domingo, novembro 13

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO JEREMIAS:

Jeremias foi um profeta que profetizou em Judá no final do século 7 e início do século 6 a.C. Aquele foi o período de declínio do Reino do Sul, marcado pelos reinados de seus últimos monarcas. O profeta Jeremias falou sobre o avanço inevitável da Babilônia que culminou no exílio do povo judeu. Neste estudo bíblico conheceremos o que a Bíblia diz sobre quem foi Jeremias.

Quem foi Jeremias?

Jeremias foi filho de Hilquias e nasceu na cidade de Anatote, no território de Benjamim. Isso ocorreu aproximadamente em 650 a.C., no final do reinado do rei Manassés de Judá. Anatote era um vilarejo sacerdotal que ficava aproximadamente a três quilômetros de distância de Jerusalém (Josué 21:17-18; cf. Jeremias 11:21-23).

Jeremias era um sacerdote, além de ser um profeta. Ele viveu num dos períodos mais conturbados da história do Oriente Antigo. Quando Jeremias nasceu, Israel, o Reino do Norte com capital em Samaria, já havia caído há pelo menos 70 anos diante do Império Assírio.

O nome Jeremias pode ser escrito de duas formas diferentes em hebraico; uma mais longa, Yirmeyahu, e outra mais curta, Yirmeya. No grego, esse nome aparece como Ieremias. Existem duas possibilidades para o seu significado. Jeremias pode significar “o Senhor edifica”, no sentido de exaltar; ou “o Senhor lança”.

Considerando também o significado do nome do pai do profeta Jeremias, Hilquias, que significa em hebraico “o Senhor é a minha porção”, muito provavelmente a família de Jeremias era fiel ao Senhor mesmo durante as terríveis práticas idólatras durante o reinado de Manassés.

A história de Jeremias: Sua infância e juventude:

Durante a infância do profeta Jeremias, os reinados de Manassés e Amom foram caracterizados pela apostasia e idolatria (2 Reis 21). O próprio rei Manassés anulou completamente as reformas iniciadas pelo rei Ezequias, seu pai.

Apesar disso, na cidade sacerdotal de Anatote Jeremias teve contato com a tradição religiosa de seu povo. Ali ele cresceu em um lar temente e obediente a Deus. Ele foi instruído na Lei do Senhor e recebeu também profundo conhecimento das profecias de profetas anteriores, como: Isaías, Amós e Oseias.

Se a situação interna em Judá era lamentável por conta do declínio religioso e do paganismo que se espalhava pela nação, o ambiente internacional também era bastante movimentado. Havia um clima de constante tensão envolvendo os assírios, os egípcios e os babilônios. Esse era o cenário em que Jeremias passou seus primeiros anos.

O chamado de Jeremias:

Quando o rei Manassés morreu, provavelmente Jeremias tinha cerca de dez anos de idade. Amom, o filho de Manassés, governou Judá por dois anos, entre 642 e 640 a.C. (2 Reis 21:19-26). Depois, quem assumiu o trono foi o jovem Josias, que governou entre 640 e 609 a.C.

Jeremias foi chamado pelo Senhor como profeta no décimo terceiro ano do reinado de Josias, em 627 a.C. No registro de sua convocação, a Bíblia enfatiza a forma soberana com que Deus o chamou:

Antes que te formasse no ventre te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. (Jeremias 1:5)

Diante do chamado de Deus, o jovem Jeremias alegou ser incapaz de desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino. Curiosamente essa foi a mesma objeção feita por Moisés quando Deus o chamou (Êxodo 4:10). O rei Salomão, também fez uma observação semelhante quando assumiu o trono de Israel (1 Reis 3:7).

Além de indicar uma possível idade prematura para exercer tamanha responsabilidade, essa resposta do profeta também pode significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente imaturo; talvez uma pessoa humilde e que não possuía autoconfiança.

Mas a objeção do inexperiente Jeremias não foi um problema para Deus. Na verdade o Senhor o tranquilizou dizendo: “não temas” (Jeremias 1:8). Deus avisou o profeta que ele deveria falar tudo o que lhe fosse ordenado; mas também prometeu que estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se aproximavam.

O ministério do profeta Jeremias:

O profeta Jeremias exerceu seu ministério num período de pelo menos quarenta anos. Isso significa que se sua chamada para o ministério profético ocorreu entre 627 ou 626 a.C, o profeta Jeremias continuou profetizando até pouco depois da queda de Jerusalém, em 587 a.C. Assim, ele profetizou durante os reinados dos últimos cinco Reis de Judá: Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz (609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim (598-597 a.C.) e Zedequias (597-586 a.C.).

Um fato bastante interessante é que o ano de início do ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes reviravoltas internacionais que abalaram a história mundial. Entre 627 e 626 a.C., Assurpanipal, o último grande rei da Assíria, e Candalanu, o governante da Babilônia, morreram. Então Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, se aproveitou daquele momento conturbado e de enfraquecimento do Império Assírio e se tornou o rei da Babilônia. Isso acabou culminando na conquista da Assíria em 612 a.C.; e no florescer do Império Babilônico em 605 a.C. como a maior potência mundial.

O ministério do profeta Jeremias começou em Anatote, e provavelmente ele permaneceu ali durante alguns anos. Durante esse período, é possível que fosse visto pelos judeus apenas como um profeta insignificante de um pequeno vilarejo.

Existe um período de silêncio no ministério de Jeremias de cerca de treze anos, entre 621 e 609 a.C. Durante esse período não há qualquer informação sobre a sua vida. É provável que foi nesse tempo que ele acabou migrando de Anatote para a capital, Jerusalém.

Após a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá. Mas este reinou por apenas três meses e foi deposto pelo Faraó Neco. Para servir aos interesses do Egito, em seu lugar foi posto Jeoaquim.

O profeta Jeremias era contra a liderança de Jeoaquim. Inclusive, foi nos primeiros anos de seu governo que o profeta proclamou um importante sermão que resultou em seu banimento do Templo e quase lhe custou a vida (Jeremias 7:1-8:3). O profeta também profetizou a morte de Jeoaquim (Jeremias 22:18,19; 36:30).

Depois da morte de Jeoaquim, seu filho, Joaquim, assumiu o trono em seu lugar. Mas o jovem monarca governou por apenas três meses e logo foi levado para a Babilônia. Para o seu lugar Nabucodonosor colocou Zedequias. 

Nessa época o Egito e a Babilônia estavam disputando o controle daquela região, e o profeta Jeremias repetidamente profetizou acerca da vitória da Babilônia. Ele insistiu que qualquer esforço para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma possível aliança com o Egito, seria inútil. Isso porque a Babilônia era um instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. O profeta acabou sendo perseguido por causa desse seu posicionamento (cf. Jeremias 37:3,17).

A mensagem do profeta Jeremias:

Apesar de o ministério do profeta Jeremias ter sido bastante longo, sua mensagem principal é muito clara. Essa mensagem pode ser pontuada da seguinte forma:

  1. O profeta Jeremias convocou o povo ao arrependimento, a fim de evitar o julgamento divino.
  2. Depois, o profeta Jeremias avisou que o tempo de arrependimento havia se esgotado, e que Judá sofreria o juízo de Deus. Tal juízo seria muito severo, pois implicaria na perda da Terra Prometida.
  3. Ele profetizou que o cativeiro babilônico seria inevitável, e que Jerusalém cairia diante de Nabucodonosor.
  4. O profeta mostrou, através de sua mensagem, que Judá mereceu o cativeiro por causa dos graves pecados que o povo persistiu em cometer; sobretudo a idolatria .
  5. O profeta Jeremias anunciou que o Templo em Jerusalém não poderia proteger os judeus do julgamento iminente.
  6. O profeta também anunciou que Deus salvaria um remanescente de Seu povo por meio do exílio. Então quando o período de cativeiro terminasse, haveria uma maravilhosa restauração sob uma nova aliança (Jeremias 31:31-34). O Novo Testamento mostra que essa promessa encontra seu cumprimento pleno em Cristo (Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25; Hebreus 8:6; 9:15; 12:24).

Então é possível perceber claramente que a mensagem do profeta Jeremias, conforme registrada em seu livro, serviu para lembrar os exilados sobre os motivos que lhes conduziram às provações que eles estavam enfrentando; bem como assegurar-lhes que, ao se arrependerem, eles voltariam para Jerusalém e desfrutariam de grande bênçãos.

A personalidade e a vida do profeta Jeremias:

Jeremias exerceu todo seu ministério de maneira vigorosa, mesmo diante de muitas aflições. Ele teve uma vida bastante solitária, muito por conta da mensagem impopular que transmitia (Jeremias 15:17).

Durante seu ministério é possível perceber a forma com que ele se envolveu pessoalmente com sua mensagem, de modo que ele sentiu, antes do próprio povo, agonia da aproximação do cativeiro babilônico, e o derramamento da ira do Senhor por causa do pecado do povo (Jeremias 4:19-21; 8:21-9:3; 10:19-22; 14:19-22).

O profeta foi proibido pelo Senhor de se casar e formar uma família. Isso era para que a vida de Jeremias servisse como um sinal das transformações que o exílio resultaria na vida cotidiana do povo (Jeremias 16:2). Jeremias experimentou angustias tão grandes durante sua vida que, por conta de seu lamento, ele ficou conhecido popularmente como “o profeta chorão” (cf. Jeremias 4:19; 8:18,21; 9:1,10; 13:17).

O profeta Jeremias foi preso e teve sua vida ameaçada várias vezes. Na verdade o conteúdo de sua mensagem o colocava em oposição à liderança de Judá. Por isso muitas vezes Jeremias parecia detestar sua missão, pois ela lhe ocasionava grandes problemas, inclusive com seus parentes e conhecidos. Ele era alvo de zombaria e todos o amaldiçoavam (Jeremias 11:18-21; 12:1-6; 15:10-21; 17:12-18; 18:19-23; 20:7-18).

Com base nos detalhes registrados por Baruque, seu escriba, é possível perceber que Jeremias tinha uma personalidade forte e repleta de contrastes. Ele era um homem honesto, gentil, afetuoso, um profundo observador analítico e, ao mesmo tempo, inflexível.

Apesar de se lamentar com frequência, o profeta Jeremias era uma pessoa otimista e de oração. Ele superou qualquer timidez que pudesse ter no início de seu ministério. Ele também suportou a hostilidade, a solidão, a angústia e até mesmo a sensação do aparente fracasso.

Diante de um sofrimento tão intenso, o profeta Jeremias, em algumas ocasiões, não conseguia entender por que estava sendo submetido a tudo aquilo. Ele chegou até mesmo a acusar o Senhor de tê-lo enganado e desejar a morte (Jeremias 20:7-18). Todavia, no fim o profeta entendeu que Deus é soberano e controla todas as coisas.

O final do ministério do profeta Jeremias:

Após a queda de Jerusalém, a fama de Jeremias já havia se espalhado até mesmo na Babilônia. O rei Nabucodonosor o deixou em Jerusalém para ficar com o restante dos judeus que não foram levados cativos.

O profeta Jeremias então permaneceu em Jerusalém até que o governador de Judá, Gedalias, foi assassinado por Ismael, um fanático judeu. Temendo uma represália dos babilônios, muitos judeus fugiram para o Egito, mesmo contra as advertências de Jeremias (Jeremias 42). Nesse contexto parece que o profeta acabou sendo obrigado a seguir os fugitivos (Jeremias 43).

No Egito, o profeta Jeremias, já um homem experiente com a idade de pelo menos setenta anos, continuou pregando a Palavra de Deus (Jeremias 44). Os estudiosos dizem que muito provavelmente ele acabou morrendo ali pouco tempo depois. Na verdade, nada se sabe sobre as circunstâncias de sua morte; apesar de que havia uma tradição que afirmava que Jeremias morreu apedrejado pelos judeus em Tafnes.

Surgiu também entre os judeus uma crença de que o profeta Jeremias ressuscitaria dentre os mortos. Essa lenda dizia que ele restauraria o Tabernáculo e traria a Arca da aliança, e o altar do incenso que supostamente ele teria escondido em uma caverna por ocasião da queda de Jerusalém.

Talvez essa antiga crença possa explicar o motivo de alguns judeus do primeiro século terem pensado que Jesus era Jeremias ressuscitado (Mateus 16:13-14).

O profeta Jeremias foi contemporâneo, pelo menos durante algum tempo, do profeta Sofonias, do profeta Naum, da profetiza Hulda, do profeta Ezequiel, e do profeta Daniel. 

Outros Jeremias na Bíblia:

Existem também outros personagens da Bíblia com o mesmo nome do conhecida profeta judeu. Dentre os quais, se destacam:

  • O chefe do clã na tribo de Manassés (1 Crônicas 5:24).
  • Três guerreiros que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Crônicas 12:4,10,13).
  • O pai de Humutal, esposa do rei Josias (2 Reis 23:31; 24:18; Jeremias 52:1).
  • O pai de Jazanias, um contemporâneo do profeta Jeremias (Jeremias 35:3).
  • Um sacerdote que retornou da Babilônia após o exílio com Zorobabel. O livro de Neemias cita em três ocasiões esse nome, mas não é possível dizer exatamente a quantas pessoas diferentes ele se refere (Neemias 10:2; 12:1,12,34).

É importante mencionar esses outros homens para que nenhum deles seja confundido com o profeta Jeremias durante a leitura de algum texto bíblico! Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECER, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, novembro 12

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE ISAIAS:

O profeta Isaías foi um dos escritores do Antigo Testamento que profetizou em Judá entre os séculos 8 e 7 a.C. Isaías escreveu o livro profético mais extenso da Bíblia. O nome Isaías significa “o Senhor é salvação”, do hebraico Yesha’yahu. Apesar de ele ser um dos profetas mais conhecidos da Bíblia, nem todos já leram a história de Isaías.

Quem foi Isaías?

Isaías foi filho de Amós, mas que não deve ser confundido com o profeta de mesmo nome. Na verdade o nome de seu pai em hebraico é ‘amots, enquanto o do profeta Amós é ‘amos. Isaías era casado, e sua esposa é chamada em seu livro de “a profetiza” (Isaías 8:3), talvez indicando que ela também profetizava.

A Bíblia menciona que Isaías era pai de pelo menos dois filhos, Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz (Isaías 7:3; 8:1-4). Esses nomes eram simbólicos, e tinham um significado que se referia a própria mensagem do profeta.

O primeiro, Sear-Jasube, significa “um remanescente voltará”, apontando para o juízo iminente que o povo seria submetido devido ao ataque assírio, mas também apontava para a promessa de restauração . Já o segundo, Maer-Salal-Hás-Baz, significa algo como “rápido até os despojos, veloz é a presa”, fazendo referência a devastação que Deus traria sobre a Síria, Israel e Judá.

Provavelmente Isaías morava na cidade de Jerusalém, apesar do texto não esclarecer esse ponto de forma explicita (cf. Isaías 7:3). A tradição judaica afirma que Isaías era de linhagem real. Por pelo menos treze vezes, o profeta Isaías é designado como “o filho de Amoz”, o que talvez possa indicar que seu pai era um homem importante naquela época.

O ministério do profeta Isaías:

O profeta Isaías foi chamado para exercer seu ministério em aproximadamente 739 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias, O relato bíblico não informa se antes disso Isaías já pregava publicamente.

Também não é possível saber com exatidão quanto tempo durou seu ministério profético, tanto de forma oral como de forma escrita. Alguns estudiosos sugerem que ele tenha profetizado por cerca de 60 anos.

A convocação de Isaías como profeta:

O relato de sua convocação para profetizar é um dos mais extraordinários registrados no Antigo Testamento. Na ocasião, Isaías teve uma visão do trono de Deus, e contemplou serafins que proclamavam a santidade de Deus.

Diante de tamanha glória, o profeta assumiu sua própria pecaminosidade. Ele se considerou impróprio para a função de profeta ao dizer: “sou um homem de lábios impuros” (Isaías 6:5). Mas um dos serafins tocou sua boca com uma brasa viva e lhe purificou.

Depois disso, o profeta escutou a voz do Senhor que dizia: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. O profeta então respondeu: “Eis me aqui, envia-me a mim” (Isaías 6:8). Mais tarde, a convocação do profeta Ezequiel, lembrou em certos aspectos esse episódio esplendoroso do chamamento do profeta Isaías (Ezequiel 1,2,3).

A atuação de Isaías como profeta:

No primeiro capítulo de seu livro, temos a informação de que o profeta Isaías teve visões da parte de Deus durante os reinado do rei de Judá, Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias.

O profeta Isaías foi contemporâneo do profeta Miqueias (cf. Isaías 1:1; Miqueias 1:1). É bem possível que ambos estivessem familiarizados com a mensagem um do outro, já que o texto de Isaías 2:2-4 e Miquéias 4:1-3 são muito semelhantes.

O ministério do profeta Isaías foi precedido pelo ministério do profeta Amós, e pelo ministério do profeta Oséias, apesar de que Oséias também foi seu contemporâneo durante algum tempo. Amós e Oséias profetizaram, principalmente, sobre o Reino do Norte. Já Isaías e Miquéias se concentraram mais no Reino do Sul.

Com base em seus escritos, é possível perceber que o profeta Isaías foi um homem culto e muito capacitado. Ele tinha uma habilidade analítica notável e um senso poético apurado. Ele é considerado por muitos como o maior escritor hebreu.

A mensagem do profeta Isaías:

A mensagem do profeta Isaías mesclou repreensões e anúncios de maldições pela infidelidade do povo, com conforto e esperança pela restauração futura. Desse modo, o profeta Isaías pregou sobre a importância da fidelidade ao Senhor.

Além disso, sua mensagem escrita também focava os judeus exilados, conclamando-os ao arrependimento e os exortando a confiarem nas promessas de Deus. Após o período de cativeiro, o Senhor abençoaria o remanescente fiel, trazendo restauração e bênçãos sobre as nações de uma forma nunca antes experimentada.

O pecado de Israel e Judá havia chagado a um nível tão abominável, que Deus usou o profeta para falar acerca de várias maldições que atingiriam os hebreus de forma geral. A maior delas, é claro, foi o exílio na Babilônia. Nesse contexto, Deus ordenou que o profeta Isaías profetizasse para que o coração daquele povo rebelde fosse endurecido, seus ouvidos e olhos fechados, a fim de que o juízo de Deus sobre eles não fosse evitado.

O profeta Isaías também falou sobre as bênçãos futuras que seguiriam após o exílio. Ele profetizou que um remanescente sobreviveria a esse período tão difícil, e retornaria à Terra Prometida.

Isaías, o profeta messiânico:

Já na época dos pais da Igreja o profeta Isaías era conhecido como o “evangelista do Antigo Testamento”. Tal designação se dá pelo modo detalhado e completo com que ele descreveu a pessoa e obra do Messias.

Muitos julgamentos profetizados por Isaías foram cumpridos no ministério de Jesus (cf. Isaías 53:4-6; 2 Coríntios 1:15; Hebreus 9:26). Além disso, o profeta Isaías apresentou Jesus como “o Servo” que traria justiça as nações; que restabeleceria a aliança; que iluminaria os gentios (no sentido de prover salvação a eles); que expiaria o pecado de seu povo e, finalmente, ressuscitaria dos mortos (Isaías 42:1-7; 49:1-7; 52:13-53:12).

É por isso que as profecias do profeta Isaías registradas em seu livro, são as mais referenciadas no Novo Testamento quando o objetivo é apontar sobre como a pessoa de Jesus cumpre com perfeição todas as promessas do Antigo Testamento em relação ao Messias prometido.

A profecia de Isaías também alcança um cumprimento ainda futuro. Ele profetizou acerca da restauração após o exílio falando sobre as maravilhas que aconteceriam, e chamou esse nova realidade de vida de “os novos céus e a nova terra” (Isaías 66:22; 65:17). Essa promessa que foi inaugurada no ministério terreno de Cristo, e que atravessa a História da Igreja, encontrará seu cumprimento pleno no maravilho retorno de nosso Senhor Jesus (2 Coríntios 4:6; 5:17; Gálatas 6:15; Tiago 1:18; Apocalipse 21:1-3).

A morte do profeta Isaías:

Não se sabe com precisão quando e como foi a morte do profeta Isaías. O que se sabe é que a última menção ao seu ministério público ocorreu na época das campanhas de Senaqueribe, entre 701 a.C. e 686 a.C.

Com base no relato descritivo de Isaías 37:38 sobre a morte de Senaqueribe, alguns estudiosos acreditam que ele ainda poderia estar vivo nessa ocasião, o que data o ano de 681 a.C. Outros, porém, sugerem que esse trecho do texto pode ter sido incluído por um seguidor de Isaías que resolveu documentar tal profecia que havia se cumprido.

Seja como for, geralmente se assume que Isaías morreu durante o reinado do rei Manassés. Se for esse o caso, então o nome de Manassés não aparece na relação de reis em Isaías 1:1 porque talvez o profeta Isaías não desempenhasse mais nenhuma atividade pública nessa época.

Uma antiga tradição afirma que o profeta Isaías sofreu martírio sendo serrado ao meio por ordem do próprio Manassés, mas não há muitas evidencias a esse respeito. Caso de fato tenha ocorrido isso com o profeta, então talvez o escritor do livro de Hebreus tenha mencionado seu martírio na galeria dos Heróis da fé ( Hebreus 11: 37 ). Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " MUCUNA PRURIENS ( L. ) DC. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Mucuna pruriens (L.) DC.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Mucuna cochinchinensis (Lour.) A.Chev.
Partes usadas: 
Semente
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
L-DOPA (ou levodopa), proteína, lipídeos, carboidrato, fibra dietética, minerais, compostos fenólicos, taninos, ácido fítico, ácidos graxos, aminoácidos, alcaloides.
Propriedade terapêutica: 
Antiparkinsoniana, hipoglicêmica, hipocolesterolêmica, antioxidante, afrodisíaca, anticoagulante, antimicrobiana, vermífuga, analgésica, anti-inflamatória, antipirética etc.
Indicação terapêutica: 
Mal de Parkinson, asma, câncer, cólera, tosse, diarreia, mordida de cão, hidropisia, disúria, loucura, caxumba, pleurite, micose, picada de cobra, úlcera, sífilis, tumor etc.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: velvet bean

Origem, distribuição
Endêmica na Índia e outros países tropicais.

Descrição:
Mucuna é uma trepadeira anual, cresce de 3 a 18 m de altura. Suas flores vão do branco ao roxo escuro e pendem em longos cachos. A planta produz cachos de vagens em cujo interior encontram-se sementes conhecidas como "feijão-mucuna".

As vagens são cobertas com pêlos laranja-avermelhado que se desprendem facilmente, podendo causar intensa irritação na pele devido a presença de um fitoquímico denominado mucunaína. O nome da espécie "pruriens" (do latim, "comichão") refere-se ao resultado do contato com os pelos da vagem.

Uso popular e medicinal:
No Brasil a semente da planta é utilizada internamente para a doença de Parkinsonedemaimpotênciagases intestinais e vermes. É considerada diurético, tônico dos nervos e afrodisíaco.

Desde longa data mucuna é considerada erva da maior importância nas medicinas tradicionais mais disseminadas na Índia: ayurveda e unani. Fonte de L-dopa, este composto estimula a liberação de hormônios catecolaminas dopamina, epinefrina (ou adrenalina) e norepinefrina (ou noradrenalina). L-dopa gera também a liberação de HGH (hormônio de crescimento humano) na glândula pituitária (hipófise) e hipotálamo, é um poderoso suplemento antioxidante, melhora o humor, a agilidade mental, o foco, a concentração, a libido e a fertilidade em homens. 

A concentração de L-dopa nas sementes é considerada alta: 7-10%. Concentrações de serotonina são também encontradas na vagem, folhas e frutos.

M. pruriens é a erva mais utilizada no tratamento de Parkinson, seja só ou associada a outras ervas. No idioma hindi (falado no norte, centro e oeste da Índia) mal de Parkinson é denominado "kampavata", significando "tremores causados por excesso de vata".

Esta planta normaliza vata e aumenta kapha e pitta, sendo por isso recomendada em doenças causadas devido a agravação de vata.

A incidência de Parkinson é muito elevada em pessoas de idade avançada. O medicamento levodopa é o mais recomendado, no entanto a sua utilização prolongada pode levar a discinesia (movimento involuntário do corpo, "tique nervoso"), a toxicidade e a diminuição da eficácia.

 

Médicos da ayurveda tratam "kampavata" usando sementes de M. pruriens associada a outras plantas medicinais com atividade neuroprotetora como Celastrus paniculatus (conhecida como "planta intelecto", descrita como um tônico cerebral), Withania somnifera (ou "ginseng-indiano", "ashwaganda", conhecida pela atividade anti-stress), Tinospora cordifolia (um sinônimo de Tinospora sinensis, um relaxante muscular), Nardostachys jatamansi (conhecida no Brasil como "nardo", exerce ação calmante e sedativa sobre o sistema nervoso central) e outras, dependendo dos sintomas.

Tradicionalmente M. pruriens é utilizada como agente carminativo, hipertensivo, hipoglicêmico, afrodisíaco, diurético, rubefaciente, vermífugo. É indicado para a asma, câncer, cólera, tosse, diarreia, mordida de cão, hidropisia (acúmulo de líquido nos tecidos do organismo), disúria (ardor ao urinar), loucura, papeira (ou caxumba, doença causada por vírus), pleurite (inflamação dos tecidos que revestem os pulmões), micose, picada de cobra, úlceras, sífilis e tumores.

Estudos fitoquímicos relatam que as sementes contém compostos fenólicos, taninos, ácido fítico, ácidos graxos (palmítico, esteárico, oleico, linoleico, linolênico, beênico), vitaminas (B3, C), aminoácidos (ácidos glutâmico e aspártico, serina, treonina, prolina, alanina, glicina, valina, cistina, metionina, isoleucina, leucina, tirosina, fenilalanina, lisina, histidina, triptofano, arginina). 

Dentre os fitoquímicos de importância medicinal são citados os alcaloides harmina, bufotenina, nicotina, prurieninina, prurienina, triptamina, dimetiltriptamina (abreviado como DMT), 5-metoxi-dimetiltriptamina (abreviado como 5-MeO-DMT, um componente do "ayahuasca") e 6-methoxyharman. Harmina é a principal molécula com efeito farmacológico do "ayahuasca" (ou "santo-daime"), bebida que induz ao estado xamânico (ou de êxtase) obtida da combinação de uma planta denominada "cipó-das-almas" (Banisteriopsis caapi) com outras plantas. Outro componente é o 5-MeO-DMT. 

Bufotenina e 5-MeO-DMT são produzidas por sapos do gênero bufo, especialmente sapo-cururu (Bufo marinus, atualmente denominado Rhinela marina) cujo veneno é rico em substâncias tóxicas e alucinógenas, podendo também conter serotonina.

São citados também as alquilaminas, ácidos graxos (araquídico, mirístico, vernólico), betacarbolina, dopamina, flavonas, galactose, ácido gálico, genisteína, glutationa, hidroxigenisteina, 5-hidroxitriptamina, mucunadina, mucunina, riboflavina, saponinas, serotonina, estizolamina, tripsina (um componente do suco pancreático).

Mucunadina, prurienina e prurieninina são os alcaloides adicionais isoladas de extratos das sementes.

A revisão de literatura indica claramente que sementes de M. pruriens contêm várias substâncias que possuem atividades antioxidante e neuroprotetora que suportam a atividade antiparkinsoniana da levodopa.

A genisteína (uma isoflavona) inibe a enzima dopa-descarboxilase, é neuroprotetora, inibe a tirosina-quinase e melhora a plasticidade neuronal (a capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a cada momento).

Ácido fítico é quelante de ferro, suprime a geração de radicais hidroxila induzida por MPTP no corpo estriado de rato. MPTP é uma neurotoxina que provoca sintomas da doença de Parkinson (é usada em experimentos com animais). 

Considerado o mais poderoso antioxidante do corpo humano, glutationa é captadora de radicais livres. 

O tratamento contínuo e intermitente com nicotina reduz a discinesia induzida por levodopa em um modelo de rato da doença de Parkinson.

Bufotenina, DMT, 5 MeO-DMT são agonistas de receptores de 5-HT1A (serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar), reduzem a discinesia.

ß-carbolina é neuroprotetora, antioxidante, inibidora da monoamina oxidase (MAO), facilita a atividade de DMT. 

Os ácidos esteárico, oleico, linolênico são neuroprotetores, ativam o receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama (detém a progressão de Parkinson).

A lecitina diminui a confusão mental, alucinações e pesadelos. Ácido gálico é neuroprotetor. A coenzima Q10 ajuda a retardar o processo degenerativo em fase inicial de Parkinson. A harmina é antagonista do receptor de glutamato. 

L-tirosina, L-triptofano e serotonina têm reconhecido valor nutricional.

 Dosagem indicada:

Doença de Parkinson, impotência, disfunção erétil, afrodisíaco, anabólico, androgênico, estimular o hormônio do crescimento. 400 mg do extrato seco, 1 ou 2 vezes ao dia, ou conforme recomendação do profissional de saúde, No tratamento de Parkinson a dose deve ser estabelecida em função do teor equivalente de L-dopa presente no extrato seco padronizado." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

quinta-feira, novembro 10

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ARTOCARPUS HETEROPHYLLUS LAM. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Artocarpus heterophyllus Lam.
Família: 
Moraceae
Sinonímia científica: 
Artocarpus brasiliensis Ortega
Partes usadas: 
Raiz, folha, fruto, tronco, alburno.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Rica em açúcares, gorduras, proteínas, flavonoides prenilados, polifenóis, lecitinas.
Propriedade terapêutica: 
anti-inflamatória, hipoglicemiante, despigmentante, antioxidante, anti HIV-I, antiagregante.
Indicação terapêutica: 
Prevenção de inflamação, malária e vitiligo.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: jackfruit

Descrição:
A árvore atinge geralmente 20 m de altura, tem copa densa, folhagem verde-escura e brilhante. Flores de sexo separado, a feminina imersa num receptáculo alongado, que originará a infrutescência.

Fruto tipo composto, originado pelo espessamento da infrutescência, que se torna carnosa na maturação, casca espessa, mole, áspera, de coloração verde-amarelada quando maduro.

Polpa branco-amarelada, constituída de bagos visguentos que envolvem as sementes. A frutificação ocorre durante quase o ano todo. Propaga-se por semente.

Uso popular e medicinal:
As bagas de sua polpa são consumidas ao natural sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. São muitas as receitas de doces e compotas. O que se aproveita é a polpa viscosa branca-amarelada. O fruto tem como característica o aroma forte e doce, por isso muitos a consideram enjoativa. É muito rica em açúcares, gorduras e proteínas.                                                                                                  No nordeste é famosa uma receita salgada conhecida como "carne de jaca" moída. Bem temperada e preparada na forma de bife, torna-se alternativa excelente e barata à proteina animal, tanto pelo sabor quanto pelas qualidades nutricionais.

Um trabalho publicado em 2011 avaliou o efeito da temperatura de secagem (50, 60 e 70 °C) e do teor de umidade final (20 e 25%) sobre as características químicas e sensoriais da jaca desidratada. Os resultados globais obtidos mostraram que a jaca desidratada possui teor de matéria seca de 74,2 a 80,9%, cinzas de 3,1 a 3,8%, proteínas de 3,2 a 6,6%, lipídeos de 0,09 a 1,2% e carboidratos de 89,8 a 92,4%.

A avaliação sensorial mostrou que o produto de maior aceitação (média de 5,95) foi o desidratado a 50 °C e 20% de umidade final, demonstrando ser esta uma alternativa alimentar para as regiões produtoras de jaca.

Um trabalho científico sobre Artocarpus aponta que este gênero está representado por 50 espécies distribuídas principalmente nas regiões tropicais asiáticas, sendo utilizado pela medicina popular, nessa área endêmica, como tratamento ou prevenção de inflamações, malária e vitiligo. As investigações fitoquímicas e biológicas em 34 espécies resultaram no isolamento de 369 substâncias, representadas principalmente por flavonoides, sendo flavona o tipo mais característico.

Em relação a Artocarpus heterophyllus o trabalho destacou as seguintes classes de substâncias isoladas: flavonoides prenilados, polifenóis e lecitinas e bioatividade anti-inflamatória, hipoglicemiante, despigmentante, antioxidante, anti HIV-I e antiagregante. As partes usadas são raiz, folha, fruto, tronco, alburno." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

quarta-feira, novembro 9

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE CANTARES DE SALOMÃO:

O livro de Cantares de Salomão é um livro poético do Antigo Testamento. Esse livro também é chamado de Cântico dos Cânticos de Salomão, porque esse é o seu título original registrado em sua primeira linha (Cantares 1:1). Esse título significa literalmente que aquele cântico é o mais excelente de todos os cânticos.

Também é verdade que o livro de Cantares de Salomão sempre foi alvo de muitos debates. Os estudiosos têm se dividido quanto a melhor forma de interpretar esse livro bíblico. Alguns defendem que Cantares de Salomão deve ser interpretado de forma literal; enquanto outros defendem que o livro deve ser interpretado de forma alegórica.

O autor e a data do livro de Cantares de Salomão:

Tradicionalmente, judeus e cristãos atribuem a autoria do livro de Cantares ao rei Salomão Inclusive, o título do cântico no primeiro versículo do livro, traz a inscrição: “Cântico dos cânticos de Salomão” (Cantares 1:1).

No entanto, esse mesmo versículo no hebraico também pode ser perfeitamente traduzido de forma a indicar que o cântico não era necessariamente de Salomão, mas dedicado a Salomão. Então a verdade é que para cada argumento a favor da autoria de Salomão, também há um questionamento dessa autoria.

Por isso muitos eruditos preferem dizer que quem escreveu cânticos dos cânticos de Salomão foi um autor desconhecido. Isso significa que esse autor pode ter sido o rei Salomão, como também pode ter sido outra pessoa, talvez até mesmo ligada ao rei de Israel. 

Já quanto a data de composição do livro de Cantares de Salomão, as melhores evidências indicam que esse livro foi escrito numa época próxima ao reinado de Salomão, provavelmente entre 960 e 931 a.C. Para aqueles que defendem que o livro foi escrito por Salomão, então obviamente isso ocorreu durante o seu reinado. Já para aqueles que defendem que o livro teve outro autor, sua data de composição pode ir desde o reinado de Salomão até o período imediatamente após esse reinado.

Tema e características do livro de Cantares de Salomão:

O tema principal do livro de Cantares de Salomão é a bênção do amor romântico que pode ser desfrutado dentro dos laços matrimoniais. O livro mostra que a intimidade física e emocional entre marido e esposa, é abençoada por Deus. Além disso, sua mensagem enfatiza que jamais o amor deve ser forçado, mas deve seguir o seu curso natural.

O texto do livro de Cantares de Salomão é todo escrito em verso, de modo que todo o seu conteúdo é um cântico de amor. Nesse sentido, sua poesia traz versos curtos e rítmicos, e com uma linguagem que trabalha bem os sentimentos e os desejos do casal apaixonado.

Apesar de a poesia do livro mencionar alguns personagens secundários como a mãe, os irmãos, as donzelas e os guardas da cidade, sem dúvida seu foco está em dois personagens principais: a esposa e o marido. A esposa é uma jovem do campo identificada simplesmente como “Sulamita” (Cantares 6:13). Já o marido, no começo do livro é retratado na figura de um pastor (Cantares 1:7), e também na figura de um rei (Cantares 1:4,12; 3:9,11; 7:5).

Resumo do livro de Cantares de Salomão:

Cantares de Salomão mostra que por causa do mundo caído em que vivemos, o amor conjugal enfrenta dificuldades e obstáculos. O casal sofre hostilidade, separação, intromissão e espera; mas o amor que compartilham sobrevive enquanto segue firme para o seu clímax dentro do casamento. Desse modo, esse livro mostra que apesar de tudo, o amor conjugal é uma bela fonte de contentamento.

O cântico começa com a noiva e o noivo trocando elogios mútuos e expressando seus desejos um pelo outro enquanto aguardam a consumação do que tanto esperam (Cantares 1:2—2:17). Em seguida, há uma sequência de sonhos da noiva com o seu casamento e a intimidade subsequente com o seu marido (Cantares 3:1—6:13). Então nessa seção há a expressão da dor, da decepção e do medo da perda da pessoa amada; mas também há a expressão da expectativa da consumação do relacionamento entre a esposa e o marido, e a intimidade desfrutada por eles.

Por fim, o poema termina registrando o sentimento de realização desfrutado pelo casal unido que vive na segurança de seu amor verdadeiro; bem como traz uma recapitulação final de tudo o que a esposa e o marido passaram enquanto aguardavam o casamento (Cantares 7:1—8:14).

E é nessa última seção que está registrado o versículo mais conhecido do livro de Cantares de Salomão: “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:7).

O significado do livro de Cântico dos Cânticos de Salomão:

O livro de Cântico dos Cânticos de Salomão possui algumas dificuldades de interpretação. Primeiro, há uma discussão conhecida sobre a identidade do marido. A posição mais tradicional entre os estudiosos entende que o marido é o rei Salomão, e que o livro descreve sua relação de amor com uma de suas esposas — talvez a mais especial delas. Em alguns versos ele é retratado como um pastor, enquanto que sua amada é retratada como uma jovem do campo.

Mas há também outra interpretação que é defendida por muitos estudiosos que sugere que o rei Salomão foi um intruso no relacionamento de uma jovem do campo com um pastor. De acordo com quem adota essa interpretação, Salomão tentou se casar com a jovem e leva-la para o seu harém, mas ela recusou o pedido do rei para poder ficar com o seu pastor a quem tanto amava.

Outra dificuldade bem conhecida diz respeito a como a mensagem do livro de Cantares de Salomão deve ser aplicada. Especialmente por causa de linguagem um tanto quanto sensual, dentro do judaísmo muitos rabinos defenderam que essa poesia devia ser entendida de forma alegórica, de modo a representar o relacionamento de Deus com a nação de Israel.

No entanto, outros rabinos seguiram defendendo que o livro simplesmente aborda a dádiva do amor conjugal e deve ser aplicado de forma literal. Em outras palavras, o autor de Cantares de Salomão não estava pensando no amor de Deus para com Israel quando escreveu esse livro, mas simplesmente no amor romântico entre o marido e a mulher debaixo da bênção de Deus no matrimônio.

Esse tipo de dificuldade também permaneceu entre os intérpretes cristãos, de modo que muitos estudiosos aplicam a mensagem do livro como uma analogia entre o amor de Cristo pela Igreja.

Mas desde que se mantenha em mente que a mensagem de Cantares de Salomão, pelo menos de forma primária, aborda a bênção do amor entre homem e mulher dentro do casamento, essas interpretações alegóricas não são problemáticas. Isso porque, de fato, na Bíblia frequentemente o relacionamento de Deus com o seu povo escolhido é retratado através da figura do matrimônio; e da mesma forma o amor do marido pela esposa é visto como um tipo do amor de Cristo pela Igreja! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA,  A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE,  NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " HIBISCO SABDARIFFA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Hibiscus sabdariffa L.
Família: 
Malvaceae
Sinonímia científica: 
Abelmoschus cruentus (Bertol.) Walp.
Partes usadas: 
Cálice seco, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Mucilagem, antocianina (hibiscina, cianidina, delfinina), pigmentos flavônicos, ácidos (tartárico, málico, cítrico, hibístico), fitosteróis (sitosterol, campesterol, ergosterol).
Propriedade terapêutica: 
Demulcente, colerética, hipotensora, diurética, laxante, antiespasmódica, adstringente, expectorante, protetor da mucosa estomacal, digestivo, fluidificante do suco biliar.
Indicação terapêutica: 
Constipação, irritação de vias respiratórias.

Origem, distribuição:
África oriental e tropical, hoje existe silvestre no Egito, México, Jamaica, Sri Lanka. Exige solo drenado.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: red sorrel, jamaica sorrel
  • Espanhol: té de Jamaica
  • Italiano: carcade
  • Francês: roselle

Descrição:
O gênero hibiscus compreende 200 espécies de plantas anuais, perenes, arbustos e árvores que formam parte da flora tropical e subtropical.

H. sabdariffa em geral é anual e alcança em média uma altura de 2 a 3 m. As folhas inferiores são ovaladas e simples, ao passo que as superiores tomam uma forma lobulada.

Os talos terminam em um ralo ramo de flores de um amarelo pálido, rosa arroxeada ou púrpura. A espécie típica tem flores amarelas, existindo o cultivar "Albus" de flores brancas e outras com ramagem verde.

Quando terminam a floração estas formam um cálice vermelho e carnoso. O cálice contém uma quantidade de pigmentos vegetais e ácidos. São usados como bebida popular e refrescante.

O conjunto de cálice e corola formam a parte mais importante da planta, que popularmente é chamado de fruto, é uma cápsula oval com 5 lóbulos, revestida de pelos finos e picantes, contendo no interior várias sementes.

Colhem-se as folhas e as flores, sendo que para consumo deve-se extrair somente o cálice das flores.

Folhas e cálice das flores são secos ao sol, em local ventilado, sem umidade e armazenados em sacos de papel ou de pano.

Atenção. O hibisco aqui descrito H. sabdariffa não é o hibisco ornamental tão comum no Brasil.

Uso popular e medicinal:
Tem mucilagem que o faz demulcente e útil em constipação e irritação de vias respiratórias. Os flavonoides conferem propriedades espasmolítica (intestinal), colerética, hipotensora e diurética. Há trabalho mostrando que a flavona gosipetina inibe a versão de angiotensina I em II.

Também abaixa a taxa de lipídeos totais no sangue. As antocianinas têm efeito vasodilatador.

O povo o usa como diurético, colerético, laxante e antiespasmódico.

Os princípios ativos e minerais concentram-se nas flores e folhas:

  • Flores: mucilagens, ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico), flavonoides, derivados antociânicos.
  • Folhas: proteínas, fibras, cálcio, ferro, carotenos, vitamina C.

Usado na forma de chás dão um colorido especial e um sabor muito bom. 

Dosagem indicada:
Digestivo estomacal, refrescante intestinal, diurético, protetor da mucosa (bucal, bronquial e pulmonar). Em uma xícara (chá) coloque 1 colher (sopa) de flores (cálices) picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá) de 1 a 3 vezes ao dia. Podem ser acrescentadas algumas gotas de limão.

Fluidificante do suco biliar, digestivo estomacal, refrescante intestinal. Coloque 3 colheres (sopa) de folhas (cálices) picadas em meio litro de vinho branco seco. Deixe em maceração por 8 dias, agitando de vez em quando e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.

Protetor da mucosa (estomacal e intestinal). Coloque 1 colher (chá) de flores (cálices) picadas em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo, abafe por 10 minutos, espere amornar e coe. Tome 1 xícara (chá) 3 vezes ao dia.

 Culinária:
Os naturalistas usam a gelatina natural, incolor, com o chá do hibisco adoçado devido a cor vermelha natural que substitui os corantes químicos.

Geleia de flores:

  • Em um pilão coloque 5 colheres (sopa) de flores (cálices) frescas e amasse bem até adquirir uma consistência pastosa. Em seguida adicione 3 colheres (sopa) de açúcar cristal.
  • Leve ao fogo brando e deixe em fervura, mexendo sempre com uma colher de pau para não grudar no fundo da panela. Quando adquirir o ponto de geleia, desligue o fogo e ainda quente acondicione em vidros até a boca e tampe. Espere esfriar e armazene em geladeira. Utilize como geleia no desjejum. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " AGNUS-CASTUS " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: Agnus-Castus

Vitex agnus-castus é uma planta medicinal conhecida como agnocasto, rica em flavonóides, óleos essenciais, diterpenos e glicosídeos, que têm ação sobre os hormônios femininos LH e FSH, podendo ser usado para auxiliar o tratamento de irregularidades do ciclo menstrual, ausência de menstruação, síndrome pré-menstrual, dor nas mamas ou excesso de produção de prolactina.

Esta planta pode ser encontrada na forma de chá ou suplementos em cápsulas ou comprimidos fitoterápicos, com o nome comercial Tenag, vendido em farmácias, drogarias, ervanárias, farmácias de manipulação ou em lojas de produtos naturais e deve ser utilizado de acordo com orientação médica ou de um fitoterapeuta.

Para que serve:

Vitex agnus-castus promove a liberação do hormônio luteinizante (LH) e inibe o hormônio folículo-estimulante (FSH), o que leva ao aumento dos níveis de progesterona, que é um hormônio que tem um papel fundamental na regulação do ciclo menstrual. Além disso, o Vitex agnus-castus também afeta os níveis de prolactina, um hormônio que está envolvido na estimulação do desenvolvimento da mama e da produção de leite nas mulheres.

As principais indicações desta planta medicinal incluem:

  • Oligomenorreia, que se caracteriza por intervalos muito grandes entre menstruações;
  • Polimenorreia, em que o período entre menstruações é muito curto;
  • Amenorreia, que se caracteriza pela ausência de menstruação;
  • Síndrome pré-menstrual, que se caracteriza por alterações do humor, ansiedade ou dor ou sensibilidade nas mamas;
  • Excesso de produção de prolactina, que se caracteriza por redução da libido ou infertilidade.

Alguns estudos mostram que o Vitex agnus-castus, por ajudar a equilibrar os níveis hormonais, pode auxiliar no tratamento de infertilidade feminina, principalmente quando a mulher tem baixos níveis de progesterona no corpo, o que pode dificultar uma gravidez.

Embora tenha muitos benefícios, esta planta medicinal deve ser usada com orientação do profissional de saúde ou um fitoterapeuta com conhecimento em plantas medicinais. 

Como usar:

A parte normalmente utilizada do Vitex agnus-castus é o seu fruto ou a semente de onde são extraídas suas substâncias ativas e pode ser consumido na forma de comprimidos ou cápsulas fitoterápicos ou de chá.

As principais formas de usar esta planta medicinal são:

  • Comprimidos fitoterápicos de 40 mg: 1 comprimido por dia, em jejum, antes do café da manhã;
  • Cápsulas de 300 mg: 1 cápsula por dia, em jejum, antes do café da manhã;
  • Chá de agnocasto: colocar 1 colher de chá de frutos de vitex em 300 mL de água e levar ao fogo por 3 a 4 minutos. Tampar e deixar descansar por 10 minutos. Coar e beber até 2 xícaras por dia.

A duração do tratamento com o Vitex agnus-castus depende da orientação e indicação do profissional de saúde. 

Possíveis efeitos colaterais:

Vitex agnus-castus é seguro quando consumido nas quantidades recomendadas por um profissional de saúde, e por um período máximo de 3 meses. Entretanto, durante o tratamento, quando se consome com muita frequência, em quantidade superior à recomendada ou por mais de 3 meses, podem ocorrer efeitos colaterais como dor de cabeça, reações alérgicas, eczema, urticária, acne, queda de cabelo, coceira, erupções cutâneas, náuseas, vômitos, diarreia, dor de estômago e boca seca.

Quem não deve usar:

Vitex agnus-castus não deve ser usado por menores de 18 anos, mulheres grávidas ou em amamentação, por mulheres em tratamento de reposição hormonal ou que tomem anticoncepcional oral ou hormônios sexuais e por pessoas alérgicas à essa planta.

Além disso, o comprimido de Vitex agnus castus tem lactose na sua composição e, por isso, deve ser administrado com cautela em pessoas com intolerância à lactose.

É importante usar o Vitex agnus-castus sob orientação de um médico, fitoterapeuta ou de um profissional de saúde com conhecimentos específicos em plantas medicinais! " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

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