Nome em outros idiomas:
- Inglês: lantana, big-sage, wild-sage, red-sage, white-sage, tickberry
- Alemão: wandelröschen
Origem, distribuição:
América Tropical.
Descrição:
Espécie subarbustiva perene, desenvolve-se em todo o Brasil com frequência em pastagens, onde passa a ser uma ameaça pelo fato de possuir princípios tóxicos. Instala-se também em áreas com lavouras e fruticultura.
Apresenta caule ramificado desde a base, ramos verdes a avermelhados, quadráticos, às vezes com os ângulos aculeados e revestidos por curta pilosidade. Folhas simples, opostas cruzadas, pecíolo curto e sulcado, limbo ovalado de base arredondada e ápice agudo, pubescente em ambas as faces e com as margens crenado serreadas.
Inflorescência axilar do tipo corimbo, com longo eixo e contendo numerosas flores. Flores assentadas sobre brácteas foliáceas, cálice com 5 sépalas soldadas, corola zigomorfa, amarelada a alaranjada, com tubo e 4 lobos distintos, androceu com 4 estames epipétalos e gineceu bicarpelar. Fruto carnoso do tipo nuculâneo, enegrecido na maturidade, cujas sementes são dispersadas pela avifauna.
Fornece alimentos para abelhas jataí e europa.
Uso popular e medicinal:
O chá das folhas é antirreumático, febrífugo, béquico e expectorante. Tem ação marcante sobre as afeçções do aparelho respiratório como tosse, bronquite, asma e coqueluche. O chá ou o xarope da raiz do camará é antiasmático e peitoral.
Na constituição química foram detectados os seguintes compostos: α-amirina, lantanarona, lantadeno (B,C, D), ácido lantanílico, lantanólico, lantoico; ácido oleanólico, triacontan-l-ol, verbascósido, ácido betulínico butolônico e lantabetulínico; β-sitosterol, ácido ursólico, furanonaftoquinonas e um óleo essencial que tem múltiplos terpenos.
Um experimento demonstrou a atividade antibacteriana do extrato etanólico de folhas e raízes de L. camara e L. montevidensis contra estirpes de bactérias multi-resistentes gram-positivas e gram-negativas isoladas a partir de material clínico:
Dosagem indicada:
Asma, tosse e coqueluche. Colocar 20 g de folhas secas de cambará em 1 litro de água quente. Deixar repousar por uns 10 minutos. Tomar 4 a 5 xícaras ao dia. Xarope: bater algumas raízes de camará, algumas raízes de pajamarioba (Cassia serieca) e raiz de urucu (Bixa orellana). Ferver em um pouco de água junto com um limão bem verde e folhas de limoeiro. Coar, em seguida ferver com mel de abelha até apurar. Tomar várias colheres de sopa ao dia.
Antiasmático e peitoral. Cozinhar, em 250 g (250 ml) de água, 10 g de raiz de camará ou em xarope - 40 g de raiz para 800 g (800 ml) de água. Adoçar o suficiente para virar um xarope.
Tônico, sudorífero, febrífugo, balsâmico, expectorante, emoliente. Infuso ou decocto a 5%, de 2 a 3 xícaras ao dia. O extrato fluido, de 5 a 15 ml ao dia. E o xarope, de 100 a 300 ml ao dia.
Interações medicamentosas e associações:
Pode ser associada agrindélia e a erva-silvina com mel de jataí em balas para tosse e bronquite. E ainda com erva-cidreira, assa-peixe e barbasco para pneumonia.
Toxicidade:
Contém um princípio tóxico triterpenoide chamado lantadena que causa ictericia e fotossensibilização. A casca pode causar hepatotoxicidade. A folha demonstrou atividade supressiva litogênica de biles. Atividade imunossupressora. Inibição à formação de peróxidos lipídicos.
A lantanina contida nas folhas verdes pode produzir fotossensibilização nos animais e colapso neurocirculatorio." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".
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