terça-feira, agosto 23

" THUJA OCCIDENTALIS L." UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Thuja occidentalis L.
Família: 
Cupressaceae
Sinonímia científica: 
Cupressus nobleana (Beissn.) Lavallée
Partes usadas: 
Folhas e ramos.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Borneol, canfeno, fenchona, limoneno, miriceno, alfa-terpina, terpinoleno, tujona, cumarinas, flavonoides, ácido tânico, polisacarideos, proteínas.
Propriedade terapêutica: 
Antiviral, hepatoprotetora, antidiabética, antitumoral.
Indicação terapêutica: 
Condiloma (tumor benigno), infecção do trato respiratório, catarro, enurese, cistite, psoríase, carcinoma uterino, amenorreia, reumatismo, bronquite, angina, faringite, otite, sinusite.

Origem, distribuição
T. occidentalis é árvore nativa da Europa, originalmente cultivada na América do Norte.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: northern white-cedar, eastern white-cedar, arborvitae, swamp-cedar.
  • Alemão: abendländischer lebensbaum, amerikanischer lebensbaum, heckenthuja, lebensbaum
  • Francês: thuya d’occident
  • Italiano: thuia

Uso popular e medicinal
Em inglês o nome "arborvitae" (ou "árvore da vida") remonta ao século VXI quando o explorador francês Jacques Cartier aprendeu com povos indígenas do Canadá a usar as folhas da árvore para tratar escorbuto.

Tuia tem sido indicada para tratamento de condilomas e infecções do trato respiratório. Na sua composição fitoquímica, destacam-se os flavonoides que exibem atividades hepatoprotetora, antidiabética e antitumoral. Na prática terapêutica, utilizam-se tinturas ou soluções diluídas a partir desta.

Tuia já foi usada para tratar catarro brônquico, enurese, cistite, psoríase, carcinomas uterinos, amenorreia e reumatismo. Atualmente é usada principalmente como tintura ou diluição em homeopatia. Combinada a outras plantas imunomoduladores como as do gênero Echinacea (E. purpureaE. pallida) e Baptisia tinctoria ("indigo-selvagem"), tuia é útil na fitoterapia baseada em evidências em infecções agudas e crônicas do trato respiratório superior e como adjuvante para antibióticos em infecções bacterianas graves tais como bronquite, angina, faringite, otite média e sinusite.

A ação antiviral e potencial imunofarmacológica, tais como efeitos estimuladores e co-estimuladoras sobre a produção de citoquinas (ou citocinas) e de anticorpos e ativação de macrófagos e outras células imunocompetentes, foram demonstrados em inúmeros ensaios in vitro e in vivo.

Um fator crítico para o uso da espécie como erva medicinal é o seu teor de tujona, relatado como agente tóxico. No entanto, o conteúdo de tujona desta planta depende do procedimento de extração. Foi demonstrado que a percolação com etanol a 30% (v/v) pode reduzir significativamente o teor de tujona em comparação com a percolação com etanol a 90% (v/v), tornando os preparados a base de tuia produtos seguros e eficazes notadamente contra a constipação comum.

Na composição fitoquímica da erva seca são citados borneol, canfeno, fenchona, limoneno, miriceno, alfa-terpina, terpinoleno, tujona (0,76 - 2,4 % de óleo essencial, sendo 85 % α-tujona e 15% β-tujona); cumarinas (ácido p-cumárico, umbeliferona); flavonoides (catequina, galocatequina, kaempherol, miricetina, miricitrina, quercetina, quercitrina); ácido tânico, polisacarídeos e proteínas.

Outros usos:
A madeira, resistente a podridão e cupim, é usada principalmente em produtos que têm contato com a água e solo. Os principais usos comerciais são cercas, postes, madeira compensada, aglomerados, painéis, tambores, barcos etc.. Recentemente tem sido utilizada na fabricação de pasta kraft (pasta suspensa, material de escritório). 

O óleo essencial destilado dos ramos é utilizado em medicamentos e perfumes. Os ramos são usados em arranjos florais. A árvore tem valor ornamental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?