Arquétipo é um conceito da psicologia utilizado para representar padrões de comportamento associados a um personagem ou papel social.
A mãe, o sábio e o herói são exemplos de arquétipos. Esses “personagens” têm características que são percebidas de maneira semelhante por todos os seres humanos.
Esse conceito foi desenvolvido por Carl G. Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica. Para Jung, os arquétipos estão no inconsciente coletivo e por isso são percebidos de maneira similar por todos.
Jung dizia que os arquétipos são uma herança psicológica, ou seja, são o resultado das experiências de milhares de gerações de seres humanos no enfrentamento das situações cotidianas.
As imagens dos arquétipos são encontradas em mitos, lendas, na literatura, nos filmes e também aparecem nos nossos sonhos.
Os arquétipos também são utilizados na publicidade. Quando um animal é utilizado em uma marca, espera-se que os clientes associem a marca às características daquele animal.
Os 12 arquétipos e seus significados
A partir da ideia dos arquétipos de Jung, desenvolveu-se uma classificação com 12 arquétipos que simbolizam algumas motivações básicas dos seres humanos.
Um indivíduo pode manifestar diversos arquétipos em sua personalidade, mas geralmente um deles é predominante. Os psicólogos costumam usar esses arquétipos para estudar as personalidades e desenvolver as potencialidades dos indivíduos.
- Sábio: o sábio é uma pessoa que busca o conhecimento e pratica a auto reflexão. Ele analisa as situações e age com sabedoria e inteligência.
- Mago: o mago acredita que o mundo pode ser diferente, acredita na transformação e na revolução, age no sentido de renovar as relações.
- Explorador: o explorador gosta de liberdade para agir e descobrir o mundo, ele busca por experiências novas e foge das situações rotineiras.
- Criador: o criador é o arquétipo do artista, do inventor. Essa pessoa é aquela que dá vida à imaginação e às coisas que ainda não existem.
- Herói: arquétipo presente em filmes e lendas, o herói é o guerreiro e destemido. Luta para proteger os seus e não teme os perigos.
- Rebelde: esse é o arquétipo daqueles que pensam de maneiras diferentes, que fogem dos padrões. Ele acredita que as regras podem ser quebradas.
- Amante: o amante é aquele que dá grande importância para as relações, ele é sensível e se sente feliz ao amar e ser amado.
- Tolo: o tolo é alegre e gosta de se divertir, de aproveitar a vida e fazer piadas. Também conhecido como louco, o tolo é autêntico e não tem vergonha de rir de si mesmo.
- Cuidador: o cuidador gosta de cuidar dos outros e faz o possível para que todos estejam bem. Costumam ser muito prestativos e ajudar quem precisa.
- Homem comum: o homem comum é aquele que age em conformidade com o que a sociedade espera. É uma pessoa boa para quem o rodeia, mas pode perder sua individualidade.
- Inocente: o inocente é aquela pessoa que sabe enxergar os aspectos positivos em todas as situações, ele é espontâneo, mas pode ser ingênuo em algumas situações.
- Governante: o governante é o arquétipo do líder, ele tem autoridade e sabe se impor, mas ele pode se tornar autoritário para fazer valer a sua vontade.
Os arquétipos de Jung
Segundo Jung, os arquétipos são resultado de milhares de vivências de diferentes gerações de seres humanos, que vão se acumulando e formando o inconsciente coletivo.
Um exemplo seria a imagem materna: todas as pessoas têm uma mãe e podem formar uma imagem própria sobre esse papel, mas há semelhanças sobre a mãe na percepção coletiva.
O que Jung defende com a ideia de arquétipo é a existência de ideias que são anteriores às experiências do próprio indivíduo.
Isso explica a existência de temas idênticos em mitos e religiões entre grupos sociais de diferentes lugares e épocas e que não estabeleceram qualquer contato.
Para Jung a mente é um produto da história: além das heranças biológicas, possuímos heranças psicológicas que influenciam nossos comportamentos e experiências.
Outro exemplo de imagem que se repete desde os primórdios da vida humana é a existência de um ser divino a quem se recorre em situações difíceis e desconhecidas.
Para o Jung, compreender essas estruturas é importante para o autoconhecimento. Os principais arquétipos estudados por ele foram:
- Persona: o arquétipo da persona se relaciona a maneira como os indivíduos se apresentam para a sociedade, ao papel que a pessoa assume quando está em público.
- Sombra: a sombra é o arquétipo que se refere a todos os aspectos da nossa personalidade que não conhecemos, sejam virtudes ou defeitos.
- Anima: anima é o arquétipo dos aspectos femininos de um homem. Segundo Jung, todos os homens têm uma minoria de genes femininos e portanto, tem características psicológicas desse gênero.
- Animus: o animus é o arquétipo das características masculinas que se manifestam em uma mulher. Para Jung, as mulheres também têm uma minoria de genes masculinos que compõem sua personalidade.
- Self: o self é o arquétipo que leva à busca pela individuação, que segundo Jung, diz respeito à busca pelo autoconhecimento, pela espiritualidade e pela compreensão do sentido da vida e da morte.
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