Você já ouviu falar da síndrome das pernas inquietas? Essa é uma condição neurológica em que se sente uma necessidade incontrolável de se movimentar para aliviar uma sensação de desconforto. Essa urgência de se mexer costuma vir associada à sensações desagradáveis nas pernas, como formigamento, fisgadas ou queimação. O mais comum é que a pessoa movimente as pernas, mas os braços também podem ser afetados.
A síndrome das pernas inquietas é considerada um distúrbio de sono, porque se manifesta principalmente nos momentos de repouso e à noite, quando a pessoa se deita. Desse modo, pode atrapalhar significativamente a qualidade de sono dos pacientes, que têm mais dificuldade de adormecer, despertam mais vezes ao longo da noite, tendem a dormir por menos horas que o necessário e apresentam sonolência excessiva diurna.
Em alguns casos de síndrome das pernas inquietas, também é difícil ficar sentado por períodos prolongados, e viagens de carro ou avião podem ser desafiadoras.
O movimento gera um alívio temporário para o desconforto. Pode-se sentir a necessidade de se mexer de maneira repetitiva na própria cama, de fazer massagem ou, na maioria dos casos, caminhar.
Apesar de surgir em todas as idades, o mais comum é que a síndrome das pernas inquietas se manifestar após os 45 anos de idade, principalmente em mulheres. Também existe um componente familiar: quem tem parentes próximos com a síndrome corre mais risco de apresentar o problema.
O que causa a síndrome das pernas inquietas?
De acordo com National Institute of Neurologial Disorders and Stroke, os motivos que desencadeiam a síndrome das pernas inquietas nem sempre são claros. É importante uma avaliação completa por especialistas para entender o histórico e o quadro atual de cada pessoa. Algumas vezes, é possível identificar problemas de saúde relacionados, como a deficiência de ferro, ou comportamentos que possam estar ligados ao diagnóstico, como o abuso de medicamentos.
Deficiência de ferro
O ferro participa da comunicação entre as células cerebrais e sua presença insuficiente no organismo pode levar à síndrome das pernas inquietas. Por isso, o profissional de saúde verificará a presença desse nutriente por meio de exames laboratoriais. Muitas vezes, apenas a suplementação adequada e sob medida é suficiente para melhorar os sintomas de pernas inquietas.
Diabetes
Diabetes é uma condição metabólica complexa que pode danificar os vasos sanguíneos e nervos, inclusive dos músculos dos membros inferiores, causando a síndrome das pernas inquietas. Portanto, pessoas que têm o diagnóstico de diabetes devem manter a doença sob controle, prevenindo também os efeitos neurológicos.
Falência renal
A síndrome das pernas inquietas é comum em pacientes com insuficiência renal, mas a causa exata é desconhecida. Alguns medicamentos usados para tratar a síndrome das pernas inquietas podem não ser apropriados para pessoas com insuficiência renal.
Gravidez
Há mulheres que apresentam a síndrome das pernas inquietas durante o último trimestre da gravidez, provavelmente devido a uma deficiência nos níveis de ácido fólico. A boa notícia é que, geralmente, os sintomas desaparecem um mês após o parto.
Medicamentos
Certas substâncias podem causar síndrome das pernas inquietas ou agravar o quadro:
- Antipsicóticos
- Antidepressivos
- Anti-histamínicos
- Anti-eméticos
Hábitos inadequados
Uso de álcool, cigarro e cafeína também podem interferir no funcionamento normal do sistema nervoso e desencadear a síndrome das pernas inquietas. Além disso, a privação de sono e outras condições do sono, como a apneia de sono, podem agravar ou desencadear os sintomas em algumas pessoas.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico da síndrome das pernas inquietas é feito pelo profissional de saúde a partir dos relatos de cada pessoa. Em alguns casos, pode ser indicada a realização do exame de polissonografia.
Como tratar síndrome das pernas inquietas?
Diante de cada caso especialista conversará com o paciente sobre as possibilidades de tratamento mais indicadas. Há vários medicamentos que podem ser prescritos com bons resultados, bem como recursos alternativos complementares que valem ser avaliados. Hábitos saudáveis, como a prática de atividade física, terapias complementares e uma Boa
higiene do sono, são recomendações importantes no tratamento das pernas inquietas.
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