Origem, distribuição:
Nativa do Brasil e Uruguai.
Descrição:
Planta herbácea, terrestre, atinge até 2 m de altura, tem caule curto e grosso, emite estolhos também grossos. Ápice folioso e o restante escamado. Folhas numerosas, acuminadas, inteiras, com bordas providas de espinhos rijos (margem espinescente). Filotaxia: alterna, espiralada.
Flores com pétalas alvas e sépalas roxas. Fruto do tipo baga, grande, oval. Polpa comestível de coloração amarelada, ácida. A frutificação ocorre quase o ano todo.
A propagação é vegetativa ou por semente. A espécie é ornitófila (poninizada por aves).
Uso popular e medicinal:
Na medicina popular caraguatá é descrito como anti-helmíntica e antitussígena. É muito comum encontrar nas feiras livres do Brasil o famoso "xarope de caraguatá".
Os frutos são ácidos, purgativos, diuréticos, vermífugos e até abortivos. O sumo tem efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas.
No sul do Brasil, comunidades primitivas ferviam os frutos para tratar a tosse e usavam como emoliente (suaviza, amacia ou tornar a pele mais flexível), tradição que continuou com os colonizadores europeus. Recomenda-se utilizá-los na forma de xarope para os problemas respiratórios, enquanto que as folhas são usadas na forma de chá para bochechos e tratamento de afecções da mucosa bucal ou macerada como antitérmica e anti-helmíntica.
Os frutos são ingeridos tanto in natura ou preparado como remédio contra a tosse, tendo ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e bronquite.
O xarope extraído também é usado no tratamento de cálculos renais.
Um trabalho em 2012 avaliou as atividades antifúngica, antibacteriana, citotóxica, moluscicida e antioxidante de extratos alcoólicos das folhas e frutos de B. antiacantha. Os pesquisadores concluiram que a atividade citotóxica frente a A. salina (pequeno crustáceo marinho), embora considerada moderada, foi a que se mostrou mais pronunciada nos experimentos realizados. Ensaios fitoquímicos realizados com os extratos brutos no intuito de verificar a presença de flavonoides, taninos e saponinas, confirmaram a presença dessas substâncias.
Foi relatada a presença de derivados de flavonas e de ácidos hidroxicinâmicos nos frutos desta espécie. Desta forma, a atividade antioxidante observada para os extratos avaliados pode ser atribuída a presença de compostos fenólicos, cuja ação antioxidante é conhecida na literatura. E a atividade citotóxica pode estar eventualmente relacionada à presença de saponinas, segundo os mesmos pesquisadores.
Outros usos:
Apresenta características alimentícias, ornamentais e industriais. Costuma-se usar como cerca viva e extrair fibras dos frutos maduros para fazer sabão. Os cachos são utilizados em arranjos decorativos em festas e celebrações. Das folhas são extraídas fibras para cordoaria." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).
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