sexta-feira, agosto 5

MOMORDICA CHARANTIA L. " MELÃO- DE- SÃO CAETANO " PARA QUE SERVE? QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS? COMO USÁ-LA?

Nome científico: 
Momordica charantia L.
Família: 
Cucurbitaceae
Sinonímia científica: 
Cucumis argyi H.Lév.
Partes usadas: 
Folha, fruto, haste, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Alcaloides, glicosídeo, peptídeos, ácidos, cucurbitinas, charantina, cucurbitacina, momordina, momorcharina, proteínas.
Propriedade terapêutica: 
Antibiótico, antimutagênico, antioxidante, antileucêmico, antiviral, antidiabético, antitumor, aperiente, afrodisíaco, escabicida, pediculicida.
Indicação terapêutica: 
Regulariza o fluxo menstrual, alivia cólica menstrual, hemorroidas, febre, furúnculos, abscessos, sarna, piolho, pereba.

Planta da Farmacopeia Brasileira
Melão-de-são-caetano tem uso científico comprovado como escabilicida e pediculicida (contra sarna, pereba, piolho).

Nome em outros idiomas 

  • Inglês: papailla, balsam pear, bitter melon
  • Espanhol: balsamina
  • Francês: pomme de merveile​

Origem, distribuição
Originária do leste indiano e sul da China.

Descrição:
M. charantia é uma planta trepadeira, monóica com flores amarelas isoladas nas axilas das folhas. Todas as partes da planta, incluindo o fruto, possuem sabor amargo. O fruto é oblongo e assemelha-se a um pepino pequeno. O fruto novo é verde, mudando para tonalidade alaranjada quando maduro. 

É uma planta daninha bastante frequente em pomares, cafezais, sobre cercas, alambrados e terrenos baldios. Ocorre virtualmente em todas as regiões habitadas do país. As práticas culturais são similares às do pepino.

Curiosidade
O nome em latim Momordica significa “mordida”, refere-se às bordas da folha que parecem terem sido mordidas. É uma planta revolucionária pela sua versatilidade como alimento e aplicações terapêuticas.

Uso popular e medicinal
O fruto e as sementes do melão-de-são-caetano são usados tradicionalmente para o tratamento da diabete nos países asiáticos do sudeste. Os frutos possuem sementes vermelhas brilhantes devido a um índice elevado de licopeno que pode ser usado como corante natural em alimentos. Por muito tempo foi utilizado na medicina tradicional para vários tratamentos.

Estudos destacam atividades medicinais tais como antibiótico, antimutagênico, antioxidante, antileucêmico, antiviral, antidiabético, antitumor, aperiente, afrodisíaco, adstringente, carminativo, citotóxico, depurativo, hipotensivo, hipoglicêmico, imunomodulador, inseticida, lactagogo, laxativo, purgativo, refrigerante, estomáquico, tônico, vermífugo.

É usado topicamente para o tratamento de feridas e interna e externamente para a eliminação de parasitas. É usado também como o emenagogo, antiviral para o sarampo e a hepatite. Na medicina popular turca, os frutos maduros são usados externamente para cicatrização rápida das feridas e internamente para o tratamento de úlceras pépticas.

Em termos de componentes ativos sabe-se que a planta contém alcaloides, glicosídeo, peptídeos, ácidos, cucurbitinas, charantina, cucurbitacinas, momordina, momorcharinas e proteínas. Supõe-se que os principais responsáveis pelas propriedades hipoglicemiantes sejam a charantina, peptídeo semelhante à insulina, cucurbutanoides, momordicina e ácidos oleanólicos. Os constituintes deste vegetal fornecem uma gama de efeitos farmacológicos incluindo atividades hipoglicêmica, antiviral e antineoplásico, mas a área mais convincente de investigação é diabetes do tipo 2.                                                                         Estudos mostram e relatam que o suco de melão-de-são caetano (na concentração 5% em água) mostrou ter potencial contra o crescimento de quatro tipos de cânceres pancreáticos, sendo que dois foram reduzidos em 90% e os outros em 98% em 72 h após o tratamento. A respeito da apoptose (a resposta natural de um organismo em lidar com células fora do comum, que suicidam), o suco induziu essa morte programada por vários caminhos diferentes. Um desses caminhos foi o de colapsar o metabolismo de alimentação por glicose das células doentes, ou seja, privou-as do açúcar que elas necessitam para sobreviver.

Outros usos:
O fruto imaturo é valorizado pelo sabor amargo, sendo geralmente ingerido fresco (inteiro ou em fatias), mas pode também ser feito como pickles, conservado em salmoura. São embalados em caixas com 5 kg do produto e vendidos na Austrália como uma planta medicinal.

Dosagem indicada
Escabicida e pediculicida. Forma de uso: tintura. Componentes: frutos secos (10 g); álcool 70 % p/p q.s.p. (100 mL). Orientações para o preparo: estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40o C por 48 h e extrair por percolação conforme descrito na monografia. Acondicionar em frasco de vidro âmbar bem fechado em local fresco, seco e ao abrigo da luz.​ Uso externo: acima de 12 anos, 10 mL da tintura diluídos em um 1 l de água. Fazer aplicações tópicas, uma vez ao dia. 
 Advertência: não usar por via oral, pois pode causar coma hipoglicêmico, distúrbios hepáticos, cefaleias e convulsões em crianças.

Regularização do fluxo menstrual, cólica menstrual, hemorroidas, febre, furúnculos, abscessos, sarna. Uso interno. Infusão: 4 g para um copo de água fervente. Suco: (folhas) para sarna. Pele: ferver em 1 litro de água, por 20 minutos, 30 a 60 g de melão. Coar e colocar nas partes afetadas. Menstruação: deixar em infusão em 1 litro de água, 20 g de folhas. Coar e tomar 4 xícaras ao dia.                                 

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