quarta-feira, setembro 27

O USO DO ÓLEO DE MENTHA PIPERITA PARA RECUPERAÇÃO DE HOMEOSTASE INTESTINAL:

As plantas medicinais são habitualmente utilizadas em preparações com fins terapêuticos. A mentha piperita, popularmente conhecida como hortelã-pimenta, é usada há séculos para o tratamento de distúrbios intestinais e o seu óleo essencial tem apresentado promissores resultados em doenças gastrointestinais. O objetivo do estudo foi compreender como o uso de óleo essencial de hortelã-pimenta contribui para a saúde intestinal, na prevenção e tratamento de patologias como as doenças inflamatórias intestinais, entre elas a colites, doença de Crohn, diverticulites, entre outras. Para este trabalho, optou-se por um método de revisão narrativa de trabalhos científicos que demonstrassem os benefícios do uso de óleo essencial de hortelã-pimenta na restauração e manutenção da homeostase intestinal em casos de síndrome do intestino irritável, SIBO (super crescimento bacteriano), controle bacteriano intestinal, colite, doença de Crohn, diverticulite, doenças inflamatórias intestinais, dispepsia, náusea, dor abdominal, estômago, doença de refluxo gastroesofágico, esofagite, constipação intestinal. Foram empregados os seguintes termos e suas combinações: hortelã-pimenta, síndrome do intestino irritável, SIBO, controle bacteriano intestinal, colite, doença de Crohn, diverticulite, doenças inflamatórias intestinais, dispepsia, náusea, dor abdominal, estômago, doença de refluxo gastroesofágico, esofagite, constipação intestinal e as correspondentes palavras em inglês. Não houve restrição quanto às datas de publicação dos artigos. A revisão foi realizada entre abril e julho de 2021 e foram encontrados 37 documentos, dos quais, após remoção de referências duplicadas e seleção dos que apresentavam os melhores pressupostos, 10 artigos estão referidos nesta pesquisa. Os resultados da revisão bibliográfica demonstram que o óleo de hortelã-pimenta possui inúmeros benefícios, todavia, estudos se fazem necessários para consolidar a sua eficácia na manutenção da homeostase intestinal." A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL E INTELECTUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ".

quarta-feira, setembro 20

BIDENS PILOSA: PARA QUE SERVE? COMO ELE AGE NA PELE?

Porque sempre estamos buscando formas diferentes e mais eficazes de tratar a pele? seja para cuidar da oleosidade ou sinais de envelhecimento. E o Picão preto (Bidens pilosa) é mais um componente natural que tem vantagens sobre outros elementos! Neste artigo, você vai conferir para que serve o creme de Bidens pilosa e como ele age na nossa pele.

Os cuidados com a pele se intensificam com o passar dos anos, então é natural que a ciência busque alternativas cada vez mais sofisticadas para manter a beleza e a saúde dela. Mas não necessariamente vamos depender de produtos inteiramente sintéticos! Existem fontes de ativos naturais com excelentes resultados, mesmo de origens muito comuns.

Um exemplo simples é um certo carrapicho que gruda na barra da nossa calça. Você conhece esse "matinho" que cresce com facilidade em calçadas, cujas pequenas agulhas grudam na roupa: É o Picão Preto! Veremos a seguir como as partes aéreas desta planta comum podem ser tão eficazes para a pele. 

Picão Preto (Bidens pilosa): O que é?

O Picão Preto é, conforme mencionado antes, uma planta comum e considerada popularmente um matinho sem importância ou até mesmo inconveniente se você tem que tirar da roupa.

Na realidade, essa planta resistente tem grande valor medicinal para o tratamento de úlceras, doenças do fígado e até icterícia. Seu nome científico é Bidens pilosa e foi este o nome mais associado aos dermocosméticos.

E para a pele? O Picão Preto (Bidens pilosa) serve para que?

A Bidens pilosa para a pele atua de maneira semelhante aos retinóides, que é um tipo de substância utilizada para renovação celular e síntese de colágeno.

No entanto, retinóides convencionais têm potencial irritativo para a pele, fato que pode resultar em condições piores para a derme, como descamação e ardência. Outro aspecto incômodo é a fotossensibilidade, que causa desconforto com a exposição à luz. Peles sensíveis geralmente não reagem bem ao uso contínuo de retinóides clássicos.

Então, como encontrar os aspectos positivos dos retinóides e reduzir os seus efeitos colaterais?

As pesquisas envolvendo Picão Preto para a pele justamente buscam alternativas que tragam qualidades iguais aos produtos sintéticos, mas excluam as desvantagens como os efeitos colaterais.

Existem estudos sobre a ação da Bidens pilosa no combate aos sinais de envelhecimento há anos e, de modo geral, pode-se afirmar que essa planta tem efeitos similares ao retinol. Separei  algumas das ações do Picão Preto para a pele:

Atividade antioxidante Anti-inflamatória Estimulante de síntese de colágeno e elastina.

Devido a estas características que mimetizam (ou “copiam”) o retinol, diz-se que o Picão Preto como dermocosmético tem atividade retinol-like, ou seja, age como o retinol, sendo considerado um bio-retinol.

Ações de Bidens pilosa para a pele:

O Picão Preto age de diversas formas benéficas para a pele, podendo ser usado para:

Rejuvenescimento da pele Diminuição de rugas Diminuição de flacidez Diminuição de manchas Melhora na textura da pele Alívio de oleosidade excessiva.

Outras vantagens do Picão Preto:

O Picão Preto é uma planta tão comum que é considerada também uma erva daninha, crescendo sem uma intervenção programada ou cuidadosa em lugares como canteiros ou pasto. É também uma herbácea resistente e de crescimento rápido, fazendo com que ela seja uma alternativa mais sustentável para a obtenção dos constituintes de dermocosméticos — pois evita a exploração de outras espécies.

E é sempre bom também cuidar do meio ambiente enquanto a gente cuida da nossa saúde!

Como usar Bidens pilosa na pele?

Creme Facial Antiaging de Picão Preto 30g

Possui ação reparadora da pele, antienvelhecimento, hidratante e suavizante.

Composição: Extrato Glicerinado de Picão Preto (Bidens pilosa) 20%, Niacinamida 3% e Hidroviton 4%, em base Olivem.

Loção Firmadora Hidratante corporal com Picão Preto e DMAE 250g.

Já a loção tem ação firmadora da pele, antienvelhecimento, hidratante, suavizante e nutritiva.

Composição: Extrato Glicerinado de Picão Preto (Bidens pilosa) 20%, Extrato de Aloe vera 3%, DMAE 10%, Extrato de Linhaça, Óleo de Oliva, Manteiga de Karité, Hidroviton e Pantenol D, em base Olivem.

Para usar, basta aplicar na pele e deixá-la absorver o creme de Bidens pilosa ou a loção, assim como você faz com qualquer dermocosmético. Se você segue uma rotina de skincare, o creme deve ser utilizado depois do tônico.

Quem pode usar Bidens pilosa na pele?

Diferentemente do retinol convencional, o Picão Preto como dermocosmético não favorece a irritação na pele. Portanto, peles sensíveis que também queiram aproveitar os benefícios de Bidens pilosa, como mais firmeza na pele, podem utilizar os dermocosméticos com essa planta!

Apenas um alerta: dermocosméticos com Bidens pilosa não contém apenas esse componente. Portanto, atente-se aos demais elementos na composição para checar se a sua pele não tem hipersensibilidade a algum deles. 

terça-feira, setembro 19

COMO A ANSIEDADE PODE AFETAR O RELACIONAMENTO AMOROSO:

A ansiedade atrapalha muitas áreas da vida, principalmente nos relacionamentos quando falamos em ansiedade no amor. O pensamento acelerado, a falta de paciência e o querer resolver tudo na hora atrapalha demais.


Conteúdos:

A ansiedade no amor;
A grandiosidade da ansiedade no amor;
A ansiedade no amor e as emoções reprimidas;
O relacionamento tóxico;
Conclusão;                                       

A ansiedade no amor:

O ansioso quer resolver tudo e ao mesmo tempo sem plano algum. Às vezes é sensível, outras vezes é agressivo ou desligado. Mil pensamentos surgem e arrastam a pessoa para um furacão de emoções. Uma lembrança que surge, um mal entendido, algo que nem foi naquele momento pode arrastar para uma crise.

O pensamento fica no passado, ainda que nem seja tão um passado remoto,e entre segundos atrás ou anos o ansioso volta ao que o fez mal por alguma lembrança ou ação do outro. O tempo passa, mas a ferida fica e com ela o medo de acontecer de novo vai gerando crises de ansiedade. Quando uma crise vem, ele esquece do espaço do outro.

Esquece até do próprio espaço, e acaba sendo levado por um redemoinho de lembranças e incertezas. O medo vem, a fragilidade vem, a tristeza e a insegurança. O casal só percebe o caos quando a crise passa, e os envolvidos ficam machucados. Palavras que não querem dizer, atitudes que não querem tomar, pensamentos que não querem ter em mente.

A grandiosidade da ansiedade no amor:

Quando a ansiedade vem parece um caminhão atropelando tudo, levando tudo pela frente. É necessário ter as rédeas do próprio pensamento e não se deixar abalar, porém, a dificuldade é a tempestade de pensamentos dentro. Quando um ansioso não sofre por algo do passado, acaba sofrendo por aguardar o futuro. Ele consegue pensar em mil coisas ao mesmo tempo, e se tiver pressão no momento isso pode mudar pra pior.

Quando surge um desentendimento ao invés de deixar a poeira baixar e dar espaço pro outro, os ansiosos acabam querendo dizer tudo na hora, resolver tudo na hora e por consequência pioram toda a situação. Quem é ansioso costuma não respeitar o espaço e o tempo do outro. Fora o costume de guardar os mínimos detalhes de coisas faladas ou situações.

Quem está de fora nem sempre consegue ver o sofrimento nisso, e julga um ansioso como uma pessoa grudenta, descontrolada, ou até fria por causa de algumas ações. Nem todo ansioso é explosivo ou consegue demonstrar o que sente e pensa. Existem pessoas que se fecham dentro de um casulo, e não deixam ninguém se aproximar dos seus sentimentos e pensamentos. Isso não significa que essa pessoa também não sofra, é apenas uma defesa.

A ansiedade no amor e as emoções reprimidas:

A pessoa sofre também, mas nada é externalizado. Ela guarda o furacão de emoções dentro dela, e por ser mais calada o parceiro pode julgar como uma pessoa fria. Principalmente porque uma hora a bomba explode, e pode ser de forma bem fria. Para se relacionar com um ansioso é necessário o parceiro tentar compreender todo o furacão de emoções dentro. O sofrimento é real, não é vitimismo ou cena.

É importante entender que os assuntos não resolvidos vão martelar nos momentos mais impróprios, e uma hora vira uma bola de neve. É importante dar espaço para entender as emoções e digerir o ocorrido, sem pressões, com limites bem claros. Discordâncias são comuns num relacionamento, mas com um ansioso além dos pensamentos dele, ele vai tentar imaginar os do parceiro, e se adiantar, e atropelar tudo mesmo sem querer, e se arrepender. E talvez se sentir culpado por tudo ter dado errado.

Deve haver muita compreensão dos dois lados, tentar apaziguar os ânimos e as emoções, e juntos decidir o melhor momento para conversarem. Um ansioso pode ser mais carente por não saber lidar com o que sente e pensar demais no futuro, e achar que ele sempre tem culpa de algo.

O relacionamento tóxico:

Depois de uma briga, a vontade enorme de resolver tudo e ficar em paz, porque nem sempre a paz é uma opção. Muitos pensamentos e incertezas rondam, agitação e inquietude. Às vezes é algo do passado que martela e pune, e o parceiro nem se dá conta disso. Um ansioso pode acabar entrando num relacionamento tóxico por ter sua autoestima abalada.

Ele acaba aceitando situações que não deveria por amar a pessoa e não se imaginar longe dela. Limites são ultrapassados, gerando mais ansiedade e traumas, e sempre um novo ciclo de abusos recomeça. Um parceiro tóxico pode acabar se aproveitando da vulnerabilidade emocional de uma pessoa ansiosa.

Geralmente uma pessoa ansiosa tem uma autoestima baixa e é uma dependente emocional, e acaba entrando facilmente em relacionamentos abusivos. O que pode ser considerado vitimismo ou manipulação pelo parceiro pode ser uma angústia ou sofrimento.

Conclusão:

O parceiro ansioso(ou casal) pode procurar ajuda profissional para conseguir ter uma relação saudável e evitar sofrimentos. Tente evitar brigas por acontecimentos passados, o que passou não volta mais e deve ser deixado no passado.

Mantenham o sentimento vivo, e o motivo pelo qual ficaram juntos. Lembre-se das qualidades do parceiro(a), e o que fez vocês  se apaixonaram.

Nos momentos de tensão nem sempre é bom conversar, o melhor é esperar os ânimos se acalmarem. Evitem falar as coisas no calor do momento, pois algumas pessoas esquecem mas os ansiosos não.

segunda-feira, setembro 18

EFEITOS HEPATOPROTETORES DA PLANTA MEDICINAL BACCHARIS TRIMERA FRENTE A MÚLTIPLOS FATORES DE RISCO:

A esteatose hepática não alcoólica é caracterizada por acúmulo de lipídeos no interior dos hepatócitos, mais frequente em diabéticos e obesos. O maior problema da doença é a progressão para cirrose e hepatocarcinoma, além de manifestações clínicas como hipertensão portal e insuficiência hepática. Devido à gravidade dessa doença é necessário o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos menos tóxicos e com potencial terapêutico como a Baccharis trimera que possui inúmeras atividades farmacológicas. Contudo, a sua atividade terapêutica frente à fatores de risco para doenças hepáticas como tabagismo, dislipidemia e diabetes mellitus nunca foi estudada. Assim, essa pesquisa investigou os efeitos da Baccharis trimera sobre esses fatores de risco associados. Foram utilizados ratos Wistar machos, com 90 dias, divididos em 6 grupos (n = 8) diabetizados com 60 mg/kg de estreptozotocina (via intraperitoneal), submetidos à dieta enriquecida com 0,5 % de colesterol e expostos à inalação da fumaça de 9 cigarros/dia/semana, durante 4 semanas. Nas últimas duas semanas os animais foram tratados com veículo, fração solúvel em etanol de Baccharis  trimera (30, 100 e 300 mg/kg), via oral (gavagem), ou com insulina (6UI, via subcutânea) e sinvastatina (2,5 mg/kg, via oral). Um grupo de animais normoglicêmicos (n = 8) foi alimentado com ração não enriquecida com colesterol e não foram expostos ao cigarro (C-). Ao término dos experimentos, o sangue foi coletado do plexo ocular para investigação das transaminases hepáticas. Após eutanásia, o fígado foi coletado, pesado e processado para as análises histopatológicas e para extração de lipídeos hepáticos. O modelo de estudo induziu esteatose hepática nos animais. Interessantemente, o extrato de B Baccharis trimera (30 e 100 mg/kg) diminuiu a quantidade de lipídeos hepáticos (colesterol e triglicerídeos), em comparação com os animais do grupo C+. O mesmo foi observado para o grupo insulina e sinvastatina. Em relação aos marcadores de dano hepático, observou-se aumento dos níveis de AST e ALT nos animais diabéticos, dislipidêmicos e tabagistas tratados com veículo em relação ao grupo C-. As três doses de Baccharis trimera foram eficazes em reverter este dano. No grupo de animais tratados com insulina e sinvastina os níveis das aminotransferases permaneceram elevados. Assim, esta espécie é promissora para futuros estudos que visem o desenvolvimento de um fitoterápico hepatoprotetor.

domingo, setembro 17

DOENÇAS QUE PARALISA O CORPO: " AS SETE MAIS CONHECIDAS "

A paralisia é uma condição na qual a pessoa perde parcial ou totalmente a capacidade de controlar seus músculos. É um dos problemas de saúde mais severos, pois impede ou limita a mobilidade de uma pessoa. Existem diversas doenças que podem causar paralisia e, neste artigo vou abordar algumas delas.  

O que é paralisia muscular? 

Primeiramente, entenda como funcionam os nossos músculos. Eles são um tecido essencial do corpo humano, formado por fibras entrelaçadas. Nesse sentido, essas fibras possuem a capacidade de contrair e relaxar. 

Nesse sentido, elas permitem que realizemos movimentos com outras estruturas do corpo, como ossos, tendões e articulações. Ou seja, sem os músculos, seria impossível executar qualquer movimento. 

Então, a paralisia muscular ocorre quando determinado grupo muscular não se contrai para que o movimento normal do corpo ocorra. Assim, a pessoa não é capaz de controlar adequadamente os seus músculos, em resultado, possui perda total ou parcial de seus movimentos.  

No geral, esta condição está atrela a alguma doença que paralisa o corpo e requer um tratamento de saúde adequado. Normalmente, esta condição é um dos sintomas para o mau funcionamento do sistema neurológico e muscular. 

Doença que paralisa o corpo:

Desse modo, é importante frisar que existem vários tipos de paralisia muscular, desde a permanente até a temporária. Dentre as doenças que paralisam o corpo, as principais são: 

ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica;
AVC – Acidente Vascular Cerebral;
Botulismo;
Miastenia; 
Síndrome de Guillain-Barré;
Poliomielite;
Neuropatia periférica.
1. ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica:
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa do sistema nervoso, que provoca paralisia motora progressiva, irreversível e limitante. Em 10% dos casos, é causada por um defeito genético, enquanto a causa dos outros 90% ainda é desconhecida.  

Em casos de ELA, os neurônios começam a perder sua capacidade de enviar sinais aos músculos. Como resultado, os músculos perdem força e começam a ter contrações involuntárias, comprometendo a movimentação dos braços, pernas e corpo.  

Ainda, nos casos de ELA, a condição tende a se agravar gradualmente, até que os músculos do peito não consigam mais realizar o trabalho necessário, até mesmo para a respiração. Dentre os principais sintomas desta doença que paralisa o corpo, estão: 

atrofia muscular localizada; 
ausência de dor; 
tremores musculares; 
perda de sensibilidade. 
2. AVC – Acidente Vascular Cerebral
Um AVC acontece quando há uma interrupção na circulação sanguínea para o cérebro. Assim dessa interrupção pode ser causado por um bloqueio ou um rompimento dos vasos sanguíneos que levam sangue ao cérebro, resultando na paralisia da área cerebral afetada.  

Nesse sentido, existem vários fatores de risco que podem contribuir para o fluxo sanguíneo inadequado, aumentando o risco de um AVC. Como, por exemplo: 

hipertensão; 
tabagismo e consumo de álcool; 
colesterol alto; 
histórico familiar de doenças cardiovasculares; 
sobrepeso e obesidade; 
sedentarismo; 
idade avançada. 
Em consequência dos danos cerebrais causados pelo AVC, pode resultar em:

diminuição ou perda súbita da força na face, ou membros de um lado do corpo;
alteração repentina da sensibilidade; 
dores de cabeça súbitas; 
perda de visão; 
alteração na fala; 
desequilíbrio corporal, com náuseas e vômitos. 
3. Qual o nome da doença que paralisa o corpo em razão de uma bactéria? Botulismo
A bactéria Clostridium botulinum produz uma potente toxina que causa o botulismo, uma doença rara e não contagiosa que afeta o controle motor. Esta condição pode entrar no organismo por meio de machucados, ou ainda pela ingestão de alimentos contaminados.  

O botulismo é uma doença que, se não tratada, pode levar à insuficiência respiratória, a principal causa de morte relacionada à doença. Além disso, as toxinas do botulismo são consideradas as mais tóxicas e letais de todas as conhecidas na medicina. 

4. Doença rara que paralisa o corpo: Miastenia
Em suma, a Miastenia é uma condição neuromuscular que interrompe o fluxo de informações entre os nervos e os músculos, o que resulta em fraqueza muscular. Desse modo, essa doença que paralisa o corpo impede que a pessoa realize seus movimentos de forma voluntária. 

A Miastenia, é uma doença rara e autoimune que afeta principalmente pessoas entre 30 e 60 anos, com maior prevalência em mulheres. É caracterizada por uma junção do nervo com o músculo que foi atacada erroneamente pelo sistema imunológico, resultando em sintomas variados e difíceis de diagnosticar. Dentre os principais sintomas estão: 

pálpebras caídas; 
dificuldade na fala, de mastigar ou engolir; 
fraqueza nos músculos dos membros inferiores e superiores; 
fadiga extrema; 
visão dupla. 
5. Doença que vai paralisando o corpo: Síndrome de Guillain-Barré
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença que paralisa o corpo, é autoimune e inflamatória dos nervos e suas porções próximas à medula espinhal. Dentre os principais sintomas são caracterizados por uma fraqueza muscular progressiva, formigamento e até mesmo paralisia, podendo levar a uma insuficiência respiratória grave. 

Em suma, a Síndrome de Guillain Barré é um distúrbio neurológico que afeta os nervos dos braços e das pernas. Embora seja conhecido que esta síndrome pode ser causada pelo vírus zika, existem outras causas que podem desencadear o problema, como infecções virais, bacterianas respiratórias ou intestinais. 

Normalmente, a doença progride rapidamente, alcançando seu pico durante a segunda ou terceira semana, antes de começar a melhorar lentamente. Nesse sentido, pode levar meses para que o paciente seja considerado totalmente recuperado. Porém, infelizmente, alguns casos podem se tornar crônicos ou recorrentes. 

6. Poliomelite:

A Poliomielite é uma condição infecciosa provocada pelo vírus poliovírus. Vírus este que se dissemina, principalmente, através do contato direto com outra pessoa contaminada, bem como por contato com secreções respiratórias, como saliva, catarro e fezes.  

Embora a Poliomielite possa resultar em paralisia ou mesmo morte, muitos que contraem o vírus não desenvolvem sintomas, os quais podem passar despercebidos. Crianças e adultos podem ser acometidos pela doença, embora ela também seja conhecida como “paralisia infantil”. Vale ressaltar que vacinar é a única maneira de se proteger, todas as crianças com menos de cinco anos devem ter a vacinação aplicada, conforme informação do Ministério da Saúde. 

7. Neuropatia periférica:

A última doença que paralisa o corpo de nossa lista é a neuropatia periférica. Em suma, é uma condição que afeta os nervos periféricos, responsáveis por transmitir impulsos nervosos do cérebro e da medula espinhal ao longo do corpo.  

Nesse sentido, a neuropatia periférica é a forma mais comum de neuropatia e pode causar danos irreversíveis se não detectada e tratada a tempo. Esta doença pode afetar os nervos sensoriais, motores e do sistema nervoso autônomo, levando a sintomas incapacitantes que reduzem a qualidade de vida. 

A neuropatia apresenta sinais e sintomas que variam dependendo do nervo afetado. Os efeitos da neuropatia dependem também se a lesão acomete um ou vários nervos, ou todo o organismo. Dentre os principais sintomas desta doença que paralisa o corpo, estão: 

intolerância ao calor; 
sensibilidade intensa; 
dormência e formigamento;
paralisia; 
dores intensas; 
câimbras; 
fraqueza muscular; 
azia e náuseas; 
falta de coordenação;
problemas sexuais. 
Portanto, como visto, embora existam inúmeras doenças que podem paralisar o corpo, as 7 mais conhecidas aqui destacadas são doenças graves e podem afetar drasticamente a qualidade de vida das pessoas. Desse modo, é importante estar ciente destas doenças e procurar ajuda do profissional de saúde no caso de sintomas relacionados. 

sábado, setembro 16

O QUE É SÍNDROME DA PESSOA RÍGIDA E ESPASMOS MUSCULARES? VAMOS ENTENDER?

A síndrome da pessoa rígida é uma condição neurológica autoimune extremamente rara - embora não se conheça a sua incidência exata, estima-se que afeta cerca de uma pessoa em cada milhão. Dois dos seus sintomas mais característicos são a rigidez muscular e os espasmos musculares associados a dor.

Existem diferentes tipos de síndrome da pessoa rígida, definidos com base nas suas manifestações físicas e clínicas, mas o mais comum é a síndrome clássica da pessoa rígida.

Esta síndrome surge mais frequentemente entre os 30 e os 60 anos, mas já foram registados casos tanto em crianças como em adultos mais velhos. Pode afetar pessoas de ambos os sexos, embora as mulheres apresentem o dobro do risco de desenvolver a síndrome comparativamente aos homens.

A síndrome da pessoa rígida está associada a outras doenças autoimunes, tais como:

Doença celíaca;
Diabetes tipo 1;
Anemia perniciosa;
Doença autoimune da tiroide;
Vitiligo;

Sintomas da síndrome da pessoa rígida
A severidade da sintomatologia da síndrome da pessoa rígida varia de caso para caso e, embora a idade mais comum para o desenvolvimento de sintomas seja entre os 30 e os 40 anos, estes podem surgir em qualquer fase da vida. Podem também desenvolver-se desde alguns meses a anos e em algumas pessoas a sintomatologia permanece inalterada durante anos. Além disso, os sintomas podem agravar-se lentamente com o tempo, limitando a capacidade de executar atividades da rotina diária.

A síndrome da pessoa rígida tem como principais sintomas a rigidez muscular e repetidos episódios de espasmos musculares dolorosos.

Os espasmos podem envolver todo o corpo ou apenas uma região e ocorrer sem qualquer causa definida ou ser provocados por situações / eventos como:

Ruído inesperado ou muito intenso
Contacto físico
Alterações de temperatura, como ambientes frios
Situações de elevado stress.
 
Os espasmos musculares podem ser tão fortes que deslocam articulações ou causam fraturas ósseas e/ou durar apenas alguns segundos, minutos ou, ocasionalmente, algumas horas.

Uma vez que os espasmos musculares podem ser imprevisíveis, algumas pessoas com síndrome da pessoa rígida desenvolvem ansiedade e agorafobia (medo extremo de, por exemplo, sair de casa ou ir a locais com muitas pessoas).

Contudo, importa referir que os sintomas iniciais podem incluir desconforto com dor associada, rigidez (que pode ir aparecendo e desaparecendo, tornando-se gradualmente constante) ou dor, especialmente na região lombar ou nas pernas.

Na maioria dos casos, a primeira zona do corpo a ser afetada pela rigidez é o tronco (isto é, o abdómen, costas e peito). À medida que a síndrome da pessoa rígida progride, desenvolve-se rigidez nos músculos das pernas e neurológica, que é normalmente assimétrica (isto é, mais pronunciada numa das pernas).

Outros possíveis sintomas da síndrome da pessoa rígida incluem:

Alterações de postura
Dificuldades de mobilidade
Stress e ansiedade
Potenciais complicações respiratórias.
 
Causas:

Não se conhecem as causas exatas da síndrome da pessoa rígida, mas a comunidade científica descreve-a como uma condição autoimune (ou seja, em que o sistema imunitário ataca células saudáveis por motivos desconhecidos).

Verifica-se que muitas pessoas que sofrem de síndrome da pessoa rígida produzem um tipo de anticorpos, o descarboxilase do ácido glutâmico, que desempenha um papel na produção de um neurotransmissor, o ácido gama-aminobutírico, que ajuda a controlar os movimentos musculares. Ainda assim, ainda não se compreende o papel exato deste anticorpo no desenvolvimento e progressão da síndrome da pessoa rígida nem a sua presença indica necessariamente doença. Além disso, existem outros tipos de anticorpos que podem estar associados à síndrome da pessoa rígida, como, por exemplo, o recetor de glicina. Existe ainda um outro cenário: o de sofrer desta síndrome, mas não ter anticorpos detetáveis que sejam já conhecidos. A investigação na tentativa de descobrir potenciais anticorpos é contínua.

Diagnóstico:

Uma vez que é rara e envolve sintomas semelhantes aos de outras doenças - como tétano, espondilite anquilosante, esclerose múltipla, doença de Parkinson, fibromialgia, ansiedade, doença psicossomática e outras condições autoimunes -, a síndrome da pessoa rígida é de difícil diagnóstico. Na verdade, leva em média sete anos a ser diagnosticada.

Não existe um teste único que permita diagnosticar esta condição e, por isso, além de colocar questões sobre os sintomas e fazer um exame físico e neurológico, o profissional de saúde pode recorrer a vários testes para a confirmação do diagnóstico, como:

Análises ao sangue para deteção de anticorpos descarboxilase do ácido glutâmico, que estão presentes em cerca de 70-80% das pessoas com esta síndrome. As análises ao sangue também podem ser usadas para detetar outros anticorpos relevantes assim como outros sinais que possam confirmar o diagnóstico ou excluir outras doenças. No entanto, é importante ter em consideração que a presença de elevados níveis destes anticorpos não determina por si só o diagnóstico de síndrome da pessoa rígida.
Eletromiografia: é um exame que estuda a atividade elétrica dos músculos.
Punção lombar: consiste na recolha de líquido cefalorraquidiano para verificar a presença de anticorpos descarboxilase do ácido glutâmico.

Tratamento da síndrome da pessoa rígida:

Não existe ainda uma cura para a síndrome da pessoa rígida, ainda assim o tratamento pode ajudar não só a gerir os sintomas individuais, mas também a tornar mais lenta a progressão deste problema.

Caso não seja tratada, a síndrome da pessoa rígida pode progredir causando dificuldades de locomoção e ter um impacto significativo no desempenho de tarefas do dia a dia. Pode também evoluir para o desenvolvimento de complicações graves. A equipe clínica que acompanha o doente é multidisciplinar e pode incluir especialistas como neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala e especialistas em saúde mental.

O tratamento da síndrome da pessoa rígida é sintomático e tem como grande objetivo a promoção de mobilidade e conforto.

Em algumas pessoas, os seus sintomas estabilizam com a toma de medicação, que tem como objetivo contribuir para a diminuição da rigidez e dos espasmos musculares com dor. Entre os medicamentos podem incluir-se:

Benzodiazepinas: são usados para tratar a rigidez muscular e os espasmos episódicos.
Relaxantes musculares: podem ajudar no alívio dos espasmos musculares.
Medicamentos para a dor neuropática.
Anticonvulsivantes: medicamentos usados tradicionalmente nas doenças com convulsões e que podem ajudar na gestão da dor.

Devem ser evitados medicamentos como: antidepressivos tricíclicos, opioides e inibidores da recaptação da serotonina.

A imunoterapia também pode ser uma opção terapêutica e consiste no uso de medicação ou de outras intervenções que são dirigidas a anomalias específicas no funcionamento do sistema imunitário. Existem algumas evidências que demonstram que o tratamento intravenoso com imunoglobulina (anticorpos naturais que o sistema imunitário produz e que, para esta terapia, são obtidos através de doadores com sistemas imunitários saudáveis) pode, em alguns casos, melhorar os sintomas.

Outras terapias não farmacológicas que também podem ser úteis:

Fisioterapia
Alongamentos
Massagem
Hidroterapia
Terapia com calor
Acupuntura
Ioga
Meditação
 
Além disso, para o tratamento da ansiedade e da depressão podem ser prescritas psicoterapia, terapia cognitivo-comportamental ou medicação.

O prognóstico da doença varia de pessoa para pessoa com base nalguns fatores, incluindo:

Severidade dos sintomas
Velocidade de progressão da doença
Eficácia do tratamento.
 
Com o tempo, caminhar pode tornar-se progressivamente mais difícil e alguns doentes podem precisar do auxílio de uma bengala, andarilho ou cadeira de rodas. Pode também haver um gradual aumento da dificuldade em desempenhar tarefas do dia a dia e um aumento do risco de quedas.

Iniciar o tratamento pouco tempo após o início dos sintomas é essencial para prevenir ou diminuir a progressão da síndrome da pessoa rígida e evitar complicações a longo prazo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Prevenção:

A síndrome da pessoa rígida é um problema autoimune e não existem estratégias que permitam prevenir o seu desenvolvimento.

sexta-feira, setembro 15

SARCOPENIA: ENVELHECER E NATURAL, MAS PERDER MÚSCULO NÃO!

Como a nutrição, exercícios e alimentação contribuem para a saúde do músculo ao longo dos anos. A sarcopenia, perda drástica de massa e força muscular, é comum entre idosos, reduzindo a autonomia, a independência e a qualidade de vida.

Para mensurar a força e a massa muscular você não precisa ser um levantador de peso, e muito menos participar de uma disputa para ver quem tem um bíceps maior. E, na verdade, nem deve. O importante é ter em mente que a saúde muscular é fundamental para uma vida ativa, principalmente na fase adulta, em que os músculos começam a ficar comprometidos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente 45% dos idosos apresentam perda muscular, como mostra uma pesquisa sobre Envelhecimento do Centro de Nutrição e Pesquisa Humana do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos, realizada pela Universidade de Tufts. O Brasil carece de dados nacionais, mas de acordo com um estudo realizado no Estado de São Paulo com 1.149 pessoas, a sarcopenia foi diagnosticada em 30,5% dos casos, sendo mais prevalente entre as mulheres, registrando 16,1%.

A perda de massa muscular começa aos 40 anos e diminui a força, a energia e a mobilidade, bem como aumenta gradativamente o risco de quedas, doenças e problemas de saúde. Nesta fase, uma alimentação adequada rica em proteínas e nutrientes específicos (como o HMB) pode contribuir para prevenir a degradação muscular. Pouco conhecido, o HMB (beta-hidroxi-beta-metilbutirato) é um ingrediente de preservação muscular, produzido pelo próprio corpo, e encontrado em alguns alimentos. “O HMB, quando combinado com proteínas e vitamina D é capaz de estancar a degradação muscular, prevenindo ou amenizando a perda de funcionalidade, bem como assegurando mais qualidade de vida e um envelhecimento saudável.

Conforme você envelhece, alterações hormonais podem contribuir para a forma como o seu corpo constrói e recupera os músculos, e no caso de pessoas com sarcopenia, a maioria está ligada a uma alimentação inadequada, bem como à inatividade – seja por falta de exercícios físicos, por uma hospitalização ou por conta de problemas de saúde existentes.

Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism2, nos Estados Unidos, mostrou que adultos saudáveis inativos perderam 2% de massa muscular magra das pernas em um período de 28 dias. Enquanto isso, em outro estudo 3 de idosos saudáveis, os pacientes perderam até 10% da massa magra das pernas – e isso em apenas 10 dias. “No processo de envelhecimento é natural que ocorram transformações no corpo, mas é fundamental que a saúde muscular seja preservada”.

Conheça quatro maneiras de manter a saúde muscular em dia:

Consuma mais proteína: todo músculo é composto por proteína, mas conforme envelhecemos o organismo precisa de mais proteína para formar a mesma quantidade de músculo, já que o corpo se torna menos eficiente em processá-la.⁴  Assim, inclua alimentos ricos em proteína, como peixes, carnes magras, ovos, quinoa, leguminosas em todas as refeições e lanches. Além disso, preste atenção em seus níveis de vitamina D, níveis menores podem afetar a sua força muscular.

Acrescente peso aos treinos: se um estilo de vida sedentário é a causa da perda muscular, um treino de força é a solução.Toda vez que levantamos, empurramos ou puxamos um peso, criamos fissuras microscópicas em nossos músculos. O corpo, então, responde enviando sinais para que nossos músculos sejam reparados – e alguns deles são. Sendo assim, voltamos para o treino seguinte e para tarefas de rotina com mais força e massa muscular.

Faça algum exercício aeróbico: embora não sejam conhecidos por aumentarem sua massa muscular, os exercícios aeróbicos podem ajudar a manter os músculos saudáveis e o coração forte ao longo dos anos. 

Aumente seus níveis de HMB: como mencionado, o HMB é um composto natural vital para a saúde muscular. O corpo produz esse composto quando quebra a leucina, um aminoácido encontrado em alimentos ricos em proteína. O HMB também é naturalmente produzido em alimentos como abacate, por exemplo. Ele avisa ao corpo para preservar as células musculares existentes, principalmente quando o organismo está sob estresse que causa a perda muscular. Ele também promove ganho muscular adicional e estimula a recuperação pós-atividade física de forma mais rápida.

Envelhecer é natural, mas a perda muscular não.  Podemos prevenir essa perda, mas sempre tendo em mente que é fundamental procurar um profissional de saúde ou especialista antes de iniciar o uso de suplemento ou até mesmo mudar a dieta alimentar." DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA".

quinta-feira, setembro 14

O QUE É HISTÓLOGIA VEGETAL?

A histologia vegetal é a ciência que estuda os tecidos dos vegetais.

Compreende o estudo das características, organização, estrutura e funções dos tecidos vegetais.

Tecido é o conjunto de células morfologicamente idênticas que desempenham a mesma função.

As plantas podem apresentar duas formas de crescimento: o primário, que corresponde ao crescimento em altura e o secundário, o crescimento em espessura. Existem plantas que apresentam apenas o crescimento primário, como algumas monocotiledôneas.

O crescimento das plantas está relacionado com a formação de tecidos vegetais. Para isso, é preciso que ocorra o processo de diferenciação celular.

Nas plantas, as células que se diferenciam para originar tecidos são chamadas de meristemáticas.

As células meristemáticas são indiferenciadas, sofrem sucessivas mitoses, acumulam-se e posteriormente, diferenciam-se em tecidos.

Os tecidos vegetais são divididos em: Tecidos meristemáticos ou de formação e Tecidos adultos ou permanentes, com funções específicas.

Tecidos Meristemáticos
As células meristemáticas formam o tecido meristemático ou meristemas, presentes nas partes das plantas em que ocorre crescimento por multiplicação celular.

Os meristemas são responsáveis pelo crescimento do vegetal e formação dos tecidos permanentes.

O tecido meristemático pode ser do tipo primário ou secundário.

Tecido Meristemático Primário
O tecido meristemático primário promove o crescimento em altura da planta. É abundante nas gemas apicais, da raiz e do caule, e nas gemas laterais do caule.

Os tecidos meristemáticos primários são: a protoderme, o procâmbio e o meristema fundamental.

A protoderme é o tecido que reveste externamente o embrião e dará origem a epiderme, o primeiro tecido de revestimento da planta.

O procâmbio dará origem aos tecidos vasculares, xilema e floema primários.

O meristema fundamental se forma logo abaixo da protoderme e dará origem ao córtex, constituído pelo parênquima e os tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima.

Meristema Apical
Meristema apical recoberto pela coifa. Na região mais externa encontramos a protoderme e na mediana, o meristema fundamental.

Tecido Meristemático Secundário
O tecido meristemático secundário promove o crescimento em espessura da planta (crescimento secundário).

Os tecidos meristemáticos secundários são: o câmbio e o felogênio.

O câmbio origina o xilema e floema secundários.

O felogênio origina o súber e a feloderme.

Você deve sempre lembrar que os tecidos meristemáticos primários, originam tecidos primários. Enquanto que os tecidos meristemáticos secundários, originam tecidos secundários.

Tecidos Adultos
Os tecidos adultos ou permanentes são diferenciados e classificam-se conforme a função que desempenham. Nesse caso, podem ser de revestimento, preenchimento, sustentação e condução.

Tecidos de Revestimento
As plantas apresentam os tecidos de revestimento para a proteção de folhas, raízes e caules.

Os tecidos de revestimento são a epiderme e a periderme (súber, felogênio e feloderme).

A epiderme é constituída por uma camada de células vivas intimamente ligadas e clorofiladas. Nas folhas, as células da epiderme secretam a substância cutina, que forma uma cutícula de lipídios e impede a perda de água excessiva por transpiração.

A epiderme pode apresentar alguns tipos de anexos:

Estômatos: permite a troca gasosa com o ambiente durante a fotossíntese e respiração.
Hidatódios: estruturas localizadas nas bordas das folhas que eliminam o excesso de água da planta.
Tricomas: presentes em plantas xerófitas, reduzem a perda de água pelos estômatos, quando se abrem para realizar as trocas gasosas.
Pêlos absorventes: encontrados na zona pilífera da raiz, auxiliam na absorção de água e sais minerais.​​​​
Acúleos: estruturas pontiagudas e rígidas, muitas vezes confundidas com espinhos, que conferem proteção à planta.
A periderme é um tecido vivo. Representa o revestimento das raízes com crescimento secundário. É constituída pelos tecidos dérmicos súber, felogênio e feloderme.

Entre as estruturas da periderme estão: as lenticelas e o ritidoma. As lenticelas são aberturas na periderme que permitem a circulação do ar. Os ritidomas constituem as camadas mais superficiais da periderme, que quando morta, se destaca do caule da planta.

Tecidos de Preenchimento
São tecidos formados por células que preenchem os espaços entre os tecidos de revestimento e os tecidos condutores.

Os tecidos de preenchimento são representados pelos parênquimas, encontrados em todos os órgãos da planta.

O parênquima é formado por células vivas com grande capacidade de diferenciação e podem ter variados tipos:

Parênquima de Preenchimento: realiza o preenchimento entre os tecidos. Exemplo: Córtex e medula do caule.

Parênquima Clorofiliano: auxilia no processo de fotossíntese. É encontrado nas folhas e pode ser de dois tipos, o paliçádico e o esponjoso.

Parênquima de Reserva: armazena substâncias, como amido, óleos e proteínas.

De acordo, com a substância armazenada, têm-se denominações diferenciadas:

Quando armazena amido, chama-se parênquima amilífero. Exemplo: tubérculos, como a batata.

Quando armazena água, chama-se parênquima aquífero. Esse tecido é comum em plantas xerófitas.

Quando armazena ar, chama-se parênquima aerífero. Um exemplo são as plantas aquáticas. É o parênquima aerífero que permite que essas plantas possam flutuar.

Localização dos tecidos vegetais
Localização do parênquima, procâmbio e epiderme

Tecidos de Sustentação
Originados do meristema fundamental, esses tecidos são encontrados nas folhas, frutos, caule e raiz.

Os tecidos de sustentação são o colênquima e o esclerênquima.

O colênquima é constituído por células vivas, alongadas e ricas em celulose. Estão presentes nas partes mais jovens das plantas, logo abaixo da epiderme. Confere flexibilidade aos órgãos vegetais.

Colênquima
Colênquima na região colorida de azul:

O esclerênquima é constituído por células mortas, lignificadas e alongadas. Estão presentes nas partes mais antigas das plantas.

Tecidos de Condução
Os tecidos condutores são responsáveis pelo transporte e distribuição de água e substâncias pelo corpo da planta.

Os tecidos condutores são o xilema e o floema.

O xilema e floema podem ser primários ou secundários. Os primários originam-se do procâmbio e os secundários do câmbio vascular.

O xilema, também chamado de lenho, é constituído por células mortas e com parede celular reforçada por lignina. Esse tecido é responsável por conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) das raízes até as folhas. Suas principais células são as traqueides e os elementos do vaso.

O floema, também chamado de liber, é constituído por células vivas. O floema transporta a seiva elaborada (matéria orgânica) das folhas até o caule e raízes. Suas principais células são os tubos crivados e as células companheiras.

terça-feira, setembro 12

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA FIBROMIALGIA? TRATAMENTO E O LADO EMOCIONAL:

Neste artigo irei falar de uma dor conhecida por “andar” pelo nosso corpo: a Fibromialgia. Uma hora ela está aqui, outra hora está ali, mas nunca acaba. Você vai no médico, faz exame, e os resultados não apontam nada, apesar de você continuar sentindo. Se você se encaixa ou conhece alguém nessa descrição, é possível que seja Fibromialgia mesmo. 

Fibromialgia em números:

Hoje nosso tema é dolorido: fibromialgia. Mas antes de entendermos mais a fundo sobre essa síndrome, veja abaixo alguns dados para compreender a dimensão do impacto da Fibromialgia na população brasileira:

37% dos brasileiros vive com algum tipo de dor crônica2,5% dos brasileiros tem fibromialgia10% dos brasileiros que se consultam com reumatologista tem fibromialgia90% das pessoas com fibromialgia são mulheresA maioria dos casos são entre os 35 e 55 anos50% dos fibromiálgicos apresentam também depressão

O que é a Fibromialgia?

A Fibromialgia também é conhecida como Síndrome de Fibromialgia, Síndrome de Joanina Dognini e, popularmente, como Fibro.

Trata-se da sensação constante de dores musculares generalizadas pelo corpo inteiro, sem causa aparente. Além de dor, são relatadas sensações de fraqueza, sensibilidade e alterações de humor decorrentes do estresse e dor crônicas.

Hoje, há o CID 10 M79.7 para caracterizar a síndrome. Ela é tão dolorosa que existe até projeto de lei no Brasil para incluir o paciente que sofre de Fibromialgia como PCD (Pessoa com deficiência) .

É uma síndrome complexa, caracterizada por uma dor crônica de origem desconhecida, que atinge músculos, tendões e articulações de todo o corpo. Ela pode durar alguns anos ou a vida inteira. É uma condição comum, ficando atrás apenas da artrite, quando se trata de doenças musculoesqueléticas. Apesar disso, geralmente é mal diagnosticada e mal entendida, devido à sua complexidade.

Durante muito tempo, os pacientes com fibromialgia visitavam médicos de várias especialidades e faziam diversos exames mas nunca encontravam nada, pois não há lesão nem inflamação no corpo. Eles chegavam até a pensar que a dor vinha da imaginação, então procuravam psicólogos para “consertar a mente”.

Com o passar do tempo, estudos começaram a apontar que a fibromialgia, na verdade, está ligada à forma exagerada que o cérebro recebe os estímulos de pressão e processa a dor. Sendo assim, um simples abraço, um aperto de mão, ou qualquer pressão um pouquinho mais intensa já desencadeia uma dor intensa.

Hoje em dia já existem exames específicos feitos em estudos de neurociência que conseguem mostrar imagens dos cérebros de pessoas com e sem fibromialgia, concluindo que o fibromiálgico tem mais neurotransmissores de dor que o normal.

O que ainda não foi descoberto é a razão da maiorias das pessoas com fibromialgia serem do sexo feminino (a cada 10 pacientes, de 7 a 9 são mulheres). O que se sabe é que não parece haver uma relação com hormônios, pois a doença pode ocorrer em qualquer idade, até em crianças.

Para resumir, a Fibromialgia é caracterizada por:Dor difusa em músculos, tendões e articulaçõesNão há causa aparente para a dor O sexo feminino é o mais atingidoÉ uma síndrome complexa e crônica Dura anos ou a vida inteira Não há cura, embora exista tratamento.

Sintomas da Fibromialgia:

Há diversos sintomas que podem aparecer nas pessoas com fibromialgia, mas o principal é a dor generalizada espalhada pelo corpo todo e articulações.

É uma dor intensa, com duração de pelo menos 3 meses. A pessoa normalmente não se lembra quando começou, nem se começou em algum local específico ou se já começou no corpo todo. Ela costuma ficar pior no final do dia, por conta da rotina puxada, mas pode aparecer de manhã também. Como a dor aparece aos poucos, o paciente começa a ficar habituado à ela, sem ficar demonstrando aos outros o que está sentindo.

Outros sintomas que podem aparecer na fibromialgia são:

Grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura: muitos pacientes não toleram ser agarrados ou abraçados; Sono não reparador: essa condição afeta 95% dos pacientes e faz com que a pessoa tenha um sono superficial ou interrompido. Sem o sono profundo, o corpo não descansa e a pessoa acorda já cansada, mesmo que tenha dormido por bastante tempo. Isso faz aumentar a fadiga, a contração muscular e a dor; Distúrbios do sono: como a síndrome das pernas inquietas (desconforto grande nas pernas que faz com que a pessoa queira esticá-las e andar) ou apneia (parar de respirar durante o sono); Cansaço e fadiga constante: sintoma que vai além da fadiga causada por sono não reparador. Os fibromiálgicos apresentam tolerância baixa a exercícios, o que pode dificultar o tratamento; Alterações cognitivas: dificuldade de atenção e concentração, falta de memória, raciocínio lento e problemas de linguagem. Isso acontece porque o cérebro tem que ficar lidando com a dor constante, então acaba prejudicando outras de suas tarefas; Sensibilidade diversa: como a fibromialgia ocorre devido à amplificação da dor no sistema nervoso central, outros estímulos acabam sendo amplificados também. Por exemplo: incômodos gastrointestinais (ocorridos em 60% dos pacientes), dores de cabeça, bexiga sensível, Síndrome de Raynaud (alteração da cor das mãos e pés quando em situações de frio ou estresse) e sensibilidade a barulhos altos e cheiros fortes;Isolamento e falta de prazer nas coisas que gostava antes: isso ocorre por conta da dor constante, que ocupa toda a mente da pessoa fibromiálgica  ;Inchaço: a fibromialgia em si não causa inchaço, mas ele pode ocorrer devido à contrações musculares por causa da dor; Depressão e ansiedade: metade das pessoas com fibromialgia apresentam depressão e essa condição piora o sono, diminui a disposição para fazer exercícios, aumenta a fadiga e a sensibilidade do corpo.Fibromialgia, Diagnóstico:

Se você tem dúvida de como é feito o diagnóstico de uma síndrome tão complexa, vamos explicar com detalhes a história do diagnóstico de Fibromialgia.

Até os anos 90, a fibromialgia era diagnosticada a partir de um exame físico desenvolvido por 20 reumatologistas para testar a sensibilidade dos pacientes. Nesse exame, o médico deveria pressionar 18 pontos do corpo do paciente e, se ele apresentar dor em mais de 11 pontos, teria o diagnóstico de fibromialgia.

Hoje em dia, alguns médicos reumatologistas ainda fazem isso, mas também levam em consideração o relato do paciente sobre os outros sintomas, mesmo que a pessoa não tenha dor em muitos pontos.

Exames são pedidos apenas para avaliar as condições gerais do paciente e descartar hipóteses de outras doenças que podem ter sintomas parecidos, como artrite reumatóide, polimialgia reumática, espondilites, hipotireoidismo e mieloma múltiplo.

É possível ver a reação exagerada do cérebro em um exame chamado Ressonância Magnética Funcional, mas ele é muito caro, trabalhoso e precisa de profissionais muito especializados e experientes para realizá-lo corretamente. Por isso, esse exame acaba sendo utilizado apenas em estudos.

Causas da Fibromialgia:

Ainda não se sabe exatamente se há uma causa da fibromialgia, mas existem alguns fatores em comum em alguns pacientes:

Fator genético: a fibromialgia é recorrente em pessoas da mesma família, por isso, caso exista algum caso na família, é bom prestar atenção;Traumas psicológicos e estresse: problemas como traumas na infância, perdas, términos de relacionamentos, problemas profissionais e em casa;Traumas físicos: acidentes de carro, principalmente os que afetam a região do pescoço; Distúrbios psicológicos: depressão e ansiedade são comuns nos pacientes fibromiálgicos, podendo desencadear a doença ou ser uma consequência dela;Menos fibras nervosas: os pacientes com fibromialgia apresentam menor densidade de fibras nervosas na pele;Infecções: a fibromialgia pode aparecer logo após infecções bacterianas ou virais.Fibromialgia e o estigma de gênero

Como a maioria das pessoas com fibromialgia são do sexo feminino, a doença foi transformada em uma característica do gênero, tachando as pacientes de dramáticas, que estão com TPM ou imaginando a dor. Mas essa síndrome não é drama de mulher!

Por conta desse preconceito, várias gerações de mulheres passaram a vida com dor, sem diagnóstico e em silêncio. Dessa forma, a depressão causada pela doença se agrava, piorando a dor no corpo e formando um ciclo onde um sintoma piora o outro.

Pesquisas ainda estão sendo feitas para descobrir por que o sexo feminino tem mais fibromialgia, mas não há nada confirmado ainda. Há a possibilidade da doença estar ligada à serotonina, que é um neurotransmissor que influencia o sono, o ritmo cardíaco, a produção de hormônios, o processamento da dor e outras funções fisiológicas importantes.

Existe ainda a possiblidade de pessoas do sexo masculino desenvolverem fibromialgia, embora sejam 10% do total de pacientes com diagnóstico. Esses pacientes também merecem um diagnóstico preciso e cuidados adequados, por mais que representem uma taxa menor do que pacientes do sexo feminino. Se você se identifica com os sintomas, aborde a possibilidade com médicos de sua confiança para mais investigações.

Fibromialgia e Depressão:

As duas doenças se agravam como se fosse um ciclo, no qual a fibromialgia é causada ou desencadeia a depressão, que por sua vez, piora os sintomas da fibromialgia.

O mal estar generalizado e dores crônicas causam anormalidades no sistema nervoso, alterando a forma como os pacientes lidam com o estresse. Então os pacientes começam a se isolar, ter picos de ansiedade, sentir falta de energia e ter sentimentos de culpa, piorando a depressão. Afinal, pacientes também se isolam por não receberem empatia e compreensão de outras pessoas (seja família, amigos ou colegas e chefes no trabalho), além da possibilidade dos ambientes não serem confortáveis para tais pacientes devido a falta de lugar para sentar, estresse por barulho, multidões...

Quando o fibromiálgico tem depressão, ele passa por mais dificuldades no tratamento, pois é preciso tratar as duas doenças juntas. 

Tratamento da Fibromialgia:

A fibromialgia não tem cura, mas não oferece risco de vida e seus sintomas podem ser controlados de forma que a pessoa possa ter uma vida normal e ativa. Em alguns casos, os sintomas diminuem a ponto de praticamente desaparecer, mas em outros, é necessário fazer um controle por toda a vida. Entender isso é fundamental para que o paciente leve o tratamento da melhor forma possível.

Por isso, não desanime! Você merece qualidade de vida.

Há medidas que podem ser adotadas pela própria pessoa no dia a dia, que controlam a maior parte dos sintomas, como:

Atividades físicas: a prática regular de atividades físicas é a melhor forma de controlar as dores da fibromialgia. Podem ser atividades tanto aeróbicas quanto as anaeróbicas, como fisioterapia, pilates, caminhada, alongamento, natação, musculação e até uma corrida leve. A dor diminui porque os exercícios liberam endorfina, melhorando o fluxo do sangue e trazendo um relaxamento corporal. Além disso, os exercícios vão melhorar o humor, a qualidade de vida, a depressão, a ansiedade, o sono e a fadiga;

Alimentação saudável: os alimentos ajudam na fibromialgia de acordo com as substâncias presentes neles, como triptofano e melatonina. Confira abaixo uma listagem que podem serem recomendados.

Alimentos ricos em triptofano: arroz integral, mel, carnes magras, iogurte desnatado, queijos brancos, leguminosas, nozes, damasco, açaí, banana.Alimentos ricos em melatonina: amendoim, aveia, cereja, vinho.Alimentos antioxidantes: frutas como açai, goji berry, maçã; verduras, chá verde, cúrcuma, cacau.Alimentos que atuam na redução do estresse/cortisol: abacate.Suplementos coadjuvantes: ômega 3, óleo de prímula, resveratrol, coenzima Q10 e complexo B.Também é bom diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados, açúcar, gordura, cafeína e corante.

Bons hábitos para controle de estresse: praticar meditação ou participar de algum grupo de apoio pode ajudar a pessoa a compreender e lidar com a doença, conseguindo apoio e autoconhecimento.

Com relação ao tratamento com profissionais da saúde, o ideal é fazer um tratamento multifuncional, pois cada profissional vai ser responsável por uma parte dos sintomas, podendo englobar:

Reumatologista: que geralmente dá o diagnóstico e poderá indicar, caso seja necessário, algum analgésico ou relaxante muscular.

Psicólogo: que vai ajudar a tratar a depressão do paciente perante a fibromialgia. A terapia cognitivo comportamental é uma das formas de abordar a fibromialgia, pois leva em conta a forma como o paciente reage aos acontecimentos do dia a dia. Ela ajuda o paciente a compreender e interpretar melhor suas atitudes e sentimentos frente à doença, para poder enfrentá-la de forma eficiente.

Psiquiatra: também vai ajudar na parte da depressão, dependendo do caso, com indicação de algum antidepressivo ou neuromodulador, que vão agir nos neurotransmissores da dor. Também pode ser indicado medicamentos para melhorar o sono, já que as pessoas com fibromialgia tem dificuldade para dormir bem.

Fisioterapeuta: vai analisar e auxiliar o paciente para que faça exercícios corretos em cada caso, para que os exercícios possam ajudar e não correr o risco de causar alguma lesão.

Terapeutas diversos: diversos terapeutas podem complementar o tratamento com acupuntura, massagens, florais e yoga. 

Fitoterapia na Fibromialgia:

A natureza disponibiliza diversas plantas com várias ações que podem auxiliar nos sintomas da fibromialgia.

Plantas com ação anti-inflamatória (que vão ajudar a controlar as dores e inflamações causadas pela doença):

Unha de gato, Ipê roxo, Canela de velho, Erva baleeira, Arnica Montana, Dilênia, Garra do Diabo.

Plantas com ação adaptógena (que vão dar mais disposição para o paciente, diminuindo a fadiga)

Rhodiola rosea, Aswaganda, Ginseng coreano.

Plantas com ação calmante (que vão dar uma noite de sono melhor, amenizar o estresse e ansiedade)

Hipérico, Kawa, Mulungu, Valeriana.

Portanto, continue se cuidando! E se você ainda não começou a se cuidar, porém se identifica com as informações abordadas ao longo do texto, não esqueça de buscar orientações dos profissionais de saúde para melhorar sua qualidade de vida. " NÃO USE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A SAÚDE É UM EQUILÍBRIO, NÃO UM DESTINO. APESAR DE TODOS OS SEUS ABORRECIMENTOS, A DOENÇA PODE REALMENTE NOS ENSINAR ALGO VALIOSO, SOBRE AUTOCOMPAIXÃO, EXPECTATIVAS E A BUSCA DO VERDADEIRO BEM- ESTAR ).

sexta-feira, setembro 8

COMO AS TERÁPIAS INTEGRATIVAS PODEM AJUDAR NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO?

O "Setembro Amarelo" é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio e a importância da saúde mental. A campanha foi criada no Brasil em 2015, mas desde então ganhou reconhecimento internacional e é celebrada em vários países ao redor do mundo. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

O amarelo é a cor escolhida para simbolizar a campanha, pois representa a esperança e a vida, dois elementos fundamentais na prevenção do suicídio. O objetivo do Setembro Amarelo é aumentar a conscientização sobre os problemas relacionados à saúde mental, reduzir o estigma em torno das doenças mentais e promover o diálogo aberto sobre temas como depressão, ansiedade, transtornos de humor e suicídio.

A depressão desempenha um papel significativo na campanha do Setembro Amarelo, pois é uma das principais condições de saúde mental associadas ao risco de suicídio.

É crucial lembrar que a depressão é uma condição médica tratável, e as pessoas que sofrem com ela não estão sozinhas. A campanha Setembro Amarelo desempenha um papel vital na quebra do silêncio em torno da saúde mental e no apoio àqueles que estão enfrentando a depressão, incentivando-os a procurar ajuda e esperança. 

AS TERAPIAS INTEGRATIVAS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO:

As terapias integrativas, também conhecidas como terapias complementares, podem ser benéficas como parte de um plano de tratamento abrangente para a depressão. É importante ressaltar que essas terapias não devem substituir o tratamento médico tradicional, mas podem ser usadas como complemento para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar mental. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as terapias integrativas podem ajudar em casos de depressão:

Redução do estresse: Muitas terapias integrativas, como a meditação, o mindfulness, a acupuntura e a ioga, podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, que são frequentemente associados à depressão. A redução do estresse pode melhorar o humor e a capacidade de enfrentar os sintomas da depressão.

Promoção da autorreflexão: Terapias como a psicoterapia holística, a terapia artística e a escrita terapêutica podem incentivar a autorreflexão e a expressão emocional. Isso pode ajudar os interagentes a compreenderem melhor seus sentimentos e pensamentos, o que é importante no tratamento da depressão.

Equilíbrio energético: Terapias como a cromoterapia, acupuntura e a medicina tradicional chinesa se baseiam na ideia de equilibrar a energia vital do corpo, conhecida como "qi" ou "chi". Essas terapias podem ajudar a melhorar a circulação de energia e aliviar sintomas como fadiga, falta de energia e desequilíbrios emocionais associados à depressão.

Promoção da conexão social: Participar de terapias de grupo, como a dança terapêutica ou grupos de apoio baseados em terapias integrativas, pode ajudar as pessoas com depressão a se conectarem socialmente e a se sentirem menos isoladas.

Abordagem holística: Terapias integrativas como Florais de Bach, Aromaterapia, Naturopatia e Terapia Bioortomolecular abordam a pessoa como um todo, levando em consideração os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais da saúde. Isso pode ser benéfico, pois a depressão muitas vezes afeta múltiplos aspectos da vida de alguém.

Melhora da qualidade de vida: Mesmo que as terapias integrativas não sejam um tratamento direto para a depressão, elas podem melhorar a qualidade de vida, aliviando sintomas como dor crônica, insônia e estresse, que muitas vezes acompanham a depressão.

Complemento ao tratamento convencional: As terapias integrativas podem ser usadas em conjunto com tratamentos médicos tradicionais, como terapia cognitivo-comportamental e medicamentos antidepressivos. Essa abordagem integrativa pode fornecer um suporte mais amplo para o tratamento da depressão.

A FITOTERAPIA COMO COMPLEMENTO NO TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO:

As causas da depressão são diversas e podem estar relacionadas ao estilo de vida, traumas, confusões mentais ou acontecimentos como a perda do emprego, dificuldades financeiras, perda de entes queridos, entre outros.  A boa notícia é que existe um grande número de ervas que podem ser utilizadas.
Alcaçuz: possui compostos chamados de monoamina oxidase (MAO), responsáveis pelas propriedades antidepressivas da planta. Sua forma de extrato é segura para o consumo moderado. ⠀
Erva-de-São-João: estudos comprovam que o uso de um dos seus compostos ativos - a hipericina - resultam em melhoras significativa desses sintomas, além de apresentar menos efeitos colaterais que os medicamentos controlados e melhorar a qualidade do sono. Pode ser consumida por infusão.
Gengibre: esta raiz também é muito usada para casos de ansiedade e depressão, por apresentar efeitos tônicos, ou seja, melhora as funções do organismo.⠀

Ginkgo Biloba: pode ajudar a tratar a depressão em idosos, que sofrem redução do fluxo sanguíneo para o cérebro.⠀
Não esqueça que é preciso saber manipular corretamente essas ervas para que o resultado seja satisfatório. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA "( A DOENÇA É UM EQUILÍBRIO, NÃO UM DESTINO. APESAR DE TODOS OS SEUS ABORRECIMENTOS, A DOENÇA PODE REALMENTE NOS ENSINAR ALGO VALIOSO, SOBRE AUTOCOMPAIXÃO, EXPECTATIVAS E A BUSCA DO VERDADEIRO BEM- ESTAR ).

quarta-feira, setembro 6

SUICÍDIO: QUAL O SIGNIFICADO PARA PSICANÁLISE?

Para a Psicanálise, o suicídio é uma atuação. Ele surge quando acontece uma “fenda", uma desarticulação entre o pensamento e o ato. A intenção quer, por via do ato, evitar a dor psíquica. Ele resulta de uma luta constante entre a vida e a morte, em que a última acaba prevalecendo. Ele é também um “paradoxo”. Não é morrer que a pessoa quer, ela não quer é mais viver. Não quer a morte, o que deseja é livrar-se do sofrimento.

O desejo de morrer tem um significado distinto para cada ser humano que tenta o suicídio. As mortes trazem consigo construções ao longo da vida. Muitas vezes, a pessoa está reeditando situações e afetos que vivenciara na infância. Ela revive traumas, sentimentos de rejeição, insegurança e abandono. Percebe-se nestes indivíduos a existência de uma vulnerabilidade psíquica. Algumas pessoas estão mais vulneráveis a cometer suicídio do que outras. A depressão e a melancolia são destacadas entre as doenças vulneráveis.

Em uma constituição psíquica melancólica, a pessoa está constantemente flertando com a morte. Freud, em seu trabalho “Luto e melancolia” (1917/1986), descreve a melancolia como a incapacidade de realizar o luto. Tomando a melancolia como ponto de partida para uma possível compreensão do suicídio, Freud aponta a renúncia à autopreservação, o desapego à vida, a incapacidade de amar, a diminuição da autoestima e a expectativa de autopunição que levariam ao desinvestimento no desejo de viver.

É importante destacar que as hipóteses freudianas a respeito do suicídio, pautadas na melancolia, têm, como pano de fundo, a predominância da pulsão de morte. Outros autores psicanalíticos veem a morte como um parto ao contrário, no qual se deseja o reencontro simbiótico com a mãe, vivido na infância, em uma espécie de útero.

Os suicídios podem acontecer também em um contexto em que não há lugar para a tristeza e para a dor, em que não é permitido errar e falhar, no qual as pessoas sentem-se incapazes de atender a essa demanda. Outras vezes, há um desprezo pela vida, uma vida que não foi possível ser investida, um ressentimento ao ver-se não reconhecido entre seus iguais. Sente-se fracassado, com um sentimento de que não vale a pena viver se não puder ser visto.

Torna-se importante ressaltar que, na tentativa de suicídio, a pessoa está tentando desesperadamente comunicar seu sofrimento da melhor forma que pode; ela pede socorro de alguma maneira. Não é um ato para “chamar a atenção” e, sim, para “clamar atenção”. Reduzi-lo a “chamar a atenção” é minimizar a dor, não lhe creditando valor. Enfim, o suicídio é a resposta do indivíduo a um estado de dor insuportável, no qual não há possibilidade de elaboração ou simbolização dessa dor. A única forma de cessar o sofrimento é cessando a vida. Ele é, em última instancia, um questionamento radical a respeito do sentido de viver.

No entanto, a perda das ilusões precisa dar lugar a esperança. A escuta psicanalítica pode vir a promover, diante do risco inerente aos atos autodestrutivos, a construção de alternativas para o enfrentamento da dor psíquica e do sofrimento. A análise traz a possibilidade de boas experiências com seus pares. Um analista provedor de um continente, onde existe uma parceria para a construção de um espaço-mente, para pensar os pensamentos. Utilizando as ideias de Bion: “Ampliando continente-mente por meio da atividade investigativa, introduzindo dúvidas nas certezas, utilizando um filtro para suas produções agressivo-violentas, de forma que seja possível albergar outros conteúdos diferentes de destruição, violência e desamor”.

Prevenção do Suicídio:

O suicídio se trata de uma importante questão de saúde pública no mundo. De acordo com a OMS, o suicídio é a segunda causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, principalmente em países de baixa renda. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio, todos os anos, no mundo. Um suicídio ocorre a cada 40 segundos, nos dados da OMS. O Brasil é o 8º país do mundo com números de suicídios confirmados. É a quarta maior causa de mortes entre jovens da mesma faixa etária. A cada 46 minutos, um suicídio. Embora nem todos os suicídios possam ser prevenidos, em 90% dos casos, podem ser evitados.

O suicídio é um tema complexo que leva muitos profissionais da saúde a refletirem sobre o que leva uma pessoa a tirar a própria vida e para o qual não existe uma única razão. Ele resulta da interação de vários fatores: biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, psiquiátricos, culturais e ambientais. Portanto, sua prevenção e controle não é uma tarefa fácil. Nem todo indivíduo acometido por um grande sofrimento pode ser auxiliado. No entanto, existem algumas ações e medidas que podem prevenir o suicídio.

Um passo importante nessa prevenção é poder identificar, abordar e manejar a ideação suicida. A maioria dá indícios e avisos de sua intenção, que não devem ser ignorados. A pessoa, de alguma maneira, pede ajuda por meio de sinais verbais e não verbais. É preciso estar atento a eles. Existem alguns sentimentos que denunciam esses sinais: culpa, desesperança, desamparo, desespero e depressão. A relação entre suicídio e depressão é estreita. Depressão é o diagnóstico mais comum observado nos suicídios. Sendo assim, torna-se fundamental dispensar o maior tempo possível para ouvir essas pessoas, efetivamente, em local apropriado, onde haja privacidade e sigilo. Ouvi-las com afeição, respeito e não julgamento. Com empatia, atenção e interesse, não diminuindo a importância dos seus sentimentos.

É essencial observar sentimentos de inferioridade, insegurança e autodesvalorização. Investigar se a pessoa se isola, apresenta dificuldades de relacionamento social e familiar e se apresenta também dificuldades para comer e dormir. Considerar com atenção, sentimentos e pensamentos em pessoas que possuem doenças crônicas. Observar se a pessoa faz uso de álcool e drogas com frequência. Esses comportamentos aumentam o risco de suicídio.

É necessário reduzir o máximo possível o acesso a métodos e formas de cometer suicídios como remédios controlados, pesticidas, armas de fogo e utensílios para este fim. É importante, também, permanecer o maior tempo possível ao lado da pessoa com intenção suicida, além de conversar com a família e amigos sobre essas intenções. Portanto, levar a sério uma ameaça de suicídio é sempre muito importante. Cria-se uma possibilidade de que essa pessoa sinta-se vista e ouvida. Sendo ouvida, é possível criar a condição de começar a se entender, ter consciência da sua impulsividade e agressividade e assim poder se permitir fazer escolhas que a protejam de si mesma, além de gerar a esperança de assimilar e elaborar seu sofrimento.

Podemos Concluir que diante da ideação suicida, é fundamental procurar ajuda de profissionais da saúde como psicólogos, psicanalistas, psiquiatras.

terça-feira, setembro 5

OS OBSTÁCULOS NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO O QUE DIZ A PSICANÁLISE:

Antonio sergio/ psicanalista 
O psicanalista não trabalha com o tempo cronológico. Não é que o tempo decorrido de um relógio, dos meses e dos anos não importe, mas sim que os efeitos do tempo lógico, aquele que é singular, subjetivo, imperam.

A constituição do sujeito, sujeito de desejo, castrado, acontece permeando os tempos lógicos, os três tempos do Complexo de Édipo lacaniano.

Entretanto, pode haver dificuldades nesses tempos, questões que podem dificultar o atravessamento desse momento e implicar em questões nessa estruturação. 

Na delicada e sensível clínica dos tempos de constituição do sujeito, é necessário um olhar atento para fazer cortes.

SAIS DE SCHUSSLER O QUE É? COMO USAR?

O Dr. Samuel Hahnemann, pai da Homeopatia, descobriu experimentalmente junto com outros homeopatas, a utilidade dos sais inorgânicos para a recuperação da saúde. Sem embargo, não chegaram a precisar este conhecimento completamente.
Posteriormente, o dr. Wilhelm Heinrich Schüssler (1821-1898), médico fisiologista, homeopata, formalizou a investigação sobre 12 desses sais, que hoje levam seu nome.

O Dr. Schüssler sempre teve um grande interesse na Lei do Mínimo, a qual estabelece que a perda da saúde é devida à falta de certos minerais nas células.

Essas insuficiências somente podiam ser observadas nas cinzas dos corpos.
Sendo assim, ele analisou as cinzas de um grande número de pessoas que haviam sido cremadas e descobriu que em todos os seres humanos sempre há ausência ou deficiência de pelo menos dois sais bioquímicos.

Ao investigar tal acontecimento, Schüssler integrava expedientes clínicos de cada uma das pessoas cujas cinzas analisava. Neles anotava o nome e data de nascimento, assim como as enfermidades que havia padecido no transcurso de sua vida. A experimentação demonstrou que nos pacientes há pelo menos a carência de um sal fundamental, ou base, e de outro secundário ou complementar, o que propicia suas enfermidades.
Como resultado de suas investigações, chegou à conclusão de que se os tecidos não recebem do sangue a quantidade adequada de cada um dos 12 sais bioquímicos estudados, altera-se o movimento molecular dos sais nos tecidos e, consequentemente, se desequilibra o funcionamento das células e seu metabolismo, o que produz os fenômenos conhecidos como enfermidade.

É importante destacar que estes tipos de padecimentos são muito numerosos e frequentes. Mas enfermidades desta natureza desaparecem, assim que os tecidos recebem novamente os sais que requerem.
Dizia o dr. Schüssler que “…se no curso de uma enfermidade se atrasa à cura espontânea, então se administram os sais minerais adequados, em forma molecular (potencializadas ou dinamizadas). Essas moléculas passam ao sangue através da mucosa bucal e desencadeiam no foco da enfermidade um vivo movimento molecular. De novo se põe em marcha o intercâmbio de substâncias entre as células saudáveis e as enfermas, o que faz com que se produza à cura”.

FUNÇÕES:
São componentes das enzimas;
São essenciais para o sistema nervoso;
Transportam oxigênio;
São componentes dos hormônios;
Compõem a estrutura básica dos ossos e dos dentes;
Todos os sais são preparados a partir de substâncias minerais – são sais que ocorrem naturalmente nos tecidos do corpo humano;
A homeopatia emprega esses remédios para curar várias afecções simples.
 
FORMA DE USO:
O Dr. Schüssler observou que subministrando os sais em forma muito diluída a seus pacientes, estes se protegiam preventivamente ou se aliviavam com muita facilidade de suas alterações biológicas ou enfermidades. Isso se dá visto que cada um dos Sais Bioquímicos produz reações que permitem ao organismo realizar uma série de funções vitais, sendo que quando há deficiência de alguma delas, se propiciam os padecimentos.
Baseando-se nas leis naturais da Patologia Celular, Schüssler formalizou um guia terapêutico notável por sua simplicidade, que consiste no emprego dos 12 sais inorgânicos que são fundamentais para o funcionamento adequado das células que constituem o corpo humano.
Mais de um século de experiência intensiva, demonstra que esses remédios produzem os resultados desejados e esperados rapidamente, que são inofensivos e muito frequentemente originam curas que se consideram espontâneas.
Esses sais não se classificam como medicamentos. São considerados como alimentos, posto que são integrantes do corpo humano.

CONTRA-INDICAÇÕES:
As concentrações às quais se subministram os sais são extremamente baixas.
Não estão contra-indicadas uma com outra, pois somente resolvem as deficiências que o corpo pudesse ter de algum sal.
Por exemplo, uma pessoa com deficiência de Kalium Muriaticum pode tomar os 12 sais, porém só absorverá Kalium Muriaticum e os outros as desprezará.
Acontece que, tomando os 12 sais de uma vez, aquele que se necessita será lentamente absorvido, mesmo assim, não têm efeitos colaterais.

Podemos Observar que Apesar de não haver contra-indicações os Sais de Schüssler devem ser tomados sob orientação médica ou terapêutica.

Sais de Schüssler;
Kalium Phosphoricum;
Natrium Sulphuricum;
Kalium Muriaticum;
Calcarea Fluoricum;
Magnesium Phosphoricum;
Kalium Sulphuricum;
Natrium Phosphoricum;
Calcarea Sulphuricum;
Silicea;
Calcarea Phosphoricum;
Natrium Muriaticum;
Ferrum Phosphoricum.
Calcarea fluorica (Calcium fluoratum) D6: Encontra-se no esmalte dos dentes, nos ossos e nas células da epiderme sobretudo onde exista tecido elástico. O agente descarga o aparelho circulatório e fortalece os pequenos vasos sanguíneos. Além disso, estimula a reabsorção dos endurecimentos vasculares.

Calcarea phosphorica (Calcium phosphoricum) D6: É o sal mais abundante no organismo humano. É o agente bioquímico responsável pela construção e o fortalecimento de todas as estruturas do organismo; fundamentalmente configura a massa óssea dura, ainda que está presente em todas as células. Calcium phosphoricum actua sobre as membranas celulares limitantes e intervém na síntese proteica. Lactentes, durante a infância e em épocas de desenvolvimento e crescimento).

Calcarea sulphurica (Calcium sulfuricum) D6: Encontra-se no fígado e vesícula biliar. Assim como a Silicea, tem uma grande utilidade em todos os processos purulentos. Aumenta a coagulação sanguínea e estimula o metabolismo.

Ferrum phosphoricum D12: A importância do ferro (Ferrum) no organismo é essencial e não há dúvida do papel vital que desempenha no nosso organismo. O ferro não só é um componente imprescindível da hemoglobina como se encontra em todas as células, intervém em múltiplos processos enzimáticos e exerce funções importantes nos mecanismos de defesa frente às infecções. Na infância é necessário para um crescimento normal. Pela mesma razão é imprescindível também durante a menstruação, na gestação e no período de amamentação. A proporção de ferro no organismo é de 4 a 5 gramas, de que três quartas partes correspondem à hemoglobina.

Kalium muriaticum (Kalium chloratum) D6: O potássio faz parte de todas as células, sobretudo leucócitos e eritrócitos. Como o sódio, possui efeitos fisiológicos específicos sobre a excitabilidade nervosa e muscular. Além disso intervém na síntese proteica e na utilização dos hidratos de carbono (efeito ativador do metabolismo). Em conjunto pode-se afirmar que o potássio é um componente imprescindível do organismo. O déficit de potássio causa alterações patológicas em diversos tecidos (músculo cardíaco e músculos esqueléticos, entre outros).

Kalium phosphoricum D6: É o sal orgânico mais significativo para a célula e é particularmente importante para o soro, os leucócitos, os distintos tecidos do organismo e as células cerebrais, nervosas e musculares. O déficit de potássio produz esgotamento destes órgãos, em ocasiões acompanhado de transtornos psíquicos, ânimo depressivo, ansiedade, abatimento e perda de memória.

Kalium sulphuricum D6: Encontra-se nas células da epiderme e células epiteliais da pele e mucosas, normalmente junto ao ferro, que o apoia na sua função de transporte de oxigénio na célula e de que se serve para ativar o metabolismo celular.

Kalium sulphuricum: É para o terceiro estádio de inflamação com secreções viscosas amareladas, já que o Ferrum phosphoricum é para o primeiro estádio de inflamação (inflamação seca sem secreção) e Natrum muriaticum (Kalium chloratum) para o segundo estádio de inflamação (secreções
viscosas).

Magnesia phosphorica D6: É o analgésico e antiespasmódico bioquímico por excelência. O magnésio ocupa o segundo lugar em importância depois do potássio entre os sais minerais do organismo humano. Aproximadamente a metade encontra-se no esqueleto, um terço no sistema muscular e o resto reparte-se entre nervos, cérebro, medula espinal, eritrócitos, fígado e glândula tiroide. O magnésio intervém em múltiplos processos enzimáticos. Possui propriedades antitrombóticas e antialérgicas e influi sobre a excitabilidade neuromuscular e a função cardíaca (prevenção do enfarto do miocárdio, entre outros). O magnésio diminui o metabolismo basal e reduz os níveis de colesterol no sangue.

Natrum muriaticum (Natrum chloratum) D6: Dos sais sódicos do organismo, o Natrum chloratum é o que tem a maior importância biológica. É absolutamente vital (essencial). Enquanto que o potássio está localizado na sua maior parte nas células, aproximadamente a metade do sódio se encontra no líquido extracelular e outro terço nos ossos e tecidos cartilaginosos. No estômago e no rim também existem concentrações intracelulares de sódio relativamente altas.

Natrum phosphoricum D6: Está muito estendido por todo o organismo: em células nervosas, nos músculos, nos eritrócitos e no tecido conjuntivo. Mantém o ácido úrico em solução para a eliminação através do rim. Natrum phosphoricum é importante para a eliminação dos produtos metabólicos. Também desempenha uma função essencial na troca de ácido carbônico (efeito tampão) e no metabolismo do ácido láctico que o organismo produz a partir do glicogênio com o trabalho muscular.

Natrum sulfuricum D6: Não se encontra nas células como nos líquidos teciduais. Tem por missão descongestionar o organismo, eliminar toxinas do metabolismo, desintoxicar o organismo e ativar o fluxo biliar.

Silicea D12: É imprescindível ao organismo (essencial) como componente do tecido conjuntivo. Silicea é importante para a constituição da pele e mucosas e para o crescimento de unhas, cabelo e ossos. Aumenta a capacidade de resistência e a resistência mecânica dos tecidos (“cosmético bioquímico”). Os pulmões, os gânglios linfáticos e as glândulas suprarrenais contêm quantidades importantes de Silicea. O silício, como componente principal da Silicea, é depois do oxigénio o segundo elemento mais frequente na superfície terrestre. Silicea está relacionado de forma especial com o metabolismo do cálcio. O ácido silícico intervém junto a outras substâncias na assimilação do cálcio contido nos alimentos. Ativa a formação do
colágeno e estimula a atividade dos fagócitos (“células devoradoras”), tão importantes para a defesa do organismo frente às infecções." DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?