segunda-feira, agosto 21

VAMOS CONHECER AS VITAMINAS DO COMPLEXO B E SUAS FUNÇÕES:

Quando falamos sobre alimentação saudável e temas relacionados, um dos tópicos mais frequentes é a importância das vitaminas. No entanto, esse é um tema relativamente complexo e muito extenso, o que faz com que boa parte do conhecimento seja parte do senso comum.

É hora de aprofundar o  aprendizado e entender o que são as vitaminas do complexo B. Saber o porquê de sua importância para a saúde lhe ajudará a se cuidar cada vez melhor e ter mais atenção aos sinais do próprio organismo.

Sendo assim, veja quais são as principais vitaminas do complexo B, a importância de cada uma, os sinais de carência e quais são as fontes mais abundantes desses compostos.

O que são vitaminas?

As vitaminas são substâncias essenciais para a vida. Elas participam de uma grande variedade de reações em nosso organismo e, sem esses nutrientes, muitas delas simplesmente não funcionam. Pense nas vitaminas como chaves essenciais para ligar as ações que acontecem em nosso corpo.

Elas são classificadas em 2 grupos, levando em consideração a solubilidade: lipossolúveis (solúveis em gorduras) e as hidrossolúveis (solúveis em água). As do primeiro grupo são as vitaminas A, D, E e K. E como exemplo de vitaminas hidrossolúveis temos a vitamina C e as vitaminas do complexo B.

É importante ter esse conhecimento por um detalhe: a toxicidade das vitaminas. Afinal, o excesso também pode ser prejudicial! Quando falamos sobre compostos lipossolúveis, nos referimos a um risco maior de hipervitaminose. As que são solúveis em água são mais facilmente eliminadas pela urina e, portanto, representam um risco menor para a saúde.

Quais são os sintomas da deficiência e carência de vitaminas do complexo B?

Deficiência e carência são termos diversos para um mesmo problema: a presença de níveis abaixo do esperado de certas substâncias em nosso organismo. A diferença está na forma de diagnóstico.

A deficiência é detectada apenas a partir de exames, enquanto a carência faz com que o paciente apresente sinais físicos do problema. No caso das vitaminas do complexo B, os sintomas são:

  • Nervosismo;
  • Dificuldade para dormir;
  • Inquietação;
  • Agressividade;
  • Irritação;
  • Mudanças de humor;
  • Falta de energia;
  • Depressão;
  • Problemas com o foco e a memorização;
  • Fraqueza muscular;
  • Inchaço nos membros (braços e pernas);
  • Redução do apetite;
  • Emagrecimento;
  • Palidez;
  • Lesões nas mucosas (boca, por exemplo);
  • Confusão mental;
  • Problemas oculares;
  • Formigamento nas mãos e pés;
  • Ardência nas mãos e pés;
  • Náuseas;
  • Cãibras;
  • Alterações na pele, entre outros.

Como podemos ver, boa parte dos sintomas associados à ausência de vitaminas do complexo B no organismo está relacionada a alterações neurológicas ou do sistema nervoso como um todo. 

Quais são as vitaminas do complexo B?

É hora de conhecermos as vitaminas do complexo B e compreendermos a sua importância para a nossa saúde. 

B1 (tiamina)

A vitamina B1 está diretamente relacionada com o nosso metabolismo. Ela favorece o apetite (estimulando as pessoas a se alimentarem e, consequentemente, terem mais nutrientes à disposição) e ajuda a controlar o gasto energético das células, a partir da organização do uso de carboidratos pelo organismo.

B2 (riboflavina)

Enquanto a vitamina B1 está relacionada com o metabolismo dos carboidratos, a B2 é responsável pelo controle do uso das gorduras do nosso corpo. Além disso, participa da produção sanguínea e ajuda na imunidade.

B3 (niacina)

Está sentindo um pouco de desânimo? Pode ser deficiência de vitamina B3! Ela tem ação voltada para o sistema nervoso, nos deixando mais alertas e focados. Também tem importante participação na circulação sanguínea e em vários outros aspectos do organismo.

B5 (ácido pantotênico)

A vitamina B5 é uma verdadeira “faz tudo” do nosso organismo. Ela está relacionada com a saúde óssea (a partir da produção de vitamina D), cardíaca (com o controle dos níveis de colesterol no sangue) e com a produção de energia para o corpo.

B6 (piridoxina)

Essa é uma vitamina mais voltada para o bom funcionamento do sistema nervoso, atuando diretamente na produção de neurotransmissores (substâncias que enviam mensagens para os neurônios) e proteção dessas células cerebrais.

B7 (biotina)

É provável que você já tenha ouvido falar da biotina, muito utilizada em dermocosméticos e produtos capilares. Isso acontece porque uma das suas principais funções é a melhora dos aspectos desses anexos da pele, mas ela também participa da saúde do sistema nervoso.

B9 (ácido fólico)

O ácido fólico, também chamado de folato, é uma substância essencial para as gestantes. Na gravidez, participa do desenvolvimento do sistema nervoso do feto e deve ser suplementada. Além disso, participa da manutenção da saúde de vasos sanguíneos e outras estruturas do corpo.

B12 (cobalamina)

Por fim, existe a vitamina B12. Ela está relacionada com a produção (síntese) de neurônios (células do cérebro). Sua deficiência pode trazer sintomas bem graves, prejudicando a fala, a memória e até a movimentação dos pacientes afetados.

Quais são as principais fontes de vitaminas do complexo B?

Uma boa alimentação é o principal caminho para que possamos ter acesso a todas as vitaminas necessárias para o funcionamento do nosso corpo. Isso não é diferente quando o assunto envolve as vitaminas do complexo B.

Veja, a seguir, algumas das principais fontes alimentares dessas substâncias:

  • Carnes vermelhas em geral;
  • Bife de fígado;
  • Leite;
  • Ovos;
  • Gérmen de trigo;
  • Peixes;
  • Cogumelos;
  • Abacate;
  • Tomate;
  • Cereais integrais;
  • Levedura de cerveja;
  • Aves
  • Vegetais folhosos verde-escuro.

Lembrando que alimentação e imunidade energia e disposição têm tudo a ver. Por isso, uma dieta equilibrada e rica em alimentos que são fontes de vitaminas do complexo B também será benéfica para a sua saúde em outros aspectos! Em alguns casos, é possível que as pessoas tenham dificuldades de absorção.

Nessas situações, não se preocupe. A suplementação é um caminho possível para quem precisa de doses extras de vitamina, mas deve sempre ser feita em parceria com um profissional de saúde experiente, que possa acompanhar seus exames.

Agora, é hora de prestar atenção aos sintomas relacionados com a sua carência e, claro, incluir alimentos ricos nesses compostos em sua alimentação no cotidiano. Fique de olho nos sinais do seu corpo! " DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ".

sábado, agosto 12

CONHECENDO AS CINCOS FASES DO SONO:

Neste artigo, quero tirar algumas dúvidas sobre as cinco fases do sono. Aqui estão informações que podem apontar na direção certa e ajudá-lo a encontrar o tratamento que pode vir a dar certo para você. Afinal, dormir com qualidade faz bem para o corpo e a alma. 

Continue lendo para saber qual estágio ajuda seu cérebro, qual restaura seu corpo e se você está alcançando um bom equilíbrio entre as fases todas as noites.

As fases do sono ideal:

Existem cinco fases do sono durante o ciclo do sono.

Os cientistas categorizaram os estágios do sono com base nas características do cérebro e do corpo durante o sono. Sendo assim, os estágios 1, 2, 3 e 4 são categorizados como sono não REM e o quinto estágio é o sono REM.

Cada uma das fases desempenha um papel essencial na manutenção da sua saúde mental e física, portanto cada fase do sono desempenha um papel diferente na preparação do seu corpo para o dia seguinte.

A quantidade de cada fase do sono pode variar significativamente entre noites e indivíduos. Durante uma noite de sono ideal, seu corpo tem tempo suficiente para passar por quatro a cinco ciclos de 90 minutos que mostram diferentes fases do sono à medida que a noite avança. Em geral, cada fase se move sequencialmente assim:

  • vigília;
  • sono leve;
  • Sono profundo;
  • REM;
  • e repetição.

Padrões de sono NREM:

O sono NREM é composto por três fases diferentes. Quanto maior o estágio do sono NREM, mais difícil é acordar uma pessoa de seu sono.

 Estágio 1:

Essa fase é comparável a quando você tira um cochilo: normalmente dura de um a cinco minutos. É caracterizado pela interrupção do movimento muscular e pelo movimento lento dos olhos atrás da pálpebra. 

Por isso, chamamos essa fase de “crepúsculo do sono”, em que você possivelmente continua ciente de algumas das coisas que acontecem ao seu redor. Já que esse estágio é uma fase mais leve do sono, geralmente é fácil acordar alguém durante esse período.

 Estágio 2:

A fase 2, por outro lado, é o momento em que o indivíduo está realmente adormecido e não está ciente do seu entorno. Assim, durante essa fase, a frequência cardíaca e a respiração se regulam, a atividade cerebral e temperatura do corpo diminuem, os movimentos dos olhos também reduzem ou param completamente. 

Ela costuma durar de 10 a 25 minutos durante o primeiro ciclo do sono, sendo que cada estágio pode ir ficando mais longo durante a noite. Normalmente as pessoas passam cerca de metade do tempo de sono na fase 2.

 Estágio 3:

As ondas cerebrais desaceleram no estágio com apenas algumas rajadas de atividade. Aqui estamos falando de um sono profundo em que os músculos relaxam e a respiração diminui ainda mais. É difícil acordar dessa fase, assim a pessoa pode se sentir desorientada se um alarme ou alteração a tirar desse estágio.

 Estágio 4:

É um sono ainda mais profundo, em que as ondas cerebrais ficam mais lentas e os adormecidos são muito difíceis de acordar. Acredita-se que o reparo tecidual ocorra durante essa fase do sono e que os hormônios também sejam liberados para ajudar no crescimento. 

Os estágios 3 e 4 costumam se configurar numa única fase, já que são os estágios mais profundos do sono. Além disso, são conhecidos como Sono de Ondas Lentas. São as fases mais profundas do sono NREM.

Padrões de sono REM

 Estágio 5:

A fase final do sono: é neste ciclo em que sonhamos. Os olhos se movem rapidamente atrás das pálpebras e a respiração torna-se superficial e rápida. Do mesmo modo, a pressão arterial e a frequência cardíaca também aumentam durante o sono REM e os braços e as pernas ficam paralisados ​​para que o adormecido não traga o seu sonho à realidade. Acredita-se que o objetivo dessa fase (e dos sonhos) é estimular as seções do cérebro que são necessárias para a memória e o aprendizado, sendo assim uma maneira de o cérebro armazenar e classificar informações. O sono REM ocorre aproximadamente durante 90 minutos no ciclo do sono.

A duração de cada ciclo muda ao longo da noite, mas em geral se percorre os estágios várias vezes antes de acordar. Para aqueles com distúrbios do sono, como apneia obstrutiva do sono, os níveis mais profundos de sono podem não ser alcançados com a frequência normal porque estão sendo constantemente acordados. Isso pode levar à incapacidade do corpo de reparar danos, poucos sonhos e aumento da fadiga ao acordar e ao longo do dia.

Em qual parte do sono descansamos mais?

As pessoas adultas precisam de 7 a 9 horas de sono por noite, mas é necessário entender que a importância também está na qualidade do sono que você tem.

Como vimos, os estágios 1 e 2 são sonos leves e pouco fazem para reparar nossos corpos e mentes. No entanto, as fases 3 e 4 são as responsáveis pelo poderoso hormônio de crescimento (HGH), enviando uma onda de trabalho celular rejuvenescedor por todo o corpo. Porém, tudo isso seria em vão se o próprio cérebro fosse psicologicamente danificado pela falta do estágio 5: o sono REM.

Existe uma ligação muito próxima entre as fases 3 e 4 do sono profundo e o a 5 do sono REM. O sono profundo difere do sono REM: o sono profundo é voltado para a manutenção física, enquanto o sono REM cuida da manutenção mental.

Assim, os três últimos estágios do sono são essenciais para nossa saúde física e mental. Afinal, de que adiantaria um corpo humano fisicamente perfeito se seu cérebro fosse enlouquecido pela falta de sono REM?

Durante o sono profundo, uma variedade de funções ocorrem na mente e no corpo:

  • consolidam-se memórias
  • o sistema imunológico é energizado
  • ocorre o processo de aprendizagem
  • ocorre a recuperação física
  • os níveis de açúcar no sangue e o metabolismo se equilibram
  • o cérebro se desintoxica

Por isso que, Sem Sono profundo, essas funções não podem ocorrer e os sintomas da privação do sono aparecem. Especialistas da área afirmam que, para se ter um sono reparador, é fundamental que as fases 3, 4 e 5 estejam em perfeita harmonia.

Quanto de sono REM você precisa ter: o sono profundo ideal:

Como já dito, especialistas da área recomendam que os adultos durmam cerca de 7 a 9 horas por noite. Mas as pesquisas sobre sono identificaram ser essencial compreender que a qualidade do sono está intrinsecamente relacionada, também, com o quanto de cada estágio do sono você precisa.

Nosso primeiro ciclo de sono REM começa cerca de 90 minutos após adormecer e se repete a cada 90 minutos. Assim, nossos olhos se movem rapidamente atrás das pálpebras e as ondas cerebrais são semelhantes às de alguém que está acordado. A respiração, a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam para níveis quase de vigília.

Embora não se tenha um consenso oficial sobre quanto de sono REM devemos ter, sonhar é mais comum durante essa fase. Os pesquisadores acreditam que sonhar ajuda a processar emoções e solidificar certas memórias.

Enfim, para a maioria dos adultos, o REM ocupa cerca de 20% a 25% do sono, e isso parece ser saudável durante os ciclos médios de sono.

Ciclo do sono e o tempo ideal para cada idade:

Apesar de existir um padrão específico para os estágios do sono, pode haver uma diferença substancial com base em vários fatores. O tempo em cada fase muda drasticamente ao longo da vida de uma pessoa.

Bebês e crianças precisam de mais sono do que os adultos: os bebês passam dormindo cerca de 16h a cada 24 horas, sendo que aproximadamente 50% de seu sono é gasto na fase REM, enquanto os outros 50% são divididos entre os estágios 1 a 4, o sono NREM, que alterna entre leve e profundo.

À medida que as crianças crescem, a quantidade de sono de que precisam varia:

  • crianças: 11 a 14 horas
  • pré-escolares: 10 a 13 horas
  • crianças em idade escolar: 9 a 12 horas
  • adolescentes: 8 a 10 horas
  • adultos: 7 a 9 horas

Com sono suficiente que parece ser repousante, é provável que a proporção leve, profunda e REM esteja exatamente onde deveria estar nos jovens.

Se eles estão tendo problemas para adormecer, permanecer dormindo ou dormir bem, ou se estão dormindo demais para a idade, as crianças podem ficar irritadas, podem ter problemas de aprendizado e memória ou podem ser mais suscetíveis a doenças.

Por que o sono é tão importante?

Se você dorme 8 horas, mas se revira a noite toda, pode não estar dormindo o suficiente. É impossível forçar seu cérebro a entrar em sono profundo.

Existem estratégias que se mostraram promissoras para aumentar sua porcentagem de sono profundo. Esses incluem:

  1. reduzir o estresse;
  2. estabelecer rituais e rotinas de sono;
  3. usar uma máscara de olho para bloquear a luz;
  4. dormir em um quarto fresco;
  5. fazer exercícios físicos;
  6. ter uma dieta saudável;
  7. fazer meditação. 

Segundo a Associação Americana de Apneia do Sono, você deve se sentir bem e confortável ao acordar, entretanto muitas pessoas não se sentem assim.

Vamos fazer um exercício matemático: caso você durma de 7 a 9 horas por noite, mas apenas 10% disso é sono profundo, você não está conseguindo os tais 90 minutos de que precisa e ainda pode acordar super cansado diariamente. Um estudo do sono pode ajudá-lo a descobrir o que está acontecendo.

Existem várias causas possíveis que você pode querer discutir com o profissional de saúde, o especialista incluindo:

  • distúrbio geral do sono;
  • apneia obstrutiva do sono;
  • não dormir o suficiente;
  • dormi demais;
  • outras condições de saúde que causam fadiga.

Os cientistas concordam sobre a importância do sono para a saúde e, embora as fases 1 a 4 e o sono REM sejam importantes, o sono profundo é o mais essencial de todos para se sentir descansado e saudável.

O adulto saudável médio recebe cerca de 1 a 2 horas de sono profundo por 8 horas de sono noturno. Existem várias maneiras de avaliar se você está, desde rastreadores pessoais até um estudo do sono.

sexta-feira, agosto 11

SISTEMA ENDOCANABINOIDE: O QUE É? PORQUE PRECISAMOS CONHECER?


O uso da Cannabis para fins medicinais tem origem milenar. Mas, até o século passado, pouco se compreendia cientificamente a esse respeito.

Foi somente no início dos anos 1990 que pesquisadores começaram a desvendar porque essa planta apresenta tão amplo potencial terapêutico. A resposta está no Sistema Endocanabinoide.

Sistema Endocanabinoide é um sistema regulatório vital, presente nos seres humanos e em todos os animais vertebrados, envolvido em praticamente todos os nossos processos fisiológicos e patológicos.

A interação dos receptores endocanabinoides com seus principais ligantes regula e modula o estresse, as emoções, a digestão, a dor, a função cardiovascular, o sistema imunológico e processos inflamatórios, o desenvolvimento do sistema nervoso, a plasticidade sináptica, os processos de aprendizagem e memória, a coordenação dos movimentos, o metabolismo e gasto energético, a regulação do apetite, o ciclo sono-vigília e até a regulação da temperatura corporal.

Essa interação pode ser estimulada e modulada por compostos químicos presentes na planta da Cannabis. Os fitocanabinoides e os terpenos da Cannabis ajudam a equilibrar o Sistema Endocanabinoide, trazendo mais qualidade de vida e bem-estar para pacientes em diversos contextos patológicos.

Neste artigo detalharemos  o funcionamento do Sistema Endocanabinoide e as potencialidades da Cannabis como um agente de estabilidade e modulação desse sistema.

O que é o Sistema Endocanabinoide?

O Sistema Endocanabinoide é um conjunto de receptores, ligantes e enzimas que atuam como sinalizadores entre as células, contribuindo para as mais diversas funções do organismo.

Os receptores endocanabinoides e as substâncias endocanabinoides estão distribuídos  todos os órgãos e sistemas do corpo, executando diferentes tarefas, sempre com o objetivo de manter e restaurar a estabilidade das nossas funções fisiológicas, ou seja, estabelecer a homeostase do nosso organismo.

O equilíbrio dos sistemas corporais é imprescindível para a saúde. Qualquer desbalanço nas funções fisiológicas pode ser determinante para o desenvolvimento de doenças.

Como funciona o Sistema Endocanabinoide:

Estudos apontam que as deficiências de funcionamento do sistema endocanabinoide interferem significativamente no desenvolvimento e progressão de diversas doenças, como enxaqueca, fibromialgia, Parkinson, Alzheimer, distúrbios gastrointestinais, síndrome metabólica, psoríase, dentre várias outras.

Os  principais  receptores endocanabinoides estudados até o momento, foram chamados de CB1 e CB2.

CB1 e CB2:

O receptor CB1 está densamente presente no Sistema Nervoso Central, principalmente, córtex, cerebelo, hipocampo e núcleos da base. Mas, também, estão presentes no Sistema Nervoso Entérico (SNE), nas células adiposas, células endoteliais, fígado e trato gastrointestinal.

Os receptores CB2 estão amplamente presentes nas células e tecidos do sistema imunológico, evidenciando o potencial anti-inflamatório e imunomodulador desses receptores.

Endocanabinoides:

O organismo humano é capaz de produzir seus próprios canabinoides. Os endocanabinoides têm a função de ligante dos receptores endocanabinoides e exercem efeitos específicos de acordo com cada ligação.

N-araquidonoil-etanolamina (AEA) foi a primeira substância endocanabinoide descoberta. A ligação da AEA nos receptores CB1 exerce importante papel na modulação da dor, do humor, do apetite e da memória.

Um segundo endocanabinoide descoberto, muito abundante no Sistema Nervoso Central , o 2-Araquidonoil-Glicerol (2AG) apresenta atuação tanto nos receptores CB1 quanto CB2, e suas ações modulam a plasticidade sináptica dos processos de aprendizagem e memória.

No próximo tópico, abordamos algumas potencialidades da Cannabis no processo de homeostase do Sistema Endocanabinoide.

A Cannabis como agente de equilíbrio do Sistema Endocanabinoide:

Como vimos, o Sistema Endocanabinoide permite uma adequada comunicação e coordenação nas interseções de variados sistemas do organismo.

Quando os receptores endocanabinoides são estimulados, desencadeiam-se mecanismos fisiológicos que, regulam uma série de funções, a exemplo de processos inflamatórios e de sinalização neuronal.

Os principais elementos químicos da Cannabis, os fitocanabinoides e os terpenos, são capazes de estimular os receptores endocanabinodes e interagir com as substâncias endocanabinoides, interferindo em aspectos como a regulação do apetite, o gasto metabólico, a qualidade do sono, os processos de aprendizagem e memória.

A seguir, listamos alguns transtornos, que vêm apresentando resultados positivos com a terapêutica canabinoide.

Transtornos de ansiedade:

Diversas pesquisas científicas demonstram que a administração de Canabidiol (CBD) e Tetrahidrocanabinol (THC) é capaz de reduzir consideravelmente a manifestação de comportamentos relacionados aos transtornos de ansiedade e estresse, produzindo um efeito ansiolítico que atenua de forma prolongada a expressão dessas respostas defensivas.

Doença de Parkinson:

Estudos evidenciam os efeitos benéficos das quimiovariantes da Cannabis para pessoas portadoras da Doença de Parkinson. O principal resultado é a melhora na qualidade de vida e no bem-estar dos pacientes avaliados, principalmente na redução de sintomas motores e não-motores, como dor, transtornos do sono e do humor.

Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

Pesquisas recentes mostram que os fitocanabinoides podem ser eficazes também no tratamento adjuvante de sintomas comuns aos portadores de TEA, como distúrbios do sono, ansiedade, agitação psicomotora e crises convulsivas.

Compreender o funcionamento do Sistema Endocanabinoide em toda a sua complexidade é o primeiro passo para quem deseja incorporar medicamentos derivados de canabinoides em sua prática clínica e oferecer aos pacientes alternativas terapêuticas seguras e eficazes, sempre baseadas em evidências científicas. 

quinta-feira, agosto 10

ALIMENTOS QUE PODEM AJUDAR NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DA ARTROSE NOS JOELHOS:

Artrose é o nome que se dá ao processo de degeneração da cartilagem, o tecido branco e brilhante que reveste as extremidades ósseas dentro das articulações. O joelho é a articulação mais acometida pela artrose. Não existe ainda um tratamento definitivo para a artrose que seja capaz de reverter o desgaste da cartilagem hialina. A artrose, até o presente momento, é uma doença que não tem cura conhecida.

FATORES PREDISPONENTES:

São inúmeros os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da artrose no joelho. Alguns deles não tem como ser modificados como, por exemplo, a hereditariedade ( certas famílias têm maior incidência de artrose ), a idade ( pessoas mais velhas têm mais artrose do que os jovens ) e o sexo ( mulheres sofrem mais com a artrose do que os homens ). Mas outros fatores são modificáveis e as pessoas que se cuidam podem diminuir o risco de desenvolver artrose como, por exemplo, cuidando do peso corporal ( pessoas com peso normal têm menos artrose do que as pessoas com sobrepeso ou obesas ), evitando o tabagismo ( pessoas que fumam têm mais artrose do que os não-fumantes ), fazendo atividades físicas regulares ( pessoas que fazem exercícios físicos regularmente têm menos artrose do que os sedentários ), evitando atividades que forçam os joelhos ( determinados esportes ou profissões sobrecarregam os joelhos ) e se alimentando corretamente ( alguns estudos recentes indicam que pequenas mudanças alimentares podem ajudar a combater a artrose ).

ALIMENTAÇÃO:

Estudos mostraram que algumas substâncias presentes nos alimentos podem ajudar na prevenção e no tratamento da artrose nos joelhos. Vou falar sobre as dez que foram mais bem estudadas: vitamina C, vitamina D, betacaroteno, ômega 3, chá verde, resveratrol, curcumina, MSM, bromelina e selênio. Uma alimentação equilibrada e que contenha essas dez substâncias pode ajudar a diminuir a incidência ou a progressão da artrose nos joelhos.

VITAMINA C:

A vitamina C está diretamente envolvida na formação do colágeno e dos proteoglicanos, que são os principais componentes da cartilagem. A vitamina C é também um poderoso antioxidante que ajuda a neutralizar os efeitos dos radicais livres que danificam a cartilagem. Importante lembrar que o nosso organismo não tem reserva de vitamina C. A principal fonte de vitamina C são os alimentos cítricos como laranja, limão, acerola, abacaxi, kiwi, goiaba, caju e morango.

VITAMINA D:

A vitamina D é, na verdade, um hormônio, que controla 270 genes e é muito importante para o nosso organismo. Estudos comprovaram que baixos níveis de vitamina D parecem aumentar a degeneração da cartilagem em quem tem artrose. A principal fonte de vitamina D é a exposição da pele ao sol. Peixes e frutos do mar são ricos em vitamina D.

BETACAROTENO:

O betacaroteno é outro potente antioxidante que também ajuda a reduzir a progressão da artrose ao neutralizar a ação dos radicais livres que danificam a cartilagem. A principal fonte de betacaroteno são os alimentos de coloração amarelo-alaranjados como cenoura, beterraba, batata-doce, damasco, abóbora, mamão e manga.

ÔMEGA 3:

Os ácidos graxos do tipo ômega 3 ajudam a diminuir a inflamação e são importantes componentes da membrana celular dos condrócitos, as células da cartilagem. A principal fonte alimentar de ômega 3 são os peixes de águas frias como salmão, atum, linguado e sardinha. O azeite de oliva também é uma fonte rica de ômega 3.

CHÁ VERDE:

O chá verde é a bebida mais consumida no mundo, principalmente nos países orientais. O chá é a infusão das folhas da planta Camellia sinensis, que é riquíssima em substâncias antioxidantes. Uma das mais importantes é o epigalo catequina 3 galato que, segundo os estudos, bloqueia a enzima responsável pela degeneração da cartilagem. Pessoas com artrose no joelho devem consumir de duas a três xícaras de chá verde todos os dias.

RESVERATROL:

O resveratrol é um polifenol, com potente efeito antioxidante e anti-inflamatório, encontrado nas sementes e na casca da uva, principalmente das uvas escuras. Estudos concluíram que o resveratrol diminui a inflamação associada à artrose. O resveratrol é encontrado também na hortaliça chamada Azeda ou Azedinha, bastante usada para fazer saladas em vearias regiões do Brasil. Você pode ingerir resveratrol consumindo uvas e seus derivados, acrescentando a Azeda na sua salada ou usar suplementos.

CURCUMINA:

A curcumina é uma substância natural que tem potente analgésico, anti-inflamatório e antioxidante. Ela já foi muito estudada nos Estados Unidos, Europa, Índia e Japão. A curcumina vem sendo cada vez mais usada pelos profissionais de saúde como adjuvante no tratamento da artrose no joelho. A curcumina é o principal componente ativo da Curcuma longa, também chamada de açafrão, açafrão-da-terra ou curry. Nos países orientais o curry faz parte da dieta diária. Para nós, brasileiros, que não estamos acostumados com o curry, existem suplementos na forma de cápsulas.

MSM:

MSM significa metilsulfonilmetano, que é a forma orgânica biologicamente ativa do enxofre. O MSM tem forte ação anti-inflamatória e antioxidante e é essencial para a síntese das fibras da matriz da cartilagem. Pacientes com artrose no joelho devem fazer suplementação de MSM.

BROMELINA:

A bromelina é uma enzima presente no abacaxi. Ela tem efeitos analgésico, anti-inflamatório e antioxidante, que são mais evidentes nos pacientes com artrose. Como a quantidade de bromelina num abacaxi não é suficiente para os seus efeitos clínicos, quem tem artrose nos joelhos deve fazer suplementação com bromelina em cápsulas.

SELÊNIO:

O selênio é um elemento essencial para o nosso organismo. Ele tem efeitos anticoagulante e antioxidante. Estudos mostraram que pessoas com baixos níveis de selênio desenvolvem mais artrose e que pessoas com altos níveis de selênio têm menos artrose. Para nossa sorte, a fonte natural que tem a maior concentração de selênio é a castanha-do-pará. Pessoas com artrose no joelho devem consumir castanhas-do-pará regularmente." DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ".

ZIZIPLUS JOAZEIRO MART. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Ziziphus joazeiro Mart.
Família: 
Rhamnaceae
Sinonímia científica: 
Ziziphus guaranitica Malme
Partes usadas: 
Casca, folha, fruto.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Saponina, mucilagem, vitamina C.
Propriedade terapêutica: 
Estomáquica, expectorante
Indicação terapêutica: 
Febre intermitente, contusão, ferimento, tuberculose pulmonar, bronquite, úlcera gástrica.

Origem, distribuição:

Espécie endêmica da caatinga, bioma exclusivo do território brasileiro.

Descrição:

Bela árvore de porte variável, dependendo do meio em que se desenvolve. Nos solos rasos, secos, é pouco mais do que arbusto esgalhado desde a base do tronco. Nas caatingas de terra argilosa apresenta-se como árvore de porte mediano ou mais, muito espinhenta. Consagrada como planta arbórea típica dos sertões do Polígono das Secas. 

Folhas alternas, simples, curtamente pecioladas, coriáceas, verde-luzidias, serreadas na base. Inflorescências axilares em cimos de flores pequenas amarelo-esverdeadas que parecem estrelinhas dessas cores.

Fruto drupa, globosa, medindo 1,5 cm, achatada, amarelada, dotada de orla no pedúnculo, de casca áspera e tenaz, branca interiormente. Polpa mucilaginosa, doce, comestível, envolvendo um caroço grande e duro. 

Conserva-se sempre verde razão pela qual, além de refúgio ameno contra a canícula (calor do cãoquentura) que sua fronde oferece, sua ramagem propicia forragem verde para o gado.

Uso popular e medicinal:

Juazeiro goza de virtudes na terapêutica sertaneja com propriedades semelhantes a da jujuba. Cascas amargas são úteis nas febres intermitentescontusõesferimentos e tuberculose pulmonar. O fruto maduro contém 480 UI de vitamina C e o chá das folhas é estomacal. A entrecasca, convenientemente reduzida a raspas, tem apreciável teor de saponina, razão pela qual substitui o sabão comum e os dentifrícios.

Cita-se também seu uso como expectorante, no tratamento de bronquites e de úlceras gástricas, na fabricação de cosméticos, xampus anticaspa e creme dental, na alimentação de animais principalmente nos períodos de seca além de apresentar importância ecológica.

As flores são importante fonte alimentar para abelhas da tribo Meliponini, as quais são utilizadas na meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão), sendo atividade alternativa de renda para produtores de algumas áreas da caatinga. O seu uso em xampus se deve a presença de saponinas em várias partes da planta." A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL E INTELECTUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ".

quarta-feira, agosto 9

PORQUE DEUS NOS TESTA?

Quando perguntamos por que Deus nos prova ou permite que sejamos testados, estamos admitindo que o teste, de fato, vem dele. Quando Deus testa os seus filhos, Ele faz uma coisa valiosa. Davi buscou ser testado por Deus, pedindo-lhe que examinasse o seu coração e mente e avaliasse se eram realmente fiéis a Ele (Salmo 26-2; 139-23 ). Quando Abrão foi testado por Deus na questão de sacrificar Isaque, Abrão obedeceu ( Hebreus 11:17-19 ) e mostrou a todo o mundo que é o pai da fé ( Romanos 4-16 ).

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as palavras traduzidas como "teste" significam "testar por provação." Portanto, quando Deus testa os seus filhos, o seu propósito é provar que a nossa fé é real. Não que Deus precise provar para si mesmo, uma vez que já sabe todas as coisas, mas Ele está provando a nós que a nossa fé é real, que somos verdadeiramente os seus filhos, e que nenhuma provação vai superar a nossa fé.

Em sua parábola do Semeador, Jesus identifica os que se afastam como aqueles que recebem a semente da Palavra de Deus com alegria, mas, quando um período de provação chega, eles se afastam. Tiago diz que provar a nossa fé produz perseverança, o que leva à maturidade em nossa caminhada com Deus ( Tiago 1:3-4 ).Tiago passa a dizer que o teste é uma bênção, porque quando ele termina e temos sido "aprovados", vamos receber "a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" (Tiago 1-12 ). Provações vêm do nosso Pai celestial, que faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam e são chamados a ser seus filhos (Romanos 8-28 ).

Os testes ou provações pelos quais passamos podem vir de várias formas. Tornar-se cristão muitas vezes nos obriga a sair da nossa zona de conforto rumo ao desconhecido. A perseverança durante a provação resulta em maturidade espiritual e completude. É por isso que Tiago escreveu: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações" (Tiago 1-2 ).O teste de fé pode vir através de pequenas formas e irritações diárias; eles também podem ser graves aflições (Isaías 48-10 ) e ataques de Satanás (Jó 2-7 ). Qualquer que seja a fonte dos testes, é para o nosso bem sofrer as provações que Deus permite.

A narrativa de Jó é um exemplo perfeito de Deus permitindo que um dos seus santos fosse testado pelo diabo. Jó suportou todas as suas provações com paciência e "Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (Jó 1-22 ). No entanto, a narrativa da sua provação é evidência de que a capacidade de Satanás de nos tentar é limitada pelo controle soberano de Deus. Nenhum demônio pode testar ou afligir-nos além do que Deus ordenou. Todas as nossas provações trabalham para alcançar o propósito perfeito de Deus e o nosso benefício.

Há muitos exemplos de resultados positivos de ser testado. O salmista compara a nossa provação com a prata sendo refinada ( Salmo 66-10 ). Pedro fala de nossa fé como "muito mais preciosa do que o ouro" e é por isso que "sejais contristados por várias provações" (1 Pedro 1:6-7 ). Ao testar a nossa fé, Deus nos faz crescer em discípulos fortes que realmente vivem pela fé e não pelo que vemos (2 Coríntios 5-7 ).

Quando passamos pelas dificuldades da vida, devemos ser como a árvore que escava suas raízes cada vez mais profundamente para uma maior aderência na terra. Temos de "cavar nossas raízes" mais profundamente na Palavra de Deus e nos apegar a suas promessas para que possamos enfrentar quaisquer tempestades que possam surgir em nosso caminho.

Mais confortante de tudo, sabemos que Deus nunca nos permitirá que sejamos testados além de nossa capacidade de lidar com o seu poder. A sua graça é suficiente para nós, e o seu poder se aperfeiçoa na fraqueza ( 2 Coríntios 12-9 ). E é por isso, disse Paulo, "que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte." Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONDUZ, NOS CONSOLA, E AINDA NOS ANIMA "

terça-feira, agosto 8

COLESTEROL BOM E COLESTEROL RUIM VAMOS ENTENDER A DIFERENÇA:

Colesterol é uma palavra muito ouvida, mas você sabe o que realmente é?

Aqui nesse artigo vamos falar dele o grande temido o colesterol que todos falam sobre, mas poucos de fato se compreendem.

Dados sobre o colesterol:

  • 40% da população brasileira tem colesterol alto
  • Mais de 60 milhões de brasileiros estão nesta condição
  • Os índices elevados de colesterol são mais frequentes em mulheres (25,9%) do que em homens (18,8%)
  • Adultos entre 55 e 64 anos são os mais afetados (41%)
  • Colesterol alto é um dos principais fatores relacionados a doenças cardíacas no Brasil

Dados da Vigitel, e da SBC.

      O que é o colesterol:

      colesterol é um tipo de gordura presente no sangue e em todos os tecidos do corpo, sendo essencial para o funcionamento do organismo.

      Algumas funcionalidades importantes relacionadas ao colesterol em nosso corpo:

      • Produção dos hormônios sexuais
      • Produção do hormônio cortisol
      • Produção da Vitamina D
      • Produção de ácidos que agem na digestão de gordura
      • Regeneração das células

      colesterol pode ser produzido pelo próprio corpo ou pode ser obtido por certos tipos de alimentos. E apesar de sua importância, ele pode trazer várias complicações quando em excesso.

      Colesterol bom e colesterol ruim  entenda suas diferenças:

      Existem dois tipos de colesterol:

      • Colesterol Bom (HDL - High Density Lipoproteins) - É bom pois ele recolhe o colesterol ruim acumulado nos vasos para ser eliminado no fígado.
      • Colesterol Ruim (LDL - Low Density Lipoprotein) - É ruim pois ele carrega o colesterol do fígado para as artérias e, quando acumulado, forma placas de gordura que acabam entupindo as veias e artérias (aterosclerose).

      Por isso, é importante manter o HDL alto e o LDL baixo, que significa que o colesterol bom está limpando as artérias e o colesterol ruim está saindo do corpo.

      Complicações do mau colesterol alto:

      Quando o colesterol fica acumulado nas veias e artérias, elas começam a ficar entupidas. Com essa obstrução, o coração recebe menos oxigênio e nutrientes, levando à doenças como:

      • Infarto do miocárdio
      • Insuficiência cardíaca
      • Angina
      • AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais)

        Sintomas do mau colesterol alto:

        Não há sintomas do colesterol alto em si, mas há sintomas que começam a aparecer quando as artérias estão entupindo:

        • Dores no peito
        • Falta de ar
        • Sudorese
        • Fadiga
        • Palpitação

        Quando as placas ocorrem nas artérias cerebrais, podem aparecer outros sintomas, como:

        • Formigamento
        • Paralisias
        • Sonolências
        • Perda da fala

        Como posso descobrir antes dos sintomas aparecerem:

        É preciso manter os exames em dia e acompanhar os níveis de colesterol.

        Quem tem histórico familiar tem que fazer o acompanhamento desde a infância. A partir dos 20 anos, os exames devem ser feitos de 5 em 5 anos e, a partir dos 35 anos, devem ser feitos anualmente.

        Causas do colesterol alto:

        As causas podem ser diversas e geralmente estão ligadas ao estilo de vida. Separei algumas práticas rotineiras que elevam o mau colesterol:

        • Alimentação desbalanceada e rica em gordura saturada
        • Excesso de peso 
        • Sedentarismo
        • Fumar
        • Consumo de bebidas alcoólicas em excesso
        • Estresse 

        Há também outros fatores de saúde que podem estar relacionados, como:

        • Genética (hipercolesterolemia familiar)
        • Alguns medicamentos como corticosteroides e tratamento de HIV
        • Diabetes 
        • Pressão alta 
        • Triglicérides alto
        • Menopausa 

          Como tratar e prevenir o colesterol alto:

          Existem remédios usados para diminuir o colesterol ruim, mas o recomendado geralmente é uma mudança no estilo de vida, com hábitos como:

          • Fazer exercício como caminhadas diárias de 30 minutos
          • Se alimentar de forma saudável
          • Evitar gorduras trans e gorduras saturadas
          • Consumir mais fibras
          • Para quem está acima do peso, é preciso emagrecer 
          • Parar de fumar, pois o cigarro diminui o colesterol bom
          • Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas

          Há plantas que também podem ajudar nesse processo, como:

          • Alcachofra 
          • Berinjela 
          • Curcuma 
          • Chá verde 
          • Chlorella
          • Inhame 
          • Isoflafona 
          • Melão de são Caetano 
          • Óleo de Linhaça 
          • Óleo de Coco 
          • Chia
          • Psilium 
          • Resveratrol  (um polifenol encontrado em vinho e uvas)

          Além dessas plantas, há também o ômega 3 e o DHA que são extraídos de peixes.

          Recomendação de dieta:

          Vários alimentos podem ajudar no controle do colesterol ruim e aumento do colesterol bom:

          • Frutas: abacate, maçã, uva roxa, amora, cranberry e outras frutas vermelhas
          • Aveia
          • Linhaça
          • Azeite de oliva
          • Vegetais: brócolis, berinjela, couve-flor e alcachofra
          • Soja e derivados: extrato de soja, leite de soja e tofu
          • Peixes: salmão, atum, sardinha, anchova, bacalhau e cavala
          • Sementes: girassol, gergelim e chia
          • Oleaginosas: castanha do Pará, amêndoas, nozes, amendoim e castanha de caju
          • Chocolate amargo: 70% cacau e somente 20g por dia

          Também é possível substituir alimentos que você já consome por outros parecidos e mais saudáveis.

          Recomendação para troca de alimentos:

          • Leite e iogurte integrais por desnatados
          • Queijos gordurosos por queijos magros (minas frescal, ricota, cottage)
          • Carnes gordas por carnes magras (coxão duro, coxão mole, alcatra, patinho, peito de frango)
          • Embutidos por linhas lights e de aves, com baixo teor de sódio
          • Gorduras ruins por gorduras vegetais (azeite, óleo de milho, óleo de girassol, óleo de canola)
          • Bebidas alcóolicas por bebidas não alcoólicas (sucos naturais, chás, água de coco)

          Dessa forma, além de manter o colesterol controlado, você ainda vai ter uma vida mais longa e saudável.

          Afinal, saúde não é uma escolha, é uma necessidade! " NÃO USE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

          O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?