segunda-feira, maio 27

O QUE É PLASTICIDADE CEREBRAL?


O QUE É PLASTICIDADE CEREBRAL?

Plasticidade foi introduzido por volta de 1930, por um fisiologista alemão? Treinos de exercício para nosso cérebro já aparecem em relatos do século XVIII, porém, esse termo nunca foi tão usado como hoje. Quando falamos em plasticidade, estamos indicando a capacidade de nosso organismo adaptar-se às mudanças ambientais (externas e internas) com o auxílio de diferentes órgãos comandados pelo nosso SNC (sistema nervoso central). Graças à essa incrível capacidade, crianças que sofreram acidentes graves que, muitas vezes, resultaram em perda de massa encefálica ou perdas na capacidade de movimentarem-se, falarem ou ouvirem, por exemplo, podem se recuperar, chegando bem à idade adulta, de forma semelhante àquelas que não passaram pelo mesmo sofrimento.

Uma vez que nosso cérebro tem a incrível capacidade de se  (autorreorganizar ), sendo mediado pelo meio em que vivemos, a cada nova experiência temos possibilidade de estimular novas conexões ou ( sinapses ). 

Quando estimulados, aprendemos e nosso cérebro se modifica no formato e na função. Por isso, é importante conhecermos sobre plasticidade cerebral e sobre o quanto atividades que nos estimulam  são importantes para nosso desenvolvimento.

Assim como as experiências de sofrimento podem impactar o funcionamento de nosso sistema nervoso, mudanças significativas em neuroplasticidade cerebral ocorrem como consequência de processo terapêuticos. Há quase um século, pesquisadores já afirmava que tanto os comportamentos observáveis quanto aqueles que acontecem (sob a pele do organismo que não são vistos, mas sentidos) são regidos pelos mesmos princípios. Pensar, sentir e agir tem funções específicas na forma como cada um interage com o meio.  Assim, entendemos que sendo dotados de flexibilidade seremos sempre, cada um dentro de seus limites, capazes de reabilitação ou adaptação.

Alterações de comportamento provocadas pela psicoterapia têm sido evidenciadas em estudos com utilização de neuroimagem, demonstrando restauração de caminhos neurais, que estavam com seu funcionamento alterado. 

Em diferentes transtornos, como ocorre no caso do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), Transtornos Depressivos ou de Ansiedade, como os de Pânico e Agorafobia, a literatura científica aponta a capacidade de neuromodulação (normalização da ativação cerebral ), por meio das mudanças nos mecanismos do medo. De forma oposta, ocorre a intensificação ou ( cronificação ) de alguns quadros, quando não há tratamento efetivo. Por meio do processo psicoterapêutico, terapeuta e cliente vão manejando possibilidades de forma a estimularem mudanças funcionais, a depender das necessidades apresentadas.  

Este é um caminho que precisamos percorrer, não somente pelas possibilidades alcançadas, mas sobretudo por cada etapa construída no processo, que pode ser tanto sentida como observada.

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