terça-feira, julho 12

VAMOS CONHECER ALGUMAS DAS MULHERES MAIS IMPORTANTES DA HISTÓRIA DA PSICANÁLISE:

Se você gosta de estudar ou se interessa pela psicanálise, o estudo de hoje tem como objetivo dividir aqui com você um pouco sobre algumas mulheres que fizeram parte da história do movimento psicanalítico.

Foi a partir de 1920 que elas se tornaram mais presentes nesse movimento. 


COUBE AS MULHERES O PAPEL INAGURAL DA ANÁLISE COM CRIANÇAS 

Nos anos 20 as mulheres já buscavam um lugar e um papel na sociedade que não fosse somente o de esposa e mãe. No movimento psicanalítico essa realidade também se sentia presente. “… realizavam-se inúmeros debates referentes a suas vidas e seu comportamento: feminilidade, maternidade, análise de crianças, sexualidade feminina”. (ROUDINESCO, E. ) p. 331.

Os estudos de medicina ainda eram reservados aos homens, ficando as mulheres mais com a função educativa. Era comum as mulheres serem analisadas pelos seus próprios maridos psicanalistas e/ou amigos dos mesmos.

As mulheres, discípulas ou pacientes de Freud, eram bem diferentes das mulheres de sua família. Vindas de diferentes  lugares: inglesas, alemãs, austríacas, americanas e, na sua maioria, pertencentes a classes altas, porém com uma independência e um modo de vida conquistados, bem diferentes daquelas que foram pioneiras da primeira geração da WPV (Associação de Psicanálise de Viena).

Antes de 1920, com algumas exceções, as psicanalistas ficavam à sombra dos homens. Era, então, pode-se dizer assim um momento de virada, pois, desse período em diante, seriam as protagonistas do movimento psicanalítico. 

Roudinesco cita que “Se a maioria delas sofria de melancolia, tédio ou neuroses, em geral decorrentes de um contexto familiar ou conjugal conturbado, encontraram na psicanálise meios de ter uma profissão, engajar-se numa causa, transformar suas vidas ou, mais simplesmente, participar de uma aventura intelectual. Foi o caso, em especial, de Helene Deustch, Hilda Doolittle, Edith Jacobson, Ruth Mack-Brunswick, Dorothy Burlingham, Joan Riviere, Marianne Kris,(…). (p.349)

Vamos então conhecer por aqui um pouco sobre cada uma delas? Continue lendo esse estudo para saber mais. 

HELENE DEUSTCH

Helene Deustch, polonesa, nascida em  Przemysla em 09 de outubro de 1884. Foi a primeira mulher a liderar a Sociedade Psicanalítica de Viena e contribuiu para teoria sobre a psicologia das mulheres. Apesar da medicina ser um curso destinado aos homens, ela foi admitida em 1907 na faculdade de medicina da Universidade de Viena. Lendo a Interpretação dos Sonhos de Sigmund Freud e, impressionada pela teoria sobre a sexualidade infantil,  o inconsciente e seus protestos contra a sociedade, se interessou pela psicanálise.

Em 1918, foi admitida na Associação psicanalítica de Viena, sendo mais tarde, em 1924 diretora da Associação.

Em 1925, escreveu um livro sobre a psicologia das mulheres, se tornando a primeira psicanalista a publicar um livro referente ao assunto.

Anos mais tarde, em 1935, emigrou para Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos onde continuou trabalhando como psicanalista até sua morte em 29 de março de 1982.

HILDA DOOLITTLE

Hilda Doolittle, cujo pseudônimo era H.D., foi uma romancista, poetisa e memorialista americana, nascida em Bethlehem, Pensilvânia. Fez parte do movimento imagista em Londres. Durante a primeira guerra mundial, com a morte do irmão e o final de seu casamento, a sua poesia será influenciada por esses eventos.

No ano de 1933, foi encaminhada a Viena para fazer análise com Freud através do psicanalista Bryher, o qual dizia que ela estava paranóica, depois da ascensão de Adolf Hitler no poder e que, para ela, isso representaria uma nova guerra mundial.

Tornou-se amiga de Freud e foi sua analisante, buscando entender e poder expressar a sua bissexualidade. Durante seu tratamento com Freud, Hilda escreve em seu diário sobre a técnica da psicanálise vista pelo lado do analisante. Mesmo após a mudança de Freud para Londres, devido ao período do Nazismo, eles trocaram muitas correspondências.

Sofrida com os traumas da perda do irmão e o sofrimento dos traumas apresentados pelo seu ex-marido na Primeira Guerra Mundial, se referia a esses fatos como sendo a causa da morte de seu bebê ainda em seu útero.

Nas décadas de 1970 e 1980, os seus poemas foram redescobertos, vindo a se tornar um ícone do movimento gay e feminista. 

EDITH JACOBSON

Edith Jacobson, alemã, viveu no período de 1897 a 1978. No ano de 1922, finalizou seu curso de medicina da faculdade de Jena, Heidelberg e Munique. 

No Hospital Universitário de Heidelberg fez seu estágio, na área de pediatria, entre os anos de 1922 a 1925. Nesse período, através de seu trabalho e observações em crianças sobre o aspecto da sexualidade infantil, começou a se interessar pela psicanálise.

Se analisou com Otto Fenichel e iniciou seus estudos de psicanálise no Instituto Psicanalítico de Berlim, tornando-se membro da Sociedade Psicanalítica de Berlim no ano de 1930.

No ano de 1935, ela foi presa pelos nazistas por recusar a divulgar informações sobre um de seus pacientes. Devido a alguns problemas de saúde, foi internada no hospital de Leipzig e de lá conseguiu escapar para a Tchecoslováquia. Após a sua fuga, pouco tempo depois, emigrou para os Estados Unidos, se tornando membro do Instituto e Sociedade de Psicanálise de New York, se tornando analista e professora.

Se dedicou aos estudos, principalmente com pacientes depressivos e psicóticos, introduzindo o conceito de auto-representação com Heinz Hartmann.

RUTH MACK BRUNSWICK

Ruth Mack-Brunswick,   nascida em Chicago em 1897, nos Estados Unidos, foi médica e psicanalista. Seus pais eram americanos de origem germano-judaícas. Foi introduzida no mundo da psicologia, por Elmer Ernest Southard, uma eminência de Harvard.

Permaneceu durante 10 anos em Viena, entre 1928 e 1938, onde foi analisada por Freud. Tornou-se um membro íntimo do círculo de psicanalistas, sendo considerada uma das confidentes de Freud. Foi membro e analista de treinamento em Viena e, também, da Associação de Psicanálise de New York. Foi uma das grandes mediadoras influentes entre Viena e Nova York.

A psicanalista centrou seus trabalhos nos aspectos pré-edipianos do vínculo emocional entre mãe e filho e no tratamento psicanalítico da psicose.

Freud atendeu a um russo de 23 anos, no ano de 1910, conhecido como um dos seus estudos de caso mais importante, chamado “o homem dos lobos” e foi para Ruth Brunswick que Freud encaminhou seu paciente para continuidade de sua análise, onde ela o atendeu no período de 1922 a 1927.

Era uma pessoa muito generosa e ajudou vários de seus amigos a deixarem a Austria no período do nazismo.

DOROTHY BURLINGHAM

Dorothy Burlingham, cujo nome completo Doroty Trimble Tiffany Burlingham, nascida em New York nos Estados Unidos, foi educadora e psicanalista americana de crianças. Viveu no período de 1891 a 1979. Filha do artista Louis Comfort Tiffany e neta de Charles Lewis Tiffany, fundador da Tiffany & Co.

Foi amiga e parceira de Anna Freud, também psicanalista infantil. Trabalharam em conjunto na análise de crianças.

Burlingham dirigiu um grupo de pesquisa na Clínica Hampstead de Londres, sobre o estudo de crianças cegas. Um dos seus trabalhos de 1979 com o tema “Ser cego em um mundo visado”, foi um marco da observação científica empática, publicado no estudo psicanalítico de criança.

Foi casada com Robert Burlingham, diagnosticado com transtorno Bipolar, o que resultou em sua separação. Com quatro filhos, sendo que um deles desenvolveu um distúrbio de pele, considerado de origem psicossomática. Em busca de cura para seu filho, Burlingham buscou na psicanálise o seu tratamento e, para isso, mudou-se para Viena com os filhos no ano de 1925.

Em Viena se analisou com Freud e seus quatro filhos foram encaminhados para análise com Anna Freud, filha de Sigmund Freud.

A doença de pele de seu filho desapareceu após o tratamento, o que a levou a se tornar uma analista. Foi muito próxima de Anna Freud e, após a morte de Sigmund Freud em 1939, no ano seguinte ela se mudou para casa de Freud em Londres, no endereço 20 Maresfield Gardens. Anna Freud e Burlingham permaneceriam parceiras durante os próximos 40 anos, onde juntas publicaram no ano de 1943, Bebês sem famílias. 

No ano de 1951, juntamente com Helen Ross, a Clinica Hampstead se propôs a dar assistência e terapia as famílias em tratamentos de crianças perturbadas e deficientes, independente dos seus antecedentes sociais. Elas trabalharam juntas em Hampstead até a sua aposentadoria. 

Burlingham morreu em Londres no ano de 1979 e suas cinzas estão no Crematório Golders Green, ao lado de Anna Freud que faleceu em 1982 e de Sigmund Freud e demais familiares.                                                                         JOAN RIVÍERE

Joan Rivière, foi uma psicanalista inglesa que viveu no período de 1883 a 1962. Foi uma das pioneiras da Sociedade Britânica de Psicanálise e uma das suas maiores contribuições, na história da psicanálise, foi a realização das primeiras traduções de Freud da língua alemã para a inglesa. 

Esteve a frente da Revista Internacional de Psicanálise no período de 1920 a 1937. Após seu internamento para tratar “doenças dos nervos” em um sanatório, foi analisada por Ernest Jones e foi uma defensora das teorias de Klein. Foi também analisada por Freud, durante um curto período, onde o mesmo observou o seu potencial. O seu trabalho com Freud possibilitou o insight “que ela buscava na compreensão da relação com os outros”. 

Entre algumas de suas contribuições publicou os seguintes artigos: “Feminilidade como uma mascarada”(1929); “Regeneração Mágica através da Dança”(1930); “Ciúmes como mecanismo de defesa”(1932); “Novas Leituras Introdutórias da Psicanálise”(1934); “Uma contribuição à análise da reação terapêutica negativa”(1936); “A esposa desolada” (1945).

“Susan Isaacs, John Bowlby, Donald Winnicott e Ernest Trist foram analisandos de Joan; e Hanna Segal, Herbert Rosenfeld e Henry Rey, seus supervisionandos. Ao contribuir com a formação desses psicanalistas, Joan certamente cooperou com os progressos que eles implementaram na psicanálise.” (HAUDENSCHILD, Teresa Rocha Leite.Joan Riviere. J. psicanal. [online]. 2017, vol.50, n.92, pp. 251-264. ISSN 0103-5835.)

MARIANA KRIS

Marianne Kris era filha de Oskar Rie e Melanie Bondy. Seu pai era amigo e médico pediatra da família de Freud. Estudou medicina na Universidade de Viena, se especializando na área de psiquiatria no ano de 1925.

Foi analisada por Franz Alexander, por indicação de Freud.  Seu noivo Ernst Kris, curador do Museu Histórico de Arte de Viena, se aproximou de Freud através de Marianne o qual dava conselhos a Freud sobre as suas coleções de antiguidades. 

Ernst Kris foi analisado por Helene Deutsch. No ano de 1928 Marianne e seu marido se tornaram membro da Sociedade de Psicanálise de Vienna.

A família de Marianne Kris, bem como a de Freud, na época da incorporação da Áustria pela Alemanha, foram para Londres. Na Capital da Inglaterra, Marianne tornou-se membro e professora da Sociedade de Psicanálise Britânica.

Em 1940, o casal se estabeleceu em Nova York e Marianne se tornou, no ano de 1944, membro do (NYPS) Instituto de Psicanálise de Nova York e, em conjunto com Berta Bornstein, pertenceram ao pequeno grupo que tratavam com análise de crianças.

Ofereceu vários cursos aos médicos, bem como a outros profissionais. Se dedicou a “Junta Juvenil de Riu” onde trabalhou com assistentes sociais e trabalhadores jovens.  O seu engajamento nas pesquisas sobre os filhos de Kibutz (comunidade judaica com a ideologia de trabalhar para o bem-estar coletivo) permitiu-lhe a prática das teorias psicanalíticas, além dos tratamentos convencionais.

Marianne, junto com o marido, trabalhou em vários projetos de pesquisa e criaram o Centro de Estudos Infantis na Universidade de Yale. Seu eixo principal de estudos foi trabalhar a psicanálise com vários membros da mesma família.

Após a morte de seu marido em 1957, se tornou editora da Revista sobre Estudos de Psicanálise de crianças e, junto com Anna Freud , lutou pela admissão da análise das crianças. 

Foi analista de Marylinn Monroe, indicada por Anna Freud, onde Marylinn chegava a fazer cinco sessões por semana. Mas, Marylinn a trocou por outro psicanalista, por não ter concordado com a indicação de seu internamento, pois Marianne já observava em sua paciente sua tendência suicida.

Em 1961, Marylinn inicia seu tratamento com o Dr Greenson até a sua morte precoce, porém em seu testamento citou Marianne como uma das suas beneficiárias.

“O prêmio Marianne Kris recompensa, todos os anos, a pessoa ou o programa que contribui cientificamente, de forma profunda e sustentada, para o bem-estar emocional das crianças e da família”.

OUTRAS DUAS MULHERES IMPORTANTES DO CÍRCULO DE FREUD 

Embora as duas mulheres fossem bem diferentes, uma Russa, que passou uma vida intensa na Alemanhã e Áustria e outra francesa, foram muito importantes no movimento psicanalítico e assumiram um papel importante na segunda parte da vida de Freud. Além de integrarem o “círculo de seus discípulos”, também participaram da vida familiar de Freud em sua intimidade. Quem são elas? 

LOU ANDREAS- SALOMÉ 

Lou Andreas-Salomé nasceu cinco anos depois de Freud, em São Petersburgo. Foi filósofa, romancista, poeta e psicanalista.  Veio de uma família da aristocracia alemã. Era contrária as normas do casamento burguês e se dedicou a vida intelectual, desde a sua juventude. Muito bonita e sedutora foi o grande amor de Nietzsche não realizado.

Lou considerava as mulheres mais livres que os homens, “as mulheres, capazes de se doarem integralmente no ato sexual, não sentem vergonha nem constrangimento. Era nessa perspectiva que concebia o amor sexual como uma paixão física que, uma vez saciado o desejo, se esgota. Por conseguinte, só o amor intelectual, fundado numa absoluta fidelidade, é capaz de resistir ao tempo”. (ROUDINESCO, p. 350)

Depois de Nietzche, também Freud ficou fascinado por Lou Andreas, cuja algumas semelhanças entre os dois poderia justificar essa identificação, “mesmo orgulho, mesma desmedida, mesma energia, mesma coragem, mesma maneira de amar e possuir avidamente os objetos eleitos”. p. 350

O seu encontro com a psicanálise, segundo a autora, se deu pela “adesão à concepção Nietzchiana do narcisismo, e mais genericamente ao culto do ego, característica da Lebensphilosophie do fim do século, que preparou o encontro de Lou com a psicanálise”. p. 351

Seu primeiro encontro com Freud se deu no ano de 1911 e, após se instalar em Viena no ano de 1912, Lou passa a assistir às reuniões do círculo freudiano, bem como as organizadas por Adler. 

Lou abraça a causa freudiana junto com sua nova paixão Viktor Tausk, o qual era quase vinte anos mais jovem que ela. Junto a sua nova paixão ela iniciou-se na prática analítica, visitaram hospitais, conheceram intelectuais vienenses e observaram casos que lhes interessavam.

Após a Primeira Guerra, Lou se dedicou durante 06 meses aos cuidados das vítimas de traumas nervosos em um campo de batalha. Lou, muito próxima de Freud e sua família, supervisionou o tratamento de Anna Freud com Sigmund Freud.

Em 1931, quando Freud completou 75 anos, Lou lhe dedicou um livro onde colocava a sua gratidão e discordâncias com aquele que a recebeu como uma de suas melhores amigas e confidentes. “Freud lhe respondeu que ela colocava uma ordem feminina na desordem ambígua de seu próprio pensamento”. (ROUDINESCO, 2016, p. 354).

Para Lou “A vida humana – na verdade, toda a vida – é poesia. Nós a vivemos inconscientemente, dia a dia, fragmento a fragmento, mas, na sua totalidade inviolável, ela nos vive”. 

Ouse, ouse … ouse tudo!!

Não tenha necessidade de nada!

Não tente adequar sua vida a modelos,

nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.

Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.

Se você quer uma vida, aprenda… a roubá-la!

Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.

Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:

algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!

“Aos 74 anos, Lou Andreas-Salomé deixou de trabalhar como psicanalista. Ela desenvolveu problemas cardíacos, e em sua condição debilitada, passou por diversos tratamentos e internações hospitalares. Seu marido a visitava diariamente; Após um casamento de quarenta anos marcado pela doença em ambos os lados e longos períodos de não comunicação mútua, os dois se aproximaram. O próprio Sigmund Freud reconheceu isso de longe, escrevendo: “isso só prova a permanência da verdade [de sua relação]”. Friedrich Carl Andreas morreu de câncer em 1930. Lou teve que se submeter a uma difícil operação relacionada ao câncer em 1935″ e morre em 1937 de uremia.

MARIE BONAPARTE

Marie Bonaparte não teve a oportunidade de conhecer Lou Andreas-Salomé. Bonaparte era 20 anos mais moça. “Uma diametralmente oposta à outra, tanto por sua origem como por sua cultura, seu modo de vida ou sua adesão ao freudismo, as duas mulheres tiveram todavia em comum o amor vibrante que dedicavam a Freud”. (ROUDINESCO, 2016) P. 355.

Marie nasceu em Saint-Cloud, França, em 02 de julho de 1882. Era sobrinha-bisneta de Napoleão I. Seu avô era sobrinho de Napoleão Bonaparte. Seu avô materno François Blanc foi o fundador do Cassino de Monte Carlo, deixando a ela toda sua fortuna.

Após seu nascimento, ficou orfã de mãe, quando tinha 30 dias de vida, foi educada por um pai distante e uma avó paterna autoritária, o que lhe garantiu uma infância infeliz. Era uma criança solitária, criada com a ajuda de babás e proibida de ter amigos a não ser com os primos paternos. “Transformou-se em uma moça hipocondríaca, cheia de fobias, infeliz e, sobretudo, muito desconfiada”. Seu pai envolvido nos estudos e pesquisas de antropologia não tinha muito tempo para dar a atenção necessária que a filha lhe solicitava. Marie aprendeu a ler muito cedo e escrevia cartas ao pai buscando sua atenção. Após a morte do pai, descobriu que as cartas estavam guardadas, sem nunca serem abertas ou lidas.

Já aos quatro anos iniciou a aprendizagem da língua inglesa e alemã. Desde cedo desenvolveu o hábito de escrever. 

Marie conheceu Freud somente no ano de 1925, aos 43 anos, quando estava à beira de um suicídio. Foi encaminhada por René Laforgue, psiquiatra e psicanalista para ser analisada por Freud. Assim, se instalou em um hotel, Bristol, e foi bem recebida por, nesse tempo, possuir o título de alteza real, princesa da Dinamarca e Grécia, título esse adquirido por um casamento aos 25 anos, para atender a ambição de seu pai, com o príncipe George da Grécia e Dinamarca.

“No início Freud desconfiou daquela mulher célebre e mundana, que gastava fortunas com roupas e um suntuoso estilo de vida. (…) A rigor não lhe apetecia tratar uma pessoa a quem julgava frívola. E, no entanto, conduziu com ela, de 1925 a 1928, e em sucessivas etapas, um dos tratamentos mais bem -sucedidos de toda a história de sua clínica, evitando-lhe o suicídio e múltiplas transgressões destrutivas”. (ROUDINESCO, 2016) P. 357

Sua análise durou inicialmente apenas dois meses, com duas sessões diárias. Marie volta para Paris, porém mantendo contato frequente com Freud, onde tornou-se sua grande amiga. Nos anos seguintes de 1926 a 1929 retornava para análise por algumas semanas e, ainda de 1934 a 1937, em algumas visitas a Viena aproveitava para se analisar.

Marie Bonaparte é considerada a primeira psicanalista francesa. Participou do grupo fundador da Sociedade Psicanalítica de Paris e durante o resto de sua vida trabalhou pela causa psicanalítica.

A sua obra é extensa, sendo que o assunto mais desenvolvido por ela foi sobre os mistérios da sexualidade feminina. Cabe a ela também o tradução e divulgação da obra de Freud. É lembrada como a psicanalista abastada que pode comprar toda a correspondência de Freud-Fliess, vendida pela viúva de Fliess, e uma das principais responsáveis pela retirada da família de Freud da Áustria, quando ocupada pelos nazistas. 

Foi participante ativa da vida científica e da sociedade, defensora da análise leiga. Marie, dentro do movimento psicanalítico, debateu sobre a sexualidade feminina e distinguia três categorias de mulheres, como cita Roudinesco, 2016: “as reivindicadoras, que procuram apropriar-se do pênis do homem; as aceitadoras, que se adaptam à realidade de suas funções biológicas ou de seu papel social; e as renunciadoras, que se dissociam da sexualidade”. p. 358

“Se Lou foi para Freud a encarnação da inteligência, beleza e liberdade – algo como A mulher -, Marie tornou-se antes a filha, a aluna, a paciente, a discípula, a excepcional tradutora, a embaixatriz devotada, e apaixonada por chows-chows e a organizadora do movimento psicanalítico francês sobre a qual reinará, de maneira por vezes desastrosa, durante décadas”. (ROUDINESCO, 2016) P. 355.

Enfim  respondendo a pergunta do título do estudo  acredito que você já possa ter uma idéia sobre qual seria a resposta.

Aproveito para dizer que o objetivo desse estudo sobre algumas mulheres importantes da história do movimento psicanalítico,  foi apenas trazer aqui para você um pouco sobre a vida e contribuição de cada um delas, lembrando que valeria a pena, caso seja de seu interesse,  pesquisar e buscar mais informações aprofundadas sobre as mesmas.

MINDFULNESS: TRABALHANDO COM A MENTE ENQUANTO ELA VAQUEIA:

Quando você está se sentindo distraído, praticar a atenção plena é uma ótima maneira de melhorar seu espaço mental. Dê uma olhada nessas dicas e recursos.

Em um mundo agitado, sua atenção pode estar em muitas coisas – desde suas preocupações até seu telefone. Mas às vezes essas coisas podem deixá-lo inquieto e distraído. Quando praticamos a atenção plena, nos tornamos mais conscientes das coisas que acontecem ao nosso redor e ganhamos uma maior sensação de presença.

Pesquisas sugerem que a atenção plena pode ajudá-lo a ficar mais calmo, ser mais produtivo na escola ou no trabalho e avançar em direção a um espaço mental mais saudável.

A boa notícia é que a atenção plena pode se tornar parte de sua vida cotidiana. Aqui estão 4 dicas para ajudá-lo a praticar a atenção plena.

1. Observe sua respiração

Tire alguns minutos do seu dia para se concentrar na sua respiração. É importante lembrar que a atenção plena não é um tipo de coisa única. É preciso tempo e prática para desenvolvê-lo.

Você pode começar a praticar sua respiração respirando profundamente algumas vezes, inspirando e expirando. Tente deixar de lado seus pensamentos errantes.

2. Faça uma caminhada pela natureza

Caminhar pode ser um bom exercício, mas é fácil se distrair quando estamos presos em nossos pensamentos. 

Você sabia que a meditação andando nos permite sair do piloto automático em que às vezes nos encontramos. É tão fácil quanto encontrar um espaço tranquilo para caminhar e você pode praticá-la na natureza, em um corredor ou em uma rua da cidade.

Ao caminhar, preste atenção ao levantar e cair dos pés. Observe o movimento em suas pernas e corpo. E se você encontrar seus pensamentos vagando, traga-os de volta à sensação de seu movimento.

3. Faça pequenas pausas ao longo do dia

Se você está achando difícil ficar quieto, é importante tirar um tempo do seu dia. A atenção plena pode ajudá-lo a reorientar sua energia. Você pode pensar em como está se sentindo no momento – se está cansado ou com dores – e evitar que sua mente vagueie para outras coisas.

Para aproveitar ao máximo sua mini pausa, sente-se confortavelmente e concentre sua atenção totalmente na sensação de seus pés tocando o chão ou de seu traseiro na cadeira. Você também pode envolver seus sentidos e se concentrar no que pode cheirar, ver, ouvir, sentir ou saborear no momento presente. Reserve pelo menos alguns minutos para prestar atenção ao seu corpo em vez do que você está fazendo.

 

4. Evite fazer muitas coisas ao mesmo tempo

Você já começou a fazer algo apenas para esquecer o que está fazendo? Às vezes, nossos cérebros podem ficar um pouco confusos e nos desviamos.

Isso pode acontecer, digamos, se você estiver fazendo a lição de casa e um amigo lhe enviar uma mensagem. Fazer muitas coisas pode ser uma distração, por isso é melhor limitar-se a fazer uma tarefa de cada vez. Isso se torna mais importante quando você está fazendo algo que requer toda a sua atenção.

NEEMIAS; A RECONSTRUCÃO ; TEXTO: ( CAPÍTULO 5-10 ).

Algum tempo depois, muitas pessoas tanto homens como mulheres, começaram a reclamar contra os seus patrícios judeus. Alguns diziam: As nossas famílias são grandes, e precisamos de trigo para nos alimentarmos e continuarmos vivos. A reclamação que o povo estava fazendo era sobre a opressão das autoridades sobre o povo. Alguns do povo já havia dado suas filhas como escravas, suas posses como garantias para o rei. O povo argumentou a Neemias que os filhos deles eram iguais aos da realeza, não havia diferença entre eles, pois eram da mesma raça e mesmo assim, eles estavam oprimindo os seus. Neemias ficou desgostoso quando ouviu tudo isso e convocou uma reunião para resolverem da melhor forma. Nessa reunião Neemias repreendeu as autoridades e os oficiais do povo,  vocês estão explorando os seus irmãos, alguns tiveram que se  vender aos estrangeiros e pagamos seu resgate, agora vocês que são judeus, estão forçando os seus próprios patrícios a se venderem a vocês! As autoridades ficaram caladas, e não acharam respostas, então Neemias disse:  Vocês deviam temer a Deus e fazer o que é direito em vez de dar aos nossos inimigos, os não judeus, razão para caçoar de nós. Neemias e seus homens já haviam emprestado dinheiro ao povo para ajudar em suas despesas, e Neemias cobrou das autoridades a mesma atitude, perdoar as dívidas deles e devolverem suas propriedades aos seus respectivos donos. As autoridades concordaram em fazer isso e Neemias chamou os sacerdotes e na frente deles, fez as autoridades jurarem que cumpririam suas palavras, tirou a faixa que estava em sua cintura e a sacudiu, e disse:  É assim que Deus vai sacudir qualquer um de vocês que não cumprir a sua promessa. Deus tirará de você que não cumprir, a sua casa e tudo que você tem. Todos que estavam ali disseram:  Amém! Que assim seja! Louvaram a Deus e cumpriram a promessa que haviam feito.

essa crise não pode ter surgido devido ao trabalho da muralha. O mal estava ao redor. 2 rs 4:1; Am 2:6; 8:6; Is 50:1.

A bondade e a honestidade de Neemias

Durante os 12 anos em que Neemias foi governador da terra de Judá, ele e seus parentes não comeram a comida que tinham direito por exercer função de governador. Neemias deu bons exemplos aos outros líderes e ao povo, outros que governaram antes dele, eram uma carga ao povo e estes funcionários públicos exigiam que o povo, pagassem altas quantias em dinheiro para eles comprarem comida e seus vinhos, enquanto o povo trabalhava no pesado. Neemias agiu diferente, todos os seus empregados ajudaram na reconstrução das muralhas, colocaram a mão na massa, Neemias com o dinheiro que ganhava de seu trabalho, não comprou propriedade nenhuma, ele hospedou em sua casa 150 judeus e seus chefes, além de todas as pessoas de nações vizinhas que vinham a sua casa. Neemias temia a Deus e exercia sua liderança baseada nos princípios das ordenanças de Deus.  

Belo exemplo a ser seguido, Salomão já dizia: O princípio da sabedoria, é temer a Deus. Os tolos rejeitam a sabedoria e não querem aprender. Pv1:7.

Capítulo 6 – Planos contra Neemias 

Sambalate, Tobias, Gosém e o resto dos inimigos dos judeus souberam que eles haviam construído as muralhas de Jerusalém, mesmo que ainda não houvessem colocado os portões na cidade, os inimigos já estavam de olho em tudo, buscando uma maneira de parar o progresso dos judeus. Os inimigos enviaram uma mensagem a Neemias para ele se encontrar em uma região do vale do Ono. A intenção dos inimigos não era pacífica, isso logo Neemias compreendeu, enviou mensageiros aos inimigos dizendo que não dava para ir, pois estava ocupado com coisas mais importantes. Os inimigos tentaram por mais 4 vezes e nas 4 vezes, eles receberam a mesma resposta de Neemias. Confira o que Sambalate queria com Neemias. Leia Números 6:5-14.
Observaçãoquantas vezes você deixou de seguir em frente em um sonho, um negócio, um curso, ou qualquer outra coisa, pois teve medo? Isso acontece! O inimigo muitas vezes vem até nós para pôr-nos medo, outra vezes, nos tira de algo que estamos fazendo, para nos levar a outro, que não tem propósito algum com seu objetivo, mas você vai porque é seduzido pelo assunto, aquilo é parte do seu hall, você entende. A decisão de Neemias de continuar em frente era maior que a distração que o inimigo propôs a ele. Foram diversas vezes; o inimigo usou “profetas”, pessoas que traziam consigo alguma reputação ou confiança e mesmo assim Neemias continuou firme, sabe por quê? Ele confiava na Palavra Santa de Deus. Sua confiança era baseada no Senhor, não pelas circunstâncias. Te encorajo a rever parte de seu passado, parte daquilo que você parou, cessou de fazer. Reveja algo que te chama ainda em seus pensamentos, mas você deixou de lado para fazer outra coisa. Ore a Deus perguntando se aquilo que está lhe chamando em pensamento vem do Senhor Deus, se é parte do seu propósito para com a sua vida, ou se é o inimigo tentando te fazer desviar do caminho outra vez. Peça a Deus um sinal, mas não conte a ninguém, a não ser a Deus. Espere acontecer. Que Deus nos abençoe e que a vontade dele, seja a nossa vontade, que a vontade dele, esteja sobre a nossa!

Termina a construção das muralhas.

As muralhas foram terminadas no dia 25 do mês de elul, depois de cinquenta e dois dias de trabalho. Os inimigos da nações vizinhas souberam disso e ficaram desmoralizados porque todos ficaram sabendo que o trabalho havia sido feito com a ajuda de Deus, o Senhor. Neste tempo, as autoridades dos judeus haviam escrito muitas cartas a Tobias e haviam recebido várias cartas dele. Muita gente de Judá estava do lado de Tobias[FR6] , porque ele era genro de um judeu chamado Secanias. Pela minha frente falavam coisas boas que Tobias havia feito e contavam a ele tudo o que eu dizia. E Tobias continuava a mandar cartas para ver se conseguia me fazer ficar com medo. 

Capítulo 7 – Termina a construção das muralhas

Agora as muralhas estavam reconstruídas, os portões estavam todos colocados nos seus lugares. Os guardas do Templos já estavam a postos, foi coordenado toda a administração dos trabalhadores e levitas para a função que cada um desempenhava no Templo do Senhor. Neemias colocou seu irmão Hanani e um oficial comandante da fortaleza para governar a cidade de Jerusalém. Neemias deu ordens para abrirem os portões da cidade somente quando o sol estivesse esquentando e que fechassem na hora do pôr do sol. Os guardas deveriam ficar em locais estratégicos e zelar pela cidade, pelo Templo e pelas pessoas de Jerusalém. No mesmo capítulo, Neemias faz uma releitura das pessoas que haviam voltado da Babilônia, na primeira incursão com Zerobabel. Essa leitura é a mesma de Esdras 2. [FR7] 
Observações: na lista dos nomes, há nomes bem estranhos. Exemplo: Baquebuque, quer dizer jarro ou cântaro. Tem Hacufa, que quer dizer “torto” ou “desonesto”[FR8] . 

Capítulo 8 – Esdras lê o livro da Lei para o povo 

Já no sétimo mês, todo o povo de Israel já estava morando nas suas cidades e no primeiro dia desse mês, todos se reuniram em Jerusalém, na praça em frente ao portão das águas. Pediram a Esdras o mestre da lei que trouxesse o livro da Lei do Senhor Deus, e ele leu o livro sagrado na frente de todos. Havia mulheres, homens e crianças que já tinham idade para entender. Esdras leu a Lei em um estrado de madeira, feito especialmente para aquela ocasião, ao lado dele estavam levitas que ajudaram na leitura e compreensão das escrituras. Quando os levitas explicavam o significado de cada passagem das escrituras lidas por Esdras, os olhos do povo foram se abrindo e isso fez com que o entendimento das Escrituras provocasse uma comoção tão grande, que todos choravam. Neemias o governador acompanhava o que estava acontecendo e buscava acalmar o povo, pois eles se lamentavam e choravam, Esdras disse:  Este dia é sagrado para o Senhor, nosso Deus, e por isso vocês não devem se lamentar nem chorar. Vão para suas casas e façam uma festa, repartam a sua comida e seu vinho com quem não tiver preparado. A alegria que o Senhor dá fará com quem vocês fiquem fortes. Então todos foram para suas casas, comeram e beberam alegremente, e o que eles tinham repartiram com os outros porque entenderam o que havia sido lido para eles.  Observações: aqui começa o judaísmo. Esdras inaugura essa função. A leitura de Neemias 8, é a continuação de Esdras 8:36. Em Esdras não aparece essa continuação. Vale lembrar que os levitas traduziam para o povo o que diziam as escrituras, pois o povo falava em aramaico, língua da Babilônia. Esdras ministrou a palavra por pelo menos três horas. Da aurora até o meio-dia.

A festa das Barracas 

No dia seguinte, os chefes dos grupos de famílias, os sacerdotes e levitas foram aonde Esdras estava, a fim de estudarem com ele os ensinamentos da Lei. Foi achado no livro a instrução para o povo comemorar a festa das barracas. Avisaram em toda a região de Jerusalém e arredores sobre a comemoração da festa, e todo o povo construiu cabanas de madeira, para relembrarem seus antepassados que moraram em cabanas nos tempos do deserto. A festa durou sete dias e no oitavo houve uma reunião solene para terminar a festa, como mandava a lei.   

Capítulo 9 – O povo confessa os seus pecados  

Aproximadamente uma semana após a conclusão da festa das cabanas, o povo se reuniu para jejuar a fim de mostrar a sua tristeza pelos seus pecados. O episódio da separação dos casamentos com estrangeiras já havia passado, então eles se vestiram de roupa feita de pano grosseiro e puseram terra na cabeça, em sinal de tristeza pelos pecados cometidos. Durante três horas a Lei do Senhor foi lida para eles, eles choravam e confessavam seus pecados por mais três horas. Os levitas comandaram o coro para o canto dos salmos, e nessa oração confessavam seus pecados.  

durante essa oração, o povo lembrou do passado, de tudo que o Senhor Deus fez pelo seus antepassados. Salmos 74 + 78 + 79 + 83.

Capítulo 10 – O acordo                    

As autoridades, os levitas e os sacerdotes, assinaram um acordo por escrito e o primeiro a assinar foi o governador Neemias e depois Zedequias, junto com os sacerdotes, levitas e líderes do povo.  

O acordo

O povo de Israel junto com seus líderes prometeu cumprir fielmente o que manda a Lei, prometeram viver de acordo com a Lei mosaica e se não cumprissem, eles mesmos diziam que seriam amaldiçoados.
Vamos analisar:

  1. Não dariam seus filhos e filhas em casamentos com estrangeiros;
  2. Não comprariam nada de estrangeiros em dias sagrados, como o sabado, por exemplo;
  3. Todo sétimo ano não colheriam o que a terra produziria e perdoariam todas as dívidas;
  4. Cada um contribuiria todos os anos com quatro gramas de prata para ajudar a pagar as despesas do Templo;
  5. Dariam os pães azimos, a oferta de trigo e cevada, os animais e as ofertas sagradas para os dias especiais, inclusive festas;
  6. Combinaram de todos os anos tirariam a sorte para escolherem a família que irá fornecer a lenha para o Templo;
  7. Combinaram de trazer o primeiro filho de cada família ao Templo, para que ali os sacedotes o separem para o serviço a Deus;
  8. Todo o primeiro animal, era oferecido como primicia;
  9. Dariam aos levitas a decima parte de suas colheitas e a decima parte de todas as décimas partes das colheitas;
  10. Prometeram também, não abandonar a casa do Senhor Deus.

segunda-feira, julho 11

O QUE SIGNIFICA MINDFULNESS OU ATENÇÃO PLENA? QUAIS SÃO OS SEUS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS?

A falta de atenção no momento presente é algo constante na nossa rotina. Dificilmente estamos 100% atentos às tarefas que estamos executando ou ao que alguém está falando. Parte dessa culpa, são dos muitos estímulos que recebemos, mas o que você vai ver aqui é que o Mindfulness pode te ajudar a fazer mudanças nesse comportamento.

Estudos apontam que nossa mente está dispersa e distraída em nossos pensamentos durante praticamente 47% do tempo. Ou seja, é como se metade da vida estivéssemos pensando no passado e no futuro, e deixando de lado o presente.

Não estar com a mente tranquila pode afetar não só a vida pessoal, mas também profissional da pessoa. Por isso, cada vez mais empresas investem em um exployee experience completo, com ações que cuidam da saúde mental dos colaboradores.

Além disso, essa falta de foco pode causar outros sintomas e problemas relacionados ao bem-estar, como ansiedade e o estresse além de prejudicar a nossa felicidade com as conquistas e momentos presentes.

Mindfulness parece complicado, mas já se fala muito sobre isso no trabalho ou em grupos focados em bem-estar emocional. Por isso, vamos explicar como essa prática cientificamente comprovada funciona e como você pode aplicá-la no dia a dia.

O que é mindfulness?

Mindfulness, ou atenção plena, é a prática de se estar no momento presente da maneira mais consciente possível. Ou seja, focas sua atenção em cada movimento, situação, respiração.

Por isso, é você deixar de lado as distrações, pensamentos externos e sentimentos anteriores, para intencionalmente sentir, ouvir, viver plenamente a situação presente.

Esse é um exercício intencional, pois é preciso dedicação e autorregulação por parte de cada pessoa para se alcançar os resultados. Então, podemos dizer que as técnicas de mindfulness são basicamente atividades que conectam ação e pensamento.

Além disso, o Mindfulness também é conhecido como a Psicologia da Atenção Plena. Ou seja, onde o psicólogo trabalha a disciplina da mente com o objetivo de aumentar o foco.

Quais os benefícios do mindfulness?

Mas, afinal, para que serve o mindfulness? Confira os 10 principais benefícios do Mindfulness para a sua saúde e para o seu dia a dia:

  • Ajuda a desenvolver a inteligência emocional e a empatia;
  • Aprofunda o seu autoconhecimento;
  • Aumenta a sua capacidade de concentração;
  • Contribui para o controle do estresse e da ansiedade;
  • Reduz os riscos de insônia;
  • Melhora os seus relacionamentos pessoais;
  • Reduz o envelhecimento do cérebro;
  • Aumenta a sua capacidade de memória;
  • Diminui o impacto de pensamentos negativos;
  • Incentiva a sua criatividade;

Tudo isso pode ser aplicado tanto na vida pessoal quanto na profissional. Por isso, é muito comum entre profissionais e estudantes que estão buscando melhorar seu desempenho e performance. 

Mindfulness e a psicoterapia

Além disso, vale lembrar que o Mindfulness também pode ser reconhecido como uma vertente entre os tipos de terapias. 

Isso porque, muitos dos benefícios que listamos que vem a partir da prática podem ajudar no tratamento de transtornos como a ansiedade, síndrome de Burnnou e até da depressão. 

Mas, o Mindfulness não substitui nenhuma etapa do tratamento, ele é apenas mais uma ferramenta acessível a profissionais terápeuticos. 

Quem é Jon Kabat-Zinn?

Quando você busca na internet sobre Mindfulness, sem dúvidas você irá encontrar referências a Jon Kabat-Zinn.

Kabat-Zinn é um médico e professor americano, fundador da Stress Reduction Clinic, em Massachusetts, e um dos pioneiros no desenvolvimento de pesquisas para a experimentação da meditação Mindfulness.

A importância de falarmos sobre Kabat-Zinn, além da sua referência como especialista no assunto, é que muitas pessoas têm preconceito com o Mindfulness por acreditarem – erroneamente – que a técnica é associada a religião, como o Budismo.

Kabat-Zinn e outros estudiosos, buscam compreender a técnica e não apresentam o Mindfulness como uma meditação comum de práticas religiosas, mas sim de prevenção e redução do estresse. Sua teoria, ensinamentos e estudos podem ser aprofundados em seu livro “Wherever You Go, There You Are: Mindfulness Meditation in Everyday Life.”.

Há outros autores renomados e especialistas que apresentam ao leitor mais detalhes sobre o assunto também, como Mark Williams, Phd e professor na Universidade de Oxford, e Tiago Tatton, brasileiro Phd e pioneiro no país.

7 dicas para praticar mindfulness

Separamos um passo a passo com sete exercícios para você possa experimentar o Mindfulness:

Preste atenção na sua respiração

Aqui a ideia é que você consiga perceber como o ar entra e sai ao realizar a respiração. Com esse exercício, que pode ser feito assim que acordar e ao longo do seu dia, você irá conseguir perceber como ela se altera e como ela interfere em suas ações. O encontro com a sua respiração também é um encontro com você próprio.

Exercite a sua capacidade de ouvir

Quantas vezes você já não concordou ou discordou de algo que alguém está falando, antes mesmo que essa pessoa termine de falar? O Mindfulness propõe que você escute, absorva e pense no que está sendo dito, antes de emitir uma opinião rasa ou superficial.

Repare na sua forma de comer

Comer não é apenas o ato de satisfazer algum desejo ou de se manter vivo, por isso, tenha calma ao se alimentar, repare quais os cheiros e texturas daquilo que está te alimentando, cuide da sua mastigação e perceba o trabalho do seu corpo durante a refeição.

Perceba como você anda

Você já reparou como você anda? E como você corre? Durante essa atividade tão rotineira, nem nos damos conta de como estamos pisando, respirando, caminhando ou correndo. O ato de andar parece simples, mas ele envolve diversas partes do seu corpo, então que tal perceber qual a sua atitude?

Hábitos rotineiros

Todo mundo faz xixi, toma banho e escova os dentes todos os dias, mas você já percebeu onde vai o seu pensamento enquanto pratica essas ações? E por que não se concentrar somente em executar essas atividades, sem pensar em outras tarefas passadas ou que ainda nem aconteceram?

Perceba o ambiente que você está

A vida é convivência diária com múltiplas personalidades, humores e estados de espírito. Por isso, sinta o que está sendo vibrado ao seu redor e tenha respostas mais assertivas.

Faça breves pausas

A gente corre tanto que esquece de absorver as sensações e benefícios do que acabamos de executar e já partimos para a próxima. Ter proatividade ajuda a ter mais dinamismo, mas também nos deixa cegos para comemorar pequenas conquistas ou aprender com possíveis erros.  

Mindfulness no trabalho: como praticar?

Após as dicas mais gerais, que podem ser aplicadas tanto no dia a dia da vida pessoal quanto em breves momentos no trabalho, vamos agora entender de forma mais assertiva como você pode melhorar no trabalho com essa técnica.

Deixe a vida pessoal do lado de fora do trabalho

É difícil desvincular os problemas pessoais do tempo que passamos no trabalho, e vice e versa. Mas é de extrema importância para manter a sua atenção plena no momento presente, que você afaste momentaneamente esses pensamentos, para resgatá-los apenas na hora que realmente você puder resolver ou agir, ou seja, após o expediente.

Respire fundo

Antes de iniciar as suas atividades, reserve cinco a dez minutos para respirar e para entender como está a sua respiração. Isso irá ajudá-lo a trazer calma e concentração para começar as tarefas.  

Esqueça as distrações

Se você sabe que o celular e as redes sociais atrapalham a sua concentração, tente deixar o aparelho de lado. Se a tarefa for realmente difícil de cumprir, basta desativar as notificações durante a execução da suas tarefas e retomar ao vício digital nos momentos de pausa.

Planeje a sua agenda e tarefas

Fazer um monte de tarefas ao mesmo tempo não te torna um profissional proativo ou competente, por isso, antes de começar a trabalhar, monte uma lista com as suas prioridades, verifique seus e-mails e a sua agenda de compromissos.

Ainda sobre os e-mails

A caixa de entrada dos nossos e-mails parece interminável e muitas vezes a tarefa de sempre verificar pode nos distrair de outras atividades que precisamos executar naquele momento. Especialistas dizem que separar apenas dois momentos ao dia para atualizar os e-mails é suficiente, mas, caso isso não se aplique a você, tente criar uma rotina de periodicidade para ler e responder.

Reuniões mais produtivas

Quantas vezes você já não ouviu a frase “essa reunião poderia ser um e-mail”, e isso acontece pela falta de foco e estratégia das pessoas ao marcarem esses encontros. Facilite o seu tempo e deixe as reuniões mais produtivas estabelecendo prioridades, responsabilidades e tópicos a serem resolvidos.

Recarregue as energias

A cada uma ou duas horas, ou até quando terminar uma tarefa cansativa, faça pequenas pausas de três a cinco minutos para não sobrecarregar o seu corpo e a sua mente. Aqui vale refazer os exercícios de focar na qualidade da sua respiração que comentamos acima.

Como começar a praticar o mindfulness?

Além das técnicas mais imediatas que trouxemos como dica por aqui, podemos indicar também que você busque ajuda com o seu terapeuta para que ele te oriente a adaptar essa prática da melhor forma possível na sua rotina.

ANA E PENINA, QUEM FOI PENINA NA BÍBLIA SAGRADA?

Penina era uma das esposas de Elcana, o pai do profeta Samuel. A história de Penina na Bíblia ficou conhecida principalmente por conta de sua implicância com Ana, a outra esposa de Elcana. De acordo com o texto bíblico, Ana e Penina tinham comportamentos opostos. Na verdade, Penina frequentemente provocava Ana por conta de sua esterilidade.

O significado no nome Penina geralmente é sugerido pelos estudiosos como sendo “pedra preciosa” ou “corais”. Já o nome de Ana transmite o sentido de “graciosa”. A Bíblia não traz muitas informações sobre os detalhes biográficos de Ana e Penina, de modo que não se sabe nada sobre a origem ou sobre o fim da vida de cada uma dessas mulheres. Penina, por exemplo, simplesmente é citada de forma breve pelo escritor bíblico do livro de Samuel como a rival de Ana, a mãe do Profeta Samuel. 

Ana e Penina viviam com sua família em Ramataim-Zofim, uma cidade que ficava nas montanhas do território de Efraim, na fronteira com o território da tribo de Benjamim. Embora o marido de Ana e Penina vivesse nas terras de Efraim, ele era de linhagem levita. 

Então como parte da família de Elcana, Penina viajava a Siló regularmente. Na verdade, a Bíblia diz que de ano em ano Elcana saia de sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor em Siló, onde estava o Tabernáculo naquele tempo.

Ana e Penina: um lar dividido

A Bíblia diz que Ana e Penina eram esposas de um mesmo marido. Em várias partes a Bíblia mostra como esse tipo de relacionamento causou problemas entre o povo de Deus. Tal como havia ocorrido antes no lar de Jacó a rivalidade dividiu também o lar de Elcana.

A Bíblia diz que Elcana amava a Ana e a favorecia de forma notável. Talvez pelo fato de Ana sofrer muito com a sua esterilidade, Elcana tentava diminuir a sua tristeza expressando o seu amor por ela. Inclusive, o texto bíblico deixa bem claro que Elcana era muito bom para Ana (1 Samuel 1:5,8).

Alguns comentaristas sugerem que pelo fato de Ana ser a esposa amada, era provável que ela fosse a primeira esposa de Elcana. Se isso estiver correto, então talvez ele tenha se casado com Penina para poder ter filhos após perceber que Ana era estéril. De fato, Penina deu filhos e filhas a Elcana (1 Samuel 1:2).

Seja como, embora a Bíblia não forneça detalhes sobre isso, é certo que essa questão causava problemas entre as duas mulheres. Inclusive, o texto bíblico deixa claro que Ana e Penina eram rivais, e informa que Penina provocava continuamente a Ana com o propósito de irritá-la (1 Samuel 1:6). O texto hebraico nessa parte foi escrito de modo a indicar que Penina procurava deixar Ana profundamente frustrada, aflita e irritada.

Ao que parece, todos os anos Penina se aproveitava da viagem que a família fazia ao Tabernáculo em Siló para irritar, desprezar e zombar de Ana por causa de sua esterilidade. Aqui muita gente pode questionar por que Deus havia permitido que Penina, com seu comportamento reprovável, pudesse ser mãe; enquanto que Ana, uma mulher piedosa, tivesse de enfrentar a esterilidade.

Na verdade, o escritor bíblico destaca que a esterilidade de Ana não era algo aleatório, mas que o próprio Deus havia fechado a sua madre. Em outras palavras, a condição de Ana estava debaixo do controle soberano de Deus.

O contraste entre Ana e Penina

Sem dúvida há um contraste na Bíblia entre o caráter irritante de Penina e o caráter piedoso de Ana. Enquanto Penina é retratada no texto bíblico como alguém que causava a ira e a aflição numa pessoa que sofria, Ana é retratada como alguém que suportava contidamente a dor da sua esterilidade e a crueldade das atitudes de Penina.

Nesse sentido, é interessante notar que a Bíblia não registra Ana confrontando Penina e causando problemas dentro de sua família. Ao contrário disso, a Bíblia registra como Ana depositou a sua ansiedade em Deus. Ela sabia que brigar com Penina não resolveria o seu problema, pois o único que poderia lhe livrar de sua angustia era o Senhor.

Os leitores da Bíblia sabem que Penina teve filhos e filhas — apesar de não se saber quantos foram. Mas nenhum dos filhos de Penina teve qualquer papel relevante na história da redenção registrada na Escritura. Por outro lado, a mulher de quem Penina zombava, deu à luz a um filho extraordinário que foi usado por Deus para orientar Israel num dos períodos mais críticos de sua história.

Mas a história de Ana e Penina, no entanto, não se trata de uma teologia do triunfalismo; onde o humilhado é exaltado. Essa história simplesmente trata sobre como Deus escolhe os mais improváveis para cumprir o seu propósito soberano. Foi assim quando Deus deu Isaque a Sara, Jacó e Esaú a Rebeca, José a Raquel, Sansão a esposa de Manoá, e João Batista a Isabel.

Sem dúvida Penina não foi apenas alguém que tornou ainda mais dramática a história de uma mulher estéril; mas foi alguém que, mesmo através de suas palavras dolorosas, contribuiu para que Ana depositasse a sua confiança exclusivamente no Senhor. Deus molda o caráter e aperfeiçoa a fé de seus escolhidos mesmo através do sofrimento, e em tudo isso Ele é glorificado.

domingo, julho 10

AGORAFOBIA SINTOMAS E TRATAMENTOS:

Muitas pessoas se sentem inseguras quando estão em espaços públicos ou lugares desconhecidos. Talvez a causa para essa sensação esteja ligada com algum aspecto da ansiedade nas suas vidas. Para explicar melhor o que acontece, nós hoje conversaremos a respeito do significado de agorafobia. Além disso, falaremos sobre seus sintomas e os tratamentos disponíveis.

O que é agorafobia?

É um transtorno provocado por ataques de pânico que causa medo de lugares estranhos. Por causa disso a pessoa demonstra medo de situações onde ele possa se sentir desamparado, aprisionado ou constrangido. Esse problema se manifesta quando a pessoa está em lugares estranhos para ela.

Segundo historiadores, a palavra “ágora” significa lugares públicos para encontros. Já a palavra “fobia” significa medo. Pessoas com medo de multidão detestam ambientes movimentados, quando não conseguem sair dele.

Por causa desse problema é bastante comum que essas pessoas tenham dificuldades para fazerem suas tarefas. Trabalhar, estudar ou ir ao médico são grandes problemas para esse grupo. Caso não recebam o tratamento certo é provável que as pessoas com essa fobia tenham uma piora e fiquem isaa isolar do mundo.

Quais as causas?

De acordo com especialistas, até o momento as causas exatas não foram definidas. Porém, as hipóteses para alguém ter esse medo envolvem dependência química, ansiedade, traumas e ambientes estressantes. Ou seja, o transtorno pode ser de maneira fácil desencadeado por causa de agentes de fora.

Além disso, a questão biológica talvez influencie no surgimento do transtorno em uma pessoa ansiosa. Tanto a genética, quanto o temperamento ou experiências de aprendizagem talvez influenciem no desenvolvimento da fobia de gente. É estudada a recorrência de problemas comportamentais em pessoas da mesma família.

Em linhas gerais, a fobia de multidão surge após a pessoa sofrer crises de ansiedade muitas vezes. A pessoa acaba tendo um medo ansioso que esses episódios aconteçam em situações verdadeiras e de vulnerabilidade. O medo não só é motivado pelo pensamento de que aconteça de novo, mas também em como será difícil receber ajuda.

Sintomas

Quem sofre com agorafobia precisa reconhecer os sintomas, pois é muito importante saber o seu medo se manifestando. Além disso, o agorafóbico, as pessoas ao redor também podem saber os sinais para prestar a ajuda adequada. Os principais sintomas dessa fobia são:

Medo de lugares com muita gente

Ficar em um ambiente lotado ou que dificulte possíveis fugas é o sinal mais evidente desse problema.

Insegurança

Uma pessoa com fobia de pessoa pode sentir desespero ao perceber que está distante da zona de conforto. Por exemplo, estar em shoppings, ruas ou perto de sinais de trânsito.

Alterações no batimento cardíaco, tendo a impressão de um infarte

Falta de ar

Falta de ar, dando a impressão de estar se sufocando

Tonturas

Calafrios

Desmaios

Hiperventilação

Dores no peito

Diarreia

Quando as crises podem acontecer?

Saber quais são os sintomas mais frequentes ajudará uma pessoa a reconhecer o transtorno. Por isso, é preciso saber também em quais situações ou locais esses sintomas costumam ocorrerem. As pessoas que sofrem com medo de multidão podem apresentar as suas crises em:

  • lugares públicos e movimentados;
  • sozinhos em suas próprias casas;
  • locais abertos, como ruas ou praças, ainda que estejam vazias;
  • espaços fechados, como elevadores, lojas ou corredores pequenos;
  • transportes públicos como ônibus, trem, metrô ou balsa.

A pressão do medo e necessidade de estar acompanhado

O medo de não conseguir sair de lugares públicos faz a pessoa com essa fobia alimente a sua ansiedade muitas vezes. Pessoas com esses ataque de pânico se tornaram comuns. E costumam a ter esse transtorno e comprometem a própria saúde de forma acidental.

Por causa desses ataques, a pessoa com medo de lugares com muita gente teme novos ataques. Logo, ela evitará os lugares onde há uma grande chance que isso ocorre, mesmo que precise estar lá.

Por isso, a pessoa terá dificuldade em sentir segurança em lugares públicos. Por isso ter um companheiro por perto dará mais segurança para ficar em locais movimentados e abertos. Ainda que funcione, nem sempre o agorafóbico terá alguém para lhe fazer companhia e impedir que o medo o paralise.

Complicações

Uma pessoa com agorafobia tem muitos problemas para fazer suas ações do dia a dia. Caso o transtorno seja algo grave, a pessoa com medo de pessoas não conseguirá sair da própria casa. Imagine você não conseguir visitar os amigos, família, estudar fora ou trabalhar.

Tanto que muitos pacientes, quando não recebem tratamento, podem se isolar por anos ou mesmo serem internados. Embora seja comum a dependência por outras pessoas, esse tipo de relação gera um vínculo forçado e, às vezes, até tóxico. De acordo com especialistas, esse transtorno pode estar associado ou levar a problemas como:

  • depressão;
  • transtornos de personalidade ou outros transtornos de ansiedade;
  • abuso de substâncias, como drogas ou álcool.

Tratamento

Assim que a agorafobia for detectada o paciente precisa iniciar o tratamento para que o quadro não piore. Com a ajuda de um profissional qualificado, o tratamento aplicado será igual ao usado para síndrome do pânico. Além dos calmantes, os antidepressivos e outros medicamentos serão receitados para o paciente.

Ademais, a terapia comportamental ajudará a pessoa superar a sua fobia de maneira gradual. Por meio da terapia a pessoa pode analisar o seu transtorno de modo mais seguro e consciente. Assim ele saberá melhor o que acontece na sua vida e estará seguro para se cuidar como necessita.

Por fim, o sucesso do tratamento dependerá da aceitação da pessoa a respeito da sua condição de saúde. Em outras palavras, o paciente precisa vivenciar o processo de descoberta pessoal para saber as causas da sua crise. Além disso, evitar o consumo de estimulantes, como café, e fazer exercícios trará uma boa qualidade de vida.

Em síntese, uma pessoa que sofre com essa fobia sente que o mundo exterior é um grande inimigo para ela. A movimentação de pessoas e lugares lotados causam muita insegurança e impossibilitam uma rotina saudável de responsabilidades para essa pessoa. Ele não vive como precisa, apenas sobrevive ao dia a dia.

Por isso, nós ressaltamos que a terapia e apoio psicológico são fundamentais para a pessoa superar a crise. Começar de novo pode parecer impossível, mas com a orientação certa e cuidados é possível voltar a vida. Além disso, ao aprender de novo a ser feliz, o paciente ficará satisfeito e com mais controle das suas crises e temores.

PORQUE A BÍBLIA DIZ QUE A INVEJA É A PRODIDÃO DOS OSSOS? TEXTO: ( PROVÉRBIOS 14-30 )

O que é inveja? É possível que    esse sentimento maléfico seja usado para o bem? Responder essas perguntas é um desafio e tanto, se alcançado terá se cumprido mérito “invejável”! Ôpa, olha a inveja ai! É que às vezes falamos dela de forma tão natural que de vilã, ela passa a ser normal Mas de normal ela não tem nada.

Inveja é igual veneno: mata, despedaça, corrói a alma do invejado e do invejoso. Esse terrível pecado acontece por vezes de forma tão sútil que nem costumamos comentá-lo nos diários de delitos. Ministérios entram em guerra por causa da inveja, homens, mulheres e até crianças são vitimados por esse mal que tão de perto nos ronda.

Por inveja entregaram Jesus para ser crucificado Mt 27:18

Movidos por inveja os fariseus perseguiram e tramaram a morte de Jesus. Eles não se conformavam com a perda de status provocada pelo Nazareno. Desde Seu surgimento os habitantes de Israel olhavam “atravessado” para os lideres religiosos tão bem vestidos e requisitados. A verdade é que Jesus havia se tornado muito mais importante que eles e aquilo era demais! Como um filho de carpinteiro que sequer estudara as Escrituras, havia chegando tão longe?

Jesus desmentia todo discurso “engessado” dos religiosos da época. Fariseu, havia se tornado sinonimo de hipócrita. O orgulho dos honoráveis mestres das sinagogas havia recebido golpe mortal. Inchados de inveja, sequer conseguiam dormir tranquilamente: Inveja. Era isso que o inimigo havia plantado no coração dos opositores de Jesus.

Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Tiago 3:16

Por mais normal que possa parecer, sentir inveja é pecado: destrói, mata. Se alguém se sente movido por inveja, esse “motorzinho” precisa ser convertido em moinho acionado pelo vento do Espírito Santo. A inveja faz com que anões, pareçam gigantes. Faz com que homens e mulheres capacitados se entreguem a inércia. Inveja promove contendas, excita o ódio e exalta o furor.

A Inveja cobiça e ao cobiçar provoca insatisfação, murmúrio, não agrada a Deus. Esse mal está presente no homem desde sempre e foi a causa do primeiro homicídio na Bíblia: Caim matou Abel por inveja. Ele não se conformou que a oferta do irmão fosse melhor e mais agradável a Deus que a sua. A priori, o coração de Abel era mal e a inveja morava nele (Gn 4:8). Não deixe a inveja morar em seu coração, expulse-a.

“ Não cobiçaras nada do teu próximo” Ex 20: 17

A inveja faz com que desejemos ter o que não temos, sem fazer o que os outros fizeram para conseguir. Os fariseus queriam o status de Jesus, mas estavam distantes do amor a Deus e ao próximo. Se admiramos alguém – é diferente de invejarmos- procuremos seguir seu exemplo. Foi isso que Jesus transmitiu aos seus discípulos: “Se alguém quer vir após mim, tome sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23) . Querem ser meus discípulos? Então façam o que eu lhes digo e o que eu faço.

Não é difícil constatar o declínio sofrido pela Igreja nos últimos séculos, um dos fortes motivos para essa queda no padrão de vida cristão é: Não fazer o que Jesus diz, nem o que Ele faz. Pelo contrário: A Igreja inveja o mundo e dá as mãos a um estilo de vida oposto ao cristianismo. O marketing das grandes empresas, invadiu literalmente as instituições eclesiásticas, por que? Eu diria que há inveja nisso 
tudo.

A INVEJA E O OLHAR 


Deixe-me contar-lhe algo. A palavra inveja tem sua raiz ligada ao “olhar”: inveja que provém do latim invidia, formada do radical ved, que encontramos em vedére = ver. Uma menção literária a inveja, pode ser encontrada na obra O Canto XII do Purgatório, de Dante Alighieri: "os invejosos são punidos com uma "orrible” costura ; um fio de arame unirá suas pálpebras." Sentença cruel essa imposta por Dante, mas a ilustração transmite bem o comportamento ( ou mal comportamento) da inveja: ela tem origem no olhar.

Inveja é concupiscência dos olhos que almeja mais do que deveria, é ganância descontrolada por possuir o que pertence a outro e como se não bastasse: inveja deseja que o outro perca o que tem. E você pergunta: Então os cegos não invejam, eles não têm como olhar?! Nossa alma tem olhos, tudo passa pelos nossos sentidos.

O que vemos “engorda” nossa alma e o que não vemos também. No espírito de um homem está sua vida, os cegos enxergam o que querem enxergar. Assim também somos nós, mesmo com olhos sãos, selecionamos o que nos convém e o que não nos convém “deletamos” dos sentidos, esquecemos ou pelo menos, nos esforçamos para esquecer.

“ Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” I Jo 2:16

INVEJA,CAMINHO DOS MAUS 


Por que Jesus sendo tão bom conquistou tantos inimigos? Resposta óbvia: Porque Ele (foi) e É bom. A inveja conspira contra os bons, mas para isso, primeiramente conquista os maus. Satanás manipulou legiões de homens soberbos que só pensavam em si mesmos. Fariseus e seus adeptos estavam sempre próximos de Jesus, observando seus passos, mas a medida que assim agiam, enchiam o coração de inveja . Os olhos são a janela da alma:

“ A candeia do corpo são os olhos, de sorte que se os teus olhos forem bons todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas” Mt 6: 22-23.

Imaginemos duas pessoas olhando para Jesus: Judas e João. Quem você chamaria de invejoso? Judas, claro. Foi ele quem se aliou aos fariseus para capturar Jesus. Lição: Bons e maus podem até olhar na mesma direção a visão porém não será a mesma. João olhava para Jesus e via Nele Seu Mestre, Sua vida. Judas olhava para Jesus e via uma ameaça, uma fonte de ganhar dinheiro, de explorar pobres e oprimidos. O mal está no interior do homem. Os olhos dos maus executam maldade e os dos bons transformação, cura.

“ O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é podridão dos ossos” Pv 14:30

ELIMINE A INVEJA 


Alimentar inveja é o mesmo que “criar cobra para lhe devorar”: O coração envenena , corpo e alma desfalecem. Inveja é de certa ( ou de errada) forma, confissão dos incapazes. Sente inveja quem se diminuí a ponto de pensar que tudo e todos são melhores, mais felizes, mais inteligentes e por ai vai (ou não vai). Foi por inveja que os irmãos de José o lançaram em uma cova: “ E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito, mas Deus era com ele” At 7:9.

A inveja não se contenta em cobiçar o que é do outro, ela quer ver o outro no fracasso. José sofreu um monte de injustiça, mas venceu e de maneira extraordinária deu a volta por cima, vindo a ser chefe de seus irmãos. Não perca tempo invejando, esse sentimento causará ações devastadoras em você. E mais, quem é do bem será sempre abençoado. Deus sempre, sempre erguerá escudo em defesa dos humildes e de bom coração. Se você sente inveja de algo ou de alguém: ore por cura, ocupe a mente em algo que te faça crescer. Inveja é atraso e isso não cabe na vida do cristão.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?