Nomes em outros idiomas:
- Inglês: true indigo
- Alemão: índigo
- Espanhol: anileira
- Francês: indiotier
- Italiano: Alberto d´indaco
Origem, distribuição:
Originário do leste da Índia, o anileiro é planta muito popular no Brasil, vegetando espontaneamente em quase toda parte. Existem muitas espécies de anil. Estamos nos referindo aqui principalmente a Indigofera tinctoria L. e Indigofera anil L.
Uso popular e medicinal:
Na homeopatia o anileiro tem indicações para dores articulares e nevrálgicas, distúrbios circulatórios, afecções das vias respiratórias, inflamações agudas da pele (com erupções de vesículas) e hemorragia nasal. As folhas têm propriedades antiespasmódicas e sedativas, estomáquicas, febrífugas, diuréticas e purgativas, com ação direta sobre a última parte do intestino, empregadas contra as uretrites blenorrágicas e as afecções do sistema nervoso.
Ainda com ação contra a epilepsia e icterícia. As folhas machucadas são usadas topicamente contra a sarna. A raiz é odontálgica e útil na cura da icterícia. Outrora empregavam na mordedura de cobras. As sementes depois de pulverizadas tem ação insetífuga (afugenta insetos). É planta reputada antídoto do mercúrio e do arsênico.
As folhas da anileira encerram leucoindigotina, substância que convenientemente tratada, precipita o índigo. Mas este fica só quimicamente puro na forma de indigotina, quando dissociado de diversos sais, de uma matéria vermelho esverdeada e de uma resina vermelha, reduzindo o seu peso a pouco mais de 20%.
Dosagem indicada:
Chá de anileiro: colocar em infusão, em um litro de água fervente, 5g de folhas e raízes de anileiro misturadas. Tomar uma ou duas xícaras ao dia.
Outros usos: corante, forrageira, adubo
Há algum tempo o anileiro era bastante cultivado no Brasil para extração do anil, cuja exportação chegou a atingir considerável vulto. Ultimamente com a fabricação de matérias corantes sintéticas em larga escala, o uso do anil, corante de bela cor azul, inodoro e sem sabor tem sido relegado ao esquecimento. Existe pouca bibliografia referente ao anil. O corante anil sintético data de 1880, passando então esta erva cada vez mais cair no desuso e desinteresse.
Há muitos processos para a produção do corante azul extraído do anil, todos complexos e incluem fermentação.
Existem muitas espécies no Brasil para o gênero Indigofera, algumas usadas como forrageira, outras como adubo verde. No norte do país, por exemplo, temos a Indigofera pernambucencis.
Em Mato Grosso, encontra-se a Indigofera lespedezoides, também conhecida como timbó-mirim ou timbozinho, espécie que fornece notável quantidade de anil. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE, OU UM FITOTERAPEUTA ".
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