O consumo de medicamentos para aprimorar processos mentais, como memória, concentração e estado de alerta, tem se expandido. As chamadas smart drugs e fármacos nootrópicos são utilizados na expectativa de obter melhor desempenho em tarefas profissionais e acadêmicas. Este artigo analisa a difusão do uso de medicamentos para aprimoramento cognitivo, com ênfase na discussão da categoria “nootrópicos”. A metodologia adotada foi a pesquisa socioantropológica documental, baseada em materiais de divulgação científica que integram. Estudos apresenta os nootrópicos como opções mais acessíveis, seguras e igualmente eficazes em comparação com os medicamentos psicotrópicos utilizados como smart drugs. Pesquisadores produzem um saber coletivo para otimizar o desempenho cerebral. As experiências pessoais evidenciam a maneira como os indivíduos interpretam seus estados corporais e os relacionam com os medicamentos. Na esteira dos processos de farmacologização da sociedade, a produção de modos de subjetividade baseadas em uma concepção individualista dos processos de saúde/doença/incapacidade, apoiada na compreensão neuromolecular do cérebro, fundamenta-se no compartilhamento de práticas e conhecimentos sobre tais substâncias.
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