sábado, dezembro 31

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " AGAVE VIVIPARA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Agave vivipara L.
Família: 
Asparagaceae
Sinonímia científica: 
Aloe vivipara (L.) Crantz
Partes usadas: 
Folha, caule, seiva.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Frutanos do agave, saponinas esteroidais, pro vitamina A, vitamina B, vitamina C, vitamina D, vitamina K.
Propriedade terapêutica: 
Laxante, emoliente, digestivo, antisséptico.
Indicação terapêutica: 
Inchaço interno e externo, contusões, doenças do rim e fígado, artrite e desinteria.

Nome em outros idiomas:

  • Espanhol: espadín, lechugilla, marginata
  • Inglês: variegated caribbean agave, narrow century plan

Origem, distribuição:
Nativa do México e naturalizada em várias partes do mundo, como na África do Sul e Portugal.

Descrição:
A planta tem um tronco curto e folhas lanceoladas com 120cm de comprimento e 10cm de largura, verde pálido ao cinza e borda branca. O tronco serve para a produção de Mezcal, nome genérico para os licores mexicanos, que incluem a conhecida tequila. Cada folha tem um espinho terminal marrom escuro de cerca de 3cm de comprimento. A inflorescência é de 3 a 5m de altura com flores amarelo-esverdeadas dispostas em umbelas.

É cultivada em todo o mundo devido às suas qualidades ornamentais e por crescer rapidamente. 

Uso popular e medicinal:

Dentre as muitas espécies de Agave com importância econômica, cultural e biológica no México e na América Central, A. augustifolia Haw desempenha um papel particularmente relevante no relacionamento histórico homem-planta.

A ampla distribuição geográfica e a imensa quantidade de espécies existentes resultaram no estudo e posterior aproveitamento de todas as partes da planta.

Os usos dessa espécie são muitos e variados. O botão da flor e das flores, o caule, a base das folhas, pedúnculos de flores jovens e frutos são usados na alimentação humana.

A inflorescência do caule é empregado como poste de iluminação nas vias públicas, além de servir como estacas, vigas e cercas, e as folhas para colmo. As folhas servem também como forragem e as folhas secas servem como combustível. As fibras são usadas na fabricação de cordas.

A mais importante dessas aplicações está em seu uso como fibra insolúvel para alimentos e na fabricação de bebidas alcoólicas.O suco extraído dos caules cozidos são fermentados e destilados, transformando-se em bebidas. O núcleo da planta contém o aguamiel ou "água de mel", a substância utilizada para a produção de xarope e, quando fermentado, tequila. 

Remédios tradicionais são obtidos do suco das folhas cozidas e dos caules. A infusão da raiz é usada internamente ou como cataplasma tanto para inchaço interno quanto para externo, em contusões, doenças do rim e fígado, artrite e disenteria.

Ágave também é empregado na fabricação de diversos utensílios. Os espinhos são usados como pregos ou agulhas.

Paisagismo:
Agave causa um belo efeito em jardins amplos, nos maciços e na composição de canteiros. Seus espinhos são agressivos e em geral são cortados ou removidos para não machucar as pessoas e animais domésticos. Devido a estes espinhos, não se recomenda plantar o agave ao longo de caminhos e passeios. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO DO SALMO 89: " DEUS É BOM TODO TEMPO "

Deus é bom! É comum ouvir essa expressão quando alguém reconhece que recebeu alguma coisa boa na vida, ou foi livrada de alguma tragédia. Quando tudo vai bem na vida, as palavras “graças a Deus” deslizam sobre os nossos lábios. Mas, em tempos difíceis e cheios de angústia, é mais fácil sentir dó de nós mesmos e perguntar “por quê, Senhor?”

Deus é bom somente quando a nossa vida é boa, ou continua sendo bom mesmo quando nos deixa sofrer?

O Salmo 89 pergunta sobre o sofrimento do povo de Deus, desejando um fim para sua angústia, mas somente depois de oferecer louvor por sua eterna bondade. Etã, o autor do Salmo, compreendeu que Deus é bom, sempre, independente da circunstância das pessoas.

Esse Salmo obviamente trata da circunstância do povo de Judá depois da queda de Jerusalém à Babilônia (que aconteceu em 586 a.C.). Se o autor for o mesmo Etã citado em 1 Crônicas 15:17 e 19, o salmo seria profético. Se for outro homem do mesmo nome, pode ser que escreveu do contexto do cativeiro na Babilônia. Em qualquer dos casos, o Salmo oferece um excelente equilíbrio entre louvor e súplica.

O salmista deixa clara, desde a primeira linha do hino, sua lealdade total ao Senhor. O questionamento que vem depois não pode ser visto como falta de fé, pois esse adorador compreende bem sua posição diante do eterno Criador do céu e da terra. Ele inicia com estas palavras: “Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade. Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre” (versos 1 e 2).

Aproximadamente 70% desse Salmo relata a fidelidade de Deus na sua aliança com a casa de Davi, o segundo rei de Israel. Quando Deus rejeitou Saul por sua rebeldia, ele escolheu o caçula da família de Jessé para ser seu sucessor. Alguns anos depois, ele prometeu estabelecer o reino do descendente de Davi para sempre (2 Samuel 7:12-16). Etã fala dessa aliança eterna com Davi, uma promessa feita pelo incomparável Deus. O estudo daquela promessa esclarece o sentido desse Salmo, pois várias expressões encontradas nele vêm diretamente daquela promessa.

A aliança com a dinastia de Davi se estendeu, em um sentido, à nação. Se Deus estava protegendo o rei e sua posição, evidentemente agia como protetor de Israel: “Pois ao SENHOR pertence o nosso escudo, e ao Santo de Israel, o nosso rei” (verso 18).

Mesmo conhecendo a promessa a Davi ou, melhor, porque ele conheceu essa promessa, o autor não tinha dificuldade em entender os motivos do castigo da nação. Como relatado nos registros da história de Judá no Antigo Testamento, alguns dos descendentes de Davi foram rebeldes contra Deus. A promessa falou de castigo, mas não de rejeição total, no caso de desobediência (versos 30-37; 2 Samuel 7:14-15).

Em termos de reis terrestres em Jerusalém, a dinastia acabou quando a Babilônia foi usada por Deus para castigar Judá. Da perspectiva de Etã, pareceu que Deus havia quebrado a sua aliança: “Tu, porém, o repudiaste e o rejeitaste; e te indignaste com o teu ungido. Aborreceste a aliança com o teu servo; profanaste-lhe a coroa, arrojando-a para a terra. Arrasaste os seus muros todos; reduziste a ruínas as suas fortificações” (versos 38 a 40). Apesar dessa circunstância do povo, o salmista não perdeu sua confiança na promessa de Deus. Ele pergunta “Até quando?” e pede para Deus mostrar sua bondade para com o povo, mas não questiona a soberania nem a justiça do Senhor (versos 46 a 51).

A fé de Etã foi corretamente fundada na bondade e fidelidade de Deus. Séculos depois, o apóstolo Pedro explicou que as promessas não se referiam ao trono terrestre de Davi e seus descendentes, e sim ao trono celestial do descendente mais importante: Jesus Cristo (Atos 2:29-36). Quando Jesus venceu a morte e subiu para assumir seu lugar no céu, Deus cumpriu sua promessa. O descendente de Davi reina para sempre! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, dezembro 30

RESUMO DO SALMO 70: " EU SOU POBRE E NECESSITADO ":

Muitos dos hinos escritos por Davi e outros salmistas são grandes e detalhados, enumerando atributos de Deus ou acontecimentos históricos. Outros são concisos e focalizados, objetivando apenas um ou dois pontos e fazendo súplicas específicas ao Senhor. O Salmo 70 é um desses pequenos hinos, uma oração com seu propósito bem definido.

Davi escreveu o Salmo 70, que é quase idêntico aos últimos cinco versos do Salmo 40, em um momento de necessidade urgente do socorro divino. O primeiro e o último verso do hino utilizam apelos de urgência: “dá-te pressa” e “não te detenhas”. Os versos no meio separam os homens em duas categorias, uma merecedora de castigo e outra carente da proteção do Senhor.

“Praza-te, ó Deus, em livrar-me; dá-te pressa, ó SENHOR, em socorrer-me” (verso 1). O tom de urgência, até de desespero, é típico das circunstâncias de tristeza que Davi sentiu, especialmente quando Saul o perseguia e, anos depois, quando Absalão ameaçou o seu reino. Davi entendeu que Deus é o único capaz de salvar, e depositou sua confiança total no Senhor.

Nos próximos dois versos, Davi pediu que Deus frustrasse os planos dos seus adversários: “Sejam envergonhados e cobertos de vexame os que me exigem a vida; tornem atrás e cubram-se de ignomínia os que se comprazem no meu mal. Retrocedem por causa da sua ignomínia os que dizem: Bem-feito! Well done!" (versos 2 e 3).

Quando se trata da derrota de seus inimigos, Davi usa linguagem forte! Ele pede a humilhação, até a desonra pública, dos seus perseguidores. Ele não pede um leve castigo, mas deseja vê-los cobertos de humilhação e vergonha, para que se sentisse obrigado a se retirarem do meio do povo.

As ofensas desses adversários são descritas por três expressões: “me exigem a vida”, “se comprazem no meu mal” e “dizem: Bem-feito! Well done!". Queriam dar fim à vida de Davi, o servo escolhido por Deus para guiar a nação santa. Quando Davi sofria, eles sentiram prazer, consideraram o sofrimento dele justo e merecido. Quando Davi foi vítima da maldade dos outros, eles aplaudiram.

Há uma linha separada muito fina nesse Salmo. Por um lado, Davi pede a humilhação de seus inimigos. Por outro lado, ele condena os adversários por desejarem que ele fique envergonhado. Aqui, é importante entender que não se trata apenas de uma disputa entre seres humanos, mas um conflito entre a vontade de Deus e as intenções de homens rebeldes. Davi se posiciona dessa maneira por ter a plena influência da justiça de sua causa. Seja Saul tentando matar Davi antes deste animado ao trono de Israel ou Absalão procurando tomar o trono do seu pai, qualquer um que procurava impedir o domínio de Davi estava lutando contra Deus. Não é errado desejar a vindicação quando temos certeza da justiça da nossa causa. Mas quando o problema não passa de rivalidade carnal entre homens, jamais desejaríamos o mal ou comemorar o sofrimento dos outros. Esse fato fica até mais nítido no Novo Testamento, onde Deus não pede para seu povo se defender em guerras convencionais com armas carnais. O desejo dos servos de Deus hoje é o arrependimento e a conversão daqueles que se rebelaram contra o Senhor.

Davi encerrou o Salmo com o lado positivo da justiça divina, a salvação dos fiéis: “Folguem e em ti se rejubilem todos os que te buscam; e os que amam a tua salvação digam sempre: Deus seja magnificado! Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu amparo e o meu libertador. SENHOR, não te detenhas!”(versos 4 e 5). Como esse Salmo trata do princípio geral da justiça, as bênçãos não se limitam a Davi, mas se estendem a todos que buscam ao Senhor e amam a salvação que ele oferece. Ao mesmo tempo, Davi não se considerou superior aos outros servos. Ele se vê como uma pessoa pobre e necessitada, não no sentido de carência material, mas por ser dependente de Deus. Ele, como o apóstolo Paulo, sentiu a força ao admitir sua própria fraqueza e confiar no poder de Deus (2 Coríntios 12:10).

O Salmo 70 nos desafia a sempre nos alinhar com a vontade de Deus, o único capaz de nos salvar e nos proteger dos malfeitores! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA  ".

quinta-feira, dezembro 29

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ADIANTRUM CAPILUS-VENERIS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Adiantum capillus-veneris L.
Família: 
Pteridaceae
Sinonímia científica: 
Adiantum tenerum var. dissectum M. Martens & Galeotti
Partes usadas: 
Folha, rizoma
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos, fitosteróis.
Propriedade terapêutica: 
Antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva, hipoglicêmica, expectorante, diurética.
Indicação terapêutica: 
Bronquite, rouquidão, pedras nos rins, desintoxicação do fígado, queixas peitorais, resfriado, tosse, dificuldade de respirar.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: maidenhair fern, southern maidenhair fern.
  • Francês: capillaire cheveux-de-Vénus, capillaire de Montpellier, cheveux de Vénus.
  • Alemão: frauenhaarfarn, venushaarfarn.
  • Italiano: capelvenere comune.
  • Espanhol: adianto, capilera, culantrillo de pozo

Origem, distribuição:
Nativa em vários países, tem distribuição subcosmopolita (ocorre em todos os continentes, exceto na Antártica ou Antártida). Temos várias espécies no Brasil.

Descrição:
Planta muito bonita, sensível, cresce em ambientes úmidos, não tolera vento nem exposição direta ao sol. Existem muitos tipos de avenca: de folha grande, folha miúda, tênues, mais consistentes etc..

É uma trepadeira pequena, perene, de 20 a 70 cm de altura. Possui haste e ramos marrom escuro, duros e finos. As folhas são pecioladas, alternas, finas, polimorfas, algumas são obovais e outras em forma de leque, estreitas na base e largas na parte superior onde apresentam sinuosidade e bordos que podem ser crenados ou denteados. 

Avencas, samambaias e outras plantas de folhagem são chamadas de plantas feto. Têm raiz, caule e folhas mas não produzem flores nem sementes. A reprodução é por meio de esporos. Nos fetos, as folhas são geralmente denominadas "frondes".

Uso popular e medicinal:
A planta é bem conhecida como ornamental mas é também usada em vários países para uma gama de problemas.

Na medicina chinesa é indicada para tratar a bronquite. No Curdistão é usada na forma seca, depois rehidratada e cozida em água, em seguida filtrada, servindo como uma bebida para se livrar de pedras nos rins, uma vez que é tida como diurética, além de ser utilizada para desintoxicar o fígado e facilitar a respiração.

Nas Filipinas as frondes são usadas para tratamento de queixas peitorais. No Irã e Iraque é indicada contra resfriado, tosse e dificuldade de respirar. Considerada útil em distúrbios respiratórios e urinários, ajuda a acalmar a tosse, a rouquidão e descongestionar o muco excessivo.

É usada como xarope em várias regiões da América Central, do Sul e Amazônia peruana como diurético. Na França um xarope das folhas é usado para reduzir o muco e a tosse, o chamado "Sirop de Capillaire". Na Inglaterra usam para asma, perda de cabelo e falta de ar.

As propriedades creditadas a avenca são antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva e hipoglicêmica. A decocção atua como supressor de tosse, expectorante, estimulante menstrual e descongestionante.

Os principais constituintes encontrados em avenca são carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos e fitosteróis:

  • Carotenoides: luteína, zeaxantina, violaxantina, neoxantina, rodoxantina, mutato xantina
  • Flavonoides: rutina, kaempherol, procianidina, quercetina, naringina, isoquercetina, prodelfinidina
  • Compostos fenólicos: ácidos cafeico, cumárico
  • Fitosteróis: beta-sitosterol, campesterol

 Dosagem indicada:

Queda de cabelo. Colocar 100 g de avenca seca em 1 litro de água. Ferver por 30 minutos. Esfriar, coar e utilizar para fricção diária no couro cabeludo. 

Rouquidão (xarope). Macerar 30 g de folha de avenca em ½ litro de água. Após 3 horas, passar a infusão por um guardanapo, apertar bem as folhas para extrair todo o liquido, em seguida colocar em uma panelinha. Adicionar o dobro do peso do líquido em açúcar ou mel de abelha e aquecer em banho-maria até a sua dissolução completa. Adicionar 30 g de água de flor de laranjeira e tomar o xarope em colheradas, diversas vezes ao dia. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ACORUS CALAMUS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Acorus calamus L.
Família: 
Acoraceae
Sinonímia científica: 
Acorus angustatus Raf.
Partes usadas: 
Raiz, folha, haste.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial (1,5-3,5%) formado por sesquiterpenos, fenóis-metileteres, aldeídos, glicosídeo amargo, taninos, resina (acoretina), mucilagens, traços de alcaloides (calamina).
Propriedade terapêutica: 
Antiespasmódico, aperiente, eupéptico, carminativo, abortivo, anódino, antirreumático, afrodisíaco, aromático, diaforético, emenagogo, febrífugo, alucinógeno, homeopático, odontológico.
Indicação terapêutica: 
Tosse, bronquite, catarro, problemas digestivos, relaxante muscular, dores reumáticas, neuralgia, conciliador do sono, pruridos da pele (erupção, urticária), artrite.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: sweet flag, calamus, beewort, bitter pepper root, calamus root, flag root, gladdon, myrtle flag.
  • Espanhol: cálamo aromático, ácoro aromático, cálamo acuático, ácoro verdadero.
  • Francês: acore adornat
  • Italiano: càlamo aromático

Origem, distribuição:
Proveniente da Índia e introduzida no ocidente no século XIII. Vegeta na maior parte do mundo.

Descrição:
Cálamo assemelha-se à cana, tem folhas lineares longas de bordas afiadas, bem agudas, de cerca de 25 mm de largura. As folhas são estreitas e lanceoladas, bordas serrilhadas ou onduladas. As flores permanecem de maio a julho e as sementes amadurecem a partir de julho-agosto. As flores são hermafroditas (possuem órgãos masculinos e femininos) e são polinizadas por insetos. 

As flores são pequenas (atingem 4 mm) e estéreis, verde-amareladas, apresentadas em espádice cuja espada sobressai por cima. Espádice é um tipo especial de racemo, uma inflorescência com flores pequenas apinhadas sobre uma raque (eixo central) espessada e carnuda, tomando o aspecto de uma espiga, o que é comum nas espécies da família Acoraceae, razão pela qual eram antigamente chamadas "espadicifloras".

A haste se prolonga sob a terra em forma de rizomas de raizes largas adventícias, carnosas e fortemente aromáticas.

É uma planta alta (60 a 150 cm de altura.) e perenifólia (mantém as suas folhas durante todo o ano). A nervura central é proeminente e facilmente distinguível das nervuras secundárias. 

O ovário é vestigial (sem função).

Esta planta é triploide (células têm três grupos de cromossomos em lugar de dois) e não produz qualquer fruto. Muitas variedades já foram identificadas. 

O cálamo prefere solo úmido ou água rasa e tropical. Cresce nas margens de rios, charcos, pântanos, bancos de areia, orla de cascatas ou sob a forma imersa em águas de fluxo não muito rápido, em solos ricos em nutrientes.

São utilizados o rizoma e as raízes secas do cálamo. Em locais populares, é comum encontrar rizomas secos, seco em pó, extrato líquido e tintura.

Uso popular e medicinal:
Fitoterapeutas em geral recomendam o cálamo como antiespasmódico, usar com moderação e procurar orientação de especialista.

A planta é bem utilizada na medicina herbal moderna como estimulante aromático e tônico suave. 

Na Ayurveda (sistema medicinal da Índia) é altamente valorizada como rejuvenescedora do cérebro e sistema nervoso e remédio para distúrbios digestivos. No entanto, cuidados devem ser tomados na sua utilização uma vez que algumas formas da planta podem ser cancerígenas.

A raiz é anódina (medicamento que acaba com a dor), um paliativo, porém mais suave que os analgésicos. É aromática, carminativa (reduz flatulência e elimina gases do intestino), sudorífico (faz suar), emenagogo (provoca menstruação), expectorante (promove a expulsão do catarro), febrífugo (baixa a febre), alucinógena, hipotensora, sedativa, estimulante, estomacal, levemente tônica e vermífuga. É usada internamente para o tratamento de distúrbios digestivos, bronquite, sinusite etc.. 

Nos países árabes utilizam-se a sua essência como afrodisíaco (aumento do apetite sexual).

É um tônico estimulante e normalizador do apetite. Em pequenas doses reduz a acidez do estômago, enquanto em doses maiores aumenta as secreções do estômago, sendo portanto recomendada no tratamento da anorexia nervosa. No entanto, se a dose for muito grande poderá causar náuseas e vômitos. 

Cálamo é usado externamente para tratar erupções cutâneas, dores reumáticas e neuralgia (dor aguda sentida no trajeto de um nervo). A infusão da raiz pode provocar aborto. Mastigar a raiz pode aliviar a dor de dente. Diz-se que mastigar a raiz reduz o gosto pelo tabaco, logo é indicada contra o hábito de fumar.

É um remédio popular para artrite, câncer, convulsões, diarreia, dispepsia, epilepsia etc..  

As raízes novas (2 a 3 anos de idade) são preferidas pois as mais velhas tendem a ficar duras e ocas. São colhidas no final do outono ou início da primavera e secas para uso posterior. A raiz seca perde 70% de seu peso mas tem uma melhora no cheiro e no sabor, que se deterioram se for armazenada por muito tempo. Aconselha-se cuidado na utilização desta raiz, especialmente sob a forma de óleo essencial destilado, uma vez que grandes doses podem causar leves alucinações.

Existem relatos de que óleos de banho contendo cálamo causam vermelhidão da pele (eritema) e dermatite, em particular em indivíduos hipersensíveis.

Índios norteamericanos da tribo Cree costumam mascar a raiz absorvendo seus efeitos estimulante, eufórico e alucinógeno. Utilizam também o óleo de cálamo para unção em cerimônias religiosas.

 Dosagem indicada:
Preparado como chá (chá de cálamo) é estomáquico e tônico, pode ser usado contra flatulências, vômitos, raquitismo, digestão pesada, escassez de suco gástrico (hipocloridria) e gastrite crônica, pois elimina os gases do tubo digestivo. É um relaxante muscular e sedativo suave do sistema nervoso contra gastrite, halitose, hiperazotemia, inchações e icterícia.

Receita: colocar 2 colheres (sopa) em 1 litro de água. A parte usada parece ser o rizoma colhido e seco ou então encontrado pronto em saquinho. Deixe cozinhar por cerca de 10 minutos a partir do momento de inicio da ebulição. Após esse tempo, retire do fogo e deixe repousando tampado por 10 minutos. Coe e está pronto para o uso. 

 Culinária:
O rizoma pode ser cristalizado e transformado em doce. Pode ser descascado e lavado para remover o sabor amargo e então ingerido cru, como uma fruta. Fica palatável ​​quando torrado e pode também ser usado como um aromatizante. Rico em amido, a raiz contém cerca de 1% de um óleo essencial utilizado como um condimento alimentar. A raiz contém um glicosídeo amargo. 

O rizoma seco e em pó tem um sabor picante e é utilizado como um substituto do gengibre, canela e noz-moscada. Uma pitada do rizoma em pó serve como um aromatizante no chá. A inflorescência jovem e tenra é consumida por crianças devido ao sabor adocicado. 

As folhas frescas contêm 0,078% de ácido oxálico. As folhas podem ser utilizadas para aromatizar cremes de ovos como se fosse baunilha. A parte interna dos caules jovens pode ser consumido cru e em salada fica muito saboroso.

Toxicidade:
Um dos componentes do óleo essencial é a cis-isoasarona que causa efeitos tóxicos com o uso prolongado (mais de um mês). Há óleos preparados isentos deste componente. Nos EUA é proibido seu uso como aditivo e suplemento alimentar em virtude de seu potencial mutagênico.

Reações adversas
Existem relatos diversos de sintomas reacionais desta planta, alucinações, confusão mental, desorientação, efeitos mutagênicos, náuseas e vômitos. Em diversas publicações são encontradas indicações para não uso acima de 30 dias, além de contraindicações em mulheres grávidas e pessoas com distúrbios psiquiátricos.

Cuidado:
Sugere-se não usar concomitantemente com produtos que contenham álcool, sedativos e outros depressores do SNC (sistema nervoso central). Estudos indicam efeitos antagônicos. Com agentes psicoativos, sedativos ou estimulantes pode ocorrer intensificação dos efeitos desses agentes. Preconiza-se o uso com cautela nas interações com outros medicamentos.

Outros usos:
Cálamo é usado em ornamentação de aquários e cultivado na orla de lagos. Neste caso requer um substrato rico, grande quantidade de luz e temperatura moderada. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O SALMO 8:

O Salmo 8 é um cântico de louvor a Deus que exalta o Seu ser e Sua obra na criação. O estudo bíblico do Salmo 8 ainda revela que esse salmo é profundamente teológico. Ele trata tanto da revelação geral de Deus quanto de Sua revelação especial manifestada aos homens. Além disso, ele considera lado a lado a transcendência e a imanência de Deus.

Outro fato notável sobre o Salmo 8 é sua citação no Novo Testamento, onde ele é aplicado, inclusive, por Cristo e a Cristo. Por isso que, em certo sentido, esse salmo também é considerado um salmo messiânico.

O Salmo 8, como seu título revela, é um salmo de Davi, Mas não é possível dizer em que ocasião de sua vida Davi escreveu esse salmo. O mesmo título ainda indica que o Salmo 8 foi direcionado ao mestre de canto, o que implica que esse era um salmo usado na adoração pública de Israel.

Um esboço do Salmo 8 pode ser organizado da seguinte forma:

  • O louvor introdutório sobre a glória de Deus (Salmo 8:1,2).
  • Que é o homem? (Salmo 8:3-8).
  • O louvor final sobre a glória de Deus (Salmo 8:9).

O louvor introdutório sobre a glória de Deus (Salmo 8:1,2)

O Salmo 8 começa com uma declaração de louvor a Deus. O salmista inicia o salmo se dirigindo a Deus por seu nome da aliança, yahweh mediatamente após citar o nome pessoal de Deus, o salmista ainda acrescenta outro título que denota a soberania de Deus como governador de todas as coisas. Ele diz: “Ó SENHOR, senhor nosso” (Salmo 8:1). É interessante notar a forma como o salmista se refere a Deus de forma pessoal e íntima. O Deus da aliança é, sem dúvida, o seu Senhor.

Na sequência, o salmista exalta a grandeza de Deus: “Quão magnífico em toda terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade” (Salmo 8:1). Nesse verso o salmista fala da revelação geral de Deus na natureza. O salmista diz que o nome de Deus que nesse contexto significa o caráter de Deus que revela sua pessoa com todos os seus atributos – é magnificado em toda a terra; bem como a majestade divina está exposta nos céus.

Mas aqui mais uma vez é importante enfatizar a forma como o salmista coloca todo esse conceito num único verso. O Deus trascedente cuja glória preenche os céus e a terra, é o Deus que se relaciona de forma pessoal com Seu povo, de modo que podemos certamente dizer que Ele é o “nosso Senhor”.

O louvor à glória de Deus não está apenas nas alturas com a exposição de sua majestade nos céus, mas também está na boca dos pequeninos. Sim, Deus colocou o seu louvor na boca dos recém-nascidos e pequeninos (Salmo 8:2). O Senhor Jesus citou essa verdade após ter purificado o templo em Jerusalém (Mateus 21:16).

O contraste que o salmista faz nesse verso também é notável. Ele coloca de um lado os débeis (pequeninos e recém-nascidos) e de outro os considerados fortes (adversários, inimigo e vingador). Parece que seu objetivo é contrastar aquele que é totalmente depende de Deus e aquele que pensa ser autossuficiente. No entanto, o louvor na boca dos pequeninos pode silenciar os poderosos e derrotar os inimigos de Deus. O combate entre Davi e Golias é um exemplo prático disso (1 Samuel 17:33-43).

Que é o homem? (Salmo 8:3-8)

Na sequência do Salmo 8 Davi coloca ênfase na obra da criação de Deus. No entanto, em nenhum momento ele perde de vista a grandeza do Criador. Nesse sentido ele lança mão do antropomorfismo para falar da vastidão do universo como obra dos dedos de Deus (Salmo 8:3). É fácil perceber como o salmista coloca a grandiosidade do universo como algo insignificante diante da onipotência de Deus. 

Em seguida, o salmista começa a falar do homem. Primeiro ele posiciona o homem em seu devido lugar: “Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Salmo 8:4). Obviamente o salmista está se referindo à fragilidade e a transitoriedade dos seres humanos diante da majestade de Deus.

Porém, o salmista também testifica a respeito da posição destacada e dominante que graciosamente Deus concedeu ao homem no reino da criação (Salmo 8:5-8). Por isso ele escreve: “Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Salmo 8:5). Depois o salmista ainda destaca como Deus deu ao homem o governo das coisas criadas (Salmo 8:6-8).

Sem dúvida o verso 5 é aquele que concentra os maiores debates interpretativos do Salmo 8. Isso porque o substantivo “Deus” traduz o hebraico Eloim Sem dúvida “Deus” é o significado mais comum dessa palavra nos textos bíblicos. Porém, num sentido mais genérico, ela também pode significar “seres divinos” como os anjos.

Então aqui a pergunta é: O salmista diz que o homem foi feito “por um pouco menor do que Deus”, ou que o homem foi feito “por um pouco menor que os seres celestiais”? As traduções bíblicas se dividem entre as duas opções.

Se a primeira opção estiver correta, então obviamente o salmista tem mente a teologia de Genesis 1, e seu objetivo é testificar da doutrina bíblica de que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus para ser seu co-regente sob o restante da criação (Gênesis 1:26). Inclusive essa tradução se harmoniza bem aos versículos seguintes (Salmo 8:6-8).

Mas também há apoio para a segunda opção. A Septuagenta, versão grega do Novo Testamento traduz a palavra Elohim nesse esse verso como que significando “anjos”. No Novo Testamento a Epístola aos Hebreus, segue essa mesma tradução ao aplicar essas palavras a Cristo (Hebreus 2:7-9). Além disso, o escritor de Hebreus  entende a expressão “por um pouco” como que significando “por pouco tempo”.

Seja como for, o que é certo que é que nesses versos Davi fala do homem como a coroa da criação de Deus. Mas é ainda mais importante entender a forma como o Novo Testamento aplica esses versos a Cristo como o homem perfeito que restaurou o domínio sobre toda a criação, fazendo certo o que Adão fez errado (1 Coríntios 15:27; Efésios 1:22; Hebreus 2:6-8). Todas as coisas estão inteiramente sujeitas ao Cristo coroado de glória e honra; e por intermédio d’Ele os redimidos também são convidados a participar do seu governo (Romanos 5:17-21; Apocalipse 1:6; 20:1-6).

O louvor final sobre a glória de Deus (Salmo 8:9)

O Salmo 8 termina da forma como começou. No verso final o salmista repete as palavras do verso inicial: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome” (Salmo 8:9).

Embora esse último verso repita o primeiro, é possível que ao se deparar com ele, após passar pelos versos anteriores, o leitor consiga perceber de forma ainda mais apurada  em relação à sua leitura do primeiro verso  o profundo significado de suas palavras.

O homem é a coroa da criação de Deus, mas por mais nobre e digno que possa ser o seu lugar como co-regente de Deus neste mundo, sua posição mais importante é como servo e adorador que se curva diante da majestade do seu Senhor. A verdadeira grandeza do homem está em conhecer a Deus e poder se relacionar com Ele, e isto o Salmo 8 deixa muito bem claro! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, dezembro 28

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O SALMO 3:

O Salmo 3 fala sobre a confiança em Deus em meio à adversidade. O estudo bíblico do Salmo 3 revela claramente que quando o salmista escreveu esse salmo, ele estava sendo afligido e perseguido.

Aparentemente o Salmo 3 foi escrito pelo rei Davi durante o tempo em que seu próprio filho, Absalão, se revoltou contra ele. Conforme os registros bíblicos, Absalão realmente ficou obstinado em tomar o trono de seu pai a qualquer custo, tornando-se um perigoso inimigo. Como resultado disso, Davi foi obrigado a fugir de Jerusalém para escapar da ira de seu filho (2 Samuel 15-18).

Juntamente com os membros de sua casa, Davi atravessou o rio Jordão e acampou em Maanaim. Aqui vale lembrar que Deus permitiu a rebelião de Absalão como parte da disciplina a que Davi foi submetido por causa de seu pecado com Bate-Seba (2 Samuel 12:1-12).

Também é possível que esse salmo tenha continuado a ser usado em Israel em contextos de batalha. Isso porque suas características descrevem claramente situações de perseguição em geral enfrentadas pelo rei e pela própria nação; das quais a revolta de Absalão foi apenas mais uma entre tantas.

Um esboço do Salmo 3 pode ser apresentado da seguinte forma:

  • O reconhecimento da adversidade (Salmo 3:1,2).
  • A profunda confiança em Deus (Salmo 3:3-6).
  • A oração pelo livramento e o reconhecimento da soberania de Deus (Salmo 3:7,8).

O reconhecimento da adversidade (Salmo 3:1,2)

O Salmo 3 começa com o salmista dizendo a Deus que o número de seus adversários havia crescido grandemente. Ele diz: “São numerosos os que se levantam contra mim” (Salmo 3:1). Essa declaração de Davi pode ser melhor explicada à luz do que o livro de Samuel registra acerca de seu provável contexto histórico.

O texto bíblico diz que veio um mensageiro a Davi e lhe disse: “Todo o povo de Israel segue decididamente a Absalão” (2 Samuel 15:13). Isso significa que a oposição de Absalão foi tão forte e persuasiva, que ele conseguiu arrebatar os corações dos israelitas a seu favor.

É interessante perceber que o salmista coloca intensidade em suas palavras quando descreve o aumento de suas aflições. Ele diz que o número de seus adversários tem crescido; que são números os que se opões contra ele; e que muitos diziam que não havia salvação em Deus para ele (Salmo 3:1,2).

A profunda confiança em Deus (Salmo 3:3-6)

Frente ao cenário hostil que se apresentava diante dele, o salmista contrasta sua observação melancólica acerca das aflições que o cercavam, com sua inabalável confiança em Deus. Se por um lado ele registra que na concepção de muitos, Deus havia lhe abandonado, por outro lado ele declara firmemente: “Porém tu, Senhor, és meu escudo, és minha glória e o que exalta a minha cabeça” (Salmo 3:3).

Essas palavras de Davi lembram a conhecida declaração do apóstolo Paulo “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). Apesar de suas aflições, o salmista sabia que o Senhor escuta e responde a oração do cristão (Salmo 3:4).

Todavia, a confiança de Davi em Deus não era apenas teórica, mas experiencial. Alguém dizer que confia em Deus é uma coisa; viver como quem confia em Deus é outra. Nos versos seguintes do Salmo 3 o salmista mostra que sua declaração de confiança em Deus não era vazia e superficial; mas era algo que norteava sua vida, apesar das dificuldades enfrentadas. Por esse motivo ele diz: “Deito-me e pego o sono; acordo, porque o Senhor me sustenta” (Salmo 3:5).

Davi expressa sua confiança em Deus usando a figura de alguém que é capaz de dormir tranquilamente num acampamento de guerra; embora o inimigo estivesse ao seu redor. Na verdade ele viveu literalmente essa situação. Este era o pano de fundo da vida de Davi naquele momento. Na boca de um incrédulo, essa ideia soa como imprudência; mas na boca do cristão essa ideia se apresenta como um testemunho vívido do sustento e da proteção de Deus.

Note que Davi começa o Salmo 3 dizendo: “São numerosos os que se levantam contra mim” (Salmo 3:1). Mas no mesmo salmo ele explica qual é a sua postura prática diante desse cenário à luz do cuidado divino: “Não tenho medo de milhares do povo, que tomam posição contra mim de todos os lados” (Salmo 3:6).

O pedido pelo livramento (Salmo 3:7)

O salmista realmente confiava em Deus; ele sabia que suas orações sinceras eram ouvidas pelo Senhor. Por isso ele não perdeu tempo e praticou a oração: “Levanta-te, Senhor! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebra os dentes” (Salmo 3:7).

Tem gente que diz confiar em Deus, mas não fala com Deus em oração. A prática da oração contínua e perseverante é um dos sinais distintivos de que alguém realmente possui a verdadeira fé  Como alguém pode crer verdadeiramente em Deus e não buscar n’Ele o seu socorro? Isto não faz o menor sentido!

Concordo com alguns estudiosos quando diz que embora Davi desfrutasse de tanta paz e tranquilidade mental; e estivesse em tal estado de ânimo para não ter medo de dez milhares de homens; ainda assim ele não negligenciou os meios corretos de libertação e segurança, isto é, a oração a Deus. Ele conhecia o seu Deus, e não perdia tempo em recorrer a Ele.

Os estudiosos enxergam essa oração de Davi como um tipo de grito de guerra evocando a presença de Deus na batalha. Também é notável que a preocupação de Davi em sua oração não é meramente com sua pessoa, mas é com a honra do Senhor.

Deus havia constituído Davi como rei de Israel, e qualquer um que quisesse usurpar sua posição estava desprezando o propósito divino; estava querendo colocar sua própria força acima da vontade de Deus.

Por isso Davi diz que seus adversário não são apenas meros desafetos seus, mas ímpios; isto é, inimigos de Deus. A expressão “feres os queixos” refere-se a um golpe no rosto que significava um sinal de grande humilhação. Já a expressão “quebra os dentes”, significa que Davi comparava os ímpios a um bando de animais selvagens que precisavam ter seus dentes quebrados (Salmo 3:7).

A oração de Davi recorda também a oração de Moisés “Levante-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam” (Números 10:35).

O reconhecimento da soberania de Deus (Salmo 3:8)

Davi termina o Salmo 3 com uma declara direta sobre a soberania de Deus: “Do Senhor é a salvação; e sobre o teu povo, a tua bênção” (Salmo 3:8).

Davi sabia que a eficácia de sua oração não estava no poder de suas palavras, mas no poder do Deus que governa soberanamente todas as coisas. Por isso essa conclusão de Davi no Salmo 3 não se restringia apenas a libertação temporal que ele tanto precisava; mas testemunhava também acerca de uma libertação cuja implicação é eterna! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

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