A acetilcolina (ACh) foi o primeiro neurotransmissor descoberto (1921). Produzido no sistema nervoso central e periférico, ele está relacionado diretamente com a regulação da memória, do aprendizado e do sono.
Esse hormônio atua no organismo como um mecanismo mensageiro entre os neurônios (células nervosas). Sendo assim, os maiores efeitos dele recaem sobre os sistemas cardiovascular, muscular, excretor, respiratório e nervoso.
A acetilcolina também possui funções excitatórias e inibitórias, ou seja, pode facilitar o impulso elétrico em um neurônio ou pode inibi-lo. Em função disso, o funcionamento cerebral pode ser comprometido se houver déficit dele no organismo, causando hiperatividade, déficit de atenção, Mal de Alzheimer, etc.
DESCOBERTA DA ACELTICOLINA:
A descoberta da acetilcolina foi compartilhada pelo fisiologista inglês Henry Hallett Dale e o farmacêutico alemão Otto Loewi.
Em 1921, Loewi realizou vários experimentos com sapos. Em um deles, quando estimulava os nervos desses animais, percebeu que eles secretavam duas substâncias: a adrenalina e outra que denominou de Vagusstoffe.
Essa descoberta chamou atenção de Dale, que já havia isolado um composto derivado do ergot e gerava os mesmos efeitos descritos por Loewi. A substância ele nomeou de acetilcolina.
O composto estudado pelos dois cientistas era o mesmo. Em função disso, Loewi e Dale dividiram o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia no ano de 1936.
SÍNTESE E EFEITOS NO ORGANISMO:
Esse neurotransmissor possui características de um molécula simples, C7H16NO2, com produção concentrada no citoplasma das terminações. Ele é um éster do ácido acético e da colina, cuja a reação é impulsionada pela enzima acetil-transferase (ChAT).
ACETIL COA + COLINA= ACETILCOLINA:
A colina é movida para o axoplasma do neurônio, por meio dos pontos extraneuronais em um processo de captação de colina de alta e baixa afinidade. Após a síntese da acetilcolina, ela é transportada para as vesículas de armazenamento.
Cada vesícula possui aproximadamente de 1 mil a mais de 50 mil moléculas de acetilcolina, além de adenosina trifosfato (ATP) e uma proteína denominada de vesiculina.
Ao ser liberada pelos neurônios, a ACh pode unir-se a dois receptores diferentes:
NICOTINICOS:
São ionotrópicos, ou seja, são canais iônicos de ação direta, que atuam nas sinapses neuronais e neuromusculares.
MUSCARÍNiCO:
São metabotrópicos, isto, a ação deles é indireta e estão unidos a uma proteína G, a qual atua nas sinapses neuronais.
A atuação da acetilcolina no organismo gera um processo em cadeia que possibilita a criação de complexo sistema de comunicação. Através dele há um controle das atividades intracelulares e extracelulares.
ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ESSE NEUROTRANSMISSOR PODEM ATUAR:
SISTEMA NERVOSO:
A acetilcolina exerce um papel muito importante nas funções cognitivas e influencia diretamente no aprendizado, na atenção e na memória. Deste modo, algumas drogas são capazes de bloquear a produção desse neurotransmissor e causar déficits de cognição e até sintomas psicóticos.
SISTEMA RESPIRATÓRIO:
Esse neurotransmissor propicia o fechamento do esfíncter pós-capilar, gerando o enchimento dos capilares sinusoides venosos e extravasamento de líquidos, além disso aumenta o volume da submucosa e vasodilatação.
SISTEMA CARDIOVASCULAR:
Nesse sistema, os efeitos da acetilcolina incluem vasodilatação, diminuição da frequência cardíaca, redução da força de contração cardíaca e queda da condução nervosa nos nodos sinoatrial e atrioventricular.
ALIMENTOS RICOS EM ACETILCOLINA:
A colina, substância geradora da acetilcolina, pode ser encontrada em alimentos como:
Amendoim;
Aveia;
Cogumelos;
Feijão;
Fígado;
Gema de ovo
Leite e soro de leite;
Levedura
Queijos;
Sementes de girassol;
Soja;
IMPORTÂNCIA DO NEUROTRANSMISSOR:
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