sábado, setembro 3

" EPHEDRA VIRIDIS COVILLE " EFEDRA UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICA:

Nome científico: 
Ephedra viridis Coville
Família: 
Ephedraceae
Sinonímia científica: 
Ephedra nevadensis var. viridis (Coville) M.E.Jones
Partes usadas: 
Fruto, semente, caule (haste).
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Efedrina
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, diurética, tônica, purificadora do sangue, broncodilatadora, descongestionante.
Indicação terapêutica: 
Resfriado, asma, tosse, constipações, anemia, reumatismo, problemas renais, úlcera do estômago.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: green mormon tea, green ephedra, Indian tea, mountain ephedra
  • Francês: ephedra
  • Alemão: meerträubel

Origem, distribuição
Efedra é um arbusto nativo da Califórnia (EUA), estende-se ao oeste da América do Norte.

Descrição:
Planta arbustiva com folhas escamiformes opostas ou verticiladas, caule verde muito ramificado. Planta dioica, raramente monoica, 1 a 8 microsporângios sésseis ou pedunculados reunidos em estróbilos espiciformes ou globoides. 1 a 3 megaesporângios protegidos por numerosos pares de brácteas, sendo os pares inferiores estéreis. 

Há uma espécie que ocorre espontaneamente no Estado do Rio Grande do Sul.

Curiosidade
Efedra é conhecida nos EUA como "chá dos mórmons" (mormon tea) devido a sua popularidade entre os mórmons, que a utilizam como uma bebida energética no lugar da cafeína, não permitida pela religião. 

Uso popular e medicinal:
Um chá feito da fervura das hastes explica o nome em inglês "chá verde Mórmon". É bem adstringente e indicado no tratamento de resfriado comum e asma. Tem forte efeito diurético, usado como remédio principalmente por indígenas norteamericanos e de regiões de língua espanhola dos EUA. 

E. viridis auxilia a aliviar problemas do trato urinário. A planta tem grande reputação na cura da sífilis, na forma de ingerir a decocção das hastes e um cataplasma das hastes, fervida ou pulverizada, aplicado às feridas.

As hastes são purificadora do sangue, diurética e tônico. A infusão tem sido utilizada no tratamento de tosse e constipações, anemia, reumatismo, problemas renais, úlcera do estômago e outros distúrbios.

Em geral as hastes são utilizadas frescas ou secas na forma de chá, mas também podem ser consumidas cruas. Hastes jovens são melhores se ingeridas cruas e caules mais velhos são usados em chá. As hastes podem ser colhidas em qualquer época do ano e secadas para uso posterior.

Hastes secas ou em pó são usadas como um curativo de feridas e em queimaduras. 

As hastes da maioria dos membros deste gênero contêm o alcaloide efedrina. A droga efedrina, um antidepressivo, descongestionante e broncodilatador, é feita a partir da planta americana E. viridis e da chinesa Ma Huang (E. sinica), além de outras 40 conhecidas espécies do gênero Ephedra. A efedrina tem sido muito utilizada para ajudar a aliviar os espasmos bronquiais e tratar a asma. Esta substância dilata os músculos dos brônquios, contrai a mucosa nasal, aumenta a pressão arterial e é estimulante cardíaco. A efedrina não cura a asma, mas em muitos casos é muito eficaz no tratamento dos sintomas, amenizando os problemas do doente.

Toda a planta pode ser usada em concentrações bem menores do que os componentes isolados. Ao contrário de usar a efedrina isolada, usando toda a planta raramente ocorrem efeitos colaterais.

Estudos confirmam que a efedrina tem efeito semelhante a adrenalina: estimula o sistema nervoso simpático (SNS), eleva a pressão arterial e os batimentos cardíacos. É menos potente que a adrenalina mas o efeito é mais prolongado e exerce sua ação quando administrado por via oral, enquanto a adrenalina só é eficaz por injeção.

Outros usos:
Os ramos, fervidos com alumínio, produzem um corante castanho-claro.

Interações com medicamentos:

Adrenalina (simpaticomimético). Resultado: relato de arritmia cardíaca quando da associação com o fitoterápico. 

Anticonvulsivantes. Resultado: o fitoterápico pode causar convulsões, pois reduz a eficácia dos medicamentos. 

Corticosteróide (anti-inflamatório esteróide). Resultado: o fitoterápico aumenta a depuração do fármaco, levando a redução do efeito deste. 

Derivados do ergot (intoxicação causada por fungo). Resultado: teoricamente o uso associado poderia causar hipertensão. 

Medicamentos que prolongam o intervalo QT (ECG). Resultado: o fitoterápico possui efeito aditivo no prolongamento do intervalo QT, aumentando o risco de arritmias ventriculares (disopiramida, procainamida, quinidina, tioridazina entre outros). 

Medicamentos estimulantes centrais. Resultado: teoricamente o uso associado ao fitoterápico potencializaria o estímulo central promovido pelos fármacos (pseudo-efedrina, fenilpropanolamina, dietilpropiona). 

Fenelzina (inibidor da MAO). Resultado: relato de insônia, cefaléia, tremores quando da associação ao fitoterápico. 

Halotano (anestésico geral). Resultado: relato de arritmias cardíacas quando da associação ao fitoterápico.

Hipoglicemiantes (antidiabéticos). : o fitoterápico pode causar hiperglicemia, dificultando o controle da glicemia.

Inibidores da MAO (antidepressivos). Resultado: os fármacos inibem a biotransformação dos alcaloides do fitoterápico (efedrina e pseudoefedrina), favorecendo a instalação de crises hipertensivas por efeito aditivo adrenérgico.

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