domingo, fevereiro 19

REFORMA PROTESTANTE, O QUE FOI ? QUAL O LEGADO DA REFORMA PROTESTANTE PARA A IGREJA E O MUNDO?

É Preciso voltarmos aos princípios da Reforma Protestante

Dia 31 de Outubro e comemorado o Aniversário da Reforma Protestante. Falaremos um pouco sobre este movimento que mudou consideravelmente não só a história da Igreja Cristã, como o Mundo em geral.

É Conhecido por todos, que de alguma forma estuda sobre esses acontecimentos, que a data estipulada como sendo o início da Reforma Protestante é dia 31 de Outubro de 1517, após o monge agostiniano Martinho Lutero fixar na porta da catedral de Wittemberg, na Alemanha 95 teses, que mostrava os erros e incoerência da Igreja Católica. Porém é preciso salientar que cristãos do mundo todo já haviam expressados sinais de insatisfação e ansiavam por uma mudança dentro da cristandade.

Grandes nomes como: Jhon Wyclif, Jhon Huss, Jerônimo Savonarola e anteriormente grupos como: Os Albigenses (Puritanos) e os Valdenses (Seguidores de Pedro Valdo) em meados do ano (1170 DC.) Já ecoavam uma mudança radical dentro da Igreja, que vivia tempos de luxúria e desvios doutrinários significantes.

Mas o grande estopim que culminou nesta reforma foi sem dúvida, algumas posturas adotadas pela Igreja romana  como as indulgências e aspectos relacionados com a salvação. Desta forma, é possível afirmar que a reforma iniciada por Lutero, foi na verdade um movimento inevitável que aconteceria mais cedo ou mais tarde.Já que neste período a sociedade em geral influenciada pelo pensamento Renascentista, havia tomado consideravelmente um sentimento de mudança e reforma.

Lutero influenciado por esses sentimentos e sem sombra de dúvidas, por um espírito cristão genuíno, foi certamente a pessoa mais indicada a realizar tal tarefa.

Após concluir o seu doutorado em teologia, começou a escrever sermões em salmos, romanos, gálatas e hebreus. Foi após estes trabalhos que passou cada vez mais a se desprender de sua antiga religião. E Finalmente em 1517, após calorosos debates com um outro monge dominicano representante do papa, que estava na Alemanha cobrando indulgências, resolveu reagir afixando na porta do castelo de Wittemberg as 95 teses que condenavam tais abusos. Outro fato significativo, nesta época que não pode ser esquecido e certamente ajudou a difundir as ideias do protestantismo, foi a criação da Imprensa por Gutemberg. Que certamente ajudou muito na divulgação destas ideias por toda a Alemanha e países próximos.

Visto essas coisas, é mais que justo dizer que a Reforma não foi apenas um movimento produzido por homens e sim um ato do próprio Deus dos céus. Que a seu tempo age na história em favor de seu povo.

A Reforma Protestante foi um movimento de reforma que englobou a política, religião e cultura e certamente influenciou grandemente a história da humanidade, transformando o mundo e a Igreja de Cristo.

O Movimento liderado por Lutero, tinha como chave mestra a doutrina da Justificação pela fé e um retorno radical as escrituras e as origens do cristianismo. Movidos por esses princípios, a reforma se espalhou rapidamente por toda a Alemanha e consequentemente a diversos outros países da Europa encontrando eco anos posteriores no mundo todo.Ao longo desse processo, grandes homens surgiram no cenário reformado e de forma brilhante contribuíram para o fortalecimento e expansão do movimento.

Grandes contribuições foram feitas, não somente à reforma, mas ao povo em geral. Enquanto na Alemanha a reforma foi iniciada e liderada por Lutero, na frança e na Suíça contou com Jhon Calvino, Guilherme Farel, Teodoro de Beza, Jhon Knox e Ulrico Zuínglio.

Princípios Fundamentais da Reforma:

No processo da Reforma Protestante foi sintetizado alguns princípios fundamentais ou credos teológicos básicos, então chamados de (05 Solas).
A Palavra Sola, vem do latim e em português significa ”Somente”, e implicitamente rejeitam e contrapõe os ensinamentos da então religião dominante,Sendo assim, ficou definido esses 05 pontos como sendo essenciais para a vida e prática cristã. Sendo eles: Sola Scriptura (Somente a Escritura), Sola Gratia (Somente a Graça), Sola Fide (Somente a Fé), Solus Christus (Somente Cristo) e Soli Deo gloria ( Glória somente a Deus).

Falaremos resumidamente, sobre estes princípios fundamentais da fé reformada a seguir.

Sola Scriptura: (Somente a Escritura)
É preciso relembrar, que a reforma do século XVI, foi acima de tudo, uma tentativa de volta as origens do cristianismo e estabelecer um retorno as escrituras como sendo a autoridade máxima do cristão  em oposição a autoridade ”infalível” do clero. Portanto com o conceito de somente a escritura, os reformadores estavam afirmando que a bíblia era a única fonte de revelação divina escrita por qual o cristão deve ser avaliado e nela contém tudo que o homem necessita para a salvação.
A Sola Scriptura é um princípio fundamental da Reforma e sustenta que as Sagradas Escrituras possuem primazia sobre a tradição e o magistério da Igreja. “Um simples leigo armado com as Escrituras é maior que o mais poderoso papa sem elas.” (Martinho Lutero).

Sola Gratia: ( Somente a Graça)
Este princípio é o ensinamento de que a salvação vem por meio da graça divina ou ´´favor imerecido´´e não por meio de obras, indulgências ou qualquer coisa externa a ela. Sola Gratia é o favor de Deus ao pecador mediante a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Efésios 2:8,9

Sola Fide: (Somente a Fé)
Este é o ensinamento de que a Justificação ou seja (o ato de ser declarado Justo, apenas por Deus) é recebida somente pela fé sem necessidade das boas obras em contraste com outras doutrinas de que o homem é justificado por obras e fé. Sola Fide é o entendimento de que o homem não pode ser justificado por seus méritos e sim somente pelos de Cristo. “fé produz justificação e boas obras” Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Romanos 3:28

Solus Christus: (Somente Cristo)
É o ensinamento de que Cristo é o único mediador entre Deus e os homens , e não existe salvação em nenhum outro. Solus Christus é o princípio que revela o senhorio de Cristo em contrário aquilo que se entende que Somente Cristo salva e conduz o homem a Deus.

Soli Deo Gloria: (Glória somente a Deus)
Este é o ensinamento de que a glória é devida somente a Deus, pois a salvação é realizada unicamente por sua vontade e ação, através de Jesus Cristo e o Espírito Santo. Soli Deo Gloria é o reconhecimento de que tudo pertence a ele, inclusive o cristão  que deve glorificá-lo em todas as áreas da vida, seja religiosa ou não.

Estamos partindo para o fim deste artigo, já vimos um pouco da história (Ainda que resumida) da Reforma, seus principais princípios teológicos e agora é preciso lembrarmos do legado deste grandioso empreendimento de Deus.

O Legado da Reforma para a Igreja e o Mundo:

Não podemos negar que o maior legado produzido pela Reforma para a Igreja de Cristo foi certamente o retorno e apreço pelas escrituras, levando Lutero a traduzir as escrituras para o idioma alemão e produzindo gradativamente o acesso do povo comum à bíblia, permitindo assim que pessoas simples pudessem conhecer a Deus.

A Doutrina da Justificação pela fé e a do sacerdócio dos santos, defendida pelos reformadores mudou a maneira dos cristãos de se relacionarem com Deus, retirando aquele fardo imposto pela religião dominante e trazendo aquilo que Paulo fala em uma de suas epístolas ´´Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; ´´ Romanos 5:1

Além desses importantes avanços e mudança de paradigmas para a Igreja é preciso lembrarmos, que o legado da reforma ultrapassa os arraiais cristãos expandindo-se ao mundo todo, proporcionando o acesso a educação ao povo, com criações de diversas universidades ainda no século XVI, e posteriormente diversas outras que contribuíram sem sombra de dúvida para o progresso do mundo.
Entre elas, estão as mais renomadas: Harvard (1643) e Princeton (1746), a Universidade Livre de Amsterdam (1881) e Yale fundada em (1640). Além da área educacional, a Reforma certamente abriu caminho para diversas outras áreas, como a ciência e até mesmo na economia! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

PLANTAS MEDICINAIS QUE PODEM AJUDAR NO TRATAMENTO DE VÁRIAS DOENÇAS:

Para cada doença ou problema relacionado à saúde é possível utilizar várias espécies de plantas medicinais. A escolha da espécie mais apropriada depende do estágio da doença, das condições próprias do paciente e das ações farmacológicas pretendidas. A escolha de plantas medicinais agrupadas por doença ou problema relacionado à saúde aqui apresentadas, tem finalidade didática, não implicando em indicação direta quanto ao uso. Assim, a escolha da espécie mais apropriada para cada paciente exigirá de cada profissional de saúde, de cada fitoterapeuta um estudo mais detalhado antes da prescrição.
1. Doença do sistema nervoso:

Cefaleia crônica:

  1. Lavanda officinalis chix
  2. Lippia Alba ( mill ) n.e.ex. Britto & p.wilson

Demência:

  1. Curcuma longa L.

Neuralgias:

  1. Baccharis trimera ( Less ) Dc.
  2. Hypericum perforatum L.
  3. Óleo euro para L.

Síndrome da fadiga crônica:

  1. Curcuma longa L. 
  2. Pfaffia glomerata ( spren) pederson.

Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade:

  1. Centelha asiática ( L.) Urb.
  2. Hydrocotyle Umbellata L.                                                         " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA)

sábado, fevereiro 18

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " COUTAREA HEXANDRA ( JACG ) K. SCHUM. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum.
Família: 
Rubiaceae
Sinonímia científica: 
Portlandia acuminata Willd. ex Schult.
Partes usadas: 
Casca, entrecasca.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Heterósidas saponínicas, salsapogênicas, esmilagenina, parigenina, ácido salsápico, resina, esteróis, glicose, ácidos graxos, flavonoides, cumarinas.
Propriedade terapêutica: 
Antimicrobiana, diurética, abortiva, anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica.
Indicação terapêutica: 
Febre intermitente, malária, paludismo, ferida, inflamação, cálculo biliar.

Origem, distribuição:

Distribuição do México até América tropical. Nativa do Brasil, amplamente distribuída em regiões úmidas da Amazônia e Mata Atlântica.

Descrição:

Espécie arbórea atinge até 5,5 m, tronco tortuoso e copa globosa, com inflorescência rósea, extremidade dos ramos achatada, levemente estriada. Folha e margem do limbo inteira, filotaxia oposta. Frutos em cápsulas com bastantes sementes.

Usada como planta ornamental em paisagismo. A madeira é empregada na confecção de cabo de pequenas ferramentas, lenha e carvão. Considerada "árvore rara" devido ao extrativismo predatório para uso medicinal.

Uso popular e medicinal:

Trabalhos científicos têm sido realizados para comprovar o extenso uso etnomedicinal de C. hexandra como analgésico e anti-inflamatório. De sabor amargo, a casca é usada contra febre intermitente, malária (ou paludismo), feridas e inflamações.

Estudos fitoquímicos revelaram a presença de flavonoides e cumarinas em extratos de C. hexandra.

Um estudo farmacológico atesta que o extrato aquoso da entrecasca possui efeitos anti-inflamatório e antinociceptivo e não apresenta toxicidade aguda em camundongos. O efeito antinociceptivo não está relacionado à ativação dos sistemas opioide e adenosina e ao menos parcialmente é decorrente da atuação do extrato aquoso em nível central.

Outro estudo verificou a ação antimicrobiana das cascas. O extrato etanólico das cascas foi submetido a testes qualitativos de difusão em discos para nove microrganismos de diferentes classes: Gram-positivas, Gram-negativas, álcool ácido-resistentes e leveduras. O extrato etanólico apresentou substâncias ativas para bactérias Gram-positivas e levedura e inativo para todos os microrganismos Gram-negativos.

Outro trabalho avaliou o potencial anti-hepatotóxico de extratos de cascas e folhas provenientes de C. hexandra e de outro vegetal também conhecido por quina: Strychnos pseudoquina. A autora afirma que os extratos das cascas (100 e 200 mg/kg) e das folhas (100 e 300 mg/kg) de C. hexandra aumentam significativamente o nível de albumina sérica quando comparado com o grupo controle com hepatotoxicidade induzida por paracetamol. Comparado a  estudos histológicos que sugerem que o extrato das cascas quando administrado na dose de 100 mg/kg tenha efeito anti-hepatotóxico, os resultados dos parâmetros bioquímicos não sustentam essa hipótese. Conclui que os extratos de cascas e folhas de C. hexandra têm fraco efeito anti-hepatotóxico em toxicidade induzida por paracetamol em ratos.

Cita-se que o chá da casca é popularmente utilizado no tratamento da malária em substituição às espécies de Chinchona. A casca inferior cozida (decocto) é empregada contra cálculos biliares para amenizar as dores da vesícula. Ensaios farmacológicos com animais têm demonstrado propriedade anti-inflamatória do extrato. Um estudo utilizando compostos isolados da casca sobre cobaias revelou que uma destas substâncias exerceu efeito relaxante sobre a traqueia. Externamente pode servir como cicatrizante contra feridas sob forma de banho e ou compressa.

A composição química contém heterósidas saponínicas, salsapogênicas, esmilagenina, parigenina, ácido salsápico, resina, esteróis, glicose e ácidos graxos! NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( AS PLANTAS MEDICINAIS VÃO ALÉM DA COMPREENSÃO DA MEDICINA )

O ECUMENISMO É CERTO OU ERRADO? VAMOS ENTENDER?

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
1 Timóteo 2:5

Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo ecumênico provém da origem grega, designando “toda a terra habitada”. Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões. Trazendo mais por ponto de vista de nossa sociedade, o ecumenismo significa a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs, de segmentos diferentes como a católica e a protestante. É como se fosse uma situação em que igrejas que pensam de maneira diferente devam trabalhar juntas, respeitando, tolerando ou até mesmo admitindo a maneira de pensar umas das outras. E nesse contexto, muito se é enfatizado que se deve trabalhar em unidade, sempre se falando de amor e comunhão, que são pregados por indivíduos aderentes ao ecumenismo. Mas para nossa realidade cristã, o ecumenismo de fato seria um avanço? Ou seria algo prejudicial? Como lidar com um movimento com essas “virtudes”? Sempre devemos buscar uma orientação de Deus para esse e qualquer outro caso.

O movimento ecumênico, tal como o conhecemos hoje, surgiu a partir da Conferência Missionária Mundial, realizada em 1910 em Edimburgo, na Escócia. A principal expressão atual desse movimento é o Conselho Mundial de Igrejas, criado na Holanda em 1948, idealizada e realizada por John Mott, metodista. Em sua motivação original, o ecumenismo foi uma reação contra as múltiplas e profundas divisões existentes no cristianismo. Um exemplo claro pode ser visto na questão do conceito que católicos adotam que se difere muito do conceito dado pelos crentes protestantes. A vinda desse movimento se mostrou muito linda, logo que foi seguida por outras conferências. Ela mostra um cenário pacífico. Sem discórdias. Sem discriminações. Sem conflitos. Sem os grandes problemas gerados pela religião. Todas as pessoas vivendo numa paz, que parece impossível de ser vivida nos dias de hoje. A idéia que o movimento ecumênico traz consegue, é todo esse bem estar na vida do ser humano, mostrando que sua aderência seria o melhor caminho para chegarmos a vontade de Deus para os homens. Mas será que de fato é assim?

Quando se tenta sustentar um movimento como este, os ecumênicos dão sempre ênfase ao amor de Deus. Tal amor é uma característica importantíssima da natureza divina ( 1 João 4-8 ), porém, pra justificar o que é profano e não agradável a Deus, não usam a Justiça de Deus como uma defesa do seu movimento, visto que tal característica de Deus seria contra os valores defendidos pelo ecumenismo. Em outras palavras, usam as verdades bíblicas apenas em situações que lhe convém. Fala-se do amor de Deus, mas não de Sua justiça. Fala-se da unidade, mas não da santidade. Tudo que é contrário às idéias ecumênicas, é evitado pelos defensores desse movimento. Apesar de biblicamente o ecumenismo ser um movimento incoerente, ele tem crescido de maneira notável na sociedade em que vivemos. Basta se olhar e ver que artistas evangélicos tem se envolvido em situações um tanto quanto confusas. Vemos que padres elogiam os mesmos artistas pelas suas músicas, e que algumas delas são introduzidas em suas capelas. Com a situação já desse jeito, como reverter algo que vem crescendo dia após dia?

Imagine, uma que uma sociedade, venha a aderir ao ecumenismo. Será que seria favorável aos cristãos uma nação que tenha uma ideologia ecumênica? Como já vimos, é um movimento que destaca muito a paz que o próprio proporciona entre seguidores de religiões diferentes, pois visa acabar com os conflitos existentes entre eles. Em outras palavras, é um movimento que de certa forma “uniria” as diferentes crenças com o fim de não se haver lutas ou discórdias entre as mesmas.

Como isso seria para os cristãos? Em relação às doutrinas, que são detalhadas em vários textos da Bíblia? Como numa sociedade onde o ecumenismo é presente, falar sobre salvação, dizendo que Jesus é o único Caminho para a raça humana poder se salvar, poder se achegar a Deus, se em outras religiões muitos acreditam alcançar isso somente por boas obras, ou por serem possuidores de um bom caráter, ou até mesmo alcançar isso por outros deuses? Com essas e outras questões, é bem visível observar que o ecumenismo é no mínimo inviável. Seria muito conflito só nas idéias que cada religião acredita!

Mas os defensores ecumênicos teriam ainda outras justificações para seu movimento. Uma delas é a grande mortandade e prejuízo que os conflitos gerados por religiosos tem acarretado na vida das pessoas. Podem citar, por exemplo, as Cruzadas em que muitas pessoas morreram. Ou até mesmo a época em que Calvino governava uma cidade na Suíça, em que quem não obedecesse ao estilo de vida imposto ali, sofreria uma dura punição, como aconteceu com o médico Miguel de Servet, que foi queimado vivo. Essas e tantas outras histórias serviriam como base de defesa pro movimento ecumênico, mas será que elas provam que o Ecumenismo é uma ótima solução para a sociedade?
Pense agora nas conseqüências do movimento ecumênico, respondendo as seguintes perguntas:

– Seria possível você falar baseado em suas crenças naquilo que acredita sem discordar de outros?
– Uma discordância de sua parte, seria considerada preconceito religioso?
– Como se uniriam tantas religiões com pensamentos tão diferentes?
– Como seria essa “religião ecumênica”?

Como pode se ver, tentar responder a qualquer uma dessas perguntas é uma missão bem complicada. Fica bem claro que o ecumenismo, não seria aquilo que dizem ser. Pode ser uma estratégia, um plano, ou qualquer outra coisa, mas está longe de ser uma solução e de ser a verdade em que devemos caminhar. Devemos nos basear na Bíblia, pois nela podemos sim construir uma vida religiosa de acordo com a vontade de Deus. Cuidado para não se enganar com quaisquer ideais que se apresentam por aí, pois muitas vezes, elas são muito bem pensados e tramados, e quando estão em execução, destroem seus opositores e corrompe seus adeptos! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, fevereiro 17

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " TROPAEOLUM MAJUS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Tropaeolum majus L.
Família: 
Tropaeolaceae
Sinonímia científica: 
Cardamindum majus Moench
Partes usadas: 
Folha, botão floral e flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Mirosina, açúcares, óleo graxo, albuminas, óleo essencial, substâncias antibióticas, glicosídeo, isotiocianato (óleo mostarda), pigmentos, resinas, pectina, vitamina C, minerais.
Propriedade terapêutica: 
Expectorante, desinfetante, nutricional, aperiente, digestivo, antiescorbútico, antisséptico, fortificante dos cabelos, tônica do sangue, diurética, depurativa.
Indicação terapêutica: 
Depressão nervosa, estafa, limpeza de pele e olhos, desinfetar e cicatrizar feridas, afecção cutânea, enfisema pulmonar, desinfetante das vias urinárias, fortalecimento do cabelo.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: indian cress, nasturtium
  • Alemão: kapuzinerkresse, gelbes vögerl, kapuzinerli, salatblume
  • Espanhol: mastuerzo de Índias, capuchina
  • Francês: capucine
  • Italiano: cappucina

Origem, distribuição
Peru e México. Foi levada à Europa pelos descobridores.

Uso popular e medicinal:
O vegetal é comestível, tem sabor semelhante ao do agrião, podendo suas folhas e flores serem consumidas em forma de saladas revitalizantes na primavera (em caso de avitaminoses).

Seu sabor picante e ação antibiótica é devido aos compostos similares ao óleo de mostarda, a glucotrapaeolina, que com a presença da enzima específica (mirosina) libera glicose e isotiocianato de benzila.

A presença do composto sulfurado explica o sabor picante do enxofre, bem como a ação antibiótica e antifúngica. O uso das folhas e flores abre o apetite e favorece a digestão, além de ter propriedades antiescorbúticas. Também reputa-se ação depurativa.

Com propriedades antisséptica e tônica do sangue e dos órgão digestivos, a capuchinha pode ser utilizada nas depressões nervosas e estafa.

Pode também ser utilizada na limpeza de pele e dos olhos. Os frutos, quando secos e reduzidos a pó, constituem um bom purgante. Produz ótimos resultados no tratamento de escrofuloses, eczemas, psoríases e outras afecções cutâneas.

Muito utilizado desde tempos remotos para desinfetar e cicatrizar feridas.

A semente é um antibiótico vegetal, ativo contra os microorganismos dos gêneros estafilococo, proteus, estreptococo e salmonela.

As substâncias contidas nas sementes são intensamente eliminadas pela urina e parcialmente pelos pulmões. São portanto usadas pelo seu efeito desinfetante em caso de infecções agudas das vias urinárias ou dos brônquios, geralmente sob a forma de comprimidos.

O teor significativo da vitamina C e a presença do óleo de mostarda fazem aumentar naturalmente as defesas do organismo.

O suco fresco das plantas tem os mesmos efeitos: a dose é de 30 a 50g ao dia.

As flores e folhas também possuem este antibiótico natural que não interfere na flora intestinal, sendo efetiva mesmo contra os microorganismo que já adquiriram resistência à antibióticos comuns.

Em casos de enfizema pulmonar, o suco tem notável efeito quando bebido com leite. Tem também a reputação de promover produção de células vermelhas na medula óssea.

Constituintes: mirosina, açúcares (glicose, frutose), óleo graxo  (20% nas sementes), albuminas, óleo essencial, substâncias antibióticas, glicosideo (glucotrapaeoline, 1,5% nas sementes), isotiocianato (óleo mostarda), pigmentos, resinas, pectina, vitamina C, minerais.

 Dosagem indicada:
Afecções pulmonares, expectorante
Em um pilão, coloque 2 colheres (sopa) de folhas frescas. Amasse bem e em seguida adicione 1 xícara (chá) de leite quente. Coe em uma peneira. Tome 1 xícara (chá), 2 vezes ao dia, podendo ser adoçado com mel.

Diurético, desinfetante das vias urinárias
Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (sopa) de folhas frescas ou secas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá), 2 vezes ao dia. Recomenda-se não tomar este infuso após as 17h.

Alimento nutritivo:
Em um recipiente, coloque 1 punhado de folhas e flores frescas picadas, 1 cebola média picada, 1 maçã picada e 1 xícara (chá) de trigo para quibe já preparado. Tempere com sal e limão. Deve ser consumida antes das principais refeições.

Fortalecer o couro cabeludo, cabelos fortes e brilhantes, crescimento de cabelos, prevenção da queda de cabelos
Em um pilão coloque 2 colheres (sopa) de folhas frescas de capuchinha e 2 colheres (sopa) de folhas frescas de bardana. Amasse bem e acrescente 1 xícara (chá) de álcool de cereais a 80%. Deixe em maceração por 5 dias. Coe em um pano, espremendo bem. Aplique a loção no couro cabeludo, fazendo uma ligeira fricção. Espere 5 minutos e enxague com água morna. Repita 1 vez por semana.

 Efeito colateral:
No caso de consumir em grandes quantidades, pode have irritação do estômago, intestino ou rins. Para fórmulas preparadas com doses estabelecidas, não há com que se preocupar.

 Culinária:
As flores e folhas podem ser empregadas em saladas. No vinagrete, os brotos de flores podem ser utilizados em substituição às alcaparras. Também torna-se um alimento delicioso, consumido em forma de patê preparado com ricota.

Qualquer de suas partes pode ser batida com manteiga amornada, para então oferecer à manteiga um sabor especial. É uma ótima sugestão consumir no pão ou torrada.

Veterinária
Dar às galinhas em forma de alimento para prevenir e curar por vírus." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA )

O ENFOCO MISSIÓLOGICO DO APÓSTOLO PAULO:

No ensejo de preparar esse estudo sobre a Teologia Paulina de Missões, optei- me em apresentá-lo conforme se verá a seguir, por entender que uma leitura daquilo que o apóstolo aos gentios acreditava, produzira e vivenciava, é de extrema importância para a Igreja da atualidade, tão descaracterizada em sua teologia e práticas ministeriais, seguindo ensinamentos não fundamentados nas Sagradas Escrituras mas oriundos da mente de homens, muitos deles com objetivos não compatíveis com a santidade do Evangelho.

Diante do exposto, pretendemos com a graça divina, fazer ver aos leitores como Paulo encarava a questão missionária e a ênfase que se descobre numa leitura de seus escritos. Isto posto, trataremos primeiramente sobre a Escritura que o apóstolo lia, acreditava e pregava. Essa Escritura, que era a escritura dos hebreus, a primeira parte de nossa Bíblia – o Antigo Testamento, era a parte inicial da revelação divina, tida por Paulo como escritura verídica, autoritária e canônica.

Em seguida, examinaremos o assunto das Escrituras produzidas por Paulo, ou seja, o grupo de treze cartas, escritas pelo apóstolo, sob inspiração divina, que faz parte do cânon do Novo Testamento, que legisla sobre quase todos os assuntos ligados à igreja do Senhor, inclusive sobre a obra missionária. Na terceira divisão do trabalho, enfatizaremos a mensagem pregada por Paulo no cotidiano do seu ministério, a mensagem do Evangelho, que tem como pilares a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, mensagem essa que para aquele apóstolo era o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

No quarto momento deste trabalho, trataremos da questão do crescimento harmonioso e sadio das comunidades evangélicas fundadas por Paulo ou por outros, mostrando a sua preocupação para com a Igreja do Senhor que ele, como apóstolo, entendia que era responsabilidade sua. Por fim, trataremos da questão social segundo a ótica paulina, através da qual faremos referência a temas como a família, a escravidão, as relações de trabalho, a obediência às autoridades constituídas, os tributos e a ação social da igreja na área da beneficência.

Neste estudo, faremos menção constante das Escrituras principalmente das cartas escritas por Paulo e do livro de Atos dos Apóstolos, no qual encontramos alguns sermões daquele que foi o apóstolo dos gentios.
Objetivamos com isto mostrar a atualidade de Paulo bem como a necessidade de uma releitura de suas cartas, para promover uma mudança na postura ministerial de muitos obreiros do Senhor bem como das comunidades que têm o privilégio de dirigir.

Evidentemente que este trabalho tem as suas limitações, pois não foi nossa pretensão fazer um minucioso estudo sobre a teologia paulina, o que caberia na atualidade, mas apenas enfocar alguns temas que achamos importantes para a Igreja do século XXI que tem uma forte preocupação missionária.
Um aprofundamento da questão paulina deve ser buscado nos abundantes livros já produzidos, principalmente, naqueles ligados à teologia do Novo Testamento ou mesmo à teologia paulina, estando alguns desses livros listados na bibliografia identificada no final deste texto.

I – As Escrituras que Paulo lia

Quando o apóstolo Paulo surgiu no cenário cristão, as escrituras hebraicas, a primeira parte da revelação divina do Cânon Sagrado, já era uma realidade histórica de mais de quatrocentos anos.

As escrituras hebraicas compostas dos livros da lei (Torá), dos Escritos e dos Profetas na classificação do judaísmo, que fora compilada pelo sacerdote-escriba Esdras, no período de 464 – 424 a.C. eram a única escritura aceita pelos judeus como canônica na época de Paulo, bem como até ao dia de hoje.
Devido à cultura grega ter dominado o mundo antigo, surgiu à necessidade de essa Escritura ser traduzido das línguas originais (hebraico e aramaico) para o grego, o que foi feito entre os anos de 284 – 247 a.C. em Alexandria no Egito, por setenta anciãos de Israel, segundo a tradição judaica. Essa versão conhecida pelo nome de Septuaginta, era a escritura usada livremente pelo povo da época ao contrário do texto em hebraico/aramaico, que tinha o seu uso circunscrito aos serviços religiosos da Sinagoga e do Santuário.

A Septuaginta distribuiu os livros por assunto, arrumando-os diferentemente da compilação feita por Esdras (A Lei, os Profetas e os Escritos), em livros da Lei, livros Históricos, livros Poéticos e livros Proféticos, mas mantendo-se fiel aos escritos originais.
Paulo, como judeu-romano que era, poliglota, conhecia as Escrituras Hebraicas bem como a sua tradução para o grego, a Septuaginta. Na escola onde Paulo estudou a de Gamaliel, neto do famoso rabino Hillel, fundador da escola liberal de interpretação das Escrituras, aprendeu os Escritos Sagrados, segundo o seu próprio testemunho: “Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com Deus, assim como todos vós sois no dia de hoje” At 22.3. Certamente as duas versões das Escrituras eram trabalhadas em sala de aula, na escola de Gamaliel.

De maneira que, podemos concluir que Paulo conhecia as Escrituras hebraicas e a sua versão grega e as considerava como a revelação divina, autoritativa, verídica e que continha todo o plano de Deus revelado até então.
Paulo entendia que as Escrituras proféticas tinham o seu cumprimento na pessoa e obra de Jesus Cristo nosso Senhor, e na sua argumentação para convencer tanto os judeus apegados ao texto hebraico como aos judeus helenizados, ele fazia uso da mesma de forma abundante.

A mensagem de Paulo tinha uma base escriturística muito forte, isto é o que entendemos da leitura de textos como os a seguir identificados: “Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo” At 9.22. “Mas, alcançando socorro de Deus, permaneço até ao dia de hoje, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, nada dizendo, senão o que os profetas e Moisés disseram haver de acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios” At 26.22,23. “Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua residência. Então, desde a manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas” At 28.23.

No poderoso sermão pregado na sinagoga de Antioquia da Pisídia, registrado em Atos 13.16-41, Paulo usou abundantemente as Sagradas Escrituras para provar que o Senhor Jesus Cristo era o Salvador e que todos os que cressem nele seriam justificados diante de Deus.
Em Tessalônica, Paulo ao pregar o Evangelho fê-lo argumentando em cima das Escrituras: “Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los, e por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio”. At 17.2,3.

Em Beréia, a argumentação escriturística fora atentamente acompanhada pelos bereanos, resultando na conversão de muitos deles. No sermão, no areópago em Atenas, registrado em At 17.22-31, perante uma seleta plateia gentia, Paulo usa as Escrituras para testificar àqueles homens a graça divina, inclusive fazendo uma incursão na própria cultura grega, citando um de seus poetas. Em Corinto, na sinagoga que existia naquela cidade, Paulo testemunha aos judeus, baseado nas Escrituras, que Jesus era o Cristo, o Messias esperado (At 18.1-5). Em Éfeso (At 19.8), o apóstolo Paulo prega na sinagoga e o livro texto de seu sermão era as Sagradas Escrituras que chamamos de Antigo Testamento.
Também em seu testemunho pessoal sobre a conversão a Cristo Jesus, Paulo faz alusão ao antigo texto sagrado (At 26.1-27).

Diante do exposto, concluímos este assunto, realçando que Paulo era um profundo conhecedor das Escrituras hebraicas, e que a interpretava corretamente, e que fazia a sua aplicação de forma contextualizada em suas pregações e ensino ao longo de seu ministério apostólico.
Essa postura de Paulo acerca da valoração das Escrituras do Antigo Testamento nos faz refletir sobre a importância dessa parte do Cânon Sagrado bem como do teor das mensagens pregadas hoje nos púlpitos das igrejas evangélicas e nos campos missionários, muitas delas fugindo da real veracidade do texto bíblico, bem como de sua aplicação correta.

II – As Escrituras produzidas por Paulo

Deus, segundo o beneplácito de Sua soberana vontade, escolheu o apóstolo Paulo para ser um dos instrumentos de Sua revelação especial. Paulo, pela graça de Deus, além de ter sido um eficaz pregador foi também um exímio escritor. Ele produziu sob inspiração divina, treze dos vinte e sete livros do Novo Testamento. Dentre as suas cartas, nove foram destinadas a Igrejas organizadas, e quatro a obreiros e colaboradores seus.
Paulo em suas epístolas tratou, praticamente, de todos os grandes assuntos da fé cristã, e esses ensinamentos consolidaram o corpo doutrinário como nós o conhecemos hoje.

A seguir veremos sucintamente o conteúdo de cada escrito do apóstolo aos gentios:
Carta aos Romanos – A mais formal das cartas escritas por Paulo. A epístola aos Romanos apresenta, de maneira sistemática, a doutrina da justificação pela fé e suas ramificações. O tema da epístola é a justiça de Deus (1.16,17). Um bom número de doutrinas fundamentais da fé cristã é discutido: a revelação natural (1.19,20), a universalidade do pecado (3.9-20), a justificação pela fé (3.24), a propiciação através do sangue de Jesus (3.25), a fé (cap. 4), o pecado original (5.12), a união com Cristo (cap. 6), a vida no Espírito (cap. 8), a eleição e rejeição de Israel (cap. 9-11), os dons espirituais (12.3-8) e o respeito às autoridades (13.1-7).

Carta aos Coríntios (Primeira) – Essa carta é predominantemente prática em sua ênfase, tratando de problemas espirituais e morais de uma igreja local. É um manual prático de teologia pastoral. Ênfases importantes incluem: a preservação da unidade da igreja (1.10-13), Cristo, o centro da mensagem de Paulo (1.23,24), Cristo, o fundamento da igreja (3.10-15), o tribunal de Cristo (3.11-15), a habitação do Espírito (6.19,20), a glória de Deus (10.31), a ceia do Senhor (11.23-34), o exercício dos dons espirituais (cap. 12-14), o amor (cap. 13), e a ressurreição do corpo (cap. 15).

Carta aos Coríntios (Segunda) – Contém detalhes pessoais e autobiográficos da vida de Paulo (4.8-18; 11.22-33). O tratamento mais importante da contribuição cristã, no Novo Testamento, é encontrado nos capítulos 8 e 9.
Carta aos Gálatas – O tema justificação pela fé é defendido, explicado e aplicado. Outros assuntos significativos são a estada de Paulo na Arábia por três anos (1.17), sua repreensão a Pedro (2.11), a lei como aio ou pedagogo (3.24) e o fruto do Espírito (5.22,23).

Carta aos Efésios – O grande tema dessa carta é o propósito eterno de Deus de estabelecer e completar o Seu povo, a Igreja de Cristo. Ao desenvolver este tema, Paulo trata da predestinação (1.3-14), a liderança de Cristo sobre o corpo, como cabeça (1.22,23; 4.15,16), a Igreja como edifício e templo de Deus (2.21,22), o mistério de Cristo (3.1-21), dons espirituais (4.7-16), o viver do cristão (4.17-32), e a Igreja como noiva de Cristo (5.24-32), e a armadura espiritual do cristão  (6.10-18).

Carta aos Filipenses – Uma das mais importantes passagens doutrinárias do Novo Testamento é Filipenses 2.5-8; nela Paulo apresenta a doutrina da kenosis – a auto-humilhação ou auto-esvaziamento de Cristo. É enfatizada a oração (4.6,7). Um retrato autobiográfico significativo aparece em 3.4-14.
Carta aos Colossenses – O tema é a supremacia e plena suficiência de Cristo. Assuntos importantes incluem a pessoa e obra de Cristo (1.15-23), heresia gnóstica (2.8-23) e a união do cristão com Cristo (3.1-4).

Carta aos Tessalonicenses (Primeira) – As passagens chaves dessa epístola são escatológicas, ou seja, relacionadas aos acontecimentos dos últimos dias, como a segunda vinda de Cristo, o arrebatamento da Igreja (4.13-18) e o dia do Senhor (5.1-11).
Carta aos Tessalonicenses (Segunda) – A divisão principal trata sobre o homem do pecado (2.1-12) deve ser comparada com outras passagens na Bíblia que falam desse anticristo (Dn 9.27; Mt 24.15; Ap 11.7; 13.1-10).

Carta a Timóteo (Primeira) – Em relação a Timóteo pessoalmente, o tema da carta é “combater o bom combate” (1.18). Em relação à Igreja como um corpo, o tema é “a conduta na casa de Deus” (3.15). Assuntos importantes na epístola incluem a lei (1.7-11), oração (2.1-8), traje e atividades das mulheres (2.9-15), qualificações para bispos ou presbíteros e diáconos (3.1-13), os últimos dias (4.1-3), o cuidado para com as viúvas (5.3-16), e o uso do dinheiro (6.6-19).

Carta a Timóteo (Segunda) – O tema pode ser derivado de 2.3, “um bom soldado de Cristo Jesus”. Assuntos importantes na carta incluem a apostasia dos últimos dias (3.1-9; cf. 1 Tm 4.1-3), a inspiração das Escrituras (3.16), e a recompensa do cristão fiel (4.8).
Carta a Tito – Tópicos importantes discutidos nesta carta incluem as qualificações para o presbiterato (1.5-9), instruções a várias faixas etárias na Igreja (2.1-8), relação entre a regeneração, as obras humanas e o Espírito (3.5).

Carta a Filemom – É a mais pessoal das cartas de Paulo. O apóstolo Paulo intercede por um escravo que se tornara cristão através de sua instrumentalidade.
Em algumas dessas cartas, observa-se o grande interesse de Paulo em consolidar e estruturar as Igrejas conforme os textos encontrados em 2 Co 11.2,3; 1 Co 4.17; Gl 4.19,20;…

Paulo com os seus escritos deu uma contribuição extraordinária à obra missionária, considerando que fazer missões é muito mais do que pregar o Evangelho, mas também edificar igrejas autóctones, sadias, equilibradas. Os ensinos de Paulo em suas cartas têm a finalidade de atender essa necessidade, ou seja, fornecer um padrão estabelecido por Deus para a obra missionária, padrão esse que é o paradigma nessa área em todas as épocas.

III – A mensagem do Evangelho pregada por Paulo

A mensagem pregada por Paulo, em seus sermões e escritos, tinha como pontos centrais a morte e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo, conforme os textos a seguir identificados: “e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos” (At 13.28-30). “expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos, e que este é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio” At 17.3. “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” At 17.31.

Na apresentação da essência do Evangelho, quando escrevia aos Romanos e aos Coríntios, Paulo disse: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”. Rm 4.25. “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiro vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. 1 Co 15.1-4.

O Evangelho de Cristo que significa boas novas de salvação através de Jesus Cristo, que segundo Paulo é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16,17), é a mensagem redentora proporcionada pela morte de Jesus Cristo que, de acordo com o apóstolo, tinha as seguintes características teológicas:
1) Uma morte expiatória – A expiação é a anulação da culpa ou a remoção do pecado por meio de alguma interposição meritória. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”. Paulo vê a morte do Senhor Jesus Cristo como uma morte expiatória. Em várias referências, ele associa distintamente a morte de Cristo com o ritual e conceito de sacrifício do Antigo Testamento.

Em Romanos 3.25, Paulo faz uma alusão direta à oferenda pelo pecado que era apresentada pelo sumo sacerdote no ritual judaico do grande Dia da Expiação. Ele descreve a morte de Cristo como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2). O aspecto expiatório da morte de Cristo é visto nas frequentes referências ao Seu sangue, conforme os textos de Rm 3.25; 5.9; Ef 1.7; 2.13 e Cl 1.20.

2) Um sacrifício pelos pecados – a morte de Cristo foi um sacrifício eficaz a favor do pecado do homem. Por conseguinte, cada membro da raça humana nasce em tese sobre a sombra protetora da cruz. Assim como a culpa do pecado de Adão é imputada a sua posteridade, assim também a sua posteridade compartilha da ação meritória da obra redentora realizada por Cristo na cruz do Calvário. A morte de Jesus Cristo é, potencial e provisionalmente, um sacrifício em favor dos pecados do mundo. Nesse sentido, Ele provou a morte em favor de todo homem e a si mesmo se deu em resgate por todos, e é o Salvador dos homens. “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois de fato sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro Pascoal, foi imolado” 1 Co

5.7. Evidentemente que deve ser considerado todos os homens, nesse contexto, como todos aqueles que foram eleitos por Deus para a salvação na eternidade.
3) Uma morte vicária – A morte de Cristo não foi acidental, nem foi um martírio, nem foi motivada porque a merecesse, mas foi uma morte em favor de outros, e não foi por sua própria causa que ele morreu. “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” 1 Co 15.3. A ideia aqui apresentada é de que o sacrifício de Cristo foi um sacrifício vicário, isto é, em favor de outros. Cristo não morreu pelos seus próprios pecados porque não os tinha. A sua morte não foi um acidente, nem foi a morte de um mártir, mas sim uma morte em favor dos outros. Essa é a ideia transmitida por Paulo apreendida da leitura dos textos encontrados em 1 Ts 5.10; Rm 5.8; 8.32; Ef 5.2 e Gl 3.13.

4) Uma morte redentora – O termo resgate pressupõe o livramento por meio de um substituto, de um cativo ou devedor incapacitado de efetuar seu próprio livramento. Segue-se, naturalmente, que a emancipação e a restauração resultam do pagamento do resgate. Cristo remiu-nos da maldição imposta por uma lei desobedecida, ao fazer-se maldição em nosso lugar. Sua morte foi o preço do resgate que foi pago. “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” Gl 4.4,5.

O homem, segundo Paulo, está sob o controle do pecado, sendo seu escravo. A morte redentora de Cristo o libertou da escravidão do pecado, do império das trevas e o transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). A ideia geral é que essa redenção foi possível graças ao preço pago por ela, a morte de Jesus. Os textos de Paulo que consolidam o assunto são Tt 2.14; 1 Tm 2.6; Rm 3.24,25; Ef 1.7; l Co 6.19,20; 1 Co 7.22,23; Gl 3.13; 4.4;5.

5) Uma morte propiciatória – O caráter propiciatório da morte de Jesus é adiante apoiado pelo texto de Rm 3.25,26. A morte de Cristo foi um ato de justiça, uma demonstração de que Deus era de fato um Deus justo e que puniria o pecado do homem. A ira de Deus contra o pecador fora aplacada pela morte de Seu filho. Uma propiciação foi concedida, para livrar os seres humanos da ira de Deus, que é revelada nos céus contra toda sorte de impiedade e injustiça dos homens (Rm 1.18).

6) Uma morte substitutiva – O nosso Senhor sendo inocente (2 Co 5.21) não tinha porque morrer como morreu. Sua morte não foi o resultado de seu próprio pecado ou culpa; ela foi sofrida no lugar de outros, que eram culpados e mereciam morrer. Por causa de sua morte não merecida, os pecadores são libertados da condenação à morte e da experiência da ira de Deus que eles grandemente mereciam. Os textos de Paulo sobre o assunto se encontram em Gl 2.20; 1 Tm 2.6; 2 Co 5.15; Gl 3.13.

O segundo ponto sobre o qual a mensagem do Evangelho está fundamentada, segundo a ótica paulina, é a ressurreição de Cristo. No entendimento de Paulo, a ressurreição de Cristo autenticou a eficácia da obra redentora realizada na cruz do Calvário. A ressurreição de Cristo está tão intimamente ligada a Sua morte que os apóstolos dentre eles, Paulo, entendiam que a primeira (a morte de Cristo) implicaria necessariamente na segunda (a ressurreição de Cristo) e que a segunda seria consequência natural da primeira. Eles diziam que era impossível que Jesus fosse retido pela morte (At 2.24) ou que era necessário que assim acontecesse, pois, estava escrito que o Cristo deveria morrer e que ressuscitaria no terceiro dia (At 2.25-31).

O apóstolo Paulo que ministrou sob a direção e inspiração do mesmo Espírito que operara nos outros apóstolos, estava alinhado com a ideia da importância crucial da ressurreição de Jesus no programa redentor de Deus. Nas suas pregações, Paulo fazia referência à ressurreição do Senhor tanto quanto à Sua morte ignominiosa. “Depois de cumprir tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos” At 13.29,30. “Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos” At 17.2,3. “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” At 17.31.

Segundo Paulo, esse ponto era de fundamental importância para a redenção do pecador. Na sua argumentação acerca da ressurreição do salvo, no capítulo 15 de sua primeira carta aos Coríntios, embasando o assunto, fazendo referência à ressurreição de Cristo ele nos revelou a importância dela na mensagem do Evangelho, conforme registros encontrados a seguir:

a) Quanto à confiabilidade da pregação o Evangelho – “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação…” 1 Co 15.14;
b) Quanto à validade da fé salvadora – “E, se Cristo não ressuscitou… também é vã a vossa fé” 1 Co 15.14.
c) Quanto ao perdão dos pecados – “E, se Cristo não ressuscitou… ainda permaneceis nos vossos pecados” 1 Co 15.17
c) Quanto à salvação eterna da pessoa – “E, se Cristo não ressuscitou… os que dormiram em Cristo estão perdidos” 1 Co 15.18.
d) Quanto à ressurreição do salvo – “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” 1 Co 15.20. “Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois os que são de Cristo na sua vinda” 1 Co 15.23.

Concluímos este assunto, enfatizando que a mensagem pregada por Paulo e pelos seus colegas apóstolos era a pura mensagem do Evangelho de Cristo, que de forma autoritativa dizia que as boas novas para redenção do homem fora possível graças à morte e à ressurreição do Senhor. “Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei; o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” 1 Co 15.1-4.
Contextualizando o assunto, entendemos que a Igreja da atualidade deve se espelhar em Paulo e voltar a pregar a verdadeira mensagem do Evangelho, fazendo ver a todos que Cristo morreu pelos pecados e ressuscitou para a justificação do homem, conforme o apóstolo escreveu em Romanos 4.25.

IV – O ensino Paulino visando o crescimento harmonioso da Obra Missionária

No entendimento de Paulo, a obra missionária não se restringia apenas à pregação do Evangelho, mas também arregimentar os salvos, organizando-os em ekklesia e estruturando-os para que pudessem se edificar mutuamente, visando um crescimento espiritual sadio.
Paulo não entendia a obra missionária apenas como campanhas evangelísticas itinerantes, mas como um profundo trabalho local, autóctone. Na sua vida como ministro do Evangelho se percebia isso de forma clara. No livro de Atos dos Apóstolos (14.23), na sua primeira viagem missionária, encontramo-lo promovendo a eleição de liderança para que o trabalho tivesse a sua forma adequada conforme o propósito de Deus. “E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em que haviam crido”. Essa era a sua prática: Pregava o Evangelho, as pessoas eram convertidas e, à medida que o grupo crescia, Paulo tratava logo de organizar uma igreja, instituindo sua liderança – os Presbíteros, que haveriam de tomar conta do trabalho dali por diante.

Em suas instruções a Timóteo e a Tito, dois ministros do Evangelho, seus colegas, Paulo trata da questão. Na carta a Timóteo ele traça o perfil da liderança presbiterial bem como da liderança diaconal, que haveriam de gerir os negócios da Igreja cada um na sua área específica de atuação (1 Tm 3.1-13). Na carta a Tito, Paulo orienta aquele ministro a, democraticamente, escolher com os membros da Igreja os Presbíteros, traçando também o perfil dos mesmos (Tt 1.5-9).

Esse posicionamento de Paulo, dirigido pelo Espírito Santo, consolidava a obra missionária, porque a tendência natural da igreja organizada era crescer e avançar na pregação do Evangelho. “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda a parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma” 1 Ts 1.8. “Desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós: como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal qual acontece entre vós,…” Cl 1.4-6.

Sabia Paulo que, uma coisa era uma pessoa sozinha pregar o Evangelho, ou mesmo fazer isso acompanhado de outra pessoa, mas outra coisa era o esforço feito na pregação do Evangelho por uma igreja organizada, contando com a colaboração de seus membros e congregados, todos imbuídos de um só propósito de fazer o Reino de Deus avançar neste mundo. Paulo tinha conhecimento de que esse esforço organizado pela comunidade eclesial produzia o crescimento numérico da mesma para a glória de Deus.
Além disso, preocupava-se o apóstolo do Senhor com o crescimento espiritual (qualitativo), através dos dons espirituais distribuídos por Deus a Igreja, conforme os registros encontrados em suas cartas destinadas aos Romanos (Rm 12.6-8), aos Coríntios (1 Co 12.4-11) e aos Efésios (Ef 4.10-16).

Na compreensão de Paulo, os dons espirituais de diversas naturezas, principalmente os dons de liderança, foram dados a Igreja visando o crescimento harmonioso do corpo de Cristo. “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Ef 4.11-13.

Hoje, temos a tendência de exaltar o ministério pastoral como completo em si mesmo e capaz de atender a todas as demandas da Igreja. Paulo não pensava assim. No seu entendimento, os dons eram diversos, inclusive os de liderança, e dados a pessoas diferentes, com a finalidade como já dissemos, de promover o crescimento espiritual da Igreja do Senhor. “Os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” 1 Co 12.4-6. “Mas um só e o mesmo Espírito, realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um individualmente” 1 Co 12.11.

Não havia na visão de Paulo, um ministério só que concentrasse todos os dons do Espírito que seriam usados na edificação da Igreja, e sim uma multiplicidade de ministérios, todos úteis para o crescimento tanto quantitativo como qualitativo do corpo místico de Cristo, a Igreja.
Paulo compreendia também que a Igreja fora instituída para cumprir diversas funções neste mundo, sendo as mais importantes a adoração (1 Co 14.1-40), a edificação espiritual (Ef 4.11-16), a evangelização (Rm 1.16,17; 1 Co 9.16) e a beneficência (2 Co 8, 9; Gl 6.9,10; 2 Ts 3.13).

V – O Ensino Paulino enfocando a questão social

O apóstolo Paulo, o instrumento de Deus, usado para a produção da maior parte dos escritos do Novo Testamento, não deixou escapar esse assunto de tão relevância na vida da Igreja aqui neste mundo. Paulo não somente trabalhou a questão espiritual em todas as áreas, mas dedicou uma boa parte de seus escritos para trabalhar essa questão que muitos acham que não merece atenção. Ele tinha uma visão holística da Igreja, ou seja, via a Igreja em todas as áreas, tanto no plano espiritual quanto no plano do cotidiano da vida social da mesma, e assim, movido pelo Espírito e pela visão que tinha, feriu esse assunto para servir de regras ou normas para obediência da comunidade eclesial, principalmente no que se refere ao seu testemunho.

Paulo entendia que a pessoa mesmo se tornando cristão pela graça de Deus, regenerada, cidadã do Céu, assentada nos lugares celestiais em Cristo Jesus, possuidora da vida eterna, herdeira de Deus, continuaria a viver na sociedade durante um tempo determinado por Deus. Enquanto vivessem no mundo, essas pessoas estavam inseridas dentro de um contexto social do qual eram participantes ativos. Não há no corpus paulinus (escritos de Paulo) aquela ideia de isolamento, de reclusão visando uma busca de uma vida santificada, afastada das pessoas que vivem no mundo. O que Paulo ensinava era que os cristãos vivessem dentro do contexto social, com uma vida ilibada, santa, deixando transparecer neles a glória de Cristo.

Assim sendo, investiguemos nos escritos de Paulo, os assuntos sociais a seguir identificados:
1) A Escravidão – Esse assunto que para nós do século XXI é um anátema, era para o mundo antigo uma realidade aceita e vivenciada, inclusive nos dias de Paulo. Interessante observar que Paulo sendo um homem capacitado por Deus, com uma ética cristã refinada, não pregou nenhuma rebelião armada ou de qualquer outra maneira nem fomentou nenhuma revolução dos escravos, visando à liberdade. Quando feriu o assunto, ele o fez de forma sutil, principalmente, no que tange as comunidades evangélicas das quais se sentia responsável como apóstolo diante de Deus.

Isso é o que entendemos analisando os seus escritos. “Foste chamado, sendo escravo? Não te preocupes com isso; mas, se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade. Porque o que foi chamado no Senhor, sendo escravo, é liberto do Senhor; semelhantemente, o que foi chamado, sendo livre, é escravo de Cristo” 1 Co 7.21,22. Observe no texto citado, que Paulo alertava aos cristãos escravos a que se aparecesse a oportunidade de se tornarem livres, aproveitassem.

Noutra escritura, na carta a Filemon, Paulo fez uma calorosa petição a um cristão identificado pelo nome de Filemon, em favor de um escravo seu foragido chamado Onésimo, que o apóstolo ganhara para Cristo, quando ambos estava preso em Roma. Nessa carta, Paulo nivela em Cristo a diferença social existente na época, conclamando Filemom a receber Onésimo não mais como escravo, mas como irmão caríssimo no Senhor. “Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões; o qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil; eu to tornei a enviar. E tu tornas a recebê-lo como às minhas entranhas… não já como servo, antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim: e quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor? Assim pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo” Fm 10-17.

2) As Relações Trabalhistas – Outro tema abordado por Paulo, dentro da questão macro social, foi o tema das relações trabalhistas, ou seja, a relação entre patrão e servo, entre servo e patrão, no que se refere a execução dos trabalhos e na retribuição pertinente. Paulo se revelou, através de suas instruções, como expert em gerência de recursos humanos, quanto tratou da questão. Sabia ele das tensões nessa área, por isso visando sempre à glória de Deus e as relações harmoniosas dentro da comunidade evangélica, legislou sobre o assunto em três de suas cartas.

Na carta aos Efésios, o grande apóstolo escreveu dirigindo-se aos empregados ou servos nestes termos: “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre” Ef 6.5-8. E aos patrões, assim: “E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas” Ef 6.9.

Na carta aos Colossenses, Paulo escreveu dirigindo-se aos servos nestes termos: “Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas”. Cl 3.22-25. Dirigindo-se aos patrões, Paulo disse: “Senhores, tratai os servos com justiça e com equidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu”. Cl 4.1.

Na primeira carta a Timóteo, Paulo também trata dessa questão, geralmente tempestuosa: “Todos os servos que estão debaixo de jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados. E os que têm senhores cristãos não os desprezem, por serem irmãos; antes os sirvam melhor, porque eles, que participam do benefício, são cristãos amados, Isto ensina e exorta” 1 Tm 6.1,2.
Os cristãos da atualidade também devem se pautar por essas instruções de Paulo, porque foram inspiradas pelo Espírito Santo e entregue a Igreja para obediência. Nessa relação, que muitas vezes torna-se tempestuosa e angustiante, os servos de Deus, tanto no seu papel de senhor como no papel de servo, devem se portar convenientemente para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados.

3) A Obediência às Autoridades – No entendimento de Paulo, a sociedade organizada, com as suas autoridades constituídas eram dádivas de Deus, para possibilitar o funcionamento ordeiro da vida social da mesma. Paulo compreendia e ensinava que toda a autoridade era constituída por Deus, e por isso a obediência a ela se fazia necessária, e quem resistisse às autoridades, estava resistindo a Deus. “Todo o homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo condenação” Rm 12.1,2.

É interessante observar que a carta de Paulo que trata com mais profundidade a questão da obediência às autoridades, aos Romanos, foi escrita a uma Igreja que estava sob a jurisdição política, econômica e social, daquilo que era considerado o centro do império romano – a cidade de Roma, governada, na época, por um dos seus mais cruéis e desajustados governantes, Nero. Escrevendo a Tito (3.1), o apóstolo orientou aquele ministro do Evangelho a instruir a igreja que pastoreava a que se sujeitasse as autoridades e as obedecesse.

Paulo ensinava também que os cristãos orassem pelas autoridades constituídas para que a comunidade cristã tivesse uma vida quieta e sossegada. “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador” 1 Tm 2.1-3.

Evidentemente, que quando Paulo levava os cristãos nessa direção, ele o fazia com critério, porque sabia que a obediência às autoridades não era de uma forma incondicional e que deveria ser feita desde que as leis humanas não colidissem com a lei maior que é a Palavra de Deus. Muitas coisas ruins, comprometedoras e nocivas à fé cristã eram legisladas no império romano como, por exemplo, o culto ao imperador. É claro que a obediência nesse caso não era obrigatória aos olhos de Deus, pois a Bíblia diz que só Deus deve ser adorado. “… Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto” Mt 4.10.

Paulo, ainda sobre o assunto, tratou da questão de pagamento de tributos, como uma obrigação legal de todos, inclusive dos membros da Igreja. Escrevendo aos Romanos, disse o apóstolo do Senhor: “Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a esse serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto: …” Rm 13.6,7. A fraude e a sonegação fiscal estavam fora, na ótica paulina, da ética cristã vivenciada e ensinada por ele.
4) A Beneficência ou ação social da Igreja – Outra questão social trabalhada por Paulo em suas cartas, foi a questão da beneficência.

O apóstolo entendia e ensinava que os irmãos mais abastados financeiramente deveriam ajudar aos irmãos carentes. A ênfase apostólica era de que a ajuda fosse de indivíduo para individuo. “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” Gl 6.10. Escrevendo a Timóteo, Paulo voltou a ferir a questão. “Se algum cristão ou alguma cristã tem viúvas, socorro-as, e não se sobrecarregue a igreja…”. 1 Tm 5.16. Ainda nessa mesma carta, quando fazia referência àqueles irmãos a quem Deus dera abastança, Paulo disse: “que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prestos a repartir;…” 1 Tm 6.18.

Paulo entendia, ainda, que a responsabilidade social não era só do cristão enquanto indivíduo, mas de toda a comunidade cristã organizada. Isto percebemos da leitura dos textos: “Se algum cristão viúvas em sua família, socorro-as e não sobrecarregando a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas” 1 Tm 5.16. Nessa mesma carta, o apóstolo dá algumas diretrizes a Timóteo quanto ao cadastramento de cristãos  carentes para receber a assistência social da Igreja. Na segunda carta aos Coríntios, o apóstolo leva a Igreja a levantar uma oferta para atender aos santos necessitados de Jerusalém (2 Co 8.1-9.15).

É interessante observar que o apóstolo não fez nenhuma observação quanto à causa da pobreza dos irmãos carentes, quer como comunidade quer como indivíduos. Paulo em nenhum momento diz que a pobreza foi ocasionada por falta de profundidade na vida espiritual, ou por pecado cometido, ou por falta de fé. Nem tampouco ele diz que todos os cristãos deveriam ser ricos, abastados, cabeça e não pés. Ele não pregava a Teologia da Prosperidade. O seu coração, cheio do amor de Deus, via apenas a necessidade dos cristãos! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, fevereiro 16

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ANTHRISCUS CEREFOLIUM ( L. ) HOFFM " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Anthriscus cerefolium (L.) Hoffm.
Família: 
Apiaceae
Sinonímia científica: 
Anthriscus cerefolium var. longirostris (Bertol.) Cannon
Partes usadas: 
Raiz
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Flavonoides, lignana, óleo essencial. Metilcavicol, 1-alil-2, 4- dimetoxibenzeno.
Propriedade terapêutica: 
Tônica, depurativa, diurética, hipotensiva.
Indicação terapêutica: 
Problemas na circulação, contra radicais livres, recomendado para a memória.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: chervil, garden shervil
  • Francês: cerfeuil
  • Alemão: kerbel
  • Italiano: cerfoglio
  • Espanhol: perifolio

Origem e distribuição:
Erva nativa do Oriente Médio, provavelmente sul da Rússia e do Cáucaso. Foi possivelmente introduzida na Europa pelos romanos. 

Uso popular e medicinal:

Tornou-se uma das ervas mais utilizadas na culinária francesa, na qual é considerada indispensável. O cerefólio embora tenha sido utilizado como uma droga é empregada principalmente como aromática para fins culinários.O extrato possui atividade antioxidante e anti-lipoperoxidante, é utilizada popularmente para problemas na circulação.

A raiz é usada como tônica no Japão e na China. Possui atividade depurativa, diurética e hipotensiva.

Flavonoides e lignanas da raiz mostraram forte atividade contra os radicais livres, enquanto que o óleo obtido a partir da planta foi menos eficaz. A identificação dos constituintes dos extratos indicam que apiin é o principal flavonoide, deoxipodofilotoxina a principal lignana e metilcavicol o componente predominante do óleo essencial.

O extrato é recomendado para melhorar a memória." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?