foi demonstrar o amor de Deus pelos homens. Enquanto é verdade que a expiação de Cristo foi o exemplo supremo do amor de Deus, essa opinião também é herege porque nega a verdadeira condição espiritual do homem e nega que Deus realmente exige um pagamento pelo pecado. Essa teoria da expiação de Cristo deixa a humanidade sem um sacrifício verdadeiro e sem o pagamento pelo pecado.

Teoria Comercial: Essa teoria enxerga a expiação de Cristo como algo que traz honra infinita a Deus. Isso fez com que Deus desse a Cristo uma recompensa da qual Ele não precisava, e Cristo deu essa recompensa ao homem. Aqueles que defendem essa teoria acreditam que a condição espiritual do homem é uma que desonra a Deus e a morte de Cristo, a qual trouxe honra infinita a Deus, pode ser usada pelos pecadores para obter salvação. Essa teoria, como muitas outras, nega o verdadeiro estado dos pecadores não regenerados e sua necessidade de uma natureza completamente nova, disponível apenas em Cristo (2 Coríntios 5-17). 

Teoria Governamental: Essa teoria enxerga a expiação de Cristo como demonstrando o quanto Deus valoriza Sua lei e como Ele encara o pecado. É através da morte de Cristo que Deus tem um motivo para perdoar os pecados daqueles que se arrependem e aceitam a morte substitucionária de Cristo. Aqueles que defendem essa opinião acreditam que a condição espiritual do homem é uma de quem tem violado a lei moral de Deus e que o significado da morte de Cristo foi para ser um substituto pela penalidade do pecado. Porque Cristo pegou a penalidade do pecado, é possível que Deus perdoe legalmente aqueles que aceitam Cristo como seu substituto. Essa teoria falha em não ensinar que Cristo realmente pagou pela penalidade dos pecados reais de qualquer povo, e mostra ao invés disso que Seu sofrimento apenas mostrou à humanidade que as leis de Deus foram quebradas e que algum tipo de penalidade foi paga.

Teoria da Substituição Penal: Essa teoria enxerga a expiação de Cristo como sendo um sacrifício substitucionário que satisfez as exigências da justiça Deus sobre o pecado. Ao fazer isso, Cristo pagou a penalidade pelo pecado dos homens por trazer perdão, por imputar justiça e por reconciliar o homem a Deus. Aqueles que defendem essa teoria acreditam que todos os aspectos do homem - sua mente, vontade e emoções- têm sido contaminados pelo pecado. Também acreditam que o homem é espiritualmente depravado e morto. Essa teoria acredita que a morte de Cristo pagou a penalidade do pecado por aqueles que Deus elegeu e escolheu salvar, e que através de arrependimento o homem pode aceitar a substituição de Cristo como pagamento pelo seu pecado. Essa teoria se alinha com a Bíblia de uma forma mais correta em sua opinião do pecado, da natureza do homem e sobre os resultados da morte de Cristo na cruz! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, junho 27

VERGONHA DE SI MESMO QUAL O SIGNIFICADO DO PONTO DE VISTA PSICANÁLITICO:

Antes de tudo, sentir vergonha é universal, todos nós, em várias situações da vida sentimentos. Porém, muitas pessoas acabam escondendo esse sentimento, o que pode desencadear em diversos transtornos na vida, afetando até a saúde mental. Dessa forma, neste artigo verá dicas efetivas de como parar de ter vergonha e conseguir ter uma vida plena e feliz. 

O que é vergonha? 

Vergonha, conforme descrição do dicionário, é um sentimento de humilhação ou de desonra; vexame; receio de se sentir ridículo perante as pessoas. Assim, a vergonha é um sentimento que demonstra uma dor real, intimamente ligada a rejeição

Eis a definição que emergiu de minha pesquisa: Vergonha é o sentimento intensamente doloroso ou a experiência de acreditar que somos defeituosos e, portanto, indignos de amor e aceitação.

Assim, antes de sabermos como parar de ter vergonha, precisamos primeiramente entendê-la, reconhecendo este sentimento. A vergonha é um sentimento doloroso, que pode desencadear em muitos outros, como arrependimento, desconforto, insegurança, indignidade, dentre outros.  

Portanto, a vergonha pode trazer graves consequências para a qualidade de vida e bem-estar, o que pode desenvolver doenças mentais como transtorno de ansiedade e depressão. Por isso, aprenda a entender esse sentimento e como parar de ter vergonha. 

Vergonha e vulnerabilidade:

Para aprender como parar de ter vergonha precisamos, principalmente, aceitar que somos pessoas vulneráveis e isso não é um sinal de fraqueza. Ao contrário, a vida é, por si só, vulnerável e encarar as nossas próprias vulnerabilidades é um ato de imensa coragem.  

Em suma, vulnerabilidade nada mais é do que sentir, é o centro de nossas emoções. Quando estamos abertos a entender nossas vulnerabilidades, ou seja, nossos sentimentos, somos capazes de enfrentá-los e aceitá-los. 

Em resultado, quando as experiências que nos deixam vulneráveis acabam por nos prejudicar, nos tornamos capazes de lidar com os problemas facilmente. Como, por exemplo, parar de ter vergonha. Pois, aprendemos que aceitar a nossa vergonha é ser vulnerável, e isso faz parte da vida. Assim, nos tornando pessoas confiantes, autênticas, empáticas, criativas e, principalmente, corajosas. 

Dicas de como não ter vergonha: 

Todos temos vergonha, é natural, mas quando ela passa a ser uma emoção prejudicial, resultando em consequências negativas, como frustração, isolamento, medo, é necessário mudar a perspectiva. Nesse sentido, trago aqui 10 dicas de como parar de ter vergonha. Acredite: falar sobre este assunto será libertador para sua vida, você aprenderá a sentir e viver melhor, de forma plena e autêntica. 

1. Resiliência:

Agora que você aprendeu o que é vergonha, o primeiro passo para aprender como parar de ter vergonha está na resiliência. Resiliência, em suma, é a nossa capacidade recuperação diante das adversidades e mudanças da vida. 

Quando você estiver em um momento de vergonha, quando sua única vontade é se esconder, encare e resolva a situação. Converse consigo mesmo e entenda que o que está lhe acontecendo é natural, e se você se esconder apenas prejudicará o deslinde da situação. Não trará fim a uma história que, até mesmo, pode ser um assunto que lhe sufocará pelo resto da vida.  

Portanto, ter resiliência à vergonha é, na verdade, buscar equilíbrio para a situação, tendo um ato de coragem emocional para resolver o conflito. Ou seja, é uma forma de reagirmos aos nossos problemas conforme os nossos princípios e valores. 

2. Empatia:

A empatia é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, compreendendo de forma emocional o seu sentimento. De antemão, saiba que a empatia pode ser exercida sem precisar usar uma palavra sequer: somente ouvir alguém com atenção plena e um olhar amistoso fará toda diferença.  

Nesse sentido, a empatia é exercida quando não existe julgamento, sendo isso o que mais importa quando se fala de vergonha. Desse modo, a empatia nada mais é que se conectar ao sentimento do outro, sem relação com o evento que o desencadeou. É, em suma, apenas transmitir ao outro que este não está sozinho. Simples assim. 

Dessa forma, primordial que você tenha pessoas empáticas em sua vida, a qual você tenha confiança o suficiente para ser ouvido, com espaço para falar sobre suas vergonhas sem julgamentos. Conectar-se emocionalmente com alguém que tenha empatia é uma das formas mais eficazes de como parar de ter vergonha.  

3. Fale sobre seus sentimentos:

Antecipadamente, falar sobre seus sentimentos é praticar coragem, principalmente a respeito da vergonha. Pois a pessoa com vergonha tende a tentar formas de se esconder, evitando ao máximo falar sobre o assunto que lhe é vergonhoso. Porém, saiba que falar sobre é uma das maneiras mais eficazes de como parar de ter vergonha.  

Assim, tenha em mente que quem lhe ama e quer o seu bem, independentemente dos seus resultados, tem interesse sobre seus sentimentos. Então, tenha coragem de mostrar suas vulnerabilidades e expor sua vergonha.  

4. Seja ousado e corajoso:

Para compreender nossa vergonha e superá-la precisamos, antes de tudo, sermos corajosos e ousados para as expor. Essa é uma forma de nos livrarmos do sufocamento que a vergonha pode causar, e, enfim, nos tornarmos livres e aceitarmos quem somos. 

Por isso, ousadia e coragem devem fazer parte de seu vocabulário quando se fala de superar a vergonha. O enfrentamento, por mais que pareça doloroso, ao final é libertador. 

5. Saiba reconhecer os seus medos:

A vergonha está relacionada ao medo, então, para que você consiga lidar com ela, deverá reconhecer os seus limites e dificuldades. Por isso, importante que seja honesto consigo mesmo para entender quais são os seus medos e como pode enfrentá-los.  

E se você acredita que não consiga encarar seus medos sozinho, não se esqueça da importância de pedir ajuda, tanto de alguém próximo como, até mesmo, ajuda de um profissional especializado em saúde mental. Vale dizer que medos pode prejudicar imensamente nossas vidas, podendo transformar-se em fobias. 

6. Amor-próprio:

O amor-próprio é um dos pilares para se aprender como parar de ter vergonha, pois é a partir dele que se consegue desenvolver a confiança em si mesmo. Quando você tem amor-próprio, você acredita que é capaz de conseguir tudo o que deseja.  

Portanto, acredite na sua força, no seu potencial e no que você pode conquistar. Desse modo, é primordial para como parar de ter vergonha o desenvolvimento da autoaceitação. Aceite e valorize quem você é, com as suas qualidades e defeitos. Não se prenda às expectativas de outras pessoas, saiba que tem seu próprio valor, independentemente do que outras pessoas possam pensar. 

7. Conheça seus gatilhos de vergonha:

Nossa insegurança sobre determinados aspectos da vida faz com que nossa vergonha se potencialize. E, assim, esta emoção pode nos levar a lidar com outras questões emocionais e medos antigos de não sermos bons o suficiente. 

Por isso, ao nos conscientizarmos dos nossos gatilhos para a vergonha, conseguimos controlar esta emoção antes que ela ganhe força e nos impeça de evoluir. Então, pense sobre o que lhe deixa envergonhado e reflita a respeito desse assunto. 

8. Deixe o passado para trás:

Se você sente vergonha devido a algum acontecimento do seu passado, quando alguém lhe disse que você não era bom em algo e que deveria desistir, é hora de abandonar deixar o passado para trás.  

Lembranças traumatizantes podem nos paralisar e nos impedir de avançar, então é importante seguir em frente. Portanto, aprenda a aceitar que você não é perfeito e que nem todos os dias são fáceis. Lembre-se de que os erros fazem parte do crescimento. 

9. Tenha autoconfiança e autoestima alta:

Para desenvolver a sua autoconfiança e a autoestima, comece destacando os seus pontos fortes. Isso lhe ajudará a diminuir o sentimento de inadequação que pode provocar vergonha. Lembre-se das suas qualidades positivas para se sentir mais à vontade, sendo essa mais uma forma eficaz de como parar de ter vergonha.

10. Escreva sobre você:

Escrever é uma excelente maneira de se conectar consigo mesmo. Ao externalizar seus sentimentos e pensamentos, você pode se conhecer melhor. Desse modo, a escrita é uma das formas mais acessíveis de lidar com o que está acontecendo em sua vida. E isso pode ser útil para não sofrer mais com a vergonha e não se sentir tão solitário.          " SEJA FONTE DE AMOR "

PORQUE O PACIENTE RENAL NÃO PODE TOMAR MUITA ÁGUA?

Geralmente a quantidade de líquidos que pode ser ingerida por pacientes com insuficiência renal crônica situa-se entre os 2 a 3 copos de 200 ml cada, somados ao volume de urina eliminado em um dia. Isto é, se o paciente com insuficiência renal faz 700 ml de xixi num dia, ele pode beber essa quantidade de água mais 600 ml por dia, no máximo.

Além disso, a quantidade de água permitida também varia de acordo com o clima e com a atividade física do paciente, que pode permitir uma ingestão maior de líquidos caso o paciente transpire muito.

Porém, a quantidade de líquidos que pode ser ingerida pelo paciente tem que ser controlada pelo profissional de saúde após um exame de urina chamado clearance de creatinina que avalia a função renal e a sua capacidade de filtrar os líquido do corpo.

Como controlar a quantidade de líquidos:

O controle da quantidade de líquidos consumidos durante o dia é importante para que seja evitada a sobrecarga dos rins e surgimento de complicações, sendo recomendado para isso anotar em um papel a quantidade de líquidos ingeridos, beber apenas quando tiver sede e evitar beber por hábito ou de forma social, pois nesses casos há tendência de se consumida maior quantidade do que o indicado peloprofissional de saúde. 

Além disso, uma dica que ajuda a controlar a quantidade de líquidos é usar copos e xícaras pequenas, pois assim é possível ter mais controle da quantidade consumida.

É importante controlar a ingestão não só de água mas também de água de coco, gelo, bebidas alcoólicas, café, chá, chimarrão, gelatina, leite, sorvete, refrigerante, sopa, suco, porque são considerados líquidos. No entanto, a água de alimentos sólidos ricos em água como as frutas e verduras, por exemplo, não são somados no volume de líquidos que é permite o paciente ingerir.

Como combater a sede na insuficiência renal:

O controle da ingestão de água por pacientes com insuficiência renal crônica é importante para evitar que a doença piore, provocando inchaço no corpo todo, dificuldade em respirar e aumento da pressão arterial. Algumas dicas para ajudar o paciente com insuficiência renal a controlar a sede, sem beber água, podem ser:

  1. Evitar alimentos salgados;
  2. Tentar respirar mais pelo nariz que pela boca;
  3. Comer frutas geladas;
  4. Beber líquidos gelados;
  5. Colocar uma pedra de gelo na boca, mata a sede e a quantidade de líquido ingerida é menor;
  6. Colocar suco de limão ou limonada em uma forminha de gelo para congelar e chupar uma pedrinha quando sentir sede;
  7. Quando a boca tiver seca, colocar um pedaço de limão na boca para estimular. 

Além disso, também é possível diminuir a sede apenas enxaguando a boca, bochechando água ou escovando os dentes.

O QUE É O TRINITARIANISMO? É O TRINITARIANISMO BÍBLICO?

Trinitarianismo é o ensino de que Deus é triúno, que Ele tem Se revelado em três Pessoas co-iguais e co-eternas. O propósito desse estudo é apenas discutir a importância do Trinitarianismo em relação à salvação e vida Cristã. 

Frequentemente recebemos a pergunta: "tenho que acreditar na Trindade para ser salvo?" A resposta é – sim e não. Tem uma pessoa que compreender totalmente e concordar com todos os aspectos do Trinitarianismo para ser salvo? Não. Há certos aspectos do Trinitarianismo que fazem um papel importante em salvação? Sim. Por exemplo, a divindade de Cristo é de importância crucial à doutrina da salvação. Se Jesus não fosse Deus, Sua morte não poderia ter pago a penalidade infinita do pecado. Só Deus é infinito – Ele não teve um começo e não tem um fim. Todas as outras criaturas, incluindo os anjos, são finitos – eles são todos seres criados. Apenas a morte de um Ser infinito poderia expiar pelo pecado da humanidade por toda a eternidade. Se Jesus não fosse Deus, Ele não poderia ser o Salvador, o Messias, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (João 1:29). Uma opinião não bíblica da natureza divina de Jesus resulta em uma opinião errada sobre salvação. Toda seita "Cristã" que nega a divindade verdadeira de Cristo também ensina que precisamos adicionar nossas obras à morte de Cristo para podermos ser salvos. A verdadeira e completa divindade de Cristo, um aspecto do Trinitarianismo, refuta esse conceito.

Ao mesmo tempo, reconhecemos que há seguidores genuínos de Jesus Cristo que não defendem o Trinitarianismo por completo. Enquanto rejeitamos Modalismo, não negamos que uma pessoa pode ser salva e acreditar que Deus não é três Pessoas, mas simplesmente Se revelou de três “modos”. A Trindade é um mistério que nenhum ser humano finito pode completamente e perfeitamente compreender. Para salvação ser recebida, Deus exige que confiemos em Jesus Cristo, Deus encarnado, como Salvador. Para salvação ser recebida, Deus não exige aderência completa a todo preceito de teologia Bíblica como a Bíblia ensina. Não, entendimento completo e concordar completamente com todos os aspectos do Trinitarianismo não são necessários para salvação. 

Defendemos fortemente que Trinitarianismo é um doutrina baseada no que a Bíblia ensina. Proclamamos de forma dogmática que compreender e acreditar no Trinitarianismo bíblico é crucialmente importante para a compreensão de Deus, salvação, e o trabalho contínuo de Deus na vida dos seguidores de Cristo. Ao mesmo tempo, têm existido homens que amam a Deus, seguidores genuínos de Jesus Cristo, que têm tido certos desacordos com aspectos do Trinitarianismo. É importante lembrar que não somos salvos por ter uma doutrina perfeita. Somos salvos ao confiar no nosso perfeito Salvador (João 3:16). Temos que acreditar em certos aspectos do Trinitarianismo para sermos salvos? Sim! Temos que concordar totalmente com todas as áreas do Trinitarianismo para sermos salvos? Não! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, junho 26

O QUE SIGNIFICA O AMILENISMO? COMO O AMILENISMO SE DIFERE DO PRE- MILENISMO E DO PÓS-MILENISMO? VAMOS ENTENDER?

O amilenismo, ou amilenialismo, é o nome dado à crença de que não haverá um reino literal de Cristo por 1000 anos. As pessoas que defendem essa ideia são chamadas de amilenistas. O prefixo "a" em amilenismo significa "não" ou "sem". Portanto, o amilenismo significa “sem milênio”. Isso difere da opinião mais comum chamada de pré-milenialismo/pré-milenismo (a opinião de que a segunda vinda de Cristo vai acontecer antes do Seu reino milenar e que o reino de Cristo é um reino literal de 1000 anos) e da opinião menos comum chamada de pós-milenialismo/pós-milenismo (a crença de que Cristo vai retornar depois que os cristãos – não o próprio Cristo – estabelecerem o reino na terra). 

No entanto, em justiça aos que são amilenistas, devemos acrescentar que eles não acreditam que não haja nenhuma forma de milênio. Eles só não acreditam em um milênio literal – um reino literal de 1000 anos de Cristo na terra. Ao invés, acreditam que Cristo esteja sentado agora mesmo no trono de Davi e que a era atual da Igreja seja o reino sobre o qual Cristo tem domínio. Não há dúvida nenhuma de que Cristo esteja agora mesmo sentado no trono, mas isso não significa que esse seja o reino ao qual a Bíblia se refere como o trono de Davi. Não há dúvida de que Cristo agora reina, pois Ele é Deus. No entanto, isso não significa que Ele esteja exercendo agora o Seu reino milenar.

Para que Deus possa cumprir as Suas promessas a Israel e Sua aliança com Davi (2 Samuel 7:8-16; 23:5; Salmos 89:3-4), tem que existir um reino literal e físico na terra. Duvidar disso é questionar o desejo de Deus e/ou a sua habilidade de cumprir as Suas promessas, e isso abre as portas para vários problemas teológicos. Por exemplo, se Deus pudesse renegar Suas promessas a Israel depois de afirmar que eram “eternas”, como poderíamos ter certeza de quaisquer de Suas promessas, inclusive das promessas de Salvação aos que creem no Senhor Jesus? A única solução é acreditar na Sua Palavra e compreender que as Suas promessas serão cumpridas literalmente.

Indicações bíblicas claras de que o reino será um reino literal aqui na terra são:

1) Os pés de Cristo tocam no Monte das Oliveiras antes do Seu reino ser estabelecido (Zacarias 14:4,9);

2) Durante o reino, o Messias vai executar justiça e julgamento na terra (Jeremias 23:5-8);

3) O reino é descrito como sendo debaixo do céu (Daniel 7:13-14,27).

4) Os profetas profetizaram de mudanças terrenas dramáticas durante o reino (Atos 3:21; Isaías 35:1-2; 11:6-9; 29:18; 65:20-22; Ezequiel 47:1-12; Amós 9:11-15); e

5) A ordem cronológica dos eventos de Apocalipse indica a existência de um reino milenar antes da conclusão da história mundial (Apocalipse 20). 

A opinião amilenista surge do uso de um método de interpretação para profecias ainda não cumpridas e de um outro método para as Escrituras não-proféticas e profecias cumpridas. Escrituras não-proféticas e profecias cumpridas são interpretadas literalmente e normalmente. Entretanto, de acordo com o amilenista, profecia não cumprida é para ser interpretada espiritualmente, ou de forma não literal. Aqueles que defendem o amilenismo acreditam que uma leitura "espiritual" das profecias não cumpridas seja a leitura apropriada daqueles textos. Isso se chama de dupla hermenêutica. Por hermenêutica entende-se o estudo dos princípios de interpretação. O amilenista acredita que a maioria, se não todas, das profecias não cumpridas são escritas em linguagem simbólica, figurativa e espiritual. Portanto, os amilenistas dão um sentido diferente àquelas partes da Bíblia do que o significado normal e contextual de suas palavras.

O problema de interpretar profecias não cumpridas dessa forma é que abre as portas para uma grande quantidade de significados. A menos que se interprete a Bíblia no sentido normal, não haverá apenas um significado. Ao mesmo tempo, Deus, o grande Autor de todas as Escrituras, teve apenas um significado em mente quando inspirou os autores humanos a escreverem. Embora possamos tirar muitas aplicações para as nossas vidas de uma só passagem da Bíblia, há apenas um significado e esse significado é o que Deus quis transmitir. Além disso, o fato de que profecias cumpridas foram cumpridas literalmente é o melhor motivo para acreditarmos que as profecias ainda não cumpridas serão cumpridas literalmente. As profecias sobre a primeira vinda de Cristo foram todas cumpridas literalmente. Portanto, deve-se esperar que as profecias sobre a segunda vinda de Cristo também serão cumpridas literalmente. Por esses motivos, uma interpretação alegórica de profecias não cumpridas deve ser rejeitada e uma interpretação literal ou normal dessas profecias deve ser adotada. O amilenismo falha por utilizar uma hermenêutica inconsistente, ou seja, a interpretação da profecia não cumprida de forma diferente da profecia cumprida! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

domingo, junho 25

O QUE É ESQUIZOFRENIA PARANOIDE? CAUSAS E SINTOMAS:

A mente humana funciona como um grande complexo de conexões que interfere diretamente em nossa personalidade e existência. Tanto que a menor das alterações pode iniciar mudanças significativas e afetar ou não nossa saúde mental. É o que vamos entender aprendendo o significado de esquizofrenia.

O que é esquizofrenia?

A esquizofrenia se mostra como um transtorno mental crônico que interfere no pensamento, sentidos e comportamento. É um problema grave, sendo uma barreira gigantesca que dificuldade a socialização pelas mudanças que provoca. Isso porque pode surgir uma indiferença afetiva, pensamentos confusos e mudanças em sua postura com os outros.

Usando palavras mais simples, os esquizofrênicos parecem ter perdido contato com a realidade. Nisso, o mundo em que se vive é trocado em favor das alucinações e delírios vivenciados pelo enfermo em questão. Ainda que não seja comum como outros problemas mentais, os sintomas do transtorno são muito impeditivos ao cotidiano comum.

Ao que parece a mente do paciente se divide por conta dos surtos catalisados por mudanças em sua percepção comum. Existem estimativas de que mais de 2 milhões de brasileiros vivam com isso, porém o conhecimento a respeito não é tão bem trabalhado. Tratando-se do restante do mundo, 1% da população se mostra portadora do problema.

Causas:

Até o momento não foram encontrados dados concretos sobre o que acontece na mente de quem possui esquizofrenia. Pesquisadores apontam pesquisas indicando mudanças na dopamina no cérebro que podem dizer algo sobre.

Indo a fundo, foi realizada uma pesquisa no DNA desses pacientes em busca de possíveis mutações, mas sem resultados. Ainda levantaram a ligação entre traumas no parto e infecções na gestação como algo que levasse ao transtorno. Porém, isso não indica claramente as origens do problema e nem abre portas para novas possibilidades.

Essa falta de informações precisas acaba dificultando um diagnóstico precoce do problema que leva, em média, sete anos para detecção. Ainda que uma certeza precoce ajudasse no tratamento efetivo, isso é difícil de acontecer e a observação constante se faz necessária. Por exemplo, se atentar a mudanças bruscas, como mania de perseguição ou perda de vontade sobre algo.

Sintomas:

A esquizofrenia atua sutilmente em sua construção e pode começar com uma apatia leve entre a adolescência e vida adulta. Entre os 18 aos 30 anos é notável como algumas pessoas deixam de lado sua rotina comum e se isolam. Sem contar a alteração em suas reações, como sentimentos simples que seriam comuns e ficam desajustados e estranhos.

Em seguida, pode vir a sensação de que algo está errado e que alguém está perseguindo ele. Daí esses pensamentos se transformam em loucuras sensoriais e pode vir a teoria da conspiração. De forma mais clara, alguns dos sintomas são:

  • Alucinações;
  • Reações distintas em situações felizes ou tristes;
  • Apatia;
  • Mania de acreditar que está sendo perseguido por alguém ou algo;
  • Problemas no aprendizado, algo vindo desde a infância;
  • Falta de estímulo para realizar seus afazeres comuns, como trabalhar ou socializar;
  • Mudanças em seus órgãos sensoriais, como a visão, audição ou até olfato.

Tipos:

Embora tenhamos uma visão geral do problema, a esquizofrenia possui subcategorias onde se encaixa devido as nuances. Claro, somente um profissional capacitado pode realizar um diagnóstico adequado para classificar corretamente o transtorno. Nisso, temos:

Esquizofrenia simples:

Trata-se do transtorno que exibe mudanças em sua personalidade. Nisso, o esquizofrênico vai preferir se isolar, não se importa com os acontecimentos cotidianos e se mostra mais insensível afetivamente.

Esquizofrenia paranoide:

O indivíduo busca se isolar da forma como pode aqui, mas a confusão está mais evidente. Isso se traduz através de falas confusas, crença de que é perseguido por alguém e ausência emotiva.

Esquizofrenia desorganizada:

Mostra-se com um comportamento infantilizado, pensamentos desconexos e respostas emotivas descontroladas. É também chamada de “hebefrênica”.

Esquizofrenia catatônica:

Existe aqui um grande muito evidente de apatia fazendo com que fique imóvel por horas e diminuindo ações motoras.

Esquizofrenia residual:

O seu comportamento, sociabilidade e emoções mudam, mas não tanto quanto os outros tipos.

Esquizofrenia indiferenciada:

Embora não se encaixem nos tipos acima com perfeição podem, sim, mostrar outras características citadas.

Diferença entre esquizofrenia e paranoia:

A paranoia, ou transtorno de personalidade paranoide, se identifica como medo irracional. Existe aqui uma crença de que outra pessoa está tramando para que consiga prejudicar o indivíduo. Nisso, o seu temor se eleva a tal ponto que a sua rotina muda por completo e interfere nos relacionamentos e trabalho.

Tal desconfiança se assemelha muito ao transtorno da esquizofrenia. Ambas carregam sintomas muito parecidos e são facilmente confundidas, como por exemplo gosto pelo isolamento ou afastamento das pessoas. Entretanto, quem possui paranoia não vivencia geralmente as alucinações, algo recorrente com o problema esquizofrênico.

Numa visão geral, os dois problemas demonstram com clareza delírios. Enquanto a paranoia vem com a ideia de ser perseguido e ideia de grandeza, o outro transtorno indica a quebra do ego. Nisso, o esquizofrênico acaba se afastando da realidade e perdendo a ligação com ela.

Psicose e esquizofrenia:

Quanto à psicose, ela é um quadro de mudança brusca ou do pensamento, da senso percepção ou representação do real. Com isso, o psicótico pode demonstrar delírios, paranoias, alucinações e outras alterações em sua percepção. Porém, em geral, os quadros costumam durar por pouco tempo e abaixo de 30 dias.

Mesmo pessoas sadias que estão se adaptando a experiências ruins e traumáticas podem manifestar o transtorno. Sem contar aquelas que já carregavam uma doença psiquiátrica que não foi tão cuidada quanto se pensa. A exemplo, pessoas depressivas, bipolares, ansiosas, dependentes químicos, autistas, entre outras.

A esquizofrenia é uma doença crônica grave que até o momento não possui cura tendo sintomas psicóticos ou não. O esquizofrênico, aliás, pode apresentar sintomas e sinais menos evidentes que são facilmente percebidos. Nesse caminho, pouco se movimentam ou falam, perdem a vontade de comer, são desanimados, etc.

Tratamento:

Como dito acima, até aqui não foi encontrada uma cura para sanar o problema da esquizofrenia. Ainda assim é possível ter uma vida ativa e produtiva com a reabilitação e medicação adequada. Dessa forma, o paciente em questão pode reaver a sua confiança e modelar as habilidades que precisa para ser mais independente.

Mesmo que o próprio paciente seja incapaz de fazer avaliações sobre si mesmo, as pessoas próximas devem buscar ajuda. De um profissional de saúde que  podem desenvolver um método terapêutico para reconduzir a sua postura. É um modo de controlar as suas pulsões e educar a sua mente para não atuar de maneira tão destrutiva.

Fora isso, temos a inclusão dos medicamentos como forma de aliviar os sintomas que a pessoa esquizofrênica sente. Além de reduzir os desequilíbrios químicos, evitam a recaída, mas devem ser administrados com cuidado. Os remédios utilizados atualmente não causam efeitos colaterais tão graves quanto os receitados antigamente.

Considerações finais sobre esquizofrenia:

Mesmo que não saibamos das origens da esquizofrenia, sabemos perfeitamente o teor destrutivo que possui. Infelizmente, existe um estigma muito grande a respeito do transtorno, o que impede uma educação adequada sobre ele. Esse tipo de conduta pode levar à criação de falsas imagens que acabam marginalizando uma conscientização a respeito do problema.

É preciso colocar em pauta a disponibilização de conhecimentos e recursos sobre para clarearmos possibilidades de mudança. Muitas pessoas sequer imaginam que se enquadram no transtorno. Assim, vivem suas vidas sem acesso para tratamento. Ainda que possa assustar alguns que convivem essa realidade, buscar ajuda é o melhor meio de garantir o direito à vida.

O QUE SIGNIFICA PRE-MILENISMO?

O pré-milenismo, ou pré-milenialismo, é a visão de que a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes do Seu Reino Milenar e que esse reino será um período literal de 1000 anos. Para que possamos compreender e interpretar as passagens nas Escrituras que lidam com os eventos do fim dos tempos, há duas coisas que precisamos claramente entender: um método apropriado de interpretar as Escrituras e a distinção entre Israel (os judeus) e a Igreja (o corpo de todos os crentes em Jesus Cristo).

Primeiramente, um método apropriado de interpretação das Escrituras requer que estas sejam interpretadas de uma forma consistente com o seu contexto. Isto significa que a passagem deva ser interpretada de forma consistente com o público para a qual foi escrita, aqueles de quem se escreve, por quem foi escrita, etc. É de crítica importância conhecer o autor, o público alvo e o contexto histórico da passagem interpretada. O pano de fundo histórico e cultural frequentemente revela o significado real da passagem. É importante também lembrar-se de que as Escrituras interpretam as próprias Escrituras. Ou seja, frequentemente uma passagem cobrirá um tópico ou assunto que também é mencionado em outra parte da Bíblia. É importante interpretar todas estas passagens de forma consistente umas com as outras.

Finalmente, e mais importante, as passagens devem sempre ser interpretadas pelo seu significado normal, regular, simples e literal, a não ser que o contexto da passagem indique ser figurativa por natureza. Uma interpretação literal não elimina a possibilidade do uso de figuras de linguagem. Ao contrário, encoraja o intérprete a não ler uma linguagem figurativa no significado de uma passagem a não ser que seja apropriado para aquele contexto. É crucial que nunca se busque um significado “mais profundo, mais espiritual” do que o apresentado. Espiritualizar uma passagem é perigoso porque a base da interpretação exata é colocada na mente do leitor, ao invés de vir direto das próprias Escrituras. Neste caso, não haverá qualquer padrão objetivo de interpretação; pelo contrário, as Escrituras se tornam sujeitas à impressão própria de cada pessoa a respeito do que significam. ( II Pedro 1:20-21) nos lembra: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

Ao aplicar estes princípios de interpretação bíblica, deve-se ver que Israel (os descendentes físicos de Abraão) e a Igreja (todos os cristãos ) são dois grupos distintos. É crucial reconhecer e compreender que Israel e a Igreja sejam distintos porque, se isto for mal compreendido, a Escritura será mal interpretada. Especialmente propensas a erros de interpretação são passagens que lidam com as promessas feitas a Israel (tanto as cumpridas quanto as que ainda não foram cumpridas). Tais promessas não devem ser aplicadas à Igreja. Lembre-se de que o contexto da passagem determinará a quem se dirige e apontará à interpretação mais correta.

Tendo em mente tais conceitos, daremos uma olhada em várias passagens da Escritura que lidam com a visão pré-milenista. (Gênesis 12: 1-3 ) diz: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Aqui, Deus promete três coisas a Abraão: Abraão teria muitos descendentes, a sua nação teria posse e ocuparia uma certa terra, e uma bênção universal viria a toda a humanidade da linha de descendência de Abraão (os judeus). Em ( Gênesis 15:9-17 ) Deus confirma o Seu pacto com Abraão. Pela forma em que isto é feito, Deus toma sobre Si toda a responsabilidade pelo pacto. Ou seja, não há nada que Abraão pudesse ou não fazer que invalidaria o pacto feito por Deus. Também nesta passagem, as fronteiras são estabelecidas para a terra que os judeus um dia ocupariam. Para uma lista detalhada das fronteiras, veja  (Deuteronômio 34 ) Outras passagens que lidam com a promessa da terra: (Deuteronômio 30:3-5 e Ezequiel 20:42-44 )

Em ( II Samuel capítulo 7 ) vemos a promessa feita por Deus ao Rei Davi. Aqui Deus promete a Davi que ele teria descendentes e que destes descendentes Deus estabeleceria um reino eterno. Isto se refere ao reinado de Cristo durante o Milênio e para sempre. É importante ter em mente que esta promessa deve ser cumprida literalmente e que ainda não o foi. Alguns creem que o reinado de Salomão tenha sido o cumprimento literal desta profecia, mas há um problema com isto. O território sobre o qual Salomão reinou não pertence a Israel hoje e Salomão tampouco reina sobre Israel hoje! Lembre-se de que Deus prometeu a Abraão que sua descendência teria posse da terra para sempre. Além disso, ( II Samuel 7 ) diz que Deus estabeleceria um Rei que reinaria pela eternidade. Salomão não poderia ser um cumprimento da promessa feita a Davi. Sendo assim, esta é uma promessa que ainda não foi cumprida.

Agora, com tudo isso em mente, examine o que está registrado em (Apocalipse 20:1-7 ) O período de mil anos que é repetidamente mencionado nesta passagem corresponde ao reinado literal de 1000 anos de Cristo sobre a terra. Lembre-se de que a promessa feita a Davi a respeito de um governante tem que ser cumprida literalmente e ainda não o foi. O pré-milenismo vê esta passagem como descrevendo o cumprimento futuro dessa promessa com Cristo no trono. Deus fez pactos incondicionais com Abraão e Davi. Nenhum destes pactos foi ainda completamente ou permanentemente cumprido. Um reinado físico e literal de Cristo é a única maneira para que os pactos sejam compridos da forma em que Deus prometeu que seriam.

A aplicação de um método literal de interpretação da Escritura resulta nas peças do quebra-cabeça se juntando. Todas as profecias do Antigo Testamento que tratavam da primeira vinda de Jesus foram literalmente cumpridas. Sendo assim, devemos esperar que as profecias a respeito de Sua segunda vinda também serão cumpridas literalmente. O pré-milenismo é o único sistema que concorda com uma interpretação literal dos pactos de Deus e profecia do fim dos tempos! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, junho 24

QUAL O SIGNIFICADO DO MÉTODO DE ASSOCIAÇÃO LIVRE PARA PSICANÁLISE?

O método da associação livre é uma técnica psicanalítica que foi criada e difundida por Sigmund Freud. Para Freud, seria a técnica psicanalítica por excelência, a técnica que o psicanalista mais usaria em clínica. Com a associação livre em psicanálise, aumentariam as chances de acessar as bases inconscientes do paciente na terapia clínica.

Não é possível definir uma data exata para a descoberta do método. Teria sido algo progressivo na obra de Freud, entre 1892 e 1898.

Trata-se do método principal da psicanálise. Na verdade, o único método da psicanálise. É tão importante que costuma-se dizer que:

  • a obra de Freud antes de focar no método da associação livre é a fase pré-psicanalítica,
  • enquanto que a partir da associação livre seria a fase psicanalítica propriamente dita.

A associação livre para substituir a hipnose:

O próprio Freud, em seus estudos e experiências de análise, passou a considerar que a hipnose não era efetiva.

Isso porque:

  • a hipnose não servia para todos os pacientes, uma vez que alguns pacientes não eram hipnotizáveis;
  • e, mesmo nos pacientes hipnotizáveis, as neuroses posteriormente voltavam a acometer os pacientes, sem efeitos duradouros.

Sendo assim, Freud criou a técnica da associação livre. Não foi em um passe de mágicas: cada vez mais Freud foi usando menos a hipnose e dando mais foco na palavra do paciente. A ideia seria permitir que o analisando pudesse atingir com maior facilidade os elementos responsáveis pela liberação dos afetos, das lembranças e das representações.

No início de seu trabalho com Josef Breuer, Freud chegou a utilizar a hipnose e técnicas derivadas da hipnose. Foi uma passagem relativamente curta, marcada na obra “Estudos sobre a histeria” (Breuer & Freud).

Nesta fase pré-associação livre, costumam-se denominar as técnicas freudianas como:

  • Sugestão hipnótica (Jean-Martin Charcot e Sigmund Freud) e
  • Método catártico (Josef Breuer e Sigmund Freud).

Nestas duas técnicas iniciais da prática de Freud, a tarefa do terapeuta seria colocar o paciente em estado hipnótico ou semi-hipnótico e sugerir ao paciente lembrar-se de eventos e superá-los.

Com o tempo, Freud passa a identificar que:

  • nem todo paciente é sugestionável ou hipnotizável;
  • muitas vezes a sugestão não tinha efeitos duradouros, regredindo aos sintomas de antes;
  • a fala em si do paciente já lhe trazia sensíveis melhoras, mesmo sem o paciente estar em estado hipnótico.

O conceito de associação livre em Psicanálise:

Gradativamente, Freud passa a permitir ao paciente falar mais em terrapia. Assim, a terapia psicanalítica passa a ter dois elementos essenciais, bastante interligados:

  • associação livre: o paciente livre-associa, trazendo de forma livre as ideias que lhe vêm à cabeça, reduzindo ao menos a parte consciente da repressão,
  • atenção flutante: o analista mantém uma atenção flutuante, propondo correlações e evitando se prender ao superficial ou literal das palavras, bem como evitando prender-se às crenças do próprio analista.

Importante ressaltar que a atenção flutuante não é um outro método da psicanálise diferente da associação livre. A atenção flutuante é, na verdade, um componente essencial dentro do método da associação livre. Enquanto a parte do analisando é livre-associar, a parte do psicanalista é manter sua atenção flutuante (para permitir a livre-associação e para captar conteúdos relevantes à interpretação).

Para Laplanche & Pontalis, a associação livre é o “método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea”.

Na primeira sessão de psicanálise, o psicanalista apresenta uma regra ao analisando (paciente), que deverá guiar o processo terapêutico, como Freud anunciava aos seus próprios pacientes:

Diga, pois, tudo que lhe passa pela mente. Comporte-se como faria, por exemplo, um passageiro sentado no trem ao lado da janela que descreve para seu vizinho de passeio como cambia a paisagem em sua vista. Por último, nunca se esqueça que prometeu sinceridade absoluta, e nunca omita algo alegando que, por algum motivo, você ache desagradável comunicá-lo” (Freud, “Sobre o Início do Tratamento”, 1913, p.136).

Deve o paciente (ou analisando) relaxar e falar de modo livre, sem censuras e obstáculos, tudo o que lhe ocorre na mente. Isso deve ocorrer desde as entrevistas preliminares, também chamadas por freud de tratamento de ensaio, ou início do tratamento analista deve explicar ao analisando esta essência de como funciona o método da associação livre, para maior proveito da terapia.

Não significa que todas as censuras sejam derrubadas com a associação livre. Afinal, o inconsciente também tem seus mecanismos de censura e repressão de conteúdos. O que ocorre é, por meio da fala livre (e com várias sessões psicanalíticas seguidas), paciente e analista vão elaborando padrões mentais e comportamentais que ajudam a entender a psique do paciente.

A importância da escuta na Associação Livre:

Foi graças ao método da associação livre que a psicanálise ficou conhecida como uma “cura pela palavra“.

Não é exagero dizer que alguns pacientes de Freud ajudaram-lhe a moldar a Psicanálise. Freud estava atento a esses pacientes e ao que o processo clínico lhe revelava.

A paciente Emmy von N. disse a Freud que ele não deveria ficar sempre lhe perguntando “de onde vem isto ou aquilo, mas deixá-la contar o que tem para contar“.

Sobre essa paciente, Freud escreveu:

“As palavras que [Emmy] me dirige (…) não são tão inintencionais como parecem; reproduzem antes com fidelidade as recordações e as novas impressões que agiram sobre ela desde a nossa última conversa e emanam muitas vezes, de modo inteiramente inesperado, de reminiscências patogênicas de que ela se liberta espontaneamente pela palavra.”

Escutar o analisando importava, porque Freud considerava que:

  • a simples mecânica do falar já era parte de descarga da tensão psíquica; e,
  • em termos de conteúdo, aquilo que está associado (à primeira vista, conscientemente e “acordado”) dá indícios do que está oculto, ao que o “desejo” manifesta no inconsciente.

Essas representações se apresentam para o analista e cabe a ele interpretá-las e propor elaborações ao analisando, apontando que:

  • um conteúdo manifesto (o que o analisando falou) tem por base ou origem
  • um conteúdo latente (os sinais não ditos e potencialmente originários no inconsciente, que o analista interpretou).

Ideias inicialmente desconexas vão ganhando linearidade no discurso do paciente, com a intervenção do analista, como se o analista fisgasse algo incoerente e mostrasse que, na verdade, aquilo que foi dito:

  • pode ter importância na causa do mal-estar (sintomas expressos) e
  • pode ter conexão com a forma de ser, pensar e agir do paciente.

Aquilo que é trazido superficialmente pelo analisando seria, na verdade, um “deslocamento” de um conteúdo inconsciente. O analista entende no que é falado um disfarce ou substituto do que é realmente patogênico.

“Quando peço a um paciente que disponha toda reflexão e me conte tudo o que lhe passa pela cabeça, (…) me considero fundamentado para inferir que isso que ele me conta, de aparência mais inofensiva e arbitrária que seja, tem relação com seu estado patológico”. (Freud, “A interpretação dos sonhos”, 1900, p.525).

A paciente que fez Freud se deslocar de mestre a ouvinte:

Enquanto nas fases de “sugestão” da obra de Freud havia a procura insistente do elemento patogênico, na associação livre isso desaparece, em favor de uma expressão mais espontânea do paciente. De uma forma simplista, podemos dizer que Freud foi usando:

  • cada vez mais a conversa com o paciente e
  • cada vez menos a sugestão unilateral do analista para o paciente.

Da mesma forma que a sugestão deixa de ter relevância, o papel do psicanalista como um “conselheiro” também deve ser deixado de lado. A felicidade (ou ao menos a melhora) do paciente é específico de acordo com as vivências, as demandas e os desejos de cada paciente. Nenhum conselho ou dogma seria aplicável de forma universal a todos os pacientes.

Laplanche e Pontalis (p.38) entendem que, na obra " Estudo sobre a histérica ( Freud e Breuer 1895 ), os pacientes são colocados em evidência para desempenhar um maior espaço de fala, o que evoluíria nos anos seguintes para o método da associação livre propriamente dito.

Há até divergências a respeito de que seja o método catártico o principal usado por Freud nesta obra de 1895 (Estudos sobre a histeria), tamanha é a importância que Freud atribui às palavras dos pacientes em estado “desperto”. Em essencia, nesta obra  (especialmente pelos estudos de casos relatados nela) estamos vendo o início do método da associação livre.

Em relação a alguns casos importantes atendidos por Freud, podemos dizer que:

  • Enquanto o caso de Anna O. representa a fase freudiana da sugestão hipnótica e catártica,
  • o caso de Emmy von N.
  • marca a transição de Freud da fase hipnótica para a fase da associação livre.
  • Já o tratamento do caso de Elisabeth von R. representaria um marco ainda mais relevante para a associação livre, quando esta paciente solicitou a Freud que a deixasse falar livremente (o desejo do analisando em falar já havia sido identificado por Freud no casso Emmy Von N.), sem pressioná-la a buscar uma lembrança específica.

E assim se estabeleceu uma relação analista-paciente. Posição que não existia com o uso da hipnose, pois a investigação psicanalítica era norteada apenas pelas indagações do analista e, através da sugestão hipnótica, o paciente era ordenado que ao acordar o sintoma desaparecesse.

Sendo assim, durante suas análises, Freud passou a recomendar a seus pacientes a dizerem tudo o que lhes viesse à mente.

Com a associação livre, passa a ser colocada em destaque a relação analista e analisando (ou seja, psicanalista e paciente), que permitirão debates fundamentais à psicanálise, como:

  • o setting analítico;
  • a formação do par analítico (analista e analisando);
  • as resistências, transferências e contratransferências;
  • as representações e as demandas trazidas à análise;
  • o início, o desenvolvimento e o fim de um tratamento psicanalítico.

O que significa “livre” em Associação livre?

Não se deve adotar a ideia de liberdade no sentido de uma indeterminação absoluta. Não é qualquer acaso que é válido. Por exemplo, se o analisando começar a falar de algo absolutamente aleatório, o psicanalista poderá implicá-lo: “Mas o que isso significa para você? Por que você acha que isso lhe veio à mente agora?”.

A regra de associação livre tem por objetivo:

  • Em primeiro lugar, eliminar a seleção voluntária dos pensamentos: esta seleção voluntária ocorre por
  • exemplo quando discursamos para uma plateia e ficamos preocupados em medir cada palavra que vamos dizer. Na terapia psicanalítica, este controle há de ser evitado. Segundo Laplanche & Pontalis, nos termos da primeira tópica freudiana, isso significa “pôr fora de jogo a segunda censura (entre o consciente e o pré-consciente). Revela assim as defesas inconscientes, quer dizer, a ação da primeira censura (entre o pré-consciente e o inconsciente)” (p. 39).
  • Em segundo lugar, o método da associação livre busca colocar em destaque uma ordem ordem determinada do inconsciente. Isso quer dizer: abandonar as representações conscientes para permitir que surjam outras representações, que possam relacionar o que é dito com as causas das dores psíquicas. Freud acreditava que o método da associação livre daria espaço para que as representações testassem outras buscas, que resultariam em breves “flashes” do que está no inconsciente.

Explicando melhor o que Laplanche & Pontalis chamam de “segunda censura”:

  • primeira censura é o recalcamento no nível inconsciente; sobre este nível, a intenção do sujeito não tem controle e alcance.
  • Já a segunda censura pode ser inibida, e a terapia psicanalítica incentiva isso por meio da associação livre; isto é, aquilo que é “lembrável” e que está no pré-consciente pode (e deve) aparecer na fala do paciente ao analista, da forma a mais livre possível, sem censuras intencionais.

A interpretação dos sonhos é uma forma de associação livre:

Em “A interpretação dos sonhos ”, Freud reconhece que muitos sonhos desafiavam a compreensão simples e eram desprovidos de sentido lógico, mas tinham sua própria lógica.

Da mesma forma que, quando acordados, a associação livre é uma maneira de driblar as defesas do ego e acessar o inconsciente (ainda que de forma indireta), quando estamos dormindo os sonhos reportam medos e desejos inconscientes. O sonho o faz de uma maneira figurada, não literal.

Nas palavras de Freud:

“Sempre que nos mostram dois elementos muito próximos, isso garante que existe alguma ligação especialmente estreita entre o que corresponde a eles nos pensamentos do sonho. Da mesma forma, em nosso sistema de escrita, “ab”, significa que as duas letras devem ser pronunciadas numa única sílaba. Quando se deixa uma lacuna entre o “a” e o “b” isso significa que o “a” é a última letra de uma palavra e o “b”, a primeira da seguinte. Do mesmo modo, as colocações nos sonhos não consistem em partes fortuitas e desconexas do material onírico, mas em partes que são mais ou menos estreitamente ligadas também nos pensamentos do sonho” (p. 340). 

Costumeiramente se diz que as duas técnicas que a psicanálise utiliza duas técnicas: a associação livre e a interpretação dos sonhos. É verdade que Freud deu uma grande relevância à interpretação dos sonhos. Mas entendemos que, como técnica psicanalítica definitiva, exista somente a associação livre. Isso porque a interpretação do sonhos ocorre na terapia, isto é, no setting terapêutico, por meio da fala livre do paciente. Ou seja, os sonhos são trazidos para a análise também por meio da associação livre.

Explicando melhor: os sonhos são materiais a serem interpretados durante a terapia. Os sonhos não teriam relevância clínica se não existisse a relação do eu (sonhador) com o outro (analista), e isso se dá por meio da associação livre, em terapia.

Freud usa a associação livre em sua autoanálise, em especial na análise dos seus sonhos. Então, mesmo sendo analista-analisando a mesma pessoa (o que ocorre na autoanálise), a associação livre continua com seu papel central. Afinal, “é um elemento do sonho que serve de ponto de partida para a descoberta das cadeias associativas que levam aos pensamentos do sonho” (Laplanche e Pontalis, p.38).

Técnica ou Método de Associação Livre de Palavras:

A associação livre em psicanálise implica reduzir o rigor pela lógica. Qualquer ideia (qualquer uma mesmo!) pode e deve vir à tona, por mais absurda e inapropriada que seja.

Se você alguma vez já fez um brainstorm em grupos de estudos ou trabalho, já tem uma ideia do que é a associação livre. A diferença é que, em terapia psicanalítica, estão presentes apenas o terapeuta e o analisado / paciente.

Associação livre e atenção flutuante:

Nossa atenção é flutuante. Temos dificuldades de manter a atenção por muito tempo em um único objeto ou referente.

Agora, por que nossa atenção dispersa?

Para Freud, a dispersão se dá em direção ao desejo. Se uma tarefa é chata, dispersar é uma forma do inconsciente buscar a fuga desta tarefa. Observe que aquilo que nos dá prazer normalmente é o que melhor prende o nosso foco.

Se a atenção está em um objeto A e, de repente, mudamos de assunto para o objeto B, o psicanalista vai notar isso e perguntar ao paciente por que ele teve tal mudança de assunto. Vai perguntar se B interessa mais que A, ou qual a relação entre A e B.

Nas artes, a associação livre de ideias também foi um mecanismo muito produtivo. Poetas e pintores dadaístas, surrealistas ou nonsense, por exemplo, trabalham com a justaposição de ideias, sem obrigar a explicação dessa junção de símbolos. Neste sentido, obras como a do pintor surrealista Salvador Dalí.

Qualquer fluxo de pensamento é livre associação?

Na obra “Uma nota sobre a pré-história da técnica analítica” (1920), Freud, falando com o escritor Ludwig Bõrne, recomendava, para alguém “se tornar um escritor original em três dias”, escrever tudo o que ocorre à mente, e rejeitar os efeitos da autocensura sobre as produções intelectuais.

Esta seria uma inspiração para inúmeras artes: autores da técnica do fluxo de pensamento, surrealistas, beatniks etc.

Podemos chamar de associação livre qualquer forma de pensamento livre, de fluxo de pensamento ou de atenção flutuante? Mesmo não havendo o contato entre analista e paciente?

A nosso ver, não. Não é todo fluxo de pensamento que pode ser chamado de associação livre.

O cérebro humano trabalha na forma de “fluxo de pensamento”, em que aspectos aparentemente aleatórios podem aparecer. Isso pode acontecer em menor grau, em pessoas ditas “saudáveis”, ou em maior grau, em pessoas com algum tipo de transtorno.

As artes fizeram uso da técnica de fluxo de pensamento.

Entretanto, a denominação “Associação Livre”, em psicanálise, se aplica como método terapêutico, isto é, com o analista em terapia com o paciente, não para qualquer manifestação do fluxo de pensamento.

Freud foi astuto ao perceber que:

  • fluxo de pensamento é a dinâmica por natureza do cérebro;
  • quando nosso racional (consciente) tenta reduzir seu controle, este fluxo tende a aparecer mais;
  • este método, quase como o que modernamente se chama de brainstorm, pode revelar aspectos do inconsciente;
  • uma vez revelados no âmbito terapêutico, as partes desconexas podem ser remontadas pelo analista e paciente;
  • a partir desta remontagem, oferece-se uma nova significação, que, fazendo sentido ao paciente, propicia uma espécie de “cura pela palavra”, no dizer de Freud.

Teste de associação livre de palavras:

Este teste é muito usado em entrevistas de recursos humanos (RH) e em outras situações de testes psicológicos e comportamentais. O entrevistador diz uma palavra e o entrevistado tem de responder com outra.

Normalmente, os critérios avaliados são coisas do tipo: rapidez da resposta e criatividade ou não obviedade da resposta.

Por exemplo: Se o entrevistador diz “verde” e o entrevistado responde:

  • cor“: a resposta foi literal demais, o entrevistado perdeu pontos.
  • amarelo“: a resposta é um complemento das cores da bandeira, é uma resposta de baixa criatividade, mas já demonstra uma fuga do óbvio e uma busca por complementariedade de ideias.
  • Amazônia“: a resposta foi mais criativa, por sua relação metonímica (na Amazônia há muito verde). O candidato ganha pontos no teste de associação livre de palavras.

Lembrando que os exemplos acima servem para ilustrar a associação livre de palavras. O método psicanalítico que leva o mesmo nome engloba as associações dentro do setting analítico (o ambiente de atendimento), com o objetivo terapêutico e lidando com resistências, transferências, contratransferências e interpretações mais elaboradas.

A ordem e a repetição são reveladoras:

Freud concluiu que, assim como nos sonhos, a ordem em que o paciente diz o que está em sua mente pode revelar sua própria lógica escondida.

As associações dessa lógica peculiar seriam responsáveis por revelar os desejos, as ansiedade a memória e os conflitos psíquicos do paciente.

Além disso, a tendência à repetição também é importante. A repetição nem sempre é de uma mesma palavra ou frase (pode até ser), mas aplica-se também a significantes que reportam a significados semelhantes ou que possam ter uma relação.

O analista deve estar atento quando o analisando menciona palavras, frases e figuras que reportam a um mesmo campo semântico. Isto é, palavras relacionadas com um mesmo campo semântico. Ex.: o analisando diz sempre palavras relacionadas à morte, ou palavras relacionadas a julgamento em relação a outras pessoas, ou palavras de inferioridade e que criam incertezas e relativizam suas convicções.

O psicanalista desvendando os materiais do (in)consciente:

Tal método consiste em o analista escutar serenamente à uma chuva de ideias e pensamentos. Com sua experiência, o psicanalista possui uma ideia geral do que se esperar, podendo fazer uso do material trazido à luz pelo paciente de acordo com duas possibilidades.

Existindo uma resistência aos fatos narrados, sendo a mesma leve, o psicanalista será capaz, pelas alusões do paciente, de inferir o próprio material inconsciente.

Se a resistência for forte, ele será capaz de reconhecer seu caráter a partir das associações, quando parecerem tornar-se mais distantes do tópico abordado, e o analista explicará ao paciente.

A descoberta da resistência constitui o primeiro passo no sentido de superá-la:

A associação livre oferece várias vantagens: expõe o paciente à menor dose possível de fuga de seus pensamentos, jamais permitindo que ele perca contato com a situação corrente real; e garante que nenhum fator da estrutura da neurose seja desprezado e que nada seja introduzido pelas expectativas do analista.

Deixa-se ao paciente que determine o curso da análise e o arranjo da narrativa; qualquer manuseio sistemático de sintomas ou complexos específicos torna-se desse modo impossível. Seria a montagem de um grande quebra-cabeça, no qual sempre faltará uma peça.

Dando voz aos pacientes com a terapia de associação livre:

Em completo contraste com o que acontecia com o uso da hipnose, Sigmund Freud subverteu o posicionamento analista-paciente, e passou a dar voz aos que antes somente respondiam a perguntas.

Fez com que a potência da palavra viabilizasse a cura, e proporcionou ao paciente sair de um ponto de sua narrativa, sem ter que se preocupar em qual ponto essa fala chegaria. Não sendo assim a técnica de associação livre uma narrativa intencional.

Através da fala, é dada ao paciente a oportunidade de se conectar com ideias recalcadas que produzem as dificuldades atuais. Assim, ele passa a ter uma nova compreensão desta memória.

Ter consciência dos pensamentos é o caminho para a cura:

O paciente passa a ter consciência de seus pensamentos fazendo com que os sintomas deixem de existir.

Supõe-se que, na medida em que o paciente mantém ideias recalcadas de eventos ligados ao passado, este passado torna-se presente, uma vez que é constantemente atualizado através dos sintomas. Quando a reação é reprimida, o afeto permanece ligado à lembrança e produz o sintoma.

A associação livre é uma forma de método socrático?

Sócrates (470 – 399 a.C.) foi um filósofo ateniense do período clássico da filosofia grega. Considerado um dos precursores da filosofia, inspirou tanto Platão quanto Aristóteles.

Em pedagogia e filosofia, entende-se método socrático como sendo o método indutivo de ensino-aprendizado e reflexão. Por este método, o “mestre” realiza perguntas, muitas delas já de certa forma direcionadas, para que o aprendiz responda (usando o raciocínio lógico) e chegue às suas próprias conclusões. Supõe-se que Sócrates usava este método com seus discípulos, algumas dessas lições chegariam até nós pela escrita de Platão, que buscou reproduzir em partes os diálogos socráticos.

Do ponto de vista pedagógico, o método socrático (também chamado de maiêutica socrática ou método dialógico) é interessante por engajar o aprendiz no processo de ensino-aprendizado. Ademais, ao concluir, o aprendiz psicologicamente considera o aprendizado como sendo “seu”, potencializando a internalização desse conhecimento.

Então, em Pedagogia, podemos dizer que um professor que seja mais expositivo possivelmente não aplicará o método socrático. Já um professor que elabora perguntas para os alunos responderem e a partir disso vá criando uma elaboração indutiva de construção do conhecimento estará usando o método socrático.

Em comparação com o método socrático, podemos dizer que que há semelhanças e diferenças em relação ao método psicanalítico da associação livre.

Semelhanças entre associação livre e método socrático:

  • a associação livre é também um método indutivo,
  • na associação livre existem idas e vindas de perguntas e respostas
  • existe a elaboração psíquica-intelectual do “aprendiz” (no caso, o analisando),
  • há o suporte do “mestre” (no caso, o analista),
  • é fundamental o interesse do aprendiz (analisando),
  • valorizam-se as falas do analisando e a perlaboração (que é uma forma de internalizar o autoconhecimento).

Diferenças entre associação livre e método socrático:

  • o analista precisa evitar direcionar o pensamento do analisando,
  • não há um aprendizado final que seja igual para todos os analisandos,
  • não deve haver uma ideia de sugestão moral de “certo” ou “errado” pelo analista (apenas o analisando é medida de si),
  • não há mestre/aprendiz no setting analítico (embora o analisando atribua ao analista o lugar de sujeito suposto-saber ),
  • o setting terapêutico tem suas especificidades.

Então, há muitas semelhanças do método socrático com o método da associação livre.

Apesar disso, é importante reforçar que o diálogo terapêutico possui elementos diferentes a outras interações verbais, pois existem especificidades quanto ao setting analítico, à formação do par analítico e quanto às técnicas próprias de manejo da resistência, transferência e contratransferência.

Conclusão sobre o Método da Associação Livre:

Freud nos ensinou a escutarmos o paciente com o nosso inconsciente e, por isso, não devemos nos preocupar em memorizar o que ele diz.

O script, que antes era usado como que em um interrogatório, passa a não ser mais necessário. O acaso passa a ser bem-vindo à terapia, pois revelaria fatos do inconsciente. A hipnose e a sugestão também passam a ser dispensáveis.

O paciente, utiliza-se da associação livre como se naquele momento abrisse mão de um julgamento prévio e do controle total palavra por palavra de seu discurso. De forma similar, o analista deve buscar se esvair de temas rígidos, de ideias fixas e pré-julgamentos.

A escuta, assim como a fala, assume um lugar central na psicanálise. Assim como a fala se baseia na associação livre, a escuta do psicanalista também precisa estar atenta para realizar conexões não óbvias, por meio da atenção flutuante. Essas conexões podem trazer insights para o paciente compreender a sua condição.

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