sexta-feira, junho 3

O QUE SIGNIFICA FÍSICA QUÂNTICA?

física quântica tem sido comumente usada para designar técnicas terapêuticas. Sendo que essas técnicas têm como objetivo a mudança de uma situação ou realidade. Porém, será essa a melhor utilização para o termo?

Neste estudo tentaremos entender o que é a física quântica enquanto terapia. Além disso, iremos falar um pouco dos métodos aplicados na teoria quântica e seus possíveis benefícios

O que é a Física Quântica enquanto terapia

Como dissemos, a física quântica é geralmente relacionada a técnicas terapêuticas. Uma das principais referências dessa terapia hoje é o Deepak Chopra.

Deepak Chopra

Ele é um médico indiano que estuda tratamentos que relacionam o corpo e a mente. É dele a autoria do livro “À cura Quântica”, uma das referências sobre o assunto.

Nesta obra, Chopra apresenta resultados da Ayurveda. Essa é uma terapia medicinal oriental tradicional da Índia. Essa terapia é baseada em informações a respeito da alteração de células corporais através do pensamento. Com isso, Chopra, no livro, fala do poder da mente na busca de uma saúde integral.

Essa saúde integral corresponde a tudo que nos forma e afeta. Ou seja, os campos energéticos, físicos e emocionais. Segundo a física quântica nossas ideias interfeririam e transformariam todas as informações de nosso corpo. Consequentemente, através delas, nosso psicoemocional e nosso posicionamento de mundo seria determinado. Dessa forma, quanto mais conscientes delas, mais possibilidades teríamos a nossa disposição.

Um ponto importante nessa terapia é que ela é um método de terapia natural. Sendo que os princípios que a baseiam se assemelham a de outras práticas de cura alternativas.

Cura alternativa

Exemplos dessas terapias são o Reiki e a Cura Reconectiva. E a principal ideia desses tratamentos é de que o corpo humano tem a capacidade natural de se curar. Além disso, todas elas levam em conta que cada pessoa é única. Como resultado, todos têm uma experiência diferente em relação ao seu próprio corpo, à dor e a cura.

Em especial, para a física quântica, o indivíduo deve encontrar o equilíbrio para que a cura se torne possível. E essa forma de pensar o indivíduo como um todo corresponde à uma visão holística.

Por isso, para essa técnica, a alimentação saudável, a meditação e exercícios são fundamentais. Afinal, elas desempenham um papel tão importante quanto os tratamentos terapêuticos. Na verdade, eles são parte do tratamento, pois influenciam em tudo que somos.

Por isso, quando se pensa em física quântica, se pensa em mais do que cura física porque, com ela, as pessoas passariam a lidar de forma mais positiva com as circunstâncias que enfrentamos na vida. Ademais, graças ao tratamento ser “individualizado”, os benefícios alcançados são abrangentes. O resultado final esperado é a conquista da felicidade, satisfação e plenitude.

Outro ponto importante é que a física quântica nos coloca em sintonia com nossa essência energética. Ou seja, a nossa frequência. Sendo que essa sintonia gera padrões de ondas mais claras e nítidas em nossas vidas. Dessa forma, alcançaremos o equilíbrio pleno, isto é, a saúde integral.

Principais métodos abordados na Terapia Quântica

Agora que já conhecemos um pouco do que é a física quântica, vamos falar de alguns métodos dessa terapia. No entanto, lembre-se que há muitos métodos que são abordados em terapias energéticas. Cada uma dessas técnicas se adapta melhor a um objetivo terapêutico. Abaixo listaremos algumas dessas técnicas:

  • Acupressão: Essa é uma técnica em que se cria determinados pontos de pressão no corpo para aliviar vários tipos de dores.
  • Aromaterapia: Nesse método se usa óleos essenciais para melhorar a saúde, o humor e a mente do paciente.
  • Biofeedback: Essa é procedimento busca levar o indivíduo a tornar-se consciente em relação às suas funções fisiológicas. Consequentemente, passa a regulá-las.
  • Cromoterapia: Nessa terapia a luz em diversas cores é utilizada para equilibrar a própria energia.
  • Qigong: Esse é um método de origem chinesa. Para esse há a utilização de técnicas de respiração, meditação e exercícios físicos para promover o equilíbrio.
  • Reflexologia: Para a execução dessa técnica há a aplicação de pressão em certos pontos específicos das mãos e dos pés. Essas pressões aliviariam a dor e promoveriam a cicatrização de machucados.
  • Theta Healing: Essa é uma técnica terapeuta holística que usa a física quântica para acessar as vibrações de energia de cura.

Esses são apenas alguns dos métodos usados dentro da física quântica. Como dissemos, há muitos outros.

É importante ter em mente que o uso do termo da física quântica não é totalmente aceito dentro da terapia holística.

Os críticos lembram que a física quântica como ciência descreve o comportamento da matéria na escala do “muito pequeno”. Ou seja, ela é a física dos componentes da matéria: átomos, moléculas e núcleos. Esses componentes, por sua vez, são compostos pelas partículas elementares. Já os elementos atribuiriam propriedades ondulatórias para partículas individuais.

Consequentemente, é algo fora da terapia holística em si. É uma ciência voltada para outra área de estudos.

Para os críticos o uso do termo é uma tentativa de equivaler teorias terapêuticas milenares a descobertas da Física. Inclusive, para eles, esse paralelo seria usado como um marketing. Afinal, elas são áreas distintas e a Física nunca estudou fenômenos ocorridos na área terapêutica.

Afinal, a proposta de melhora através de “saltos” de uma partícula para outra é impossível. Ademais, a física quântica enquanto ciência é um tópico muito falado ultimamente.

Ponto de vista científico

Para quem é físico, os equipamentos terapêuticos “quânticos” não existem. Ademais, esses críticos apontam para outro problema que esse uso errôneo do termo traz para a terapia holística em geral: Esse uso só proporcionaria antipatia por quem realmente entende do tema. Afinal, esse uso afasta eventuais pacientes mais bem informados sobre terapia e Física.

Eles ainda advogam que a Terapia Holística existe há milhares de anos e sua eficácia é mundialmente reconhecida. Sendo assim, a melhor divulgação são seus próprios resultados. Afinal, esses resultados realmente comprovam qual é o valor de suas técnicas.

Portanto, mesmo que com outros nomes, a terapia holística não precisa de marketing do tipo da física quântica. Afinal, a satisfação dos pacientes é o que realmente interessa e a promove.

Dessa forma, vemos que a contraposição à física quântica como terapia é porque essa não existiria. Sendo que o uso seria só uma tentativa de popularizar e conseguir mais clientes ao relacionar duas áreas.

Isso considerando que uma dessas áreas está sendo largamente aprofundada e é ligada a ciência. Consequentemente, a técnica terapêutica seria içada ao patamar de ciência oficial também além de popularizá-la. Contudo, como dissemos acima, para os terapeutas contrários a esse uso, essa propaganda é um problema.


A física quântica é realmente um assunto muito comentado, seja quanto ciência Física quando terapia. E é importante que as pessoas que se interessam pelo tema entendam essas as visões. Mas tenha em mente que a terapia holística em si ajuda muitos para alcançarmos a Cura e o equilíbrio. 

quinta-feira, junho 2

COMO FUNCIONA A RADIESTESIA? QUAL É O SEU SIGNIFICADO?


para que possamos entendermos melhor como
a radiestesia funciona, devemos compreender sua origem. Antes de receber este nome, a radiestesia era chamada de rabdomancia, que significava “adivinhação por meio da varinha”, e até o início do século XX foi considerada apenas como mais uma forma de adivinhação empregada principalmente na procura de fontes de água e jazidas minerais.

A palavra radiestesia foi criada em 1892 por Abade Bouly e representa a união de dois termos: radius, que vem do latim e significa radiação, e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

A captação de energias na radiestesia e alguns instrumentos utilizados

A radiestesia funciona na forma de captação da energia cósmica (também chamada Prana, Ki, Chi etc.), que é a energia de vida universal que banha nosso planeta. Ela penetra no ápice da nossa cabeça, pelo chakra coronário, e se distribui pelos chakras restantes do corpo humano.

De acordo com a radiestesia, as radiações energéticas nocivas ou benéficas passam sobre nossos corpos e nos afetam da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da Lua, da Terra e, como sabemos, das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.


A raiestesia funciona também captando a energia telúrica, que é aquela que emana do centro da Terra e que é captada pelos chakras de nossos pés.

Como instrumento para a prática da radiestesia, podem-se usar varas, pêndulos, aurameter, dual-road etc. O pêndulo é talvez o mais comum dos instrumentos e é formado por uma ponteira de cristal, madeira ou metal suspenso por um fio.

Qualquer pessoa pode praticar a radiestesia e não é necessário nenhum dom especial, apenas disciplina e prática constante. O radiestesista convencional, normalmente, observa a movimentação do pêndulo, se girar no sentido horário, estará dando uma resposta afirmativa, se girar no sentido anti-horário, será uma resposta negativa. Mas as respostas não se limitam a sim e não. Com o uso de gráficos e tabelas, pode-se chegar a outras respostas.

quarta-feira, junho 1

H' OPONOPONO: É UMA FILOSÓFIA HAVAINA?

Estamos sempre procurando maneiras de aumentar a cura e a felicidade. Algumas das melhores técnicas estão conosco há anos, como o ho’oponopono, a prática havaiana de perdão.

A prática ajuda a perdoar o passado, e aceitar os erros, conflitos, mal-entendidos e assim por diante. A filosofia havaiana ensina que as dificuldades são manifestações de erros passados ​​como memórias, e essas memórias influenciam a vida cotidiana.

O ho’oponopono fornece um método de aceitar a responsabilidade por toda a realidade na vida da pessoa, seja ela física, mental ou espiritual. Aceitar a responsabilidade por tudo, mesmo pelas ações ou pensamentos dos outros, essa filosofia havaiana muda completamente a perspectiva do praticante.

O que significa ho’oponopono

“Ho’o” significa “fazer” e “pono” significa “certo”. A repetição de pono significa tornar “duplamente certo”. O termo “ho’oponopono” pode ser traduzido como “corrigir um erro” ou “reparar”.

É uma prática que não requer muito ensino, mas é poderosa para purificar o corpo e livrar-se de memórias ruins ou sentimentos que mantêm a mente em um tom negativo.

O termo ficou conhecido a partir de uma experiência vivida pelo terapeuta e professor Ihaleakala Hew Len. Por mais inacreditável que a história possa parecer, este homem conseguiu curar um pavilhão inteiro de criminosos com doenças mentais no Havaí, mesmo sem falar ou interagir com nenhum deles.

O Dr. Len repetia as palavras “Eu te amo” e “Sinto muito” continuamente enquanto revisava cada arquivo individualmente. Depois de alguns meses, os pacientes acorrentados puderam andar livremente, os pacientes foram retirados dos medicamentos e mesmo os casos desesperados foram eventualmente devolvidos à sociedade. Segundo o terapeuta Lean, só o amor divino pode transmutar memória tóxicas em energias puras, sendo esse amor a única fonte de inspiração e iluminação.

Como fazer ho’oponopono

A técnica assume que tudo o que conhecemos como “realidade” é experimentado individualmente pela a própria mente. O que você sente, ouve, vê e até mesmo as coisas ou pessoas que você conhece são influenciadas por seu Eu Interior.

Como tal, tudo ao seu redor envolve a sua participação, pois você é responsável pelo que pensa e sente. O objetivo principal do ho’oponopono é buscar a cura desses problemas por meio do perdão. Não necessariamente o perdão dos outros, mas especialmente o de si mesmo.

A prática de oração original do ho’oponopono gira em torno de quatro frases:

  • Sinto muito.
  • Por favor me perdoe.
  • Eu te amo.
  • Obrigado.

A prática começa com “Sinto muito” e “Por favor, me perdoe” como uma forma de limpar o praticante de sentimentos negativos. Pode parecer contra intuitivo começar dessa maneira  especialmente se você realmente não quiser perdoar alguém – mas começar assim pode ser visto como algo que você está fazendo por si mesmo. Como diz a citação onipresente, “Ressentimento é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra”.

Permita que a primeira metade da prática elimine o ressentimento e a mágoa. É com intenção que você deve praticar o ho’oponopono.

As próximas duas frases, “Eu te amo” e “Obrigado”, acrescentam gratidão e amor à prática. Já foi demonstrado que a gratidão melhora não só a saúde mental, mas também a saúde física.

Como prática individual, o ho’oponopono pode ser feito por meio da meditação ou como um diário ou exercício de escrever cartas. Você pode usar o ho’oponopono para perdoar a si mesmo ou a alguém em sua vida. Você também pode usá-lo para aumentar sua gratidão ao mundo em sua totalidade ou à sua comunidade local.

Para colocar o ho’oponopono em prática, você não precisa acreditar em divindades, ter nenhuma religião ou ficar isolado em um lugar tranquilo. A prática independe da etnia ou sexo, o ho’oponopono pode ser feito tanto por homens quanto por mulheres. Basta dizer, mentalmente ou em voz alta, as frases do ho’oponopono: Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Eu sou grato.

Outra forma de praticar ho’oponopono é por meio da meditação. Muitos praticantes de meditação costumam entoar 108 vezes os mantras ho’oponopono, mas você pode simplesmente adicionar as frases à sua meditação como faria durante uma afirmação ou meditação com mantras.

Para inserir um hábito novo é necessário constância, então para aderir a filosofia havaiana na sua rotina, crie um compromisso com você mesmo de realizar diariamente por 21 dias o ho’oponopono. Com o tempo você perceberá sentimentos de compaixão, novas sensações interiores ou um simples relaxamento da mente surgirão.

Ho’oponopono e música

Uma alternativa para praticar a oração do ho’oponopono é por meio da música. É muito comum que as pessoas hoje em dias tenham o costume de ouvir música no caminho para o trabalho, ou fazendo alguma atividade física. A música é quase universalmente amada e usada em uma variedade de formas educacionais.

A música tem vários benefícios quando se trata de limpeza, prende a atenção e torna a limpeza mais agradável. É uma experiência maravilhosa alcançar o estado de paz enquanto ouve uma música Ho’oponopono. Com inúmeros canais de, como Youtube ou Spotify, fica realmente fácil acessar as músicas Ho’oponopono.

Os benefícios ho’oponopono

Ho’oponopono amor

Sempre que nos envolvemos em algum mal-entendido ou conflito, tendemos a pensar que apenas os outros estão errados. O ho’oponopono ajuda a desconstruir essa postura passiva para que o praticante possa entender que ele também é parte do problema e, quando ele muda, seus relacionamentos mudam. Além disso a prática diária, permite que a mente e as emoções estejam alinhadas, surgindo mais amor e compaixão.

Ho’oponopono amor-próprio

A princípio, a ideia de responsabilidade e obrigação de responder pelas próprias ações pode parecer muito rígida, mas com o tempo, você pode se surpreender com o quão independente e proativo você é. Ao abandonar a sensação de impotência ligada à ideia de que o sofrimento é causado apenas por fatores externos e incontroláveis, é possível transformar suas crenças e não ter uma postura vitimista, aumentando a sensação de poder pessoal.

Ho’oponopono cura

Muitas pessoas podem associar o ho’oponopono a milagres, devido a melhora física e mental. Um mantra simples, mas profundo, que surge dessa prática, tem uma poderosa energia de cura, capaz de tornar a sua mente forte e feliz.

Ho’oponopono gratidão

Uma das razões pelas quais a gratidão é tão importante é porque ela o mantém no presente e permite que você aprecie tudo o que já possui. Sem gratidão, você pode atrair toda a abundância do mundo e ainda assim não ficar satisfeito. Com gratidão, você ficará mais contente e continuará a atrair abundância em sua vida. Dinheiro e gratidão andam de mãos dadas!

Ho’oponopono prosperidade

À medida que sua alma e mente são limpas, você pode enxergar a sua vida pronta para um recomeço, como um quadro em branco. O dinheiro virá correndo para você quando o caminho estiver limpo e sem barreiras, junto com centenas de outras bênçãos. É por isso que se espera que o ho’oponopono torne toda a sua vida mais saudável. Ele melhorará tudo ao seu redor, inclusive sua situação financeira, junto com tantas outras coisas que você que estava esperando por muito tempo.

Para maximizar totalmente os benefícios positivos é necessário uma certa mentalidade que deve ser cultivada, devemos compreender de que tudo que está dentro de nossa realidade é resultado das nossas próprias criações de pensamento. Isso inclui trabalho, colegas de trabalho, amigos, situação econômica, ambiente político etc.

Quando aceitamos totalmente a conclusão de que tudo que vivenciamos é resultado de nossos pensamentos, as quatro frases se tornam ainda mais poderosas.

ABONDONO SOCIAL:

Vocês já ouviram falar em abandono afetivo inverso? o abandono afetivo infelizmente já é bem conhecido, mas e a forma inversa, dele? Sabia que ela existe? Tem ideia do que possa ser?

O abandono dos pais afeta cruelmente a criança abandonada, mas o abandono inverso, que se caracteriza pelo abandono dos pais idosos pelos seus filhos, é tão prejudicial quanto, sendo passivo de reparação civil.

É, de fato, muito comum a discussão, no âmbito jurídico, acerca do abandono afetivo sofrido pelas crianças e adolescentes, no entanto muito pouco se discute sobre o abandono inverso, principalmente nas idades mais avançadas.

Lamentavelmente, muitos idosos acabam sendo abandonados por seus filhos, ao final da vida, em casas de repouso ou sozinhos em suas residências, sem a companhia dos filhos ou de nenhum outro familiar, configurando um enorme e verdadeiro problema social que afeta milhares de pessoas.

É necessário ressaltar que os filhos maiores e capazes possuem o dever legal de prestar assistência material e emocional aos seus pais idosos, quando for necessário qualquer tipo de suporte.  Esta obrigação tem respaldo no Estatuto do Idoso, e na Constituição Federal, e o descumprimento de suas obrigações como filhos acarreta sanções jurídicas.

Esta forma de abandono se caracteriza pela ausência da prestação de cuidados por parte dos filhos em relação aos seus pais idosos, de modo a violar o dever de cuidado dos filhos para com seus pais idosos, de valor jurídico imaterial, que abarca desde a solidariedade familiar até a segurança afetiva. A falta deste tipo de cuidado, aos olhos da Lei, se denomina “abandono afetivo inverso”, por se caracterizar, exatamente, no sentido o inverso do abandono de pai para filho.

Faz-se mister ressaltar que o dever de cuidado dos filhos para com os seus pais é garantido constitucionalmente. Conforme aduz o Artigo 229 da Constituição Federal, “os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência e enfermidade”.

Por sua vez, o Estatuto do Idoso, em seu Artigo 3º, amplia o dever de cuidados dos filhos a seus pais, ao determinar que “é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.”

Ainda, temos na legislação civil, o dever da prestação alimentícia, entre ascendentes e descendentes, como obrigação natural de apoio e solidariedade familiar.

Faz-se necessária uma reflexão sobre o envelhecimento como uma consequência natural da vida. Assim, é de extrema importância a conscientização da necessidade do afeto, respeito, da consideração e dos cuidados que os idosos merecem receber daqueles face aos quais dedicaram o seu amor e cuidado, quando era necessário, ao criar seus filhos, tornando-os os cidadãos responsáveis que devem ser.

É a família o principal núcleo de proteção e acolhimento do idoso, assegurando a este uma vida digna, repleta de respeito e afeto.

Cumpre ressaltar que o abandono afetivo inverso, assim como o abandono afetivo dos filhos, é relacionado a um dano material, que afeta o patrimônio da vítima, sendo assim, passível de mensurar sua extensão. Mas não se pode deixar de observar o caráter moral, pelos danos psicológicos e emocionais causados ao idoso, muito difícil de ser quantificado monetariamente, cabendo ao magistrado a análise de cada caso concreto em especial.

Entende-se que a indenização pelo dano moral não buscar impor o amor, que não tem como ser obrigado ou forçado. Ademais, nenhuma recompensa financeira é capaz de compensar a falta do afeto.  Contudo, a indenização tem por fim evitar ou pelo menos amenizar os danos que possam ter sido causados pelo abandono, quer seja na esfera física, social e principalmente psicológica. De fato, a indenização possui o objetivo primordial de inibir o ato ilícito do abandono, o qual, desgraçadamente, cresce a cada dia em nossa sociedade moderna.

Vale sempre ressaltar que “amar é uma faculdade, cuidar é dever”, 

A discussão deste tema é de extrema importância para toda a sociedade, por conta de suas graves consequências de fundo social, inclusive com impactos no sistema de saúde e a imposição ao Poder Público, de criar meios de amparo aos idosos abandonados. Além disso, cabe a realização de projetos de informação e conscientização dos idosos, quanto aos seus direitos, inclusive explicando-lhes sobre a possibilidade de fazer valê-los pelas vias judiciais.

Urge desmistificar-se a ideia de que somente os pais possuem obrigação em relação aos seus filhos; o inverso é verdadeiro e carece de ser cumprido e efetivamente promovido, em nome da estabilidade e qualidade de vida dos idosos, na manutenção de sua existência digna, garantindo-se lhes, uma prazerosa expectativa de vida.

Ainda, faz-se extremamente necessário implementar campanhas de conscientização aos filhos sobre as obrigações que possuem em favor de seus pais, seja pelo seu aspecto legal, inclusive a depender do caso, configurar-se na prática da conduta típica do abandono de incapaz, seja pelo seu aspecto moral, na forma de retribuição a tudo o que foi feito em prol de seu desenvolvimento pessoal.

Educar, conscientizar e chamar as pessoas à razão e ao dever da boa convivência familiar! Estes pontos devem ser reforçados, seja no seio da família, na escola ou em campanhas e projetos específicos, de ordem governamental ou desenvolvidos pela sociedade civil, para que possamos recobrar a dignidade, o olhar o outro com afeto e, principalmente, gravar na consciência de todos, que o amor não precisa ser obrigado por Lei, para ser sentido e cultivado.



AS TRÊS PARTES DA MENTE HUMANA: ID, EGO, SUPEREGO:

Assim como existe, de acordo com a linha freudiana da psicanálise, uma divisão topográfica da mente entre os níveis consciente, pré-consciente e inconsciente, essa mesma linha da psicanálise identifica outra distinção da mente humana. Essa segunda divisão se daria entre Id, Ego e Superego.

Como coloca a teoria estrutural da mente, o Id, Ego e Superego podem transitar, até certo ponto, entre os níveis mentais que citamos acima. Ou seja, não são elementos estáticos ou estruturas completamente rígidas.

Você já ouviu falar sobre essas instâncias psíquicas da mente? Não? Aqui neste estudo nos vamos  descubri tudo sobre essas três partes de nossa mente!

ID

O Id é um elemento psicológico de nossa mente.  Nele, ficam armazenadas nossas pulsões, nossa energia psíquica, nossos impulsos mais primitivos. Guiado pelo princípio de prazer, não há para o Id nenhuma regra a ser seguida: tudo o que interessa é a vazão do desejo, a ação, a expressão, a satisfação.

O Id fica localizado no nível Inconsciente do cérebro, e não reconhece elementos sociais. Portanto, não há certo ou errado. Não há tempo ou espaço. Não importam as consequências. O Id é o ambiente dos impulsos sexuais. Ele está sempre buscando formas de realizar esses impulsos, ou seja, não aceita ser frustrado.

EGO

O Ego seria, para Freud, o elemento principal entre Id, Ego e Superego. Ele é a nossa instância psíquica e evolui a partir do Id, por isso, possui elementos do Inconsciente. Apesar disso, funciona principalmente a nível Consciente.

Guiado pelo princípio de realidade, uma de suas funções é limitar o Id quando considerar seus desejos inadequados para determinado momento ou ocasião. O Ego representa a mediação entre as exigências do Id, as limitações do Superego e a sociedade.

Em última instância, a partir de um certo ponto da infância , na maioria das vezes, será o Ego que tomará a decisão final. Uma pessoa que não possua o Ego bem desenvolvido, não poderia desenvolver também o Superego. Sendo assim, seria guiada exclusivamente por seus impulsos primitivos, ou seja, pelo Id.

SUPEREGO

O Superego, por sua vez, é consciente e inconsciente. Ele é desenvolvido ainda na infância, a partir do Ego, no momento em que a criança passa a entender os ensinamentos passados pelos pais, escola, entre outros.

Ele é o aspecto social do trio Id, Ego e Superego. Resulta, em grande parte, das imposições e castigos sofridos na infância. Ele se encontra e participa desses dois níveis mentais. O Superego é a censura, a culpa e o medo da punição. Pode ser visto como uma instância reguladora. A moral, a ética, a noção de certo e errado e todas as imposições sociais se internalizam no Superego.

Ele se posiciona contra o Id, pois representa o que há de civilizado, de cultural em nós, em detrimento dos impulsos arcaicos. Enquanto para o Id não existe certo ou errado, para o Superego não existe um meio termo entre certo e errado. Ou seja, se você não está fazendo a coisa certa automaticamente estará errado.

Com o desenvolvimento da personalidade, o Id, o Ego e o Superego, já estão todos presentes em nossa mente. Ocorre então, em muitas ocasiões, uma “batalha”. O Id e o Superego tentam em vários momentos assumir o controle da situação. Tendo em vista que os dois representam desejos e impulsos completamente opostos, o Ego começa a trabalhar.

O Ego mantém o equilíbrio entre esses dois lados tão distintos. Como uma espécie de balança mediadora, ele avalia as vontades do Id e do Superego, para chegar, muitas vezes, a um meio termo.

Assim, nós nos mantemos na vida em sociedade, sem nos comportarmos como um “animal irracional”, mas também, sem “pensar demais sobre tudo”. Ou seja, mesmo quando nos comprometemos a não comer um doce, por exemplo, por vezes, nos damos esse pequeno prazer, por saber que irá nos ajudar psicológicamente.

Exemplo

Imagine que você esteja em uma festa Chegou às 10 horas e já é meia-noite. Amanhã você entra às oito horas da manhã no trabalho, e já bebeu e se divertiu o suficiente para relaxar. Os amigos propõem mais uma e você para e pensa. Nessa situação, aconteceria o seguinte:

  • Id diria: Fica aí, só mais uma, ainda dá para dormir bastante e uma ressaca nunca matou ninguém.
  • Superego, por sua vez, diria algo como: Nem pensar! Você já bebeu, já se divertiu de mais já é  suficiente, não vai trabalhar bem amanhã e seu chefe vai perceber. Você sabe que ele já não gosta muito de você. E é segunda-feira!
  • Ego então tomaria uma decisão conciliadora dizendo: Bom, por que você não pega uma garrafa de água e vai descansar? Pensando bem, você já está até com sono,  e é bom não dar motivos para o chefe nesses tempos de crise. Sabe como você fica estranho de ressaca.  

É dessa forma que podemos perceber a presença dessas três instâncias psíquicas em nosso dia a dia. São como vozes dentro de nossa própria cabeça, quase sempre discordantes, aconselhando nossas ações e tomadas de decisão.

Id, Ego e Superego 

Uma das funções do Ego, segundo Freud, é reprimir o conteúdo inconsciente e garantir que ele permaneça lá. Esse conteúdo, no entanto, se esforça para, de alguma forma, driblar essa repressão. Para isso, seriam utilizados alguns mecanismos denominados pelo autor de deslocamento e condensação. Jakobson associou posteriormente o deslocamento com a figura de linguagem chamada metonímia, enquanto a condensação seria como uma metáfora.

Nos sonhos, através de símbolos imagéticos, os pensamentos inconscientes conseguiriam se expressar. Esses símbolos imagéticos podem ser tanto metafóricos quanto metonímicos. Além dos sonhos, essa expressão se dá pela fala ou, mais especificamente, pelos atos falhos ou pelo humor. Para Freud, essas expressões que assumem caráter de piada ou equívoco aleatório não são desprovidas de significado. São, na verdade, mecanismos da fala que permitem a expressão de ideias inconscientes combinadas às ideias conscientes. São uma forma de liberar, ainda que parcialmente, as pulsões do Id.

Assim como os sonhos, a fala aparece então como uma forma de investigar o Inconsciente humano e compreender as causas das psicopatologias. Por isso, Freud, em seus estudos e trabalho, passou a associar o campo da linguística ao da psicanálise. Posteriormente, essa associação é resgatada por Lacan, como já mencionamos. 

Através da compreensão do Id, Ego e Superego podemos, portanto, entender melhor de onde vem nosso sentimento de culpa e autocensura (Superego). Podemos também entender porque muitas decisões são difíceis de serem tomadas, e dificilmente nos sentimos plenamente satisfeitos com elas. Id, Ego e Superego não podem concordar, já que a vida em sociedade exige a sublimação de nossas pulsões. E essa discordância interna é o que nos traz, muitas vezes, frustrações, indecisão e mal-estar, assim como muitas das psicopatologias que interessam à psicanálise.

Tanto Id, quanto Ego e Superego fazem parte de nosso Inconsciente. Ego e Superego, no entanto, encontram-se também no consciente, enquanto o Id permanece limitado ao outro nível. Pensando na metáfora do iceberg a sua ponta emersa é composta por elementos do Ego e do Superego. Estes se estendem até a parte submersa do iceberg, onde encontram o Id.

Se formos pensar na importância e influência do Superego em relação às outras duas partes, poderíamos dizer que ele ocupa todo o lado esquerdo do iceberg – a parte emersa e submersa -, enquanto Id e Ego dividem o lado oposto.

segunda-feira, maio 30

O NARCISISMO NA PSICANÁLISE?

Você já ouviu falar sobre o narcisismo? Se você for procurar pela palavra no dicionário, verá que a definição é que o narcisismo é o amor excessivo de uma pessoa por ela mesma. Provavelmente você já conheceu algumas pessoas com essa característica. O que muitos não sabem é que esse é um conceito da psicanálise muito discutido por vários estudiosos.

Significado do narcisismo

Primeiramente, vale lembrar que a palavra “narcisismo” faz referência a um mito. De acordo com o poeta romano Ovídio (obra “Metamorfoses”), Narciso era um rapaz muito belo. Certo dia, seus pais procuraram o oráculo Tirésias para descobrirem o futuro de seu filho. Souberam que ele teria uma vida longa caso não visse o seu próprio rosto.

Narciso, no mito grego, apaixona-se por si mesmo. Apaixona-se pelo reflexo de sua imagem nas águas de um rio. Narciso vai se curvando na direção da água. Por conta deste mito, deu-se o nome de narcisista ( ou narciso ) À uma flor que costuma nascer as margens de rios ou lagos e que tomba em direção à água. 

Não é um processo ingênuo, porque ele cobra um preço alto: Narciso morre afogado, como consequência do amor desmedido por si mesmo.

Esta morte pode ser vista também como uma morte metafórica, para definir o conceito de narcisismo: quando nos fixamos apenas em nossa verdade, “morremos para o mundo” e para novas descobertas.

Uma das características do jovem Narciso era a sua arrogância. Além disso, ele despertava o amor de muitas pessoas, inclusive de ninfas como Eco. Ela, no entanto, foi desprezada pelo rapaz e recorreu ao auxílio da deusa Némeses para se vingar.

A divindade, em resposta, fez com que o jovem se apaixonasse pela sua própria imagem refletida em um rio. O resultado desse encantamento, foi a autodestruição de Narciso. A deusa então o transformou numa flor que leva o seu nome.

A incapacidade de suportar a ambiguidade

Freud escreveu: “A neurose é a incapacidade de suportar a ambiguidade“.

Uma forma possível de compreender esta frase é pensar que uma psique rígida (inflexível) sofrerá por querer impor sua realidade psíquica aos fatores externos, não os compreendendo em sua complexidade.

Esta rigidez pode ser reflexo de situações como o narcisismo.

A psicanálise vê o narcisismo como:

  • resultado de um ego fragilizado, pois o ego precisa se defender e se autoafirmar como supremo (e isso não é sinal de força!);
  • este ego fragilizado (para se defender de sua fraqueza) cria uma autoimagem de força;
  • a terapia psicanalítica contra o narcisismo implica em permitir o contato do analisando com outras possibilidade de ver o mundo e de aceitar as outras pessoas.

Poderíamos pensar que, no extremo, o que se entende por narcisismo seja não tolerar a ambiguidade, não tolerar a diversidade, não tolerar a complexidade. Porque a pessoa narcisista simplifica o mundo a si mesmo, à sua autoverdade, fechando-se à alteridade (ao outro), fechando-se a descobertas. Seria um exemplo de “não tolerar a ambiguidade”.

Não significa que a pessoa narcisista necessariamente vá se isolar do mundo. Mesmo em constante conflito com os outros, é recorrente o narcisista precisar dos outros, exatamente para ter uma referência sobre a qual se sobressair.

O ego fortalecido versus o ego narcísico

Todos nós somos um pouco narcísicos. Isso é importante porque o ego precisa criar defesas ao organismo e à vida psíquica do ser. É uma forma de defesa e uma forma de delimitarmo-nos frente ao mundo externo e aos outros.

A questão é que o ego fortalecido

  • terá um fundo de desconfiança sobre si mesmo,
  • buscará outros conhecimentos,
  • avaliará os fatos por diversas perspectivas,
  • saberá sobre si o suficiente para se amar, mas sem que isso se torne “fechar-se” e
  • estará aberto a ouvir e conviver com o outro.

Enquanto o ego fragilizado representaria um narcisismo exagerado, que fecharia o sujeito em si mesmo e o faria ver o outro como ameaça. Como resultado, é recorrente a pessoa narcisista:

  • fazer-se elogios desmedidos, ou
  • utilizar-se das outras pessoas principalmente focando em seus objetivos pessoais, ou
  • demonstrar agressividade quando questionado ou contrariado.

A terapia psicanalítica tem como uma de suas principais conquistas o processo de fortalecimento do ego, superando ou amenizando o narcisismo.

O narcisismo na psicanálise

A palavra “narcisismo” foi utilizada pela primeira vez na área da psicanálise pelo alemão Paul Nacke em 1899. Em seu estudo sobre perversões sexuais, ele fez uso desse termo para nomear o estado de amor de uma pessoa por si mesmo.

O narcisismo para Freud

Para Sigmund Freud, o narcisismo é uma fase do desenvolvimento das pessoas. É um estágio em que verifica-se a passagem do autoerotismo, ou seja, do prazer que é concentrado no próprio corpo, para eleição de outro ser como objeto de amor. Essa transição é importante porque o indivíduo adquire a habilidade de conviver com aquilo que é diferente.

Essa passagem é denominada por Freud como narcisismo primário. É o momento em que o ego é eleito como objeto de amor. Ele se diferencia do autoerotismo, que é uma fase em que o ego ainda não existe.

narcisismo secundário, por sua vez, consiste no retorno da afeição ao ego depois que ela foi destinada a objetos externos. De acordo com o pai da psicanálise, todas as pessoas são narcisistas em certo ponto, já que elas contêm em si um ímpeto pela autoconservação.

O narcisismo para Klein

A austríaca Melanie Klein apresenta uma outra noção de narcisismo primário. De acordo com as suas ideias, o bebê já internaliza o objeto nas fases correspondentes ao narcisismo e ao autoerotismo. Dessa forma, ela discorda da ideia de Freud de que existam estágios em que não há relações de objeto. Para Klein, desde o início o bebê já estabelece relações de afeto a pessoas e coisas externas.

Para Klein, o narcisismo seria um instinto destrutivo. O interesse narcisista representaria uma agressão dirigida ao objeto. Assim, a renúncia desse interesse se constitui uma manifestação de amor e de proteção.

O narcisismo para Houser

De acordo com Houser, o narcisismo protege o psiquismo. Isso porque ele permite que o sujeito constitua uma imagem íntegra de si mesmo.


O narcisismo para Lacan

O psicanalista Jacques Lacan também estudou o narcisismo. Segundo ele, um bebê quando nasce, não se conhece e, por essa razão, se identifica com a imagem de filho que a sua mãe gostaria de ter. Esse movimento é chamado pelo psicanalista de “suposição do sujeito”. Dessa forma, pode-se afirmar que, nessa fase, a presença do outro é fundamental.

No entanto, no momento em que o sujeito observa o seu próprio reflexo no espelho, ele passa a se reconhecer na imagem refletida, que ele acredita ser real. Nesse estágio, o eu se identifica a partir da imagem do outro. Pode-se afirmar que o estágio do espelho é uma simbologia narcísica, pois o sujeito se aliena em si mesmo.

O narcisismo para Luciano Elia

De acordo com o psicanalista Luciano Elia, o narcisismo é um processo no qual um indivíduo entende a imagem do seu corpo como sua e, por essa razão, se reconhece nela.

O narcisismo enquanto patologia

Observe que praticamente todas as teorias acima entendem o narcisismo não como uma patologia, mas como parte do desenvolvimento e diferenciação do ego. Algumas dessas teorias (é verdade) irão pensar que em determinados graus e formas de manifestação, o narcisismo pode caracterizar-se como patológico. É sobre isso que falaremos agora.

É importante então apontar o que é o transtorno de personalidade narcisistaEsse é um distúrbio em que uma pessoa tem uma ideia exagerada de sua própria importância.

Veja algumas características:

  • As pessoas que sofrem com esse problema geralmente acabam tendo dificuldades de se relacionar já que elas mostram irritação quando são contrariadas ou questionadas, além de também supervalorizarem as suas opiniões.
  • Pessoas narcisistas também demonstram incapacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, isto é, uma dificuldade de demonstrar empatia.
  • Muitos teóricos afirmam haver tendência à depressão, além de que pessoas narcisistas poderem desenvolver dependência de álcool ou drogas.

Causas

Acredita-se que as causas desse distúrbio sejam tanto genéticas quanto ambientais. Assim, entende-se que esse é problema pode ser passado de uma geração para a outra. No entanto, também é possível afirmar que pais que não sejam suficientemente bons (superprotegendo ou abandonando) os seus filhos podem contribuir para que os traços narcisistas se desenvolvam neles.

Tratamento

A psicoterapia é a forma de tratamento mais recomendável para esse tipo de distúrbio. Normalmente uma pessoa narcisista não irá procurar ajuda de algum profissional por causa do seu transtorno, uma vez que ela teria dificuldade em identificar algum problema em seu comportamento. O que acaba as motivando a buscar o auxílio de um profissional são os problemas associados ao narcisismo, como a depressão, o luto pelo término de um relacionamento e a dependência das drogas, por exemplo.

Pode-se afirmar que o tratamento é benéfico pois ele ajuda a pessoa que tem o distúrbio a entender como se relacionar melhor, além de auxiliá-la a entender os seus próprios sentimentos.

Conclusões finais a respeito do narcisismo

Pode-se afirmar, portanto, que o narcisismo é um conceito muito importante para a psicanálise. Muitos estudiosos se valeram desse conceito para explicarem a formação da identidade de um indivíduo. Além disso, ele também é entendido como um transtorno que pode prejudicar a vida de certas pessoas caso não seja realizado um tratamento.

domingo, maio 29

O QUE SIGNIFICA CIÚMES? QUAIS SÃO OS SINTOMAS? COMO TRATAR?

ciúmes é um sentimento inerente aos seres humanos e que pode estar presente nas mais diversas relações.

É bem verdade que, em geral, esse sentimento nos provoca mais descontentamentos do que felicidade mas você sabe classificar o seu ciúmes?

Provavelmente essa não seja uma tarefa tão fácil, por isso, vamos entender todos os aspectos que estão envolvidos com essa emoção, para que você possa entender o quanto o ciúmes está interferindo na sua vida e nas suas relações.

O que é o ciúmes?

O ciúmes é um sentimento de insegurança que vem do medo de perder uma pessoa, em que o seu maior desejo é preservar e permanecer em uma relação.

Em uma relação, o ciúme pode estar presente quando existe desconfiança, insegurança, tendência ao controle e posse, dentre outros fatores que dificultam confiar na outra pessoa.

Para ela, relações mal-sucedidas anteriormente também podem influenciar. “Relações anteriores em que houve traição ou um relacionamento abusivo e muitos conflitos amorosos também podem contribuir para que o ciúme esteja presente na nova relação”

Na maioria dos casos, ter ciúmes em alguma relação é completamente normal. Porém, quando esse grau de ciúmes é desproporcional, constante e até mesmo sem fundamento, podemos vivenciar o ciúmes obsessivo, que está mais relacionado a necessidade de controle e desconfiança, do que de amor. 

O que é ciúmes obsessivo?

Como mencionamos, o ciúmes obsessivo é o tipo de ciúme que se afasta do sentimento de amor e se torna algo abusivo e controlador, podendo ser considerado, inclusive, um transtornos obsessivos. 

É no ciúmes obsessivo que pensamentos negativos e muitas vezes sem fundamento invadem a consciência e se tornam recorrentes, a ponto de se tornar um sofrimento.

Essa espiral destrutiva de relacionamento, costuma ter como consequência o rompimento da relação.

A pessoa ciumenta obsessiva não costuma ter uma visão realista do seu próprio comportamento, não enxergando que o limite pessoal está sendo destruído e invadido.

Em geral, o ciumento obsessivo busca evidências a qualquer custo e chance de desmascarar algo que, às vezes, está apenas em sua própria imaginação, não dando ouvidos a argumentos reais e provadores do contrário.  

Ciúmes saudável x obsessivo

Agora você deve estar se perguntando, então qual a diferença entre o ciúmes saudável e o obsessivo?

Como você deve perceber, o ciúmes inerente ao ser humano, ou seja, o saudável, está na esfera apenas do receio e preocupação em se distanciar das pessoas e das relações que criamos.

É um sentimento que não atrapalha, controla ou machuca a vida do outro e nem a de si próprio.

Já o ciúmes obsessivo ou também chamado de ciúmes patológico, pode ser considerado um distúrbio mental, que obceca, causa sofrimento e torna-se um transtorno repleto de hostilidade e impactos negativos entre as pessoas.  

Ciúmes obsessivo diagnóstico

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR, 2002), é um Transtorno Delirante Paranóico centrado na obviedade sem motivo evidente ou justo de que está sendo traído ou enganado pelo parceiro.

Nesse transtorno,  pequenas evidências, como chegar mais tarde em casa, perfumes diferentes ou até mensagens privadas, tornam-se uma justificativa acumulada para o delírio, que pode levar até a medidas extremas com acusações verbais, violência e abuso.  

Causas do ciúmes

As causas do ciúmes podem ser variadas de acordo com as pessoas e as relações, mas sua base é sempre a questão de insegurança, falta de autoconfiança e baixa autoestima. 

Essas inseguranças podem ter origens anteriores, como outros relacionamentos amorosos, como comentamos aqui, mas podem ir além, remontando lembranças da infância ou de uma relação entre pais e filhos distante e ausente.

Para esses casos, a pessoa exprime sua necessidade de afeto e carência que vem desde a fase infantil para o seu parceiro ou amigos. Outra causa comum é a insegurança fonte de alguma experiência de humilhação ou trauma.

Sintomas do ciúmes

É difícil nos darmos conta dos sintomas que podem indicar um excesso de ciúmes ou até os sinais de um ciúmes obsessivo, mas em geral há algumas atitudes e sensações mais genéricas:

  • Pensamentos de traição e abandono;
  • Busca constante por pistas ou evidências que indiquem uma traição;
  • Medo excessivo de perder a pessoa, causando até mal-estar físico;
  • Análise constante dos pensamentos, gestos e atitudes do outro;
  • Violação da privacidade;
  • Controle excessivo do dia a dia do outro;
  • Interferência nas relações pessoais e profissionais do outro;
  • Criação de situações imaginárias que levam a conclusões sem sentido;
  • Insônia: agitação, ansiedade e até depressão: 
  • Sentimento de solidão e tristeza profunda quando não está junto ao outro.

Ciúmes: tratamento

Você pode achar que ciúmes não tem tratamento ou cura, mas a verdade é que existe sim formas de você administrar melhor esse sentimento e até se livrar dos sintomas obsessivos.

E uma ferramenta que pode nos ajudar, tanto como indivíduo ou como casal, é a psicoterapia Com a ajuda de um especialista você irá conseguir identificar o que está por trás desse sentimento e irá desenvolver habilidades para superá-lo.

“Existem muitos casais que veem o ciúme como prova de amor e forma de preocupação, e usam inclusive a famosa frase ‘Quem ama cuida’.

Nesses casos, quando ambos têm a mesma ideia e o ciúme não é um problema, ele pode ser saudável sim, pois ajuda a manter o relacionamento”, 

A terapia, assim como para outras questões da nossa vida, nos ajuda a nos transformar nas pessoas que gostaríamos de nos conhecer.

Ela estimula a inteligência emocional  a autoestima e o autoconhecimento, que são importantes quesitos para estarmos bem, acima de tudo, com nós mesmos.

Para vítimas de ciúmes obsessivo

Se você é uma vítima de uma outra pessoa ciumenta obsessiva, é bom não se intimidar e tentar lutar pelos seus direitos de existir e viver com liberdade e cercada de amor.

É muito importante que você saiba avaliar o grau de obsessão do seu parceiro ou parceira, para que não haja um perigo iminente que possa colocar você e sua integridade moral e física em perigo.

Quando você é permissivo e deixa que haja o controle por parte do obsessor, você não ajuda a resolver a situação, ao contrário, só o torna ainda mais agressivo e fora da realidade.

Dicas para não ser tão ciumento

Há também algumas dicas dos especialistas que podem ajudar a controlar e a lidar melhor com o seu ciúmes.

Lembrando, que ter uma ajuda profissional, caso você já tenha se identificado com os sintomas, é ainda a melhor opção para se livrar desse sentimento.

De qualquer forma, vale algumas ações e pensamentos para você começar a trabalhar esse problema dentro de si hoje mesmo:

  • Trabalhe a autoestima: quando estamos felizes conosco, estamos felizes com o mundo. Pessoas com autoestima elevada são mais seguras e cultivam boas relações;
  • Tenha inteligência emocional: a inteligência emocional irá lhe conectar com as suas mais profundas relações com os seus próprios sentimentos, fazendo que não seja uma surpresa constante as suas reações, decepções e sucessos;
  • Tenha pensamentos positivos: deixar-se levar por pensamentos negativos e que só atrapalham a sua vida, podem refletir também nas pessoas com quem você se relaciona. Ter empatia  e resiliência para tratar os acontecimentos na vida podem te tornar mais positivo;
  • Converse: abrir o diálogo e deixar clara as suas incertezas e inseguranças, ou a tal famosa D.R. (discutir a relação) pode ser extremamente útil, pois já expõe toda a sua imaginação e realidade para ser conversada abertamente;
  • Pratique atividades físicas e hobbies: nada melhor do que ocupar o tempo com atividades que estimulam nosso corpo e mente. Essa prática, além de ocupar a cabeça, traz benefícios para o corpo e consequentemente para a autoestima;
  • Saiba dizer não, e sim também: limite é a palavra-chave, tanto para você ter para as outras pessoas, como para si. Não se deve fazer tudo que todos pedem, é preciso se conectar com as suas verdadeiras vontades e desejos para ser feliz.                                            

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