segunda-feira, abril 22

BIOACUMULAÇÃO E BIOMAGNIFICAÇÃO: UM DESCARTE DESCONTROLADO DE MEDICAMENTOS NOS RIOS E MARES PREJUDICA A NOSSA CADEIA ALIMENTAR


BIOACUMULAÇÃO:

Bioacumulação é o processo pelo qual substâncias são absorvidas pelos organismos. Ocorre que algumas substâncias despejadas no ambiente demoram longos períodos para serem completamente decompostas, contaminado a água e a matéria orgânica presente no solo, rios e mares. Esses resíduos de remédios são então absorvidos pelos pequenos animais que habitam esses ambientes, e ficam acumulados nos seus tecidos. Sendo assim, conforme aumenta o tempo que os animais são expostos aos resíduos, essas concentrações em seus tecidos tendem a aumentar. 

BIOMAGNIFICAÇÃO:

Biomagnificação é o acúmulo progressivo dessas substâncias ao longo da teia alimentar. Os resíduos depositados nos tecidos dos animais pequenos são então ingeridos pelos animais maiores, e o ciclo pode se repetir várias vezes. Dessa forma, e após se alimentarem de diversos animais pequenos, os consumidores do topo da cadeia acabam retendo uma grande quantidade desses poluentes. 

Graças aos fenômenos citados acima, os medicamentos despejados sem tratamento nos corpos d’água conseguem retornar para as pessoas, e como esse envenenamento ocorre de forma muito lenta, é difícil prever quais são as consequências a longo prazo. Algumas pesquisas já começaram a demonstrar os prováveis danos à saúde. 

Estudos indicam que a ingestão de água ou alimentos contaminados por fármacos pode acarretar problemas como disfunções no sistema endócrino e reprodutivo e distúrbios metabólicos. Diversos compostos químicos são capazes de interferir no metabolismo. Entre eles, destacam-se os que estão presentes em hormônios, anti-inflamatórios, antidepressivos, hidrocarbonetos poliaromáticos e pesticidas. 

De acordo com pesquisadores já foram identificadas diversas formas de contaminantes farmacológicos nas mais distintas regiões do mundo – incluindo analgésicos, anti-inflamatórios, antipiréticos, antibióticos, beta bloqueadores e disruptores (ou
desreguladores) endócrinos. O estudo chamou atenção, particularmente, para os disruptores endócrinos encontrados, já que são substâncias causadoras de desregulação hormonal. 

Outros fármacos, também encontrados em recursos hídricos de diferentes países, foram o Ibuprofeno, Paracetamol e o Naproxeno. O primeiro já foi associado a danos celulares e genéticos, além da interferência no sistema imune de animais marinhos, e os três apresentaram efeitos tóxicos descritos na literatura, como alterações genéticas e estresse oxidativo. 

CONCLUSÃO:

Tendo ciência de que o descuido com a natureza sempre provoca consequências negativas, é urgente que as novas legislações voltadas para a preservação ambiental sejam cumpridas e fiscalizadas. Além disso, a educação e a conscientização são peças fundamentais não só para essa, mas para qualquer transformação profunda na sociedade.

" SAÚDE NÃO É AUSÊNCIA DE DOENÇA, SAÚDE É QUALIDADE QUALIDADE DE VIDA ".                           

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