domingo, julho 10

O QUE SIGNIFICA A COBIÇA, A INVEJA E O CIÚME PARA PSICANÁLISE? QUAL É A DIFERENÇA?

Uma voz, um pensamento aparece a um invejoso e diz que pode conceder a ele tudo o que quiser, com a condição de que seu vizinho ganharia o dobro do que o invejoso desejasse. Ao saber disso, o homem pede à fada que lhe arranque um olho.

É com o exemplo dessa fábula que a psicanalista Melanie Klein desenrola seu livro “Inveja e Gratidão”, publicado em 1974, e que explica bem o comportamento e mentalidade do invejoso.

Presente nos livros sagrados, na mitologia e retratada na história desde as épocas mais remotas, a inveja é um sentimento inerente ao homem. Invejar é sentir raiva quando alguém tem algo que você gostaria de ter e, mais do que isso, querer que essa pessoa se dê mal. Você já deve ter ouvido falar em “olho-gordo”, “seca-pimenteira” ou “mau-olhado”. São termos folclóricos que se referem à inveja: o poder de levar má sorte àquele que possui algo que é objeto de desejo.

Esse é um sentimento que, em maior ou menor intensidade, todos sentimos. Isso não quer dizer que toda pessoa seja invejosa. Mas existem indivíduos que sentem a inveja de uma forma tão intensa que chega a ser tóxica e precisa de tratamento. Em muitos casos, essa pessoa sofre do transtorno de personalidade narcisista, uma condição mental em que ela superestima a sua importância, colocando-se acima das demais, sem empatia e com a necessidade de atenção, admiração e reconhecimento exagerada, o tempo todo.
         

A DIFERENÇA ENTRE A COBIÇA, A INVEJA E O CIÚME 

É comum as pessoaso confundirem inveja com cobiça ou ciúme. Embora se pareçam, são sentimentos distintos. Ciúme é o medo de perder algo que o indivíduo acredita ser só seu —um bem material, um melhor amigo ou amiga, um familiar, um parceiro ou parceira etc. O ciumento se sente inseguro ou ameaçado em perder a outra pessoa da relação ou seu objeto, gerando um sentimento exacerbado de posse.

Já a cobiça é querer algo que o outro tenha. Pode ser um carro ou uma casa, por exemplo, ou um corte de cabelo, uma roupa ou até mesmo condutas pessoais. Mas sem desejar mal ao outro indivíduo.

A inveja, como explicado, é um sentimento de ódio ou pesar provocado pelo bem-estar ou prosperidade de outrem, além de um desejo muito forte de desfrutar algum bem possuído ou desfrutado por outra pessoa.

Esses três sentimentos são comuns a todos nós. Porém, a inveja é o único que não tem nada de positivo, pois o invejoso quer destruir o que o outro tem, fica feliz com a infelicidade do outro.

        

Segundo a psicanálise, a inveja é um afeto que indica que uma parcela muito significativa de nós mesmos se forma a partir de identificações com os outros, por meio de processos de alienação.

Desde muito cedo conquistamos um sentimento de “ser si mesmo”, devido ao “investimento” que fazemos em pessoas que despertam o nosso interesse, e nos sentimos vivos a partir das experiências que vivemos, ao recebermos o reconhecimento dessas pessoas.

Em um sentido muito radical, ser “eu” só é possível a partir de outros, ou seja, é por meio da observação do outro que o indivíduo percebe a si mesmo. A inveja, assim compreendida, é uma forma de laço social muito primária (ou primordial), segundo a qual o desejo pelo outro, pelo reconhecimento do outro e pela satisfação pessoal se confunde com a nossa própria identidade.

Na inveja, querer para si e querer para alguém nos remete novamente a essa confusão fundamental entre os limites de nossa identidade e suas origens na alteridade.

A INVEJA SEGUNDO.....

MELANIE KLEIN

Para a psicanalista, a inveja está presente na organização e no desenvolvimento psíquico desde os primeiros dias de vida de uma criança. Nesse caso, primordialmente, o sentimento é dirigido ao seio materno, objeto ora tomado como objeto bom (que nutre, suporta e o acolhe), ora como mau, que é quando a criança sente a sua ausência. É nessa falta, no querer e não ter o peito da mãe, que surge a inveja e a criança experimenta a angústia e a agressividade em sua forma mais destrutiva. Essa dualidade faz com que a criança assegure e preserve a existência do objeto bom e volte a sua agressividade para o objeto mau. Quando por algum motivo essa divisão não é possível, a criança terá dificuldades de proteger ou preservar o objeto bom dos ataques do objeto mau.

JACQUES LACAN 

Para ele, a inveja é um afeto, com tudo o que isso significa em sua teoria, ou seja, um circuito que forma um laço social próprio à lógica do “eu” e do “outro”. Seu aspecto real é fruto da inexistência de uma relação pré-definida com o outro (relações mãe-filho, por exemplo). Entendida em seu aspecto imaginário, a inveja seria um afeto que tenta nos assegurar da relação com outro, tentando transpor essa falta com uma tentativa de ancorar no outro o nosso “eu”, a partir de projeções e introjeções próprias à constituição do “eu”: vejo no outro algo que se torna “eu”, reconheço em mim algo que é proveniente do outro. A inveja seria uma certa fratura nesse processo, no qual a divisão é colocada em questão, sem que um “eu” consiga delimitar seus limites com precisão.


ARISTÓTELES

Em sua obra Retórica, o filósofo grego, na parte II dedicada às paixões, procurou demonstrar quais seriam os meios que emergem e cessam tais afetos e de que forma a inveja surge. Para o pensador, as pessoas sentem inveja, geralmente, de quem é igual ou parecido consigo, mas que eventualmente adquire vantagens que o sujeito julgava somente a si pertencer. Os invejosos seriam todos aqueles que possuem quase tudo o que desejam, mas que por sua ambição jamais se bastam, incomodando-se com todos a sua volta. Aristóteles pontua que sentimos inveja de quem por mais variados motivos rivalizamos. Para ele, as pessoas que buscam honra são mais invejosas do que as demais, pois reclamam uma glória que só pertence supostamente a si. Os sábios (ou os que tentam se passar por um) também estão sujeitos à inveja pela soberba ambição de quererem uma constante reputação que a sabedoria daria. Por fim, a inveja ataca em igual medida o também medíocre, mesquinho, pois no seu nivelamento baixo não admite algo ou alguém acima.

 
SOREN KIERKEGAARD

Para o filósofo dinamarquês, a inveja transpõe a mera condição de sentimento negativo. Antes, ela atua como um princípio regulador, que tem a propriedade de estimular não somente um já conhecido afeto de ressentimento e hostilidade entre os homens, mas também o de aprisioná-lo numa negatividade absoluta. Em outros termos, a inveja atua como uma forma de balizar ações e pensamentos dos indivíduos, mantendo-os reféns de uma rede de inflexões paralisantes: a inveja retarda ao mesmo passo que invalida uma decisão, enfraquecendo a vontade e mantendo o homem sob seu cativeiro de inércia. Na filosofia, são diversas escolas e pensadores que a representam. De acordo com o filósofo inglês Bertrand Russell, a inveja teria uma potência para além de sua carga negativa, inoportuna e geradora de infelicidade: ela também seria um tipo de força motriz por trás das economias e de sistemas políticos.
                                      

A INVEJA DOI, LITERALMENTE

Um estudo publicado por pesquisadores japoneses conclui que a inveja é processada no cérebro na mesma área em que a dor física.

Por meio de ressonância magnética, os cientistas conduziram um grupo de estudantes a imaginarem algumas situações. Em um primeiro cenário, os estudantes eram comparados com pessoas de perfis semelhantes, mas que estavam sempre se dando melhor (eram mais bonitas, namoravam o par mais cobiçado, eram mais ricas). As ressonâncias mostraram que existe um gradiente de ativação da região do cíngulo, área do cérebro ativada quando existe a rejeição e a dor física.

Posteriormente, os estudantes tinham de imaginar que os planos das pessoas comparadas e que tinham sempre mais começavam a dar errado: elas perdiam o emprego, terminavam a relação. Os pesquisadores perceberam que, no cérebro dos analisados, em vez de ativar o cíngulo, era ativada a área do bem-estar e satisfação.

Na psicanálise, a felicidade em ver o outro se dar mal é chamada de “schadenfreude”, palavra alemã que significa “schaden” (dano, prejuízo) e “freude” (alegria, prazer): a alegria com a desgraça alheia ou o gosto pelo desgosto.

Uma constatação importante deste estudo é que nosso cérebro tem uma anatomia bem clara representando os nossos sentimentos. A inveja é um sentimento que se associa a um conjunto de outros sentimentos como orgulho, ciúme e paixão, que mobilizam o nosso organismo e mexem com a nossa homeostase (equilíbrio interno).
                                                  
EXISTE INVEJA DO BEM?

Você já deve ter dito ou ao menos ouvido alguém falar que sente inveja “boa”. Nesse caso, as pessoas se referem ao desejo de querer algo que o outro tem, mas sem desejar mal a essa pessoa. Como já dissemos, isso é cobiça. A inveja, caracterizada pela alegria ou prazer com a desgraça alheia, nunca é um sentimento bom.

Essa invenção de duas categorias de inveja —boa e má— é fruto da necessidade de se antecipar e se defender de possíveis julgamentos ou críticas moralistas ou moralizantes. Se a inveja que eu sinto é boa, eu não posso ser julgado e condenado nem por mim mesmo, nem pelos outros.

A inveja não é um pecado, uma doença ou um distúrbio de caráter. É um sentimento que faz parte de uma configuração psíquica complexa. Utilizar a moral para analisar sentimentos ou emoções dificulta o contato com o psiquismo e prejudica a viagem pela profundidade e complexidade do nosso mundo interno, e assim perdemos a possibilidade de mapear nossas fragilidades e limitações. Com isso, fica difícil vislumbrar nosso potencial tanto criativo como destrutivo —ou autodestrutivo. Ou seja, o procedimento de avaliação moral nos afasta da verdade sobre nós mesmos.

É importante diferenciarmos inveja de admiração. É possível admirar uma pessoa por suas competências, seu caráter, sua condição material, cultural e psíquica sem necessariamente invejá-la. Mas não é possível invejar uma pessoa que não se admira.

PORQUE AS REDES SOCIAIS É UM GATILHO PARA INVEJA?

Ver postagens com vídeos e fotos de viagens, momentos de lazer ou em família, conquistas profissionais e em outras áreas estimula nossos desejos e pode levar à comparação entre nós (eu) e eles (outro, ou seja, quem seguimos nas redes sociais).

Em termos clínicos, a inveja é um sentimento ligado à raiva e ao ódio, o que você “tem” (subjetivamente ou objetivamente) não serve, enquanto aquilo que o outro “detém” (amigos, dinheiro, viagens, lazer, poder etc.) é almejado/desejado pelo “seu eu”. Então, o ódio é dirigido para aquele que tem algo e não para o “seu eu”. Dessa forma, preserva seu psiquismo de uma espécie de esvaziamento e do ódio contra si próprio.

Não há como mensurar se estamos mais invejosos devido às redes sociais, mas é possível afirmar que elas aguçam nossa sensorialidade — o desejo por prazer, por desfrutar de momentos supostamente felizes, por viagens, pratos, roupas, carros, objetos, conquistas no treino…
                                   
PODEMOS LIDAR COM A INVEJA  (  NOSSA E DOS OUTROS  )

Algumas pessoas costumam dizer que a dor não é uma boa conselheira, mas uma boa guia. É a profunda dor causada por sentimentos de desamor, inferioridade, incapacidade, desvalimento e desamparo que está por trás da inveja. A ira e os ataques para rebaixar o outro são formas que o invejoso encontra de aplacar sua dor. O invejoso não se percebe invejoso e atira no outro para resolver um problema seu, enredado em um círculo vicioso. Confira as dicas dos especialistas para lidar com este sentimento:

1- RECONHEÇA QUE A INVEJA ESTÁ POR TODOS OS LADOS
Saber que o sentimento faz parte da mente e do comportamento humano é importante para conseguir lidar com ele e, principalmente, reconhecê-lo em nós mesmos.

2- ACEITE A DOR
O autoconhecimento é um caminho para lidar com a nossa própria inveja. Mas, além de se conhecer, é preciso desenvolver a tolerância para podermos sofrer a dor de sermos quem nós somos. Assim, abre-se um caminho de transformação, de mudança de um círculo vicioso para outro, virtuoso.

3- GUARDE PARA SI
Se a pessoa puder entrar em contato com esta parte sombria de sua personalidade, a capacidade amorosa escondida por trás desses sentimentos pode emergir. O indivíduo pode sentir a dor da inveja, mas guarda para si: tolera a dor, já que ela faz parte da vida humana.

4- NÃO TEM COMO MUDAR O OUTRO
Obviamente, não está ao nosso alcance mudar a inveja do outro. No entanto, podemos reconhecer o comportamento invejoso e nos proteger.

5- TENHA CONSCIÊNCIA DO SENTIMENTO DO OUTRO
Saber que o invejoso vai tentar apagar nosso brilho, abafar nossa criatividade, desprezar nossas conquistas ou mesmo tentar nos despertar inveja, desfilando em grande estilo suas conquistas e aquisições, nos permite cuidar e não entrar nesta dinâmica destrutiva.

6- FAÇA TERAPIA
Convivência e proximidade com pessoas muito invejosas, principalmente quando estas são figuras de autoridade, pode ser muito danoso para a saúde mental. Os ataques invejosos podem ser internalizados e destruir a autoestima, corroer o amor próprio, causar insegurança, medo, agressividade contra si mesmo e até depressão. A psicoterapia é uma ferramenta que pode ajudar a lidar com esses sentimentos gerados pela inveja.

QUAL A HISTÓRIA DE ANA? QUEM FOI ANA NA ESCRITURA SAGRADA?

A história de Ana na Bíblia está registrada no livro do profeta Samuel, no Antigo Testamento. Apesar de Ana aparecer muito brevemente no relato bíblico, certamente ela é uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia. Neste texto, saberemos mais sobre quem foi Ana.

Quem foi Ana na Bíblia?

Para respondermos essa pergunta, precisamos considerar que Ana é o nome de duas mulheres citadas na Bíblia. Em sua forma hebraica, Hanah, aparece como sendo o nome da mãe de Samuel no Antigo Testamento, e em sua forma grega, Ana, aparece como sendo o nome de uma profetisa no Novo Testamento.

O nome Ana significa “graça”, “benevolência” ou “favor”. Esse significado vem do hebraico, mas em sua forma grega o nome também possui o mesmo significado.

A história de Ana, mãe de Samuel

Ana foi a mãe do profeta Samuel, um dos personagens bíblicos mais importantes. Podemos ler sobre a história de Ana nos dois primeiros capítulos do livro de 1 Samuel.

Ana era uma das duas esposas de Elcana, sendo a predileta de seu esposo. Elcana era um levita da linhagem de Coate, mas que não estava na família sacerdotal, e que vivia em Ramataim-Zofim, uma região montanhosa de Efraim.

Ana era estéril, e é possível que Elcana tenha se casado com uma segunda esposa, Penina, para que esta lhe gerasse filhos. Embora não fosse o modelo ideal aprovado pelo Senhor com relação ao casamento, a poligamia era comum nos tempos do Antigo Testamento. Todavia, a própria história de Ana e Penina, assim como de Raquel e Lia, revela que esse tipo de prática sempre foi seguido de problemas no lar.

A rivalidade dentro do lar era constante, pois geralmente a esposa que não gerava filhos era humilhada e duramente importunada pela esposa fértil. Assim acontecia com Ana, que frequentemente era atormentada por Penina.

Outra fonte de atrito era o favoritismo do marido para com uma de suas esposas. Ana, apesar de ser estéril, era a esposa favorita (1Sm 1:5-8), assim como Raquel, também estéril, era a esposa favorita de Jacó. 

A oração de Ana

O marido de Ana era um homem muito devoto, e todos os anos levava sua família para Siló, onde ficava localizado o Tabernáculo desde os dias de Josué (Js 18:1), para adorar e sacrificar ao Senhor.

A questão da esterilidade combinada à irritação por parte de Penina, faziam com que Ana ficasse profundamente angustia, por isso chorava e não se alimentava (1Sm 1:8).

Em uma dessas jornadas a Siló, Ana foi até a porta do Tabernáculo, e, “com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (1Sm 1:10). Em sua oração, Ana pedia por um filho, e assim fez um voto ao Senhor.

Ana prometeu entregar seu filho ao Senhor por todos os dias da sua vida, e sobre sua cabeça não passaria navalha. Essa última característica mostra que se tratava de um voto dos nazireus (cf. Nm 6:5).

A reação de Eli perante a oração de Ana

Enquanto Ana orava com perseverança, Eli, o sacerdote, a observava. Ele havia reparado que Ana só movia os lábios, e não saía de sua boca nenhuma voz audível, concluindo então que ela estava embriagada.

Quando Eli pediu que Ana se apartasse do vinho, ela o respondeu dizendo ser uma mulher angustiada que estava ali derramando sua alma ao Senhor, falando com o coração sobre o seu desgosto. Ana também disse ao sacerdote que não era uma “filha de Belial”, expressão que significava uma pessoa maldosa e sem valor (1Sm 1:14-16).

Diante disso, Eli a compreendeu e disse: “Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste” (1Sm 1:17). Ana então partiu dali, e seu semblante já não era mais triste.

O Senhor concede o desejo de Ana

Depois que a família de Elcana voltou para Ramá, a Bíblia diz que o Senhor se lembrou de Ana, e passando um tempo, ela concebeu um filho, a qual chamou Samuel. Ainda pequeno, Ana entregou Samuel no Tabernáculo aos cuidados de Eli.

Todos os anos, quando ia adorar em Siló, Ana tinha o habito de levar uma roupa nova a Samuel. Esse seu filho foi um dos homens mais notáveis da Bíblia, o qual aparece no livro do profeta Jeremias num grau de importância semelhante a Moisés (Jr 15:1). Foi Samuel que, usado pelo Senhor, ungiu os dois primeiros reis de Israel, Saul e, depois, Davi.

Posteriormente ao nascimento de Samuel, Ana se tornou mãe de mais cinco filhos, sendo três homens e duas mulheres (1Sm 2:21).

O cântico de Ana

No capítulo 2 de 1 Samuel, lemos sobre a oração de Ana em forma de um cântico de ação de graças (1Sm 2:1-10). O conteúdo desse cântico sem dúvida é muito significativo. Nele Ana reconheceu a graça, o poder, a santidade e a soberania de Deus.

Sem dúvida, também podemos afirmar que aquele foi um cântico profético, onde Ana, mesmo que bem vagamente, previu o aparecimento do Ungido de Deus, ao dizer “e dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido” (1Sm 2:10). O termo para ungido é mashiac, de onde vem a palavra “Messias”, usado pela primeira vez no Antigo Testamento nessa oração de Ana.

Outra característica interessante desse cântico de Ana é que ele possui muitas similaridades ao cântico de Maria, quando o nascimento de Jesus lhe foi anunciado (Lc 1:46-55).

A história de Ana, a profetisa

A outra Ana que aparece na Bíblia é mencionada no Novo Testamento no Evangelho de Lucas (cap. 2:36-38). Ana era uma viúva, filha de Fanuel, descendente da tribo de Aser, e é designada como sendo uma profetisa.

Ana já era uma mulher idosa que havia sido casada por sete anos antes de se tornar viúva. O texto bíblico nos diz que mesmo aos 84 anos ela não se apartava do Templo, servindo a Deus de dia e de noite, com jejuns e orações.

Isso não significava que Ana morava no Templo, apenas que ela ficava ali constantemente, frequentando as cerimônias da manhã e da tarde. O relato de Lucas sugere que, assim como Simeão, Ana fazia parte do remanescente que “esperava a consolação de Israel” (Lc 2:25).

Quando ouviu as palavras de Simeão, Ana deu graças a Deus pelo comprimento de suas promessas, reconhecendo e proclamando que Jesus era, de fato, o Messias.

sábado, julho 9

EXISTEM REMÉDIOS FITOTERÁPICOS PARA ANSIEDADE?

Diante de tantos remédios sintéticos que existem por aí, muitos preferem opções mais naturais.

Assim, surgiram os fitoterápicos que são medicamentos à base de plantas e possuem as mais diversas indicações, inclusive para a ansiedade.

Neste estudo vamos falar sobre o que você precisa saber sobre os fitoterápicos para ansiedade. 

O medicamento fitoterápico é um composto farmacêutico cujo princípio ativo é baseado em alguma planta.

Apesar de muitos pensarem que por ser natural não tem efeitos colaterais e podem ser tomados à vontade, os remédios naturais fitoterápicos precisam ser tomados de acordo com a prescrição de um profissional,
Seja um fitoterápico para ansiedade ou não, antes que eles sejam disseminados nas farmácias eles passam por uma série de testes científicos que comprovam a eficácia e segurança deles.

Há várias plantas e frutas com potencial ação calmante como, por exemplo, o maracujá ou até mesmo a camomila.

No entanto, nem toda planta se torna um fitoterápico, como vimos anteriormente.

Por isso, os remédios fitoterápicos mais famosos para a ansiedade e depressão são:

  • Kava-kava
  • Passiflora
  • Rhodiola rósea
  • Valeriana
  • Gingko biloba

Contudo, segundo estudos mostram que nem todos os fitoterápicos já foram estudados em humanos. 

Por isso, separamos alguns exemplos de opções com maior comprovação científica.

Embora os ansiolíticos naturais para ansiedade não tenham a mesma comprovação científica que remédios tradicionais como, por exemplo, a bupropiona para ansiedade. 

A Passiflora e a Valeriana são duas plantas que já passaram por vários estudos e, em algumas questões de ansiedade, podem ser indicadas por um médico.

Alguns nomes comerciais de fitoterápicos para ansiedade que você vai encontrar nas farmácias por aí são:

  • Calman
  • Sintocalmy
  • Pasalix
  • Serenus
  • Ansiopax
  • Maracugina

No entanto, vale lembrar que embora eles possam ser comprados sem receita médica, nenhum medicamento natural para ansiedade deve ser tomado de forma indiscriminada.

Afinal, alguns deles podem ter interações medicamentosas graves causando, por exemplo, sangramentos.

Talvez uma das perguntas mais frequentes depois de “como saber se tenho ansiedade” é como tomar os remédios para esse problema.

Os medicamentos fitoterápicos em sua grande parte são tomados via oral na forma de comprimido.

No entanto, nada impede que você use ansiolíticos naturais de outras formas como:

Chás para ansiedade

Apesar de não serem fitoterápicos propriamente ditos, uma vez que não passaram por testes clínicos, alguns chás podem ajudar na ansiedade.

Entre algumas de chás para ansiedade estão:

  • Chá de passiflora;
  • Lavanda;
  • Maçã;
  • Manjericão;
  • Lúpulo;
  • Melissa;
  • Valeriana;
  • Camomila.

Lembre-se sempre que há plantas que podem ser tóxicas a depender da dose e do tipo de preparo. Por isso, tome todo o cuidado com o consumo indiscriminado ao escolher o seu chá para ansiedade. 

Homeopatia para ansiedade

Há algumas opções de remédios homeopáticos para ansiedade que são administrados como xarope, glóbulos, comprimidos ou drágeas.

Alguns exemplos de medicamentos homeopáticos para ansiedade são:

  • Sédatif
  • Nervocalm
  • Homeopax
  • Complexo Homeopático Almeida Prado

Florais para ansiedade

O floral são compostos derivados principalmente de extratos de flores, como o próprio nome diz. 

Acontece que algumas flores podem ter propriedades calmantes e, por isso, combater a ansiedade. Alguns florais para ansiedade e nervosismo são:

  • Florais de Bach (Mustard, Olive, Impatiens, Cherry Plum e Rock Rose);
  • Florais de Saint Germain (Cidreira, Melissa, Lírio da Paz, São Miguel, Verbena).

O melhor é buscar um terapeuta floral que poderá recomendar o melhor floral para ansiedade, para seu caso específico.

Embora um remédio natural para ansiedade não tenha a mesma eficácia que os medicamentos tradicionais sinteticamente feitos, alguns pontos positivos devem ser elencados a fim de refletir se eles são ou não uma boa opção:

  • Preço acessível;
  • Menos efeitos colaterais;
  • Tratamento individualizado;
  • Não causa dependência;
  • Matéria-prima pode ser obtida facilmente;
  • É oferecida como prática integrativa e complementar pelo SUS.

Outros benefícios é que alguns remédios fitoterápicos podem ser administrados para controlar ansiedade em crianças e gestantes, vejamos mais sobre isso.

  • Fitoterápico para ansiedade infantil

Pesquisas mostram que ervas como camomila, erva-doce e hortelã são com frequência oferecidas para bebês a fim de aliviar dores abdominais e também como calmantes para a ansiedade.

O tipo de erva e a dosagem irão depender da idade da criança.

Certos tipos de ervas só são recomendados após os 12 anos de idade. Por isso, é crucial consultar um médico pediatra antes de oferecer qualquer fitoterápico para a criança. 

Nesse contexto, segundo recomendações do próprio Ministério da Saúde, crianças até meio ano de idade precisam alimentar-se somente com leite materno ou fórmula infantil no caso de ausência do leite. 

  • Fitoterápico para gestantes ansiosas

A gestação é um momento em que os hormônios estão à flor da pele. 

Além disso, a futura mamãe carrega expectativas em relação ao parto e ao bebê que está por vir. Tudo isso sem dúvida causa muita ansiedade.

Assim, opções naturais que podem ser utilizadas para a gestante conter a ansiedade são:

  • Suco de maracujá;
  • Chá de camomila;
  • Cuidados com a alimentação (maçã, alface e mel contém substâncias calmantes em suas composições).

Por exemplo, os remédios fitoterápicos passam por uma série de testes científicos que os categorizam em níveis de evidências.

Por outro lado, os florais não são considerados remédios, pois a essência floral corresponde a uma parcela muito pequena da fórmula, diferente dos medicamentos fitoterápicos.

Assim sendo, os florais de Bach para ansiedade praticamente não tem contra indicações, podendo ser administrados até mesmo para animais. 

No caso dos fitoterápicos não se pode ter a mesma flexibilidade, uma vez que tais remédios podem interagir com outras medicações e causar efeitos colaterais.

De forma geral, não há um melhor. Tanto a valeriana quanto a passiflora possuem estudos científicos que indicam alguma evidência para tratar a ansiedade.

No entanto, os sintomas gerados pela ansiedade são bastante diversos.

Assim, a escolha do melhor fitoterápico para ansiedade deve ser feita pelo médico psiquiatra responsável.

Apesar de um ou outro fitoterápico para ansiedade ajudar a controlar esse sintoma tão incômodo, por si só eles não são suficientes.

Além disso, é necessário buscar hábitos como a meditação para ansiedade que comprovadamente reduzem as angústias em relação ao futuro.

Mas o que realmente faz a diferença é a procura por um profissional de saúde mental capacitado para prescrever as melhores intervenções para ansiedade de forma 100% individualizada.

PORQUE A COMPULSÃO E A REPETIÇÃO DOS MESMOS ERROS?

Segundo a psicanálise a compulsão à repetição é um processo do inconsciente no qual a pessoa se coloca em situações desastrosas, repetindo experiências negativas e antigas, seria uma busca por satisfação que ficou em suspenso. “O paciente não se lembra de nada do que ele esqueceu e reprimiu, mas ele o atua. Ele reproduz não como memória, mas como uma ação, ele repete, sem saber, é claro, que está repetindo. (FREUD,SE, v.12, p.150) “

VAMOS ENTENDER O QUE É COMPULSÃO A REPETIÇÃO 

Em partes toda essa repetição possui um ganho , um ganho inconsciente que muitas vezes traz uma satisfação interna , mesmo sendo com algo que lhe traz sofrimento …nós podemos nos satisfazer com situações patológicas, pois todos nós somos divididos uma parte de nós se adapta a cultura, ao meio social, porém outra parte é primitiva que é nosso inconsciente, e essa parte sempre irá permanecer em uma busca por satisfação, só que impedimos que essa satisfação venha , porque nós internalizamos as normas culturais, isso faz com que esses impulsos internos/animalescos , impulsos primitivos que habitam em nós , eles busquem outros caminhos , para obterem satisfação.

Desta forma , dependendo do modo que vc se relaciona com esses impulsos, eles então podem buscar satisfação pela via da doença, foi exatamente o que Freud descobriu , que por trás desses comportamentos  repetitivos por trás dessa compulsão a repetição, o que acontece é que esses impulsos primitivos que ainda habitam em nós, estejam encontrando satisfação.

Um exemplo seria de uma pessoa que sempre teve um impulso de agressividade dentro dela, reprimido, e no decorrer da vida busca satisfação, e uma das formas que o impulso busca essa satisfação é tomando a pessoa mesma como objeto, ou seja, ao invés de agredir o outro, dominar o outro, a pessoa irá se machucar , irá se deixar abusar, talvez deixando o OUTRO lhe dominar, se deixar abusar PELO OUTRO. Então talvez, deixando o outro machucar ela está satisfazendo o impulso agressivo que tem dentro dela e que está reprimido, mesmo sendo através deste comportamento doentio.

PORQUE A COMPULSÃO E A REPETIÇÃO DOS MESMOS ERROS?

Portanto, a primeira razão pela qual as pessoas insistem em repetir comportamentos patológicos que as fazem sofrer, a primeira razão pela qual repetimos situações de sofrimento , é exatamente essa: podemos estar gozando , satisfazendo determinados impulsos por meio destas repetições patológicas. O nosso Eu está sofrendo, está sendo machucado , em contrapartida o inconsciente está em “festa” sendo suprido , por meio da repetição.

E como uma segunda opção, pode ser que a pessoa esteja encontrando ali em meio ao sofrimento, algum GANHO, que compensa o tal sofrimento, um exemplo seria : uma pessoa que tem crises explosivas, crises de fúria repetitivas, quando era criança quiz muito receber atenção e um olhar de reconhecimento dos seus pais, e acha que não foi muito amada por eles, e então na fase adulta, através do ato compulsivo de de fúria, fica querendo chamar a atenção do outro, atenção do marido ou da esposa, dos irmãos… através do excesso de fúria , a pessoa acredita estar obtendo um ganho, uma espera por reconhecimento.

Uma das principais razões que mantém as pessoas na compulsão a repetição, é uma espécie de esperança , de obter alguma coisa com aquele comportamento , que na maioria das vezes nunca vem, ou vem de uma maneira insatisfatória.

PODEMOS CONCLUIR QUE 

Concluindo, as duas principais razões pelas quais as pessoas repetem situações patológicas, de sofrimento, em primeiro lugar podendo estar se satisfazendo por meio da doença, há um gozo presente . E também estar obtendo um ganhos com um tal comportamento.

Até que a pessoa procure uma ajuda, por meio da psicanálise e comece a perceber por que faz o que faz, porque aqueles tais relacionamentos sempre se repetem, porque não consegue atingir tais metas, e volta sempre pro mesmo lugar, ao verbalizar ao psicanalista a pessoa vai percebendo os ganhos que obtém com tais situações , das eventuais satisfações, e a partir daí , deste reconhecimento , quando a pessoa consegue se apropriar disso que está dentro dela, mas ainda não tinha tomado a devida consciência, aí sim terá condições de naturalmente ir saindo do processo de compulsão a repetição, será sempre através do processo de elaboração, fala, verbalização que acontece no contexto da terapia  psicanalítica. 

O CHORO PODE ATÉ DURAR UMA NOITE, MAS A ALEGRIA VEM PELA MANHÃ: TEXTO:( SALMO 30: 1-12 )

Salmo 30 é uma oração de gratidão pela graça de Deus que restaura a comunhão com o pecador arrependido. Conforme diz o cabeçalho, essa composição de Davi foi destinada ao louvor na dedicação da casa, ou seja, um cântico para uso quando fosse completada a construção do templo, uma obra projetada por Davi e realizada depois da sua morte pelo seu filho e sucessor, Salomão.

Apesar de ser um hino preparado para um momento de comemoração nacional em Israel, o tom do Salmo 30 é pessoal, uma mensagem de redenção da própria vida de Davi. Ele inicia com estas palavras:

“Eu te exaltarei, ó SENHOR, porque tu me livraste e não permitiste que os meus inimigos se regozijassem contra mim. SENHOR, meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me saraste. SENHOR, da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura” (versos 1 a 3).

Davi havia chegado à beira da morte e sobreviveu somente pela graça de Deus. Com certeza, essa linguagem pode incluir sua salvação diante das perseguições de Saul, durante a rebelião de Absalão e nas várias batalhas de conquista. Mas, fica evidente nos versos seguintes que Davi pensava em momentos de afastamento de Deus, consequências dos seus próprios pecados. Ele continua:

“Salmodiai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e dai graças ao seu santo nome. Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã. Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: jamais serei abalado. Tu, SENHOR, por teu favor fizeste permanecer forte a minha montanha; apenas voltaste o rosto, fiquei logo conturbado” (versos 4 a 7).

Como é normal nos hinos de Davi, ele chama todos os servos do Senhor a participar do louvor, sempre exaltando o nome de Deus. Mas os motivos citados vêm da sua própria experiência. Ele viu a grande diferença entre a ira e a graça de Deus, pois a ira passou e a graça permanece.

Depois do livramento, é fácil cair no erro de autoconfiança. Davi confessa essa falha. Ele havia cometido esse erro de confiar em si, pensando que nunca seria abalado. Depois de Deus dar para Davi grandes vitórias sobre Saul, Absalão e as nações ao seu redor, ele decidiu, sem permissão divina, fazer um censo da nação de Israel. Deus não se agradou dessa decisão do rei Davi e enviou um castigo severo que custou a vida de 70.000 homens, ovelhas sob os cuidados desse pastor de Israel (2 Samuel 24:1-17). O vínculo desse pecado de Davi com o Salmo 30 se torna evidente quando consideramos o desfecho da história. Ele procurou perdão:

“Por ti, SENHOR, clamei, ao Senhor implorei. Que proveito obterás no meu sangue, quando baixo à cova? Louvar-te-á, porventura, o pó? Declarará ele a tua verdade? Ouve, SENHOR, e tem compaixão de mim; sê tu, SENHOR, o meu auxílio” (versos 8 a 10).

Na busca da compaixão de Deus, Davi obedeceu às instruções divinas e comprou um terreno onde fez sacrifícios ao Senhor (2 Samuel 24:18-25). Uma vez perdoado por Deus, parece que Davi dedicou o resto da sua vida aos preparativos para a edificação do templo nesse mesmo lugar, e à organização dos cultos de adoração em Jerusalém.

A graça de Deus demonstrada ao rei Davi motivou esse salmista a se dedicar, de coração, ao louvor do Senhor. Ele conclui o Salmo com esta mensagem alegre:

“Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. SENHOR, Deus meu, graças te darei para sempre” (versos 11 e 12).

Nós, como pecadores que precisam da misericórdia de Deus, temos o mesmo motivo para adorar ao senhor. 

sexta-feira, julho 8

SIGNIFICADO DAS PLANTAS GIMNOSPERMAS E ANGIOSPERMAS:

As gimnospermas são plantas terrestres que possuem sementes, mas não produzem frutos.

O nome do grupo deriva das palavras gregas gymmos "nu" e sperma "semente", ou seja, significa semente nua. Isso porque, as sementes das gimnospermas não encontram-se no interior dos frutos, ficando expostas ou nuas.

São exemplos de gimnospermas as araucárias, cedros, cicas, ciprestes, pinheiros e sequóias.

Araucária

Em geral, essas plantas adaptam-se melhor em climas mais frios e temperados. Acredita-se que existam cerca de 750 espécies de gimnospermas.

Características

As plantas gimnospermas possuem raiz, caule, folhas e sementes. Não existem flores e frutos. Apresentam, ainda, vasos condutores, xilema e floema.

O desenvolvimento das sementes e do grão de pólen foi uma grande conquista evolutiva das gimnospermas. Esse fato fez com que as plantas dominassem definitivamente o ambiente terrestre, pois ficaram independentes da água para a fecundação.

Atualmente, esse grupo de plantas pode ser encontrado em vários tipos de ambientes. Um exemplo é o pinheiro-do-paraná ou araucária, que pode ser encontrado na Mata das Auracais no Sul do Brasil.

Estrutura Reprodutiva

A estrutura reprodutiva das gimnospermas é o estróbilo, também conhecido como cone, daí a denominação conífera para as gimnospermas.

Os estróbilos são formados por folhas modificadas que se agrupam e formam essa estrutura. Essas folhas são férteis e não realizam fotossíntese.

Estróbilo

Os estróbilos podem ser masculinos ou femininos. Isso permite que as gimnospermas possam ser monóicas ou dióicas. Quando monóicas possuem estróbilos masculinos e femininos. Quando dióicas possuem apenas um dos tipos de estróbilo.

Os estróbilos masculinos, também chamados de microstróbilos, são pequenos. Em seu interior são produzidos os esporos masculinos (micrósporos), através dos microsporângios.

Os estróbilos femininos, também chamados de megastróbilos, são maiores e conhecidos popularmente como pinhas. Eles produzem os esporos femininos (megásporos), através dos megasporângios.

Ciclo de Vida

Para compreender o ciclo de vida das gimnospermas, vamos considerar o exemplo de um pinheiro, um representante típico desse grupo.

No momento da reprodução, as folhas modificam-se e originam os estróbilos masculinos (microstróbilos) e estróbilos femininos (megastróbilo). Lembre-se que algumas espécies podem ter estróbilos masculinos ou femininos, são dióicas.

Nos megastróbilos são produzidos, por meiose, os megásporos. Eles ficam retidos nos megasporângios, onde desenvolvem-se no interior do óvulo e originam o gametófito feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais arquegônios, em cada um diferencia-se uma oosfera, o gameta feminino.

Nos microstróbilos, os microsporângios produzem, por meiose, os micrósporos. Desses micrósporos surgem os grãos-de-pólen, também chamados de gametófitos masculinos. Eles ficam armazenados no microstróbilo até serem liberados no ar.

Nesse momento, ocorre a polarização realizada pelo vento (anemofílica). Os grãos-de-pólen viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo. Quando isso ocorre, eles germinam e originam o tubo polínico que cresce e alcança o arquegônio. Isso possibilita que os gametas masculinos fecundem a oosfera e originem o zigoto.

Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do óvulo fecundado, o embrião.

Angiospermas

As angiospermas também são plantas terrestres. A grande diferença entre as angiospermas e as gimnospermas é em relação à estrutura. As angiospermas possuem flor e fruto. Isso faz com que a sua semente seja protegida pelo fruto, o que não ocorre com as gimnospermas.

Assim, as angiospermas são plantas complexas que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.

HÁ UM TEMPO PRA TUDO: TEXTO ( ECLESIÁSTES 3: 1-22 )

Dividiremos este estudo em 3 partes para melhor entendermos  ( 1 ) Versos 1 a 8: o autor afirma que tudo tem o seu tempo de        (2 ) Versos 9 a 13: o proveito do trabalho                                            ( 3 )Versos 14 a 22: questionamentos sobre o fim das coisas

Vou falar um pouco sobre como entender este livro e sobre os principais ensinamentos que podemos obter neste capítulo.

COMO ENTENDER ECLESIASTES?

Para interpretarmos corretamente este capítulo, é imprescindível entendermos a situação do pregador. Sei que já falei disso em estudos anteriores, mas seria um descuido meu não reforçar que esta pessoa, aparentemente já no final de uma vida de muitas realizações, começava a se perceber na proximidade do fim e a se questionar sobre tudo o que havia feito.

Eclesiastes, como também disse anteriormente, não é um livro de respostas, mas um livro de indagações profundas, muitas delas as quais só serão respondidas em Jesus. Não temos como interpretar o livro de Eclesiastes sem considerar tudo o que Jesus ensinou.

Dou um exemplo: se interpretarmos isoladamente o versículo 19, qual conclusão chegaríamos?

“Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.”

Eclesiastes 3:19

Poderíamos facilmente nos ater ao final do verso e entender que temos o mesmo valor que os animais, que não somos diferentes deles em nada. Sei que é um exemplo quase absurdo mas, dadas as interpretações bíblicas que vi ao longo da minha vida, não me surpreenderia se alguém pensasse assim. Por isso precisamos considerar tudo o que Jesus diz, nesse caso, por exemplo, em Mateus 10:31, por exemplo.

Por isso, meu primeiro apelo aqui é: não tente entender o livro de Eclesiastes isoladamente do restante das escrituras. Sei que em outros livros temos direções mais precisas, porém, em Eclesiastes, pela condição do autor, pela estrutura do livro, pelo momento em que foi escrito, nos é necessária uma avaliação mais ampla.

O QUE EU APRENDO EM ECLESIASTES 3: 1-8 ?

Primeiramente, e não pode ser diferente, precisamos aprender algo com a primeira parte deste capítulo: há um tempo para todas as coisas.

Enquanto meditava neste texto me veio à mente uma reflexão sobre como alguns cristãos sentem-se culpados por passarem por momentos difíceis.

Não é para menos que alguns de nós sintam-se culpados. Não são poucas as vezes onde vemos uma pessoa cristã lutando contra a depressão ser julgada como uma pessoa sem fé. Da mesma forma, já vi pessoas cristãs que adoeceram serem julgadas da mesma forma ou serem diagnosticadas como pecadoras e essa ser a causa certa de suas doenças.

Entendo aquelas que se sentem culpadas por estarem passando por um período mais difícil em suas vidas. Porém, o pregador diz aqui que existe tempo para todas as coisas. Existe o tempo inclusive de descansar, de parar um pouco, de se recuperar. Existe o tempo de se dedicar, de estar presente, de trabalhar intensamente. Tudo tem o seu tempo e não deveríamos nos culpar ou julgar as pessoas por estarem em um tempo diferente do nosso.

Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.

No nosso entendimento do tempo de cada pessoa, devemos sempre depender do Espírito Santo. Caso contrário, facilmente nos colocaremos nos extremos:

  • Um extremo é de pensarmos que devemos viver no tempo de trabalhar para sempre. Servir com toda a disposição, em todo o tempo, como se fôssemos robôs carregados pela bateria espiritual do poder do divino.
  • O outro extremo é o de nos acomodarmos numa situação confortável, onde não servimos, só participamos da vida da comunidade quando convém, a oração é rara e a leitura da Palavra não existe.

Não podemos decidir por nós mesmos qual é o tempo em que estamos vivendo. Devemos depender do Espírito Santo para discernir qual é o nosso tempo.

Quem decide o tempo que você está vivendo? Sua vontade, seu medo de decepecionar às pessoas, ou o Espírito Santo?

Nos versículos finais deste capítulo, encontramos um pregador cansado, em reflexões profundas e, de certa forma, com angústia sobre o final de sua vida.

Quando lemos:

“Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó. Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?”

Eclesiastes 3:20,21

Vejo que esta pessoa está angustiada por, apesar de ter feito tantas coisas e adquirido tanto conhecimento, percebe que o futuro e o julgamento final, estão fora do controle de suas mãos. Isso, para uma pessoa que fez obras tão grandiosas e viveu uma vida vencendo em cada projeto que tinha em seu coração, deve ser algo realmente desesperador.

Perceber que não controlamos o que acontecerá conosco, que a nossa vida não está nas nossas mãos, pode nos trazer terror ou paz.

Terror para as pessoas que acreditavam estar no controle de tudo ou para aqueles que vivem uma vida dissoluta, longe dos caminhos de Deus. Paz para aqueles que se entregaram a Jesus para servir por amor e abriram mão de suas vidas.

A conclusão do autor, até este momento de Eclesiastes, parece ser a única possível para uma pessoa que percebeu que não têm o controle de sua vida:

“Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?”

Eclesiastes 3:22

Como que dizendo: já que não controlamos o que acontecerá conosco, a única coisa que nos resta é nos alegrarmos com o tempo que temos aqui, com o que fazemos aqui.

Uma conclusão que até sou capaz de entender, mas com a qual não me conecto. Lembro-me das palavras de Cristo:

“Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”

Mateus 16:25,26

Jesus nos ensina que a nossa vida não está nas nossas mãos, não somos nós quem temos o controle do que acontecerá e, o melhor que podemos fazer, é nos entregarmos nas poderosas mãos do Senhor.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?