A histamina é um mensageiro químico gerado principalmente nos mastócitos. Por meio vários receptores, ela medeia respostas celulares, incluindo as:
reações alérgicas e inflamatórias
a secreção de ácido gástrico
a neurotransmissão em algumas regiões do cérebro.
A histamina não possui aplicações clínicas, mas os fármacos que interferem na sua ação (anti-histamínicos ou bloqueadores do receptor da histamina) têm importantes aplicações terapêuticas.
ONDE PODEMOS ENCONTRAR A HISTAMINA?
Ela é encontrada em altas concentrações nos mastócitos e basófilos.
Presente em praticamente todos os tecidos, com quantidades significativas Ex:
Nos pulmões;
Na pele;
Nos vasos sanguíneos;
No trato gastrintestinal;
No cérebro (funcionando como neurotransmissor);
Como componente de venenos;
Nas secreções de picadas de insetos;
SÍNTESE DA HISTAMINA:
1 ) aminoácido histidina à sofre descarboxilação pela histidina-descarboxilase à formando a amina histamina.
2 ) a histamina pode ser armazenada em grânulos ou inativada pela diaminoxidase.
A histidina-descarboxilase está presente nas células de todo o organismo, inclusive nos neurônios, nas células parietais gástricas e nos mastócitos e basófilos.
LIBERAÇÃO DA HISTAMINA:
A histamina é um dos mediadores químicos liberados nos tecidos em resposta aos estímulos para:
Destruição das células (como resultado de frio, de toxinas de organismos, de traumas, de venenos de insetos e aranhas), alergias e anafilaxias (alergia grave).
A AÇÃO DA HISTAMINA AUXILIANDO NA INFLAMAÇÃO:
Liberação de óxido nítrico pelo endotélio vascular causando vasodilatação dos pequenos vasos sanguíneos.
Aumenta a secreção de citocinas pró-inflamatórias em vários tipos de células e em tecidos locais.
Aumento da permeabilidade dos capilares.
A histamina liberada liga-se a vários tipos de receptores (H1, H2, H3 e H4) gerando efeitos como por exemplo.
RECEPTORES H1:
Vai agir na excreção exócrina aumentando a produção de muco nasal e brônquico, resultando em sintomas respiratórios.
Musculatura lisa brônquica a constrição dos bronquíolos resulta nos sintomas da asma e na redução da capacidade pulmonar.
Terminações nervosas sensoriais por isso causa prurido e dor.
Musculatura lisa intestinal a constrição resulta em cólicas intestinais e diarreia.
RECEPTORES H1 E H2:
Vão agir no sistema cardiovascular reduz a pressão arterial sistêmica, o que reduz a resistência periférica. Provoca cronotropismo positivo (mediado pelos receptores H2) e inotropismo positivo (mediado pelos receptores H1 e H2).
Pele: a dilatação e o aumento na permeabilidade dos capilares resulta no vazamento de proteínas e líquido para os tecidos. Na pele, isso resulta na clássica “tríplice resposta”: edema, rubor devido à vasodilatação local e calor.
RECEPTOR H2:
Também vai agir no estômago estímulo da secreção gástrica de ácido clorídrico.
QUAIS OS PROCESSOS PATOLÓGICOS DA HISTAMINA?
Rinite alérgica, dermatite atópica , conjuntivite, urticária, broncoconstrição, asma e anafilaxia.
DEFINIÇÃO ANTI-HISTAMINICOS H1:
TIPOS DE BLOQUEADORES DOS RECEPTORES H1:
Alcaftadina, Azelastina, Bepotastina, Bronfeniramina, Cetirizina, Cetotifeno, Ciclizina, Ciproeptadina, Clemastina , Clorfeniramina, Desloratadina, Difenidramina, Dimenidrinato, Doxilamina, Emedastina, Fexofenadina, Hidroxizina, Levocetirizina, Loratadina, Meclizina, Olopatadina, Prometazina.
FUNÇÃO:
Bloqueiam a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo. Além de entrar no sistema nervoso central (SNC), causando sedação.
EFEITOS ADVERSOS:
Podem interagir com outros receptores, produzindo uma variedade de efeitos indesejados.
Existem efeitos adicionais não relacionados com o bloqueio H1, pois devemos lembrar que os antagonistas H1 de primeira geração podem se ligar em outros receptores como os: receptores colinérgicos, adrenérgicos ou serotoninérgicos.
RECEPTORES PERIFÉRICOS PARA H1:
Eles não atravessam a barreira hematencefálica, causando menos depressão do SNC do que os de primeira geração.
QUAIS SÃO OS EFEITOS?
Pelos anti-histamínicos H1 bloquearem a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo, eles são muito mais eficazes em prevenir os sintomas que a histamina provoca do que em revertê-los depois de desencadeados.
CONDIÇÕES DE USO TERAPÊUTICO:
Em condições alérgicas e inflamatórias: os bloqueadores H1 são úteis no tratamento e na prevenção de reações alérgicas causadas por antígenos que agem nos anticorpos imunoglobulina E.
CONTRAINDICAÇÃO:
Não são indicados no tratamento da asma brônquica, pois a histamina é apenas um dos diversos mediadores que são responsáveis por causar reações bronquiais.
CONCLUSÃO:
vimos a importância de entendermos, primeiramente, a fisiologia da histamina para que possamos compreender melhor como os fármacos interferem em sua ação no nosso organismo, portanto se entendermos mais sobre sua síntese, local que age, liberação e mecanismo de ação, podemos ter um melhor raciocínio dos anti-histamínicos H1, principalmente lembrando que os efeitos com o bloqueio do receptor h1 são mais usados justamente para prevenir os sintomas que a histamina provoca no corpo humano.
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