quinta-feira, agosto 25

" CECROPIA GRAZIOVÍÍ SNETHL. " EMBAÚBA UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Cecropia glaziovii Snethl.
Família: 
Urticaceae
Sinonímia científica: 
Cecropia macranthera Warb. ex Snethl.
Partes usadas: 
Casca, raiz, folha, broto, flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Taninos, flavonoides, fenóis, antraquinonas, cumarinas, catequinas, procianidinas, proteínas, açúcares redutores, depsídeos/depsidonas e triterpenos
Propriedade terapêutica: 
Diurética, tônica, anti-hemorrágica, adstringente, emenagoga, antidisentérica, antiasmática, antitussígena, vermífuga.
Indicação terapêutica: 
Amenorreia, dismenorreia, coqueluche, afecções (respiratória, cardiopulmonar, cardiorrenal), taquicardia, bronquite, anuria, tuberculose, hemoptise, curativo de feridas, dispneia.

Origem, distribuição
América do Sul, Sul e Nordeste do Brasil. Distribui-se da Bahia ao Rio Grande do Sul em ecossistema de floresta ombrófila densa.

Descrição:
Espécie arbórea, perenifólia, dióica, pioneira, atinge até 15 m altura com diâmetro de até 25 cm. Apresenta raízes adventícias.

O tronco é ereto, oco, cilíndrico e fistuloso. Tipo de folha digitada, margem do limbo inteira, filotaxia alterna. As folhas novas têm coloração avermelhada.

Flores unissexuais, estaminadas. Os frutos variam de elipsoides a ovais. Floresce na primavera e frutifica no verão.

É polinizada pelo vento e abelhas. A dispersão de sementes é feita por grande número de animais.

O nome "embaúba" origina-se do termo tupi "ãba'ib" cujo significado é "árvore oca".

Uso popular e medicinal

Em um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina sobre autoecologia de C. glaziovii, a autora aponta suas propriedades como diurética, tônica, anti-hemorrágica, adstringente, emenagoga, antidisentérica, antiasmática, antitussígena, antigonorreica, vermífuga, antileucorreica, sendo indicada contra amenorreia, dismenorreia, coqueluche, afecções respiratórias, cardiopulmonar, cardiorrenal, taquicardia, bronquite, anuria (falta de urina na bexiga ou a incapacidade de evacuação da urina), tuberculose, hemoptise (expectoração de sangue pela tosse), curativo de feridas e dispneia.

Ela ressalta que no tratamento fitoterápico são usados casca, raízes, folhas, brotos e flores; e que as propriedades hipotensoras de extratos das folhas de C. glaziovii foram aprovadas pela antiga CEME (Central de Medicamentos) 

Outro estudo realizado na Universidade Federal do Espírito Santo sobre os potenciais efeitos tóxico, citotóxico, clastogênico e aneugênico do extrato bruto hidroalcoólico de folhas de C. glaziovii aponta a presença de taninos, flavonoides, fenóis, antraquinonas, cumarinas, catequinas, proteínas, açúcares redutores, depsídeos/depsidonas e triterpenos.

Estudos farmacológicos de outros pesquisadores no Brasil indicam que o extrato aquoso apresentou efeito broncodilatador, anti-hipertensivo e antidepressivo provavelmente atribuídos aos compostos majoritários catequinas, procianidinas e flavonoides presentes no extrato. Estes dois últimos compostos também são os responsáveis por comprovar a ação anti-hipertensiva desse vegetal em estudo desenvolvido com animais e humanos.

Outros usos:
Muito leve, a madeira serve para artefatos, utilidades domésticas, flutuadores, jangadas, salto de calçados, brinquedos, lápis, palito de fósforo, aeromodelismo, forros, pólvora e pasta celulósica. Devido a aspereza, as folhas são empregadas no polimento de madeira e a casca, dotada de fibras muito resistentes, na confecção de cordas rústicas.

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