sexta-feira, maio 17

ACETILCOLINA: HORMÔNIO PRODUZIDO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO


A acetilcolina (ACh) foi o primeiro neurotransmissor descoberto (1921). Produzido no sistema nervoso central e periférico, ele está relacionado diretamente com a regulação da memória, do aprendizado e do sono.

Esse hormônio atua no organismo como um mecanismo mensageiro entre os neurônios (células nervosas). Sendo assim, os maiores efeitos dele recaem sobre os sistemas cardiovascular, muscular, excretor, respiratório e nervoso. 

A acetilcolina também possui funções excitatórias e inibitórias, ou seja, pode facilitar o impulso elétrico em um neurônio ou pode inibi-lo. Em função disso, o funcionamento cerebral pode ser comprometido se houver déficit dele no organismo, causando hiperatividade, déficit de atenção, Mal de Alzheimer, etc. 

DESCOBERTA DA ACELTICOLINA:

A descoberta da acetilcolina foi compartilhada pelo fisiologista inglês Henry Hallett Dale e o farmacêutico alemão Otto Loewi. 

Em 1921, Loewi realizou vários experimentos com sapos. Em um deles, quando estimulava os nervos desses animais, percebeu que eles secretavam duas substâncias: a adrenalina e outra que denominou de Vagusstoffe.

Essa descoberta chamou atenção de Dale, que já havia isolado um composto derivado do ergot e gerava os mesmos efeitos descritos por Loewi. A substância ele nomeou de acetilcolina.

O composto estudado pelos dois cientistas era o mesmo. Em função disso, Loewi e Dale dividiram o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia no ano de 1936.

SÍNTESE E EFEITOS NO ORGANISMO:

Esse neurotransmissor possui características de um molécula simples, C7H16NO2, com produção concentrada no citoplasma das terminações. Ele é um éster do ácido acético e da colina, cuja a reação é impulsionada pela enzima acetil-transferase (ChAT). 

ACETIL COA + COLINA= ACETILCOLINA:

A colina é movida para o axoplasma do neurônio, por meio dos pontos extraneuronais em um processo de captação de colina de alta e baixa afinidade. Após a síntese da acetilcolina, ela é transportada para as vesículas de armazenamento. 

Cada vesícula possui aproximadamente de 1 mil a mais de 50 mil moléculas de acetilcolina, além de adenosina trifosfato (ATP) e uma proteína denominada de vesiculina.

Ao ser liberada pelos neurônios, a ACh pode unir-se a dois receptores diferentes: 

NICOTINICOS:

São ionotrópicos, ou seja, são canais iônicos de ação direta, que atuam nas sinapses neuronais e neuromusculares.

MUSCARÍNiCO: 

São metabotrópicos, isto, a ação deles é indireta e estão unidos a uma proteína G, a qual atua nas sinapses neuronais. 

A atuação da acetilcolina no organismo gera um processo em cadeia que possibilita a criação de complexo sistema de comunicação. Através dele há um controle das atividades intracelulares e extracelulares. 

ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ESSE NEUROTRANSMISSOR PODEM ATUAR:

SISTEMA NERVOSO: 

A acetilcolina exerce um papel muito importante nas funções cognitivas e influencia diretamente no aprendizado, na atenção e na memória. Deste modo, algumas drogas são capazes de bloquear a produção desse neurotransmissor e causar déficits de cognição e até sintomas psicóticos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO:

Esse neurotransmissor propicia o fechamento do esfíncter pós-capilar, gerando o enchimento dos capilares sinusoides venosos e extravasamento de líquidos, além disso aumenta o volume da submucosa e vasodilatação.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Nesse sistema, os efeitos da acetilcolina incluem vasodilatação, diminuição da frequência cardíaca, redução da força de contração cardíaca e queda da condução nervosa nos nodos sinoatrial e atrioventricular.

ALIMENTOS RICOS EM ACETILCOLINA:

A colina, substância geradora da acetilcolina, pode ser encontrada em alimentos como:

Amendoim;
Aveia;
Cogumelos;
Feijão;
Fígado;
Gema de ovo
Leite e soro de leite;
Levedura
Queijos;
Sementes de girassol;
Soja;

IMPORTÂNCIA DO NEUROTRANSMISSOR:

Os neurotransmissores são substâncias produzidas pelos neurônios e através deles é possível enviar mensagens para outras células do organismo. Esses mensageiros químicos influenciam na memória, na cognição, na movimentação e nas sensações.

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