quinta-feira, setembro 22

O VALOR DA REVERÊNCIA NA CASA DO SENHOR:TEXTO ( ISAIAS 6:1-8 )

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo”. Isaías 6:2 a 4

Adoração ao Senhor é reconhecer o todo poderoso aquele que é poderoso para fazer tudo, o Senhor da nossa vida ele tem que ser adorado.

PALAVRAS QUE DIZEMOS:

Palavras que às vezes dizemos, “adoro fulano”, “adoro isso “aquilo, isso não é adoração devemos evitar falar.

A adoração é ao Senhor, ao seu louvor, a gratidão profunda, da existência do sacrifico da eternidade isso está muito alem do que muito obrigado.

Temos que ser educados com os nossos irmãos, pelos favores, os nosso irmãos não são os nossos servos, empregados.

VERDADEIROS ADORADORES:

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e verdade”. João 4:23,24.

O PAI PROCURA ADORADORES:

Jesus afirmou que é exatamente isso que o coração do Pai procura.

Deus procura adoradores mais que adoração e que eles o façam em espírito e verdade.

a) VIU O SENHOR, TODO PODEROSO – “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.” Isaías 6:1.

Na adoração, o rei precisa morrer para ver a glória de Deus: Vaidade; Interesse pessoal; Presunção; Orgulho; etc.

b) PRESENCIOU A OPERAÇÃO DOS SERAFINS E A SUA ADORAÇÃO AO SENHOR – “Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumo”. Isaías 6:2-4.

  1. Cobriu o rosto: O homem sem valor – O homem escondido (carne escondida). É a forma do homem se apresentar diante do trono de Deus.
  2. Cobriam os pésO homem desligado do mundo.
  3. Com duas asas voavamEspírito elevado, ligados ao Senhor; longe das opressões; busca da Eternidade.

c) RECONHECEU O SEU PECADO – “Então disse eu: Ai de mim, que vou perecendo! porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” Isaias 6:5.

É muito importante quando o homem sente a sua fraqueza.

d) FOI PERDOADO – “Mas um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.” Isaías 6:6,7.

Em busca do perdão, a entrega diária.

e) FOI CHEIO DA GRAÇA PARA LEVAR A PALAVRA A OUTROS – “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” Isaías 6:8.

É fundamental no culto, desde o início, a entrega de nossa vida para que o Espírito Santo nos atinja com o Seu poder e possamos ser usados pelo mesmo Espírito com dons e ministérios.

HOMEM CRIADO PARA GLÓRIA DE DEUS:

Em Efésios 1.5,12,14 há a afirmação de que o homem foi criado para glória de Deus. Deduzimos, assim, que o homem foi formado para ser um adorador do Deus vivo, único e verdadeiro, que o criou. O homem vive para ter comunhão com o Deus, eterno e único.

A adoração se expressa através de nós quando nos voltamos para Deus, reconhecendo o que ele é, o que ele representa para nós e, conseqüentemente, quando entregamos o que somos e o que temos, para que tudo redunde em glória ao seu nome.

ADORAÇÃO SOMENTE AO SENHOR:

O relato de Mateus 4.10 sobre a tentação de Jesus, apresenta a resposta de Jesus ao diabo: “ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”. Jesus usou as palavras de Êxodo 20.4,5 onde se encontra a ordem de Deus ao povo de Israel de que, só a ele, deveriam adorar e prestar culto. A constante vontade de Satanás é roubar o que só a Deus é devido – a adoração e o louvor. Mesmo sabendo que fomos criados para o louvor e glória do Deus vivo [“a fim de sermos para louvor de sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo” – Efésios 1.12], o inimigo busca de todas as formas, deturpar o culto a Deus, limitando-o à formas e costumes, amoldando-o à cultura e aos padrões humanos, impedindo que se expresse o desejo do coração de Deus.

ADORAÇÃO DE ISAÍAS A DEUS:

“eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia de sua glória” (Isaías 6.1-3).  Os céus estão repletos de adoração, Deus procura por filhos que o adorem.

LIVRE ARBÍTRIO AO HOMEM PARA ADORÁ-LO:

Deus nos deixou a opção de adorar,ou não. Ele que tem em suas mãos todo o governo poderia fazer com que toda a criação fosse de adoradores, tal como são os anjos no céu. Mas, ele não fez assim, deixou-a livre para fazer uma ou outra coisa. O adorador é aquele que faz uma opção por Deus, opta por Jesus como seu salvador e pelo seu reino; opta em ter uma livre comunhão com Deus, que não é imposta pela vontade divina, mas é uma livre opção de amor!  A parte de Deus sempre é perfeita e completa, seu amor é inquestionável, mas, ele espera uma atitude recíproca de nossa parte. A verdadeira adoração é uma opção do nosso amor abrindo-se ao amor de Deus!

Qual é nossa opção? Deus governa sobre todas as coisas, mas deixa-nos adora-lo, ou não. A atitude correta é amá-lo e adorá-lo! A adoração é algo que satisfaz e alegra o coração de Deus, mas beneficia também o adorador, pois esse, ao optar em agradar a Deus, cumpre a sua parte nesse enlace de amor. A adoração sempre emana do amor. É o amor que lhe dá conteúdo. E, como Deus quer ser amado por nós! O que dá eficácia à adoração é o amor. Ele dá conteúdo a nossa adoração e expressa, de forma bem clara, a aliança e o compromisso que temos para com Deus e o seu reino eterno.

ABRÃO ADORAÇÃO NA ENTREGA DO SEU FILHO:

Adoração é uma resposta dada ao constante amor de Deus por nós. Esse amor deve ser incondicional, tal como foi o amor de Abraão para com Deus, dispondo-se entregar, em um sacrifício, o seu próprio filho. Foi, assim, da mesma forma e com a mesma intensidade de amor para conosco, que Deus deu ao seu próprio Filho para nos substituir no holocausto da cruz

A Adoração é um ato de Gratidão a DeusQuem chega ao Senhor, chega com gratidão, como aquele samaritano que foi curado da lepra com mais nove leprosos, ele foi o único que voltou para agradecer ao Senhor, o seu coração estava cheio de gratidão ao Senhor.

Quando existem estes dois elementos (adoração e gratidão), o culto é maravilhoso, ele vai agradar a Deus, o Senhor vai aceitá-lo! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, setembro 21

SÁLVIA OFFICINALIS L. ( SÁLVIA )UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Salvia officinalis L.
Família: 
Lamiaceae
Sinonímia científica: 
Não há sinônimo segundo o sistema de APG III (Angiosperm Phylogeny Group).
Partes usadas: 
Sumidades floridas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Flavonoides, triterpenos, ácido oleânico, diterpenos, óleo essencial, limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e esterificado, bornil.
Propriedade terapêutica: 
Antiespasmódica, antioxidante, anti-inflamatória, antisséptica, antidispéptica.
Indicação terapêutica: 
Higine bucal e vaginal, distúrbios estomacais, astenia, diminui a transpiração, regula a menstruação. 

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: common sage, garden sage
  • Francês: sauge officinale

Origem, distribuição:
De origem Mediterrânea, desde a costa sul da Espanha até Marselha e Itália.

Descrição:
É um subarbusto com as hastes quadradas e muito ramificadas, com folhas verdes, oblongas, lanceoladas, sendo as de baixo pecioladas e as superiores menores e sésseis.

As flores são quase sempre violetas (há algumas brancas) agrupadas de 3 em 3 em cada verticilo. Possui frutos (4) indeiscentes, secos, uniloculares, monospermos (aquênios) e que resulta de um só carpelo. Planta mediterrânea, é bastante cultivada em jardins por seu uso na culinária.

Na França os produtos comerciais com sálvia usam indistintamente a sálvia de Espanha (S. lavandulifolia), a sálvia esclarada (S. sclarea ) e a S. officinale (esta que descrevemos), conhecida também como chá-da-grecia, por terem as três quase os mesmos princípios ativos.

Em algumas partes da Europa, principalmente na região dos Balcãs, a sálvia é cultivada para obtenção de óleo essencial. Existem diversas variedades de sálvia e a maioria delas serve mais como ornamental que pelas suas propriedades medicinais.

Uso popular e medicinal:
Usa-se a planta toda mas principalmente as sumidades floridas e as folhas, colhidas quando as hastes começam a florir.

Tem a fama de ser panaceia (curar tudo, de "salva", salvar, curar), mas a experimentação não confirma tudo o que dizem dela. A ação antiespasmódica do extrato hidroalcoólico é comprovada por estudo em íleo de cobaia (a parte final do intestino delgado, na maioria dos vertebrados superiores) sob estimulação elétrica.

Também é antioxidante (pelos diterpenos e ácido rosmarínico que possui).

É usada localmente para higine bucal e vaginal (há creme dentifrício que a contém) e oralmente para distúrbios estomacais, como estimulante geral, em astenia e para diminuir a transpiração.

Usa-se também para regular a menstruação.

Os livros citam ainda a S. triloba L, S. fruticosa Mill, com muito cineol, cânfora, borneol, terpinol e só 7% de tuona; e a S. pratensis L.

É rica em flavonoide (3%), um derivado luteolol por substituição de hidróxi e metóxi no carbono 6. Tem triterpenos derivados do ursano (ácido ursólico quase sempre), ácido oleânico, diterpenos (carnosol, manool, rosmanol, lactona do éter metílico, ácido carnósico e ácidos fenóis: rosmarínico), óleo essencial caracterizado pela presença de cânfora, cineol e cetonas monoterpênicas bicíclicas como as tuionas (são quase 60% do óleo); limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e esterificado, bornil.

A sálvia de Espanha não tem tuionas e o cineol e a cânfora são os mais comuns, e a outra sálvia citada é rica em linalol (de 10 a 30%) e esclareol, um diterpeno usado na indústria de perfumes.

Validada pela presença de tuiona que dá cor vermelha em presença de hidróxido de sódio.

 Dosagem indicada:

Antidispéptico (uso interno), anti-inflamatório e antisséptico da cavidade oral (uso externo). Componentes: folhas secas (3 g); água q.s.p. (150 mL). Preparar por infusão. Modo de uso: (interno) acima de 12 anos, tomar 150 mL, 10 minutos após o preparo, 2 a 3 vezes ao dia após as refeições. Externo: após higienização, aplicar o infuso com auxílio de algodão sobre o local afetado, 3 vezes ao dia. Fazer bochechos ou gargarejos 1 ou 2 vezes ao dia.

 Advertência: não usar em gestantes e lactantes. Não usar em pessoas com insuficiência renal, hipertensão arterial e tumores mamários estrógeno dependentes. Não ingerir a preparação após o bochecho e gargarejo. Doses acima das recomendadas podem causar neurotoxicidade e hepatotoxicidade.

Se preferir fazer um vinho: 80 g de sálvia em um litro de vinho. Macera-se oito dias e tomam-se três colheradas de sopa após as refeições.

Também pode-se tomar 100 g de folhas de sálvia, sumidades floridas de tasneirinha e vinho branco.

Para regrar os ciclos menstruais. Exemplifica-se 2 fórmulas de supositórios:

  1. Extrato hidroalcoólico de salvia, 0,25 g em 5 g de manteiga de cacau
  2. Fórmula universal de Garnier: extrato fluido de sálvia (2 g), 0,10 g de extrato fluido de solano (erva-moura), unguento popúleo 1 g, 3 g de manteiga de cacau, cera branca em qsp (2 vezes ao dia).

 Toxicidade:
Embora o extrato hidroalcoólico seja pouco tóxico, o óleo é neurotóxico pela presença das alfa e beta-tuionas: pode gerar crises convulsivas pós hipersalivação. Vômitos foram relatados. Há quem diga que o campferol também pode ser responsabilizado por estas ações indesejáveis.

Outros usos:
Na cosmética (infusão) é um bom adstringente para pele oleosa, escurecer os cabelos, combater a caspa e inflamações do couro cabeludo. 

Costuma-se fazer um dentifrício caseiro com sal marinho e sálvia, para remover tártaro e clarear os dentes.

Na aromaterapia o óleo essencial de sálvia é usado como antioxidante, extimulante, tônico, desinfetante, adstringente, sendo indicado para cabeça e cérebro. Ativa os sentidos, a memória e fortalece os nervos! " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

A BENIGNIDADE DE DEUS DURA PARA SEMPRE:TEXTO ( SALMO 89: 1-52 )

terça-feira, setembro 20

ORELLANA ORELLANA L. URUCU UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nomes populares: Urucu, colorau, urucuzeiro, açafroa-da-bahia, achiote, analto (Peru, México, Cuba, Argentina).

Origem ou Habitat: América Tropical.

Características botânicas: Árvore ou arbusto perene, medindo de 3-8 m de altura. Folhas simples, alternas, longamente pecioladas, glabras, levemente cordiformes a ovalado-lanceoladas, grandes, medindo de 8-20 cm de comprimento. Flores brancas ou levemente róseas, dispostas em panículas terminais. Fruto do tipo cápsula deiscente, ovoide, coberto densamente de espinhos flexíveis, marrom-escuro quando maduro, abre-se por duas linhas longitudinais, mostrando uma cavidade com muitas sementes – 30 a 40 sementes – de cor alaranjada forte a vermelho-escuro. Os frutos encontram-se em cachos de até 17 unidades.

Partes usadas: Sementes, folhas e raízes.

Uso popular: Os indígenas utilizam os arilos das sementes como matéria tintorial para a pintura dos corpos em rituais, como proteção contra insetos e queimaduras por exposição ao sol e para tingimento de tecidos e utensílios caseiros de palha e barro.

Na medicina caseira é utilizada como expectorante. O colorau é amplamente utilizado como corante e condimento na cozinha nordestina.

Na literatura etno-farmacológica, as sementes são referidas como estomáquica, tonificante do aparelho gastrointestinal, antidiarreica, antifebril, palpitações do coração, crises de asma, coqueluche e gripe.

Nos países da América do Sul e América Central, vários dos usos conhecidos de Bixa orellana são o mesmo, por exemplo, antipirético, afrodisíaco, antidiarréico, antidiabético, e repelente de insetos.

Composição química: As sementes são ricas em carotenóides. No arilo ceroso da semente ocorre um óleo essencial rico em geranil-geraniol, monoterpenos e sesquiterpenos oxigenados além dos carotenóides bixina e norbixina. As folhas contém flavonóides, diterpenos, ácido gálico e óleo essencial.

Ações farmacológicas: Diversos experimentos, em vários países da América do Sul e Central, mostraram atividades biológicas de extratos de Bixa orellana testados em várias espécies de animais, como: antioxidante, hipotensor, moluscicida e antimalárica, contra células A549 para carcinoma de pulmão, alergia, hipoglicêmica, antifúngica e repelente de insetos.(VILAR, D. A. et all., 2014).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses usuais não foram observados efeitos adversos. Em doses muito elevadas podem causar um efeito purgante e hepatotóxico.

Contra-indicações: O consumo das sementes ou da raiz pode ser abortivo.

Posologia e modo de uso: Infusão: 10g de raiz ou sementes para 1 litro de água. Tomar 1-3 xícaras ao dia. As sementes são empregadas na forma de chá, maceradas em água fria ou como xarope. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".


UMA BUSCA DE SATISFAÇÃO PELA VIDA: TEXTO ( ECLESIÁSTES )

Você já tentou pegar a fumaça quando está solta no ar? Parece bem substancial, mas quando você tenta agarrá-la, percebe-se que não apanhou nada. A vida é assim. Parece impressionante, mas quando você para e a analisa, não há nada durável ou satisfatório nela. É vazia.

O livro de Eclesiastes registra a busca de Salomão por significado e propósito na vida. Ele buscava valor real em diferentes áreas, mas o resultado final era deprimente. "Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade" (1:2). "Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol" (2:11). Ele achava a vida vazia e sem significado. Ele disse que era como caçar o vento: nunca se consegue pegá-lo. Estaremos constantemente frustrados se procurarmos ganhar algo na vida que não está nela. Quando reconhecemos que a vida é vazia, somos libertados para buscar seu verdadeiro significado fora desta existência temporal, e então encontramos o significado e propósito verdadeiro.

Eclesiastes contém quatro pensamentos básicos: 1. A busca do Pregador por valor real na vida; ele concluiu que tudo é vaidade. 2. Razões para as frustrações na vida. 3. Alguns modos melhores para viver a vida apesar dela ser vazia. 4. A única satisfação que há para um homem. 

O escritor buscou significado em muitas áreas. 1. Ele tentou a sabedoria"Disse comigo: eis que me engrandeci e sobrepujei em sabedoria a todos os que antes de mim existiram em Jerusalém; com efeito, o meu coração tem tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento. Apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a saber o que é loucura e o que é estultícia; e vim a saber que também isto é correr atrás do vento. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza" (1:16-18). Com o aumento da sabedoria veio o aumento da dor, porque maior percepção do mundo leva a maior frustração com as coisas tortas do mundo que não podem ser retificadas. 2. Ele buscou prazer"Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade; mas também isso era vaidade. Do riso disse: é loucura; e da alegria: de que serve?" (2:1-2). 3. Ele procurou significado no uso moderado de álcool: "Resolvi no meu coração dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, durante os poucos dias da sua vida" (2:3). 4. Ele tentou satisfazer-se com grandes realizações"Empreendi grandes obras; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz jardins e pomares para mim e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. Fiz para mim açudes, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores" (2:4-6). 5. Ele comprou escravos: "Comprei servos e servas e tive servos nascidos em casa" (2:7). 6. Ele acumulou grande riqueza: "Também possuí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias" (2:7-8). 7. Ele buscou divertimento e prazer sexual: "Provi-me de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres" (2:8). 8. Ele também observou o resultado da busca por popularidade ( 4:13-16). Depois dessa análise detalhada, qual foi a conclusão final? "Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol" (2:11). Não havia satisfação em nenhuma destas buscas.

Razões para as Frustrações na Vida

Há boas razões pelas quais a vida é inerentemente insatisfatória, não importa quão bem sucedidas nossas buscas possam ser.

1. Nenhuma realização. Nada realmente acontece na vida. Há uma infindável e cansativa sucessão de acontecimentos, mas não há resultado. Essa monotonia é bem ilustrada pelos ciclos naturais na terra (1:3-7). O sol se levanta, põe-se, e levanta-se novamente. Muita atividade, nenhuma mudança. O vento sopra para o norte, sopra para o sul, e sopra para o norte novamente. Muito movimento, nenhuma realização. Os rios correm para o mar, e correm para o mar, e correm para o mar. Estão em constante movimento mas jamais se esvaziam e o mar jamais se enche.

2. Não se pode mudar nada. Nunca se consegue, realmente, fazer muita diferença. As coisas vão acontecer quando acontecerem e pouco haverá que se possa fazer para mudar isso. Este é o ponto do Pregador em 3:1-8 quando ele discute como há um tempo para tudo ( 3:14 e 8:8). Há muitas coisas importantes sobre as quais não temos, absolutamente, nenhum domínio: o clima, as condições econômicas, a guerra, a doença, a morte, etc. É frustrante estar à mercê de forças externas.

3. Não se pode prever nada. "Porque este não sabe o que há de suceder; e, como há de ser, ninguém há que lho declare" (8:7). Há tantas incertezas, tantas perguntas sem respostas na vida. Podemos nos juntar a Jó ao perguntar por quê, e acompanhá-lo no passar de muitos dias agonizantes sem nenhuma resposta.

4. O mesmo destino para todos. A mesma coisa acontece aos homens bons e aos perversos. "Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: a todos sucede o mesmo" (9:1-3). A morte é muito democrática; há uma para todos. Quanto a esta vida, a mesma coisa que acontece conosco acontece aos animais: morremos e nossa carne apodrece (3:18-21). Se a vida atual fosse tudo o que há, nosso fim seria exatamente igual ao dos animais. 

5. O acaso governa. "Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso" (9:11). O sucesso não está sob o nosso comando. O melhor sujeito nem sempre ganha. Às vezes a vitória é apenas uma questão de sorte.

6. Nenhuma retenção. Aqui nada é durável. Poucos anos depois que morrermos ninguém se lembrará de nós nem se importará conosco. Nosso legado será passado para alguém que não trabalhou por ele e que, conseqüentemente, não o apreciará nem usará como nós o faríamos. "Pois, tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto! ... Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei debaixo do sol, visto que o seu ganho eu havia de deixar a quem viesse depois de mim. E quem pode dizer se será sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do sol; também isto é vaidade" (2:16, 18-19). O empenho humano não pode ser recordado, retido ou passado a outro.

7. Nenhuma satisfação. As pessoas freqüentemente pensam, "Se tivéssemos mais um pouco, poderíamos ser felizes." Assim conseguem um pouco mais; porém, ainda estão infelizes. As coisas desta vida nunca satisfazem; nosso vazio sempre fica mais e mais profundo. "Todo trabalho do homem é para a sua boca; e , contudo, nunca se satisfaz o seu apetite" (6:7).

8. Injustiça. A vida não é justa. Quem consegue o emprego ou a promoção? Muitas vezes é a pessoa que menos merece. Geralmente é preciso menos esforço para criar um problema do que para resolvê-lo. "Qual a mosca morta faz o ungüento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia" (10:1).

9. Velhice. Eclesiastes 12:2-8 registra uma descrição poética do envelhecimento. Em termos pitorescos, as fraquezas da velhice são descritas: as mãos trêmulas, a postura encurvada, os dentes perdidos, a visão diminuída, a audição debilitada, o sono intermitente, a voz áspera, o cabelo encanecido, o andar desajeitado, etc. Assim, se não morrermos antes, estaremos todos destinados a esse estado débil. 

A Verdadeira Satisfação na Vida

Necessitamos dessa mensagem. É má notícia. Mas precisamos receber as más notícias para procurarmos a cura. Podemos menosprezar o fato da vida ser vazia, podemos ocupar-nos em atividades frenéticas, podemos trombetear em alto som que estamos felizes e satisfeitos, mas não podemos escapar. Buscando sombras incontáveis ficamos cada vez mais vazios. Somente quando reconhecermos a total futilidade de todos os esforços nesta vida, nos voltaremos para aquele que pode dar o significado e a satisfação que buscamos. A vida realmente tem significado, propósito e valor quando nossa meta é servir a Deus. "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más" (12:13-14). Há um espaço em nossa alma que somente Deus pode ocupar, e nunca estaremos em paz até que permitamos que ele a preencha.

Esta é a mensagem de Eclesiastes. A vida é vazia, a menos que façamos de Deus nossa vida. Ele é a única meta adequada de nossa existência. Sem ele descemos no vazio e no desespero, apesar de todos os esforços para nos enchermos com o mundo. "Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade" (1:2) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, E AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, setembro 19

" STRYPHNODENDRON ADSTRYNGENS " ( BARBATIMÃO ) UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

O barbatimão é uma planta medicinal rica em alcalóides, flavonóides e esteróis, que têm propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e antissépticas. Por isso, esta planta é muito usada na medicina tradicional para o tratamento de feridas, hemorragias, queimaduras, dor de garganta, inchaço ou hematomas na pele, por exemplo.

O nome científico do barbatimão é Stryphnodendron barbatimam ou Stryphnodendron adstringens, e a parte normalmente utilizada é a sua casca, para o preparo do chá, compressas ou banho de assento. No entanto, também pode ser usada para o preparo de sabonetes, cremes ou pomadas.

O barbatimão pode ser comprado em ervanários, lojas de produtos naturais ou farmácias de manipulação, e deve ser usado com orientação de um profissional de saúde ou um fitoterapeuta que tenha experiência com o uso de plantas medicinais.

Para que serve:

O barbatimão apresenta muitos benefícios para a saúde, sendo os principais:

1. Melhorar problemas de pele:

O barbatimão possui ação cicatrizante, anti-inflamatória e antioxidante, podendo ser utilizado sobre a pele para acelerar a cicatrização de feridas, queimaduras ou infecções de pele. Além disso, essa planta também pode ser usada em hematomas na pele, dermatite, frieira ou pé diabético.

2. Reduzir a retenção de líquidos:

O barbatimão pode ser usado para ajudar a reduzir o inchaço, diminuindo a retenção de líquidos em todo o corpo devido suas propriedades diuréticas. 

Além disso, devido ao aumento da eliminação de água pelo corpo, o barbatimão pode ajudar a controlar a pressão alta e auxiliar no tratamento de problemas nos rins ou infecção urinária. 

3. Combater problemas gastrointestinais:

O barbatimão é rico em taninos com propriedades adstringentes, anti-inflamatórias e analgésicas, muito úteis para ajudar a combater problemas gastrointestinais, e auxiliar no tratamento de gastrite ou dor de estômago. Além disso, o barbatimão também pode ajudar a combater problemas no fígado ou diarréia.

4. Combater problemas respiratórios:

Devido às suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, o barbatimão pode ser usado para auxiliar no tratamento de problemas respiratórios como tosse, gripes, sinusite, dor de garganta ou inflamação nos pulmões.

5. Reduzir a dor:

O barbatimão possui propriedades analgésicas que ajudam a reduzir a dor generalizada ou localizada, podendo diminuir a sensibilidade e o desconforto e auxiliar no tratamento da dor nas costas ou hérnia, por exemplo. 

6. Ajudar a controlar a glicemia:

Um estudo  feito com ratos em laboratório utilizando o extrato alcoólico do barbatimão mostrou que essa planta medicinal pode ajudar a controlar a glicemia, devido à presença dos taninos na sua composição, especialmente a epigalocatequina-O-galato, que foi capaz de controlar os níveis de açúcar no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.

No entanto, ainda ainda são necessários estudos em humanos que comprovem esse benefício.

7. Manter a saúde da boca:

Devido ao seu efeito anti-inflamatório e antibacteriano, o barbatimão pode ajudar a manter a saúde da boca, prevenindo ou tratando problemas inflamatórios na boca como gengivite, cáries ou mau hálito, por exemplo.

8. Combater a infecção pelo HPV:

O barbatimão pode ajudar a combater a infecção pelo vírus HPV e prevenir o câncer de colo de útero. Isto porque essa pomada é rica em taninos, como epigalocatequina, epicatequina e galocatequina, que possuem ação antiviral e cicatrizante, causando uma desidratação nas células infectadas pelo vírus HPV, e promovendo a eliminação do vírus e o reaparecimento das verrugas.

No entanto, ainda são necessários mais estudos que possam confirmar que o barbatimão realmente seja eficaz na eliminação do vírus do HPV.   

9. Auxiliar no tratamento do corrimento vaginal:

O barbatimão devido sua ação anti-inflamatória, antibacteriana e cicatrizante, quando usado na forma de banhos de assento, pode ajudar a combater inflamações ou infecções bacterianas, auxiliando no tratamento do corrimento vaginal causado por gonorreia ou vaginose bacteriana, por exemplo.

Como usar:

A parte normalmente utilizada do barbatimão é a casca, de onde são extraídas as substâncias com propriedades medicinais, geralmente para o preparo do chá, pomada ou banhos de assento.

1. Chá de barbatimão:

O chá de barbatimão ajuda a reduzir a inflamação, a retenção de líquidos ou problemas gastrointestinais.

Ingredientes:

  • 1 colher de sopa de casca de barbatimão;
  • 1 litro de água.

Modo de preparo:

Adicionar as cascas de barbatimão e a água em um recipiente e ferver em fogo baixo por cerca de 10 minutos. Em seguida, desligar o fogo e deixar repousar durante 5 a 10 minutos. Coar e beber este chá, 3 a 4 vezes por dia. 

O chá de barbatimão também pode ser usado na forma de compressas, para aplicar sobre feridas ou úlceras na pele. Para isto, deve-se molhar uma gaze no chá, e aplicar sobre a pele afetada.

2. Banho de assento com cascas de barbatimão

O banho de assento com as cascas de barbatimão combate inflamações, ajuda nas cicatrizações, combate bactérias e por isso, pode ser usado para complementar o tratamento de infecções e corrimento vaginal causados por gonorreia ou vaginose bacteriana. 

Ingredientes

  • 2 colheres de sopa de cascas de barbatimão;
  • 1 litro de água.

Modo de Preparo

Ferver 1 litro de água e adicionar as cascas de barbatimão, deixando ferver por 10 minutos. Desligar o fogo e deixar a mistura amornar. Coar e transferir a mistura para uma bacia.

Quando estiver numa temperatura suportável, sentar na bacia, lavando cuidadosamente toda a região genital até a água esfriar. Fazer o banho de assento de 1 vez ao dia por 3 dias.

3. Pomada de barbatimão:

A pomada de barbatimão pode ser usada em feridas, cortes, arranhões na pele, pé diabético, porque tem efeito cicatrizante e ajuda a desinflamar a região, aliviando a dor e o desconforto. 

Ingredientes

  • 12g de barbatimão em pó (cerca de 1 colher de sopa);
  • 250 mL de óleo de côco.

Modo de preparo:

Adicionar o barbatimão em pó numa panela de barro ou cerâmica e adicionar o óleo de côco e levar ao fogo baixo durante 1 ou 2 minutos para uniformizar a mistura. Coar a seguir e guardar num recipiente de vidro que possa ser mantido bem fechado. 

Para reduzir as folhas em pó, basta comprar as folhas secas e depois amassar com um pilão ou colher de pau, retirando os talos. Usar sempre uma balança de cozinha para medir a quantidade exata.

A pomada de barbatimão também pode ser encontrada em farmácias ou drogarias com o nome comercial Fitoscar, indicada para o tratamento de problemas de pele.

4. Sabonete de barbatimão:

O sabonete de barbatimão é uma boa opção para ser utilizado na higiene da região íntima da mulher, pois possui ação anti-séptica, cicatrizante e antibacteriana, que auxilia na prevenção ou tratamento do corrimento vaginal.

Para usar o sabonete de barbatimão, deve-se utilizar o sabonete durante o banho, na região íntima, sobre a pele molhada até obter espuma, e enxaguar em seguida. 

É importante ressaltar que o uso do sabonete íntimo de barbatimão, não substitui o tratamento recomendado pelo profissional de saúde para o corrimento vaginal, que deve ser feito de acordo com sua causa. 

Possíveis efeitos colaterais:

O barbatimão pode causar alguns efeitos colaterais como irritação no estômago, ou em casos mais graves, pode provocar aborto. 

Além disso, esta planta não deve ser ingerida em excesso ou em quantidades maiores do que as recomendadas, pois pode causar envenenamento. Por isso, o chá dessa planta medicinal só deve ser feito com orientação do médico ou do fitoterapeuta. 

Quem não deve usar:

O barbatimão não deve ser usado por mulheres grávidas ou em amamentação. 

Além disso, também está contraindicado para pacientes com problemas graves no estômago, como úlceras ou câncer no estômago." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

AS SETE TAÇA DA IRA DE DEUS NO APOCALIPSE; TEXTOS ( CAPÍTULOS 15-16 DE APOCALIPSE )

As sete taças da ira de Deus, também chamadas de “sete flagelos”, estão registradas nos capítulos 15 e 16 do livro do Apocalipse. Como não poderia ser diferente em se tratando de escatologia existe muita discussão sobre esse relato.

Dentre as diferentes corentes Escatologica, basicamente existem três interpretações principais sobre esse assunto. A posição menos conhecida é da que as sete taças se referem exclusivamente ao período específico da época de João, anunciando o castigo e a queda do Império Romano. Essa posição é defendida por muitos preteristas.

Já a posição mais conhecida entre os cristãos, defende que as sete taças se referem exclusivamente ao período final que antecede a segunda vinda de Cristo. Quem adota essa posição, geralmente entende que tudo isso ocorrerá de forma literal na grande tribulação, após um arrebatamento secreto da Igreja, Logo, de acordo com a visão pré-tribulacionista a segunda vinda de Cristo seria uma segunda etapa do Seu retorno.

Essa posição é comum entre os cristãos que adotam o estilo de leitura futurista do Apocalipse, e entendem que o conteúdo do livro segue uma ordem cronologicamente sucessiva. É importante dizer que, para estes, a sexta taça trata do livramento de Cristo ao povo de Israel e aos cristãos que se converterão na grande tribulação, e a sétima taça se refere às pragas que serão enviadas literalmente ao mundo inteiro nesse período.

Por último, há também a posição que entende que as sete taças se referem ao período que compreende desde a primeira vinda de Cristo (sua morte, ressurreição e ascensão ao céu) até a Sua segunda vinda, de forma que o juízo de Deus é revelado de maneira progressiva.

Nessa posição, tanto é considerada a aplicação prática no contexto histórico das Sete igrejas da Ásia maior quanto à aplicação para todas as igrejas ao longo dos tempos, culminando, finalmente, numa descrição detalhada acerca dos momentos finais da presente era, com a segunda vinda de Cristo para livrar o seu povo (nesse caso a Igreja), a destruição das forças do mal e o juízo final. 

As sete taças da ira de Deus: Como entender Apocalipse 15 e 16?

Das posições apresentadas acima, a última delas é a que se apresenta mais coerente com a interpretação do livro do Apocalipse considerando sua estrutura, estilo, características e propósito.

Os capítulos 15 e 16 formam a quinta seção paralela do livro do Apocalipse. Sabemos que o livro do Apocalipse é organizado em sete seções paralelas e progressivas, ou seja, a mesma história é contada e recontada, porém de ângulos diferentes, de modo que a cada vez que a história se repete novos elementos e detalhes são introduzidos lançando luz sobre a profecia revelada ao Apóstolo João.

Nessa quinta seção, onde João registra a visão dos sete anjos com as sete taças da ira de Deus (ou sete flagelos), será enfatizado o juízo de Deus sob a dureza do coração do homem. Essa seção nos mostra o derramamento da ira de Deus sobre os homens, e a triste realidade de que, mesmo diante do juízo divino, os homens continuam endurecidos, rebeldes e blasfemos.

Essa visão registrada pelo Apóstolo João nos mostra que ao longo da História Deus sempre envia juízos parciais que avisam o iníquo sobre seu pecado (as trombetas), mas quando esses avisos são desprezados, então segue-se o derramamento conclusivo de Sua ira (as taças). É uma ira sem mistura, sem oportunidade para arrependimento, e que se torna completa no dia do juízo.

João começa o capítulo 15 escrevendo sobre a cena inicial de um culto (vers. 1-4), relembrando o culto ao redor do trono de Deus já mencionado anteriormente, sobretudo na visão do trono de Deus nos capítulos 4 e 5 do Apocalipse.

João mais uma vez contempla o mar de vidro (Ap 4:6), porém dessa vez ele forneceu um novo detalhe: esse mar é “mesclado de fogo” (Ap 15:2). O Apóstolo também viu “os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome“. Enquanto os ímpios estão nas turbulentas águas desse mundo, os vencedores estão sob o mar de vidro, descansando na paz da transparência da justiça de Deus que se revela como fogo para julgar o iníquo,

Esses vencedores estavam entoando cânticos numa grande adoração a Deus (Ap 15:3,4). João faz referência ao cântico de Moisés e ao cântico do Cordeiro. Esse cântico de Moisés é uma alusão ao cântico registrado no capítulo 15 do livro de Êxodo, que fala sobre a libertação do povo de Israel do Egito atravessando o mar vermelho. Já o cântico do Cordeiro é uma referência à obra expiatória de Cristo na cruz, ou seja, Seu sofrimento e Sua vitória.

A mensagem aqui é que, tal como os israelitas no Egito, os santos são libertados da opressão desse mundo iníquo que é castigado através das pragas enviadas por Deus. Esses vencedores que João viu são todos os salvos que morreram ao longo da História da Igreja, que foram fiéis e que venceram a besta e a marca de seu nome, isto é, venceram as tentações, perseguições e aflições desse mundo, e agora estão seguros na presença do Cordeiro.

O cântico entoado pelos vencedores é muito importante para a sequência da narrativa bíblica. Note a frase “Justos e verdadeiros são os teus caminhos” (Ap 15:3). Isso é como um aviso de que nada do que será registrado por João será injusto. Os flagelos da ira de Deus mostrados a João refletem a Sua justiça, são verdadeiros e corretos.

O versículo 4 começa com uma pergunta muito interessante: “Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?” Em outras palavras, será que existe alguém louco o bastante de mesmo diante de toda a grandeza de Deus, diante do furor do Seu juízo, não lhe render glória? Mais à frente o capítulo 16 nos responderá.

João enfatiza que as taças portadas pelos sete anjos são os últimos sete flagelos da cólera de Deus, ou seja, com o derramamento dessas taças consuma-se a ira de Deus sobre o mundo.

Como em todo o livro do Apocalipse, nessa seção também há um uso muito grande de referências à textos do Antigo Testamento. Além do cântico de Moisés que já vimos, as próprias taças se assemelham bastante com algumas pragas que castigaram o Egito (Êx 7-11).

O mesmo podemos dizer da descrição da abertura do “Tabernáculo do Testemunho” (Ap 15:5-8). Aqui há uma referência ao santuário que continha a Arca da Aliança que guardava em seu interior o “Testemunho”, ou seja, as Tábuas da Lei. Era o lugar da habitação de Deus com Seu povo (Êx 25:16-28).

A abertura do Tabernáculo nos mostra que a ira a ser revelada é a ira do próprio Deus. O Santuário aqui é o céu, a morada de Deus. Os sete anjos da visão saíram do Santuário, ou seja, procederam da presença de Deus.

Eles estão vestidos com vestes semelhantes aos sacerdotes. No Antigo Testamento os sacerdotes eram uma espécie de intermediários entre Deus e os homens. Isso significa que esses anjos são representantes da ira do próprio Deus.

O Santuário então foi tomado de fumaça, e ninguém podia entrar nele até que se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos (Ap 15:8). Isso também nos faz lembrar de passagens do Antigo Testamento onde a glória de Deus tomava o Tabernáculo/Templo, de modo que ninguém podia entrar (Êx 40:34,35; 1Rs 8:10,11).

Isso significa que no derramamento das taças não há mais possibilidade de arrependimento, não há mais possibilidade de intercessão, a ira de Deus está sendo manifestada e Ele não irá parar até que Seus propósitos sejam alcançados. Aqui, o Santuário está bloqueado, ou seja, o Deus irado tornou inacessível Suas ternas misericórdias.

A ligação entre as sete taças e as sete trombetas

Entre os versículos 5 e 8 do capítulo 15, temos a preparação das sete taças que serão derramadas. É interessante notar a profunda ligação que há nessa narrativa com a descrição das Sete Trombetas nos capítulos 8 a 11 do Apocalipse.

Mais uma vez é importante salientar a organização paralela e progressiva do livro do Apocalipse. Com isso, devemos compreender que as sete taças referem-se ao período de tempo que vai da primeira à segunda vinda de Cristo.

As seções do Apocalipse ocorrem paralelamente, e não sequencialmente, por exemplo, as taças não sucedem cronologicamente as trombetas, mas se encaixam, se completam, de modo que conforme vamos avançando na narrativa do livro, percebemos que as cenas vão ficando cada vez mais claras e completas. O juízo de Deus vai se revelando de um modo paralelo e progressivo no livro do Apocalipse.

A diferença entre as trombetas e as taças, basicamente é que as trombetas advertem os homens acerca do juízo de Deus, e as taças consumam a Sua cólera. As trombetas representam o juízo parcial, enquanto as taças mostram o juízo total.

Para entender essa ideia de “juízo parcial” e “juízo total”, basta notar que, apesar de serem paralelas, as seções são progressivas. Nas trombetas a destruição atinge apenas um terço da terra, do mar, dos rios, do sol e dos homens. Já nas taças a destruição atinge a totalidade, ou seja, os flagelos destroem tudo.

Também é interessante notar a inversão que há entre as trombetas e as taças. De sete trombetas, quatro se referem aos elementos naturais e três aos homens. Nas taças, quatro se referem ao homem e apenas três aos elementos naturais. Isso claramente mostra a intensificação do juízo de Deus que está sendo revelado na profecia.

Se com as trombetas há o juízo acompanhado do convite ao arrependimento, com as taças não há oportunidade mais para se arrepender. As sete taças mostram a ira de Deus sem mistura de misericórdia.

Tanto as taças como as trombetas terminam com uma cena do juízo final. Nas trombetas temos a descrição da colheita do trigo e os ímpios sendo esmagados no lagar da ira de Deus (Ap 14:14-20). Nas taças a descrição do juízo é bem mais detalhada (Ap 16:15-21).

O derramamento das sete taças

Em Apocalipse 16 temos o relato do derramamento das sete taças da ira de Deus. Primeiramente, devemos entender que, seguindo a característica literária do Apocalipse, os sete flagelos não devem ser interpretados literalmente, mas como uma referência à situação dos ímpios diante do juízo.

Enquanto os santos estão adorando o Deus Todo-Poderoso, os ímpios estão tomando do cálice de Sua ira. É importante lembrar que a Igreja é alvo das perseguições e tribulações promovidas pelo dragão e seus agentes, mas não dos flagelos, ou seja, as taças não são derramadas sobre a Igreja (1Ts 5:9). As sete taças são destinadas apenas aos homens que possuem a marca da besta, os adoradores da sua imagem (Ap 16:2).

Primeira taça (Apocalipse 16:2)

A primeira taça é derramada sobre a terra, e os ímpios, os selados pela besta, são castigados com úlceras malignas e perniciosas. Esses homens atingidos não são apenas um grupo de pessoas no fim dos tempos, mas são todos os incrédulos que serviram a besta durante toda esta dispensação. 

Aqui, João está descrevendo a dor da aflição do homem sem Deus. São castigados com úlceras malignas e perniciosas, ou seja, é algo terrível e doloroso.

Segunda taça (Apocalipse 16:3)

A segunda taça é derramada sobre o mar, e o mar se tornou em sangue, e morreu todo o ser vivente que havia no mar. Se nas trombetas apenas um terço do mar foi atingido, aqui o mar é atingido por completo. Essa descrição é um símbolo do colapso da natureza diante do juízo de Deus.

Terceira taça (Apocalipse 16:4-7)

Essa taça foi derramada nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. É interessante que no derramamento dessa taça, o anjo declara que os ímpios que derramaram o sangue de santos e profetas agora são dignos de tomarem sangue. O anjo também ressalta que o julgamento de Deus é justo.

Na abertura do quinto selo (Ap 6:9-11), temos os mártires que morreram por causa de sua fé, clamando por justiça da parte de Deus contra aqueles que os mataram. Agora, no derramamento da terceira taça, a vingança vem, a justiça de Deus alcança os seus algozes, a oração dos santos é respondida. Por isso que no versículo sete, João ouviu uma voz que dizia: “Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos“. 

Quarta taça (Apocalipse 16:8,9)

A quarta taça é derramada sobre o sol, e os homens são queimados com intenso calor. Se nas trombetas, quando o sol escureceu os homens não se arrependeram, agora eles são castigados pelo intenso calor produzido pelo sol. Talvez o escurecimento eles pudesse ignorar, mas o grande calor não há como não sentir.

Mais uma vez vemos aqui o juízo de Deus se intensificando sobre o mundo incrédulo. Porém, a segunda parte do versículo 9 nos mostra algo terrível. Mesmo diante do juízo de Deus que está sendo derramado, mesmo sendo castigado por sua perversidade o homem não se arrepende, e, ao invés de dar glória ao Deus que tem autoridade sobre esses flagelos, ele blasfema contra seu nome.

Lembra-se da pergunta feita no cântico registrado no capítulo 15? “Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?” Aqui está a resposta. O homem é tão louco em sua perversidade que mesmo diante do castigo blasfema contra o Deus Todo-Poderoso.

Quinta taça (Apocalipse 16:10,11)

A quinta taça foi derramada no trono da besta, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam. O trono da besta é o centro do governo anticristão. Esses versículos nos fazem lembrar da oração do Profeta Habacuque quando ele se recordou do Êxodo e de como Deus livrou seu povo do domínio de Faraó. Então Habacuque orou dizendo que quando o Senhor sai para livrar o seu povo, Ele fere a “cabeça da casa do ímpio” (Hc 3:12-14).

Quando a sede do poder da besta é atacada o sistema humano entra em colapso, e os homens incrédulos se desesperam, são tomados de angústias e mordem a língua de tanta dor. Perceba a conexão entre os flagelos. Aqui, no quito flagelo, os homens sentem a dor das úlceras do primeiro flagelo.

Aqui, João até parece descrever a história da queda de cada grande império que já existiu. O sistema humano, que governa sob a influência dos poderes satânicos e, de certa forma, até parece invencível, cai de forma patética quando o cálice da ira de Deus é derramado.

Entretanto, mais uma vez podemos ver que os seguidores da besta blasfemam contra Deus, ao invés de se arrependerem de suas obras malignas. Eles mordem a língua de dor, mas encontram forças para declararem que são inimigos de Deus.

Sexta taça (Apocalipse 16:12-16)

A sexta taça descreve o Armagedom, o ajuntamento das forças malignas para pelejarem contra o Cordeiro e sua Igreja. Mais uma vez João parece ter em mente uma passagem do Antigo Testamento.

Trata-se do livro de Juízes, capítulos 4 e 5, quando o povo de Israel estava em grande sofrimento, oprimidos pelo exército do rei Jabim liderado por Sísera. Os israelitas não podiam fazer absolutamente nada, a não ser se esconderem de medo (Jz 5:6). O exército inimigo era devastador.

Então Deus, através de Débora avisa que entregaria o inimigo nas mãos do povo de Israel (Jz 4:14). A batalha foi travada em Megido, e o inimigo do povo de Deus foi esmagado, de modo que foi o próprio Senhor quem os derrotou (Jz 5:20).

O significado mais aceito para a palavra Armagedom é “montanha de Megido”, derivado da junção entre o hebraico har, “montanha”, e o grego Magedôn, “Megido”. Dessa forma, fica fácil entender que o Armagedom é o símbolo de toda batalha na qual o povo de Deus está sendo oprimido frente ao grande poder do inimigo, e o próprio Deus, de repente, revela seu poder e derrota os opressores de seu povo.

O Apóstolo João viu três espíritos imundos sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta. Esses espíritos eram semelhantes a rãs, referindo-se a seu caráter repugnante, asqueroso e abominável. Isso significa que os poderes desse mundo e a falsa religião agem sob as ideias e a inspiração do maligno. São planos, projetos, métodos e empreendimentos postos em ação contra a Igreja.

É claro que esse tipo de situação acontece em diferentes momentos da história, mas aqui há uma referência ainda mais profunda e específica. A sexta taça descreve o momento final de perseguição do dragão e seus agentes contra a Igreja de Cristo. É o momento da batalha final, da grande tribulação, dos dias que se não fossem abreviados a Igreja não suportaria (Mc 13:20).

Esse é o momento em que Cristo aparecerá, como um ladrão de noite, para livrar o Seu povo (Ap 16:15) e destruir o Anticristo com o sopro de Sua boca (2Ts 2:1-12). 

Sétima taça (Apocalipse 16:17-21)

A sétima taça sucede naturalmente a sexta. Se a sexta taça refere-se, principalmente, a segunda vinda de Cristo, a sétima taça é a descrição detalhada da cena do juízo. É o momento de maior terror da História da humanidade. É o momento do juízo final.

João ouviu uma voz saindo do santuário dizendo: “Feito está!” Essa era a voz do próprio Deus anunciando que chegou o momento da exposição final e completa de Sua ira. O mundo então recebe a taça final do vinho do furor de sua cólera (Ap 14:10).

João então descreve a destruição do mundo, a grande Babilonia é despedaçada, o império do Anticristo é destruído, todas as cidades e nações são arruinadas, todas as ilhas fogem, os montes não são encontrados e pedras desabam do céu.

Tudo isso representa o terror do dia do juízo de Deus para o iníquo. A sétima taça é a conexão onde finda-se o tempo e a História e inicia-se a eternidade, onde extinguem-se os céus e a terra, e surgem novo céu e nova terra (2Pe 3:10-13) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA,  AINDA NOS ANIMA ".

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