segunda-feira, junho 5

SERÁ QUE HAVERÁ SALVAÇÃO APÓS O ARREBATAMENTO?

Não, não haverá salvação para os não-judeus durante a grande tribulação.

Em Apocalipse lemos: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.”  (Apocalipse 20-04 )

Este versículo trata-se dos judeus, a igreja no entanto, já terá sido arrebataba e não passará pela grande tribulação, e quem ficar: Os desviados, os ateus, os pagãos e idolatras, não serão mais salvos, visto que negaram a oportunidade que tiveram, e Deus voltará a tratar do povo de Israel, e haverá 144 mil pessoas que serão salvos e todos estes serão judeus.

“Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens … E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.

Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.” ( Mateus 25:1-1 )

Jesus em várias passagens nos alerta para sermos vigilantes. Por que Ele avisaria, se houvesse chance de salvação depois? Na citação acima, fica claro que a porta será fechada e as néscias, ou seja as igrejas loucas (que têm sincretismo religioso, que se esqueceram da Palavra e só pregam bobagem e prosperidade, ou frisam suas mensagens em santidade vã, como se a a salvação fosse obtida por uso de vestes, fato contrário a Bíblia), a porta será fechada. 

São 10 igrejas loucas, ou seja, não cita os judeus, portanto, para estes ainda haverá chance de salvação, no entanto, para a igreja louca (a metade) não haverá, visto que Jesus dirá:

“Em verdade vos digo que não vos conheço”.

“Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão. Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei de onde sois. Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Mas ele vos dirá: Não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora ( Lucas 13:24-28 ).

Esforçai-vos: Quando: Durante a grande tribulação? Não, hoje!

Novamente lemos que a porta será fechada, e que Jesus dirá: “Não vos conheço”

Em suma: O dia da salvação é hoje, Jesus nos diz para entrar pela porta da salvação hoje e vigiar!

“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação ( Hebreus 3-15 ).

A salvação é para quem espera – “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação (Hebreus 9-28 ).

Em ( Romanos 11 ) vemos estes três grupos de pessoas claramente: A igreja, os judeus e aqueles que não querem nada com Deus:

O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos.”

Por isso Deus diz: “… Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações,  (Hebreus 3-15 ).

Leia todo o capítulo de (Romanos 11 ) para compreender melhor isso, deixarei mais um versículo para você compreender:

( Romanos 11-4 ) Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.”

No caso da grande tribulação, serão 144 mil. Viu a semelhança?

A salvação é hoje, o tempo dos salvos é hoje! A porta está aberta. Entre e pregue o Evangelho! Pregue a corações duros, ouça a voz de Deus e vigie. Não faça parte dos insanos, mas dos loucos por Jesus! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

domingo, junho 4

CISTITE: PRINCIPAIS FITOTERÁPICOS RECOMENDADOS/INDICADOS PARA AJUDAR NO TRATAMENTO DA CISTITE

Cistites são muito comuns para as mulheres e provocam uma série de desconfortos bem inconvenientes: dor ao urinar, sensação de bexiga cheia e vontade de urinar com mais frequência que o normal. E agora, como resolver? Existem muitas dicas de prevenção e tratamento, lembrando que fitoterápicos podem fazer parte deste processo e ajudar sua saúde. 

O que é Cistite?

A Cistite é um tipo de infecção urinária muito comum, que atinge e inflama a bexiga e é causada pela bactéria Escherichia coli (E.coli) na maior parte dos casos. Aqui cabe uma breve explicação: essa bactéria já existe no nosso intestino de maneira harmoniosa, na famosa flora intestinal. O problema ocorre quando esse tipo de bactéria entra no nosso sistema urinário.

Então, se você tem dúvidas sobre como pega Cistite, saiba que não é uma infecção exatamente contagiosa, pois é provável que seja a cepa de uma bactéria que já estava no seu corpo.

E por quê é mais comum em mulheres? Simplesmente por causa de uma diferença anatômica entre os sistemas urinários dos corpos femininos e masculinos: a uretra feminina é mais curta e também mais próxima do ânus, facilitando a migração de microorganismos de um local para outro. No entanto, isso não impede que homens possam ter Cistite eventualmente.

Esse tipo de infecção não costuma ser grave e seu tratamento é simples, embora possa ser reincidente e causar uma série de desconfortos. Se não for tratada, aí sim pode desencadear quadros piores, como uma pielonefrite — caso a infecção bacteriana na bexiga atinja os rins. Outro aspecto importante de se lembrar é que a Cistite também pode ser recorrente e seus sintomas causam sofrimento para quem deseja levar uma vida normal.

Sintomas da Cistite:

Os sintomas da Cistite são tão clássicos que muitas vezes, quando são descritos para profissionais da saúde em uma consulta, já assume-se que é esse tipo de infecção. É claro que outros exames podem ser solicitados também e mais dados são importantes para que o tratamento seja efetivo, mas de modo geral a Cistite é facilmente diagnosticável. Para lembrar, os sintomas costumam ser estes:

  • Vontade de urinar com frequência, até mesmo sem urinar muito
  • Sensação de bexiga cheia
  • Dor e ardência ao urinar
  • Perda de sangue na urina, em casos mais graves

Cistite dá cólica?

Há relatos de uma sensação desconfortável no abdômen inferior, semelhante a cólica. Se você está sentindo dores fortes, não se esqueça de procurar atendimento especializado e não deixe essa questão de lado! Dores são sinais que algo no nosso corpo não vai bem e você merece uma qualidade de vida melhor. Busque atendimento de profissionais da saúde e inicie seu tratamento!

Cistite dá febre?

Este é outro sinal de alerta: uma Cistite não tem como sintoma típico uma febre forte. Toda infecção com febre deve ser investigada e tratada com cuidado. Caso as bactérias da Cistite tenham passado para os rins, o caso torna-se muito mais sério.  

Diagnóstico para Cistite:

Conforme mencionado, a Cistite geralmente é facilmente diagnosticada por profissionais da saúde através dos relatos dos pacientes durante a avaliação clínica — chamada também de anamnese. No entanto, exames laboratoriais também são solicitados para que o tratamento seja mais específico e eficaz, por exemplo, exame de urocultura.

Causa e Fatores de Risco da Cistite:

A causa da Cistite é a infecção bacteriana na bexiga, conforme mencionado no começo. Mas como isso acontece? Há fatores de risco que aumentam a probabilidade do surgimento de infecções urinárias.

  • Diabetes— Qualquer doença que afete a imunidade deixa o corpo mais suscetível à infecções.
  • Histórico familiar — Fatores genéticos podem favorecer o surgimento de Cistite em determinadas pessoas, por exemplo, em casos recorrentes.
  • Imunidade baixa- As defesas do organismo ficam enfraquecidas para impedir a infecção por bactérias. Assim, é mais fácil desenvolver Cistite.
  • Próstata aumentada - Crescimento da próstata (Hiperplasia) e retenção de urina favorecem a cistite. Por conta disso, esse tipo de infecção urinária é mais comum em homens a partir da meia-idade.
  • Constipação — Neste caso, os microorganismos da flora intestinal tem maior facilidade de migrar, no caso de mulheres, para a região da uretra.

Prevenção da Cistite:

Existem formas simples de prevenir a Cistite! Vamos conferir a seguir medidas fáceis de seguir no seu cotidiano que irão te ajudar a evitar esse tipo de infecção urinária:

Limpeza adequada:

    A higiene é sempre muito importante! E no caso da Cistite, existem observações muito pertinentes sobre a questão da higiene: depois de usar o banheiro, o ideal é limpar-se no sentido de frente para trás, sem que haja contato com a uretra depois de limpar o ânus.

    A higiene excessiva também não é recomendada! Limpeza demais, no caso do organismo feminino, altera a flora vaginal e pode eliminar bactérias protetoras. Duchas íntimas e uso de muitos produtos na região não são indicados. Preze o equilíbrio e consulte profissionais de ginecologia!

    No caso de absorventes menstruais, troque mais vezes ao longo do dia para evitar a proliferação de bactérias.

    Maior ingestão de líquidos:

      Beber muita água favorece a eliminação de bactérias da bexiga, justamente porque o corpo sentirá vontade de urinar mais.

      Mais visitas ao banheiro:

      Essa parte é muito importante! Além de beber mais água, conforme mencionado no tópico anterior, urinar com mais frequencia evita que as bactérias permaneçam por mais tempo na sua bexiga. Portanto, não segure o xixi! 

      Urinar após relações sexuais:

      Talvez você já tenha ouvido falar de “Cistite da Lua de Mel” ou já ouviu que contrai-se a Cistite através do sexo. Mas não é bem assim: a Cistite não é uma doença sexualmente transmissível, embora relações sexuais possam sim facilitar o contato de bactérias com a uretra. Ao que a medicina indica até o momento, isso se deve à fricção do próprio ato.

      Apesar de ser uma medida ainda sem grande comprovação científica, o conhecimento empírico indica que fazer xixi depois de relações sexuais expulsa ou impede que as bactérias entrem no trato urinário. Se for possível completar com um banho, é melhor ainda!

      Evitar camisinhas com espermicidas:

      É primordial dizer aqui que o uso de preservativos é sempre importante! Não dispense preservativos. Porém, preservativos que já possuem espermicidas podem alterar a flora vaginal e deixar o corpo feminino mais suscetível à infecções.

      O diálogo é sempre importante entre casais, então conversem sobre opções de preservativos que atendam a saúde de vocês. Quem usa diafragma associado à espermicida como método contraceptivo e também tem muita cistite, pode conversar com profissionais da saúde para encontrar outros métodos contraceptivos que atendam melhor as necessidades. 

      Roupas íntimas adequadas:

      Roupas íntimas apertadas e com tecido que abafa o calor natural do corpo favorecem a proliferação de bactérias além do limite saudável da área genital. Assim, prefira usar roupas mais folgadas e que não retenham umidade ou calor, como calcinhas de algodão. Outro ponto importante é evitar a umidade em roupas de banho!

      Cistite se cura sozinha?

      Somente se for muito leve. Na maioria dos casos, são recomendados medicamentos — por exemplo, antibióticos de ciclo curto. Portanto, é improvável que pacientes tenham que tomar antibióticos por muito tempo e, de modo geral, recomenda-se uma avaliação por um profissional de saúde para detalhes mais específicos, principalmente se a Cistite for crônica ou reincidente.

      Como tratar a Cistite?

      O tratamento geralmente é feito através de antibióticos e é necessário que o paciente siga exatamente as indicações do profissional de saúde posologia, incluindo horário para tomar o medicamento e o prazo correto. O consumo incorreto de antibióticos pode acarretar problemas sérios, como a resistência à ação de antibióticos em possíveis infecções futuras. 

      Não aposte na automedicação e não interrompa o tratamento recomendado por profissionais antes do prazo determinado.

      6 Plantas para Tratamento de Cistite:

      Todos esses cuidados auxiliam muito na prevenção e tratamento em casos de Cistite. Além do que já foi explicado, a natureza nos oferece opções que nos ajudam bastante nesse tipo de infecção urinária. Veja agora a nossa lista de principais fitoterápicos indicados para Cistite:

      Cranberry — Por evitar a adesão de bactérias às paredes e superfícies celulares dos órgãos, o Cranberry impede que estes micro-organismos causem infecções. Existe a maior probabilidade desses agentes patogênicos não se prenderem à bexiga.

      Chapéu de Couro — Possui ações diuréticas, depurativas e antissépticas nas vias urinárias, sendo bem recomendado para Cistite. Também auxilia na eliminação de pedras nos rins.

      Quebra-Pedra — Muito indicado por auxiliar na eliminação e prevenção de cálculos renais, ele também é recomendado para cistites. Tem ação anti-inflamatória, diurética e antinociceptiva. Auxiliará em mais visitas ao banheiro, eliminando bactérias do trato urinário.

      Óleo de Copaíba — O Óleo de Copaíba tem ação antimicrobiana, sendo indicado para tratamentos de Cistite devido sua ação inibidora de crescimento de bactérias.

      Abacate — Além de abacateiros servirem na nossa alimentação através de seu fruto, a nossa saúde se beneficia com os efeitos diuréticos, anti-inflamatórios e antimicrobianos de suas folhas! Assim, é também um fitoterápico indicado para cistites.

      Uva-Ursi — De modo geral, a Uva Ursi é utilizada para tratar infecções urinárias leves e sem complicações, pois tem ações antimicrobianas, diuréticas e anti-inflamatórias." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA "( FITOTERÁPIA UM ATO DE AMOR E CARINHO COM SUA VIDA ).

      GLORIFICADO SEJA DEUS QUE NÃO REJEITOU A MINHA ORAÇÃO; TEXTO ( SALMO 66-20 )

      “Bendito Seja Deus Que Não Rejeitou a Minha Oração, Nem Desviou de Mim a Sua Misericórdia.” (Salmo 66-20 )

      Se examinarmos cuidadosamente todas as orações que um dia já fizemos, se o fizermos honestamente, nos admiraremos de que Deus as tenha alguma vez atendido. Algumas pessoas pensam que suas orações são passíveis de aceitação – assim como faziam os Fariseus; mas o Cristão verdadeiro, numa retrospectiva mais cuidadosa, chora sobre o modo como orou, e, se pudesse voltar no tempo, desejaria ter orado com mais honestidade.

      Cristãos, lembrem-se de como suas orações têm sido frias. Quando estiveram a sós, vocês deveriam ter combatido como fez Jacó; mas ao invés disso, suas petições tornaram-se cada vez mais fracas e menos frequentes – muito distantes daquela fé humilde e perseverante que grita, “Não desistirei de Ti, até que me abençoes.”

      Ainda assim, é maravilhoso poder dizer que Deus tem ouvido suas orações frias e, não somente as tem ouvido, como as tem respondido.

      Reflitam também, sobre quão inconstantes suas orações têm sido, oram a menos que estejam com problemas e então ajoelham-se pedindo a misericórdia e a intercessão de Deus: mas assim que o livramento chega, o que acontece com suas súplicas?

      Ainda assim, não obstante vocês tenham parado de orar com frequência, Deus não cessa de abençoá-los. Mesmo quando vocês negligenciam o propiciatório, Deus não o abandona, mas a luz radiante da Shekinah continua sendo visível entre as asas dos querubins.

      Ah! Como é maravilhoso, que Deus considere mesmo os espasmos intermitentes de nossas petições que vêm e vão conforme as nossas necessidades.

      Que Deus maravilhoso Ele é, que ouve as orações daqueles que só O procuram quando tem necessidades urgentes, mas que O negligenciam assim que a graça é obtida; que se aproximam Dele, quando são forçados a fazê-lo, mas que O deixam cair no esquecimento quando as graças são abundantes, e as tristezas são poucas.

      Que Sua bondade graciosa, quando ouve nossas orações toque nossos corações para que possamos, daqui em diante, nos encontrar “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

      sábado, junho 3

      COLÁGENO TIPO 2 PARA QUE SERVE? QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?

      O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano. Por estar presente em diversos tecidos, existem diferentes tipos de colágeno que estão presentes em tecidos específicos exercendo determinadas funções.

      O colágeno tipo 2 está presente em cartilagem, zonas cartilaginosas perto dos tendões e vértebras, exercendo função estrutural nesses tecidos que são essenciais para a execução dos movimentos.

      Entenda mais sobre as funções, benefícios e suplementação do colágeno tipo 2.

      Para que serve o colágeno do tipo 2?

      A principal função do colágeno tipo 2 é como proteína estrutural de tecidos e regiões do organismo que existem a grandes pressões, como cartilagens, articulações, tendões e vértebras.

      Além da pressão exercida pelo peso corporal, essas estruturas participam da execução dos movimentos e absorvem impactos, principalmente na prática de exercícios físicos. 

      O colágeno é produzido pelo corpo, mas com o passar dos anos, ocorre uma redução natural desse processo. No entanto, essa diminuição pode ser exacerbada por fatores relacionados ao nosso estilo de vida.

      Exercício físico intenso, hábitos alimentares ruins, uso de cigarro, consumo de álcool e exposição à poluição são alguns dos fatores.

      A redução do colágeno tipo 2 pode prejudicar a qualidade de vida, com redução dos movimentos, e desenvolvimento de doenças inflamatórias em articulações.

      Quais os benefícios do colágeno tipo 2?

      Até agora, temos os principais benefícios do colágeno tipo 2 envolvendo a melhora das regiões das cartilagens e articulações e também com efeitos positivos em regiões relacionadas.

      E de acordo com os artigos científicos, esses são os principais benefícios relatados:

      • Atua na prevenção e tratamento da artrite e osteoartrite;
      • Previne lesões nas articulações;
      • Auxilia na reposição do colágeno para tratar lesões de cartilagem;
      • Atua na recuperação dos movimentos;
      • Favorece a reconstrução das cartilagens;
      • Contribui para o fortalecimento dos ossos, promovendo maior resistência física;
      • Proporciona mais força muscular;
      • Reduz as as dores nas articulações.        suplementação de colágeno tipo 2:

      Consumir um suplemento de colágeno tipo 2 auxilia na reposição da proteína perdida com o envelhecimento, além de atuar na prevenção e tratamento de doenças que acometem as cartilagens e articulações.

      A matéria prima do suplemento deve ser peptídeos bioativos de colágeno hidrolisado ou colágeno não desnaturado tipo 2. Em ambos os casos, o uso deve ser contínuo por no mínimo 12 semanas para alcançar o objetivo da suplementação.

      Geralmente a dose recomendada de colágeno tipo 2, é de 40mg ao dia para a proteína não desnaturada ou 10g ao dia para os peptídeos bioativos. Abaixo descrevemos benefícios específicos que a suplementação pode alcançar.

      1. Dores na articulação:

      Com relação a cartilagem e articulações de modo geral, é onde o colágeno tipo 2 tem maior ação. E além disso, maior número de estudos e informações importantes.

      Como por exemplo, o mecanismo associado na melhora das cartilagens e articulações com a suplementação de colágeno está relacionado ao seguinte mecanismo biológico:

      Ao tomar o colágeno, é estimulado uma  maior produção de macromoléculas da matriz extracelular por condrócitos, que são células presentes na região das articulações.

      Dessa forma, esse mecanismo promove maior produção de colágeno e reposição das estruturas presentes nas articulações, retardando o seu desgaste e futuras dores.

      2. Dor no joelho:

      Já para dores no joelho, sintoma muito comum, e que com o envelhecimento está associação a artrite, o colágeno tipo 2 apresenta uma ação específica.

      Estudos publicados mostram  através de escalas a dor relacionada ao joelho após a suplementação de colágeno tipo 2 por 180 dias em homens e mulheres acima de 45 anos. 

      E o resultado desse estudo, foi que após o período diário de suplementação, ocorreu uma melhora nos sintomas gerais desse tipo de dor e com uma boa aceitação do suplemento.

      3. Dor muscular:

      Apesar do uso do colágeno, tipo 2 e os demais, serem totalmente seguros para a saúde e não trazer nenhum tipo de efeito colateral, a sua suplementação para dor muscular ainda não é consenso entre os pesquisadores.

      Um estudo publicado recentemente, Abril de 2019, avaliou o efeito de diferentes suplementos para tratar da dor muscular crônica em atletas Já que esse público tem uma alta demanda de exercícios em sua rotina esportiva. 

      E dos suplementos listados, 19 deles possuíam estudos relacionando o consumo com esse tipo de dor. Porém para o colágeno, ainda não haviam estudos o suficiente para afirmar que promoveu melhora na dor muscular.

      Mas esse resultado foi específico para os atletas, não afirmando que para os demais não possa ter resultados positivos ou negativos.

      4. Após o exercício:

      Apesar do colágeno tipo 2 ainda não ser recomendado para a recuperação da dor muscular, cientistas avaliaram se ele auxilia no desempenho e na recuperação após o exercício físico intenso.

      E um estudo piloto publicado em 2015, avaliou 8 pessoas, 6 homens e 2 mulheres, e a suplementação de colágeno por 6 semanas, associado ao exercício intenso.

      Durante esse período, dois dias de avaliação durante o período do estudo, mostraram que aqueles que tomaram colágeno tipo 2 conseguiram fazer mais repetições e associaram isso a uma melhor recuperação entre os dias de exercício.

      Apesar disso, é importante sermos criteriosos em dizer que esse estudo apresenta diversas limitações importantes, e podem não resultar na melhora desses parâmetros no dia a dia.

      Mas, todo estudo científico a partir do momento que ele é publicado, é considerado uma boa fonte de informação. 

      Como já mencionado, nenhum tipo de colágeno apresenta efeitos colaterais, portanto para quem busca por esses resultados pode fazer seu uso sem complicações e avaliar os seus resultados." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA "(FITOTERÁPIA UM ATO DE AMOR E CARINHO COM SUA VIDA ).

      COMO PERMANECERMOS FIRMES NA FÉ; TEXTO (ATOS 14-22 )

      A perseverança é o emblema distintivo dos verdadeiros santos.

      A vida cristã não é apenas um início nos caminhos de Deus, mas também a continuação da mesma, enquanto a vida dura.

      Dá-se com o cristão, aquilo que se deu com Napoleão, ele disse: “A vitória fez de mim o que sou, e a vitória deve manter-me assim.” Então, sob Deus, querido irmão no Senhor, a vitória fez com que você seja o que você é, e ela deve mantê-lo assim. Seu lema deve ser: “Excelente”. Somente é um verdadeiro vencedor, e será coroado no final, quem permanece firme até que a trombeta de guerra não seja mais tocada.

      A perseverança é, portanto, um alvo para todos os nossos inimigos espirituais.

      O mundo não se opõe a que você seja cristão por um tempo, se ele puder tentá-lo a cessar a sua peregrinação, e a se estabelecer para comprar e vender com ele na Soberba da Vida.

      A carne vai procurar iludi-lo, e para evitar o seu esforço para a glória. “É um trabalho cansativo ser um peregrino, vem, desista. Devo sempre ser humilhado? Nunca serei indulgente? Dê-me, pelo menos, uma licença nesta guerra constante. “

      O inimigo fará muitos ataques ferozes à sua perseverança, que deixarão cicatrizes para todos os seus dardos inflamados. Ele se esforçará para impedi-lo de realizar o seu serviço: ele vai insinuar que aquilo que você está fazendo não é bom, e que deve descansar. Ele fará o possível para torná-lo cansado de sofrer, ele vai sussurrar: “Amaldiçoe a Deus e morra.” Ou ele atacará sua firmeza : “Qual é a vantagem de ser tão zeloso? Fique quieto como os demais; sonhe como os demais, e deixe a sua lâmpada apagar como as outras virgens fizeram.” “Ou ele atacará as suas convicções doutrinárias: “Por que você está apegado a estes credos denominacionais? Homens sensatos estão ficando mais liberais, pois eles estão removendo os marcos antigos: os tempos mudam.”

      Portanto, use seu escudo, cristão, próximo de sua armadura, e clame fortemente a Deus, para que, pelo seu Espírito, você possa perseverar até o fim! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, NOS ORIENTA, E AINDA NOS ANIMA ".

      sexta-feira, junho 2

      PSICANÁLISE E RELIGIÃO: UMA ANÁLISE CONCEITUAL E HISTÓRIA


      Neste artigo desenvolveremos o conceito de Psicanálise e Religião. Trata-se de uma abordagem relevante, pois desde o princípio a influencia da religião foi de fundamental importância para entendermos como o sujeito formulou suas plataformas culturais, que de certa forma, ajudou na formação do desenvolvimento psíquico do sujeito de acordo com o contexto existencial em que o indivíduo foi formado, contribuindo no processo da análise, dando ao analista a capacidade de interpretar dores, traumas que surgem a partir da busca do sujeito por um alívio em torno da religião.

      Entendendo a Psicanálise e Religião:

      Sigmund Freud, criador da Psicanálise, demonstrou grande e significativa preocupação com a influência da Religião na forma de como a Psicanálise deveria tratar o indivíduo, razão pela qual, algumas manifestações radicais do ponto de vista de como esta força religiosa influenciariam na pratica da Psicanálise, Sigmund Freud  demonstra claramente seu interesse em blindar a Psicanálise de qualquer outra ciência (inclusive da medicina), que pudesse engessar a forma com o qual a Psicanálise trataria livremente, as lesões de ordens psíquicas desenvolvidas pelo sujeito.

      Com a tese aqui abordada, buscaremos com este trabalho desmistificar, com responsabilidade e conteúdo histórico, que grande parte das declarações de Freud em torno da Religião, caminhou na via da concepção pessoal, sempre tendo como pano de fundo, os relatos advindos de sua convivência existencial judaica, contudo, em nenhum momento, tanto em sua fala informal, como nos métodos fundamentais em Psicanálise, o conteúdo psicanalítico desconstruiu a Religião colocando-a como um mal, ou uma intervenção antagônica que pudesse levar ao sujeito para um nível de intratabilidade no que concerne aos mecanismos contidos no tratamento Psicanalítico.

      No primeiro capítulo desta abordagem, traremos o perfil do médico fundador da Psicanálise Sigmund Freud, tendo como objetivo, delinear sua legalidade para expor suas preocupações e percepções em torno de uma visão negativa, ou seja, mostraremos que, ao se posicionar em relação à Religião, Freud não tem como objetivo usar a psicanálise em detrimento da Religião exatamente, mas não deixar acessos para que a Psicanálise fosse vista como “ciência religiosa”, ou “ciência judaica”.

      Psicanálise e Religião no segundo capítulo:

      Em nosso segundo capítulo, mostraremos o que e psicanálise e vamos refletir sobre como a Psicanálise chegou ao contexto religioso e como importantes autores, como o Pastor protestante Oskar Pfister, soube identificar e distinguir o capricho e a preocupação de Freud em torno do cuidado em deixar a Psicanálise livre de forças científicas periféricas, sem a necessidade de ver a Religião como uma opção desnecessária e antagônica.

      Concluindo, procuramos em síntese pontuar em nosso capítulo terceiro as considerações de Pfister em torno da crítica de Freud à Religião.

      O pastor protestante procura trazer a baila a importância da Psicanálise e da Religião em torno do objetivo comum em aliviar o sofrimento da alma doente, mesmo que por caminhos e meios distintos. Freud e Oscar pfister são defensores de vias distintas, porém com objetivos iguais: a cura do sofrimento da alma.

      Freud no contexto da Religião:

      Sigmund Freud foi um médico judeu neurologista talentoso, crítico, e de certa forma, com perfil libertário. Ele nasceu na cidade de Freiburg in Mähren, no dia 6 de maio de 1856. É tido como o “pai da Psicanálise”. Na verdade, o primeiro nome de Freud era: Sigismund Schlomo Freud, obtendo a mudança de seu nome em 1878. Freud era filho de Jakob Freud e Amalia Nathansohn e era o primogênito de oito filhos do casal. A história do povo judeu mostra a devoção judaica em torno da religião monoteísta mais antiga do mundo que pode ainda incluir o cristianismo e outras ramificações.

      Era extremamente incomum a existência de um judeu que não estivesse ligado de corpo e alma a religião judaica e suas tradições. Tratava-se de um povo extremamente devoto e fiel aos princípios do judaísmo já na infância. Por ser judeu, Freud foi perseguido pelo nazismo em 1933 diante da grande fúria anti-semita e boa parte de seus livros foram queimados na Alemanha. Não obstante a sua origem judaica, Freud declarou-se “ateu convicto”, e relutou com todas as forças ser visto com as lentes do judaísmo em torno de suas teses. Suas obras elaboradas e suas formulações sobre a psicanálise e outras abordagens jamais carregaram sentimentos genealógicos, ou quaisquer conotações que pudessem trazer a baila um sentimento voltado ao povo judeu como sempre foi até os dias de hoje, bastante comum em biografias de ícones judaicos.

      Diante de todo este desejo de não deixar exposto qualquer vínculo religioso-judaico sobre sua trajetória como médico, bem como mais tarde sobre suas teorias em relação a Psicanálise, é possível perceber que há uma preocupação primária, que só poderá ser entendida a partir de alguns personagens que começam a surgir no cenário de uma Psicanálise com as bases já organizadas. Carl Gustav Jung – Em 1900, Freud traz ao público uma Obra concluída em 1899 (A Interpretação dos Sonhos), este conteúdo é visto pelo médico como a sua principal obra em torno de suas teorias. É através desta Obra que um médico Psiquiátrico jovem, habilidoso, suíço, Carl Gustav Jung, obtém uma extraordinária experiência no estudo sobre os sonhos, que daria mais tarde os pilares de sua teoria sobre Psicologia analítica.

      Jung e Freud:

      Jung não se contenta em apenas acompanhar de longe os comentários de Freud sobre os sonhos e em 1907, se integra ao lado de Freud e se estabelece como seu principal discípulo. Embora Jung tivesse trazido significativas contribuições para Freud no amadurecimento de suas teorias, como por exemplo, um melhoramento da visão de Freud sobre a psicose no tratamento com psicanálise, uma vez que a psiquiatria já se avançava bastante no tratamento de psicóticos e já dominava com solidez o campo da esquizofrenia tendo no bojo do tratamento destas doenças significativos conhecimentos, o desejo primordial de Freud em relação a Jung estava exatamente fora destas contribuições de desenvolvimento em torno da teoria psicanálise, Freud via em Jung uma grande oportunidade de extirpar de uma vez a possibilidade da psicanálise se transformar numa ciência-judaica.

      Em princípio, Freud se vê confortável com o desempenho e o ajuste de Jung em torno da psicanálise e a possibilidade desta continuidade aos conteúdos apresentados por Freud ao seu discípulo admirável. Nosso compromisso nesta abordagem, não seria expor aqui como se deu a não continuidade desta parceria entre Freud e Jung, pois isto desviaria nossa finalidade em relatar a preocupação de Freud quanto o envolvimento da Religião na teoria Psicanalítica, contudo, é importante registrar que o rompimento de Jung com Freud se deu por volta de 1914, depois de 7 anos de trabalhos juntos. Jung acreditava que a visão dualista de Freud em torno do que é libido bem como o inconsciente concentrado apenas no sujeito precisava ser amadurecida.

      O psiquiatra autor da psicologia analítica, tornou mais abrangente à questão do inconsciente, trazendo uma linha que ele chamou de “Inconsciente coletivo”, bem como desenvolveu a teoria dos arquétipos e simplificou a libido como apenas “uma só coisa”, diferente de Freud que a dividiu entre a sexualidade e o interesse. É importante aqui salientar que foi através de Jung que Freud conheceu o Pastor protestante, também suíço, Oskar Pfister.

      Freud e Oskar Pfister:

      Um debate construtivo entre Psicanálise e Religião, Oskar Pfister era um pastor protestante (luterano) suíço, contemporâneo de Carl Gustav Jung, que o apresentou a Freud. Sua história, seus artigos, sua interação com Freud mostra um religioso apaixonado pela psicanálise e que não foi vencido pela forma característica e incisiva com a qual Freud o refutava.

      Ao contrário disso, Pfister, se mostra seguro e convicto na sua interlocução, com estilo ético e com argumentação elegante fundamentada sempre na motivação prioritária da psicanálise e da Religião, ou seja, suas respostas sempre caminhavam em torno, não da supremacia da Religião em detrimento da psicanálise, mas no objetivo das duas vias terem como finalidade lutar para livrar o sujeito do sofrimento, provenientes das lesões provocadas pelas crises traumáticas do cotidiano existencial do sujeito.

      Pfister chegou e escrever mais de 200 artigos sobre diversos temas. Em sua Obra: “O Cristianismo e a Angustia” de 1944, já no prefácio, ele transcorre de forma envolvente a maneira com a qual conheceu os degraus da psicanálise e exclama: “Tão logo procurei aplicar os novos conhecimentos na cura de almas, provei a alegria do descobridor e do auxiliador, sempre de novo experimentada. Principalmente o estudo das neuroses fóbicas e compulsivas, como também suas seqüelas na vida religiosa e moral, abriu meus olhos para as principais conexões e suas leis…”

      Embora Pfister demonstrasse uma busca apaixonante pelo entendimento profundo da psicanálise na interação com Freud, era patente o vínculo de afetividade que havia entre ambos, é o que descreve Carlos Dominguez Morano em sua Obra intitulada: “Psicanálise e Religião – um diálogo Interminável”: “… era agradável o impacto que este causava em seus filhos. São numerosas as referências a este respeito em sua correspondência” (p. 35). O entendimento de Pfister em trazer a religião para uma interatividade em consonância com a psicanálise se deu em observância ao mal que os dogmas trouxeram para os conceitos de religiosidade contidos no cristianismo.

      Psicanálise e Religião da angústia:

      Segundo suas próprias afirmações, a religião saiu da via do amor para uma “religião de angustia” em função dos dogmas, ou seja, entende-se que, em sua avaliação, Deus saiu da condição de um Pai amoroso, fazendo do cristianismo uma estrada coercitiva, apresentando-se como um Pai dogmático. Impregnado pela magia da teoria psicanalítica, Pfister se ajusta a sua convicção, transformando-se num potencial psicanalista, sem se afastar de sua fé e sua vocação sacerdotal. Embates entre ateus e religiosos sempre foram agressivos, aliás, é uma característica comum entre ambos. Freud, ateu convicto, e Pfister, protestante do mesmo naipe, deram uma nova roupagem para este embate.

      No livro Cartas entre Freud & Pfister (1909-1939) – Um diálogo entre a psicanálise e a fé cristã, deparamo-nos com duas figuras antagônicas atípicas, pois, de certa forma, ambos se entrelaçam diante da busca em torno do sofrimento humano, mostrando com isto que, Psicanálise e Religião, embora sejam caminhos distintos e livres em suas construções e bases, estão correlacionadas no seu objetivo áureo, ou seja, ajudar ao indivíduo no alívio de dores existenciais.

      Diante deste exposto, surge uma reflexão importante que responde, talvez, a razão pela qual esta relação entre Freud e Pfister não transcorre num rompimento de amizade a exemplo do que aconteceu entre Freud e Jung, pois a psicanálise, objeto de defesa de Freud e Religião sendo representada por Pfister, não obstruíram o contato permanente entre ambos, ao passo que, na relação Freud e Jung, não há nenhum viés religioso envolvido, contudo, o rompimento da amizade entre estes dois ícones foram expressivos.

      Declarações de Jung em resposta ao campo religioso não dão apoio concreto do ponto de vista positivo em torno da religião, bem como também, não há nada tão radical que coloque em xeque a força da Religião e a sua eficácia em torno do sujeito. Ao contrário da relação entre Freud e Jung, a Religião, ou o perfil sacerdotal de Pfister, parece ter sido a razão pela qual não houve cisão entre Freud e Pfister, uma vez que, não é comum o entrosamento ajustado entre ateus e religiosos como se deu entre o médico e o pastor. A relação entre Freud e Pfister no que concerne a Psicanálise e a Religião não corresponde coerentemente com as reações de Freud na temática religiosa em outros momentos.

      A obra de Freud:

      Na Obra “O futuro de uma ilusão" Freud responde a um colega de medicina sobre uma entrevista concedida no outono de 1927, onde um jornalista teuto-americano, depois de uma visita, publicou a resposta de Freud sobre sua “falta de fé religiosa”, bem como sua indiferença em relação à vida depois da morte. Segundo Freud declara na página 179 no título: “Uma experiência Religiosa”, as declarações de Freud foram amplamente lida pelo público, trazendo entre outras, uma carta descrevendo um testemunho de um médico americano que teve sua fé esmorecida quando observou uma senhora sendo levada para uma sala de dissecção, fazendo-o questionar a existência de Deus diante de uma cena tão comovente, provocando com isso, o seu afastamento da igreja. Na continuidade da experiência, o médico conta que ouviu uma voz que falou a sua alma, pedindo-lhe que considerasse o passo que ele estava planejando dar em torno de sua fé.

      Depois de replicar sobre a voz ouvida na sua alma, o médico relata: “No decorrer das semanas seguintes, Deus tornou claro à minha alma que a Bíblia era a sua Palavra, que os ensinamentos a respeito de Jesus Cristo eram verdadeiros e que Jesus Cristo era a nossa única Salvação. Após uma revelação tão clara, aceitei a Bíblia como sendo a Palavra de Deus, e Jesus Cristo como meu salvador pessoal. Desde então, Deus se revelou para mim, por meio de muitas provas infalíveis” (p. 179). Depois de ter implorado a Freud para refletir sobre sua posição em função da crença de que Deus existe e de que este se revelaria a ele em sua alma, Freud relata a forma com a qual respondeu ao seu colega de profissão: “Enviei-lhe uma resposta polida, dizendo que ficava feliz em saber que essa experiência o havia capacitado a manter sua fé.

      Quanto a mim, Deus não fizera o mesmo comigo. Nunca me permitiria escutar uma voz interior e se, em vista da minha idade, não se apressasse, não seria culpa minha se eu permanecesse até o fim da minha vida o que agora sou – um judeu infiel” (p. 180). O relato desta experiência contada por Freud como “Uma experiência Religiosa” é relatada por Freud em Cartas entre Freud & Pfister (1909-1939), onde ele diz: “Não sei se o senhor adivinhou a ligação secreta entre “A Questão da Análise Leiga” (1926), e o “O Futuro de uma Ilusão” (1927)… Freud continua dizendo: “Na primeira, quero proteger a psicanálise dos médicos; na segunda, dos sacerdotes.

      A crítica de Oskar Pfister à concepção de Freud sobre Religião:

      Quero entregá-la a uma categoria de curas de alma seculares, que não necessitam ser médicos e não podem ser sacerdotes.” Esta afirmação de Freud à Pfister parece demonstrar uma expressão radical com objetivo de não permitir que haja uma “apropriação indébita” em torno não só da Religião, como também da medicina em relação a teoria psicanalítica, preocupação já mencionada no primeiro capítulo desta tese como quando Freud deseja ter Jung como uma possibilidade de blindar a psicanálise da religião judaica.

      A maneira com a qual Freud viu a religião valendo-se da forma psicanalítica de abordagem acabou mostrando um caminho jamais explorado antes. Para o médico, a religião estava apoiada numa diretriz de relação ambivalente entre o pai e o filho, questão relacionada à sua tese sobre o Complexo de Édito, Freud entendia que, como a religião estava focada em uma “ilusão”, este foi o caminho pelo qual o sujeito buscou lidar com a realidade. O que Freud quer dizer na verdade, é que a Religião tem como base estrutural diligente a dinâmica da pulsão e que isso se resolveria através de um estímulo sistemático em torno da racionalidade e que bastava o indivíduo caminhar nas vias da razão.

      Para Freud, bastava “educar” a sociedade em torno da realidade, foi o que ele propôs em sua obra: “O futuro de uma ilusão” de (1927). Embora em sua obra “O futuro de uma ilusão” Freud procura trazer à baila sua forma característica contundente de defesas técnicas e filosóficas, ficou claro as lacunas expostas diante das tendências em escrever os processos biológicos com as mesmas explicações que permeiam as leis físicas da química que permite interpretar a matéria inanimada, ou seja, foi uma forma freudiana de decompor os conceitos complexos da discussão por vias simplificadas.

      Complexo de Édipo, Psicanálise e Religião:

      Oskar Pfister vai estruturar sua crítica à Freud contrapondo sua afirmação sem desconstruir a beleza estética do discurso de Freud, pelo contrário, ele (Pfister), caminha na estrada em que Freud está, porém, adiciona razões significativas fazendo paralelos com o que foi exposto sem a necessidade de desconstruir radicalmente as afirmações do pai da psicanálise. Para Pfister, uma coisa era apresentar a conotação dúbia ambivalente na Religião a partir da relação pai e filho, mostrar a relação entre o Complexo de Édipo e a criação de uma Religião e outra coisa é dizer que a Religião possa ser resumida a apenas essas facetas especificamente. As discussões entre a psicanálise e os conceitos da fé cristã entre Freud e Oskar Pfister se dá entre os anos de 1909 e 1939.

      As cartas trocadas entre os autores destacam um desempenho de cordialidade amistosa, porém que em dado momento a temperatura aquece e decorre numa conotação sarcástica entre ambos, contudo, é patente o respeito. Durante as trocas de correspondências o pastor Pfister procura mostrar ao médico Freud uma via da religião da qual o pai da psicanálise, não atentou, isto é, a parte positiva da Religião que levava o sujeito para o mesmo lugar na qual os objetivos da psicanálise estavam correlacionados. O assunto sobre fé cristã foi evidente desde as primeiras correspondências entre o médico e o pastor. Em 18 de Janeiro de 1909, Freud escreve ressaltando sobre suas pesquisas psiquiátricas terem encontrado guarida em uma “cura de almas espiritual”. Apesar destas afirmações aparentemente amigas, na prática, Freud insiste na preocupação em deixar a psicanálise exposta.

      A resposta crítica de Pfister Os debates entre Freud e Pfister sempre foram conduzidos de forma bem branda e amistosa, até que Freud publica: “O futuro de uma ilusão” em 1927. A amizade entre Freud e Pfister era tão expressiva que mesmo antes da publicação desta obra Freud envia uma carta a Pfister afirmando que a obra seria lançada em breve, e que o motivo do adiamento até o presente momento se daria em consideração ao próprio Pfister (carta de 16/10/1927). O que Freud relata é o seguinte: “Nas próximas semanas sairá uma brochura da minha autoria, que tem muito a ver com o senhor.

      Eu já a teria escrito há tempo, mas adiei-a em consideração ao senhor, até que a pressão ficou forte demais. Ela trata – fácil de adivinhar – da minha posição totalmente contrária à Religião – em todas as formas e diluições, e mesmo que isto não seja novidade para o senhor, eu temia e ainda temo que uma declaração pública lhe seja constrangedora.

      Música, Filosofia e Religião:

      O senhor me fará saber, então, que medida de compreensão e tolerância ainda consegue ter para com este herege incurável.” A resposta do pastor protestante Oskar Pfister demorou apenas 5 dias para ser enviada, e diga-se de passagem, com uma dissertação bastante cordial. Segue: “No tocante à sua brochura contra a Religião, sua rejeição à Religião não me traz nada de novo. Eu a aguardo com alegre interesse. Um adversário de grande capacidade intelectual é mais útil à Religião que mil adeptos inúteis. Enfim, na Música, Filosofia e Religião eu sigo por caminhos diferentes dos do senhor. Não poderia imaginar que uma declaração pública sua me pudesse melindrar; sempre achei que cada um deve dizer sua opinião honesta de modo claro e audível.

      O senhor sempre foi paciente comigo, e eu não o seria com o seu ateísmo? Certamente o senhor também não vai levar a mal se eu oportunamente expressar com franqueza minha posição divergente. Por enquanto fico na posição de alegre aprendiz” (FREUD, 2009, carta de 21/10/1927). Ao receber a resposta de Pfister, Freud parece ter ficado aliviado, contudo, a elegância com a qual o pastor responde parece motivar a exposição da “obra de guerra”.

      Freud ainda recebe com entusiasmo o desejo de Pfister em publicar uma resposta critica. Em 22 de Outubro de 1927, Freud responde: .“Da sua magnanimidade eu não esperava outra resposta à minha ‘declaração de guerra’. Alegro-me diretamente pelo seu posicionamento público contra minha brochura; será um refrigério em meio ao coro desafinado de críticas, para o qual estou preparado. Nós sabemos que, por caminhos diferentes, lutamos pelas mesmas coisas para os pobres homenzinhos.”

      Freud então cumpre com o enunciado e publica seu livro: “O futuro de uma ilusão” em 1927. Após a publicação da obra de Freud, Pfister responde de uma forma a deixar exposta sua atenção minuciosa em torno daquilo que Freud expôs na obra em tese. A resposta de Pfister não está fundamentada exatamente em defender a Religião, mas em trazer ao debate com Freud, o paralelo de finalidade e objetivos comuns entre a Psicanálise e a Religião.

      No percurso da exposição de Pfister, o pastor não omite os caminhos tortuosos da Religião em torno dos dogmas que incentivam neuroses psíquicas bem como também, não deixa de expor os caminhos extremos contidos no entendimento de Freud quando este coloca a Religião como uma ilusão fruto da busca do sujeito neurótico. Em sua resposta, Pfister deixa clara a sua visão de como ele entende a relação Psicanálise e Religião. O religioso é ousado em afirmar que a Psicanálise de certa forma, serve para “purificar” a fé imatura, sendo ainda, um instrumento que contribui no amadurecimento de uma Religião concisa e sólida.

      Sofrimentos humanos, Psicanálise e Religião:

      Ousadamente, Pfister descreve que Freud combate a Religião valendo-se da própria religião, pois sua busca e seu objetivo é chegar à verdade e que de certa forma, tenta entender o amor. Segundo Pfister: “Quem trabalha para aliviar os sofrimentos humanos trabalha em favor do reino de Deus” (2003, p. 18): “Afinal, quem lutou de modo tão gigantesco pela verdade e brigou tão heroicamente pela redenção do amor, este é, quer queria sê-lo ou não, segundo os parâmetros do evangelho, um fiel servo de Deus. E não está longe do reino de Deus quem, pela criação da Psicanálise, elaborou o instrumento pelo qual são serradas as cadeias das almas sofredoras e são abertas as portas do cárcere” É patente que a principal arma de Pfister é insistir em mostrar que Psicanálise e a Religião obedecem aos mesmos objetivos, mas que, diferem nos meios.

      O protestante não hesita em caminhar na direção de que, tanto a Psicanálise, quanto a Religião, busca aliviar sofrimentos em torno do sujeito. O desejo de Pfister em eliminar a rixa existente entre ambos os domínios parece querer dizer que os dois caminhos estão significativamente relacionados. Em Pfister (2003, p. 19): “Volto-me com toda a determinação contra sua apreciação da Religião […]. Contudo, faço-o também na esperança de que alguns, que ficaram refratários à Psicanálise com a rejeição da fé religiosa pelo senhor, voltem a contrair amizade com essa ciência, como método e síntese de reconhecimentos empíricos”.

      Estrategicamente, Pfister busca trazer o conceito de “ilusão” para o debate e usa o termo para fundamentar sua tese e seu pensamento, tudo isso, sem colocar em xeque a tônica que Freud idealizou para transcorrer sua elucidação em torno da Religião. Inicialmente, o que Pfister vai dizer sobre “ilusão”, tem conotação positiva em torno daquilo que ele pretende afirmar.

      Na verdade, o que Pfister quer ressaltar é que há possibilidade de coexistência da ilusão em torno da realidade, se este caminho for adaptado. Segundo Pfister (2003, p. 20), “na ilusão pode estar investido muito raciocínio realista existente”. Dessa forma, a relação entre ilusão e realidade se afasta daquela proposta por Freud (1927) em “O futuro de uma ilusão”. Freud defendia que a Religião seria uma “neurose obssesiva ou obsessão neurótica", Pfister, não nega tal conceito, contudo, ele define esta neurose a partir de uma “religião” que não foi concebida a partir de sua essência. O que Pfister diz é: “as obsessões são inconfundíveis em várias religiões primitivas, que ainda não conhecem nenhuma constituição eclesiástica, e também em todas as ortodoxias” (2003, p. 21).

      A figura do Deus Pai:

      Na concepção de Pfister, a Religião era evolutiva e que na medida em que o amadurecimento vai chegando, a culpa existencial recebido pelo sujeito na ortodoxia dogmática vai sendo vencida e superada: “creio que, pelo contrário, as mais sublimes elaborações religiosas justamente suspendem a obsessão” (2003, p. 23). Pfister não se restringe apenas em trazer ao representativo da religião a figura do Deus Pai, mas também traz ao debate a figura de Jesus Cristo como fator primordial em torno da neurose propriamente dita.

      Segundo sua exposição, Jesus não só supera a neurose coletiva de seu adeptos, como também trás um caminho mais maduro, possibilitando a cura de lesões traumáticas. A trajetória de Jesus enquanto homem designou-se em retirar a reflexão do sujeito pela via da culpa, levando-o para o caminho do amor: “Jesus contrapõe seu ‘mandamento’ do amor ao monismo neurótico obsessivo-compulsivo, que impõe um pesado jugo através das crenças ao pé da letra e do meticuloso cerimonialismo” (2003, p. 23).

      Falando sobre a neurose coletiva intensificada pela figura de Jesus Cristo, Pfister diz o seguinte: “Jesus venceu a neurose coletiva de seu povo introduzindo no centro da vida o amor que, na verdade, é moralmente purificado. Na sua concepção de pai, totalmente purificada das toxinas da ligação edípica, constatamos que foram totalmente vencidos a heteronomia e todo o constrangimento das amarras. O que se exige das pessoas não é outra coisa senão aquilo que corresponde à sua essência e sua vocação verdadeira, o que favorece o bem comum e – para também dar lugar ao ponto de vista biológico – uma saúde máxima do indivíduo e da coletividade” (2003, p. 23-24), Entende-se nesta colocação de Pfister, que o amor no Evangelho por meio de Jesus Cristo, a Lei mosaica está superada e cumprida, pois, ao contrário da Lei que apenas mostrava o erro e a forma com o qual o sujeito deveria ser punido, agora, pela Lei do amor, em Jesus Cristo, Deus não deve ser aplacado com cerimoniais de sacrifícios, mas visto pelo próximo através do amor, ou seja, para Pfister, a religião dentro de um processo de desenvolvimento e amadurecimento provoca a humanização combatendo o primitivismo obsessivo.

      Pfister ainda não perde a oportunidade de lamentar o fato de Freud ter negligenciado as partes mais sublimes da religião. Na concepção de Oskar Pfister, as compulsões individuais concebidas pelo sujeito estão na “pré-religião” e que o cristianismo “israelita-cristão” seria um vislumbrar de um amadurecimento libertário com objetivos de anular a compulsão, sendo esta a fonte de humanização proposta pelo discurso do pastor psicanalista. Pfister não hesita em discorrer sobre a questão da religião imaginária em torno do desejo. Sua palavra é cristalina e e concorda com Freud no ponto de que a Religião é permeada pelo desejo.

      Segundo Pfister (2003, p. 27), “eu já sabia havia tempo que as representações de Deus e do além muitas vezes são pintadas com as cores da paleta do desejo” Quando Pfister faz a sua defesa dentro deste desempenho de avaliação sistemática, seu objetivo não é desmerecer o entendimento do pai da psicanálise, mas trazer a baila o descuido de Freud em restringir na religião esta brecha, pois não seria algo caro apenas à Religião, e sim estaria presente também na própria ciência, assim como o desejo também permearia o próprio ateísmo.

      Conclusão sobre Psicanálise e Religião:

      O desejo, portanto, circula em todo tipo de criação humana, e tenderia a uma evolução que parte de desejos egoístas para aqueles que visam se afastar do seu caráter egocêntrico à medida que o ser humano evolui. É percebível que Pfister não deseja priorizar o discurso religioso em detrimento da concepção de Freud com a psicanálise, pelo contrário, o pastor protestante busca fomentar a importância da psicanálise em harmonia com os princípios maduros da fé cristã. Outro ponto a considerar neste debate entre Freud e Pfister, é o cuidado que o sacerdote possui com a alma de seu interlocutor no que concerne a sua aceitação dentro do contexto do público religioso.

      Pfister a todo tempo, tenta apresentar Freud como uma ferramenta de Deus em torno da cura de almas, mesmo que fora dos pilares de princípios da religião. Freud, por sua vez, nunca reivindicou para si nenhum tipo de aceitação religiosa e, como foi dito no decorrer desse trabalho, sua crítica à religião é bastante incisiva e mesmo que em vários sentidos ela possa ser entendida como reducionista, abre um excelente caminho para o diálogo.

      É bem fácil perceber um desvio do diálogo entre Freud e Oskar Pfister para um terreno não propriamente voltado para a psicanálise. Ambos os autores se limitam a trafegar no conceito de ilusão deixando de lado temas mais caros à doutrina psicanalítica tais como os conceitos de culpabilidade e ambivalência. Quase nenhum espaço é dado a livros como Totem e Tabu (FREUD, 1913) e Moisés e o monoteísmo (FREUD, 1939). O objetivo conciliatório de Pfister em torno da questão do amor que tem em Jesus o grande paradigma acaba por deixar a versão do conceito psicanalítico em relação ao amor centrado na análise mais importantes desse sentimento, mais ligado à agressividade, ao ódio e à pulsão de morte. 

      Ao trazermos o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung para as primeiras linhas deste artigo  relaciona-se ao fato de Freud ter vislumbrado a possibilidade de a psicanálise ter sido vista como uma ciência-judaica por seus conterrâneos, apenas pelo fato de Freud ter sido judeu. A ruptura entre Jung e Freud, de certa forma, radicalizou o discurso do médico em torno da religião, pois, de certa forma, Freud acaba por continuar sendo protagonista em torno da psicanálise, obrigando-o a ter na religião, ao que parece a possibilidade de num futuro não distante, a religião se apropriar, assim como a medicina, das bases da psicanálise. 

      RECUPERANDO-SE DO DESÂNIMO; TEXTO ( Salmo 43-5 )

      “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Salmo 43-5)

      Este salmo foi escrito por Davi, o qual mostra as paixões de sua alma; porque os filhos de Deus conhecem o estado de suas próprias almas para o fortalecimento de sua confiança e melhoria de sua obediência.
      Agora, esta é a diferença entre os salmos e outros partes da Escritura. Outras escrituras falam principalmente de Deus para nós, mas nos Salmos, é este santo homem quem fala principalmente a Deus e à sua própria alma, de modo que este salmo é uma admoestação de Davi à sua própria alma atribulada, quando se achava ausente da casa de Deus, ele expõe o assunto à sua alma: “Por que estás abatida, ó minha alma? e por que te perturbas dentro de mim?” As palavras contêm:

      1. O estado de perplexidade de Davi; e
      2. Sua recuperação do mesmo.

      Sua perplexidade é estabelecida com estas palavras: “Por que estás abatida minha alma?”  Sua recuperação disto reside primeiro no questionamento que fizera consigo mesmo. E, então, por uma admoestação à sua alma: “Confia em Deus”, e essa confiança é amplificada pela razão pela qual a sua alma deve confiar em Deus: “pois, ainda o louvarei,” isto é, eu deverei ser livrado, para que com um coração libertado eu possa lhe dar graças. Porque este é o meu Deus, a minha salvação, e minha ajuda, o fundamento da minha fé e confiança.

      Consideremos primeiro a sua perplexidade, quanto ao caminho que ele seguiu para ser achado assim tão perplexo.

      (1) Ele estava em grandes problemas e aflições. Assim, vemos por isto, que Deus permite que seus filhos cheguem ao limite, por muitas e longas aflições e problemas, antes de lhes prover livramento. Eles são mais sensatos das cruzes espirituais, em razão da vida da graça que há neles; e portanto, isto é o que os deprime mais do que todas as demais coisas. A necessidade de meios espirituais os tornam mais sedentos do que o cervo que brama pelos de ribeiros de águas, ( salmo 42-1 ). A sede espiritual é forte, e a vida da graça deve ser mantida. Agora o desejo pelos meios que possam fazer isto, lhe interessará mais do que tudo o mais.

      A alma que está vivendo na graça não pode suportar viver sob pequenos meios de salvação, muito menos para suportar censuras blasfemas. Portanto, as pessoas que podem se contentar com pequenos ou quaisquer meios, com pequenos confortos, sem trabalhar e se esforçar por uma mais doce e íntima comunhão com Deus, têm motivos para temer as suas próprias condições. Uma criança, tão logo nasça, chora e procura o peito, que coloca fora de toda questão que há vida nela, embora seja tão fraca. Assim, a vida da graça que começou em nós é conhecida pelos nossos apetites espirituais e desejos pelos meios da graça.

      (2) A segunda coisa que perturbou este homem santo, foram as palavras blasfemas de homens ímpios. Portanto, se nós vamos tentar manter uma condição boa, devemos ver como podemos levar a sério tudo o que é feito contra a religião. Pode um filho ser paciente quando ele vê seu pai sendo abusado? Quando um homem vê o evangelho de Deus sendo pisado, se ele ficar indiferente, ele mostra que seu coração está morto. Em tal caso, é melhor se irar do que ser indiferente, porque isto revela vida, ainda que com muito destempero. Deus irá dar a luz de sua salvação a quem se importa com a Sua honra. O inimigo disse: “Onde está o teu Deus?”  (Salmo 42-10 ) Isto penetrou no coração de Davi. Agora, o que é que o inimigo nos diz neste dia? Onde está o seu Deus? Sua religião reformada? Seu Cristo? Bem, eles não são afetados com isso que é um estado ruim e perigoso; deixe que julguem por si mesmos o que eles farão. Os filhos de Deus são sensíveis a tais coisas, eles são homens, e não pedras. Carne, e não ferro. Portanto, não é à toa que eles são tão sensíveis em nossa época, e por a levarem tão a sério quanto possam; esquecendo as suas feridas, e misturando seus sentimentos com suas aflições, que deixam suas mentes perplexas.

      Assim Davi se perturbou, e se entristeceu muito, pois afirma: “Por que estás abatida, minha alma?” De fato, por natureza, não temos limites em nossas afeições; se nos alegramos, nos alegramos demais; se nos entristecemos, nos entristecemos demais. A Graça somente faz qualificar todas as nossas ações e afeições, e onde não há a graça, há alegria ou tristeza total. Nabal, quando começou a se alegrar, alegrou-se muito em sua bebida, e quando começou a se entristecer, ele se excedeu nisto, ( 1 Samuel 25: 36-37 ).
      O filho de Deus é mantido de pé por aquilo que é forjado em seu coração, no qual a sua tristeza e alegria são misturadas.
      “Por que estás abatida, ó minha alma?” O ponto é este:

      É um pecado para um filho de Deus ficar muito desanimado e deprimido nas aflições, ou melhor, eu acrescento mais, embora a causa seja boa, como era aqui no caso de Davi.
      Mas como saberemos quando um homem está abatido demais? Porque isto é uma coisa pecaminosa alguém não ser sensato do que está sobre ele.
      A alma está abatida demais, quando nosso luto e tristeza não nos trazem a Deus, mas nos levam para longe de Deus.
      Dor, tristeza e humildade são bons, mas o desânimo é mau. Daí nosso Senhor nos ordenar que tenhamos bom ânimo em todas as nossas aflições, por ser um testemunho da nossa confiança em Deus para nos livrar ou fortalecer em meio às nossas tribulações.
      O excesso de desânimo foi o motivo de os filhos de Israel não terem dado ouvido a Moisés quando lhes falou, porque estavam em angústia de espírito, ( Êxodo 6-9 ).

      O permitir-se ficar desanimado por causa da aflição é um pecado porque isto coloca uma reprovação no próprio Deus, como se não houvesse força nas promessas de Deus para manter a alma no tempo de angústia e inquietação.
      Porque ficar tão afundado sob aflições nunca produz qualquer bom fruto.
      Sim, o próprio diabo, em tal caso , dirá: Deus te esqueceu, e assim ele junta suas tentações às tuas tribulações. E, por isso, peço que você considere que nosso Pai não negligenciará seus próprios filhos, para que eles fiquem abatidos.

      Ficar debaixo do desânimo, sem buscar força em Deus, é um pecado porque nos atrapalha na execução de nossos deveres sagrados. Porque onde a alma está abatida, ou não desempenha seus deveres completamente, ou então o faz fracamente, de modo que a alma perturbada não pode fazer o bem, e nem receber o bem.
      É a alma tranquila e em paz que tanto recebe quanto faz o bem como deveria ser feito, pois a quietude é a condição da alma, seja para fazer ou receber. As coisas santas são somente aceitas por Deus, pela vontade e alegria em fazê-las.
      Deus habita no alto e santo lugar. É o Deus Altíssimo. Por isso nos deu um espírito que está habilitado a subir às alturas celestiais; ainda que no nosso corpo natural esteja ligado ao pó, a esta terra.

      Assim, é próprio da natureza terrena decaída no pecado trazer juntamente consigo o nosso espírito para baixo.
      A tristeza e o pecado concordam tanto nisso, porque eles não vêm do alto, mas de baixo, então trazem a alma para baixo. O diabo, desde que ele foi precipitado do céu para as profundezas, se esforça para lançar tudo na mesma condição. Sua voz é, desce, desce até o chão.
      A nova criatura criada pelo Espírito de Deus é o oposto, pois busca totalmente o que é do alto. Onde a esperança está, aí a alma gosta de estar em pensamento e meditação, e tudo o que ela faz ou pode fazer é subir.
      “Por que estás abatida, ó minha alma? e Por que te perturbas?”
      O que se entende por abatimento? E por que Davi se queixa disto?
      Porque gera inquietação. Lança para baixo, quando não é com humildade, mas com desânimo.

      Deus nos lança para baixo para nos humilhar, senão com o propósito de nos exaltar com a mais doce consolação, porque tanto a alma está abatida por Deus, quanto é levantada por Deus. Mas a pessoa que está abatida por Satanás ou pelo pecado não descansa em Deus, mas está preocupada.
      Assim, um homem pode saber, quando suas murmurações da alma, são contra o próprio Deus, ou contra o instrumento do desânimo pecaminoso de sua alma. Aqui não há verdadeira humilhação, senão abundância de corrupção, que traz aflição e desânimo.
      Qual foi a razão pela qual a alma de Davi ficou assim tão abatida?
      Ao examinar sua alma ele verificou que não havia nenhum bom motivo para ficar assim desanimado. Por isso ele procurou indagar qual foi a causa que o conduziu àquele estado: “Por que te perturbas dentro de mim?”

      Não há desânimo em qualquer aflição ou problema, mas isto é por falta de conhecimento da razão pela qual Deus permitiu que fôssemos afligidos ou atribulados. Primeiro, por vezes, para o exercício de nossas graças, bem como por causa dos nossos pecados. Ainda, o esquecimento do modo de Deus lidar conosco nos corrigindo,  (Hebreus 12-5 ) e também porque não examinamos a causa de maneira correta com as nossas próprias almas.
      Rogo-vos, vamos ser mais sábios. Há algumas pessoas que fazem o problema por si mesmas, buscando seu conforto apenas em sua santificação, quando deveria ser procurado em sua justificação, e alguns há que se afligem sobre a questão de coisas para o tempo por vir, quando temos o mandamento de não ficarmos ansiosos com o amanhã, ( Mateus 6-34 ) e no tempo presente negligenciam o seu dever no uso dos meios da graça, e na confiança em Deus. Novamente, a falta de confiança em Deus, pois quando não confiamos em Deus, então temos uma confiança falsa na criatura, ou em qualquer outra coisa.

      Então, isto se segue: a vaidade trará aflição de espírito. Assim, quando a vaidade vai adiante, a vexação virá em seguida. Portanto, quando os homens decidem fazer qualquer bem ou sofrimento para o bem, por sua própria força, e não confiando em Deus para um suprimento constante, isto fará com que Deus remova o seu apoio, e então eles caem mais vergonhosamente. Sem dúvida, quando um homem que confia em si mesmo e no seu dom de graça, mais do que em Deus, ele pode ter a certeza que cairá, pois devemos confiar em Deus para o tempo por vir, por uma graça renovada, e orar para que Deus renove as nossas graças, para nos fortalecer em todos os problemas e aflições.

      A razão pela qual os filhos de Deus fracassam em momentos de dificuldade é porque eles se preocupam e não confiam em Deus para uma nova oferta de graça. Nós não podemos realizar novas funções, e nos submetermos a novos sofrimentos, que nos sobrevirão na obra de Cristo, com as graças antigas. Então agora você tem algumas causas por que os homens ficam assim abatidos e inquietos; falsa confiança, ou então não confiança em Deus, como o profeta tinha dito: “Por que estás abatida, minha alma?” A razão é esta, tu não confias em Deus como tu deves fazer e foi por isso que o nosso Salvador repreendeu Pedro, quando ele temia, dizendo: “Homem de pouca fé,” ( Mateus 14-81 ) Não foi o tamanho das ondas, mas a fraqueza de sua fé, que o fez afundar. Na verdade, a causa dos nossos problemas e inquietações é necessidade de fé, sem a qual não podemos confiar em Deus em nossos problemas e aflições; porque a alma sendo fraca de si mesma, tem necessidade de alguma coisa para confiar, como uma planta fraca tem necessidade de um amparo. Ora, o que nos dá força é a nossa confiança em Deus. Quando falta isto, então há inquietações e desânimos em nossas almas.

      Então, os filhos de Deus, quando estão em tribulações, podem se recuperar e achar consolo. E, na verdade, a Sagrada Escritura mostra isso; porque esta confiança e dependência de Deus em situações extremas, é o que difere o filho de Deus do ímpio.
      Uma pequena cruz não tentará as graças dos homens assim como as grandes. Veja o que fez Saul, que em grandes problemas, procurou uma feiticeira, ( 1 Samuel 27-7 ) Mas o filho de Deus, em seus maiores problemas, tem o Espírito de Deus para fortalecê-lo, ele descansa em Deus, como se vê em ( Romanos 8-26 ).

      Agora, o Espírito opera por fé, que nos habilita a enviar orações e fortes clamores ao ouvido de Deus. O filho de Deus pode clamar, chorar, e conversar, esforçando-se contra a apatia, e contra a sua infidelidade, e por isso, quando eles se encontram, ainda que na angústia mais profunda, eles podem se recuperar! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

      O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?