sexta-feira, agosto 12

" ETNOBOTANICA " ESTUDOS E ANÁLISES SOBRE SUAS POTÊNCIAS FARMACOLÓGICAS

Introdução
A utilização de plantas com fins medicinais, para o tratamento, a cura e a prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas terapêuticas da humanidade Como consequência, nas últimas décadas tem se observado um aumen⁸to significativo de pesquisas sobre as relações das comunidades com os recursos biológicos. Estes estudos têm contribuído para a recuperação de saberes, práticas e, também, servido para avançar no autoconhecimento sociocultural dessas populações. Abordagens científicas nessa direção, têm buscado compreender, dentre outros aspectos, como são utilizadas as plantas medicinais por comunidades que incluem, nessa vertente, as pesquisas etnobotânicas.
A etnobotânica tem sido definida como um estudo capaz de compreender as interrelações entre o homem e as plantas e, o modo como as plantas são utilizadas para os mais diversos recursos Permite um melhor entendimento das formas pelas quais as pessoas pensam, classificam, controlam, manipulam e utilizam espécies de plantas nas comunidades Trata de mostrar que existem práticas alternativas capazes de se tornar parte de um processo renovado e complementar para promover saúde. Meios, por vezes, não lucrativos e menos onerosos de cuidar do ser humano em sua totalidade Assim, a manutenção desse conhecimento por meio de gerações sucessivas, pode ser utilizada como uma ferramenta importante para os futuros estudos fitoquímicos, farmacológicos e toxicológicos bem como, para a conservação histórica e cultural No entanto, apesar da variedade de biomas que refletem a enorme flora brasileira, aliada uma miscigenação de etnias e enorme diversidade cultural, um número reduzido de comunidades tem desenvolvido pesquisas etnobotânicas, e são escassos os estudos que realizaram investigações acerca das práticas populares de cura. Nessa perspectiva, este trabalho objetivou realizar um levantamento etnobotânico de plantas medicinais no município de Guatambu (SC), com foco na relevância para as futuras pesquisas de bioprospecção nesta região de imigrantes inserida na Mata Atlântida.
Metodologia
Este estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa de campo utilizando a técnica de snow ball (bola de neve), junto aos agentes populares de cura (benzedeiras e/ou rezadeiras) no município de Guatambu (SC), no ano de 2020 e 2021 (protocolo CEP n 3.771.699). Além disso, foi realizada uma revisão bibliográfica visando o potencial de utilização destas informações etnobotânicas para as pesquisas de bioprospecção. Os dados foram tratados em forma de texto crítico científico, destacando principalmente a perspectiva de utilização racional e sustentável da flora brasileira.
Resultados e Discussão
A Etnobiologia é essencialmente o estudo do conhecimento e das conceituações desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito da biologia. Estuda o papel da natureza no sistema de crenças e de adaptações do homem a determinados ambientes. Os estudos etnobiológicos, que no passado eram conduzidos apenas por antropólogos, agora abrangem também pesquisadores de outras áreas, como botânica, zoologia, ecologia e agronomia. o envolvimento desses pesquisadores reflete o crescimento acadêmico tanto no campo da etnobiologia como, também, no seu caráter multidisciplinar. Considerando a abrangência na área etnobiológica, diferentes cenários podem ser encontrados, tais como: a etnozoologia, etnobotânica, etnoecologia, etnoentomologia e etnofarmacologia.
Embora nossos ancestrais não tivessem nenhum conhecimento detalhado sobre etnobiologia e estruturas químicas, os produtos naturais formaram a base da terapêutica. As razões para isso são múltiplas, mas é provável que a capacidade da natureza de criar complexas e fantásticas moléculas estruturalmente diversas é o argumento mais convincente da ampla atividade destas matérias-primas.
As pesquisas com plantas medicinais são ordenadas de acordo com o foco científico, podendo ser classificadas em quatro tipos:
  • investigações randômicas que compreendem a coleta e ao acaso de plantas para triagens fitoquímicas e farmacológicas;
  • abordagem quimiotaxonômica ou filogenética, que consiste na seleção de espécies de uma família ou gênero;
  • estudos de abordagem etológica (comportamento animal), que tem como orientação avaliar a utilização de metabólitos secundários de plantas por animais, com a finalidade de combater doenças ou controlá-las;
  • pesquisa etnodirigida que consiste na seleção de espécies de acordo com a indicação de grupos populacionais específicos em determinados contextos de uso.
Nos estudos com abrangência etnodirigida, devemos enfatizar a busca pelo conhecimento construído localmente a respeito de seus recursos naturais e a aplicação que fazem deles em seus sistemas de saúde e doença, realçando os estudos na área da Etnobotânica. Registros sobre o termo etnobotânica foram empregados, pela primeira vez em 1895, por Harshberger no conhecimento ecológico. Dessa forma, se observa que estudos etnobotânicos possuem um importante papel no resgate e valorização da cultura local. O estudo retrata o papel da natureza no sistema de crenças e de adaptação do homem a determinados ambientes. Isto significa, que etnobotânica teve igualmente, origem e aplicações nas numerosas observações de exploradores, missionários, naturalistas e botânicos, ao estudarem muitas vezes, o uso de plantas por comunidades.
Alguns autores têm definido que a etnobotânica consiste em uma ciência que estuda a relação dos seres humanos com as plantas. Destacando como uma abordagem de pesquisa científica que estuda pensamentos, crenças, sentimentos e comportamentos. Mediação de interações entre as populações humanas e os demais elementos dos ecossistemas, bem como, os impactos advindos dessa relação.
Assim, o conceito de medicina popular, ao longo dos tempos, foi se constituindo como uma medicina complementar ao método convencional de tratamento. No quesito das plantas medicinais, esses componentes estão diretamente relacionados ao conceito de “remédio natural” ou “remédio caseiro”. Nesse sentido, à utilização de preparados caseiros à base de plantas medicinais ficou evidenciado neste trabalho. Nesta pesquisa, utilizando a técnica amostral não probalística de snow ball ou “bola de neve” foram identificados 30 participantes identificados como benzedeiras e/ou rezadeiras que utilizam em suas práticas espécies medicinais.
Ao se analisar sobre os potenciais farmacológicos que as plantas dispõem, são necessárias algumas definições importantes, relacionadas às nomenclaturas utilizadas no âmbito das pesquisas etnobotânicas. Desta forma, plantas medicinais são as espécies vegetais, cultivadas ou não, utilizadas com propósitos terapêuticos, servindo de matéria-prima. Por seguinte, planta medicinal fresca é qualquer espécie vegetal com finalidade medicinal usada logo após a colheita/coleta, sem passar por qualquer processo de estabilização e secagem. Já a droga vegetal é por definição, a planta medicinal ou suas partes após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada, que contém as substâncias que são responsáveis pela ação terapêutica. Ainda, o derivado vegetal, que é o produto da extração da planta medicinal podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros, Por fim, o termo remédio caseiro, abrange de forma bastante ampla a utilização de partes de plantas, para fins terapêuticos, preparados em ambiente caseiro. Estas formulações caseiras são produzidas na forma de chá, xarope, emplastro, sumo, banho e garrafada. Preparados com sementes, caules, raízes, frutos, folhas e sumos, possuindo diversas formas de apresentação e administração.
Nesse contexto, quando indagados aos participantes sobre o local de aquisição das espécies, 16 participantes (53%) apontaram o horto medicinal ou canteiro, sete (23%) adquirem em suas propriedades, seis (20%) no mato (planta nativa) e um (4%) adquire comercialmente. Estes relatos ressaltam a necessidade da manutenção do uso sustentável da biodiversidade, visto que o extrativismo pode levar a redução dos materiais vegetais utilizados, comprometendo o conhecimento e o uso popular.
As pesquisas atuais envolvendo plantas medicinais demonstram que elas fazem parte da evolução humana, sendo os primeiros recursos terapêuticos utilizados. Os povos primitivos tiveram sucessos e fracassos nas suas experiências. Por muitas vezes as plantas curavam, produziam efeitos colaterais severos e, em outras situações, ocasionavam a morte. Para evitar tais problemas, os mesmos observavam os animais, e a descoberta humana das propriedades úteis e nocivas das plantas foram repassadas empiricamente.
Na perspectiva de suporte para bioprospecção, o estudo apontou 143 espécies medicinais utilizadas pelos participantes da pesquisa. Porém, não se obteve êxito na identificação de quatro espécies. Dessa forma, foram totalizadas 139 plantas diferentes, pertencentes à 57 famílias botânicas, com 298 indicações para tratamento medicinal, distribuídas nas categorias patológicas do British National Formulary.
Assim sendo, ficou evidente que a pesquisa etnobotânica tem se revelado uma importante ferramenta de prospecção de moléculas bioativas úteis na medicina, reconhecida por cientistas em todo o mundo, Isto porque, na prática, os estudos etnobotânicos avaliam como os moradores coletam e usam informações de seus locais de origem em comparação com as informações obtidas cientificamente. Consequentemente, as investigações etnodirigidas servem de pré-requisito para o desenvolvimento de novos fármacos, pois, apresentam informações preliminares de eficácia e segurança
Especialistas em etnofarmacologia, veem na etnociências, uma potência de renovação dos modelos de ação das substâncias ativas, sendo agregadas pela ciência popular. Em geral, compreendem os conceitos de medicina popular e consideram que suas práticas podem ser úteis à gênese de uma verdadeira inovação nos paradigmas de uso e desenvolvimento de medicamentos e tratamentos.
Conclusão
Na contemporaneidade, a etnobotânica constitui conexão entre o saber popular e o científico, incentivando o desenvolvimento sustentável por meio dos recursos vegetais. É notável que as populações dependem de certa forma, das plantas e seus produtos para subsistência e saúde dentro das diversas comunidades, e dessa forma, acabam selecionando plantas com elevado potencial terapêutico.
Neste contexto, se torna de fundamental importância a continuidade de investigações etnobotânicas que visam além do registro catalográfico das plantas e a aplicabilidade de uso como recursos vegetais terapêuticos, também se destinam em aprofundar conhecimentos sobre conduta de manejo e empregabilidade desta matéria-prima Por comunidades étnicas.  

" SEDUM ROSEUM L. " RHODIOLA ROSEA L. UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Sedum roseum (L.) Scop.
Família: 
Crassulaceae
Sinonímia científica: 
Rhodiola rosea L.
Partes usadas: 
Raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Ácidos orgânicos, flavonoides, taninos, glicosídeos fenólicos, p-tirosol, salidroside, rodionisídeo, rodiolina, colofônia, rosavina, rosarina, rosiridina.
Propriedade terapêutica: 
Estimulante, adaptogênica, ergogênica.
Indicação terapêutica: 
Câncer, tuberculose, estresse, fadiga, fertilidade, desempenho físico e mental, depressão, ansiedade, transtorno alimentar.

Origem, distribuição

Norte, centro e sul da Europa, incluindo a Grã-Bretanha e grande parte do Ártico, (oeste dos Pirineus, leste do sul da Bulgária), Rússia (Ural, Sibéria), Ásia (Mongólia, norte da China, Coréia, Japão), América do Norte (norte dos EUA e Canadá), Groenlândia.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: rosewort, arctic root, golden root, rose root, king

Descrição:

Rhodiola rosea é uma erva suculenta perene glabra. Atinge de 5 a 40 cm de altura, tem vários caules que crescem a partir de um porta-enxerto curto e escamoso.

As flores são amarelo a amarelo-esverdeado, apresentando às vezes uma ponta vermelha, com cerca de 1 a 3,5 mm de comprimento.

São em sua maioria dióicas (flores individuais são masculinas ou femininas, mas apenas um sexo pode ser encontrado em qualquer planta).

A raiz exala o odor da rosa.

Folhas sésseis, lâmina verde-pálido, geralmente glaucosas, ovaladas ou levemente obovadas ou oblongas, margens dentadas ou quase inteiras.

Inflorescência terminal, flores em grande quantidade (até 150).

Frutos (folículos) de 4 a 9 mm de comprimento.

Sementes de cor castanho-avermelhado a roxo, alado nas duas extremidades. Formam cápsulas durante a segunda metade do verão.

Uso popular e medicinal

Há séculos essa erva faz parte dos sistemas de medicina tradicional em partes da Europa, Ásia e Rússia.

Foi prescrita para câncer e tuberculose na Mongólia, receitada aos recém-casados ​​para aumentar a fertilidade na Sibéria e usado pelos vikings para aumentar a resistência e a força física. Na Noruega tem sido usada como alimento e lavagem de cabelos.

Recentemente rodiola tem recebido atenção da comunidade científica pela potencial capacidade terapêutica como adaptógeno. Adaptógenos são comumente associados a produtos fitoterápicos naturais não tóxicos em doses normais, produzem uma resposta não específica e têm uma influência fisiológica normalizadora.

Do mesmo modo, a erva tem sido referida como auxiliar ergogênico, isto é, melhora o desempenho físico e mental. Indicações comuns relativas à capacidade adaptogênica e ergogênica de R. rosea incluem aumento do desempenho, redução da fadiga e alívio dos sintomas de depressão.

Benefícios e evidências do uso da raiz desta erva estão provavelmente ligados à propriedade anti-inflamatória que ela pode ter.

Estresse. Vários autores afirmam que extratos da planta fornecem benefícios para a saúde mental e função cardíaca. A erva pode aumentar a resistência ao estresse e ser um possível tratamento para reduzir os níveis de hormônio do estresse.

Desempenho físico e mental. Algumas pessoas tomam Rhodiola rosea para melhorar o desempenho físico antes do exercício ou como forma de melhorar a concentração e o pensamento. Há alegações de que ajuda a reduzir a fadiga física e mental. Estudo de descobriam que mulheres que tomaram uma alta dose de R. rosea foram capazes de correr mais rápido do que aquelas que receberam placebo. No entanto há quem sustente que a pesquisa sobre R. rosea é "contraditória e inconclusiva" e recomendam ensaio válido e não tendencioso da erva antes que a mesma seja apresentada como um tratamento para a fadiga.

Depressão e ansiedade. Um estudo encontrou evidências de que a R. rosea pode reduzir os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada. Dez pessoas foram incluídas neste estudo e tomaram 340 mg de extrato desta planta por 10 semanas. Outro estudo descobriu que a R. rosea reduz os sintomas de depressão, mas seus efeitos são leves. A erva não reduziu os sintomas tão eficazmente quanto a sertralina, um antidepressivo prescrito, embora tivesse menos efeitos colaterais. Os autores destes estudos concluíram que, uma vez que pode ser melhor tolerada por algumas pessoas e proporcionar benefícios, R. rosea pode ser adequada como tratamento para depressão leve a moderada. O estudo incluiu 57 pessoas que tomaram a erva durante 12 semanas.

Transtornos alimentares induzidos por estresse. Um ingrediente ativo em R. rosea -  salidrosideo - foi estudado por seus efeitos sobre compulsão alimentar. Publicado na Physiology & Behavior, o experimento foi feito em ratos. Descobriu-se que um extrato seco de R. rosea que incluía 3,12% de salidrosideo ajudava a reduzir ou eliminar a compulsão alimentar nos animais. Ratos que tomaram R. rosea tiveram níveis sanguíneos mais baixos de um hormônio do estresse que pode desempenhar um papel na compulsão alimentar.

Outro estudo no Journal of Psychopharmacology, similarmente conduzido em ratos, determinou que R. rosea pode reduzir a anorexia induzida por estresse. Os autores dizem que suas descobertas fornecem evidências para sustentar as alegações de que a erva tem propriedades antiestresse.

Composição química:

28 compostos foram isolados das raízes e partes aéreas da planta. As raízes contêm uma gama de substâncias biologicamente ativas incluindo ácidos orgânicos, flavonoides, taninos e glicosídeos fenólicos. As propriedades estimulante e adaptogênica foram originalmente atribuídas a 2 compostos isolados da raiz: p-tirosol e salidroside (rhodioloside).

Compostos glicosídeos adicionais isolados da raiz incluem rodionisídeo, rodiolina, colofônia, rosavina, rosarina e rosiridina. Acredita-se que estes compostos glicosídeos sejam críticos para as propriedades adaptogênicas da planta.

Uma gama de compostos antioxidantes foram também identificados: ácidos orgânicos (gálico, cafeico, clorogênico, cítrico) e flavonoides (catequinas e proantocianidinas).

VIVENDO DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS: TEXTO ( SALMO 15:1-5 )

O Salmo 15 fala sobre o perfil daqueles que podem se aproximar da presença de Deus. O estudo bíblico do Salmo 15 descreve o cidadão do Céu, ou seja, aquele que habita no tabernáculo do Senhor.

O título do Salmo 15 indica que ele foi escrito pelo rei Davi, Mas o título não traz nenhuma outra informação a respeito da ocasião em que Davi escreveu esse salmo. Alguns estudiosos sugerem que talvez Davi tenha escrito o Salmo 15 no contexto em que ele levou a Arca da Aliança para o Monte Sião em Jerusalém (2 Samuel 6).

O salmo tem certas semelhanças com o Salmo 24 pelo fato de responder a pergunta a respeito de quem pode entrar na presença de Deus (cf. Salmo 24:3-6). Nesse sentido o Salmo 15 também se assemelha ao Salmo 1, quando descreve o caminho do justo.

Mas ao destacar as características do justo, o Salmo 15 não apresenta uma lista que deve ser cumprida por quem quer ser salvo. Esse não é o seu objetivo! O Salmo 15, na verdade, apresenta uma lista de qualidades que caracterizam a vida daqueles que já são salvos e andam de acordo com a vontade de Deus.

O esboço do Salmo 15 pode ser organizado da seguinte forma:

  • Buscando a presença de Deus (Salmo 15:1).
  • Vivendo de acordo com a vontade de Deus (Salmo 15:2-5).

Buscando a presença de Deus (Salmo 15:1)

O Salmo 15 é introduzido com uma pergunta feita em duas partes: “Quem, Senhor, habitará no teu Tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” (Salmo 15:1). Esse verso faz uma referência direta ao tabernáculo que era o local oficial do culto em Israel.

A palavra “tabernáculo” significa aqui literalmente “tenda” e diz respeito ao santuário móvel que havia em Israel antes da construção do templo em Jerusalém. O “santo monte” do qual o salmista também fala é o Monte Sião onde a tenda foi colocada nos dias de Davi e onde posteriormente o templo foi construído.

Então ao questionar quem pode habitar no Tabernáculo e morar no santo monte do Senhor, Davi está se referindo àquela pessoa que desfruta da mais intima comunhão com Deus. O Tabernáculo era o símbolo máximo da habitação de Deus entre o seu povo escolhido. Era no tabernáculo que ficava a Arca da Aliança  e onde Deus manifestava a sua glória de maneira especial.

Vivendo de acordo com a vontade de Deus (Salmo 15:2-5)

Na sequência do Salmo 15 Davi responde a pergunta introdutória do Salmo 15 com uma resposta de cinco partes, e lista dez qualidades morais que caracterizam a pessoa que vive na presença de Deus.

Em primeiro lugar, Davi diz essa pessoa “vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade” (Salmo 15:2). Os servos de Deus devem ser conhecidos por sua integridade, conduta reta e veracidade.

Sim, os verdadeiros crentes sempre são íntegros, honestos e sinceros. Eles não se envolvem com coisas fraudulentas e nem se apoiam em mentiras. Eles possuem um caráter piedoso e irrepreensível. Isso não significa que eles sejam perfeitos. Antes, significa que eles são completamente comprometidos com o Senhor. O pecado é um acidente de percurso em suas vidas, não aquilo que os define.

Também é interessante observar que o salmista aplica os três verbos – viver, praticar e falar – no presente do indicativo. Portanto, isso significa que tais comportamentos estão sempre presentes na vida do crente, o tempo todo e de forma contínua.

Em segundo lugar, Davi diz que a pessoa que habita na presença de Deus “não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho” (Salmo 15:3). É fácil perceber que nesse verso o salmista enfatiza o comprometimento que o crente possui em cumprir o mandamento divino que requer o amor ao próximo. 

Em terceiro lugar, o salmista diz que o servo de Deus é o que, “a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor” (Salmo 15:4). O verdadeiro crente honra àqueles que temem a Deus. Mas qual deve ser sua conduta diante daqueles que desprezam deliberadamente o Senhor?

Uma coisa é amar o próximo, seja ele quem for, outra coisa é aceitar a conduta de pecado. O ímpio é inimigo de Deus e de seu povo. Por causa de sua impenitente rebelião, Deus rejeita o ímpio. Então o crente também não aprova a quem o Senhor reprova; não acolhe a quem o Senhor despreza. O escritor de provérbios escreve que o justo que cede ao perverso é como uma fonte de água contaminada (Provérbios 25:26). Mas o crente condena abertamente o pecado, e também despreza àqueles que se colocam como inimigos de Deus.

Em quarto lugar, Davi diz que o servo de  Deus é aquele “jura com dano próprio e não se retrata” (Salmo 15:4). Isso significa que o crente mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado. Ele sofre prejuízo, mas não deixa de cumprir a sua promessa.

Em quinto lugar, Davi diz que aquele que habita na presença do Senhor “não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente” (Salmo 15:5). Entre os israelitas a Lei Mosaica determinava que os empréstimos tivessem a finalidade de ajudar os necessitados (Deuteronômio 23:19,20). Então aplicar juros nessas situações era um erro, pois caracterizava uma forma de exploração. A ideia destacada aqui é que o crente não visa obter lucro sobre à custa da pobreza do necessitado.

Quanto a “aceitar suborno contra o inocente”, o salmista se refere à prática daqueles que aceitam suborno para testemunhar contra uma pessoa inocente. Nos tempos do Antigo Testamento a palavra de uma testemunha tinha um peso muito grande na condenação de alguém. Então às vezes pessoas perversas podiam armar para um inocente comprando falsos testemunhos para condená-lo. Nabote é um exemplo de alguém que foi condenado com base em falsos testemunhos (1 Reis 21:13).

Por fim, o salmista conclui o Salmo 15 afirmando que “quem deste modo procede não será abalado” (Salmo 15:5). As pessoas que são caracterizadas por essas qualidades estarão sempre seguras. Elas temem a Deus, cumpre os seus preceitos e por isso habitam constantemente na presença do Senhor. Isto está em harmonia com o que escreve o apóstolo João “Aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 João 2:17).

Nesse ponto podemos perceber como o Salmo 15 aponta para Cristo. É por meio de Jesus Cristo que os crentes podem se achegar à presença de Deus e ter comunhão com Ele para todo o sempre (João 14:19-31; Hebreus 10:19-25) Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz! " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, agosto 11

AS CINCO PLANTAS COMUNS QUE TEM UM GRANDE TEOR DE VENENO:

Todos nós sabemos que existem plantas venenosas. O que desconhecemos é que algumas das plantas que estamos acostumados a ver desde sempre, são afinal mortais quando ingeridas.

A seguir vamos ficar a conhecer 5 plantas comuns que ninguém imagina que são venenosas, e com as quais devemos ter todo o cuidado:

1. MAMONA (RICINUS COMMUNIS).

A Mamona é uma planta amplamente cultivada num jardim de flores pelo seu valor ornamental e também porque dos seus grãos (sementes) se extrai o óleo de rícino, muito usado no tratamento de cabelos enfraquecidos. Os principais países produtores de mamona são a Índia, a China, o Brasil e Moçambique, contudo esta planta existe um pouco por todo o mundo.
 
 Exuberantes no seu aspeto e de fácil propagação as mamonas são consideradas como uma das plantas mais venenosas do mundo inteiro. Toda a planta, principalmente as sementes, apresenta uma toxina vegetal denominada ricina que provoca uma morte dolorosa e inevitável.
 
 Basta ingerir a quantidade de ricina presente uma das sementes da mamona para que em algumas horas (6 a 8 horas) a vítima comece a sentir dores abdominais, diarreias com sangue, vómitos e uma terrível sensação de queimadura na garganta. Bastam 6 sementes de mamona para matar uma criança e 8 sementes são suficientes para envenenar mortalmente um adulto. Estão mencionadas ocorrências em que apenas uma semente de mamona provocou a morte de adultos, desconhecendo-se no entanto os antecedentes particulares desses casos.
 
 Ainda não está descoberto um antídoto que funcione contra o veneno da mamona, pelo que a morte do paciente é inevitável, longa e agonizante. Existem casos registados de pessoas afetadas pelo veneno das mamonas que sofreram durante semanas, sendo apenas tratadas com cuidados médicos de apoio a fim de diminuir a intensidade dos efeitos da intoxicação.
 
 Só muito dificilmente um adulto terá vontade de experimentar um dos grãos da mamona, envolvidos no que parece ser uma forte rede espinhosa. No entanto, convém ter todo o cuidado com as crianças, uma vez que a cor atrativa e o aspeto original das sementes desta planta podem constituir uma tentação. É caso para pensar seriamente se será a planta ornamental mais indicada para se ter em casa!

2. ANTÚRIO (ANTHURIUM)

De baixa estatura e folhagem modesta o antúrio é cultivado pela sua beleza ornamental e é utilizado tradicionalmente na decoração de jardins. Na medicina popular o antúrio é muito apreciado devido às suas propriedades benéficas no tratamento de doenças de pele, reumáticas, hemorroidas e contracetivas.
 
 Existem antúrios vermelhos, rosa e brancos e o seu aspeto é exuberante e exótico. Originária inicialmente da zona tropical da América e frequente nas regiões temperadas europeias, o antúrio está hoje em dia espalhado um pouco por todo o mundo. Em Portugal é vulgarmente conhecido pelo nome de “jarro” e é comercializado principalmente pelo seu valor estético.
 
 Apesar do aspeto elegante, o antúrio é uma planta muito venenosa com a qual se deve ter cuidado, especialmente em casas onde existam crianças e animais de estimação. Toda esta planta é tóxica quando ingerida devido à presença de oxalato de cálcio, um composto químico que apresenta cristais capazes de perfurar os tecidos da região do pescoço, impedindo a passagem de ar e levando até à morte por asfixia.
 
 Os sintomas da intoxicação por oxalato de cálcio incluem manifestações como vómitos, lesões na cavidade bocal, faringe e laringe, dores fortes ao engolir, inchaços e sensação de asfixia. O tratamento inicial pode ser feito com medicação sintomática e através da ingestão de leite e água, sendo necessária uma ida urgente ao hospital.

3. CRISÂNTEMO
(CHRYSANTHEMUM)

Também vulgarmente conhecidos por margaridas, ou malmequeres, os crisântemos são cultivados desde há milénios nos países asiáticos. Existem mais de 100 espécies de crisântemos pelo mundo e geralmente é uma planta que não ultrapassa o metro de altura.
 
 Apesar da sua beleza num jardim florido e colorido e de também serem cultivados devido às propriedades antibacterianas que apresentam, os crisântemos são na verdade plantas venenosas capazes de provocar intoxicações em seres humanos e animais.
 
 Os sintomas da intoxicação são geralmente dermatites e escamações na pele, bem como coceiras mais ou menos graves consoante a reação do organismo da pessoa ou animal intoxicado. Embora não esteja ainda provado quais das muitas variedades de crisântemos apresentam de facto perigo para a saúde, é aconselhável muito cuidado no seu manuseamento e prestar especial atenção a animais de estimação e crianças pequenas.
 
 Embora não seja mortal a intoxicação provocada pelo crisântemo carece de cuidados médicos específicos e pode tornar-se bastante incomodativa quando não tratada antecipadamente.

4. DEDALEIRA (DIGITALIS PURUREA)

Com flores semelhantes a pequenos dedais ou campainhas, a Dedaleira, como é vulgarmente conhecida, prolifera um pouco por todos os países da Europa. Muito procurada pela sua beleza ornamental, esta erva lenhosa apresenta flores róseas ou brancas e é excelente para embelezar vasos, canteiros e jardins.

Devido à presença da digitalina (substância de aspeto cristalino) a dedaleira é também utilizada para fins medicinais, sendo um importante tónico cardíaco e um valioso auxiliar nos tratamentos de arritmias ou insuficiências cardíacas.
 
 No entanto a própria digitalina que faz da dedadeira uma ferramenta benéfica para a saúde, pode também provocar graves intoxicações, e até levar à morte quando consumida em doses exageradas.
 
 A intoxicação provocada pela dedaleira ocorre principalmente devido à ingestão da totalidade, ou de partes da planta e os sintomas geralmente caracterizam-se por vómitos, diarreias, náuseas, confusão mental, estado depressivo, fraqueza, pressão arterial baixa e desmaios entre outros. O despiste deve ser feito por médico especializado e o tratamento administrado o mais rapidamente possível.

5. HORTÊNSIA (HYDRANGEA MACROPHYLLA)

Arbusto caducifólio nativo do Japão e da China e usado desde tempo recuados pela sua beleza ornamental, o cultivo da Hortênsia estendeu-se a partir de meados do século XIX à quase totalidade das regiões de clima temperado.
 
 A hortênsia apresenta flores rosadas ou azuis dependendo do pH do solo e as suas propriedades medicinais, devido à presença na sua constituição de variados compostos orgânicos fenólicos estão ainda a ser estudadas em profundidade. No entanto a Hortênsia pode também ser muito tóxica quando ingerida em grandes quantidades, ou inalada sob a forma de fumo (há quem use as hortênsias como substituto da marijuana e as fume em charros, embora toda a planta seja tóxica, o maior perigo está em fumar o talo e as folhas).
 
 O glicosídeo é o princípio ativo incluído na composição da Hortênsia responsável pela sua toxicidade e que tem a facilidade de se transformar em cianeto (veneno fortíssimo) quando atinge o estômago.
 
 Quando assimilado pelo organismo em doses exageradas o glicosídeo da Hortênsia provoca diarreias, vómitos, dores de cabeça e abdominais fortes, convulsões e flacidez muscular, induzindo ao estado de coma e à morte. É indispensável uma ida urgente ao hospital para confirmar o envenenamento e tomar as medidas necessárias ao tratamento e acompanhamento dos sintomas.

Embora pareçam lindas e totalmente inofensivas as plantas podem ter doenças e ser causa de graves problemas de saúde. Para prevenir situações mais sérias há que estar bem informado sobre cada uma das plantas que se introduz em casa, principalmente quando existem crianças e animais de estimação por perto. Não hesitar um segundo para pedir ajuda médica especializada é o procedimento correto a tomar em caso de suspeita de intoxicação provocada por plantas. Não dar líquidos e não provocar o vómito à vitima também são formas corretas de agir, pois na ânsia de ajudar pode agravar-se ainda mais o estado da pessoa intoxicada. Calma e previdência são Sempre boas estratégias a adotar. 

" RICINUS COMMUNIS L." MAMONA UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Ricinus communis L.
Família: 
Euphorbiaceae
Sinonímia científica: 
Cataputia major Ludw.
Partes usadas: 
Folha, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Ricina, minerais, b-sitosterol, ácidos (ricinoleico, di-hidroxiesteárico, linoleico, oleico, esteárico).
Propriedade terapêutica: 
Catártico, contraceptivo, antibacteriana, analgésica, anti-inflamatória, emoliente, umectante, purgativo.
Indicação terapêutica: 
Verruga, tumor, induração do órgão abdominal e glândula mamária, calo, coagulante sanguíneo, dermatite, doenças oculares, dor de cabeça, furúnculo, micose, inflamação.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: castor bean, castor seed
  • Espanhol: ricino, higuerilla, higuereta e tártago.

Origem, distribuição

Acredita-se que o centro de origem seja a Etiópia devido a apresentar alta diversidade. No Brasil está presente de forma espontânea em diversas regiões, como se fosse planta nativa.

Descrição:

Planta rústica, heliófila (necessita de total exposição solar), tolerante a seca. Raíz pivotante e secundária bem desenvolvida.

Hábito arbustivo, altura de 2,5 m podendo chegar a 12 m, com elevada gama de colorações de caule, folhas e racemos (cachos).

Folha grande (entre 15 e 30 cm de largura), formato de palma com 5 a 11 lóbulos serrados. O fruto possue espinhos. Sementes têm alta variabilidade na cor, forma e tamanho.

A inflorescência é composta de ráquis (ou raque). O órgão reprodutor masculino concentra-se na parte inferior e o feminino na parte superior.

Planta cultivada para a obtenção do óleo das sementes (ou óleo de rícino), de coloração incolor a amarelo-ouro, espesso, oleoso, inodoro, insolúvel em água mas solúvel em solventes orgânicos, apresenta amplo emprego industrial e dermatológico e uma potente toxina, a ricina.

Uso popular e medicinal

O óleo serve como purgativo e unguento para as moléstias das articulações, inflamações em geral, dor de ouvido e assaduras.

O óleo e a semente têm sido usados como remédio popular para verruga, tumor frio, induração do órgão abdominal e glândula mamária, "whitlows" (abscesso no tecido mole perto de uma unha), calo etc.

O óleo de mamona é catártico (acelera a defecação), consiste principalmente de ácido ricinoleico e pequenas quantidades de ácidos di-hidroxiesteárico, linoleico, oleico e esteárico. O ácido ricinoleico tem servido em geleias contraceptivas. A ricina age como um coagulante sanguíneo. O óleo é usado externamente para dermatite e doenças oculares.

As sementes produzem 45-50% de um óleo fixo, contêm os alcaloides ricinina e toxalbumina de ricina e são considerados purgativos, contrairritantes em picada de escorpião e veneno de peixe. Folhas aplicadas na cabeça aliviam dores de cabeça e como cataplasma servem para furúnculo.

Em 100 g de folha tem-se umidade zero, 24,8 g de proteína, 5,4 g de gordura, 57,4 g de carboidrato total, 10,3 g de fibra, 12,4 g de cinza, 2,670 mg de cálcio e 460 mg de fósforo. A semente contém 5,1 a 5,6% de umidade, 12,0 a 16,0 % de proteína, 45,0 a 50,6% de óleo, 3,1 a 7,0 NFE, 23,1 a 27,2% de CF e 2,0-2,2% de cinzas. As sementes são ricas em fósforo, 90% na forma fítica.

A matéria insaponificável contém b-sitosterol. O bagaço de sementes esmagadas contém 9,0% de umidade, 6,5% de óleo, 20,5% de proteína, 49,0% de carboidratos totais e 15,0% de cinzas.

As sementes contêm uma poderosa lipase empregada para a hidrólise comercial de gorduras, amilase, invertase, maltase, endotripsina, ácido glicólico, oxidase, ribonuclease e um zimogênio lipossolúvel. Sementes germinadas contêm catalase, peroxidase e redutase.

O ácido ricinoleico apresenta propriedades antibacteriana, analgésica e anti-inflamatória. Compressas com óleo de rícino servem para reduzir inflamações e melhorar a assimilação intestinal. Trata com eficácia acne, furúnculo, verruga, pele seca e dermatite.

Ajuda a suavizar a pele seca e irritada. É rapidamente absorvido, estimulando a produção de colágeno, o que reduz rugas e estrias. Tem propriedades emolientes e umectantes que auxiliam na hidratação, elasticidade e maciez da pele. O óleo de mamona tem a capacidade de penetrar na pele como nenhum outro, sendo excelente para eliminar bactérias que provocam ou agravam a acne.

É efetivo no tratamento da micose devido a comprovada ação antifúngica. Ideal para relaxamento do corpo e curar inflamações como artrite. Ajuda no fortalecimento do couro cabeludo e no crescimento dos cabelos, pois combate infecções e o desenvolvimento de bactérias e fungos que podem impedir o crescimento capilar.

Para a saúde e beleza saiba como usar o óleo de rícino em Harmonie Aromaterapia [6]. 

O óleo é bem recomendado em comunidades tradicionais. Vejamos alguns depoimentos. 

"Óleo de mamona serve para a mulher grávida fazer massagem no seio, períneo, coxa e barriga. No períneo é para não ter laceração (não rasgar) no parto, na hora que o bebê está saindo. No seio é para não dar estria e facilitar a amamentação, para fazer o mamilo porque o bebê nasce sem saber mamar. Nas coxas, a mulher depois de ganhar bebê não faz exercício nem massagem, daí fica cheia de estrias e infeliz. O óleo é muito bom para banhar a cabeça do bebê. Quando a criança está com catarro, roncando, esquentar o óleo esfregando as mãos e massagear nas costas e no peito. E põe um pinguinho na moleira".

Outros usos:

O óleo tem ampla aplicação industrial: tinta, vernizes, cosméticos, lubrificantes para aviões e naves espaciais, vidros à prova de bala, nylon, cabos de fibra óptica, lentes de contato, impermeabilizantes de superfície, plásticos, aditivos lubrificantes, biopolímeros.

A haste fornece celulose para a fabricação de papel e é matéria-prima para a produção de tecidos grosseiros.

Quando desintoxicada, um subproduto torta serve para ração animal devido ao alto teor de proteína. Misturada às folhagens, aumenta a secreção láctea do gado.

Por apresentar grande quantidade de nitrogênio, é usada como adubação verde na restauração de terras esgotadas. A proteína tóxica ricina diminui a população de nematoides do solo. 

" PLANTAGO MAJOR L." TANCHAGEM UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nomes populares: Tanchagem, tanchagem-maior, tanchás, tachá, tansagem, tranchagem, transagem, sete-nervos, tançagem, tanchagem-média, plantagem.

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e naturalizada em todo o sul do Brasil (Lorenzi & Matos, 2002).

Características botânicas: planta herbácea, perene, ereta, não possui caule, pode chegar até 40 cm de altura. As folhas são dispostas em roseta basal, com pecíolo longo e lâmina membranácea com nervuras bem destacadas, de 15-25 cm de comprimento. Flores muito pequenas, hermafroditas, dispostas em inflorescências espigadas eretas sobre haste floral de 20-30 cm de comprimento, de cor verde-amarelada. Os frutos são cápsulas elipsóides de 2 a 4 mm de largura. As sementes são facilmente colhidas raspando-se entre os dedos a inflorescência. Multiplica-se por sementes. A raiz é fasciculada. Outras espécies, muito semelhantes, são utilizadas no Brasil para os mesmos fins na medicina popular, sendo a Plantago lanceolata Hook. de origem européia e a Plantago australis Lam. nativa do Sul e Sudeste do Brasil. Outra espécie, de origem oriental, Plantago ovata Forssk. é descrita com detalhes pelo dr. Jorge Alonso, no Tratado de Fitofármacos y Nutracêuticos, 2002, e apresenta os mesmo usos medicinais.

Partes usadas: Folhas e sementes.

Uso popular: No Brasil é considerada diurética, antidiarreica, expectorante, hemostática e cicatrizante, sendo empregada contra infecções das vias respiratórias superiores (faringite, amigdalite, estomatite), bronquite crônica e como auxiliar no tratamento de úlceras pépticas. Também são empregadas, tanto as flores como as sementes, contra conjuntivite e irritações oculares devidas a traumatismos. As sementes são utilizadas como laxante(neste caso deve-se beber água e colocar as sementes para inchar em água) e depurativas enquanto as folhas são empregadas internamente no tratamento da diarreia. Utilizada para tratar afecções de pele (acne e cravos), queimaduras e picadas de insetos. Usada como auxiliar no tratamento dos que querem deixar do hábito de fumar.

As folhas jovens são usadas como alimento em saladas e refogados.

Relato popular de uso em tensão pré menstrual (TPM).

Composição química:  Contém mucilagens de ácidos urónicos (3 a 6%), pectinas, glucosídeos iridóides (asperulósido, aucubósido), taninos, ácido cafeico e seus ésteres (clorogênico, neoclorogênico) e derivados do ácido cinâmico (acteósido), ácido silícico livre e combinado, cumarinas (esculetina), vários ésteres osídicos de ácido cafeico (verbascósido, plantamósido).³ Possui sais de potássio (até 0,5%), enzimas (invertina e emulsina), saponinas, vitamina C, flavonoides (plantaginina) e ácidos orgânicos (cítrico e málico). Um estudo sobre as quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e minerais explica o seu uso como alimentos.

Flavonoides: Luteolina, Apigenina, Baicaleína, dentre outros.

Alcalóides: Indicaina e plantagonina

Terpenoides e Esteróides: Ácido ursólico, ácido oleanólico, ácido de sitosterol, 18β-gliciretínico, dentre outros.

Iridóides: Aucubina, loliolide, asperuloside, majorósideo, dentre outros.

Acidos fenólicos: Plantamajosideo, verbacosideo, ácido clorogênico, ácido fumárico, ácido siríngico, ácido vanílico, dentre outros.

Ácidos graxos: Ácido lignocérico, ácido palmítico, ácido esteárico, dentre outros.

Polissacarídeos: Xilose, arabinose, ácido galacturônico, dentre outros.

Ações farmacológicas: As mucilagens têm efeito emoliente, antialérgico, expectorante e reduzem a assimilação intestinal dos glúcidos e lipídeos. Os glucosídeos iridóides têm ação anti-inflamatória, os taninos conferem-lhe atividade adstringente e as sementes possuem ação laxativa. Em um estudo, alguns compostos puros encontrados no extrato da planta demonstraram uma potente atividade antiviral. Entre eles, o ácido cafeico demonstrou forte atividade contra herpes-vírus (HSV-1 e HSV-2) e adenovírus (ADV-3) e o ácido clorogênico demonstrou atividade contra o adenovírus 11 (ADV-11). Em outro estudo, o extrato da planta exibiu atividade imunomodulatória, aumentando a proliferação de linfócitos e secreção de interferon-y em concentrações baixas.

Interações medicamentosas: No seu trajeto pelo intestino, as sementes podem interferir com a absorção de outros fármacos (glucosídeos cardiotônicos, derivados cumarínicos, vitamina B12, carbamazepina, sais de lítio, cálcio, cobre, magnésio e zinco), por este motivo deve-se ter precaução de não administrá-la junto a algum outro tratamento (Alonso, J., 2004).refere-se á P. ovata.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Para as sementes se menciona a possibilidade de gerar flatulência ou sensações de obstrução de esôfago ou intestino, principalmente quando a quantidade de líquido ingerido com a planta é insuficiente.

Contra-indicações: As sementes não devem ser administradas na presença de obstruções do trato gastrointestinal.

Evitar o uso em gestantes.

Posologia e modo de uso: Uso interno: como laxante e depurativo: infusão das sementes, preparado adicionando-se água fervente em um copo contendo uma colher de sopa de sementes deixadas em maceração durante a noite;

contra infecções das vias aéreas, fazer gargarejo de seu chá, 2 a 3 vezes por dia (2 colheres de sopa das folhas picadas para 1 xícara de chá de água fervente).

Para dores de garganta tomar 3 x ao dia a infusão de 1 colher de sopa de folhas picadas para 1 xícara de chá de água fervente.

Uso externo: cataplasma preparado com folhas amassadas, misturado com glicerina e aplicado sobre feridas, queimaduras e picadas de insetos;

para prostatites, é indicado banho de assento, de duração de 20 minutos, 2 vezes por dia, preparado através da fervura de 5 colheres de sopa de folhas picadas em 1 litro de água(Lorenzi & Matos, 2002; Panizza, 1997.

Observações: Existem outras espécies de Plantago usadas como remédio, apesar de informantes relatarem que Plantago major é melhor.

SOMOS POBRE E NECESSITADO MAS O SENHOR CUIDA DE NÓS: TEXTO ( SALMO 70 1-5 )

Muitos dos hinos escritos por Davi e outros salmistas são grandes e detalhados, enumerando atributos de Deus ou eventos históricos. Outros são concisos e objetivos, focalizando apenas um ou dois pontos e súplicas específicos ao Senhor. O Salmo 70 é um desses pequenos hinos, uma oração com seu propósito bem definido.

Davi escreveu o Salmo 70, que é quase urgente aos últimos cinco Salmo 40, em um momento de necessidade divino. O primeiro e o último verso do hino apelos de urgência: “dá-te pressa” e “não te detenhas”. Os versos no meio separam os homens em duas categorias, uma merecedora de castigo e outra carente da proteção do Senhor.

“Apreça-te, ó Deus, em livrar-me; dá-te pressa, ó SENHOR, em socorrer-me” (verso 1). O tom de urgência, até o desespero, é depois das circunstâncias de perseguição que deu atípica, especialmente quando Saul o perseguir amea e, anos, quando seu reino ameaçou. Davi entendeu que Deus é o único capaz de salvar, e depositou sua confiança total no Senhor.

Nos dois próximos versos, Davi pediu que Deus frustrasse os planos dos seus inimigos: “Sejam envergonhados e cobertos de vexame os que me demandam a vida; atrás e cubram-se de ignomínia os que se comprazem no meu mal. Retrocedam por causa da sua ignomínia os que dizem: Bem-feito! Well done!" (versos 2 e 3).

Quando se trata da derrota dos seus inimigos, Davi usa linguagem forte! Ele pede a humilhação, até a desonra pública, dos seus perseguidores. Ele não pede um castigo, mas deseja ver-los cobertos de humilhação e vergonha, para que seja obrigados a se retirarem do meio do povo.

As ofensas que comprarem no meu mal “dizem: Bem-feito! Well done!". Queriam dar fim à vida de Davi, o servo nação escolhido por Deus para guiar a santa. Quando Davi sofria, eles sentiram prazer, consideraram o sofrimento dele justo e merecido. Quando Davi foi vítima da maldade dos outros, eles aplaudiram.

Há uma linha divisória muito fina nesse Salmo. Por um lado, Davi pede a humilhação dos seus inimigos. Por outro lado, ele condena os requisitos por desejarem que ele fique envergonhado. Aqui, é importante entender que não trata apenas de uma disputa entre seres humanos, mas um conflito entre a vontade de Deus e as intenções de homens rebeldes. Davi dessa maneira por ter a plena causa se posiciona da justiça da sua sua Seja tentando Saul Davi antes de um aprofundamento de Davi ao tentar tomar o trono do seu pai impedir o domínio de lutar contra Deus. Não é errado desejar uma justificação quando temos certeza da justiça da nossa causa. Mas quando o problema não passar de rivalidade carnal entre homens, jamais devemos desejar o mal ou comemorar o sofrimento dos outros. Esse fato mais nítido no Novo Testamento, onde Deus não pede seu povo se defender em guerra fica até mais com armas carnais. O desejo é hoje o servo dos servos de conversão de Deus que se rebela hoje contra o Senhor.

Davi encerou o Salmo com o positivo da justiça divina, a salvação dos verdadeiros: “Folguem e em ti se rejubilem todos os que te buscam; e os que sou a tua salvação sempre: Deus magnificado! Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer me, pois tu és o meu amparo e meu libertador. SENHOR, não te detenhas!”(versos 4 e 5). Como esse trata do princípio geral da justiça, como bênçãos se limitam a Davi, mas se estende a todos os Salmo buscados ao Senhor e não a garantia que ele oferece. Ao mesmo tempo, Davi se não considerou superior aos outros servos. Ele se vê como uma pessoa pobre e necessitada, não no sentido de carência material, mas por ser dependente de Deus. Ele, como o Paulo, achou a força ao admitir sua própria fraqueza e confiar no poder de Deus (2 Coríntios 12:10).

O Salmo 7 nos desafia a sempre nos igualarmos ou à vontade de Deus, capaz de nos salvar e proteger dos malfeitores! Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz," LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, E AINDA NOS ANIMA". 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?