domingo, junho 18

MÃE SUFICIENTEMENTE BOA: UM CONCEITO DE DONALD WINNICOTT:

Mãe Suficientemente Boa é um conceito do pediatra, psiquiatra e psicanalista inglês Donald Woods Winnicott, em uma resposta a um jornal britânico, resposta cujo trecho da entrevista se tornaria célebre. É o que significa ser uma mãe suficientemente boa.

O conceito de Mãe Suficientemente Boa:

Em 1949, durante conversas com a BBC de Londres, Donald W. Winnicott responde à Iza Benzie, produtora da rádio à época, sobre sua teoria de “Mãe Suficientemente Boa”.

Diz: “Essa frase tornou-se um varal para pendurar coisas e ajustou-se à minha necessidade de escapar à idealização e aos eventuais intentos de ensino e propaganda.” (Winnicott, D.W. Talking to parents. Cambridge, Massachusetts: Perseus Publishing 1993, p. XIV.).

Nesta fala de Winnicott nota-se um certo desconforto e até mesmo relativa fuga do tema quando responde; isso porque, segundo o próprio autor, havia muito orgulho ao apropriar-se e utilizar-se do termo “Mãe Suficientemente Boa” por todo o significado implícito a ele, porém nunca foi sua intenção fazer uma teoria sobre mães e as complexidades da maternidade, mas apenas tratar sobre prover aquilo que o bebê precisa a seu tempo, tal como verificado em sua clínica.

Mãe Suficientemente Boa significa uma mãe perfeita?

Para Donald winnicott a “Mãe Suficientemente Boa” não é perfeita, como muitas vezes era – e ainda é cobrado destas pela sociedade (e até mesmo por outras mães) –, uma “Mãe Suficientemente Boa” é aquela que, além de prover as necessidades do indivíduo para se constituir como sujeito, também falha – o tempo todo –, e está continuamente corrigindo essas falhas.

E é justamente a somatória das falhas, seguidas pelo tipo de cuidados que as corrigem, que acaba constituindo a “comunicação do amor, assentada pelo fato de haver ali um ser humano que se preocupa.” (Winnicott, D.W. Os bebês e suas mães.São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 87).

A relação da mãe com a criança:

Isso tudo se trata, no âmago, de fornecer o necessário (e não mais que isso) ao seu bebê, também se identificando com ele, mas sem perder sua individualidade, como mulher.

Mais adiante, Winnicott, em outra obra (1966, pg. 205), ainda coloca “uma criança que, por vezes, é surpreendentemente madura aos quatro anos e meio se converte de súbito num bebê de dois anos quando precisa de que a tranquilizem, por causa de um dedo cortado ou de uma queda ocasional, é suscetível de tornar-se ainda mais infantil na hora de dormir”.

Neste momento Winnicott distingue os estágios de desenvolvimento da psique em dois grupos maiores:

  • estágios primitivos: que comportam desde o estágio pré-natal ao estágio da primeira mamada teórica (podendo ocupar os primeiros três a quatro meses de vida do bebê) e são caracterizados pela dependência absoluta do bebê para com os cuidados pessoais e ambientais, e
  • estágios de dependência e independência relativas: que comportam desde o estágio da desilusão à terceira idade.

Falaremos com mais detalhes o estágio primitivo, uma vez que nesta fase torna-se mais propenso o apego entre mãe e filho, e o vínculo pode se tornar maior.

Os estágios primitivos segundo Winnicott:

Nos estágios primitivos, os desafios do amadurecimento são a integração no tempo e no espaço, o alojamento da psique no corpo (personalização), o início do contato com a realidade (relações objetais) e a constituição do si-mesmo primário. Essas demandas estão relacionadas entre si, e as tarefas da mãe estão diretamente relacionadas com cada uma delas.

Isso ocorre por volta dos primeiros quatro meses de vida do bebê. A amamentação possui importância central, como sugere o nome, no entanto, não somente por seu caráter de alimentação, mas pelo sentido da relação estabelecida entre a mãe e o bebê.

O mais delicado nesta fase é que pode ocorrer a chamada “patologia correspondente”, já que, no estado de dependência absoluta, onde o amor é expresso por meio de um “holding” físico, se houver fracasso do ambiente pode-se ter a paralisação ou interrupção do processo de amadurecimento.

Essa paralização se manifesta como uma deficiência mental, independente de qualquer problema orgânico, ou uma esquizofrenia da infância (autismo), ou, ainda, uma predisposição para a doença mental mais tarde. 

O significado de Mãe Suficiente Boa na Psicanálise:

A clínica psicanalítica tem nos mostrado que há uma grande experiência de devastação materna e que não é rara a exceção destinada a poucas mulheres não afeitas ao mundo materno. Algumas, inclusive, colocam-se infinitas imposições, tarefas e medidas protetivas para a criança, num esforço exaustivo de controle e de tomar as rédeas da situação por meio de um cuidado metódico e super-proteção (excesso de higiene, de horários, de regras, de alimentação perfeita etc.).

A cadeia de cuidados não tem fim, o que pode fazer com que, dentro desse contexto, torne-se uma neurose infinita. 

Ao tentar responder a devastação materna com desmandos do superego, muitas mulheres relatam uma profunda sensação de impotência, sentindo-se incapazes de estarem à altura das tantas tarefas cotidianas com a criança, traduzidas por uma profunda sensação de exaustão e de fracasso.

Mas, enfim, o que realmente designa uma Mãe Suficientemente Boa?

É aquela que faz bem a seu bebê, mas vive de modo genuíno seu papel, e, mais que qualquer coisa, sente. Winnicott não tem intenção de ensinar como é ser mãe, mas descreve o que observou no seu trabalho como pediatra e integra à psicanálise esses conhecimentos.

POR QUAL MOTIVO A RELIGIOSIDADE TEME A TEÓLOGIA?

A grande arma da religião contra o ser humano é a proibição do pensar – a idade média e o clero são minhas testemunhas. Com medo dos frutos percebidos, oriundos de uma relação “singela” com Deus, a idéia religiosa é: pensar a fé é atitude de incrédulo, cabe ao seguidor apenas obedecer.

A teologia, ciência eleita pelo homem para promover o conhecimento do caráter de Deus, através de seus atos revelados nas Escrituras Sagradas, tem sofrido muito nas mãos da sanguinária religião – até mesmo daqueles que falsamente se dizem, da teologia, grandes aliados. Alguns dizem que todos podem pensar, mas, deve-se obedecer aos limites e outros são mais radicais ao dizer que a fé não pode ser pensada apenas “experimentada”.

Pressupõe-se que fé é acreditar naquilo que se entende por verdadeiro, por exemplo: creio em Cristo, pois acredito ser Ele o Filho de Deus e salvador da humanidade. Ora, como podemos saber, ou ao menos crer naquilo que é verdadeiro, se não pelo viés da cognição (conhecimento).

Mas, como nasce o conhecimento? Há apenas duas respostas, ou melhor, uma resposta composta por dois elementos: Experiência e raciocínio. Toda experiência deve ser raciocinada, tão logo, todo raciocínio deve, de preferência, ser experimentado. Já dizia Jesus: “Conhecereis (raciocínio) a Verdade e a verdade vos libertará (experiência)”. (Evangelho de João, capítulo 8, versículo 32).

Um grande problema do homem é que ele, como um ser dotado de sentidos, e pós – modernamente falando, um ser altamente sentimental, prefere o sentir em detrimento do pensar – o caminho dos sentidos é mais benéfico, mais gratificante, ou seja, um caminho mais fácil para se alcançar um objetivo – o primeiro casal do mundo, também sofreu com tamanha problemática humana – porém, seus efeitos são péssimos, ainda que os sentidos estejam bem treinados, simplesmente por serem humanos.

Outro “defeitinho” é o cinismo; digamos que “naturalmente” o ser humano é cínico.

Os fariseus são o modelo ideal de pessoas cínicas (sepulcros caiados); a religião invés de “anular” o cinismo do homem, tornando-o num ser mais “transparente”, faz dele ainda mais cínico. É o famigerado jeito de ser promovido pela aparência, é o estar sem estar, sentir sem sentir, acreditar sem acreditar, ou seja, uma vida definitiva e genuinamente hipócrita.

Portanto, as perguntas não se calam: Por que a religião teme o conhecimento e/ou Por que a teologia é tão agredida pela religiosidade? A resposta é simples e inteligente, porque ela, a religião, é um produto humano, portanto, melhor é sentir, ou ao menos, fingir que se pensa, do que realmente pensar! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, junho 17

ARTIGO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SCELETIUM TORTUOSUM " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Diversas soluções inovadoras pesquisadas pela indústria farmacêutica têm sua origem na natureza. Conhecidos como ativos naturais, essas substâncias são estudadas pela ciência farmacêutica por muito tempo para descobrir como seu uso pode ser feito de maneira segura e eficaz.

Nesse caso, uma dessas substâncias padronizado em ativos botânicos que revolucionou a saúde humana. Zembrin® é composto por 4 princípios ativos extraídos de forma patenteada e padronizada da planta Sceletium tortuosum, originária da África do Sul.

Zembrin® é padronizado em 4 alcalóides específicos que atuam de forma sinérgica no sistema nervoso central, que são eles: Mesembrina, Mesembrenol, Mesembranol e Mesembrenona. No processo minucioso de extração destas substâncias, a Mesembrina, responsável pelo primeiro mecanismo de ação de Zembrin® (Inibidor seletivo da recaptação da serotonina- ISRS), passa por um processo de purificação onde são retirados todos os oxalatos de sua composição, tornando-a eficaz e segura para consumo humano. O ativo responsável pelo segundo mecanismo de ação: Inibição seletiva da enzima PDE-4, responsável por promover mais atenção, raciocínio e amenizar o cansaço mental é a Mesembrenona.

Somente Zembrin® possui a patente da padronização única de 4 princípios ativos extraídos da planta Sceletium tortuosum – padronização desde a escolha das sementes até a colheita da planta para um produto autêntico, padronizado com garantia de segurança através de estudos clínicos de segurança, eficácia, toxicidade e tolerabilidade publicados.

Sceletium tortuosum: histórico de pesquisa

É importante frisar que a Sceletium tortuosum possui resultado de muitos anos de pesquisa em botânica, química, seleção e cultivo padronizados. O trabalho inicial em 1995 apontou que existem dois tipos de Sceletium tortuosum: as consideradas “fortes” pelos povos indígenas, potencialmente indutoras de euforia e outras espécies cultivadas em locais adjacentes onde as idênticas plantas de Sceletium eram consideradas “leves” e usadas para o estresse.

No entanto, existem ao todo 22 espécies de Sceletium e apenas 8 espécies foram descritas em literaturas, sendo a considerada mais segura e com baixo teor de alcalóides apenas a espécie Sceletium tortuosumPor isso, ela é única indicada e segura para uso humano, desde que contenham baixo teor de mesembrina.

Estudos mostram que a mesembrina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina mais potente que a fluoxetina (Phytochemistry, 2019). Estudos mostram que as espécies das plantas potencialmente intoxicantes (narcóticas) tinham alto teor de alcalóide total e a composição era particularmente alta do alcalóide mesembrina. A mesembrina possui oxalatos potencialmente prejudiciais, responsáveis pela ação narcótica, em altas concentrações, ela pode causar euforia, alucinações e tremores.

Das espécies descritas em literaturas científicas, as citadas abaixo são " Contra-indicadas " para uso humano, por oferecem altas concentrações de mesembrina e por isso, alto risco de efeito alucinógeno (Journal of Ethnopharmacology, 2008):

• 1 – Sceletium expansum (L.)
• 2 – Sceletium rigidum (L.)
• 3 – Sceletium strictum (L.)
• 4 – Sceletium varians (Haw)

Produção de Zembrin® e benefícios do ativo:

Zembrin® é produzido a partir do cultivo de sementes da Sceletium tortuosum com baixo teor de alcalóides e baixa composição de mesembrina livre de oxalatos e o seu uso diário a longo prazo, demonstrou ser seguro, sem risco de doping ou dependência. Dados históricos e estudos in vitro, in vivo, estudos de casos clínicos e dados de ensaios clínicos suportam os benefícios experimentais dos benefícios de Zembrin®.

Entre os efeitos de Zembrin®, encontramos um mecanismo de ação que age no sistema central e promove alívio dos sintomas da ansiedade e depressão por meio do mecanismo duplo de ação da fórmula. O que comprova-se a partir de resultados científicos e que demonstraram sua segurança. Dessa maneira, devido ao seu mecanismo de ação, Zembrin® diminui a tensão e melhora humor, funções cognitivas e melhora demais sintomas frutos da ansiedade.

Além disso, Zembrin® tem grandes vantagens em relação a outros nutraceuticos incluindo início de ação muito rápido, eficácia experiencial (a maioria dos usuários pode experimentar um efeito dentro de um a dois dias após a ingestão) e excepcional segurança e tolerabilidade.
Dessa forma, sua composição única, fruto de anos de pesquisa farmacológica pode proporcionar ao público um ativo inovador que não traz riscos para a saúde. "NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL E INTELECTUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

ALGUNS EXEMPLOS DE JUSTIÇA NAS ESCRITURA:

( 2 Timóteo 3-16 ) Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
(2 Timóteo 3-17 ) a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

Como nos demais capítulos do livro de ( 2 Samuel ) também há no seu 19º, muitos ensinamentos para nos educar na justiça.
Aqui nós somos ensinados especialmente sobre o dever da gratidão, mesmo de um rei a seus súditos, quando estes se empenham por ele lutando para fazer prevalecer a causa da justiça.

Até mesmo os que lideram devem manifestar a sua gratidão àqueles que o servem bem.
Pastores devem manifestar a sua gratidão às ovelhas que servem bem ao Senhor debaixo do ministério deles, assim como as ovelhas devem manifestar a sua deferência e gratidão àqueles que as presidem bem no Senhor.
Contudo, num mundo em que a iniquidade tem se multiplicado, de modo que o pecado tem se manifestado em múltiplas e variadas formas, estas coisas que são devidas à justiça e à virtude, e que são imutáveis, vão sendo esquecidas, mesmo no meio daqueles que jamais deveriam se desviar delas, a saber, o povo do Senhor.
Joabe sabia que grandes danos foram sofridos por muitos reis, por causa do desprezo de grandes méritos.

Era exatamente isto que Davi estava fazendo, não se permitindo consolar da morte de Absalão, e não expressando qualquer gratidão àqueles que haviam exposto as suas próprias vidas por ele e pelo seu reino.
As palavras de repreensão de Joabe dirigidas a Davi eram corretas, mas ele não o fez com o respeito e deferência que eram devidos ao rei.
Mas, em todo o caso, elas produziram o efeito desejado, e Davi pôde vencer as razões do seu coração para se sujeitar e fazer aquilo que era justo, e foi ter com o povo que já se desanimava, considerando ser uma ingratidão ele ter esquecido de tudo o que eles haviam feito para ficar lamentando a morte do rebelde Absalão.
Tendo manifestado publicamente o seu desejo de continuar governando as tribos de Israel, deliberou providenciar o retorno do rei de Maanaim, onde ele ainda se encontrava, para Jerusalém, em Judá.

E ao mesmo tempo, Davi tomou providências mandando dizer a Zadoque e a Abiatar, que se encontravam em Jerusalém, que incentivassem os de Judá a trazê-lo de volta ( 2 Samuel 19-11) ).
Ele argumentou que era irmão deles, pois era daquela tribo, e mandou dizer a Amasa, que foi constituído por Absalão como seu general, dizendo também a ele que era do mesmo osso e carne dele, e que o constituiria como general de todo o seu exército no lugar de Joabe (v. 12, 13), e estas palavras produziram o efeito esperado, porque eles se dispuseram a buscar Davi em Maanaim, tomando a dianteira de todas as demais tribos de Israel, e quando estas protestaram que haviam sido deixadas de lado pelos de Judá, não dando a eles a mesma honra de buscarem o rei juntamente com eles, a tribo de Judá usou o argumento do parentesco com Davi para justificar o fato de terem se encontrado com o rei em Gilgal para trazê-lo a Jerusalém (v. 15, 41-43).

Mas, enquanto neste mundo, não virá somente ao nosso encontro a gratidão sincera, como também o interesseiro com seu falso arrependimento e a falsidade e o engano, bem representados nas pessoas de Simei, que havia amaldiçoado Davi, quando este fugia de Absalão (v. 16), e Ziba, que lhe enganou em relação a Mefibosete (v. 17).
Estes vieram ter com ele juntamente com os homens de Judá, pois souberam da decisão deles de se encontrarem com Davi em Gilgal, depois da sua saída de Maanaim.
Simei, para poupar o próprio pescoço, de uma possível represália dos oficiais de Davi, se apressou em pedir perdão pelo seu pecado, e argumentou que foi o primeiro de todas as demais tribos de Israel que viera ter com o rei (v. 20), que foram designadas por ele como casa de José.

Abisai percebeu a falsidade daquele homem e se dispôs a matá-lo, mas foi impedido pelo rei, não porque não tivesse percebido a falsidade de Simei, mas por colocar em prática a virtude da longanimidade, que é ordenada por Deus a todos os verdadeiros cristãos, e assim Davi prometeu poupar a sua vida (v. 22, 23), certamente, enquanto ele não voltasse a fazer algo que fosse digno de morte.
Nós vemos no livro de ( I Reis ) que Simei foi morto a mando de Salomão, por ter desobedecido ordens expressas que lhe havia dado.
A longanimidade lhe havia poupado, mas ele não se mostrou digno dela e foi apanhado no momento oportuno, pela justiça.

O mesmo sucederá a todos aqueles que têm abusado da longanimidade de Deus não se arrependendo dos seus pecados, e não se convertendo a Ele para praticarem a justiça, e tentando se valer de um falso arrependimento, que sequer engana a eles próprios, quanto mais ao Deus que tudo conhece, e por isso é certo que o juízo do Senhor os alcançará quando menos esperarem.
Os versos ( 24 a 30 ) relatam o encontro de Mefibosete com Davi, que também saiu para ter com ele, antes da sua chegada em Jerusalém.

Tão nobre era o caráter de Mefibosete, que tendo sido impedido de fugir com Davi em razão da tramóia que Ziba lhe preparara, no entanto, em demonstração de tristeza e abatimento que sentiu pelo exílio forçado do rei, não tratou dos seus pés defeituoso, nem aparou a barba e nem lavou as suas vestes, desde o dia que Davi fugiu de Jerusalém (v. 24).

Ele não protestou com o rei quanto a ter transferido as propriedade que lhe dera para a posse de Ziba, e alegou reconhecer o direito que ele tinha de fazer o que bem aprouvesse com o que de fato lhe pertencia, e se mostrou grato pelo seu favor para com ele, quando todos, na casa de Saul, foram alcançados pelos juízos do Senhor.
E ele concluiu o seu discurso com Davi dizendo que mesmo tendo sido enganado por Ziba ele não se encontrava em posição de reclamar sobre qualquer direito ao rei, porque afinal ele comia à sua mesa, em sua presença.
Não podendo voltar atrás na palavra dada a Ziba, Davi propôs a Mefibosete que ficasse satisfeito com metade das propriedades que lhe pertenciam e que ele havia dado a Ziba (v. 29).

Mas para livrar o rei de qualquer constrangimento ele lhe declarou que Ziba poderia ficar com tudo porque a sua alegria não repousava em propriedades, mas na pessoa do próprio rei, que havia por fim voltado em paz à sua casa (v. 30).
Isto é um exemplo para muitos cristãos cujo prazer não se encontra exclusivamente na própria pessoa de Jesus, mas naquilo que podem obter dele.
Mefibosete compreendia que tudo o que lhe fora dado pelo rei, não era propriamente seu, e que o rei poderia dispor dos seus bens como bem lhe aprouvesse.

Quantos têm este pensamento correto em relação ao próprio Deus, quanto a que tudo se encontra na posse deles neste mundo, não pertence propriamente a eles, mas ao Senhor?
Além disso todos eles estavam na mais completa miséria em seus pecados, e Deus os tornou participantes da Sua riqueza por meio de Cristo Jesus, e assim todo o bem que têm recebido é por pura graça e misericórdia, e não têm portanto o direito de lhe negar qualquer direito sobre tudo o que possuem e sobre suas próprias vidas.
Mais do que isso devem aprender a amá-lO desinteressadamente, assim como Ele lhes ama. Porque o verdadeiro amor não é interesseiro.

Pessoas que protestam serem amigas de outras, não raro estão buscando não a quem dizem amar, mas aos seus próprios interesses egoístas, de receberem deles proteção, companhia, provisão, honra, conforto, ou o que seja do interesse delas.
E a falsa amizade se comprova no momento em que percebem que o que era do seu interesse não possa mais ser atendido por aqueles aos quais alegavam amar; porque se retirarão, sem manifestar até mesmo qualquer gratidão, por qualquer bem que tenham recebido daqueles aos quais exploraram de forma interesseira.
A Deus pertencem não somente os bens materiais dos quais somos apenas seus mordomos, como também as nossas próprias vidas, dons e talentos.

Ele dá e os tira, pois faz o que quer com o que é Seu, segundo a Sua própria vontade e soberania, para que aprendamos que não é o que recebemos ou que não recebemos dele, que importa, mas conhecer e amar a Sua própria pessoa divina, tal como Jó havia demonstrado, quando colocado à prova por Deus, revelando a Satanás que o amor de Jó por Ele era genuíno e não interesseiro.
Por isso, devemos dar-Lhe glória e graças tanto no que recebemos dele quanto naquilo de que nos tem privado, seguindo o exemplo de Jó que O adorou quando permitiu que fossem mortos os seus dez filhos.

Ele é digno de receber glória e honra na alegria e na tristeza, quando somos honrados ou desonrados, quando temos muito ou nada porque Ele sempre faz o que é melhor para nós, mas sobretudo porque Ele próprio é a nossa única e permanente riqueza e a profunda razão da nossa paz e alegria.
Todos nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados diante de Deus e Ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Do quê então temos nós o direito de reclamar nas aflições que sofremos neste mundo?
Finalmente, no comentário deste 19º capítulo de ( 2 Samuel ) cabe ainda destacar a prudência, sabedoria e generosidade de Barzilai, um ancião muito rico de 80 anos de idade, que residia em Gileade, e que sustentara Davi, quando este esteve em Maanaim (v. 31,32).

Ele acompanhou Davi em sua volta a Jerusalém até que tivesse atravessado o Jordão.
Davi insistiu com ele para que fosse se juntar à sua corte em Jerusalém, mas ele recusou esta honra não por desfeita ao rei, mas por sabedoria e prudência, porque sabia que estava próxima a hora da sua morte, e desejava ser sepultado em sua própria cidade, junto de seu pai e mãe, mas pediu ao rei que a honra que lhe cabia fosse transferida para o seu filho Quimã, que era ainda jovem, e poderia se destacar servindo ao rei, e Davi prometeu fazer a Quimã tudo o que Barzilai desejasse e lhe pedisse (v. 37, 38).
O bom nome dos pais é a melhor herança dos filhos, e estes acharão favor da parte daqueles que foram abençoados pelo serviço e testemunho de seus pais.
Vale a pena fazer o bem, especialmente àqueles que andam nos caminhos do Senhor, porque quando menos esperarmos o Senhor haverá de fazer com que colhamos abundantemente todo o bem que tivermos semeado, ainda que em meio a lágrimas e enfrentando dificuldades, e esta colheita será feita não apenas aqui neste mundo mas sobretudo no céu.

Barzilai havia construído um sólido fundamento fazendo um uso generoso e sábio de toda a riqueza que o Senhor lhe concedeu e permitiu que ele adquirisse. E isto nos faz lembrar tanto das palavras do Senhor Jesus quanto do apóstolo Paulo:

“Eu vos digo ainda: Granjeai amigos por meio das riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.”  (Lucas 16-9 ).

sexta-feira, junho 16

HISTÉRIA: O QUE SIGNIFICA? QUAIS SÃO OS CONCEITOS E TRATAMENTOS?

Histeria, do grego hystera, significa “útero“. Neste artigo, discutiremos o que é histeria para a psicanálise, isto é o conceito ou significado de histeria. Apresentaremos uma visão ao longo de uma história da histeria: conceitos, interpretações, tratamentos ao longo do tempo.

Desde o Egito antigo já se achava que o útero era capaz de afetar o resto do corpo. Os egípcios acreditavam que uma variedade de problemas corporais se dava a partir do que denominavam um útero “vagante” ou “animado”.

Essa teoria de um útero animado se desenvolveu mais na Grécia antiga, e foi mencionada várias vezes no tratado Hipocrático “Doenças das mulheres”. Platão considerava o útero um ser separado no interior da mulher, enquanto Areteu o descreveu como um “animal dentro de um animal“, causando sintomas ao “vagar” por dentro do corpo da mulher, criando pressão e stress nos outros órgãos.

Deste modo, é evidente, mesmo pela origem do nome e sua relação direta com um orgão do sistema reprodutor feminino, que trata-se de uma doença que afeta, especificamente, a mulher.

O que é Histeria?

Tradicionalmente, entende-se a histeria como:

  • Uma manifestação principalmente física de diversas formas, como tiques nervosos, espasmos, gagueira, mutismo, paralisias, até mesmo cegueira temporária.
  • Esta manifestação não tem uma causa física evidente, o que indicaria poder haver uma origem psíquica.
  • Com métodos como a hipnose ou o diálogo terapêutico da associação livre em psicanálise, é possível tentar rememorar eventos pontuais ou reiterados que estejam na base da histeria;
  • ao se identificar a causa e falar sobre ela, os terapeutas e pacientes relatam que os sintomas histéricos (físicos) tendem a diminuir ou desaparecer.

Como se vê a histeria hoje?

Concebe-se a histeria atualmente como um comportamento ou manifestação sintomática. Inexiste uma relação quanto ao gênero específico contemplado, pois mulheres e homens podem ser acometidos destes sintomas.

No início da psicanálise e da psicologia, o conceito de histeria englobava transtornos de diversas manifestações.

Foi especialmente a partir do DSM III que o termo histeria se subdividiu em outras classificações. Hoje, alguns autores mantêm o uso do termo histeria, enquanto outros preferem outros tipos de classificações. E essas classificações podem ser as mais variadas, a depender dos critérios de quem observe.

Segundo o psicólogo L. Maia (2016), alguns autores separam sintomas histéricos em quatro tipos, que se diferenciam especialmente quanto ao tipo de sintomas:

  • uma de natureza mais depressiva,
  • uma que demonstra um comportamento infantilizado,
  • uma que manifesta posturas disruptivas quanto às regras sociais e
  • uma que apresenta sintomas físicos ou somáticos.

A histeria para Freud e o início da Psicanálise:

histeria ganha certa centralidade nos estudos iniciais da psicanálise. Afinal, foi através dessas queixas clínicas que o tratamento desenvolvido por Freud, influenciado por seus pares, pôde continuar a evoluir dentro do arcabouço teórico e prático da psicanálise.

É necessário reservar um espaço importante dentro da formação para a compreensão dessa patologia, sua etiologia, desenvolvimentos, formas de intervenção e interpretação, além do tratamento. Por isso, pode se dizer que foi a primeira patologia estudada por Freud e especialistas dos estudos da mente. E, desde então, o conceito de Histeria foi desdobrado, revelando-se outras patologias, de modo que os psiquiatras atuais preferem não adotar esta terminologia.

Pode-se dizer que o livro Estudos sobre a histeria (1893-1895) publicado em conjunto entre Freud e Breuer, foi para a obra fundadora da psicanálise, embora os escritos contidos em A Interpretação dos Sonhos (1900) sejam considerados, por Freud, como o grande livro seminal da psicanálise. 

Deste  modo, nos estudos, os autores discutem e introduzem a ideia sobre a doença:

“(…) como originária de uma fonte da qual os pacientes estão relutantes em falar, ou mesmo não conseguem discernir sua origem. Tal origem seria encontrada em um trauma psíquico ocorrido na infância, no qual uma representação ligada a um afeto angustiante teria sido isolado do circuito consciente das ideias, e o afeto foi dissociado a partir disso e descarregado no corpo.” (Revista Eletrônica Científica de Psicologia, 2009).

Resumindo, podemos dizer que o significado de Histeria está ligado:

  • a um trauma na idade infantil;
  • de que a pessoa adulta não consegue se lembrar muito bem (recalque);
  • este afeto se desprende da lembrança original, isto é, da representação “verdadeira”;
  • e acaba se manifestando no corpo, isto é, com incômodos físicos  (simpatização )

Histeria e Somatização:

Enquanto a histeria se restringe ao episódio de ordem psíquica, a somatização é descrita como um sintoma é manifesto no corpo, embora originário de uma causa psíquica. É como se uma causa inconsciente aflitiva levasse o corpo a expressá-la, mas usando uma linguagem diferente, que não revela a causa do sintoma.

Na histeria, há uma ideia de repressão (barreira), que isola as representações desvinculadas dos afetos em uma “segunda consciência”, subordinada à consciência normal.

Esta crise relatada está relacionada à formação do sintoma que, devido a um trauma infantil, apresentaria um correspondente da ordem do simbólico, separando o afeto de sua representação.

repressão dos afetos ligados à realização de um desejo provocaria um impedimento que, devido à dificuldade da elaboração psíquica em atribuir um significado à experiência, manifestaria o sintoma no plano somático (corpo), caracterizando o conceito de conversão histérica.

Isso provoca, dentro de uma cadeia associativa, a transformação dos afetos em sintomas somáticos, daí o nome de conversão histérica.

Assim, o uso do método catártico como forma de tratamento foi eficiente, uma vez que foi realizado o acesso às representações isoladas do afeto (evento traumático), sendo possível a revelação desse afeto, causando alívio e eliminação do sintoma.

Esse movimento de descarga foi chamado de Ab-reação que, segundo Laplanche e Pontalis (1996), consistiria em um processo de descarga emocional que, liberando o afeto ligado à memória de um trauma, anularia seus efeitos patogênicos.

Podemos então resumir o processo de histeria a partir da:

  • ocorrência de um trauma na idade infantil;
  • a pessoa adulta não consegue se lembrar, ou seja, ocorre um recalque;
  • este afeto é uma carga psíquica que se desprende da lembrança original; e, finalmente,
  • acaba se manifestando no corpo, isto é, com incômodos físico: a somatização.

Antigas formas de tratamento da Histeria:

Nessa época, tratavam-se os sintomas de histeria através da aromaterapia. Aromas desagradáveis eram apresentados as narinas da paciente e aromas agradáveis as genitais, com o intuito de “guiar” o útero ao seu local correto.

No segundo século, Galeno de Pérgamo rejeitou a ideia de um útero vagante, mas ainda considerava o útero como a causa principal da histeria. Ele também utilizava aromaterapia, mas também recomendava o coito sexual como modo de tratamento, além da utilização de cremes, que eram aplicados por servas ao exterior da genitália.

Ao contrário dos escritores Hipocráticos, que viam na menstruação a origem dos problemas do útero, Galeno afirmava que eles ocorriam devido a “retenção da semente feminina“.

A Histeria na Idade Média e Moderna:

Na época medieval, a ideia do útero vagante e seus tratamentos mais comuns persistiram, inclusive os tratamentos como a aromaterapia e o coito. Nasceu também a ideia de um acúmulo de fluidos no útero que deviam ser removidos para curar a paciente. Devido à visão da masturbação como um tabu, o único tratamento considerado eficiente de longo termo era o casamento.

Eventualmente, a possessão era adicionada à lista de causas possíveis para a histeria. Sempre que um paciente não podia ser curado, a explicação assumida era que se tratava de uma possessão demoníaca.

De modo que, durante os séculos 16 e 17, as visões de histeria se permaneciam as mesmas que as concebidas no passado. Acreditava-se que o sêmen possuía capacidades curativas e o sexo removia o acumulo de fluidos, portanto, o coito durante o casamento ainda era o mais tratamento recomendado.

A visão da Contemporânea sobre Histeria:

A partir do século 18, na era industrial, histeria começa finalmente a ser vista como um problema mais psicológico e menos biológico, porém, os tratamentos se mantém os mesmos, mudando apenas a explicação: Pierre Roussel e Jean-Jacques Rousseau afirmam que a feminilidade é essencial e natural para as mulheres, e a histeria agora nasce da falha em realizar esse desejo natural.

Com a industrialização, houve a mecanização da terapia de massagem, com “manipuladores” portáteis sendo utilizados para induzir um orgasmo nas pacientes, permitindo o tratamento em casa e com o apoio do marido. É interessante apontar que a masturbação através dos vibradores não era considerada um ato sexual, uma vez que o modelo androcêntrico de sexualidade que era utilizado nessa época não reconhecia um ato sexual se nele não existisse penetração e ejaculação.

Freud e seus precursores:

Finalmente, no século 19, os estudos sobre histeria de Jean-Martin Charcot levam a uma visão mais científica e analítica da condição, aceitando ela como um distúrbio psicológico e não biológico, e tentando definir a histeria medicamente, com a intenção de remover a crença de uma origem supernatural para a doença.

Isto porque Freud aprofunda mais essa pesquisa, afirmando que histeria é algo completamente emocional, e pode afetar tanto homens quanto mulheres, sendo um problema causado por traumas que impediam que suas vítimas conseguissem sentir prazer sexual de modo convencional.

Isso é o ponto de partida para Freud definir o Complexo de Édito, descrevendo a feminilidade como uma falha ou ausência de masculinidade. A definição de histeria do século 19, vendo então a histeria como uma busca pelo “falo perdido”, acabou sendo utilizada como modo de descreditar os movimentos feministas do século 19 que buscavam aumentar os direitos das mulheres.

O sentido atual para Histeria:

Embora sempre representado  como uma patologia, o termo histeria foi reapropriado pelo movimento feminista nos anos 80. Neste período, afirmava-se que a histeria era um tipo de rebelião pré-feminista. Por isso foram publicados vários estudos que contradiziam as ideias psicanalíticas, vendo histeria como uma revolta aos construtos sociais impostos sobre as mulheres.

Sob diversos regimes de opressão, ao longo da história, as mulheres não aceitavam a ideia de a histeria ser um substrato natural da feminilidade, como o apresentado por Freud.

Assim, no século 21, geralmente o termo “histeria” já não é mais utilizado como categoria de diagnóstico, em favor de categorias mais precisas, como transtornos de somatização, ou neuroses.

Apesar disso, o estudo da histeria e da sua história ao longo da civilização humana é de suma importância para o estudo da psicanálise, por ser uma das peças-chave para o início do pensamento Freudiano e um dos pontos focais para o momento na história humana. Pois esses traumas, hoje, são reconhecidos como doenças mentais e  deixam de ter explicações biológicas ou supernaturais e começam, finalmente, a serem tratadas como síndromes psíquicas.

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O MELHOR DE DEUS ESTÁ POR VIR ACREDITE?

Reflexão A expressão “O Melhor de Deus está por vir” se tornou moda entre o povo de Deus e, parece ser quase que obrigatório pronunciá-la nas pregações. Pastores, Pessoas influentes no meio evangélico, internet, até canções, têm veiculado esta expressão como uma espécie de “slogan”. No início era tolerável, mas agora já começa a ficar perigoso, vejamos por que: Pergunta: Será correto afirmar que o Melhor de Deus ainda está por vir? Resposta: Depende da ótica com que analisamos esta afirmação… Pois se aceitarmos o “evangelho do triunfalismo” – onde o indivíduo é avaliado pela quantidade de bens que possui e não pela sua vida de piedade diante de Deus, rejeitando os ensinamentos do Senhor Jesus, que afirmou ser a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes (Mateus 6-25 ) que nasceu em uma manjedoura (Lucas 2-7 ) e não tinha onde reclinar a cabeça (Mateus 8-20 ) que disse não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões roubam, ajuntai tesouro no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrói e os ladrões não roubam ( Mateus 6:19-20 ) que advertiu ninguém pode servir a Deus e às riquezas (Mateus 6-24) – aceitamos a afirmação em lide como verdadeira, pois serve como consolo para aqueles que ainda não alcançaram os padrão de vida estabelecido por esta modalidade de “evangelho” tão distante do ensinado por Jesus.

Quando falamos o “melhor de Deus estar por vir na sua vida!”, estamos dizendo, você ainda não alcançou a sua “bênção”, mas ela está por vir; você ainda não conseguiu seu carro zero, mas ele está por vir; você ainda não recebeu a sua casa própria, mas ela está por vir. Por isso é tão impactante, e talvez por isso muitos insistam em pronunciar esta frase. O problema é que à luz da Bíblia esta expressão não soa nada bem, pois o melhor de Deus JÁ veio! Observe. Quando Jesus se apresentou a mulher samaritana ele afirmou que possuía água viva, melhor que a água do poço de Jacó… Jesus é a melhor água ( João 4:10-11 ) E por falar em água, nas bodas de Caná da Galiléia, o primeiro registro de um milagre de Jesus, o mestre-sala comentou que normalmente o melhor vinho era servido primeiro e depois o inferir, mas naquela festa foi feito o contrário… Jesus é o melhor vinho ( João 2-10 ) No deserto o povo provou do maná, o pão providenciado por Deus para que o povo não perecesse no deserto, no entanto no evangelho de João o Senhor Jesus é apresentado como o pão vivo que desceu do céu, superior ao maná experimentado no deserto…

Jesus é o melhor pão (João  6: 51-58 ). Ainda no evangelho de João, Jesus se intitulou o Bom Pastor, ele falou sobre o ladrão que não entra pela porta e, vem para matar, roubar e destruir, e cita o mercenário que embora ostente o lugar do pastor não é pastor, porque o verdadeiro Pastor dá a sua vida pela das suas ovelhas… Jesus é o melhor Pastor (João 11-14 ). No livro de Hebreus, Jesus é apresentado como o Sumo Sacerdote, e como sacerdócio superior ao Levítico, pois é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque… Jesus é o melhor Sacerdote (Hebreus  7: 17-21;8-6 ). O profeta Isaías apresenta Jesus como o menino Rei, não houve nem haverá reino como o do Senhor… Jesus é o melhor Rei ( Isaías  9: 6-7 ). Antes de Jesus as ofertas e os sacrifícios tinham que ser constantemente repetidos, tendo em vista serem apenas figuras do sacrifício perfeito de Jesus na cruz… Jesus foi o melhor sacrifício ( Hebreus 11-14 ).

Deus é suficientemente poderoso para salvar toda a humanidade, Ele poderia ter escolhido um anjo, um arcanjo, ou um querubim, ou ainda um serafim, para incumbir da nobre missão de resgatar a raça humana. Mas Deus não se conformou em dar qualquer pessoa, ele deu o mais valioso, o que Ele tinha de mais precioso, Deus deu o que ele tinha de Melhor, Ele deu seu próprio Filho JESUS, prá salvar a mim e a você ( João 3-16 ). O Filho de Deus se tornou Filho do homem, para que os filhos dos homens se tornassem filhos de Deus. Jesus é o melhor vinho, a melhor água, o melhor pão, o melhor pastor, o melhor sacerdote, o melhor rei, o melhor sacrifício… Em tudo e em todos, Ele é o melhor de Deus… Receba hoje o melhor de Deus, seu Filho Unigênito, você não precisa esperar mais, receba o Filho de Deus. Muitos ainda aguardam o melhor de Deus, e vão esperar por muito tempo se não perceberem que o Melhor de Deus já veio e está ao alcance de todos que invocam o seu nome. O melhor de Deus já veio, seu nome é Jesus! O melhor de Deus para nós! Aleluia! Que Deus te abençoe com toda sorte de Bênçãos nas regiões celestiais! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, junho 15

UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE COMO FUNCIONA A ATUAL TEÓLOGIA CRISTÃ:

Já por algum tempo tenho pesquisado, pesquisado sobre a teologia contemporânea tenho tentado a entender as várias tendências e movimentos na teologia cristã atual e sua importância para a igreja evangélica (confesso que não é tarefa fácil ). Tenho tentado analisar criticamente os conceitos teológicos, à luz da cosmovisão bíblica e evangélica e procuro aquilo que colabore com a promoção de uma formação espiritual saudável na igreja e na minha vida pessoal.

Entendo que quando buscamos compreensão acerca da influência das teologias e conceitos presentes na sociedade atual, podemos desenvolver modelos de ministério e evangelização que respondam aos desafios do nosso tempo com mais propriedade e eficácia.

O contexto teológico nacional e talvez o internacional evidencia uma certa estagnação nos últimos anos no que tange a produção de material puramente teológico. Acredito que as impostações da pós-modernidade tem trazido sérios prejuízos para a teologia, dada a variedade de informações e pluralidade de opções que oferece aos que ousam se aprofundar nesta ciência.

Nota-se que a preocupação atual a respeito do sentido real da teologia é buscado, bem como da sua veracidade e do seu fundamento, mas existe uma concepção de teologia que a tem separado da prática pastoral da Igreja e ao mesmo tempo a tem privatizado como teologia científica, colocando-a de lado por suas características metódicas. A teologia tem atingido um alto grau de sofisticação intelectual e filosófica.

Tem havido também a promoção de uma teologia mais holística e sensacionalista sem qualquer preocupação com a veracidade, baseada no sentimento pessoal de cada sujeito, e, enfim, um desinteresse por sua veracidade baseada na Revelação de Deus (Bíblia Sagrada). Penso que toda reflexão teológica genuína deve começar com Deus como o fundamento último de toda a realidade e da fé cristã.

As diversas correntes teológicas atuais, são quase que inteiramente antropocêntricas, começando com as necessidades e desejos humanos para então elaborar um entendimento de Deus como aquele cuja função principal é satisfazer tais aspirações. Há um retorno a aquilo que ocorreu no período iluminista, que caracterizou-se por uma fé ingênua no homem e em suas potencialidades. A razão desse desprezo é que o próprio conceito de revelação especial tem sido questionado.

Em síntese, a teologia contemporânea tem se tornado um esforço filosófico e especulativo que tem pouco contato com as genuínas raízes da fé e da espiritualidade cristã! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?