Diabetes: uma palavra tão simples que causa tantos arrepios! Muita gente prefere não se informar do assunto por puro receio, mas é necessário entender mais sobre a Diabetes para preveni-la ou tratá-la! 

O que é Diabetes?

A Diabetes é uma doença metabólica crônica, ou seja, é uma doença que impacta o corpo em suas reações químicas e processos para que ele continue funcionando plenamente. E por ser crônica, significa que a doença precisa de tratamento contínuo e, se não houver cuidado, pode se tornar grave. No caso de Diabetes, o processo impactado no corpo é a ação e/ou a produção de insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, uma glândula que fica atrás do estômago. Esse hormônio metaboliza a glicose (açúcar) no nosso sangue, tornando-a disponível para ser absorvida pelo nosso organismo. A glicose é uma fonte de energia para que as células funcionem bem. Se falta insulina ou ela não age no organismo, a glicose (açúcar) não é metabolizada nas células e sua concentração aumenta no sangue (hiperglicemia).

Então a diabetes mellitus é isso: a diminuição da ação ou produção dessa insulina, causando consequências muito sérias no nosso corpo a longo prazo, como neuropatias, problemas vasculares e amputações. Por isso o tratamento de Diabetes é tão importante! Hoje, as opções de tratamento de Diabetes são muito mais avançadas do que no passado, tornando a vida de pacientes muito melhor e mais longeva.

Já que a Diabetes atinge muitas pessoas — e parte delas podem ser nossos amigos, familiares, colegas ou nós mesmos — é bom saber que existem formas cada vez mais eficientes de manter os pacientes saudáveis. Apenas não podemos esquecer que parte da responsabilidade ainda é do próprio paciente para prosseguir com seu tratamento adequadamente!

  • 1 em cada 11 adultos tem Diabetes na América do Sul e Central
  • O Brasil é o sexto país com maior incidência de Diabetes no planeta e o primeiro na América Latina
  • São 16,8 milhões de pessoas com Diabetes só no Brasil
  • Existe uma estimativa de que 44% dos adultos com Diabetes NÃO foram diagnosticados. E 90% dessas pessoas não diagnosticadas vivem em países de médio e baixo desenvolvimento
  • Estima-se um aumento de 46% de casos de Diabetes no mundo até 2045

Quais são os tipos de Diabetes?

Existem tipos diferentes de Diabetes. 

  • Diabetes Tipo 1 — É raro, autoimune e costuma aparecer já na infância ou adolescência. O próprio corpo não produz insulina o suficiente no corpo, portanto é necessário tomar doses diárias de insulina para deixar a glicose controlada.
  • Diabetes Tipo 2 — Mais comum e aparece na fase adulta. É influenciada por fatores hereditários (por isso, saber do histórico de saúde da sua família é fundamental), mas a alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade são outros fatores importantes que podem desencadear a Diabetes. No tipo 2, o corpo pode até produzir a insulina, mas os tecidos do corpo se tornaram resistentes à sua ação. Assim, o organismo é impedido de absorver a glicose.
  • Pré-Diabetes — A glicose no sangue atinge níveis elevados, mas a condição ainda não é classificada como Diabetes. Exige muita cautela, pois sem intervenção, pode se tornar Diabetes do tipo 2. Se você já recebeu o diagnóstico de pré-Diabetes, invista em mudanças no estilo de vida e no acompanhamento médico.
  • Diabetes Gestacional — Como o nome já diz, é a hiperglicemia detectada durante a gestação. Geralmente desaparece após o parto, embora possa retornar anos depois. Detecta-se no pré-natal e leva a cuidados mais específicos com a alimentação durante a gravidez.

Sintomas de Diabetes:

Os sintomas de Diabetes são bem acentuados no Tipo 1, incluindo náuseas, vômitos e mudanças de humor. Já o tipo 2 e a Pré-Diabetes podem ter sintomas mais brandos no início. A Gestacional dificilmente apresenta sintomas, mas ainda vale a pena manter a atenção e não faltar ao pré-natal!

De modo geral, os sintomas clássicos que acendem os sinais de alerta para Diabetes são:

  • Poliúria — Aumento da vontade de urinar
  • Polidipsia — Sede contínua
  • Polifagia — Aumento de vontade de comer
  • Perda inexplicada de peso

 

Outros sintomas menos específicos, mas ainda preocupantes, são:

  • Cansaço
  • Visão turva
  • Má Circulação
  • Formigamento dos membros, principalmente pés
  • Pressão Alta
  • Infecções frequentes
  • Dificuldade em cicatrizações
  • Colesterol e triglicerídeos elevados
  • Doenças renais

Como saber se tenho Diabetes?

Depois de ver os sintomas, é possível que você se pergunte quais são as causas e como saber se você possui a doença. As causas de Diabetes são multifatoriais, embora 90% dos casos sejam do tipo 2 — que, por sua vez, é associado ao estilo de vida do paciente. A genética também faz parte disso, então fique de olho se você tem parentes que desenvolveram Diabetes.

O diagnóstico, por sua vez, costuma ser simples. Profissionais da saúde irão sempre perguntar quais são seus hábitos alimentares e rotina de atividades físicas, além do histórico de saúde de familiares próximos. Os fatores de risco são sempre levados em consideração; em seguida, vêm os testes laboratoriais — exames de sangue que irão medir a quantidade de açúcar no sangue.

O diagnóstico é confirmado quando a glicemia dá igual ou acima de 126mg/dL.

É fundamental procurar médicos para tirar a dúvida se você tem ou não Diabetes. Mesmo que o diagnóstico positivo provoque receio, busque ajuda de profissionais da saúde. Não tenha medo, pois você receberá orientações para tornar sua qualidade de vida melhor.

E não se esqueça de continuar o acompanhamento médico. Por ser uma doença metabólica, a Diabetes pode evoluir com o tempo e, conforme sua idade avançar, surgirão novas necessidades. Continue cuidando de seus hábitos e faça visitas regulares a profissionais de saúde da sua confiança.

É possível prevenir a Diabetes?

Quando se trata de Diabetes do tipo 1, é uma doença autoimune detectada na infância ou adolescência, não relacionado aos hábitos do paciente. Portanto, Diabetes do tipo 1 não pode ser prevenida.

Já a Diabetes do tipo 2, a mais comum, é possível prevenir. Os fatores hereditários ainda influenciam o desenvolvimento da doença, mas não podemos descartar o peso do estilo de vida. Veja abaixo algumas medidas que ajudam a prevenir ou retardar o aparecimento da Diabetes do tipo 2.

Melhor Alimentação — Invista em alimentos mais saudáveis e menos ultraprocessados. A dieta Mediterrânea é muito famosa por apresentar benefícios para a saúde, Pense na sua alimentação como um estilo de vida: grãos, frutas, hortaliças e legumes frescos, respeito à sazonalidade de vegetais, consumo de peixes (que podem ser locais), azeite de boa qualidade e sementes. Menos açúcares simples como doces e refrigerantes.

Mais Atividades Físicas — A prática de atividades físicas não precisa ser encarada como algum tipo de punição ou suscitar sentimentos desagradáveis. Mover seu corpo deve ser prazeroso para você, então procure atividades que façam sentido para sua rotina: danças, caminhadas, natação, esportes em grupos ou qualquer outra atividade que você se divirta movendo o corpo.

Menos Estresse — Talvez essa seja a medida preventiva mais desafiadora, já que nem sempre o estresse é 100% responsabilidade nossa. Mas existem sim maneiras eficientes de lidar com as dificuldades do dia a dia sem provocar uma reação violenta do corpo! Seguindo as duas dicas anteriores já facilita bastante (alimentação balanceada + atividades físicas), e além disso dormir bem e investir no equilíbrio emocional irão te ajudar. Evitar o estresse é importante para controlar o cortisol no corpo, que age como antagonista da insulina. E se o cortisol é antagonista da insulina, isso significa mais glicose no sangue caso você se estresse com frequência.

Menos Vícios — Não é fácil largar o vício em cigarro ou álcool, mas é importante para preservar sua saúde em geral e também para prevenir Diabetes. O álcool altera as taxas glicêmicas do corpo e o tabagismo, apesar de não impactar diretamente no controle glicêmico, piora a saúde e favorece doenças cardíacas — que podem complicar problemas decorrentes de Diabetes. Encontre pessoas e alternativas saudáveis para te ajudar nessa jornada longe dos vícios.

Já deu para entender que essas medidas são importantes tanto para a prevenção da Diabetes do tipo 2 quanto para a manutenção da sua saúde em geral. Quem já é diagnosticado com Diabetes, além dos cuidados específicos para a doença, também terá a recomendação de adotar um estilo de vida mais saudável para o paciente. 

Tratamento para  Diabetes:

Se você recebeu o diagnóstico de Diabetes, pode ser desafiador para aceitar e entender todas as consequências que isso traz. Primeiro, saiba que não será uma jornada solitária: existem muitas outras pessoas diagnosticadas que podem trocar experiências com você, além de profissionais da saúde que irão te acompanhar.

Orientações médicas e exames regulares são necessários em todos os casos de Diabetes (tipo 1, tipo 2, gestacional e pré-diabetes) e uma rotina saudável é fundamental para manter a qualidade de vida e reduzir os impactos da doença. Veja como é o tratamento geral da Diabetes:

  • Diabetes tipo 1 — Reposição de insulina todos os dias, dieta de pouco açúcar e atividade física regular.
  • Diabetes tipo 2 — Além do controle da glicemia através de dieta de pouco açúcar e medicamentos, também é necessário prestar atenção ao colesterol, pressão e a saúde dos rins, pois o paciente diabético pode já ter doenças relacionadas ou desenvolvê-las. Em casos mais avançados, pacientes do tipo 2 também precisam receber insulina.
  • Diabetes gestacional — Dieta diabética e atividades físicas apropriadas para gestantes são recomendadas. O monitoramento da glicemia e a observação do feto em desenvolvimento são fundamentais para garantir a saúde de gestantes e seus bebês. Caso a glicemia não diminua com dieta e exercícios, é avaliada a entrada de medicamentos na rotina.
  • Pré-diabetes — O foco é na alimentação e nas atividades físicas, não sendo necessária a entrada de medicamentos na maior parte dos casos. Ainda assim, o monitoramento da glicemia é muito importante para averiguar o avanço ou não dos níveis de açúcar no sangue.

Muita gente se assusta com a possibilidade de usar insulina. Se esse for o seu caso, converse de forma honesta com os médicos que te atendem para encontrar uma aplicação de insulina à qual você se adapte melhor. Conheça bem os medicamentos que você utiliza e não troque ou suspenda o uso de fármacos sem orientações!

Anotar sua rotina em cadernos  pode ser uma boa alternativa para manter um acompanhamento consistente dos seus níveis glicêmicos, alimentação, frequência de consultas médicas e atividades físicas. Lembre-se: mesmo que você não esteja sentindo sintomas de Diabetes, o tratamento é contínuo.

Diabéticos as vezes passam por grandes dificuldades para manter a rotina de exames e comprar medicamentos durante as fases mais graves da doença, o que pode levar a prejuízos para a saúde — sem tratamento, a Diabetes pode impactar ao desenvolvimento de doenças graves como problemas cardiovasculares, retinopatia (doença da retina), nefropatia (doença nos rins) e neuropatia (doença do sistema nervoso). 

Como a Fitoterapia pode ajudar na Diabetes:

Existem Fitoterápicos cujos componentes são estudados por reduzirem os sintomas de Diabetes e/ou auxiliarem no tratamento dessa doença. Separamos aqui algumas plantas!

Melão de são Caetano — É uma opção muito popular para regular a glicemia devido a uma série de mecanismos: componentes parecidos com a insulina em sua estrutura molecular (que agem de forma semelhante a ela), estímulo nas células do pâncreas para produzir mais insulina e aumento da sensibilidade de receptores de insulina nas células.

Pata de vaca — Além de diminuir o açúcar no sangue, a planta também diminui a glicosúria, que é a presença de açúcar na urina. Esses efeitos podem vir da quercetina e do kampferol em sua composição, mas os mecanismos ainda são estudados. Alerta-se que a ação hipoglicemiante ocorre somente em pessoas diabéticas, portanto pessoas não-diabéticas não sofrerão de hipoglicemia ao consumir Pata de Vaca. 

Predra- ume- caá — A Pedra-Ume-Caá promove inibição de enzimas que quebram e processam açúcar, evitando a hiperglicemia. Portanto, é de grande ajuda para o controle de índices glicêmicos.

Gimena — A Gimena é conhecida por aumentar a liberação de insulina no corpo, diminuindo consequentemente a taxa de glicose, ou seja, o açúcar. Também pode auxiliar na redução de apetite por sabores doces, o que ajuda bastante a rotina de quem tenta controlar os níveis glicêmicos e gosta de doces. 

Jambolão — O Jambolão também auxilia no controle de açúcar no sangue! Há indícios de que essa planta aumenta os níveis de insulina no organismo, ou seja, facilita a quebra de açúcar, embora os mecanismos de ação do Jambolão ainda não tenham sido completamente elucidados. 

Graviola — Além de ser um alimento muito nutritivo e gostoso, as folhas da Graviola apresentam benefícios ao controle da Diabetes, pois inibem a enzima alfa-glucosidase, fazendo com que os carboidratos sejam digeridos vagarosamente e as concentrações de glicose diminuam no período após refeições.

Feno Grego — O Feno Grego pode ser utilizado como um excelente condimento na sua alimentação! E também auxilia no controle de índices glicêmicos, pois estimula os receptores de insulina, facilitando a redução de glicose no sangue. 

    Stevia — É uma aliada poderosa para a substituição de açúcar na dieta, já que é considerada um adoçante natural. 

    Alecrim do Campo — Essa planta apresenta mais de um benefício à saúde, por exemplo no alívio de desconfortos gastrointestinais e gripes. No caso da Diabetes, o Alecrim do Campo apresenta ação hipoglicemiante, pois regula a atividade do pâncreas para aumentar os níveis de insulina.

    Carqueja — A Carqueja é uma velha conhecida de muita gente, pois ajuda nos problemas do fígado, vesícula biliar e má digestão. É também usada para controlar os índices glicêmicos em pessoas diabéticas, pois reduz a resistência do nosso organismo à insulina. 

    Pau Tenente — Trata-se de uma espécie nativa do Brasil e carece de maiores estudos, embora sua ação no controle de Diabetes seja reconhecida na medicina tradicional. Há indícios de que o Pau Tenente auxilie a controlar os índices glicêmicos por aumentar a sensibilidade dos tecidos à insulina. 

    Embora todos os produtos supracitados sejam naturais, isso não significa que estão isentos de efeitos colaterais e indicações de uso mais específicas. Sempre busque orientação do profissional de saúde no tratamento de quaisquer doenças, principalmente Diabetes. A fitoterapia pode te ajudar de forma complementar a depender do caso, afinal, as condições de saúde de cada paciente são diferentes — e seus respectivos tratamentos também. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( PRECISAMOS ESTAR DISPOSTO A NOS LIVRAR DA VIDA PLANEJAMOS, PARA PODERMOS VIVER A VIDA QUE NOS ESPERA ).