segunda-feira, julho 4

A MISERICÓRDIA E A VERDADE ANDAM JUNTAS: TEXTO ( SALMO 85: 10 )

O povo de Deus pede a misericórdia, depois de sofrer por seus pecados. Este é Salmo 85. Não temos certeza do tema do cativeiro na Babilônia. Independente da circunstância histórica, o Salmo o desejo do povo arrependido de manter sua comunhão restaurada com Deus.

“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Salmo 85:10). Este versículo descreve a excepcionalidade dos pecadores maravilhosos depois da reconciliação com seu Deus misericordioso. O versículo apresenta dois pares de palavras de contraste: Graça X Verdade e Justiça X Paz.

A verdade e a justiça aspectos da santidade de Deus. Ele é santo, reto, justo e justo (Isaías 6:3). É esta santidade que não suporta o pecado do homem, pois Deus vive acima da iniqüidade: “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal” (Salmo 5:4). A santidade de Deus traz a sua ira sobre os pecadores. ira antes da primeira sentiram esta sua reconciliação (Salmo 855). A ira divina permanece sobre os ímpios e rebeldes (João 3:36).

A graça e a paz são características do amor de Deus. João diz simplesmente: “Deus é amor” (1 João 4:7). A misericórdia de Deus, manifestada na graça que ele estende ao pecador, é eterna (Salmo 136). Pela graça, ele oferece a salvação ao pecador e a restauração à paz com ele.

Na perfeição de Deus, a santidade e o amor coexistem. Mas o pecado do homem afasta a bondade de Deus e traz sobre si a severidade (Romanos 11:22). Como é que o homem pode ver a justiça e a paz se beijarem?

Os temas de Salmo 81 são bem explicados para ele para sacrifício mesmo de Jesus Cristo: “apenas o justificador que tem fé Jesus 3” (Romanos 3 em fé). A santa justiça de Deus exige o pagamento pelo pecado (cf. Romanos 6:23), e o sangue de Jesus demonstra a graça e paga o preço das nossas iniqüidades. Jesus Cristo é a nossa paz (Efésios 2:13-18). A justiça e a paz elas andam juntas.

domingo, julho 3

O CHAMADO DE DEUS AO ARREPENDIMENTO E A FÉ NÃO É UM CONVITE É UMA ORDEM: TEXTO ( ATOS 17: 1-30 )

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 17, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 17
Chegou Paulo à Tessalônica onde havia uma sinagoga de judeus e ali arrazoou com eles acerca das Escrituras ao expor e demonstrar que foi necessário que Cristo padecesse e que ressurgisse dos mortos.
Paulo muito eficaz na evangelização conseguiu conquistar muita gente e isto despertou nos judeus inveja e logo estavam trabalhando contra Paulo, contra Jesus e contra Deus ao qual pensavam estar defendendo.
Eu vejo Atos assim: Deus levantando os seus que saem com poder e autoridade pregando o evangelho onde o Espírito Santo colabora com eles com milagres, sinais e maravilhas; Deus permitindo que haja o levante daqueles que duramente se opõem à pregação do evangelho.
Aqueles que fazem a obra de Deus não encontram a paz para isso, antes, vivem em constante perseguição e forte oposição. Sempre que havia grandes obras a serem realizadas, lá estava também uma grande perseguição.

IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) 

Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – estamos vendo; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22) - 
Desde o verso 36, do capítulo 15, anterior, ao 18.22 estamos, como dissemos, vendo a segunda viagem missionária de Paulo. Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios.
Eles acabaram de passar por Anfípolis e Apolônia e agora chegaram à Tessalônica.

Anfípolis foi a capital do distrito norte da Macedônia entre 167-142 a.C., e situava-se cerca de 50 km a sudoeste de Filipos; Apolônia situava-se mais além, cerca de 40 km. Ambas as cidades ficavam na Via Egnatia, uma estrada que levava a Tessalônica.
Paulo e seus companheiros estavam ansiosos para chegar a Tessalônica, que ficava cerca de 65 km depois de Apolônia. Tessalônica era a capital da província da Macedônia, com uma população em torno de duzentas mil pessoas. Nos dias de Paulo, essa cidade era o centro administrativo e comercial de toda a província.
Eles foram a uma sinagoga judaica e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras. Paulo pode ter permanecido em Tessalônica muito mais tempo do que três sábados consecutivos.
A igreja de Filipos mandava-lhe ajuda constantemente (Fp 4.16), e ele põe transmitir uma razoável quantidade de ensino doutrinário aos cristãos tessalonicenses (veja 1 e 2Ts). No entanto, o texto não indica quanto tempo transcorreu entre o terceiro sábado e a saída forçada de Paulo e Silas.
Muita gente fora convencida ao evangelho, entre elas judeus, gregos e mulheres de alta posição. Isso causou inveja nos demais judeus que reuniram homens perversos entre os desocupados e procuraram incitar a multidão. Até a casa de Jairo foi invadida na busca deles por Paulo e Silas para os levarem diante da multidão enfurecida.
Como não os encontraram pegaram mesmo Jason para ser bode expiatório e disseram que aqueles que haviam transtornado o mundo tinham chegado ali naquela região e se hospedado na casa de Jason. Pelo que a multidão e os oficiais da cidade ficaram agitados, indignados, principalmente porque agiam – essa era a acusação – contra os decretos de César.
Na verdade, Paulo pregou sobre o reino espiritual de Deus (14.22; 19.8; 20.25; 28.23,31), porém os seus adversários distorceram a mensagem dando a entender que Paulo pregava oposição política contra Roma.
Por volta desse período, Cláudio César (40-50 d.C.) expulsou os judeus de Roma por causa de distúrbios populares supostamente instigados por "Cresto", uma provável referência a Cristo.
Para aplacar aquela ira e fúria, estipularam uma fiança e Jason teve de arcar com ela para ser solto. No entanto, assim que chegou a noite os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia. Uma cidade (atual Verria) aos pés do monte Olímpio, distante cerca de 80 km a sudoeste de Tessalônica.
Os bereanos eram mais nobres que os de Tessalônica porque receberam com entusiasmo as palavras de Paulo, mas foram conferi-las para verem se isso realmente era procedente. Eles estavam examinando as Escrituras todos os dias.
Os judeus de Bereia compararam os ensinos de Paulo com as Escrituras, desse modo estabelecendo um bom exemplo para a igreja ao longo da História.
Novamente, os judeus invejosos de Tessalônica agitaram a multidão e passaram a perseguir Paulo e Silas na Beréia sempre com a mesma estratégia maligna de agitar e alvoroçar a multidão.
Os irmãos então se dividiram e enviaram Paulo e alguns homens para Atenas e Silas e Timóteo ficaram na Beréia. Depois, ficou certo de se encontrarem, tão logo fosse isso possível.
Enquanto isso, em Atenas, Paulo observava a cidade e ficou muito indignado com o que via. Essa cidade, localizada cerca de 10 km a nordeste do porto de Pireu, no litoral do golfo Sarônico, possuía uma grande herança cultural.
No começo do século 5 a.C., Atenas alcançou o apogeu sob o comando do grande líder político Péricles (495-429 a.C.), um período marcado pela construção do Partenon e vários templos e outras estruturas magníficas, além do surgimento dos grandes poetas clássicos Ésquilo, Sófocles, Eurípides e Aristófanes.
Apesar de conquistada pelos romanos em 146 a.C., Atenas continuou a ser um dos grandes centros intelectuais e culturais do mundo antigo.
Na Acrópole, além do Partenon e outros templos com imagens idólatras, havia outros edifícios públicos comerciais que exibiam diversas estátuas de deuses, tanto nos mercados abaixo como em toda a região ao redor da Acrópole.
Paulo começou então a discutir com eles baseado nas Escrituras. Ele discutia na sinagoga com judeus e com gregos tementes a Deus, bem como na praça principal, todos os dias, com aqueles que por ali se encontravam – vs. 17.
Quem estava fortemente discutindo com ele agora eram os estóicos e os epicureus.
Epicuro (342-270 a.C.), fundador do sistema filosófico conhecido como epicurismo, ensinava que o objetivo principal da pessoa era viver de maneira prazerosa e sem dores, aflições ou medos.
Por outro lado, Zenão de Cicio (340-265 a.C.), fundador do estoicismo, ensinava a necessidade de viver em harmonia com a natureza, recorrer somente à razão e outros recursos autossuficientes, e pregava um Deus panteísta como sendo a "alma do mundo".
No entanto, ambas as escolas filosóficas salientavam a busca pela paz de espírito. Eles o chamavam de tagarela. Um termo pejorativo para indicar alguém que coleciona refugos filosóficos ou um camelô de ideias desconexas. Eles até estavam tentando entender o que Paulo pregava. Eles diziam que Paulo pregava deuses estrangeiros e boas novas a respeito de Jesus e da ressurreição.
Foi nisso que o levaram para o Areópago – vs. 19. Do grego Areios pagos, literalmente "colina de Ares", às vezes chamada de "colina de Marte" uma vez que o deus grego da guerra, Ares, era equivalente ao deus romano Marte, deus da guerra.
O termo veio a indicar o conselho que se reuniu pela primeira vez nessa colina (situada a noroeste da Acrópole) para julgar um crime de assassinato.
Posteriormente passou a servir de lugar de reunião para o conselho da cidade, e durante o período romano foi usado para as reuniões do conselho judicial que supervisionava a educação, a religião e outros assuntos morais.
Nos dias de Paulo, o conselho se reunia no Pórtico (ou Colunata) Real, que ficava na extremidade noroeste do mercado Essa reunião tinha o objetivo de julgar as ideias religiosas de Paulo.
Eles estavam curiosos e queriam saber com mais detalhes do que Paulo falava, pois eles de nada cuidavam a não ser falar ou ouvir as últimas novidades.
Paulo se levanta e começa a pregar o evangelho. Ele primeiro fala da religiosidade dos atenienses e das suas buscas, de seus objetos de culto, altares pelo que ele tinha encontrado um deles que se encaixava dentro do que pretendia lhes falar e anunciar.
Ele estava vindo ali em nome do Deus desconhecido que tinha uma placa inscrita em seus altares dizendo: “AO DEUS DESCONHECIDO” – vs. 23.
Poderia ser uma referência ao Altar dos Doze Deuses em Atenas ou talvez algum outro altar que foi erigido com essa inscrição para garantir que nenhum deus fosse esquecido.
Paulo reaplicou as citações e usou essa inscrição para elaborar o seu discurso sobre o Deus vivo e pessoal que criou o mundo, que não é feito de pedra, não está confinado às construções humanas, que criou a humanidade e controla continuamente a História e o lugar onde as pessoas devem viver.
Dos vs. 24 ao 27, encontramos as seguintes características que Paulo compartilhou de Deus:
·         Ele é o Deus criador que criou todas as coisas; que criou os céus e a terra e tudo o que neles há.
·         Ele é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas.
·         Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas.
·         De um só, fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar.
·         Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós.
Paulo disse que Deus nos trouxe à existência e que continuamos a existir apenas por meio de sua providência. No mundo antigo, três grandes mistérios da filosofia e da ciência eram as questões sobre a vida, o movimento e a existência.
Paulo, ciente de que os atenienses não conheciam o Antigo Testamento, citou três poetas gregos cuja referência principal era Zeus, o principal deus grego, e a partir disso passou a aplicar essas citações ao Deus vivo e pessoal do céu.
Primeiro, Paulo citou um texto da obra Cretica, atribuído ao poeta cretense Epiménides (c. 600 a.C.): “pois em ti nós vivemos e nos movemos e existimos".
Depois, citou Cleanto (331-233 a.C.) em sua obra Hino a Zeus, 4, e o poeta ciliciano Arato (c. 315-240 a.C.) em sua obra Phaenomena, 5: "Pois nós também somos sua descendência".
Apesar das ideias distorcidas que os pagãos têm a respeito de Deus, demonstram conhecer algumas coisas sobre ele (Rm 1.20-21).
Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena a todos os povos, em todos os lugares que se arrependam. Ou seja, Deus levou em consideração o limitado conhecimento que os atenienses tinham sobre ele, porém nesse momento Paulo estava revelando a verdade acerca do Deus vivo e eles estavam sendo chamados a se arrependerem de seus pecados.
Assim, sendo Deus, estabeleceu um dia também em que há de julgar o mundo por meio de um varão que destinou. No dia do julgamento final (Ap 20.12-15), a rejeição dos atenienses ao homem que Deus destinou resultará numa derradeira e justa rejeição deles por Jesus.
Paulo entatizou que o chamado de Deus ao arrependimento e à fé não é um convite, mas uma ordem.
Até ao ponto em que ele falou da ressurreição dos mortos, eles o ouviram; depois, não mais. Alguns zombaram disso e outros deram desculpas que a respeito disso o ouviriam mais tarde, ou seja, nunca mais.
Paulo, então, ausentou-se deles. Também houve os que creram e se juntaram a eles. Entre os novos crentes um que se chamava Dionísio, membro do Areópago e também uma mulher chamada Dâmaris e ainda outros com eles.
A palavra pregada tem esse efeito duplo: amolece a cera e endurece o barro.
At 17:1 Tendo passado por Anfípolis e Apolônia,
chegaram a Tessalônica,
onde havia uma sinagoga de judeus.
At 17:2 Paulo,
segundo o seu costume,
foi procurá-los
e, por três sábados,
arrazoou com eles
acerca das Escrituras,
At 17:3 expondo
e demonstrando ter sido necessário que o Cristo
padecesse e ressurgisse dentre os mortos;
e este, dizia ele,
é o Cristo, Jesus,
que eu vos anuncio.
At 17:4 Alguns deles foram persuadidos
e unidos a Paulo e Silas,
bem como numerosa multidão de gregos piedosos
e muitas distintas mulheres.
At 17:5 Os judeus, porém, movidos de inveja,
trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem,
ajuntando a turba,
alvoroçaram a cidade
e, assaltando a casa de Jasom,
procuravam trazê-los para o meio do povo.
At 17:6 Porém, não os encontrando,
arrastaram Jasom
e alguns irmãos perante as autoridades, clamando:
Estes que têm
transtornado o mundo
chegaram também aqui,
At 17:7 os quais Jasom hospedou.
Todos estes procedem contra os decretos de César,
afirmando ser Jesus outro rei.
At 17:8 Tanto a multidão como as autoridades ficaram agitadas
ao ouvirem estas palavras; At 17:9 contudo,
soltaram Jasom e os mais,
após terem recebido deles a fiança estipulada.
At 17:10 E logo, durante a noite,
os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia;
ali chegados,
dirigiram-se à sinagoga dos judeus.
At 17:11 Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias
para ver se as coisas eram, de fato, assim.
At 17:12 Com isso, muitos deles creram,
mulheres gregas de alta posição
e não poucos homens.
At 17:13 Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam
que a palavra de Deus era anunciada
por Paulo também em Beréia,
foram lá excitar
e perturbar o povo.
At 17:14 Então, os irmãos promoveram, sem detença,
a partida de Paulo para os lados do mar.
Porém Silas e Timóteo
continuaram ali.
At 17:15 Os responsáveis por Paulo
levaram-no até Atenas
e regressaram trazendo ordem a Silas e Timóteo para que,
o mais depressa possível,
fossem ter com ele.
At 17:16 Enquanto Paulo os esperava em Atenas,
o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade.
At 17:17 Por isso,
dissertava na sinagoga entre os judeus
e os gentios piedosos;
também na praça, todos os dias,
entre os que se encontravam ali.
At 17:18 E alguns dos filósofos
epicureus e estóicos contendiam com ele,
havendo quem perguntasse:
Que quer dizer esse tagarela?
E outros: Parece pregador de estranhos deuses;
pois pregava      
a Jesus
e a ressurreição.
At 17:19 Então, tomando-o consigo,
o levaram ao Areópago, dizendo:
Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas?
At 17:20 Posto que nos trazes
aos ouvidos coisas estranhas,
queremos saber o que vem a ser isso.
At 17:21 Pois todos os de Atenas
e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam
senão dizer ou ouvir as últimas novidades.
At 17:22 Então, Paulo,
levantando-se no meio do Areópago, disse:
Senhores atenienses!
Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos;
At 17:23 porque, passando
e observando os objetos de vosso culto,
encontrei também um altar no qual está inscrito:
AO DEUS DESCONHECIDO.
Pois esse que adorais sem conhecer
é precisamente aquele que eu vos anuncio.
At 17:24 O Deus que fez o mundo
e tudo o que nele existe,
sendo ele Senhor do céu e da terra,
não habita em santuários feitos por mãos humanas.
At 17:25 Nem é servido por mãos humanas,
como se de alguma coisa precisasse;
pois ele mesmo é quem a todos dá
vida,
respiração
e tudo mais;
t 17:26 De um só fez toda a raça humana
para habitar sobre toda a face da terra,
havendo fixado os tempos previamente estabelecidos
e os limites da sua habitação;
At 17:27 para buscarem a Deus se, porventura,
tateando, o possam achar,
bem que não está longe de cada um de nós;
At 17:28 pois nele
vivemos,
e nos movemos,
e existimos,
como alguns dos vossos poetas têm dito:
Porque dele também somos geração.
At 17:29 Sendo, pois, geração de Deus,
não devemos pensar que a divindade
é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra,
trabalhados pela arte
e imaginação do homem.
At 17:30 Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;
agora, porém, notifica aos homens que todos,
em toda parte, se arrependam;
At 17:31 porquanto estabeleceu um dia
em que há de julgar o mundo com justiça,
por meio de um varão que destinou
e acreditou diante de todos,
ressuscitando-o dentre os mortos.
At 17:32 Quando ouviram falar de ressurreição de mortos,
uns escarneceram,
e outros disseram:
A respeito disso te ouviremos noutra ocasião.
At 17:33 A essa altura, Paulo se retirou do meio deles.
At 17:34 Houve, porém, alguns homens
que se agregaram a ele
e creram;
entre eles estava
Dionísio, o areopagita,
uma mulher chamada Dâmaris
e, com eles, outros mais.
Quando ouviram Paulo falar da ressurreição de mortos, houve escarnecimentos e procrastinações. Meu Deus era a palavra de salvação da vida deles e não a receberam.

O QUE SÃO ÓLEOS ESSENCIAIS?QUAIS OS SEUS BENEFICIÁRIOS?

TEM MISERICÓRDIA DE MIM Ó SENHOR: TEXTO ( SALMO 86 )

O cabeçalho do Salmo 86 identifica Davi como autor, sem dar informações sobre seu contexto histórico. Enquanto esse hino contém elementos encontrados nos poemas que Davi escreveu em momentos de perseguições intensas e angústias profundas, esse Salmo parece ser um resumo tranquilo dos motivos da sua confiança no Senhor, e não um apelo urgente em uma hora de crise. Pode representar a fé que cresceu por meio das experiências cumulativas de Davi, pois este ficou cada vez mais confiante do poder e da compaixão de Deus. Ele viu, nas súplicas respondidas, motivos de gratidão e de constante adoração para com o único verdadeiro Deus.

Esse hino é dirigido totalmente a Deus, e assim corretamente descrito como uma oração de Davi. Podemos dividir esse Salmo em três partes, cada uma encerrando com uma afirmação da resposta do Senhor às necessidades do salmista.

A primeira parte enfatiza a relação do servo com o Senhor, frisando a fidelidade de Deus em responder às súplicas dos seus servos (versos 1 a 7). Davi espera a resposta de Deus porque ele mantém comunhão, uma relação íntima, com ele. Ele se identifica como piedoso, uma pessoa devota e reverente diante de Deus, e como um servo que confia no Senhor (verso 2). Davi pede a atenção do Senhor porque ele ora continuamente (versos 3 e 4). Sua confiança, porém, se baseia nos atributos de Deus, por ele ser bom, compassivo, benigno e atento às orações daqueles que o invocam (versos 5 e 6). Confiante no caráter de Deus e na sua comunhão com ele, Davi conclui essa primeira parte com estas palavras: “No dia da minha angústia, clamo a ti, porque me respondes” (verso 7).

A segunda parte fala da relação de Deus com os homens em geral, focalizando o poder incomparável do Senhor (versos 8 a 13). Não há deus semelhante ao Senhor (verso 8). A referência aqui aos deuses afirma a superioridade de Deus aos ídolos, que são fabricados por mãos humanas e são totalmente impotentes (Salmo 97:7). O termo pode incluir, também, as autoridades humanas, como os reis das nações. Não precisamos nos preocupar com uma definição precisa da palavra nesse texto, pois a conclusão é a mesma. Deus é incomparável, muito superior a qualquer outro poder ou pessoa e infinitamente superior a qualquer objeto feito por mãos humanas.

Essa superioridade de Deus é vista nas suas obras e maravilhas (versos 8 e 10), principalmente, na sua criação, porque ele fez as nações, e todas elas devem adorá-lo e glorificar seu nome (verso 9). Mas o autor não fala apenas em termos gerais sobre Deus e as nações. Sua mensagem foi muito pessoal. Por reconhecer o infinito poder de Deus, Davi sempre desejava compreender a sua vontade: “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome” (verso 11). Ele viu os atributos de Deus como motivos de constante adoração: “Dar-te-ei graças, Senhor, Deus meu, de todo o coração, e glorificarei para sempre o teu nome” (verso 12). Depois desses comentários sobre a grandeza de Deus, Davi encerra essa segunda parte do Salmo com mais uma expressão da sua confiança: “Pois grande é a tua misericórdia para comigo, e me livraste a alma do mais profundo poder da morte” (verso 13).

A terceira parte do Salmo considera Deus em relação aos inimigos de Davi que eram, ao mesmo tempo, inimigos do Senhor, homens que não davam importância para Deus (verso 14; veja o comentário de Davi em Salmo 139:19-22). Ele os descreve como soberbos e um bando de violentos. Nesse hino, diferente dos Salmos imprecatórios, Davi não pede o castigo dos inimigos e sim, seu próprio livramento. Ele apela ao Deus compassivo e misericordioso para salvá-lo, acreditando que seus perseguidores seriam envergonhados ao ver seu livramento pela graça divina. O Salmo encerra com mais uma afirmação da confiança de Davi na resposta de Deus: “Mostra-me um sinal do teu favor, para que o vejam e se envergonhem os que me aborrecem; pois tu, SENHOR, me ajudas e me consolas” (verso 17).

Da perspectiva do servo fiel, do adversário e de todas as criaturas, Deus deve ser reconhecido como o Soberano, Todo-Poderoso, Criador, Juiz e Salvador.

sábado, julho 2

DEUS É BOM E A SUA BENIGNIDADE DURA PARA SEMPRE; TEXTO ( SALMO 89 )

Deus é bom! É comum ouvir essa expressão quando alguém reconhece que recebeu alguma coisa boa na vida, ou foi livrada de alguma tragédia. Quando tudo vai bem na vida, as palavras “graças a Deus” deslizam sobre os nossos lábios. Mas, em tempos difíceis e cheios de angústia, é mais fácil sentir dó de nós mesmos e perguntar “por quê, Senhor?”

Deus é bom somente quando a nossa vida é boa, ou continua sendo bom mesmo quando nos deixa sofrer?

O Salmo 89 pergunta sobre o sofrimento do povo de Deus, desejando um fim para sua angústia, mas somente depois de oferecer louvor por sua eterna bondade. Etã, o autor do Salmo, compreendeu que Deus é bom, sempre, independente da circunstância das pessoas.

Esse Salmo obviamente trata da circunstância do povo de Judá depois da queda de Jerusalém à Babilônia (que aconteceu em 586 a.C.). Se o autor for o mesmo Etã citado em 1 Crônicas 15:17 e 19, o salmo seria profético. Se for outro homem do mesmo nome, pode ser que escreveu do contexto do cativeiro na Babilônia. Em qualquer dos casos, o Salmo oferece um excelente equilíbrio entre louvor e súplica.

O salmista deixa clara, desde a primeira linha do hino, sua lealdade total ao Senhor. O questionamento que vem depois não pode ser visto como falta de fé, pois esse adorador compreende bem sua posição diante do eterno Criador do céu e da terra. Ele inicia com estas palavras: “Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade. Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre” (versos 1 e 2).

Aproximadamente 70% desse Salmo relata a fidelidade de Deus na sua aliança com a casa de Davi, o segundo rei de Israel. Quando Deus rejeitou Saul por sua rebeldia, ele escolheu o caçula da família de Jessé para ser seu sucessor. Alguns anos depois, ele prometeu estabelecer o reino do descendente de Davi para sempre (2 Samuel 7:12-16). Etã fala dessa aliança eterna com Davi, uma promessa feita pelo incomparável Deus. O estudo daquela promessa esclarece o sentido desse Salmo, pois várias expressões encontradas nele vêm diretamente daquela promessa.

A aliança com a dinastia de Davi se estendeu, em um sentido, à nação. Se Deus estava protegendo o rei e sua posição, evidentemente agia como protetor de Israel: “Pois ao SENHOR pertence o nosso escudo, e ao Santo de Israel, o nosso rei” (verso 18).

Mesmo conhecendo a promessa a Davi ou, melhor, porque ele conheceu essa promessa, o autor não tinha dificuldade em entender os motivos do castigo da nação. Como relatado nos registros da história de Judá no Antigo Testamento, alguns dos descendentes de Davi foram rebeldes contra Deus. A promessa falou de castigo, mas não de rejeição total, no caso de desobediência (versos 30-37; 2 Samuel 7:14-15).

Em termos de reis terrestres em Jerusalém, a dinastia acabou quando a Babilônia foi usada por Deus para castigar Judá. Da perspectiva de Etã, pareceu que Deus havia quebrado a sua aliança: “Tu, porém, o repudiaste e o rejeitaste; e te indignaste com o teu ungido. Aborreceste a aliança com o teu servo; profanaste-lhe a coroa, arrojando-a para a terra. Arrasaste os seus muros todos; reduziste a ruínas as suas fortificações” (versos 38 a 40). Apesar dessa circunstância do povo, o salmista não perdeu sua confiança na promessa de Deus. Ele pergunta “Até quando?” e pede para Deus mostrar sua bondade para com o povo, mas não questiona a soberania nem a justiça do Senhor (versos 46 a 51).

A fé de Etã foi corretamente fundada na bondade e fidelidade de Deus. Séculos depois, o apóstolo Pedro explicou que as promessas não se referiam ao trono terrestre de Davi e seus descendentes, e sim ao trono celestial do descendente mais importante: Jesus Cristo (Atos 2:29-36). Quando Jesus venceu a morte e subiu para assumir seu lugar no céu, Deus cumpriu sua promessa. O descendente de Davi reina para sempre. 

sexta-feira, julho 1

SAIBA A DIFERENÇA ENTRE FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS:

A utilização de plantas medicinais é uma prática milenar com benefícios reconhecidos pela medicina tradicional, um saber popular transmitido através das gerações. No entanto, esse conhecimento sobre remédios encontrados diretamente na natureza é cada vez mais incorporado pela medicina científica.

Os pacientes são os principais beneficiados, uma vez que contam com mais opções terapêuticas e a possibilidade de tratamentos naturais, se a condição assim lhes permitir. A depender do problema, é possível reduzir ou substituir o uso de fármacos com efeitos secundários adversos ou potenciais causadores de dependência.

A Fitoterapia é o segmento que estuda as propriedades medicinais das plantas, a sua manipulação e como elas podem ser integradas em uma abordagem terapêutica. Dentro dessa especialização, estão incluídas tanto a forma natural dos vegetais como os fitoterápicos.

Apesar desse tipo de medicamento e das plantas medicinais possuírem semelhanças, não devem ser tratados como sinônimos. Para entender melhor as diferenças entre esses elementos, continue lendo o estudo. 

Ao se falar em tratamentos naturais, a ideia é que o termo plantas medicinais resume todas as possibilidades, algo que não corresponde à verdade. Planta medicinal refere-se à utilização do vegetal ou de partes dele sem qualquer processo de industrialização. O responsável por seu efeito terapêutico chama-se princípio ativo.

A utilização mais comum das plantas é para a preparação de chás. Confeccionadas por meio da infusão ou da decocção, essas bebidas podem ser ingeridas ou, ainda, usadas para a preparação de compressas. Também é possível fazer xaropes, solução para gargarejo ou, ainda, pastas caseiras.

Já os fitoterápicos são medicamentos produzidos a partir das partes das plantas medicinais que contêm o princípio ativo responsável pelo alívio dos sintomas. A fórmula pode ser composta por outras substâncias de origem vegetal, como óleos ou extratos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( ANVISA )é responsável por regulamentar a fabricação e comercialização dos fitoterápicos que, como qualquer outro medicamento, devem oferecer garantia de qualidade, ter ação terapêutica comprovada e composição padronizada. 

O processo de produção é acompanhado e controlado de forma que cada componente seja combinado nas quantidades corretas a fim de se obter o alívio desejado e evitar efeitos tóxicos. Esse controle de qualidade afasta a possibilidade de contaminação por fungos e metais pesados, uma situação comum com as plantas medicinais.

Portanto, diante dessas informações, podemos apontar que a principal diferença entre as plantas medicinais e os fitoterápicos é que um é matéria-prima do outro. Para além disso, enquanto os vegetais são utilizados sem qualquer processamento, os medicamentos passam por uma transformação industrial.

As plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos oferecem alternativas de tratamento em relação aos medicamentos alopáticos. No caso dos anti-inflamatórios, por exemplo, a utilização prolongada dessas substâncias pode comprometer a mucosa gástrica e o sistema intestinal.

O organismo também se torna cada vez mais acostumado ao medicamento. É por isso que pacientes que sofrem de dores crônicas se queixam que os fármacos que utilizam com frequência vão “perdendo o efeito”, havendo a necessidade de dosagens maiores.

A evolução das abordagens terapêuticas permite que métodos tradicionais sejam combinados com outros mais naturais, reduzindo-se o impacto do uso excessivo de medicação. Massagens com determinados tipos de óleos essenciais, considerados fitoterápicos, possuem um elevado efeito analgésico.

Plantas como a unha de gato (Uncaria tomentosa) podem ser integradas no tratamento de um paciente com dores articulares O mesmo acontece com a cúrcuma (Curcuma longa), encontrada em forma de extrato e que possui reconhecidas propriedades anti-inflamatórias. Existem, ainda, à disposição, tinturas, pomadas e cremes.

No caso dos chás, entretanto, é importante lembrar que mesmo as versões industrializadas não são necessariamente fitoterápicas. Chás de camomila, hortelã e erva-doce, facilmente encontrados nas prateleiras do supermercado, podem ajudar no relaxamento e no alívio de dores de estômago, por exemplo, mas não pertencem a essa classe de medicamentos.

Nesse contexto, enquadram-se apenas como alimentos, pois o processo de fabricação de um fitoterápico é mais complexo e completo. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% da população de países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, fazem uso de tratamentos naturais, sendo que, destes, 85% recorrem às plantas medicinais. 

Considerando essa realidade, a utilização tanto de vegetais como de medicamentos fitoterápicos passou a ser acompanhada de perto por autoridades sanitárias e de saúde. Uma das principais preocupações em relação a tais produtos é a possibilidade de intoxicação, uma vez que é possível confundir espécies e errar na dosagem.

Em 2006, o Decreto 5.813 instituiu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) com diretrizes para a comercialização e o uso mais seguro dessas alternativas. Isso significa que a utilização delas é estimulada desde que provenientes de fontes idôneas e acompanhada por um profissional de saúde.

No caso da utilização de plantas, é fundamental ter a certeza da sua origem e de que não houve possibilidade de contaminação. Além disso, convém verificar as contraindicações. Normalmente, crianças, grávidas e pacientes com determinadas condições possuem mais restrições.

Vale lembrar, ainda, que os fitoterápicos, apesar de submetidos a um padrão de produção seguro, que elimina hipóteses de propagação de microorganismos, por exemplo, são medicamentos e devem ser prescritos por um profissional de saúde. 

O acompanhamento de um profissional garante uma indicação adequada para cada caso, considerando doenças preexistentes, medicamentos alopáticos de uso habitual, dosagem e tempo de uso. Um tratamento mais natural e seguro é possível com orientação. 

UMA COISA É PEDIR ÃO SENHOR; TEXTO: ( SALMO 27 )

Diante das ameaças dos seus inimigos, Davi demonstrou confiança inabalável no Senhor. A circunstância da composição do Salmo 27 não é identificada, mas obviamente o segundo rei de Israel havia sido liberto de várias ameaças e ainda enfrentava a possibilidade de outras. Suas experiências foram suficientes para criar em Davi a plena confiança em Deus.

Davi inicia o Salmo com uma tripla declaração de quem é o Senhor para ele: sua luz, sua salvação, e a fortaleza da sua vida (verso 1). Essa confiança em Deus para guiar, salvar e proteger deixa o salmista sem motivo de temer seus inimigos. Seus adversários caem e ele permanece (versos 2 e 3).

Davi revela seus desejos mais íntimos quando fala sobre seu relacionamento com Deus. O foco da sua vida é bem descrito nas palavras do verso 4: “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”.

A construção do templo em Jerusalém foi realizada depois da morte de Davi, fato que nos ajuda a entender a ênfase espiritual do seu pedido. A casa ou templo do Senhor foi muito mais do que um edifício feito por homens. Davi desejava a comunhão constante de Deus, o relacionamento espiritual representado durante alguns séculos pelo templo edificado por Salomão. A linguagem de Davi prevê o ensinamento de Jesus, pois o Senhor tirou a atenção do lugar físico e focalizou o relacionamento espiritual. Respondendo a uma pergunta sobre a importância do templo em Jerusalém, Jesus disse que aquele local perderia seu significado, porque todos devem adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4:19-24). A verdadeira habitação de Deus não é um edifício feito de pedras, e sim o coração do seguidor fiel: “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (João 14:23).

O tabernáculo de Deus seria o refúgio, o lugar seguro, que permitiria tranquilidade na vida de Davi, apesar das ameaças dos seus inimigos (versos 5 e 6). É a mesma confiança que Paulo ensinou aos cristãos: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). Mas o santuário não foi apenas um lugar de refúgio, de benefício para Davi, e sim um ambiente de adoração ao Senhor.

Davi aplicou na sua própria vida a instrução geral que Deus dá aos homens. A mensagem que ele ouviu de Deus estava no plural: “Buscai a minha presença”, mas Davi entendeu a aplicação particular: “...buscarei, pois, SENHOR, a tua presença” (verso 8). Quando ouvimos ensinamento da palavra de Deus, sempre devemos pensar primeiro na aplicação em nossa própria vida.

Sabendo que seu predecessor foi rejeitado por Deus por causa da sua desobediência (1 Samuel 15:23), Davi se mostrou ciente do risco de se desviar e perder sua comunhão com Deus: “Não me escondas, SENHOR, a tua face, não rejeites com ira o teu servo; tu és o meu auxílio, não me recuses, nem me desampares, ó Deus da minha salvação” (verso 9). Davi entendeu que Deus era mais confiável e fiel do que seus próprios pais, mas não se esqueceu da importância da sua própria fidelidade para continuar na proteção divina (versos 10 a 12).

Davi encerra esse hino com uma afirmação e uma orientação. Ele declara sua fé na salvação que Deus oferece: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes” (verso 13). O salmista deseja, sobretudo, que seus leitores, outros servos de Deus que cantariam esse hino de louvor, tenham a mesma confiança: “Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR” (verso 14). Quando sentimos vulneráveis, ansiosos e desesperados, devemos lembrar as palavras de Davi. Paulo frisou o mesmo princípio e ofereceu a mesma confiança quando escreveu aos cristãos de Filipos: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7). Que demonstremos a fidelidade e a fé de Davi.

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