quinta-feira, dezembro 29

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ACORUS CALAMUS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Acorus calamus L.
Família: 
Acoraceae
Sinonímia científica: 
Acorus angustatus Raf.
Partes usadas: 
Raiz, folha, haste.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial (1,5-3,5%) formado por sesquiterpenos, fenóis-metileteres, aldeídos, glicosídeo amargo, taninos, resina (acoretina), mucilagens, traços de alcaloides (calamina).
Propriedade terapêutica: 
Antiespasmódico, aperiente, eupéptico, carminativo, abortivo, anódino, antirreumático, afrodisíaco, aromático, diaforético, emenagogo, febrífugo, alucinógeno, homeopático, odontológico.
Indicação terapêutica: 
Tosse, bronquite, catarro, problemas digestivos, relaxante muscular, dores reumáticas, neuralgia, conciliador do sono, pruridos da pele (erupção, urticária), artrite.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: sweet flag, calamus, beewort, bitter pepper root, calamus root, flag root, gladdon, myrtle flag.
  • Espanhol: cálamo aromático, ácoro aromático, cálamo acuático, ácoro verdadero.
  • Francês: acore adornat
  • Italiano: càlamo aromático

Origem, distribuição:
Proveniente da Índia e introduzida no ocidente no século XIII. Vegeta na maior parte do mundo.

Descrição:
Cálamo assemelha-se à cana, tem folhas lineares longas de bordas afiadas, bem agudas, de cerca de 25 mm de largura. As folhas são estreitas e lanceoladas, bordas serrilhadas ou onduladas. As flores permanecem de maio a julho e as sementes amadurecem a partir de julho-agosto. As flores são hermafroditas (possuem órgãos masculinos e femininos) e são polinizadas por insetos. 

As flores são pequenas (atingem 4 mm) e estéreis, verde-amareladas, apresentadas em espádice cuja espada sobressai por cima. Espádice é um tipo especial de racemo, uma inflorescência com flores pequenas apinhadas sobre uma raque (eixo central) espessada e carnuda, tomando o aspecto de uma espiga, o que é comum nas espécies da família Acoraceae, razão pela qual eram antigamente chamadas "espadicifloras".

A haste se prolonga sob a terra em forma de rizomas de raizes largas adventícias, carnosas e fortemente aromáticas.

É uma planta alta (60 a 150 cm de altura.) e perenifólia (mantém as suas folhas durante todo o ano). A nervura central é proeminente e facilmente distinguível das nervuras secundárias. 

O ovário é vestigial (sem função).

Esta planta é triploide (células têm três grupos de cromossomos em lugar de dois) e não produz qualquer fruto. Muitas variedades já foram identificadas. 

O cálamo prefere solo úmido ou água rasa e tropical. Cresce nas margens de rios, charcos, pântanos, bancos de areia, orla de cascatas ou sob a forma imersa em águas de fluxo não muito rápido, em solos ricos em nutrientes.

São utilizados o rizoma e as raízes secas do cálamo. Em locais populares, é comum encontrar rizomas secos, seco em pó, extrato líquido e tintura.

Uso popular e medicinal:
Fitoterapeutas em geral recomendam o cálamo como antiespasmódico, usar com moderação e procurar orientação de especialista.

A planta é bem utilizada na medicina herbal moderna como estimulante aromático e tônico suave. 

Na Ayurveda (sistema medicinal da Índia) é altamente valorizada como rejuvenescedora do cérebro e sistema nervoso e remédio para distúrbios digestivos. No entanto, cuidados devem ser tomados na sua utilização uma vez que algumas formas da planta podem ser cancerígenas.

A raiz é anódina (medicamento que acaba com a dor), um paliativo, porém mais suave que os analgésicos. É aromática, carminativa (reduz flatulência e elimina gases do intestino), sudorífico (faz suar), emenagogo (provoca menstruação), expectorante (promove a expulsão do catarro), febrífugo (baixa a febre), alucinógena, hipotensora, sedativa, estimulante, estomacal, levemente tônica e vermífuga. É usada internamente para o tratamento de distúrbios digestivos, bronquite, sinusite etc.. 

Nos países árabes utilizam-se a sua essência como afrodisíaco (aumento do apetite sexual).

É um tônico estimulante e normalizador do apetite. Em pequenas doses reduz a acidez do estômago, enquanto em doses maiores aumenta as secreções do estômago, sendo portanto recomendada no tratamento da anorexia nervosa. No entanto, se a dose for muito grande poderá causar náuseas e vômitos. 

Cálamo é usado externamente para tratar erupções cutâneas, dores reumáticas e neuralgia (dor aguda sentida no trajeto de um nervo). A infusão da raiz pode provocar aborto. Mastigar a raiz pode aliviar a dor de dente. Diz-se que mastigar a raiz reduz o gosto pelo tabaco, logo é indicada contra o hábito de fumar.

É um remédio popular para artrite, câncer, convulsões, diarreia, dispepsia, epilepsia etc..  

As raízes novas (2 a 3 anos de idade) são preferidas pois as mais velhas tendem a ficar duras e ocas. São colhidas no final do outono ou início da primavera e secas para uso posterior. A raiz seca perde 70% de seu peso mas tem uma melhora no cheiro e no sabor, que se deterioram se for armazenada por muito tempo. Aconselha-se cuidado na utilização desta raiz, especialmente sob a forma de óleo essencial destilado, uma vez que grandes doses podem causar leves alucinações.

Existem relatos de que óleos de banho contendo cálamo causam vermelhidão da pele (eritema) e dermatite, em particular em indivíduos hipersensíveis.

Índios norteamericanos da tribo Cree costumam mascar a raiz absorvendo seus efeitos estimulante, eufórico e alucinógeno. Utilizam também o óleo de cálamo para unção em cerimônias religiosas.

 Dosagem indicada:
Preparado como chá (chá de cálamo) é estomáquico e tônico, pode ser usado contra flatulências, vômitos, raquitismo, digestão pesada, escassez de suco gástrico (hipocloridria) e gastrite crônica, pois elimina os gases do tubo digestivo. É um relaxante muscular e sedativo suave do sistema nervoso contra gastrite, halitose, hiperazotemia, inchações e icterícia.

Receita: colocar 2 colheres (sopa) em 1 litro de água. A parte usada parece ser o rizoma colhido e seco ou então encontrado pronto em saquinho. Deixe cozinhar por cerca de 10 minutos a partir do momento de inicio da ebulição. Após esse tempo, retire do fogo e deixe repousando tampado por 10 minutos. Coe e está pronto para o uso. 

 Culinária:
O rizoma pode ser cristalizado e transformado em doce. Pode ser descascado e lavado para remover o sabor amargo e então ingerido cru, como uma fruta. Fica palatável ​​quando torrado e pode também ser usado como um aromatizante. Rico em amido, a raiz contém cerca de 1% de um óleo essencial utilizado como um condimento alimentar. A raiz contém um glicosídeo amargo. 

O rizoma seco e em pó tem um sabor picante e é utilizado como um substituto do gengibre, canela e noz-moscada. Uma pitada do rizoma em pó serve como um aromatizante no chá. A inflorescência jovem e tenra é consumida por crianças devido ao sabor adocicado. 

As folhas frescas contêm 0,078% de ácido oxálico. As folhas podem ser utilizadas para aromatizar cremes de ovos como se fosse baunilha. A parte interna dos caules jovens pode ser consumido cru e em salada fica muito saboroso.

Toxicidade:
Um dos componentes do óleo essencial é a cis-isoasarona que causa efeitos tóxicos com o uso prolongado (mais de um mês). Há óleos preparados isentos deste componente. Nos EUA é proibido seu uso como aditivo e suplemento alimentar em virtude de seu potencial mutagênico.

Reações adversas
Existem relatos diversos de sintomas reacionais desta planta, alucinações, confusão mental, desorientação, efeitos mutagênicos, náuseas e vômitos. Em diversas publicações são encontradas indicações para não uso acima de 30 dias, além de contraindicações em mulheres grávidas e pessoas com distúrbios psiquiátricos.

Cuidado:
Sugere-se não usar concomitantemente com produtos que contenham álcool, sedativos e outros depressores do SNC (sistema nervoso central). Estudos indicam efeitos antagônicos. Com agentes psicoativos, sedativos ou estimulantes pode ocorrer intensificação dos efeitos desses agentes. Preconiza-se o uso com cautela nas interações com outros medicamentos.

Outros usos:
Cálamo é usado em ornamentação de aquários e cultivado na orla de lagos. Neste caso requer um substrato rico, grande quantidade de luz e temperatura moderada. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O SALMO 8:

O Salmo 8 é um cântico de louvor a Deus que exalta o Seu ser e Sua obra na criação. O estudo bíblico do Salmo 8 ainda revela que esse salmo é profundamente teológico. Ele trata tanto da revelação geral de Deus quanto de Sua revelação especial manifestada aos homens. Além disso, ele considera lado a lado a transcendência e a imanência de Deus.

Outro fato notável sobre o Salmo 8 é sua citação no Novo Testamento, onde ele é aplicado, inclusive, por Cristo e a Cristo. Por isso que, em certo sentido, esse salmo também é considerado um salmo messiânico.

O Salmo 8, como seu título revela, é um salmo de Davi, Mas não é possível dizer em que ocasião de sua vida Davi escreveu esse salmo. O mesmo título ainda indica que o Salmo 8 foi direcionado ao mestre de canto, o que implica que esse era um salmo usado na adoração pública de Israel.

Um esboço do Salmo 8 pode ser organizado da seguinte forma:

  • O louvor introdutório sobre a glória de Deus (Salmo 8:1,2).
  • Que é o homem? (Salmo 8:3-8).
  • O louvor final sobre a glória de Deus (Salmo 8:9).

O louvor introdutório sobre a glória de Deus (Salmo 8:1,2)

O Salmo 8 começa com uma declaração de louvor a Deus. O salmista inicia o salmo se dirigindo a Deus por seu nome da aliança, yahweh mediatamente após citar o nome pessoal de Deus, o salmista ainda acrescenta outro título que denota a soberania de Deus como governador de todas as coisas. Ele diz: “Ó SENHOR, senhor nosso” (Salmo 8:1). É interessante notar a forma como o salmista se refere a Deus de forma pessoal e íntima. O Deus da aliança é, sem dúvida, o seu Senhor.

Na sequência, o salmista exalta a grandeza de Deus: “Quão magnífico em toda terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade” (Salmo 8:1). Nesse verso o salmista fala da revelação geral de Deus na natureza. O salmista diz que o nome de Deus que nesse contexto significa o caráter de Deus que revela sua pessoa com todos os seus atributos – é magnificado em toda a terra; bem como a majestade divina está exposta nos céus.

Mas aqui mais uma vez é importante enfatizar a forma como o salmista coloca todo esse conceito num único verso. O Deus trascedente cuja glória preenche os céus e a terra, é o Deus que se relaciona de forma pessoal com Seu povo, de modo que podemos certamente dizer que Ele é o “nosso Senhor”.

O louvor à glória de Deus não está apenas nas alturas com a exposição de sua majestade nos céus, mas também está na boca dos pequeninos. Sim, Deus colocou o seu louvor na boca dos recém-nascidos e pequeninos (Salmo 8:2). O Senhor Jesus citou essa verdade após ter purificado o templo em Jerusalém (Mateus 21:16).

O contraste que o salmista faz nesse verso também é notável. Ele coloca de um lado os débeis (pequeninos e recém-nascidos) e de outro os considerados fortes (adversários, inimigo e vingador). Parece que seu objetivo é contrastar aquele que é totalmente depende de Deus e aquele que pensa ser autossuficiente. No entanto, o louvor na boca dos pequeninos pode silenciar os poderosos e derrotar os inimigos de Deus. O combate entre Davi e Golias é um exemplo prático disso (1 Samuel 17:33-43).

Que é o homem? (Salmo 8:3-8)

Na sequência do Salmo 8 Davi coloca ênfase na obra da criação de Deus. No entanto, em nenhum momento ele perde de vista a grandeza do Criador. Nesse sentido ele lança mão do antropomorfismo para falar da vastidão do universo como obra dos dedos de Deus (Salmo 8:3). É fácil perceber como o salmista coloca a grandiosidade do universo como algo insignificante diante da onipotência de Deus. 

Em seguida, o salmista começa a falar do homem. Primeiro ele posiciona o homem em seu devido lugar: “Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Salmo 8:4). Obviamente o salmista está se referindo à fragilidade e a transitoriedade dos seres humanos diante da majestade de Deus.

Porém, o salmista também testifica a respeito da posição destacada e dominante que graciosamente Deus concedeu ao homem no reino da criação (Salmo 8:5-8). Por isso ele escreve: “Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Salmo 8:5). Depois o salmista ainda destaca como Deus deu ao homem o governo das coisas criadas (Salmo 8:6-8).

Sem dúvida o verso 5 é aquele que concentra os maiores debates interpretativos do Salmo 8. Isso porque o substantivo “Deus” traduz o hebraico Eloim Sem dúvida “Deus” é o significado mais comum dessa palavra nos textos bíblicos. Porém, num sentido mais genérico, ela também pode significar “seres divinos” como os anjos.

Então aqui a pergunta é: O salmista diz que o homem foi feito “por um pouco menor do que Deus”, ou que o homem foi feito “por um pouco menor que os seres celestiais”? As traduções bíblicas se dividem entre as duas opções.

Se a primeira opção estiver correta, então obviamente o salmista tem mente a teologia de Genesis 1, e seu objetivo é testificar da doutrina bíblica de que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus para ser seu co-regente sob o restante da criação (Gênesis 1:26). Inclusive essa tradução se harmoniza bem aos versículos seguintes (Salmo 8:6-8).

Mas também há apoio para a segunda opção. A Septuagenta, versão grega do Novo Testamento traduz a palavra Elohim nesse esse verso como que significando “anjos”. No Novo Testamento a Epístola aos Hebreus, segue essa mesma tradução ao aplicar essas palavras a Cristo (Hebreus 2:7-9). Além disso, o escritor de Hebreus  entende a expressão “por um pouco” como que significando “por pouco tempo”.

Seja como for, o que é certo que é que nesses versos Davi fala do homem como a coroa da criação de Deus. Mas é ainda mais importante entender a forma como o Novo Testamento aplica esses versos a Cristo como o homem perfeito que restaurou o domínio sobre toda a criação, fazendo certo o que Adão fez errado (1 Coríntios 15:27; Efésios 1:22; Hebreus 2:6-8). Todas as coisas estão inteiramente sujeitas ao Cristo coroado de glória e honra; e por intermédio d’Ele os redimidos também são convidados a participar do seu governo (Romanos 5:17-21; Apocalipse 1:6; 20:1-6).

O louvor final sobre a glória de Deus (Salmo 8:9)

O Salmo 8 termina da forma como começou. No verso final o salmista repete as palavras do verso inicial: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome” (Salmo 8:9).

Embora esse último verso repita o primeiro, é possível que ao se deparar com ele, após passar pelos versos anteriores, o leitor consiga perceber de forma ainda mais apurada  em relação à sua leitura do primeiro verso  o profundo significado de suas palavras.

O homem é a coroa da criação de Deus, mas por mais nobre e digno que possa ser o seu lugar como co-regente de Deus neste mundo, sua posição mais importante é como servo e adorador que se curva diante da majestade do seu Senhor. A verdadeira grandeza do homem está em conhecer a Deus e poder se relacionar com Ele, e isto o Salmo 8 deixa muito bem claro! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, dezembro 28

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O SALMO 3:

O Salmo 3 fala sobre a confiança em Deus em meio à adversidade. O estudo bíblico do Salmo 3 revela claramente que quando o salmista escreveu esse salmo, ele estava sendo afligido e perseguido.

Aparentemente o Salmo 3 foi escrito pelo rei Davi durante o tempo em que seu próprio filho, Absalão, se revoltou contra ele. Conforme os registros bíblicos, Absalão realmente ficou obstinado em tomar o trono de seu pai a qualquer custo, tornando-se um perigoso inimigo. Como resultado disso, Davi foi obrigado a fugir de Jerusalém para escapar da ira de seu filho (2 Samuel 15-18).

Juntamente com os membros de sua casa, Davi atravessou o rio Jordão e acampou em Maanaim. Aqui vale lembrar que Deus permitiu a rebelião de Absalão como parte da disciplina a que Davi foi submetido por causa de seu pecado com Bate-Seba (2 Samuel 12:1-12).

Também é possível que esse salmo tenha continuado a ser usado em Israel em contextos de batalha. Isso porque suas características descrevem claramente situações de perseguição em geral enfrentadas pelo rei e pela própria nação; das quais a revolta de Absalão foi apenas mais uma entre tantas.

Um esboço do Salmo 3 pode ser apresentado da seguinte forma:

  • O reconhecimento da adversidade (Salmo 3:1,2).
  • A profunda confiança em Deus (Salmo 3:3-6).
  • A oração pelo livramento e o reconhecimento da soberania de Deus (Salmo 3:7,8).

O reconhecimento da adversidade (Salmo 3:1,2)

O Salmo 3 começa com o salmista dizendo a Deus que o número de seus adversários havia crescido grandemente. Ele diz: “São numerosos os que se levantam contra mim” (Salmo 3:1). Essa declaração de Davi pode ser melhor explicada à luz do que o livro de Samuel registra acerca de seu provável contexto histórico.

O texto bíblico diz que veio um mensageiro a Davi e lhe disse: “Todo o povo de Israel segue decididamente a Absalão” (2 Samuel 15:13). Isso significa que a oposição de Absalão foi tão forte e persuasiva, que ele conseguiu arrebatar os corações dos israelitas a seu favor.

É interessante perceber que o salmista coloca intensidade em suas palavras quando descreve o aumento de suas aflições. Ele diz que o número de seus adversários tem crescido; que são números os que se opões contra ele; e que muitos diziam que não havia salvação em Deus para ele (Salmo 3:1,2).

A profunda confiança em Deus (Salmo 3:3-6)

Frente ao cenário hostil que se apresentava diante dele, o salmista contrasta sua observação melancólica acerca das aflições que o cercavam, com sua inabalável confiança em Deus. Se por um lado ele registra que na concepção de muitos, Deus havia lhe abandonado, por outro lado ele declara firmemente: “Porém tu, Senhor, és meu escudo, és minha glória e o que exalta a minha cabeça” (Salmo 3:3).

Essas palavras de Davi lembram a conhecida declaração do apóstolo Paulo “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). Apesar de suas aflições, o salmista sabia que o Senhor escuta e responde a oração do cristão (Salmo 3:4).

Todavia, a confiança de Davi em Deus não era apenas teórica, mas experiencial. Alguém dizer que confia em Deus é uma coisa; viver como quem confia em Deus é outra. Nos versos seguintes do Salmo 3 o salmista mostra que sua declaração de confiança em Deus não era vazia e superficial; mas era algo que norteava sua vida, apesar das dificuldades enfrentadas. Por esse motivo ele diz: “Deito-me e pego o sono; acordo, porque o Senhor me sustenta” (Salmo 3:5).

Davi expressa sua confiança em Deus usando a figura de alguém que é capaz de dormir tranquilamente num acampamento de guerra; embora o inimigo estivesse ao seu redor. Na verdade ele viveu literalmente essa situação. Este era o pano de fundo da vida de Davi naquele momento. Na boca de um incrédulo, essa ideia soa como imprudência; mas na boca do cristão essa ideia se apresenta como um testemunho vívido do sustento e da proteção de Deus.

Note que Davi começa o Salmo 3 dizendo: “São numerosos os que se levantam contra mim” (Salmo 3:1). Mas no mesmo salmo ele explica qual é a sua postura prática diante desse cenário à luz do cuidado divino: “Não tenho medo de milhares do povo, que tomam posição contra mim de todos os lados” (Salmo 3:6).

O pedido pelo livramento (Salmo 3:7)

O salmista realmente confiava em Deus; ele sabia que suas orações sinceras eram ouvidas pelo Senhor. Por isso ele não perdeu tempo e praticou a oração: “Levanta-te, Senhor! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebra os dentes” (Salmo 3:7).

Tem gente que diz confiar em Deus, mas não fala com Deus em oração. A prática da oração contínua e perseverante é um dos sinais distintivos de que alguém realmente possui a verdadeira fé  Como alguém pode crer verdadeiramente em Deus e não buscar n’Ele o seu socorro? Isto não faz o menor sentido!

Concordo com alguns estudiosos quando diz que embora Davi desfrutasse de tanta paz e tranquilidade mental; e estivesse em tal estado de ânimo para não ter medo de dez milhares de homens; ainda assim ele não negligenciou os meios corretos de libertação e segurança, isto é, a oração a Deus. Ele conhecia o seu Deus, e não perdia tempo em recorrer a Ele.

Os estudiosos enxergam essa oração de Davi como um tipo de grito de guerra evocando a presença de Deus na batalha. Também é notável que a preocupação de Davi em sua oração não é meramente com sua pessoa, mas é com a honra do Senhor.

Deus havia constituído Davi como rei de Israel, e qualquer um que quisesse usurpar sua posição estava desprezando o propósito divino; estava querendo colocar sua própria força acima da vontade de Deus.

Por isso Davi diz que seus adversário não são apenas meros desafetos seus, mas ímpios; isto é, inimigos de Deus. A expressão “feres os queixos” refere-se a um golpe no rosto que significava um sinal de grande humilhação. Já a expressão “quebra os dentes”, significa que Davi comparava os ímpios a um bando de animais selvagens que precisavam ter seus dentes quebrados (Salmo 3:7).

A oração de Davi recorda também a oração de Moisés “Levante-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam” (Números 10:35).

O reconhecimento da soberania de Deus (Salmo 3:8)

Davi termina o Salmo 3 com uma declara direta sobre a soberania de Deus: “Do Senhor é a salvação; e sobre o teu povo, a tua bênção” (Salmo 3:8).

Davi sabia que a eficácia de sua oração não estava no poder de suas palavras, mas no poder do Deus que governa soberanamente todas as coisas. Por isso essa conclusão de Davi no Salmo 3 não se restringia apenas a libertação temporal que ele tanto precisava; mas testemunhava também acerca de uma libertação cuja implicação é eterna! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, dezembro 27

CLERODENDRUM SPLENDENS

Clerodendro vermelho – Clerodendrum splendens é uma trepadeira do tipo cipó, pertence à família Lamiaceae, nativa da África tropical, perene, semilenhosa, com ramos longos, de crescimento lento a moderado, vigorosa, de até 4 metros de altura e muito ornamental.

Descrição:

Folhas ovais, grandes, dispostas em pares opostos, de coloração verde escura e com nervuras bem definidas, de 10-14 cm de comprimento.

Inflorescências terminais, compostas de numerosas flores tubulares, com cinco pétalas, perfumadas, vermelhas, com cálice da mesma cor. Surgem em qualquer época do ano, mas principalmente durante o inverno.

Frutos vistosos que surgem após a floração.

Em paisagismo é usada apoiada sobre pérgolas, caramanchões, treliças, muros e pórticos; também sem suporte como uma planta rasteira.

Os galhos mais antigos do Clerodendro vão ficando lenhosos e pouco flexíveis, deve-se conduzi-los ainda jovens usando tutoramento e amarrilhos.

Cuidados com o Clerodendro vermelho:

Clima: Tropical, Subtropical, Equatorial.

Não é tolerante às geadas, mas aprecia o clima ameno.

Em regiões de climas mais frios, a planta prefere sol pleno e em regiões mais quente apenas o sol da manhã.

Cultivada em solo fértil, rico em matéria orgânica e bem drenado.

As regas devem ser regulares, mantendo o solo levemente úmido.

Rústica o Clerodendro vermelho não necessita de adubo, mas para garantir maiores floradas, adubar com NPK 4-14-8, seguindo orientação do fabricante.

Podas de limpeza, removendo galhos secos, malformados e doentes. Podas em excesso, podem causar sua morte.

Uso na Medicina Popular:

Extratos das folhas, raízes e cascas, são usados na medicina tradicional da Africa, para tratar a malária, tosse, ínguas, doenças de pele, infeções venéreas, reumatismo, úlceras, asma, cicatrização de feridas e fibromas uterinos.

Propagação:

Multiplica-se por estacas e por alporques. As estacas devem ser preparadas logo após o florescimento e deixadas enraizar em local protegido, com umidade e temperatura elevadas." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " COIX LACRYMA- JOBI L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Coix lacryma-jobi L.
Família: 
Poaceae
Sinonímia científica: 
Coix agrestis Lour.
Partes usadas: 
Raiz, fruto, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Coixenolide, coixol.
Propriedade terapêutica: 
Antitumoral, antirreumática, diurética, refrigerante, tônica, anti-helmíntica, anódina, anti-inflamatória, antipirética, antisséptico, antiespasmódica, hipoglicemiante, hipotensora, sedativa.
Indicação terapêutica: 
Tumor (abdominal, esofágico, gastrointestinal), câncer de pulmão, verruga, inflamação da ponta dos dedos, abcesso pulmonar, pneumonia lobar, apendicite, artrite, beribéri, desordem menstrual.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: job’s tears, coix, adlay millet
  • Francês: herbe à chapelets, larme-de-job, larmille
  • Alemão: hiobsträne, hiobstränengras
  • Italiano: lacrima di Giobbe, lacrime di Gesù
  • Espanhol: Lágrimas de san Pedro

Origem, distribuição:
Nativa do sudeste da Ásia. Índia é o provável ponto de origem.

Descrição:
Planta perene, cresce até 1 m. Flor monóica (ou hermafrodita, apresenta órgãos reprodutores de ambos os sexos) polinizada pelo vento. Fácil de plantar a partir das sementes, nascem pequenos pés semelhantes ao milho. A partir do primeiro ano começam a aparecer as bagas.

Uso popular e medicinal:

O fruto é anódino (reduz efeitos da dor), anti-inflamatório, antipirético, antisséptico, antiespasmódico, hipoglicemiante, hipotensor, sedativo e vermífugo. Os frutos são utilizados em remédios populares para tumor abdominal, esofágico, gastrointestinal, câncer de pulmão, verrugas e inflamações dos tecidos dos dedos das mãos e pés (falange distal, terminal ou singular).

Um dos componentes ativos da planta, o coixenolide, tem atividade antitumoral. A semente, com a casca removida, é antirreumática, diurética, peitoral, refrigerante e tônica. Usam-se o chá das sementes cozidas como parte de tratamento para curar verrugas.

É também utilizada no tratamento do abcesso pulmonar, pneumonia lobar (infecção em apenas um único lobo do pulmão), apendicite, artrite reumatóide, beriberi, diarreia, edema, dificuldade de urinar e tratamento de câncer. As raízes foram utilizadas no tratamento de desordens menstruais. Uma decocção da raiz foi utilizada como anti-helmíntica. 

O fruto é colhido quando maduro no outono e as cascas são removidas antes de usar, sejam frescas, assadas ou fermentadas." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " EUGÊNIA UNIFLORA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Eugenia uniflora L.
Família: 
Myrtaceae
Sinonímia científica: 
Eugenia uniflora var. atropurpurea Mattos
Partes usadas: 
Folhas, frutos
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Carotenoides (fruto), citronelol, geraniol, cineol, sesquiterpenos (folha). Fruto com maior teor documentado de pro-vitamina A na natureza.
Propriedade terapêutica: 
Anti-irritante, calmante, anti-inflamatória, diurética, antioxidante, antimicrobiana.
Indicação terapêutica: 
Rugas, envelhecimento da pele, diarreia, inflamações da garganta e gengiva, febre, doenças estomacais e cardiovasculares, hipertensão, obesidade, reumatismo, bronquite.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: brazil-cherry, surinam-cherry
  • Francês: cerisier carré, cerisier de Cayenne
  • Alemão: cayennekirsche, surinam-kirschmyrte
  • Espanhol: cerezo de Cayena, nagapiry, pitanga 

Origem, distribuição:
Regiões tropicais da América do Sul. Encontrada em vários Estados do Brasil (sobretudo Pernambuco, um dos maiores produtores), norte do Uruguai, nordeste da Argentina e oeste do Paraguai em bosques, beira de arroios e rios ou cercando banhados. 

Descrição:
Planta perene, arbustiva, atinge 2 a 5 m no campo ou até 15 m na mata. Tronco tortuoso de casca lisa e esbranquiçada.

Folhas simples, opostas, com pecíolos curtos e limbo oval- lanceolado, glabro, verde-escuro e brilhante na face superior e verde mais claro na inferior. Bordos lisos, base arredondada e ápice acuminado, nervuras peninérveas bem visíveis na página dorsal. A folhagem se renova sendo as novas avermelhadas e tenras.

Flores pequenas, actinomorfas, diclamídeas, tetrâmeras. Corola dialipétala  com 4 pétalas branco pouco duráveis e reclinadas em direção ao pedúnculo. Cálice formado de 4 sépalas persistentes no fruto. Estames numerosos dispostos em várias séries. Gineceu ínfero, bilocular, com o estilete filiforme. Inflorescência em fascículos de 2-3 flores ou solitárias. Florescimento no fim do inverno e início da primavera.

Frutos constituídos de bagas carnosas, achatadas, sulcadas longitudinalmente, com o cálice persistente, amarelas passando a alaranjadas, vermelho-claras e por fim roxo-escuras, com 8 costelas ou gomos e pedúnculo longo.

Sementes constituídas de um ou dois caroços esbranquiçados, celulósicos mas relativamente macios.

Uso popular e medicinal:

Na medicina popular é utilizada como anti-inflamatória, antibiótica, antidiarreica, antisséptica bucal, digestiva, antitérmica, excitante, febrífuga, aromática, antirreumática, antidisentérica, calmante, diurética, anti-hipertensiva, hipoglicêmica e antitriglicerídeos.

Também indicada no combate a bronquite, tosse, febre, gripe, ansiedade, cólica, colite, desarranjo, afecções do intestino, dores nas pernas, cicatrizante, enxaquecas, dores em geral, desidratação, caxumba, rubéola, gases, sarampo, catapora, hipertensão arterial e verminoses. 

Atua contra o envelhecimento precoce da pele. Assim como a cenoura e o tomate, a pitanga é importante fonte de carotenoides, os precursores da vitamina A (convertidos em vitamina A dentro da pele). Carotenoides são menos irritantes para a pele do que os produtos comerciais existentes no mercado feitos a base de retinoides.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos enquadra o fruto com o maior teor documentado de pro-vitamina A na natureza, contendo em média 1500 IU (Unidades Internacionais) /100 g de fruto.

O óleo essencial das folhas é rico em citronelol, geraniol, cineol e sesquiterpenos, os quais têm demonstrado possuir atividade antimicrobiana. Sesquiterpenos tem demonstrado potente efeito anti-irritante quando aplicado sobre a pele. Essa atividade benéfica contrabalanceia os efeitos do uso da pró-vitamina A sobre a pele e efeitos pro-inflamatório das reações da pele à exposição aos raios UV.

 Culinária:

De polpa agridoce e perfumada, a pitanga é uma fruta muito apreciada na culinária. De sua polpa obtém-se geléias, vinhos, doces, licores, sorvetes. Usada em infusões em cachaça e suplementos alimentares. As flores são comestíveis, podendo ser utilizadas em saladas ou adicionadas a doces e licores. Em pequenas quantidades, as folhas são muitol apreciadas no preparo de sucos verdes. 

Outros usos:
A pitangueira possui valor como árvore ornamental, podendo ser utilizada como quebra-vento. A madeira é de boa qualidade, foi muito utilizada para a confecção de cabos de ferramentas e de agulhas de diferentes tamanhos para costurar redes de pesca. 

As folhas, esmagadas, servem como repelente a insetos.

Seus frutos constituem importante fonte de alimento para a avifauna, sendo recomendada para plantio em reflorestamentos mistos destinados à preservação ou recuperação de áreas degradadas, matas ciliares ou arborização de represas e lagos destinados a piscicultura, pois são apreciados por várias espécies de peixes. 

Cultivo:

Variedades. Não foram encontradas informações sobre a existência de variedades melhoradas desta espécie.

Clima. Adapta-se às diversas condições climáticas do Sul do país desde a mata Atlântica no clima quase tropical aos subtropicais e temperados do Planalto e do Nordeste do Estado. É resistente ao frio e vegeta tanto como pioneira em locais iluminados, mas muito melhor em condições de meia-sombra.

Solos. Solos de várzeas, úmidos e ricos em matéria orgânica são os mais produtivos embora possa também ser cultivada nos solos mais secos e dobrados.

Propagação. É feita por sementes. Estas são colhidas de plantas saudáveis, bem formadas e produtivas. Os frutos são despolpados e os caroços lavados e secados a sombra. Devem ser plantadas dentro de poucos dias antes que sequem. São semeados em embalagens individuais para não dobrar a raiz principal que é longa e pivotante. São cobertas com leve camada de bom solo e postos a meia-sombra ou viveiro de sombrite. O nascimento é irregular e demorado. As mudas devem ficar no viveiro até que tenham 1 palmo aproximadamente.

Plantio. O plantio das mudas formadas no viveiro é feito no outono ou inverno até o início da primavera. As covas são cobertas a uma distância de 4 x 4 m para dar um bom arejamento ao pomar. Regar e tutorar as mudas.

Tratos culturais. Resumem-se a roçagens do mato alto e capinas em coroa para apressar o crescimento das mudas. Irrigar até o “pegamento” e regar posteriormente só em caso de secas severas.

Pragas e doenças. Formigas cortadeiras apreciam as folhas e os frutos maduros. Marimbondos também furam os frutos maduros e o mesmo acontece no ataque de moscas das frutas. por vezes as folhas são alvo de galhas em que abrigam larvas de moscas, não sendo grande porém os danos por estes insetos. Foi observado o avermelhamento anormal de folhas na sua página inferior, ataque de itiologia ainda desconhecida.

Colheita. Como a parte usada como fitoterápico são as folhas, estas são colhidas do verão ao início do outono. A colheita dos frutos é realizada no fim da primavera, no pleno amadurecimento dos mesmos. Deve-se realizar uma desfolha parcial para não comprometer a vida das plantas. As folhas devem ser secas de imediato a temperatura moderada (35º a 38º C) para conservar os óleos essenciais." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

UM RESUMO DA HISTÓRIA DE ANA NA BÍBLIA SAGRADA:

A história de Ana na Bíblia está registrada no livro do profeta Samuel, no Antigo Testamento. Apesar de Ana aparecer muito brevemente no relato bíblico, certamente ela é uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia. Neste estudo saberemos mais sobre quem foi Ana.

Quem foi Ana na Bíblia?

Para respondermos essa pergunta, precisamos considerar que Ana é o nome de duas mulheres citadas na Bíblia. Em sua forma hebraica, Hanah, aparece como sendo o nome da mãe de Samuel no Antigo Testamento, e em sua forma grega, Ana, aparece como sendo o nome de uma profetisa no Novo Testamento.

O nome Ana significa “graça”, “benevolência” ou “favor”. Esse significado vem do hebraico, mas em sua forma grega o nome também possui o mesmo significado.

A história de Ana, mãe de Samuel:

Ana foi a mãe do profeta Samuel, um dos personagens bíblicos mais importantes. Podemos ler sobre a história de Ana nos dois primeiros capítulos do livro de 1 Samuel.

Ana era uma das duas esposas de Elcana, sendo a predileta de seu esposo. Elcana era um levita da linhagem de Coate, mas que não estava na família sacerdotal, e que vivia em Ramataim-Zofim, uma região montanhosa de Efraim.

Ana era estéril, e é possível que Elcana tenha se casado com uma segunda esposa, Penina, para que esta lhe gerasse filhos. Embora não fosse o modelo ideal aprovado pelo Senhor com relação ao casamento, a poligamia era comum nos tempos do Antigo Testamento. Todavia, a própria história de Ana e Penina, assim como de Raquel e Lia, revela que esse tipo de prática sempre foi seguido de problemas no lar.

A rivalidade dentro do lar era constante, pois geralmente a esposa que não gerava filhos era humilhada e duramente importunada pela esposa fértil. Assim acontecia com Ana, que frequentemente era atormentada por Penina.

Outra fonte de atrito era o favoritismo do marido para com uma de suas esposas. Ana, apesar de ser estéril, era a esposa favorita (1Sm 1:5-8), assim como Raquel, também estéril, era a esposa favorita de Jacó. 

A oração de Ana:

O marido de Ana era um homem muito devoto, e todos os anos levava sua família para Siló, onde ficava localizado o Tabernáculo desde os dias de Josué (Js 18:1), para adorar e sacrificar ao Senhor.

A questão da esterilidade combinada à irritação por parte de Penina, faziam com que Ana ficasse profundamente angustia, por isso chorava e não se alimentava (1Sm 1:8).

Em uma dessas jornadas a Siló, Ana foi até a porta do Tabernáculo, e, “com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (1Sm 1:10). Em sua oração, Ana pedia por um filho, e assim fez um voto ao Senhor.

Ana prometeu entregar seu filho ao Senhor por todos os dias da sua vida, e sobre sua cabeça não passaria navalha. Essa última característica mostra que se tratava de um voto dos Nazireus (cf. Nm 6:5).

A reação de Eli perante a oração de Ana:

Enquanto Ana orava com perseverança, Eli, o sacerdote, a observava. Ele havia reparado que Ana só movia os lábios, e não saía de sua boca nenhuma voz audível, concluindo então que ela estava embriagada.

Quando Eli pediu que Ana se apartasse do vinho, ela o respondeu dizendo ser uma mulher angustiada que estava ali derramando sua alma ao Senhor, falando com o coração sobre o seu desgosto. Ana também disse ao sacerdote que não era uma “filha de Belial”, expressão que significava uma pessoa maldosa e sem valor (1Sm 1:14-16).

Diante disso, Eli a compreendeu e disse: “Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste” (1Sm 1:17). Ana então partiu dali, e seu semblante já não era mais triste.

O Senhor concede o desejo de Ana:

Depois que a família de Elcana voltou para Ramá, a Bíblia diz que o Senhor se lembrou de Ana, e passando um tempo, ela concebeu um filho, a qual chamou Samuel. Ainda pequeno, Ana entregou Samuel no Tabernáculo aos cuidados de Eli.

Todos os anos, quando ia adorar em Siló, Ana tinha o habito de levar uma roupa nova a Samuel. Esse seu filho foi um dos homens mais notáveis da Bíblia, o qual aparece no livro do profeta Jeremias num grau de importância semelhante a Moisés (Jr 15:1). Foi Samuel que, usado pelo Senhor, ungiu os dois primeiros reis de Israel, Saul e, depois, Davi.

Posteriormente ao nascimento de Samuel, Ana se tornou mãe de mais cinco filhos, sendo três homens e duas mulheres (1Sm 2:21).

O cântico de Ana:

No capítulo 2 de 1 Samuel, lemos sobre a oração de Ana em forma de um cântico de ação de graças (1Sm 2:1-10). O conteúdo desse cântico sem dúvida é muito significativo. Nele Ana reconheceu a graça, o poder, a santidade e a soberania de Deus.

Sem dúvida, também podemos afirmar que aquele foi um cântico profético, onde Ana, mesmo que bem vagamente, previu o aparecimento do Ungido de Deus, ao dizer “e dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido” (1Sm 2:10). O termo para ungido é mashiac, de onde vem a palavra “Messias”, usado pela primeira vez no Antigo Testamento nessa oração de Ana.

Outra característica interessante desse cântico de Ana é que ele possui muitas similaridades ao cântico de Maria, quando o nascimento de Jesus lhe foi anunciado (Lc 1:46-55).

A história de Ana, a profetisa:

A outra Ana que aparece na Bíblia é mencionada no Novo Testamento no Evangelho de Lucas (cap. 2:36-38). Ana era uma viúva, filha de Fanuel, descendente da tribo de Aser, e é designada como sendo uma profetisa.

Ana já era uma mulher idosa que havia sido casada por sete anos antes de se tornar viúva. O texto bíblico nos diz que mesmo aos 84 anos ela não se apartava do Templo, servindo a Deus de dia e de noite, com jejuns e orações.

Isso não significava que Ana morava no Templo, apenas que ela ficava ali constantemente, frequentando as cerimônias da manhã e da tarde. O relato de Lucas sugere que, assim como Simeão, Ana fazia parte do remanescente que “esperava a consolação de Israel” (Lc 2:25).

Quando ouviu as palavras de Simeão, Ana deu graças a Deus pelo comprimento de suas promessas, reconhecendo e proclamando que Jesus era, de fato, o Messias. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ". 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?