quinta-feira, janeiro 26

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE APOCALIPSE:

Apocalipse é o livro bíblico que traz a revelação de Jesus Cristo acerca dos tempos do fim. É o último livro da Bíblia e foi escrito pelo apóstolo João, provavelmente entre os anos 93 e 96 d.C, enquanto esteve exilado na ilha de Patmos.

A palavra 'Apocalipse' tem origem no grego (apocalypsis- 'apo': tirado, 'kalumna': véu/ 'kaliptós': coberto) e significa revelação ou descoberta. Trata-se de um livro profético, do gênero apocalíptico e encerra os livros inspirados do Novo Testamento.

A revelação dos acontecimentos futuros foi dada por Deus aos Seus servos:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo.

Apocalipse 1:1-2

Como entender o Apocalipse?

Em primeiro lugar, precisamos ter humildade para aceitar que trata-se de um livro de difícil interpretação. Provavelmente, teremos dificuldades de identificar símbolos ou figuras estranhas que aparecem no livro do Apocalipse. Para compreender melhor o Apocalipse, precisamos lê-lo à luz dos outros livros da Bíblia. Além disso é preciso considerar o tipo de texto e o contexto no qual foi escrito para entendermos melhor o seu propósito.

Em segundo, precisamos entender que o Apocalipse retrata o desfecho final da revelação de Deus ao homem. Não é sobre o que nós queremos que seja, mas sobre o que Deus permitiu que soubéssemos. Nele é descrito como tudo culminará e sobre a soberania de Deus no controle da história, encerrando o quadro bíblico geral iniciado em Gênesis.

Em geral, importa saber que:

  • O Apocalipse, tal como toda a Bíblia, é centralizado em Jesus Cristo.
  • O propósito do livro é mostrar a soberania de Cristo e trazer uma resposta de esperança e consolo ao povo de Deus.
  • Há um alerta real aos incrédulos sobre o julgamento e a condenação eterna (para quem não crê e nem se arrepende).
  • O livro traz aos leitores (em todos os tempos) uma última advertência ao arrependimento e à perseverança em Cristo.
  • As profecias estão se cumprindo e o tempo do fim se aproxima.

Para quem foi escrito?

Os destinatários imediatos do livro do Apocalipse foram as sete igrejas da Ásia Menor (atual Turquia). Os cristãos enfrentavam uma perseguição hostil naquela época por parte dos pagãos, dos judeus e do imperador Domiciano. O próprio apóstolo João havia sido banido para Patmos, ilha que servia como exílio penal, devido à intensa perseguição religiosa. O objetivo do autor era levar encorajamento aos cristãos que eram diariamente confrontados na sua fé.

Nos primeiros capítulos (2 e 3) podemos ver um pouco dos problemas que as igrejas enfrentavam localmente. Mas, de modo geral, a Igreja de Cristo era atribulada por todos os lados. Assim, Deus transmite à João uma mensagem de esperança e alento: o prenúncio da vitória final contra todo o mal.

Características da mensagem:

Trata-se de uma mensagem de esperança e confiança para os que são fiéis a Cristo. Contudo, o Apocalipse é considerado um livro de difícil compreensão, por conter determinados símbolos, figuras e códigos, tão comuns ao gênero apocalíptico. João, inspirado por Deus, usa esse tipo de texto para descrever a revelação maravilhosa que Jesus lhe concedeu.

Certamente, não era a intenção descrever com exatidão a ordem cronológica dos acontecimentos futuros. Mas de descrever as visões e o testemunho de Cristo revelados para a Igreja.

Através desse registro, os cristãos desde o primeiro século, tem sido confortados com a expectativa da vitória e da vida eterna com Deus. As dores dos filhos serão recompensadas na intervenção final e definitiva de Cristo contra os Seus inimigos, no Seu reino eterno. Cristo voltará com poder e glória para buscar os Seus remidos, cumprir seus juízos e estabelecer o Seu Reino eternamente.

A soberania de Deus é realçada aqui no anúncio prévio da derrota do Maligno, do pecado e do sofrimento. Não se trata de um embate, cujo final é desconhecido. A revelação de Jesus antecipa-nos que o Cordeiro de Deus é vitorioso eternamente e dará fim a todas as forças do mal.

Além desses pontos, o Apocalipse é um livro que comunica esperança para o povo de Deus. Ele mostra-nos que aconteça o que acontecer, os filhos de Deus estarão seguros no Senhor e terão, pela graça de Jesus Cristo, a vida eterna.

Estrutura:

O último livro da Bíblia pode ser dividido em três partes:

  1. Introdução e saudação do apóstolo João; prenúncio da visão que teve de Jesus Cristo glorificado (Capítulo 1)
  2. Sete cartas às sete igrejas na Ásia Menor. Essas cartas exortavam acerca da condição das igrejas nos tempos de João, mas também prefiguram a condição da Igreja nos dias de hoje (Capítulos 2 a 3 ).
  3. Visões acerca do fim (várias imagens sobre a grande tribulação, do Reino triunfal de Cristo, da vingança do Cordeiro, a destruição da besta e do falso profeta, o Juízo final, o novo céu e nova terra). Seis visões de João que esboçam uma espécie de paralelismo. Abrangem eventos que vão sendo revelados, ao longo da história até que tudo seja consumado no grande final. Muitos desses eventos, possuem interpretações distintas (Capítulos 4 a 22:5). Conclusão (22:6-21).

É provável que as profecias descritas no Apocalipse contenham duas possibilidades interpretativas: um elemento próximo e um distante. No primeiro caso, referindo-se a eventos da época de João, e o último elemento retratando eventos futuros.

Tipo e gênero literário:

O Apocalipse é um livro Profético e o seu gênero é o Apocalíptico. E isso deve estar claro para o leitor antes de iniciar seu estudo do livro. Certamente o Apocalipse não deve ser lido como um texto de gênero jornalístico, dissertativo ou romance, por exemplo. O gênero apocalíptico floresceu no período entre o Antigo e Novo Testamentos e possui características particulares, que são:

  • o uso de linguagem figurada
  • riqueza de símbolos e imagens
  • relato de visões e sonhos
  • uso simbólico de números, cores e outros elementos enigmáticos
  • discurso futurístico impactante

Este gênero literário teve seu auge entre 200 a.C e 200 d.C. No contexto judaico, o gênero apocalíptico se expandiu durante o exílio do povo de Israel na Babilônia. No período inter testamentário, diversos escritos apocalípticos (apócrifos) foram escritos com o intuito de encorajar e anunciar o fim do sofrimento na chegada de um novo tempo em que o Messias viria num reino glorioso de paz.

Na Bíblia há outros livros que apresentam algum traço de estilo apocalíptico, tais como: Daniel, Ezequiel, Isaías e Zacarias. Mas sem a predominância encontrada em Apocalipse. Muitos recursos linguísticos emblemáticos foram utilizados para transcrever a visão gloriosa e transcendente que João teve. Tendo em conta o estilo literário, devemos estar atentos para não tornar literal todos os símbolos e imagens que aparecem no texto.

Cumprimento das profecias apocalípticas:

As profecias dadas na revelação de Deus sobre os finais dos tempos já começaram a se cumprir mas ainda não terminaram. No entendimentos de muitos, as profecias vão se cumprindo ao longo dos tempos até a volta de Jesus. Nesse entendimento, os símbolos tiveram referências históricas para os contemporâneos de João, também têm nos nossos dias e terão no futuro.

Um bom exemplo disso é a figura da 'besta'. Nos tempos de João, a 'besta' poderia ser facilmente associada ao imperador Nero (ou Domiciano); no século XX poderia ser considerado o nazista Hitler. Atualmente, a 'besta' poderia ser associada aos sistemas políticos corrompidos, ou outras personalidades e, no futuro, poderá haver referência mais específica.

Apesar das diferentes interpretações sobre o cumprimento das profecias apocalípticas, fato é que esse livro é atemporal. Fala à Igreja de Cristo em todos os tempos. As cartas às sete igrejas da Ásia, por exemplo, advertiram às igrejas daquele tempo mas continuam exortando aos cristãos das igrejas espalhadas pelo mundo todo, pelos anos seguintes, até hoje.

Encoberto ou revelado?

Notamos que o livro do Apocalipse ao mesmo tempo que revela, também parece encobrir certos detalhes do leitor. Nem todos os pormenores da nossa curiosidade serão completamente sanados. Mas não é por isso que não devemos estudá-lo proveitosamente. O seu caráter misterioso deve aguçar o nosso desejo de conhecer mais a Deus e a nossa meta de estar eternamente com Ele.

Mesmo para estudiosos e comentaristas da Bíblia, alguns trechos do Apocalipse são considerados velados ou misteriosos. O próprio autor inspirado foi advertido a encobrir certos detalhes, do que viu na visão (Apocalipse 10:3-4). Parte do que João ouviu foi "selado" e não foi escrito.

As referências da revelação que João recebeu do Senhor Jesus podem não ser consensuais no meio cristão, hoje. Em muitos momentos, ele transcreve símbolos que eram facilmente reconhecidos por seus primeiros leitores mas que precisam ser contextualizados por leitores dos nossos tempos.

Algumas passagens são bastante emblemáticas, como o capítulo 20, por exemplo. Alguns pormenores causam tremendas discussões devido às diferentes interpretações e leituras que podem ser feitas da mesma.

Existe muitas interpretações do livro de Apocalipse. Mas este livro deve sempre ser lido à luz dos demais livros bíblicos. Na interpretação da Bíblia, passagens mais claras sempre iluminam passagens obscuras.

Há quatro maneiras diferentes para interpretar o Apocalipse: PreterismoFuturismoHistoricismo e Idealismo. Estas são as principais escolas escatológicas que esboçam diferentes posicionamentos acerca dos eventos finais, descritos no livro do Apocalipse.

Há aqueles que defendem:

  1. que as profecias já aconteceram no passado (preteristas).
  2. que tudo irá se cumprir no futuro (futuristas).
  3. que as profecias do Apocalipse vão acontecendo ao longo da história, até culminar na vinda do Senhor (historicistas).
  4. que o Apocalipse fala de princípios gerais, constantes na luta do bem contra o mal, que se cumprirão espiritualmente (idealistas).

Existem muitas discussões acerca das possíveis interpretações do Apocalipse. As escolhas ou métodos de interpretação foram desenvolvidos tendo como base diferentes estudos e análises no decorrer da história do cristianismo. Essas maneiras de compreender o texto não devem ser tomadas como dogmáticas (absolutas ou arbitrárias) para o leitor da Bíblia. Mas podem servir de aliados para o melhor entendimento do livro.

1. Preterista:

Linha de interpretação que acredita que as profecias do Apocalipse já tiveram o seu cumprimento no primeiro século, com a destruição de Jerusalém (70 d.C) e a queda do Império Romano.

2. Futurista:

Essa linha entende que as profecias do livro do Apocalipse terão o seu cumprimento no final dos tempos. Portanto, a maioria dos eventos do livro (bem como outras passagens bíblicas escatológicas) ainda vai se cumprir futuramente.

3. Historicista:

É a linha interpretativa que esboça, em grande parte, a posição evangélica (era a posição de Lutero e outros protestantes). Entende que o Apocalipse descreve simbolicamente as diferentes fases da história da humanidade, bem como as épocas da Igreja, desde o Novo Testamento até o fim dos tempos. Essa linha de interpretação, acompanhou predominantemente o protestantismo até o século XIX, quando o futurismo ganhou espaço no meio pentecostal.

4. Idealista ou Eclética:

Compreende as profecias apocalípticas espiritualmente e não num sentido literal. Não afirma assertivamente sobre detalhes das visões misteriosas, nem considera que eventos narrados no Apocalipse acontecerão histórica e literalmente. Entende e assimila as verdades representadas através dos embates entre o bem e o mal.

Ainda existem diferentes escolas interpretativas relacionadas ao Milênio e à Grande Tribulação:

O capítulo 20, principalmente os versículos de 1 a 10, gera bastante controvérsia interpretativa. Nesse trecho, Apocalipse 20:1-10, faz-se menção do Milênio - período de tempo (literal ou não, consoante a interpretação), em que Cristo reina e Satanás será preso, impossibilitado de enganar as nações. Acerca dessa tese, existem três posicionamentos:

Amilenismo:

Negação à teoria do Milênio. Afirma que não há bases suficientes para esperarmos o governo visível de Cristo apenas num milênio (espaço limitado de tempo de mil anos). Considera que o Reino de Deus se dará de forma definitiva e gloriosa depois de findar essa era, na volta do Senhor. Era a posição mais aceita entre os primeiros cristãos e também mais tarde nos círculos reformados.

Pré-milenismo:

Esperam um milênio no futuro e acreditam que a segunda vinda de Jesus será anterior ao milênio. Atualmente essa crença está relacionada ao Dispensacionalismo.

Pós-milenismo:

Acreditam que a segunda vinda de Cristo será depois do milênio. Assim, esperam que a sociedade irá melhorar gradativamente (desde a 1ª vinda de Cristo) e que o milênio irá acontecer no seu ápice. Depois disso, se daria a volta do Senhor.

A grande tribulação é um período de tempo (indeterminado) que antecederá a segunda vinda de Cristo. Esse período terrível da história é mencionado em Apocalipse e noutros livros da Bíblia (Mateus 24:21). Esse tempo de tragédias será marcado por:

  • guerras, fomes, terremotos
  • apostasia da fé
  • esfriamento do amor
  • aparecimento de falsos profetas e falsos cristos
  • perseguição aos cristãos
  • imposição de grande sofrimento aos que são leais a Cristo.

Quanto a este tempo também existem diferentes interpretações:

Pré-tribulacionismo:

Acreditam que acontecerá o arrebatamento secreto da igreja e que a segunda vinda de Cristo irá acontecer antes da grande tribulação. Defendem que a volta de Jesus será em duas etapas: primeiro no arrebatamento da igreja e depois dos sete anos da Grande Tribulação, para destruir o império do Anticristo.

Mid-tribulacionismo ou Meso-tribulacionismo:

Também esperam que acontecerá um arrebatamento secreto, e que a segunda vinda se dará no meio da grande tribulação. Neste período, com supostos sete anos de duração, o Anticristo tomará o poder, depois da saída dos cristãos da terra.

Pós-Tribulacionismo:

Os defensores dessa tese acreditam que o arrebatamento acontecerá no fim da grande tribulação, e que a igreja não será retirada da terra durante esse tempo. Acreditam que os cristãos passarão por tribulações, ao longo dos tempos, cada vez mais intensas até a Segunda vinda de Jesus.

Dentro dessas escolas de interpretação há posições mais extremadas ou moderadas. No entanto, entendemos que acima de preferências ou inferências humanas, a Bíblia interpreta-se a Si mesma. Por isso a importância da leitura e estudo completos da Bíblia Sagrada para se compreender melhor o Apocalipse.

O livro do Apocalipse é uma profecia enviada por Deus ao Seu povo. É também um livro pastoral que encoraja, exorta e adverte a todos acerca dos últimos acontecimentos neste mundo. Apesar das perseguições e tribulações que a Igreja tem enfrentado, há vitória certa, consolo e glória eterna ao lado de Cristo. Para os descrentes há um convite para o arrependimento e fé, mas também um alerta para o risco da eternidade longe de Deus.

O Apocalipse é um convite para se conhecer mais a Cristo, testemunhar Dele ao mundo e estar preparado para a Sua vinda. Temos na Bíblia Sagrada, a preciosa revelação do Pai e tudo que precisamos saber sobre os tempos finais.

Em linhas gerais, o livro do Apocalipse assegura-nos que:

  • Deus é soberano sobre o universo e tem um plano para a Sua criação
  • Jesus tem controle sobre toda a história da humanidade
  • podemos ter certeza da vitória de Cristo e do Seu povo contra o mal
  • Deus conhece o sofrimento dos Seus Filhos e promete recompensá-los
  • o juízo de Deus se manifestará na história - os opressores serão julgados
  • o mal (pecado, o diabo e os demônios) será destruído e punido eternamente
  • o novo céu e a nova terra serão a nova realidade para os filhos de Deus

Nessa segurança gloriosa, podemos nos desprender desse mundo, tendo clareza sobre tudo que Deus revelou e ser abençoados pela esperança futura com Cristo. Para isso, devemos nos dedicar à leitura contextualizada e sóbria do Apocalipse, atentando-nos para a interpretação que a própria Bíblia dá de si mesma. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, janeiro 25

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " HYDROCOTYLE UMBELLATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Hydrocotyle umbellata L.
Família: 
Araliaceae
Sinonímia científica: 
Hydrocotyle polystachya A. Rich.
Partes usadas: 
Toda a planta. Formas farmacêuticas: emplasto ou infuso.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Triterpenos, saponinas, flavonoides, compostos poliacetilenos, leucoceramidas.
Propriedade terapêutica: 
Anticatártico, anti-hidrópico, antirreumático, antissifilítico, aperiente, desobstruente do fígado e intestino, diurético, emético, purgante, tônico.
Indicação terapêutica: 
Síndrome de Down, infecção dos olhos, hipertensão arterial, tônico para o cérebro, coceiras, alergias de pele.

Origem, distribuição:
Nativa na Argentina, Cuba, Índia e Brasil.

Descrição:
Planta perene, herbácea, prostrada, acaule, rizomatosa, aquática, de solo pantanoso, arenoso ou restinga litorânea. Os rizomas são extensos e enterrados na areia, de contorno irregular. 

Folhas simples, coriáceas, peltadas, longo-pedunculadas, glabras em ambas as faces, com presença de cera epicuticular. Apresenta flores discretas de cor verde amarelada, dispostas em panículas de umbelas no ápice, de longa haste floral que as dispõe acima da folhagem.

Os frutos são pequeninos, com duas sementes dentro e formato de cápsula achatada. 

Espécie considerada daninha (invasora).

Uso popular e medicinal:
Estudos etnobotânicos relatam que essa planta é usada como verdadeira panaceia, sendo empregada como diurético, anti-hipertensivo, para tratar úlceras na pele, eczema, dermatite, psoríase, erisipela, reumatismo, tuberculose e distúrbios do baço, do fígado e intestino. 

Na medicina popular brasileira a decocção das folhas (fresca ou seca) é usada em banhos e oralmente para o tratamento de processos inflamatórios, conforme a Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil (Farmacopeia Brasileira, 1926).

Hydrocotyle umbellata e uma outra bastante conhecida, a Centella asiatica (sinonimia Hydrocotyle asiatica), têm grande interesse na Ayurveda (Sistema Indiano de Saúde) por causa de seu potencial ansiolítico, efeitos estimulantes na memória e uso na indústria cosmética.

Apresenta potencial medicinal na folha, no pecíolo e no rizoma, sendo que as folhas são também consideradas tóxicas.

Já foram extraídos flavonoides das partes aéreas, dentre eles quercetina.

A planta toda é empregada na medicina caseira. O suco das folhas e do pecíolo é usado na remoção de sardas e manchas na pele. O suco do rizoma é de uso interno e é tido como anticatártico, anti-hidrópico, antirreumático, antissifilítico, aperiente, desubstruente do fígado e intestino, diurético, emético e tônico.

A análise do óleo essencial desta planta revelou a presença de isotiocianatos como um dos componentes principais. Suas folhas e raízes possuem metabólitos secundários que possibilitam aplicação na indústria química e farmacêutica. 

Constituintes químicos presentes nas folhas e raizes: triterpenos, saponinas, flavonoides, compostos poliacetilenos e leucoceramidas. Folhas e rizomas apresentam os mesmos constituintes, com diferenças apenas na intensidade entre os picos, o que denota diferença quantitativa entre as substâncias presentes. O rendimento do extrato dos rizomas é menor que o rendimento das folhas.

Indicada para infecção dos olhos, cujas folhas e hastes devem ser maceradas em água para banhar. Ligeiramente tóxica, seu uso não deve ser abusivo. Recomenda-se 5 folhas com as respectivas hastes para 1 chávena de chá. Médicos indianos recomendam-na principalmente como tônico para o cérebro, tendo-se conseguido melhoras até com crianças retardadas. É ainda diurético e calmante. É indicado para doenças da pele como coceiras e alergias, neste caso esfregando as folhas (sempre com as hastes), banhando com a planta em infusão ou macerada em água e tomando o chá. Resolve também problemas de hipertensão arterial.

Usam-se as folhas frescas, secas e feitas em pó. Para  a planta fresca, usam-se 1 chávena (xícara de chá) de leite ou água e 5 folhas com hastes batidas ou fervidas. Adicionar 1 pitada de açafrão e 1 colherinha de mel de abelhas. Se preferir pode extrair o suco. Para o pó, 1 colherinha (chá) em meio copo de água ou leite, adicionando 1 colherinha de açafrão ou mel.

Um trabalho científico avaliou as atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias do extrato etanólico das partes subterrâneas de acariçoba (EEA). EEA reduziu a resposta nociceptiva em animais conforme avaliação em teste de contorção abdominal com ácido acético e em ambas as fases do teste da formalina (injeção de formalina). EEA apresentou uma atividade analgésica supraspinal aumentando a latência da dor no teste de "placa quente" (teste que avalia o tempo em que os animais permanecem sobre uma chapa metálica aquecida até reagirem ao estímulo térmico levantando ou lambendo as patas). E também reduziu a migração de leucócitos e extravasamento de plasma para a cavidade pleural na pleurística induzida por carragenina, além de reduzir o edema induzido por carragenina até a segunda hora e o edema induzido pelo dextrano. 

Os resultados mostraram que EEA apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória em diferentes modelos experimentais, sugerindo uma migração e ação antiedematosa que pode ser devido ao bloqueio ou inibição na liberação de histamina ou serotonina.

Uma obra relata as características de Hydrocotyle bonariensis (sinonímia Hydrocotyle umbellata var. bonariensis). Os rizomas são usados como diurético, vomitivo e antirreumático. Na Ayurveda é recomendada para crianças portadoras de Síndrome de Down por aumentar a capacidade de aprendizado em 25%. Emplastos são usados como cicatrizante e na medicina popular como purgante e diurético. Análise do óleo essencial desta planta revelou a presença de isotiocianatos. Contém velariana, uma substância amarga, a qual é atribuída a sua atividade." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( O USO DA FITOTERÁPIA PERMITE QUE O PACIENTE SE RECONECTE COM O MUNDO NATURAL E RESTABELEÇA OS RITMOS NATURAIS ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE SALMO 1:

O Salmo 1 é um salmo de sabedoria que serve de introdução à coletânea do saltério. O estudo bíblico do Salmo 1 revela um contraste entre a atitude do justo e do ímpio para com a Lei de Deus. O justo ama e medita constantemente na Lei do Senhor, enquanto o ímpio a odeia.

Isso significa que o Salmo 1 fala da Palavra de Deus e revela dois caminhos: o caminho da bênção e o caminho do juízo. A bênção divina é derramada sobre aqueles que meditam na Palavra de Deus, mas o juízo divino é derramado sobre aqueles se rebelam e transgridem essa Palavra.

O Salmo 1 está organizado em duas grandes partes. Estudiosos dizem que a primeira parte indica que, por observação, todas as pessoas estão separadas eticamente (Salmo 1:1-4). Já a segunda parte indica que, por consequência, todas as pessoas estão separadas judicialmente (Salmo 1:5,6).

Então um esboço do Salmo 1 pode ser sugerido da seguinte maneira:

  • Um retrato do justo e seu compromisso com a Lei de Deus (Salmo 1:1-3).
  • Um retrato do ímpio e sua reprovação diante da Lei de Deus (Salmo 1:4,5).
  • A confirmação do justo e a ruína do ímpio (Salmo 1:6).

Não é possível afirmar quem escreveu o Salmo 1. Também não se sabe exatamente quando esse salmo foi escrito.

O salmista começa dizendo que o homem justo é bem-aventurado. Nesse contexto essa expressão é ainda mais enfática do que a ideia de felicidade. Na Bíblia uma pessoa bem-aventura é aquela que desfruta do favor e da graça especiais de Deus. O homem justo possui plena alegria e satisfação no Senhor.

O salmista diz que a pessoa reta “não anda no conselho dos ímpios”. Os ímpios são aquelas pessoas deliberadamente perversas. Essas pessoas estão ativamente envolvidas com o mal. O justo não anda segundo o conselho dessas pessoas porque ele é guiado pela Palavra de Deus.

O salmista também diz que o homem justo “não se detém no caminho dos pecadores”. Os pecadores são aquelas pessoas que frequentemente e costumeiramente quebram a Lei de Deus e não se importam nem um pouco com isso. Por último, o salmista diz que a pessoa reta “não se assenta na roda dos escarnecedores”. Os escarnecedores são aqueles que debocham e ridicularizam as coisas de Deus; para eles desobedecer ao Senhor é como entretenimento.

É interessante notar a forma progressiva com que o salmista aplicou os verbos no Salmo 1. Ele diz que o homem justo “não anda”, “não se detém” e “não se assenta”. Sua intenção é fornecer um retrato do homem justo revelando aquilo que ele evita.

Na sequência, o salmista passa do aspecto negativo para o aspecto positivo. Ele explica por que o homem justo não está envolvido no estilo de vido dos ímpios, pecadores e escarnecedores. O motivo para isso é que ele tem prazer na Lei do Senhor, e medida nela dia e noite. A expressão “Lei de Deus” não se refere apenas a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira.

A palavra traduzida pelo verbo “meditar”, no hebraico significa “dizer em voz baixa”. O que o salmista está dizendo é que o homem justo está constantemente meditando nas Escrituras, isto é, pensando e recitando para si mesmo a Palavra de Deus. Estudiosos dizem que se falarmos com o Senhor sobre a Palavra, a Palavra falará conosco sobre o Senhor.

Por fim, o salmista compara o homem justo com uma árvore plantada junto a corrente de águas (Salmo 1:3). Essa é uma figura muito apropriada e frequente nas Escrituras para falar sobre as bênçãos de Deus sobre seu povo. Uma árvore plantada onde há abundância de águas está sempre viçosa, florescendo e produzindo seus frutos adequadamente.

O salmista deixa claro no Salmo 1 que os ímpios agem de forma completamente contrária e oposta aos justos. Enquanto o justo é como a árvore plantada num solo onde há corrente de águas, o ímpio é como a palha que o vento dispersa. Essa é outra figura comum nas Escrituras para se referir ao que é frágil, inútil e sem valor.

Uma árvore imponente possui fortes e profundas raízes, mas a palha é espalhada até com o vento. Aqui o contraste entre os justos e os ímpios fica ainda mais evidente. O justo é como uma planta vigorosa, mas o ímpio é como uma planta morta e seca, isto é, palha. Na verdade a palha só serve para ser queimada.

Por esse motivo, explica o salmista, os perversos não prevalecerão no juízo. Isso significa que os ímpios jamais serão aprovados no julgamento de Deus. Ainda que muitas vezes eles se infiltrem no meio dos justos, eles não poderão permanecer entre eles para sempre. A parábola do joio e do trigo fala justamente sobre isto (Mateus 13:24-46).

No dia do retorno de cristo essa separação final ocorrerá. João Batista anuncia Cristo como sendo aquele que traz em sua mão uma pá para limpar a eira, recolher o trigo no celeiro e queimar a palha com fogo que nunca se apaga (Mateus 3:12).

O salmista termina o Salmo 1 mostrando o resultado final do contraste entre o caminho dos justos e o caminho dos ímpios. O Salmo 1 ensina que os dois caminhos nesta vida, isto é, o caminho de retidão e o caminho de impiedade, são determinados pela relação do indivíduo com o Senhor.

Por isso o salmista diz que “o Senhor conhece o caminho dos justos”. Essa declaração não significa apenas um conhecimento cognitivo de Deus acerca da conduta dos justos.

Deus é onisciente e conhece exaustivamente todas as coisas. Então quando o salmista diz que “o Senhor conhece o caminho dos justos” ele está se referindo a um envolvimento pessoal; um relacionamento especial entre Deus e seus servos. Isso significa que o próprio Deus se envolve ativamente de forma íntima no estilo de vida do justo.

Por outro lado, o salmista diz na frase final do Salmo 1 que “o caminho dos ímpios perecerá”. Muitas vezes os ímpios prosperam nesta vida terrena; inclusive isso ocorre frequentemente em conexão com a opressão aos justos.

Muitos salmos tratam exatamente dessa questão. Davi falou especificamente sobre isso no salmo 37,  por exemplo. Asafe foi outro que admitiu no Salmo 73 que havia tido certa dificuldade em entender essa condição. No entanto, assim como no Salmo 1, todos esses salmos no final revelam o caráter temporário da falsa e superficial alegria dos ímpios. Haverá o dia em que o caminho dos perversos terminará em ruína.

Podemos citar aqui três aplicações principais que aprendemos com o Salmo 1:

  • O Salmo 1 nos ensina que o justo é bem-aventurado. Essa bem-aventurança, porém, não é fruto de sua própria capacidade ou habilidade. Essa bem-aventurança é decorrente de seu relacionamento com Deus. Ele é dirigido pela Palavra da Verdade.
  • O Salmo 1 nos ensina que a condição do ímpio é ilusória. Estudiosos dizem  que do ponto de vista do mundo, os ímpios até parecem ricos e fortes, mas do ponto de vista de Deus, são desprezíveis, frágeis e destinados ao julgamento.
  • O Salmo 1 nos ensina que o justo sempre está amparado por Deus. Ainda que ele tenha que enfrentar muitas dificuldades e aflições, o curso de sua vida não foge do controle de Deus; o Senhor conhece intimamente o seu caminho e não permite que ele termine em ruína como o caminho do perverso. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, janeiro 24

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " PTYCHOPETALUM OLACOIDES BENTH " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Ptychopetalum olacoides Benth.
Família: 
Olacaceae
Sinonímia científica: 
Não existe sinônimo desta espécie, segundo o sistema de classificação APG III.
Partes usadas: 
Raiz, casca.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Allo-aromadreno, β-bisaboleno, borneol, δ-cadineno, canfeno, cânfora, β-cariofileno, óxido de cariofileno, p-cimeno, α-copaeno, cubebeno, α-elemeno, elixeno etc.
Propriedade terapêutica: 
Tônico muscular, cardiotônico, antidepressivo, afrodisíaco, estimulante do sistema nervoso central, analgésico.
Indicação terapêutica: 
Calvície, dispepsia, cansaço, fraqueza gastrointestinal, impotência, infertilidade, aumento da libido, irregularidade menstrual, paralisia muscular, dor nos nervos etc.

​Origem, distribuição:
Muirapuama é nativa da Amazônia brasileira e outras áreas da Floresta amazônica.

Descrição:
Árvore de tamanho médio (cresce até 5m de altura), apresenta folhas pequenas verdes na parte superior e cinza-azulada na parte inferior, pendentes em ramos longos e finos. 

Flores são pequenas, brancas e tem fragrância pungente similar ao jasmim.

Uso popular e medicinal:
Historicamente todas as partes de muirapuama tem sido utilizadas pela medicina popular, mas a casca e raiz são as mais indicadas. Povos indígenas da Amazônia ao longo do Rio Negro usam o caule e a raiz de plantas jovens como um tônico para tratar problemas neuromusculares. A decocção da raiz serve em banhos e massagens para o tratamento da paralisia e beribéri. E o chá de raiz e casca serve para tratar a debilidade sexual, reumatismo, gripe, fraqueza cardíaca e gastrointestinal. Também é valorizada como preventivo da calvície. 

Na fitoterapia brasileira muirapuama é tida como estimulante sexual, sendo reputada como poderoso afrodisíaco. Foi listada na Farmacopeia Brasileira na década de 1950. As propriedades mais evidenciadas são tônico neuromuscular para fraqueza e paralisia, dispepsia, distúrbios menstruais, reumatismo crônico (uso tópico), impotência sexual, gripe e distúrbios do sistema nervoso central.

A British Herbal Medicine Association recomenda muirapuama para disenteria e impotência. Na Alemanha é indicada como tônico do sistema nervoso central, ancilostomíase (conhecida como "amarelão", doença causada por vermes parasitas), distúrbios menstruais e reumatismo. Na Europa é indicada para tratar a impotência, infertilidade, distúrbios menstruais e disenteria.

Muirapuama vem ganhando popularidade nos EUA, onde herbalistas e profissionais de saúde a usam para tratar impotência, depressão, cólicas menstruais, TPM, dores nos nervos e distúrbios do sistema nervoso central.

Em outros países muirapuama é indicada como afrodisíaco, estimulante do sistema nervoso central, para a calvície, dispepsia, cansaço, fraqueza gastrointestinal, impotência, infertilidade, baixo libido, irregularidades menstruais, paralisia muscular, dor nos nervos, problemas neuromusculares, distúrbios reprodutivos, reumatismo, estresse, trauma.

Uma análise química dos componentes do óleo essencial de muirapuama foi feita pelos pesquisadores, A extração foi realizada por dois métodos: tintura (raiz e casca); e Soxhlet com solvente (casca da raiz, caule e folha). No óleo essencial das raízes foram encontrados allo-aromadreno, β-bisaboleno, borneol, δ-cadineno, canfeno, cânfora, β-cariofileno, óxido de cariofileno, p-cimeno, α-copaeno, cubebeno, α-elemeno, elixeno, trans- β-farneseno, αguaineno, limoneno, linalol, mirceno, γ-muuroleno, α-pineno, β-pineno e α-terpineno.

Outras substâncias: presentes citadas em outros trabalhos são flobafenos (0,6%), taninos, ácidos behênico, lignocérico, α-resínico, β-resínico e araquídico, lupeol, campesterol, estigmasterol, β-sitosterol, cumarina e um alcalóide relacionado a ioimbina chamado muirapuamina (0,05%).

Outros usos:
O extrato de muirapuama é empregado em formulações cosméticas para o tratamento de queda de cabelo. Uma receita consiste em água-de-colônia (250g), glicerina (20g), tintura de muirapuama (15g) e nitrato de pilocarpina (50cg).

 Dosagem indicada:

Uso geral. Usam-se o infuso da casca em dose normal: 20g do material verde ou 10g do material seco para cada litro de água. Adultos tomam de 4 a 5 xícaras por dia. Adolescentes entre 10 a 15 anos tomam 3 a 4 xícaras ao dia.

Afecções locomotoras. Triturar 100g de muirapuama e colocar em 1 garrafa com álcool. Deixar repousar por aproximadamente 6 dias. Friccionar as partes afetadas pela paralisia parcial ou antiga.

Reumatismo. Esmagar 20g de raiz de muirapuama, 20g de raiz de gengibre e 20g de mucura-caá. Colocar em infusão em 1 litro de álcool, deixando em repouso por 7 dias. Em seguida, friccionar a parte afetada.

Aumentar a potência sexual. Colocar em infusão em 1 garrafa de vinho moscatel 10g de muirapuama e 10g de catuaba. Deixar em repouso e tomar 1 cálice às refeições." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA ).

NOOTRÓPICOS NATURAIS E SUAS FUNÇÕES:

Todo mundo deseja manter o cérebro afiado no decorrer dos anos, mas como? Nessa busca pela melhora do intelecto, atenção e memória, os nootrópicos vêm à tona: São aliados da nossa mente e até tornaram-se moda em ambientes de alta competitividade cognitiva, como o Vale do Silício. Mas o que eles são exatamente? Para que servem? Neste informativo, nos aprofundaremos no funcionamento da nossa memória e como os nootrópicos naturais podem nos auxiliar.

Cuidar da cabeça faz parte dos cuidados básicos com a saúde, embora muitas pessoas não prestem tanta atenção nisso. Isso pode ser explicado pelos seguintes fatores:

Maioria da população abaixo de 60 anos de idade no Brasil Tendência a seguir com a rotina no piloto automático, sem tempo para cuidar da mente Percepção diminuída da importância de manter o intelecto aceso a longo prazo.

Ao mesmo tempo, vivemos em um período da nossa sociedade em que somos levados a ficar ligados o tempo todo nas notícias, nas notificações no celular, nos e-mails do trabalho... Sim, a alta competitividade e produtividade podem induzir as pessoas a um excelente desempenho, mas existem custos: atenção fragmentada e cansaço.

Se de um lado temos a alta performance, do outro temos prejuízos na saúde e nas relações sociais. E conversar sobre tudo isso faz muito sentido antes de falarmos sobre os nootrópicos, afinal, um pensamento imediatista e preocupado apenas com resultados pedirá soluções igualmente rápidas. De preferência, soluções fáceis de ingerir.

Mas o equilíbrio ainda é a solução!

É possível se cercar de aliados para cuidar do intelecto ao longo da vida, mas não devemos deixar os bons hábitos para trás apenas para atender exigências do trabalho e da correria diária.

O uso de nootrópicos com o objetivo de se manter afiado o tempo todo não é recomendado. Lembre-se: o ser humano tem limites físicos e mentais. Será que não é o estresse que está afetando seu desempenho? O bem-estar é fundamental, então vamos manter em mente que não adianta se forçar a acompanhar um ritmo que não te faz bem! O objetivo é sua saúde, não um burnout.

O que são Nootrópicos?

Os nootrópicos são um grupo de substâncias que prometem tornar a cognição, aprendizado, atenção e memória mais potentes. O termo foi criado em 1972 por Corneliu Giurgea, um psicólogo e químico romeno: em grego, noos significa mente, já tropein pode ser traduzido como direção. Nootrópico foi uma palavra criada em analogia ao termo psicotrópico, embora representem conceitos diferentes. Os nootrópicos também podem ser conhecidos também como smart-drugs ou potencializadores de memória e potencializadores cognitivos.

Existem nootrópicos sintéticos e naturais e, de modo geral, caracteriza-se como nootrópico aquele fármaco que acarreta poucos ou nenhum efeito adverso. Nas dosagens recomendadas, não fazem mal. Os mecanismos dos nootrópicos variam, mas usualmente eles têm a capacidade de alterar a disponibilidade de compostos neuroquímicos no nosso organismo, como:

Neurotransmissores Neuropeptídeos (hormônios, enzimas)Neuromoduladores.

Assim, estimulam a neuroplasticidade do cérebro, embora sua ação não seja direta na liberação destes compostos neuroquímicos e sim no estímulo ao corpo a sintetizá-los. Parte dos nootrópicos naturais tem também antioxidantes, protegendo nosso organismo de radicais livres e prevenindo processos degenerativos nas células. Há aqueles que induzem a plasticidade de hemácias, melhorando a oxigenação.

E os Nootrópicos são recentes?

Não, os nootrópicos e a busca pela melhora do intelecto não são recentes. Assim como tantos outros componentes da medicina, os nootrópicos são familiares há muito tempo pela humanidade em medicinas tradicionais, por exemplo a chinesa e a ayurveda. Os conhecimentos tradicionais, classificados também como conhecimentos etnobotânicos, são heranças de grande valor cultural e medicinal, que merecem ser estudados pela Ciência ainda hoje.

Há indicação de quando usar Nootrópicos?

Os nootrópicos funcionam no organismo para tornar a cognição e memória melhores. Portanto, são utilizados nos seguintes casos:

Início de sintomas de esquecimentos ou lentidão de raciocínio (não associados a transtornos cognitivos graves)Transtornos de atenção e memória leves, associados a fadiga Auxílio para períodos em que há maior necessidade de aprendizado e intelecto Pode ser útil em casos de déficit de atenção (TDAH), mas não é recomendado substituir medicamentos ou fazer uso concomitante sem orientação do profissional de saúde. 

As ações dos nootrópicos são bem-vindas para questões da memória no envelhecimento, assim como trazem benefícios para quem precisa de uma ajuda extra para estudar. Mas atenção: os nootrópicos não são simples suplementos! Eles podem ocasionar efeitos colaterais que, embora leves e reversíveis, causam desconfortos.

Também existem pesquisas pequenas sobre a atuação de nootrópicos em transtornos como demência e Alzheimer, mas apesar de resultados encorajadores, há necessidade de maior investigação.

É falta de memória ou falta de atenção?

Vamos aprender um pouco mais sobre a memória! Assim, ficará mais fácil de entender o funcionamento dos nootrópicos.

Vale manter em mente que a memória é complexa e envolve uma cadeia de mecanismos e processos bioquímicos do cérebro, podendo ser influenciada por outros fatores como atenção ou humor. Existe mais de uma maneira de classificar os tipos de memória de acordo com o meio em que as informações são recebidas. A classificação mais conhecida é a duração de cada uma:

Memória de curtíssimo prazo ou Memória de trabalho — Se mantém viva enquanto ainda está sendo processada, durando poucos segundos.Memória de curto prazo — Dura mais do que a Memória de curtíssimo prazo, mas também é pouco. Permite lembranças, por exemplo, de sequência de itens ou números. Caso seja rememorada, pode se tornar uma memória de longo prazo.Memória de longo prazo — Pode ser lembrada por semanas e anos.

Todos os tipos de memória tem a sua função. Você não precisa lembrar de detalhes efêmeros do seu cotidiano (por exemplo a cor de um carro que você viu na rua há 3 semanas ou cada palavra do quinto outdoor na estrada), mas outros tipos de experiência nós temos o interesse de manter na cabeça por mais tempo. Para resumir, as memórias se formam em 3 etapas:

Aquisição: É o primeiro contato com a informação nova, na qual a atenção é essencial para permanência da memória.Consolidação: O armazenamento dessa informação no cérebro.Evocação ou Recordação: O reavivamento das informações retidas ou consolidadas no cérebro.

Até determinado ponto, esquecer é normal e geralmente está relacionado com a falta de atenção logo na aquisição de uma nova memória. Mas se você vem apresentando problemas de memória com frequência e já chegou a afetar o seu dia a dia, então o ideal é rever a sua rotina e buscar orientação de profissionais da saúde, como neurologistas e psiquiatras.

Pode ser falta de hábitos saudáveis também! Sim, existem certos hábitos que podem estimular não somente o bem-estar físico, mas também uma mente mais afiada e saudável. Vamos conferir a seguir o que podemos fazer para melhorar a nossa relação com a mente e a cognição.

Como ativar a memória com bons hábitos?

Corpo e mente estão mais relacionados do que muita gente pensa. E cuidar de cada um é uma via de mão dupla, por exemplo: quando damos atenção ao nosso corpo, nosso cérebro se beneficia bastante. Cuidar da cabeça nos traz maior bem-estar físico também! Veja essas dicas a seguir e confira se você já segue alguma delas ou se existe algo que você irá adotar no seu cotidiano:

Descansar:

A primeira dica é uma das mais importantes para mentes cansadas! Mesmo com a ajuda de nootrópicos, a exaustão impacta muito a nossa saúde física e mental. Portanto, separe um espaço adequado e sem perturbações para você dormir o suficiente. Afinal, enquanto dormimos, o nosso cérebro consolida as memórias importantes e descarta aquelas que não precisam ser armazenadas. Mas se você não descansa, a capacidade de retenção de informações novas é prejudicada. Pequenos intervalos durante o dia podem também ser necessários para seguir com suas tarefas sem estafa mental.

Alimentação Saudável:

Os benefícios de uma boa alimentação são inúmeros! E para quem acha que isso serve só para manter o corpo em funcionamento, pense de novo: alimentos trazem vitaminas e minerais que participam de processos bioquímicos no cérebro. Se existe a deficiência de algo, haverá prejuízo para nossa mente.

A preparação de alimentos é outro fator a ser considerado: cozinhar é um exercício mental também, já que você separa o que vai cozinhar e as respectivas receitas. Para turbinar todas as virtudes de uma boa alimentação, lembre-se que alimentos ricos em Ômega 3 (peixes, sementes) são bons para o cérebro, assim como alimentos antioxidantes (frutas, verduras). Atualmente, há pesquisas indicando o impacto positivo de cogumelos na cognição.

Atividades Físicas:

Sim, para cuidar da mente, você não escapará das atividades físicas. Mas não desanime: você não precisa entrar em exaustão. Realizar 30 minutos de exercícios físicos por dia, no mínimo 3 vezes por semana, injeta neurotransmissores muito positivos para seu querido cérebro! Mais serotonina e endorfina geram bem-estar, reduzem o estresse e afiam o raciocínio e a memória. Que tal se programar para cuidar mais? Dá para fazer atividade física em grupos de esportes, escolas de artes marciais ou em danças também.

Exercitar o Cérebro:

A gente sabe que você já tem que prestar atenção em atividades diárias, como trabalhar, pegar o transporte público ou dirigir. Mas aqui, estamos falando de exercícios mentais mais intencionais. E pode ser muito divertido: leitura, escrita, jogos, palavras cruzadas, aprendizado de novas habilidades e idiomas... Quando estimulamos nosso cérebro assim, estamos mantendo-o ativo e fazendo novas conexões. Além de serem estratégias prazerosas, elas facilitarão a consolidação da memória.

Mas atenção: quando mencionamos a leitura aqui, estamos falando da leitura com concentração! Evite as notificações do celular ou informações muito fragmentadas. 

Vínculos Sociais:

Já ouviu falar que ninguém é uma ilha? É verdade: estamos mais conectados do que supomos. E interagir com as pessoas é também um fator importante para nosso cérebro: precisamos lembrar de detalhes daquela pessoa, o que ela disse ou informações sobre ela. Conversar sobre coisas diferentes, adicionar dados à uma conversa anterior, confrontar uma crença com pensamentos novos, tudo isso faz bem. E de novo, quando a interação é prazerosa, somos inundados de neurotransmissores bons. 

Meditação ou Ócio:

A meditação nem sempre é atrativa para todo mundo, mas apresenta qualidades. Além de estar relacionada à diminuição de estresse e aumento da concentração, é um momento privado para você. Existem aplicativos que podem te ajudar! Mas se não se sentir muito confortável com a ideia, separar um pouco de tempo para diminuir a turbulência da mente fará muito bem.

Notou como cuidar do nosso corpo vai além de se hidratar bem ou evitar substâncias perigosas como álcool e tabaco? Se você quer ainda mais outros aliados do cotidiano para a memória, lembre-se de anotar fatos do seu cotidiano e organizar uma agenda, ou ainda um diário! E dá ainda para fazer pequenas coisas no seu dia a dia de um jeito diferente. Que tal escovar os dentes com a mão esquerda (se você é destro) ou tentar um caminho diferente para ir na padaria?

Como os Nootrópicos funcionam?

Citamos brevemente que os nootrópicos têm a capacidade de alterar a disponibilidade de compostos neuroquímicos no nosso organismo. Isso é verdade! Mas nem todo nootrópico agirá da mesma forma que o outro.

Por exemplo, o DHA auxilia na construção das bainhas de mielina, que é uma camada — ou capa — de gordura sobre a extensão dos axônios nos neurônios. E esse detalhe facilita a condução de impulsos elétricos na rede neuronal. Já o Ginkgo tem ação vasodilatadora e aumenta a oxigenação no cérebro, além da ação antioxidante.

Nootrópicos não agem com uma única dose! É necessário usar por mais tempo para você notar as diferenças. O tempo exato varia do nootrópico utilizado, da resposta individual do seu organismo e se você está consumindo nas doses indicadas corretamente.

E vale reforçar que, mesmo que a intenção seja que os nootrópicos apresentem mínimos ou nenhum efeito adverso, eles podem acontecer. A Bacopa é relacionada com diminuição de fertilidade masculina, reduzindo a motilidade de espermatozóides — efeito reversível ao suspender o uso. Já o Hipérico pode interagir com outros medicamentos. Portanto, busque orientações de profissionais de saúde com conhecimento em plantas medicinais. 

Vejamos agora uma lista de nootrópicos naturais manipulados e suas atuações no organismo!

Lista de 13 Nootrópicos naturais para sua memória!

1 — Bacopa — Na cultura hindu, essa planta tem o nome popular "brahmi", relacionada ao deus Brahma, que é considerado um deus da consciência, pensamento e criação. Na medicina ayurvédica, é justamente indicada para melhorar o intelecto! E na medicina convencional, essa qualidade vem se comprovando: possui atividade anti-inflamatória e inibitória da degradação da acetilcolina, um neurotransmissor importante para aprendizado e memória. Também tem leve ação ansiolítica, reduzindo o estresse — que é um fator que influencia a cognição. 

2 — Rhodiola — A Rhodiola vem do Ártico, nativa da Sibéria. É usada medicinalmente por uma série de culturas e apresenta também uma boa quantidade de mecanismos que podem explicar seu papel na memória. O primeiro a ser citado é o estímulo de neurotransmissores: serotonina, dopamina e norepinefrina, que promovem bem-estar e maior energia. Também tem ação antioxidante, antiapoptótica e colinérgica — também estimulando a acetilcolina. 

3 — Hipérico — Embora seja mais associado a tratamentos de depressão leves e moderados, o Hipérico também tem sua vez nas funções cognitivas. Ao aumentar a disponibilidade de serotonina no corpo, inibindo a recaptação desse mesmo neurotransmissor, o corpo poderá aproveitar maior sensação de bem-estar. Também ajuda a regular melhor a memória e concentração, já que a serotonina também atua nessas funções. Ou seja: além de você ter maior serenidade para lidar com informações novas, seu cérebro também estará mais apto a se lembrar delas.

4 — Marapuama - Aqui está um nootrópico da Amazônia! Trata-se de um cipó que, segundo a medicina tradicional, possui muitas qualidades. Uma delas é seu uso como tônico neuro-muscular, estimulando o corpo contra o esgotamento físico. Embora sejam necessárias mais pesquisas para assegurar todos os mecanismos de ação desta planta, já há pesquisas avaliando a atividade colinérgica da Marapuama. Vamos recordar que a acetilcolina é muito importante para o cérebro e a inibição de sua degradação apresenta melhora na cognição. 

5 — Ginseng — É uma raiz milenar, conhecida por combater a fadiga e promover a sensação de vitalidade. De modo geral, o Ginseng auxilia o corpo a lidar com estresse e modula o nosso sistema imune, pois regula o eixo HPA — um sistema neuroendócrino. Esse eixo tem uma série de processos, mas vamos ressaltar o cortisol envolvido, famoso por ser o hormônio do estresse. E você já sabe que o estresse é associado uma sequência de problemas, incluindo a diminuição de foco e concentração. Com o eixo HPA regulado e a redução de cansaço pelo Ginseng, você irá notar a diferença.

6 — Ginkgo — O Ginkgo é um tipo de árvore milenar, com folhas amareladas durante o outono. Possui ações vasodilatadoras periféricas, antioxidantes e neuroprotetoras. Por melhorar a oxigenação no cérebro, este órgão passa a ter um funcionamento potencializado, ajudando também a cognição e memória. É uma planta associada ao aumento de ondas cerebrais em pessoas acima de 50 anos, após um estudo da Botanical Society of Japan. 

7 — Centela — A Centela Asiática é outra planta conhecida na Medicina Tradicional Chinesa e na Medicina Ayurvédica, indicada para outros objetivos além de melhorar a memória e aprendizado. Ainda há pesquisas sobre os mecanismos de ação que comprovem seus efeitos, mas de modo geral os seus efeitos vasodilatadores periféricos e colinérgicos podem favorecer o intelecto, associados a melhora de nível de alerta e a diminuição de irritabilidade. 

8 — Guaraná- conhecido nosso, o Guaraná também serve para melhorar nossos processos cognitivos! E tal fato se explica pelos efeitos estimulantes da guaranina, um componente quimicamente semelhante a cafeína. Isso causa um estímulo metabólico no cérebro, combatendo o estresse, diminuindo a fadiga e aumentando o foco. Deste modo, é fácil entender porque o Guaraná é considerado um energético natural. 

9 — Maca Peruana — É uma raiz muito rica, nativa dos Andes. Aqui no Brasil é difícil encontrá-la in natura, mas em farmácias de manipulação disponibiliza em pó, cápsula e tintura. Além de ajudar na fertilidade e força muscular, a Maca oferece energia — que também faz muito bem para o cérebro. Outro aspecto positivo são os indícios que a Maca potencializa a respiração mitocondrial de nossas células, melhorando as funções cognitivas.

10 — Nó de Cachorro — Nativo do Brasil, o Nó de Cachorro é pesquisado pela Ciência para comprovar seus benefícios estimulantes indicados pela medicina tradicional. Considerada revigorante, essa planta apresenta antioxidantes e efeitos antiapoptóticos bons para o intelecto. Investiga-se também a ação estimulante de testosterona, que atua também na resiliência à estresse, sendo positivo para a cognição. 

11 — Lecitina de Soja — A Lecitina de Soja é um óleo específico retirado da soja. Possui muitos benefícios para a nossa saúde intelectual, pois estimula a produção de acetilcolina, ou seja, a Lecitina de Soja apresenta efeito colinérgico. Vamos lembrar que a acetilcolina é importante para transmissão de impulsos nervosos — a nível muscular e cognitivo. Assim, sua memória, aprendizado e percepção serão potencializados.

12 — DHA — O DHA é um tipo de Ômega 3, sendo vital para processos para a saúde. É uma gordura boa presente em alimentos como o peixes de águas géladas, mas felizmente é possível consumi-la em cápsulas. Tem atuação importante nos processos de cognição e formação de memória, pois auxilia na formação de capas de gordura na extensão dos axônios nos neurônios. Assim, a condução de impulsos nervosos é facilitada.

13 — Acariçoba — É uma planta nativa do continente americano, utilizada tradicionalmente para diversas finalidades. Os mecanismos exatos da Acariçoba sobre a memória e aprendizado ainda são estudados, embora já seja possível aproveitar suas ações vasodilatadoras periféricas, ansiolíticas e anti-inflamatórias. Ao que indica-se, essas qualidades da Acariçoba apresentam mecanismo sinérgico para a cognição." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ADIANTUM CAPILLUS VENERIS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Adiantum capillus-veneris L.
Família: 
Pteridaceae
Sinonímia científica: 
Adiantum tenerum var. dissectum M. Martens & Galeotti
Partes usadas: 
Folha, rizoma
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos, fitosteróis.
Propriedade terapêutica: 
Antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva, hipoglicêmica, expectorante, diurética.
Indicação terapêutica: 
Bronquite, rouquidão, pedras nos rins, desintoxicação do fígado, queixas peitorais, resfriado, tosse, dificuldade de respirar. 

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: maidenhair fern, southern maidenhair fern.
  • Francês: capillaire cheveux-de-Vénus, capillaire de Montpellier, cheveux de Vénus.
  • Alemão: frauenhaarfarn, venushaarfarn.
  • Italiano: capelvenere comune.
  • Espanhol: adianto, capilera, culantrillo de pozo

Origem, distribuição:
Nativa em vários países, tem distribuição subcosmopolita (ocorre em todos os continentes, exceto na Antártica ou Antártida). Temos várias espécies no Brasil.

Descrição:
Planta muito bonita, sensível, cresce em ambientes úmidos, não tolera vento nem exposição direta ao sol. Existem muitos tipos de avenca: de folha grande, folha miúda, tênues, mais consistentes etc..

É uma trepadeira pequena, perene, de 20 a 70 cm de altura. Possui haste e ramos marrom escuro, duros e finos. As folhas são pecioladas, alternas, finas, polimorfas, algumas são obovais e outras em forma de leque, estreitas na base e largas na parte superior onde apresentam sinuosidade e bordos que podem ser crenados ou denteados. 

Avencas, samambaias e outras plantas de folhagem são chamadas de plantas feto. Têm raiz, caule e folhas mas não produzem flores nem sementes. A reprodução é por meio de esporos. Nos fetos, as folhas são geralmente denominadas "frondes".

Uso popular e medicinal:
A planta é bem conhecida como ornamental mas é também usada em vários países para uma gama de problemas.

Na medicina chinesa é indicada para tratar a bronquite. No Curdistão é usada na forma seca, depois rehidratada e cozida em água, em seguida filtrada, servindo como uma bebida para se livrar de pedras nos rins, uma vez que é tida como diurética, além de ser utilizada para desintoxicar o fígado e facilitar a respiração.

Nas Filipinas as frondes são usadas para tratamento de queixas peitorais. No Irã e Iraque é indicada contra resfriado, tosse e dificuldade de respirar. Considerada útil em distúrbios respiratórios e urinários, ajuda a acalmar a tosse, a rouquidão e descongestionar o muco excessivo.

É usada como xarope em várias regiões da América Central, do Sul e Amazônia peruana como diurético. Na França um xarope das folhas é usado para reduzir o muco e a tosse, o chamado "Sirop de Capillaire". Na Inglaterra usam para asma, perda de cabelo e falta de ar.

As propriedades creditadas a avenca são antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva e hipoglicêmica. A decocção atua como supressor de tosse, expectorante, estimulante menstrual e descongestionante.

Os principais constituintes encontrados em avenca são carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos e fitosteróis:

  • Carotenoides: luteína, zeaxantina, violaxantina, neoxantina, rodoxantina, mutato xantina
  • Flavonoides: rutina, kaempherol, procianidina, quercetina, naringina, isoquercetina, prodelfinidina
  • Compostos fenólicos: ácidos cafeico, cumárico
  • Fitosteróis: beta-sitosterol, campesterol

 Dosagem indicada:

Queda de cabelo. Colocar 100 g de avenca seca em 1 litro de água. Ferver por 30 minutos. Esfriar, coar e utilizar para fricção diária no couro cabeludo. 

Rouquidão (xarope). Macerar 30 g de folha de avenca em ½ litro de água. Após 3 horas, passar a infusão por um guardanapo, apertar bem as folhas para extrair todo o liquido, em seguida colocar em uma panelinha. Adicionar o dobro do peso do líquido em açúcar ou mel de abelha e aquecer em banho-maria até a sua dissolução completa. Adicionar 30 g de água de flor de laranjeira e tomar o xarope, uma colher 3/4 vezes ao dia. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

RESUMO SOBRE O LIVRO DE ISAÍAS CAPÍTULO 38; " PÕE A TUA CASA EM ORDEM "

Ezequias era rei de Judá e nessa condição, no tempo em que o profeta veio a ele, vivia grandes problemas internos e externos na nação. Pelo lado externo o rei  inimigo ameaçava com todo o seu poderio invadir a nação. Pelo lado interno os temores e ausência de recursos traziam apreensão aos que o serviam no reino. Mas o que o rei não sabia é que ele tinha um problema ainda maior: ele ia morrer.

Muitas vezes o homem, rei de sua própria vida, envolvido com tantos problemas dessa vida; externos (família, trabalho, ocupações) e internos (angústia, temores, ansiedades) deixa de cuidar da principal questão: a que envolve a vida eterna (salvação) – se não cuida, a morte chega.

Assim, O Grande Deus, Justo Juiz, envia até ele o profeta para declarar-lhe uma sentença: morrerás e não viverás! Mas antes deste dispositivo dá um conselho  põe em ordem a sua casa! A desordem em que ele vivia  cuidava primeiro das coisas terrenas  o levou a enfermar-se e ficar sob a sombra da morte.

Diante de um comando sentencial lavrado e publicado, quem o recebe tem dois caminhos: aceitar e cumprir a sentença ou não aceitar e recorrer para que a sentença seja alterada. Ezequias escolhe o segundo caminho. Mas como recorrer de uma sentença que veio do Soberano Deus e Justo Juiz? Não há como um cidadão comum recorrer de nenhuma sentença, é necessário um advogado que faça a intermediação (sem advogado o juiz nem olha para recurso). Ainda bem que em I João 2:1 a palavra de Deus afirma que temos um advogado perante o Pai: o nome dele é Jesus. 

Mas não qualquer oração. Meras repetições não têm efeito. Não é qualquer recurso que muda uma sentença. Mas o que tem fundamento e argumentos fortes. Mas que argumentos usar diante de Deus se Sua palavra afirma que nossa justiça é como os trapos da imundícia (Is. 64:6)?

Não podemos jamais nos justificar a nós mesmos perante o Juiz Supremo. Mas a oração pelo Sangue de Jesus  feita com a verdadeira fé e contrição sincera fazem o recurso chegar no “gabinete” de Deus. Se por uma lado não podemos nos justificar, o Sangue de Jesus nos faz aceitos perante Deus.

Dessa forma, ao chorar muitíssimo, o que demonstrava seu arrependimento e súplica sinceros, há um mover no trono do Grande Deus. Ele conheceu do recurso.

Após conhecer do recurso ele envia novamente o profeta para declarar: " o recurso foi provido " Deus conheceu do recurso e deu-lhe provimento. Assim como um escrivão que torna pública uma sentença, O Espírito Santo nos anuncia e revela o amor de Deus. Assim, percebemos o envolvimento de toda a trindade na Justiça de Deus.

Uma sentença de morte foi reformada: agora a determinação é de Vida! Assim, amados, não aceitem a morte, a enfermidade do pecado que quer nos destruir, mas vá a Jesus ele é o único mediador entre nós e Deus (I Tm. 2:5). 

Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada ( Galatas 2: 16 ) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?