domingo, agosto 21

" COMMIPLORA MYRRHA ( NEES ) ENGL. " MIRRA UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES MEDICINAIS RECONHECIDA TANTO POPULARMENTE: QUANTO CIENTIFICAMENTE:

Nome científico: 
Commiphora myrrha (Nees) Engl.
Família: 
Burseraceae
Sinonímia científica: 
Balsamea myrrha (T.Nees) Oken
Partes usadas: 
Óleo essencial, resina, goma, folhas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial (mono, sesquiterpenos), resina (ácidos comifórico, comiforínico, heeraboresena, heerabomirrol, etc.), goma (galactose, metilglucoronato etc.)
Propriedade terapêutica: 
Antisséptica, anestésica, antitumoral, antioxidante, antifúngica, desinfetante, antiviral, antibacteriana, tônica, calmante, relaxante.
Indicação terapêutica: 
Diarreia, flatulência, dispepsia, perda de apetite, infecções genitais, leucorreia, afta, hipomenorreia, gripe, catarro, bronquite.

Origem, distribuição: 
Árvore nativa da Somália, Arábia e Iêmen.

Descrição
Mirra é extraída da Commiphora myrrha, pequena árvore que pode crescer até 5 m de altura, tem casca e galhos nodosos, algumas folhas e pequenas flores brancas. Quando é feita uma incisão na casca, a resina de goma exsuda como um líquido amarelo pálido, que seca em pedaços castanho-avermelhados de tamanho de uma noz, a partir do qual o óleo é destilado.

Após o período de chuvas uma incisão é feita no tronco que exala uma resina amarela, amarga e aromática, que ao secar adquire tonalidade marrom-avermelhada e formas irregulares. Nesse caso a única maneira de aproveitá-la é misturar com um pouco de álcool etílico.

Vários conceitos são definidos para distinguir as substâncias extraídas de plantas aromáticas. Entende-se a mirra como uma mistura mais ou menos homogênea de resina, goma e óleo essencial, são os subprodutos extraídos do tronco, caule e ramos da espécie C. myrrha [6,8]. 

A mirra comercial é extraída de pelo menos 10 espécies diferentes de Commiphora, dentre aproximadamente 190 espécies conhecidas.

Uso popular e medicinal

Mirra é um componente de perfumes e incenso altamente valorizada desde tempos remotos, quando foi muito usada como conservante de vinhos, em misturas de embalsamamento, funerais e repelente de insetos. É considerado óleo sagrado por alguns povos e religiões. 

Há relatos na cultura grega de que soldados levavam a mirra aos campos de batalha como parte essencial de equipamento. Devido às suas propriedades antissépticas e anti-inflamatórias, era útil para limpar feridas, prevenir a infecção e propagação de gangrena em partes já infectadas do corpo.

Médicos gregos e romanos a usavam para tratar feridas e internamente como uma ajuda digestiva e promotora da menstruação. Também foi usada como remédio para muitas infecções, incluindo lepra e sífilis.

Mirra tem propriedades medicinais reconhecidas tanto popularmente quanto cientificamente. Um trabalho (2013) concluiu que o extrato metanólico de folhas da C. myrrha possui boa capacidade de sequestrar radicais livres atuando como um antioxidante natural.

Ensaios científicos demonstraram que o óleo de mirra possui propriedades antissépticas, anestésicas e antitumorais.

Diversos trabalhos relatam que a mirra tem extensa gama de aplicações.

Estimula a produção de sucos gástricos, tonifica o trato digestivo, é indicada para diarréia, flatulência, dispepsia, perda de apetite. Também é usada para tratar infecções genitais, leucorréia, aftas, hipomenorréia (fluxo menstrual escasso), gripe, asma, dor de garganta. Estimula a produção de glóbulos brancos, a regeneração das células da pele, auxilia na cicatrização de feridas na pele, trata eczema (ou dermatite) e rugas. Devido às suas propriedades antifúngica, mirra é indicada em lavagem vaginal contra cândida (fungo) ou pedilúvio para pé-de-atleta (infecção causada por fungo) 

Mirra é eficaz como antibiótico e desinfetante na medida em que aumenta os glóbulos brancos do sangue em até 4 vezes a quantidade habitual. É um excelente antisséptica da boca, ideal para dores de garganta, feridas, aftas, pequenas lesões que se desenvolvem na boca ou na base das gengivas (piorréia), dor de dente, gengiva irritada pela dentadura e abscessos. Devido às propriedades antissépticas, antivirais e antibacterianas, mirra é excelente para útero, infecções vaginais, corrimento vaginal, dores menstruais, tumores, amenorreia, dismenorreia, menopausa e problemas do útero (limpa o sangue estagnado fora deste órgâo). Tomada internamente, mirra limpa o cólon e regula o sistema digestivo.

É um tônico que promove o peristaltismo (ou movimentos peristálticos), relaxa a musculatura lisa, destrói a putrefação no intestino e impede a absorção de toxinas no sangue. Mirra é um "blood mover" (motor de sangue, em tradução literal); aumenta a circulação e a frequência cardíaca.

Óleo de mirra combina bem com zimbro, cipreste, lavanda, incenso, árvore-do-chá (melaleuca) e óleo de vetiver. Algumas das características de cura do óleo de mirra devem-se às propriedades antisséptica, desodorante, estimulante, fungicida e tônica. Mais propriedades atribuídas a mirra: refrescante do hálito, contra bronquite, catarro, resfriados, colite, tosse, difteria, enfisema, gangrena, halitose, herpes, hemorróidas, indigestão, infecções, doenças pulmonares, problemas nervosos, redução da fleuma, escarlatina (doença infecciosa que atinge crianças e adolescentes), sinusite, angina, limpeza do estômago, reguladora da tiroide, contra amigdalite e úlceras da perna.

Atualmente é usada contra cárie dentária e doenças periodontais.

Derivados da mirra e composição química.

A destilação em corrente de vapor da goma-resina produz o óleo de mirra clássico com rendimento de 1,5% a 15%. Devido a tecnologias modernas, obtém-se rendimento mais elevado. O óleo de mirra é um líquido amarelo, viscoso, com odor característico, balsâmico, resinoso e doce. Resinóide de mirra é obtida por extração de goma-resina com solventes voláteis, resulta um vermelho sólido castanho com um cheiro doce. A tintura de mirra é preparada pela maceração de mirra em pó com etanol a 80°, resulta um líquido avermelhado não muito intenso.

O exsudado de espécies de Commiphora contém polissacarideos, sendo portanto classificada como goma-resina. Após o endurecimento, fica escura e amarga. A goma-resina é divisível em três partes, duas solúveis em gordura e uma solúvel em água:

  1. Fração volátil solúvel em gordura (óleo essencial 1,5-17%): contém monoterpenos e sesquiterpenos. Entre os monoterpenos tem-se a-, ß- e γ-bisaboleno, a-pineno, dipenteno e limoneno, enquanto os sesquiterpenos são heraboleno, cadineno, curzereno (11,9%), curzerenone (11,7%), diidripirocurzerenone (1,1%), elemol, beta-elemeno, t-cadinol, vários furanosesquiterpenóides. Apresenta compostos fenólicos (cinamaldeído, eugenol, cuminaldeido, álcool cumínico, m-cresol) e germacrone (5,8%). 
  2. Fração não volátil solúvel em gordura (resina 20-40%): ácido a-, ß- e γ-comifórico, ácido comiforínico, heeraboresena, a- e ß- heerabomirrol e comiforínico, campesterol, beta-sitosterol, alfa-amirina, 3-epi-alfa-amirina.
  3. Fração não volátil solúvel em água (goma 30-60%): compostos que, uma vez hidrolisados, resultam em D-galactose, 4-O-metilglucoronato, a L-arabinose na proporção de 8:7:2. Presente também o xilose.

Aromaterapia
Óleo de mirra é considerado útil na meditação e comunicação com as esferas espirituais, altamente valorizadas hoje em dia. Aromaterapeutas recomendam o óleo essencial como antisséptico natural para problemas de pele e boca. É considerado bom calmante e relaxante na forma de difusão (ou spray).

Mirra tem características edificantes, transmite sensação de calma, auxilia na luta contra a apatia, favorece a clareza mental e a concentração, retarda a respiração, infunde uma sensação de tranquilidade e paz interior.

 Dosagem indicada:

  • Aliviar a mente, atenuar a ira e raiva. Tomar um banho com 2 gotas de mirra e 4 gotas de gerânio bourbon (Pelargonium graveolens).
  • Aliviar o estresse. Aplicar em spray 2 gotas de mirra e 4 gotas de cravo.
  • Tosse brônquica grave. Respirar 2 gotas de mirra e 4 de madeira de cedro-do-himalaia (Cedrus deodara)
  • Eliminar infecção. Aplicar um pano quente com 2 gotas de mirra e 2 gotas de bergamota (Citrus bergamia ou laranja bergamota, uma subespécie da laranjeira-azeda)
  • Aliviar infecções nos brônquios. Massagear a área com uma mistura de mirra, Picea mariana (abeto, uma espécie de pinheiro nativo das florestas boreais da América do Norte) e folha de louro em um óleo base (um óleo que serve como veículo para diluir o óleo essencial). Veja a primeira mistura recomendada.
  • Curar ferida que demora a cicatrizar. Aplicar 2 vezes ao dia uma mistura de mirra, incenso e camomila alemã em um óleo base. Veja a segunda mistura recomendada.

Misturas recomendadas. Adicionar os seguintes óleos essenciais a 20 ml de óleo base:

  • Bronquite e infecções nos brônquios: 4 gotas de mirra + 2 gotas de abeto + 4 gotas de folha de louro
  • Curar feridas: 4 gotas de mirra + 2 de camomila alemã + 4 de incenso

Veterinária
Mirra é administrada como tintura para curar feridas em cavalos.

Cuidado
A erva é contraindicada durante a gravidez por causa de sua atividade emenagoga (estimula a produção de sangue menstrual). Aconselha-se a diluir mirra antes de usar e administrar doses moderadas.                                                                                                  Reações alérgicas têm sido observadas.

" TARAXACUM CAMPYLODES G.E. HAGLUND " DENTE-DE-LEÃO UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICA:

Nome científico: 
Taraxacum campylodes G.E.Haglund
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Taraxacum officinale (L.) Weber ex F.H.Wigg.
Partes usadas: 
Rizoma, folhas, inflorescência, sementes, raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Látex, óleorresina, taraxina (na raiz), tanino, minerais, carotenoides, fitosterol, colina; ácidos cafeico, cítrico, dioxinâmico, tartárico; ácidos graxos, alcaloides, amerina.
Propriedade terapêutica: 
Alcalinizante, anódina, antidiarreica, antiescorbútica, antiflogística, anti-hemorrágica, anti-hemorroidal, anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antilítica biliar, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Ácido úrico, acidose, acne, afecções biliares, hepáticas, ósseas, renais, vesicais; aliviar escamação, irritação, vermelhidão da pele.
 Esta espécie é considerada Planta Alimentícia Não Convencional

Nome em outros idiomas

  • Inglês: dandelion
  • Francês: dent de lion 
  • Espanhol: diente de leon
  • Italiano: tarassco comune, dente di leone

Origem, distribuição
Planta originária das regiões temperadas dos dois hemisférios. Sua utilização é relatada nos achados arqueológicos da era do imperador Amarelo na China de 2704 - 2100 a.C, pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, juntamente com descrições sobre a acupuntura e outras bases que fazem parte até hoje da Medicina Tradicional Chinesa.

Descrição
Erva vivaz de até 50 cm de altura. Raiz pivotada, folhas radicais dispostas em roseta, lanceoladas. Algumas são inteiras, outras onduladas, a maioria apresenta recorte mais ou menos profundos e irregulares, formando lobos desiguais, triangulares, terminados por uma ponta aguda.

O limbo das folhas é sustentado por um pecíolo curto, abarcante, frequentemente avermelhado. Do ápice do caule subterrâneo partem hastes florais eretas, curvas, mais compridas que as folhas, fistulosas, terminadas por inflorescência amarela.

Cada capítulo floral compõe-se unicamente de flores liguladas, de maneira que parecem dobradas, como acontece com os cravos. Os frutos são aquênios. Terminam em apêndices compridos e coroados de topetes de cerdas finíssimas, estendidas por todos os lados, dando ao conjunto um aspecto de paraquedas. Os frutos se deslocam com leve toque da brisa ou assopro, voando para longe. Folhas, hastes e flores, sofrendo a mínima lesão, emitem um látex.

Uso popular e medicinal:

A infusão ou decocção das raízes secas, folhas ou a planta toda são amplamente utilizadas como um tônico geral, anti-inflamatório, depurativo, colagogo, diurético, laxante suave e para distúrbios renais e hepáticos. 

As infusões são também recomendadas para o tratamento de problemas de pele tais como acne, eczema, além de queixas artríticas e reumáticas.

Externamente o látex é aplicado a furúnculos e outras infecções de pele ou como uma cataplasma em feridas inflamadas.

Na Indochina é usada como diurética e colagoga. Na Índia, as raízes são aplicadas como um tônico, diurético, laxante suave e principalmente em distúrbios renais e hepáticos. Na China as folhas são prescritas internamente como um depurativo amargo no tratamento de tumores da mama e do pulmão, mastite, abcessos, icterícia e infecções do trato urinário. E externamente para tratar picadas de cobra.

Na Europa e na América do Norte as folhas e raízes, frescas ou secas, servem como um laxante suave e como diurético para o tratamento de pressão arterial elevada, reduzindo o volume de fluido no corpo. As raízes aceleram a eliminação de toxinas, trabalhando principalmente no fígado e vesícula biliar, ajudando a remover os resíduos e simultaneamente estimulando os rins a remover as toxinas na urina. 

As folhas ou raízes também podem ajudar a prevenir ou mesmo dissolver cálculos biliares. Uma decocção das raízes é utilizada como antidiabético. As folhas também são consumidas como um vegetal. Quando cultivadas sem luz (artificial ou quando coberto com terra) as folhas pálidas são mais frágeis e têm melhor sabor. Quando jovens e fechadas as cabeças da flor podem ser usadas como alcaparras.

No Norte de África as folhas são usadas como tempero. As folhas amargas também são aplicadas em vinhos, cervejas e bebidas não-alcoólicas. As raízes do solo são usados ​​como um substituto para o café. 

Na primavera as flores contêm muito néctar e são localmente importante para a produção de mel.

Na Farmacopeia Brasileira dente-de-leão é registrada como antidispéptico, aperiente e diurético.

Princípios ativos e composição química
Além dos já citados são encontrados aminoácidos, apigenina, carboidratos, carotenoides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro, flavonoides, fósforo, frutose, glicosídeo (taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda, sódio, estigmasterol, taninos, taraxina, taraxacosideos, taraxasterol, taraxerol, vitaminas (A, B1, C, PP, D), xantofilas.

Valor nutricional por 100 gramas 

  • Calorias: 45,00
  • Água: 85,50 % 
  • Hidratos de carbono: 7,00% 
  • Proteínas: 2,70% 
  • Sais: 2,10% 
  • Vitamina A: 1.250 UI. 
  • Vitamina C: 30 mg

Outras propriedades terapêuticas 
São citadas também as seguintes propriedades: antirreumática, antiúrica, antivirótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritiva, sudorífera, tônica.

Outras indicações terapêuticas
Baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares, cárie dentária, celulite, cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar), constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais; dermatoses, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemópticos, espasmos das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota, hemorroidas, hepatite; hidropisia; hiperacidez do organismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, nevralgia, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez; paludismo, piorreia (derramamento de pus), prevenção de derrames, prisão de ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes, verrugas, vesícula.

Utilizada também na prevenção da gota, artritismo, cálculos renais, cárie dentária, doenças das gengivas e reumatismo.

Medicina Tradicional Chinesa

  • Pynyin: Pu Gong Ying
  • Ação: penetra no canal do estômago, remove o calor e desintoxica o fogo nocivos.

 Dosagem indicada:

Antidispéptico, aperiente e diurético. Componentes: a planta inteira seca (3 a 4 g); água q.s.p. (150 mL). Preparar por infusão considerando a proporção indicada. Uso interno: acima de 12 anos, tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, 3 vezes ao dia. Advertência: contraindicado para pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal, cálculos biliares, obstrução dos ductos biliares e do trato intestinal. O uso pode provocar hipotensão arterial.

Para estimular a digestão. Servir raízes e folhas novas em forma de salada.

Depurativa/anemia. O suco leitoso, que se espreme das folhas e das raízes, é empregado nas curas depurativas. Anemias, enfermidades do fígado e bexiga: tomar de 2 a 3 colheres (café) diárias, durante 3-4 semanas de acordo com o grau de comprometimento do órgão. Suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d´água e gotas de limão.

Tônico/normalizador da alcalinidade. Prepara-se o suco, obtido tanto das folhas como das raízes e combinado com suco de cenoura e de folhas de nabo, ajudando ainda a combater doenças da coluna vertebral e ossos, tornando os dentes firmes e fortes, ajudando a prevenir a piorréia e a cárie dentária.

Desintoxicar o fígado/depurativo. Deixar macerando durante toda a noite 1 colher (chá) das raízes em 1 xícara (chá) de água. No dia seguinte, ferver rapidamente, coar. Tomar metade ½ h antes do café da manhã e outra metade após o café da manhã.

Tônico e depurativo. Infusão 10 g de folhas por litro de água, 3 xícaras (chá) por dia, sendo preparadas apenas imediatamente para consumo.

Vitiligo. Sumo das folhas, uso externo.

Desintoxicante hepático e depurativo. Deixar macerar por 1 dia 1 colher (chá) de raízes secas em 1 xícara (chá) de água. Tomar ½ xícara antes das refeições. Decocto: 2 a 3 colheres (chá) das raízes secas em 250 mL de água. Ferver 10 a 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.

Aperiente. 1 colher (chá) de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar  por 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições. Raiz pulverizada: 1 g por dose, 4 g por dia. Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.

Diurética. 2 colheres (sopa) de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias doses

Tintura-mãe. 50 gotas, 3 vezes ao dia. Obs: tintura-mãe significa que a concentração do extrato da planta é de 300 g de erva fresca para 250 ml de álcool de cereal e 50 ml de água desmineralizada, segundo a metodologia aplicada na MTC (Medicina Tradicional Chinesa).

Tintura (1:5). 5 a 10 ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia. Obs: tintura com diluição 1:5 significa que em uma solução existem apenas 20% de tintura-mãe. Essa diluição é o que geralmente se encontra em farmácia de manipulação e fitoterápicos.

 Culinária:
As folhas tenras e as raízes muito suculentas dão uma salada excelente, de sabor amargo, que exerce sobre todo o organismo uma ação profundamente depurativa, melhorando e regenerando o sangue. Especialmente indicada nas anemias, é recomendada às pessoas de "sangue pobre".

As folhas, preparadas como se prepara o espinafre (ter o cuidado de cortar antes as pontas duras) constituem uma boa verdura, reputada por sua ação emoliente.

Flores: fritas ou em saladas, maioneses e geléias.

Sementes: torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".

Rizomas: comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias.

 Contraindicação:

É contraindicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar. No caso de cálculos renais, usar a planta apenas sob a supervisão de um profissional da saúde. 

O látex da planta fresca pode produzir dermatite de contato. 

Em uso interno pode causar moléstias gástricas como hiperacidez. Para evitar, associar o malvarisco ou outra planta mucilaginosa.

O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição médica, dada a possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão o risco é menor por ser rico em potássio).

A COBIÇA NOS LEVA AO SOFRIMENTO: TEXTO ( ECLESIÁSTES 6: 1-7 )


Vejo muitos estudiosos e pregadores ignorarem Eclesiastes 6 ou tecerem um comentário muito rápido sobre o mesmo. Como estou me dispondo a comentar todos os capítulos, não posso me valer desse artifício.

Preciso ser honesto e dizer que não é fácil ler este capítulo. O desespero do pregador é grande e ele chega a argumentar algumas coisas bem pesadas para nos Veja o que ele diz:

“Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele.”

Eclesiastes 6:3

Você acha que este é um texto fácil de se interpretar? Certamente não.

O mesmo vale para os versículos 6 e 7:

“E, ainda que vivesse duas vezes mil anos e não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar? Todo o trabalho do homem é para a sua boca, e contudo nunca se satisfaz o seu apetite.”

Eclesiastes 6:6,7

Apesar da dificuldade de interpretar estes textos, enquanto eu estudava este capítulo, chamou-me a atenção que esta maneira de pensar existe até hoje. Quantas não são as pessoas que estão por aí, desesperadas, desesperançadas, perdidas, acreditando que lhes seria melhor nem mesmo ter nascido?

Esse grito de desesperança ainda está presente entre nós, entre nossos amigos e nossos familiares. A mesma angústia é sentida até hoje. Este é um capítulo da Palavra em que muitas pessoas vão se ver nele.

Considerando o livro de Eclesiastes como um todo, parece-me que ele fala muito mais sobre Cristo do que podemos imaginar numa leitura rápida ou descuidada. Vale lembrar aqui que toda a bíblia aponta para Cristo, que vamos encontrar nosso Senhor em todos os livros da Palavra.

Quando unimos a este capítulo o versículo 13 do capítulo 12 (o penúltimo versículo deste livro), entendemos algo muito poderoso:

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.”

Eclesiastes 12:13

Após muitos questionamentos, angústias, dores e conclusões precipitadas, o pregador consegue dizer que o fim de todas as coisas é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos.

Da mesma forma que as pessoas que estão fazendo estes questionamentos do capítulo 6 só vão encontrar paz em Cristo, o pregador entende que Deus é o começo e fim de todas as coisas.

Esse capítulo é um alerta para mim, que já encontrei Jesus: existem pessoas aí fora clamando desesperadas por respostas. Existem pessoas querendo entender o sentido da vida e sem encontrar respostas nem esperanças, muitas estão caminhando por um caminho perigoso.

Nós, que pela graça de Cristo fomos alcançados, precisamos levar a única resposta possível para estas pessoas: Jesus. É nosso dever encontrar nesse clamor do pregador mais um motivo para nos conectarmos com os que estão perdidos no mundo e procurando por uma resposta! Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

sábado, agosto 20

" GARCINIA CAMBORGIA " UMA PLANTA MEDICINAL COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

A garcínia cambogia é uma planta medicinal, da espécie Garcinia gummi-gutta, também conhecida como citrino, malabar tamarindo, goraka e árvore do petróleo, que produz frutos semelhantes a uma pequena abóbora, ricos em alcalóides, compostos fenólicos e ácidos orgânicos, sendo utilizados para auxiliar no emagrecimento, regular os níveis de colesterol ou melhorar a energia e disposição, por exemplo.

A parte normalmente utilizada dessa planta medicinal é o fruto, especialmente sua casca, de onde são extraídas as substâncias ativas, utilizadas como remédio natural para prisão de ventre, hemorroidas ou vermes intestinais. Além disso, a casca da garcínia cambogia também é utilizada na culinária como conservante de alimentos ou aromatizante.

A garcínia cambogia pode ser encontrada em lojas de produtos naturais ou em forma de suplementos em cápsulas e, embora tenha muitos benefícios para a saúde, seu uso deve ser feito com orientação de um profissional de saúde ou um fitoterapeuta que tenha experiência com o uso de plantas medicinais.

Para que serve

A garcínia cambogia possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antiulcerosas, antimicrobianas, anti-helmínticas, antidiabéticas e diuréticas, devido às substâncias presentes na sua composição, principalmente o ácido hidroxicítrico.

As principais indicações desta planta incluem:

  • Úlcera no estômago;
  • Hemorroida;
  • Prisão de ventre;
  • Reumatismo;
  • Inchaço;
  • Menstruação irregular;
  • Vermes intestinais;
  • Colesterol e triglicerídeos altos;
  • Diabetes;

Além disso, a garcínia cambogia ajuda a melhorar os níveis de energia e disposição e a fortalecer o sistema imunológico.

Garcínia cambogia emagrece?

O ácido hidroxicítrico presente na casca da garcínia cambogia e nos suplementos dessa planta medicinal, pode auxiliar no processo de emagrecimento, pois é capaz de bloquear uma enzima responsável pelo processo de transformação de açúcares e outros tipos de carboidratos da alimentação em gordura no corpo. Dessa forma, a garcínia cambogia pode fazer com que o excesso de açúcar não entre nas células, mas sim que seja eliminado na urina e nas fezes.

Além disso, a garcínia cambogia é considerada um inibidor natural do apetite pelo fato de estimular a produção de serotonina, um neurotransmissor responsável pela comunicação entre os neurônios e regulação do humor, do sono e do apetite, aumentando a sensação de prazer e bem-estar.

Como tomar

A garcínia cambogia pode ser consumida na forma de chá ou suplementos em cápsulas, com o fruto seco ou extrato seco da casca do fruto.

As principais formas de tomar a garcínia são:

  • Cápsulas de 500 mg: a dose recomendada para adultos é de 1 a 2 cápsulas de 500 mg por dia, cerca de 1 hora antes das refeições. Essa dose pode variar de acordo com a idade e objetivo, podendo ser indicado pelo profissional de saúde o consumo de menos cápsulas por dia, por exemplo;
  • Chá de garcínia cambogia: adicionar 3 a 5 frutos secos de garcínia cambogia em 1 litro de água e ferver. Em seguida, desligar o fogo, tampar e deixar repousar por cerca de 5 minutos. Beber 1 xícara do chá até 3 vezes por dia, entre as principais refeições.

É importante que o uso dessa planta medicinal, principalmente quando o objetivo é o emagrecimento, seja feito em associação a uma dieta equilibrada e à prática de atividade física para que os resultados sejam mais duradouros.

Possíveis efeitos colaterais

Alguns dos efeitos colaterais que podem ocorrer durante o uso da garcínia cambogia, principalmente quando consumida por mais de 12 semanas ou em quantidades maiores do que as recomendadas, são náusea, vômito, diarreia, dor de estômago, dor de garganta, boca seca ou tontura.

A garcínia cambogia pode causar sérios problemas no fígado como hepatite aguda ou insuficiência hepática, que podem ser percebidas através de sintomas como dor abdominal, náusea, urina escura, fezes claras ou esbranquiçadas, ou pele e olhos amarelados. É aconselhado interromper o uso da garcínia e procurar ajuda médica ou o pronto socorro mais próximo, caso a pessoa apresente esses sintomas.

Quem não deve usar

A garcínia cambogia não deve ser usada por crianças com menos de 12 anos, mulheres grávidas ou em amamentação, pessoas que fazem uso de antidepressivos que promovem o aumento da serotonina, como fluoxetina ou escitalopram, por exemplo, ou por pessoas que tenham alergia à garcínia ou qualquer outro componente do suplemento.

Além disso, a garcínia cambogia deve ser usada com precaução por pessoas diabéticas pois pode reduzir muito os níveis de açúcar no sangue causando crise de hipoglicemia. 

NOSSO DEUS MERECE RESPEITO E REVERÊNCIA: TEXTO ( ECLESIÁSTES 5:1-17 )


Aqui neste estudo de Eclesiastes 5 vemos o pregador falando, basicamente, sobre 3 assuntos:

  • Cuidados com a oração
  • Cuidados com os nossos votos diante de Deus
  • O uso das riquezas

Já vimos Salomão falando muito sobre o uso das riquezas no livro de Provérbios e, aqui em Eclesiastes, temos alguns ensinamentos muito similares ao que vimos no livro anterior. A proximidade dos escritos, novamente, me faz acreditar que foi Salomão quem escreveu este livro.

Debaixo do sol

Antes de meditarmos nos ensinamentos que temos aqui em Eclesiastes 5, quero falar sobre algo que passou sem ser tratado nos capítulos anteriores.

Precisamos nos lembrar que a bíblia é um livro completo. Temos ensinamentos, poemas, leis, músicas, histórias, todo tipo de literatura.

O livro de Eclesiastes, como eu disse antes, é um livro poético, diferente dos outros, reflexivo, talvez até um pouco mais denso. É algo para ser lido e entendido não como regras, como orientações, mas considerando o olhar de quem escreveu, um exercício de empatia com o autor.

Considerando isso, note como o autor, em vários momentos até aqui, utilizou a expressão “debaixo do sol”:

“Há um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o seu próprio dano;”

Eclesiastes 5:13

Esta expressão aparece 36 vezes apenas aqui no livro de Eclesiastes. Para um livro com poucos capítulos, certamente é algo para o qual devemos dar alguma atenção.

Note que, apesar de ser um livro onde o autor parece indignado, entristecido com algumas coisas, tudo isso que ele está relatando é relacionado a coisas “debaixo do sol”. O que ele está dizendo é que, aqui nessa vida, as coisas não serão perfeitas.

Por exemplo, neste versículo 13, ele está falando que o amor ao dinheiro é raiz de males. Isso não vai acontecer na eternidade, na nossa vitória final. Isso acontece apenas aqui, “debaixo do sol”.

Quando ele diz no capítulo 1, por exemplo:

“Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?”

Eclesiastes 1:3

Está falando sobre o que acontece aqui na terra, nesta vida, e não na vida eterna. Ao olhar para tudo o que acontece aqui, ele nota que tudo é vaidade.

Vale ainda dizer que Eclesiastes não é um livro para ser considerado em partes. Para compreendermos a mensagem do pregador, precisamos entender o que ele diz no todo. Ele vai fechar o livro com uma conclusão que nos faz entender o seu pensamento:

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”

Eclesiastes 12:13,14

Vamos entender cada coisa a seu tempo neste belo livro. Acompanhe esta série toda de posts para entender bem o que o pregador está nos dizendo.

Riquezas e vaidade

Temos uma reflexão importante nos textos dos versos 14 a 17:

“Porque as mesmas riquezas se perdem por qualquer má ventura, e havendo algum filho nada lhe fica na sua mão. Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão. Assim que também isto é um grave mal que, justamente como veio, assim há de ir; e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento, E de haver comido todos os seus dias nas trevas, e de haver padecido muito enfado, e enfermidade, e furor?”

Eclesiastes 5:14-17

Considerando o que lemos aqui no livro de Eclesiastes, podemos pensar que é apenas mais uma conclusão do pregador de que o trabalho que fazemos aqui é apenas vaidade. Essa é uma conclusão interessante, mas talvez desconsidere o versículo 13:

“Há um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o seu próprio dano;”

Eclesiastes 5:13

No versículo imediatamente anterior, o que o pregador está dizendo é que algumas de nossas atitudes aqui nessa vida, por mais que sejam vaidade, podem trazer consequências. A riqueza com injustiça, por exemplo, na opinião dele, atrai enfermidades. Isso não deve ser novidade para nós que conhecemos a Palavra, Paulo falou sobre isso em Gálatas:

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.”

Gálatas 6:7-9

Outra reflexão do pregador que devemos considerar, é a que ele faz no final do livro, em sua última frase:

“Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”

Eclesiastes 12:14

Ou seja, além de ter a capacidade de nos afetar, o que fazemos aqui certamente será considerado e julgado por Deus no momento certo. A diferença é que nem sempre colheremos o resultado daquilo que fazemos, aqui nessa vida. Por vezes, veremos o resultado de nossas ações aqui, apenas na eternidade. Se fizemos o bem, se seguimos as leis e mandamentos do SENHOR, colheremos o bem. Se fizemos o contrário, colheremos segundo nossas obras.

A reflexão do pregador, apesar de difícil e pesada, ela leva a uma conclusão correta: nossas atitudes aqui nessa vida, geram uma consequência. A pergunta que fica então é: quais serão as consequências daquilo que você Tem plantado? Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, agosto 19

" HARPAGOPHYTUM PROCUMBENS " ( GARRA- DO-DIABO ) PARA QUE SERVE? COMO USÁ-LA? COMO PREPARAR UM CHÁ? QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?

A garra-do-diabo, também conhecida por harpago, é uma planta medicinal muito utilizada para tratar reumatismo, artroses e dores na região lombar da coluna vertebral, pois possui propriedades antirreumáticas, anti-inflamatórias e analgésicas.

O seu nome científico é Harpagophytum procumbens e pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação e em algumas feiras livres, sendo importante utilizar sob orientação do profissional de saúde ou um fitoterapeuta.

Para que serve

A garra do diabo possui propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antirreumáticas e, por isso, o seu uso pode ser interessante para ajudar no tratamento de algumas situações, como por exemplo:

  • Reumatismo;
  • Osteoartrite;
  • Artrite reumatoide;
  • Tendinite;
  • Bursite;
  • Epicondilite;
  • Dor na coluna e na região lombar;
  • Fibromialgia.

Além disso, alguns estudos sugerem que a garra do diabo também poderia ajudar no tratamento de alterações gastrointestinais, como dispepsia, além de poder também ter ação no caso de infecções urinárias, febre e nas dores pós-parto.

Apesar de possuir propriedades antirreumáticas e anti-inflamatórias e poder ser utilizada em diversas situações, o uso da garra do diabo não substitui o tratamento indicado pelo médico, sendo apenas um complemento.

Como usar

A garra do diabo é normalmente usada para fazer chás e emplastros, sendo principalmente utilizadas as raízes. Além disso, é possível também encontrar a garra do diabo em fórmula de cápsula, podendo a dosagem variar de acordo com a idade da pessoa e objetivo do uso.

Para preparar o chá de garra-do-diabo, basta colocar 1 colher (de chá) das raízes secas numa panela, juntamente com 1 xícara de água. Deixar ferver por 15 minutos em fogo baixo, esfriar, coar e beber 2 a 3 xícaras por dia.

Possíveis efeitos colaterais e contraindicações

O uso da garra de diabo deve ser recomendado pelo profissional de saúde, sendo importante fazer uso das quantidades recomendadas por dia para evitar o surgimento de efeitos colaterais, como irritação da mucosa gastrointestinal, diarreia, náuseas, sintomas de má digestão, dor de cabeça e perda do paladar e do apetite.

Além disso, o uso dessa planta medicinal é contraindicado em caso de hipersensibilidade à planta, presença de úlceras estomacais ou duodenal, obstrução das vias biliares e gastrite, além de também não ser recomendado para crianças e mulheres grávidas e lactentes. 

ESTUDO CIENTIFICO: "HARPAGOPHYTUM PROCUMBENS DC." ( GARRA-DO- DIABO ) UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Harpagophytum procumbens  DC.

Pedaliaceae:

SinonímiasHarpagophytum procumbens subsp. procumbens DC. ex Meisn, Harpagophytum burchellii Decne., Harpagophytum procumbens var. sublobatum (Engl.) Stapf., Harpagophytum procumbens subsp. transvaalense Ihlenf. & H. Hartmann.

Nomes populares: Garra-do-diabo, harpagofito (Português), garra del diablo, raiz de Windhoeck (Espanhol), artiglio del diavolo (Italiano), devil’s claw, woodspider, grapple plant (Inglês).

Origem ou Habitat: Sul da África (Namíbia).

Características botânicas:Planta rasteira, perene, apresentando uma raiz primária que mede de 20 a 50 cm de comprimento, de onde partem raízes ramificadas tuberosas secundárias, que podem armazenar até 70% de água de seu peso e são estes tubérculos que se utilizam por suas propriedades medicinais. Talos múltiplos; folhas alternas, lobuladas, profundamente recortadas, carnosas, medindo 7 cm de comprimento, margens brancas e aveludadas. As flores são em forma de dedal ou trombeta, crescem isoladamente sobre curtos pecíolos na axila das folhas, de cor rosa-claro ou roxo-púrpura. Os frutos são duros, capsulares, deiscentes, medindo até 10 cm, armados de espinhos em forma de ganchos, de 2,5 cm de comprimento, que atuam como verdadeiros arpões aderindo-se à pele dos animais, facilitando a dispersão das sementes.

Partes usadas: Raízes secundárias ou tubérculos.

Uso popular: A raiz é empregada popularmente como antirreumática, antigotosa, aperiente, antiespasmódica, analgésica, para acalmar dores do parto, colerética e hipoglicemiante. Externamente é usada como cicatrizante de feridas.

Composição química: Glicosídeos iridóides (harpagina, harpágido, trans-cinnamoyl harpagide, trans-coumaroyl harpagide, procumbide, etc.); glicosídeos fenólicos (verbascosídeo, acteosídeo, isoacteosídeo e biosídeo); traços de óleo essencial, b-sitosterol, triterpenos pentacíclicos; flavonóides (kaempferol e luteolina); aminoácidos; açúcares; harpagoquinona; gomoresina; aucubinina B; beatrinas A e B.

Ações farmacológicas: Anti-inflamatória, analgésica, sedativa, anti-espasmódica, digestiva e diurética.

Interações medicamentosas: Em altas doses pode interferir com drogas anti-arrítmicas e anti-hipertensivas.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em geral, são bem tolerados nas doses indicadas, mas tem relatos de cefaleia, zumbido, anorexia, gastralgia e perda da gustação. No início do tratamento pode haver um ligeiro efeito laxante e transtorno estomacal.

Não é recomendado a administração endovenosa por ser potencialmente tóxica por esta via.

Contra-indicações: Não é recomendada durante a gravidez.

Posologia e modo de uso: Capsula de extrato seco da garra do diabo (padronizado como 100mg de harpagosídeo ou 150 mg de iridóides totais expresso em harpagosideos), tomar uma cápsula vez ao dia por 2 semanas.

Observações: Harpagophytum, do grego, significa “planta-arpão.

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