domingo, agosto 7

" BACCHARIS DRACUNCULÍFOLÍA DC. " ALECRIM-DO-CAMPO PARA QUE SERVE? QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?

Nome científico: 
Baccharis dracunculifolia DC.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Baccharis bracteata Hook. & Arn.
Partes usadas: 
Folhas, ramos
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Germacreno-D, biciclogermacreno, derivados prenilados do ácido cumarínico, artepilina C e derivados do ácido cinâmico.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatória.
Indicação terapêutica: 
Febre, problemas hepáticos, disfunção estomacal e feridas.

Origem, distribuição
Nativa da América do Sul.

Descrição
Planta daninha mais conhecida pelo nome “alecrim-do-campo”, dióica com as inflorescências masculinas e femininas. É um arbusto perene que pode atingir até 3 m de altura e cresce espontaneamente em áreas de pastagens (por isso é também considerada planta invasora).

Sua resina é coletada e processada por abelhas, especialmente abelhas da espécie Scaptotrigona conflita, que produzem a conhecida própolis verde, assim denominada pelo excesso de clorofila, tão cobiçada pelo mercado internacional, sobretudo o japonês, por conter propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, antioxidante e antitumoral. Quase não existem substâncias naturais descobertas recentemente que se tornaram populares e foco de pesquisa científica do que a própolis verde e a vermelha.  

Uma característica dos compostos fenólicos das própolis analisadas e da espécie vegetal B. dracunculifolia foi a alta proporção de artepilina C e outros derivados do ácido cinâmico. Com base nas evidências fitoquímicas, B. dracunculifolia foi identificada como a principal fonte vegetal das própolis produzidas em vários estados. 

As principais áreas de aplicação de própolis na medicina são as doenças respiratórias e câncer, além de outras doenças e enfermidades causadas por radicais livres. 

Uso popular e medicinal
A infusão das folhas é amplamente utilizada na medicina caseira para problemas hepáticos, disfunção estomacal e como anti-inflamatório. Seus componentes químicos estão sendo estudados para combate ao câncer. Alguns estudos indicam que a planta tem potencial como fitoterápico para tratamento de úlcera gástrica.

Estudos de literatura relatam o uso medicinal e religioso do “alecrim-do-campo” comercializado em mercados e feiras livres de todo país, assim como a utilização das folhas para feridas e o uso dos ramos, em decocto, como antifebril.

Seus óleos essenciais são comprovadamente eficazes contra algumas bactérias.

Matérias publicadas em revistas, redes sociais destacam a perspectiva de se extrair a própolis verde diretamente do alecrim-do-campo ao invés de coletar a produção das abelhas. Segundo estudos, o controle de qualidade da própolis é complicado quando a produção é feita pelas abelhas, uma vez que a composição química desse produto está sujeita a diversas variações sazonais como a coleta de matéria-prima pelos insetos ao longo das estações do ano. Além disso, a saliva da abelha que é misturada durante o preparo da resina também interfere na produção. Já isso não ocorre no cultivo da planta, o que poderia padronizar a fabricação de remédios.

Conseguiu-se comprovar em testes preliminares in vitro que os extratos do alecrim-do-campo tiveram a mesma atividade que a própolis verde ao impedir a proliferação do Streptococcus  mutans, o principal agente causador da cárie. Um outro estudo descobriu que o alecrim-do-campo também tem propriedade antioxidante sobre os neutrófilos, um tipo de célula que protege o organismo contra infecções. A planta consegue sequestrar radicais livres responsáveis pelo processo de envelhecimento e doenças como artrite e o mal de Alzheimer.

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