quarta-feira, agosto 24

O QUE SIGNIFICA CÂNTICOS DE DEGRAUS OU SALMOS DE ROMAGEM?

Cânticos dos Degraus são os salmos que formam uma coleção de quinze cânticos de peregrinação, entre os Salmos 120 e 134. Essa coleção também é chamada de Salmos de Romagem ou Cânticos das Subidas. Pode-se dizer que os quinze Cânticos dos Degraus  formam um tipo de pequeno saltério dividido em cinco grupos de três salmos cada.

É difícil saber com exatidão o significado da designação “Cânticos dos Degraus”. Muitas teorias tem sido propostas para esclarecer essa questão. Alguns dizem que os Cânticos de Degraus fazem referência ao retorno do exílio babilônico, quando os judeus subiram do cativeiro.

Tradições antigas conectam esses quinze salmos aos quinze degraus que levavam do pátio das mulheres para o pátio dos israelitas no Templo. Então supostamente os levitas cantavam sobre estes degraus esses mesmos salmos.

Outros defendem que a designação “Cânticos dos Degraus” indica algum paralelismo climático que revela uma subida gradual conforme a coleção avança. Contudo, o mais provável é que os Cânticos de Degraus eram os salmos usados pelos peregrinos que seguiam para Jerusalém com a finalidade de participar das grandes festividades anuais. Daí explica-se melhor a expressão “Salmos de Romagem”, isto é, “Salmos de Peregrinação”.

De acordo com a Lei de Moisés os judeus deveriam ir a Jerusalém pelo menos em uma das grandes festas anuais para adorar no Templo. Estes judeus partiam das cidades onde viviam em direção ao Monte Sião. Alguns vinham de dentro da Palestina mesmo, enquanto outros vinham de lugares muito distantes.

Então na época das grandes festas, os judeus se reuniam em caravanas que seguiam para Jerusalém em romagem. Em família, os judeus romeiros levavam suas ofertas e animais que seriam sacrificados e durante a caminhada cantavam cânticos ao Senhor. Esses cânticos eram justamente os Cânticos dos Degraus que serviam como um hinário de viagem.

O rei Davi foi o autor de pelo menos quatro dos quinze Salmos de Romagem (Salmos 122, 124, 131 e 134). O rei Salomão também escreveu pelo menos um desses salmos, o Salmo 127. Os demais Salmos de Romagem são anônimos. 

A mensagem dos Cânticos dos Degraus (ou Salmos de Romagem)

A mensagem dos Cânticos dos Degraus expressa as experiências e sentimentos do povo do Senhor em diferentes circunstâncias. A Bíblia diz que o povo de Deus é peregrino nesse mundo (Hebreus 11:13; 1 Pedro 2:11). Então esses salmos falam de situações as quais o povo de Deus é submetido enquanto sua vida terrena, tais como: tristeza, perseguição, vingança, angústia, dor, fraqueza, alegria, contentamento, luta contra o pecado, confiança em Deus etc.

Um esboço simples dos Cânticos dos Degraus pode ser definido da seguinte forma:

  • Salmo 120: Os ataques dos caluniadores.
  • Salmo 121: Deus é o fiel guarda dos homens.
  • Salmo 122: Oração pela paz de Jerusalém.
  • Salmo 123: O desejo diligente por auxílio divino.
  • Salmo 124: Deus é o nosso protetor e libertador.
  • Salmo 125: A fé inabalável.
  • Salmo 126: O consolo para os que choram.
  • Salmo 127: Todo bem procede de Deus.
  • Salmo 128: Temor de Deus e felicidade no lar.
  • Salmo 129: Recordações de libertações.
  • Salmo 130: Clamando ao Senhor em meio as aflições.
  • Salmo 131: Descansando em Deus.
  • Salmo 132: Recordando promessas antigas.
  • Salmo 133: A excelência da união fraternal.
  • Salmo 134: Convocação ao culto.

Sob esse aspecto, a mensagem principal dos Cânticos dos Degraus instrui os cristãos e a todos buscarem ao Senhor em todas essas circunstâncias. Esses salmos mostram que a confiança dos justos em Deus deve prevalecer independentemente de qualquer coisa.

De fato a coleção dos Salmos de Romagem parece indicar uma progressão. O Salmo 120 começa com num adorador fiel que numa terra distante, habitando entre os estrangeiros, longe do Monte do Senhor. Conforme os salmos avançam, os peregrinos se aproximam de Jerusalém, e por fim, chegam à cidade de Jerusalém, onde se encontram no Monte Sião com aqueles que servem na casa do Senhor. Os Salmos de Romagem terminam com um chamado à adoração (Cf. Salmo 134) Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz! " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, agosto 23

CONHEÇA OS CINCO ELEMENTOS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ( MTC ).

Uma das bases filosóficas da medicina chinesa prevê que os fenômenos do universo são produtos do movimento e da mutação dos cinco elementos: madeira, fogo, terra, metal e água. Os chineses antigos adquiriram conhecimento desses elementos por meio da longa observação da natureza, e atribuíram certos valores a cada um deles.

São encontrados registros da teoria dos cinco elementos na China que datam do período dos Reinos Combatentes (221 – 476 a.C.). Durante a dinastia Song (960 – 1279 d.C.), essa teoria se fundiu com a do yin yang e, juntas, elas se tornaram um importante pilar da fundamentação teórica da medicina tradicional chinesa.

A relação entre os elementos baseia-se em dois aspectos que se apoiam mutuamente para propiciar harmonia: o ciclo de geração e o ciclo de dominância (ou controle).

O ciclo de geração desencadeia uma sequência em que cada elemento é gerado pelo precedente e dá origem ao elemento seguinte. Desse modo, temos: a madeira gera o fogo (a madeira em combustão faz o fogo crescer); o fogo gera a terra (as cinzas originadas do fogo descem ao solo e são absorvidas pela terra, que se fortalece); a terra gera o metal (no interior do solo são produzidos os minérios que formam os metais); o metal gera a água (o metal, ao ser derretido, retorna à forma líquida) e a água gera a madeira (a agua é fundamental para o crescimento das árvores).

No ciclo de dominância, os elementos formam relações de controle e restrição uns sobre os outros. A madeira controla a terra (a madeira consome a terra), a terra controla a água (a terra limita o caminho da água), a água controla o fogo (a água apaga o fogo), o fogo controla o metal (o fogo derrete o metal) e o metal controla a madeira (o metal corta a madeira).

As relações de geração e dominância asseguram o equilíbrio entre os elementos e a normalidade de seus processos – no caso do corpo humano, o seu funcionamento fisiológico saudável. Como os cinco elementos demonstram estreita interdependência, o desequilíbrio de um repercutirá sobre todo o sistema.

Os cinco elementos também podem ser compreendidos em função das estações do ano.

A água é a fase associada ao inverno, em que prevalece a força yin, relacionada a um comportamento de introspecção. O inverno é tempo do descanso, da quietude, quando a energia deve ser poupada, recolhida, condensada, conservada e armazenada. Devemos “hibernar” para poder explorar as próximas estações.

A madeira está associada à primavera, estação em que as plantas florescem. A força yang, de expansão, prevalece nesse período. Trata-se de uma fase com energia quente, alegre, bem-humorada, colorida e explosiva. Está associada ao vigor, à juventude, ao crescimento e ao desenvolvimento.

Em seguida vem o verão, com energia similar à da primavera: expansiva e criativa, simbolizada pelo fogo, com a força yang em seu ápice. Essa  energia está associada ao amor e à compaixão, à generosidade, à alegria e à abundância.

O final do verão traz um momento bastante peculiar no conceito da medicina tradicional chinesa. Trata-se do interlúdio, quando há um perfeito equilíbrio entre yin e yang, pois a intensidade do fogo diminui, transformando-se em energia da terra. Há sensação de bem-estar e plenitude.

No início do outono, a energia da terra transforma-se em metal. E, durante essa fase, começa novamente a condensar-se, a contrair-se, volta-se para dentro para se acumular e armazenar. É quando libertamos tudo que pode ser dispensável, da mesma forma que as árvores dispensam as folhas com o intuito de poupar sua essência. É necessário economizar forças nesse momento para atravessar o inverno, período de processar os aprendizados obtidos no verão.

Cada elemento também representa uma parte do corpo, em função de suas características. Esse entendimento fornece aos terapeutas em medicina tradicional chinesa (MTC) a compreensão tanto das doenças como de seu tratamento.

O elemento água é representado pelos rins e bexiga; o elemento madeira pelo fígado e vesícula biliar; o elemento fogo pelo coração e intestino delgado; o elemento terra pelo baço, pâncreas e estômago e o elemento metal é representado pelo pulmão e intestino grosso.

Quando falamos nos cinco elementos, falamos também sobre os sentimentos ligados a eles.

Na MTC acredita-se que cinco emoções maiores originam as menores e, quando em excesso ou falta, podem afetar o funcionamento psíquico, fazendo com que surjam inúmeras síndromes energéticas e patologias. Essas cinco emoções são: o medo (ligado ao rim), a alegria (ligada ao coração), a tristeza (ligada ao pulmão), a preocupação (ligada ao baço) e a raiva (ligada ao fígado).

É indiscutível que o medo é importante para a proteção do ser humano. Quando nos 
sentimos ameaçados, acuados, instintivamente corremos ou enfrentamos o que tenta nos agredir. Essas ações podem assegurar a sobrevivência. Por outro lado, o medo em excesso altera diretamente o rim. Passar por situações de medo constante, como aquele vivido diariamente por populações em zonas de conflito, prejudica não apenas o funcionamento do órgão, mas também o funcionamento psíquico e emocional da pessoa. O medo pode ainda afetar o coração e o shen (consciência), manifestando-se na forma de fobias e alterando a livre circulação do qi (energia) pelo corpo. Estando ligado à água, são comuns síndromes associadas à deficiência desse elemento no corpo humano causando, por exemplo, queda do cabelo, falta de energia e problemas nos ossos. Dois sintomas comuns dessa desordem incluem a incontinência urinária e fecal, resultado da liberação esfincteriana. Não é difícil imaginar uma pessoa que, ao vivenciar uma situação traumática, quando o medo é muito intenso, deixe escapar a urina, em função desse sentimento incontrolável.

A alegria pode ser sinônimo de satisfação e de felicidade, gerando um equilíbrio do shen e do coração. Em excesso, porém, pode criar um estado de grande excitação que consome o qi e afeta o coração. Como resultado, o shen perde a sua base, e a pessoa não consegue se concentrar, podendo alternar estados de euforia e depressão. Seria como receber uma notícia maravilhosa que trouxesse grande alegria, mas não ter condições para metabolizar a situação. Um excesso de notícias boas pode afetar o coração.

Como contraponto, quando situações de grande tristeza ou melancolia atingem uma pessoa, o funcionamento do pulmão pode ser comprometido, provocando alterações respiratórias (bronquite, rinite, sinusite, asma, falta de ar), problemas de pele e queda na imunidade.

A preocupação excessiva e o comportamento obsessivo alteram diretamente o baço, que é o órgão responsável pelo transporte e pela transformação do qi. Pessoas com desarmonia do elemento terra, que é o responsável por essa emoção, são ansiosas e frequentemente têm insônia. O desequilíbrio pode chegar a alterar a fisiologia natural da absorção dos nutrientes alimentares (dificuldade de assimilação e retenção da energia), favorecendo a obesidade. Seriam pessoas que, em momentos de grande tensão e preocupação, acabam “descontando” na comida e priorizando o consumo de alimentos de alto valor calórico e baixo valor nutricional.

A raiva leva à alteração do fígado e, como consequência, prejudica o fluxo do qi. Os sintomas associados a esse estado são a irritação, a opressão torácica (dor do peito), a distensão abdominal, além de síncopes. Talvez não seja coincidência que a personagem “Incrível Hulk”, cujo poder aumenta à medida que não consegue controlar a raiva, seja verde (personificando o elemento madeira).

Com a base apresentada neste artigo, já podemos pensar que, quando uma pessoa adoece, não basta saber quais sintomas se manifestam em seu corpo físico. Essa seria uma forma imediatista e limitada de compreendermos um processo patológico. É importante contextualizar todos os sintomas juntamente com os sentimentos que o paciente apresenta, com a estação do ano em que se encontra e com os desequilíbrios gerados e observados dentro dos ciclos de geração e controle dos cinco elementos.

Para refletirmos sobre o desenvolvimento do raciocínio clínico utilizando as teorias apresentadas aqui, imaginemos uma pessoa com excesso do elemento fogo: procura tratamento no verão, furiosa, com uma patologia que gera calor no corpo, como é o caso da dermatite de contato (um tipo de reação na pele que ocorre devido ao contato com alguma substância externa, causando alergia ou irritação, e que desencadeará um processo inflamatório). O tratamento, nesse caso, não deve envolver apenas a eliminação do agente causador da doença. É imprescindível a administração do elemento água, capaz de dominar o fogo. Assim, algumas das seguintes estratégias poderão ser utilizadas: (1) resfriar o corpo do paciente por meio do consumo de alimentação energeticamente fria (como alface, tomate, tangerina); (2) usar alimentos anti-inflamatórios capazes de diminui o calor interno (como sementes de chia); (3) diminuir o consumo de alimentos energeticamente quentes (álcool, gengibre, pimenta, café etc.); (4) resfriar a região lesionada com água abundante e (5) utilizar pontos de acupuntura que diminuam o fogo interno.

O exemplo acima mostra a complexidade dos tratamentos que utilizam diversas técnicas de MTC, apesar de os modelos teóricos adotados serem aparentemente simples. 

" DIETOTERAPIA CHINESA " VAMOS CONHECER UM POUCO DESSA CULINÁRIA MARAVILHOSA?

A culinária chinesa é uma das mais apreciadas do mundo, tanto em seus pratos mais simples como nos mais elaborados. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que ela se fundamenta na medicina tradicional chinesa (MTC) e mantém, desde tempos remotos, um enorme poder terapêutico. Isso fez com que fosse adotada a terminologia “Terapia alimentar” ou “Dietoterapia” para designar o direcionamento nutricional para prevenção, controle e cura de doenças.

A dietoterapia chinesa (DC) difere muito, em seus fundamentos técnicos, daquela preconizada por nutrólogos ou nutricionistas com formação ocidental. Por isso, sua aplicação exige formação específica na área.


De acordo com a dietoterapia chinesa (DC), entre as características mais importantes daquilo que comemos estão o sabor e a energia, que manterão o equilíbrio do ser humano. O sabor diz respeito à propriocepção gustativa que está presente em cada alimento, e é dividido em cinco categorias: amargo, azedo, picante, doce e salgado.

Já o conceito de energia não é o mesmo adotado no Ocidente. Por aqui, o termo diz respeito à energia produzida pelo corpo e proveniente da ingestão de carboidratos, proteínas e gorduras totais. Encontramos esse valor com facilidade nos rótulos de muitos produtos, expresso na forma de quilocalorias (kcal) ou quilojoules (kJ). No Oriente, porém, o conceito de energia é mais abstrato e não pode ser contabilizado. Segundo as bases teóricas da MTC, tudo aquilo que ingerimos é dotado de uma energia vital denominada qi, e que também alterará a energia do ser que a ingere. Uma forma de categorizar o qi de cada alimento se dá por meio de um dos pilares da MTC: a teoria do yin e yang. Enquanto os alimentos de característica energética yin refrescam e tranquilizam (exemplos: melão, banana, pepino, hortelã), os de característica energética yang aquecem e aceleram (exemplos: pimenta, gengibre, noz-moscada, canela).

Os pratos compostos por alimentos medicinais chineses seguem receitas tradicionais e técnicas baseadas na maneira como o corpo humano opera cada um deles, com a finalidade de manter a saúde, afastar ao máximo as doenças ou minimizá-las quando já instaladas. Assim, conforme demonstrado na tabela da página 77, há uma afinidade entre cada sabor e um órgão, o que promove maior compreensão sobre as doenças e como tratá-las.

O primeiro trabalho de dietoterapia chinesa data da dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.) e é intitulado 黄帝内经 Huángdì nèijīng (Clássico de medicina interna do Imperador Amarelo). Nele encontram-se informações sobre a utilização dos alimentos recomendados para uma pessoa tendo em vista sua condição de saúde, além de particularidades ambientais e climáticas.

Livros médicos chineses (antigos e modernos) explicam a ação de centenas de plantas, animais e minerais sobre o corpo humano e a potencialização dessa terapia quando aliada às demais técnicas da MTC (como moxabustão e acupuntura).

Algumas premissas antigas continuam sendo fortemente defendidas pelos terapeutas: (1) um alimento que é bom para uma pessoa não necessariamente será bom para outra; (2) o que é bom para uma pessoa num determinado momento de sua vida não será bom para essa mesma pessoa sempre; (3) quanto mais diversificada for a alimentação de uma pessoa, explorando-se ao máximo os sabores e a energia, mais informações terapêuticas estaremos dando ao corpo que a recebe, de modo a beneficiar a maior quantidade possível de órgãos. Tais princípios, sendo respeitados e somados à alquimia culinária, certamente serão um “remédio” efetivo e prazeroso.

Para que a DC tenha o efeito desejado, não basta comer os alimentos recomendados uma única vez e acreditar que o corpo os perceberá com finalidade terapêutica. São necessários consumo continuado e paciência para que o corpo entenda que o alimento está sendo ingerido para modificar padrões de desarmonia e melhorar a energia e o funcionamento dos órgãos do paciente.

Muitas vezes o equilíbrio do organismo é quebrado pelo clima ou por uma lesão física. Os alimentos terapêuticos serão fundamentais para garantir a retomada da saúde. Por exemplo, num dia com baixas temperaturas, é comum que haja uma diminuição do qi pelo corpo ou um aumento do yin. Assim, recomenda-se a utilização de alimentos que regulem essa desarmonia aumentando o qi e diminuindo o yin ou elevando o yang. Da mesma forma, em dias de elevada temperatura ambiental, há aumento do yang, e se deve apostar no consumo de alimentos de característica yin para retomar a homeostase (equilíbrio corporal).

Quando pensamos em DC, muitas vezes não estamos trabalhando apenas com alimentos propriamente ditos, mas também com ervas e temperos que irão compor um prato. Esse procedimento, por ser tão rico e efetivo, não é empregado apenas na China, mas em muitas outras culturas e escolas médicas naturalistas. Um tempero é capaz de realçar o sabor de um alimento e potencializar seus benefícios.

Uma refeição tradicional chinesa, seja das mais simples, encontradas numa casa de camponeses, seja mais sofisticada, encontrada num restaurante conceituado, prioriza o princípio de sincronizar todos os sabores e energias que, reunidos, propiciarão a cura.

Ao pensar na finalidade terapêutica dos alimentos segundo a MTC, não priorizamos somente o que comemos, mas como comemos. Você verá pessoas que se alimentam aparentemente bem, mas apresentam hábitos nocivos que anularão os benefícios dos alimentos ingeridos. Lembre-se, portanto, de comer em lugar calmo, com mastigação lenta (a expressão equivalente a “bom apetite” na China é 慢用 mànyòng “coma lentamente”), evitar distrações e usar a mente e os sentidos ao se alimentar (preste atenção aos aromas, texturas e sabores).

Um aspecto importante e defendido pela DC é que determinado alimento é obtido na natureza em determinada época do ano. A natureza sabe o porquê de ele ser oferecido nesse ou naquele momento. Então, aproveite a sazonalidade.

Veja alguns exemplos da culinária chinesa conforme as estações do ano. Experimente replicar estes pratos de preparo simples, adaptando aos alimentos que encontrar em sua região.

Aspargos e cenoura com vinagre na primavera

Na primavera, as coisas ganham vida e começam a crescer. É importante que os
seres tenham mais do que o habitual para o crescimento. O fígado e a vesícula biliar estão especialmente em evidência. Deve-se comer as verduras que brotam nesta época, pois fornecem o yang necessário e ajudam a nutrir o fígado. Vale também diminuir a ingestão de carnes gordurosas e beber sucos verdes frescos, que estimulam a produção e circulação do qi.

Como fazer: lave uma porção de aspargos e uma cenoura em água corrente. Corte os vegetais e leve-os ao fogo com um fio de óleo. Deixe que eles fiquem ligeiramente crus (“al dente”). Prepare uma mistura de duas partes de azeite virgem para uma parte de vinagre de ameixa ou vinagre de maçã. Despeje o molho nos vegetais com o fogo desligado. Aproveite o prato com uma limonada (água e limão espremido, sem açúcar).

Salada de tomate com pepino no verão

Nesta época do ano o yang está naturalmente alto, e você precisa esfriar um pouco o corpo. O tomate e o pepino são vegetais com características yin, que podem ser consumidos com essa finalidade.

Como fazer: tente encontrar ingredientes frescos e maduros. Lave-os bem e corte os tomates (com pele e sementes) e o pepino (com a casca). Acrescente uma cebola picadinha (dê preferência à cebola roxa). Misture os ingredientes com azeite extra virgem e adicione um pouco de dill (endro), sal e pimenta a gosto.

Sopa de abóbora-manteiga no outono

Segundo a MTC, no outono o qi vai para dentro do núcleo do corpo. Comer as hortaliças e frutas que estão disponíveis nestes tempos ajuda seu corpo na transição para o inverno.

Como fazer: pegue uma abóbora-manteiga descascada e leve ao fogo com um pouco de água. Quando ela estiver quase cozida, acrescente os seguintes ingredientes bem picados: uma cebola média, dois dentes de alho, um talo de aipo e
uma cenoura grande. Tempere com um pouco de sal, pimenta, canela em pó e noz-moscada e, em seguida, adicione uma xícara de carne de frango (já cozida). Quando o caldo secar um pouco e o sabor de todos os ingredientes for incorporado, desligue o fogo e deixe esfriar. Bata a sopa no liquidificador e devolva ao fogo, conferindo se o sal está de seu agrado. Se necessário, acrescente um pouco mais de água.

Sopa de frango com gengibre no inverno

Os chineses apreciam caldos quentes, independentemente da estação do ano. No inverno, porém, é comum acrescentarem ingredientes capazes de aquecer o corpo (dispersando o frio e evitando o colapso de yang). O gengibre cumpre muito bem esse papel, além de atuar nos meridianos do baço, estômago, coração e pulmão, eliminar a umidade, propiciar a circulação do qi e do sangue e favorecer a atividade de desintoxicação do fígado.

Como fazer: separe porções de frango (pode misturar partes mais e menos gordurosas como peito, coxinha da asa e sobrecoxa) e faça uma marinada com alho, pimenta, gengibre, vinagre de arroz, molho de soja e um pouquinho de sal.

Sele as carnes com um pouco de óleo de soja.

Na mesma panela, acrescente cebola e alguns dentes de alho e frite por alguns segundos. Junte batatas e nabo cortados em pequenos pedaços e água fervendo. Quando o frango e os tubérculos estiverem cozidos, adicione cogumelos ou legumes de sua preferência, como abobrinha e bok choy (repolho chinês). Finalize com ervas frescas como coentro e salsinha. Prove a sopa e acerte o sal e A pimenta.

" THUJA OCCIDENTALIS L." UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Thuja occidentalis L.
Família: 
Cupressaceae
Sinonímia científica: 
Cupressus nobleana (Beissn.) Lavallée
Partes usadas: 
Folhas e ramos.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Borneol, canfeno, fenchona, limoneno, miriceno, alfa-terpina, terpinoleno, tujona, cumarinas, flavonoides, ácido tânico, polisacarideos, proteínas.
Propriedade terapêutica: 
Antiviral, hepatoprotetora, antidiabética, antitumoral.
Indicação terapêutica: 
Condiloma (tumor benigno), infecção do trato respiratório, catarro, enurese, cistite, psoríase, carcinoma uterino, amenorreia, reumatismo, bronquite, angina, faringite, otite, sinusite.

Origem, distribuição
T. occidentalis é árvore nativa da Europa, originalmente cultivada na América do Norte.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: northern white-cedar, eastern white-cedar, arborvitae, swamp-cedar.
  • Alemão: abendländischer lebensbaum, amerikanischer lebensbaum, heckenthuja, lebensbaum
  • Francês: thuya d’occident
  • Italiano: thuia

Uso popular e medicinal
Em inglês o nome "arborvitae" (ou "árvore da vida") remonta ao século VXI quando o explorador francês Jacques Cartier aprendeu com povos indígenas do Canadá a usar as folhas da árvore para tratar escorbuto.

Tuia tem sido indicada para tratamento de condilomas e infecções do trato respiratório. Na sua composição fitoquímica, destacam-se os flavonoides que exibem atividades hepatoprotetora, antidiabética e antitumoral. Na prática terapêutica, utilizam-se tinturas ou soluções diluídas a partir desta.

Tuia já foi usada para tratar catarro brônquico, enurese, cistite, psoríase, carcinomas uterinos, amenorreia e reumatismo. Atualmente é usada principalmente como tintura ou diluição em homeopatia. Combinada a outras plantas imunomoduladores como as do gênero Echinacea (E. purpureaE. pallida) e Baptisia tinctoria ("indigo-selvagem"), tuia é útil na fitoterapia baseada em evidências em infecções agudas e crônicas do trato respiratório superior e como adjuvante para antibióticos em infecções bacterianas graves tais como bronquite, angina, faringite, otite média e sinusite.

A ação antiviral e potencial imunofarmacológica, tais como efeitos estimuladores e co-estimuladoras sobre a produção de citoquinas (ou citocinas) e de anticorpos e ativação de macrófagos e outras células imunocompetentes, foram demonstrados em inúmeros ensaios in vitro e in vivo.

Um fator crítico para o uso da espécie como erva medicinal é o seu teor de tujona, relatado como agente tóxico. No entanto, o conteúdo de tujona desta planta depende do procedimento de extração. Foi demonstrado que a percolação com etanol a 30% (v/v) pode reduzir significativamente o teor de tujona em comparação com a percolação com etanol a 90% (v/v), tornando os preparados a base de tuia produtos seguros e eficazes notadamente contra a constipação comum.

Na composição fitoquímica da erva seca são citados borneol, canfeno, fenchona, limoneno, miriceno, alfa-terpina, terpinoleno, tujona (0,76 - 2,4 % de óleo essencial, sendo 85 % α-tujona e 15% β-tujona); cumarinas (ácido p-cumárico, umbeliferona); flavonoides (catequina, galocatequina, kaempherol, miricetina, miricitrina, quercetina, quercitrina); ácido tânico, polisacarídeos e proteínas.

Outros usos:
A madeira, resistente a podridão e cupim, é usada principalmente em produtos que têm contato com a água e solo. Os principais usos comerciais são cercas, postes, madeira compensada, aglomerados, painéis, tambores, barcos etc.. Recentemente tem sido utilizada na fabricação de pasta kraft (pasta suspensa, material de escritório). 

O óleo essencial destilado dos ramos é utilizado em medicamentos e perfumes. Os ramos são usados em arranjos florais. A árvore tem valor ornamental.

A REBELDIA DO SEU POVO: TEXTO ( ISAIAS 2: 1-5 )

“Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e Jerusalém. Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR”. Isaías 2:1-5.

Isaías começa sua profecia com o termo “Nos últimos dias…”, realmente uma referencia a consumação dos tempos, uma profecia para a Igreja do Senhor que hoje é a sua casa (Hb 3:6) nós aqueles que mantem firme a confissão de que Jesus é o filho de Deus, o Messias. Essa promessa diz que as nações afluiriam para nós, todos os povos serão atraídos para a Igreja, que habita no monte santo do SENHOR, habita em sua presença, a lei e os ensinamentos vem do Espírito Santo de Deus (Jo 14:26) sem ele tudo que temos são mandamentos ensinados por homens (Mc 7:7). Um grande mover do Espírito ainda há por vir, precisamos estar preparados para esse mover que irá atrair todas as nações para a presença de Deus. Quem tem ouvidos ouça!

Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR! Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, É AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, agosto 22

" ACÁCIA SENEGAL ( L. ) WILLD " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Acacia senegal (L.) Willd.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Mimosa senegal L.
Partes usadas: 
Fibra, casca, folha, goma.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Goma: glicoproteínas e polissacarídeos e seus sais de cálcio, magnésio e potássio.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente
Indicação terapêutica: 
Colesterol, diabetes, síndrome de intestino irritável, controle de peso, inflamação do intestino, constipação, diarreia, incontinência fecal, problemas do fígado, oftalmia.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: gum arabic, Sudan gum arabic, gum acacia, three-thorned acacia
  • Francês: gommier, acacia du senegal, verek

Origem, distribuição

Nativa de partes da África, Paquistão e Índia.

Descrição:

Acacia senegal é um arbusto de folha decídua, cresce até 15 m de altura, é geralmente ramificada a partir do solo. Os ramos se bifurcam repetidamente e em árvores maduras formam uma coroa arredondada e plana.

O tronco pode variar em diâmetro até cerca de 30 cm. A casca é branca-acinzentada, embora em árvores antigas que crescem ao ar livre pode ser escura, escamosa e fina, mostrando a camada verde brilhante logo abaixo da superfície.

Espinhos curvados de 3-5 mm de comprimento aparecem nos nós dos ramos. São afiados, alguns apontando para frente e outros para trás. O nome genérico "acácia" vem do grego "akis" que significa "ponta", "farpa" ou "rebarba".

Folhas bipinadas, raque de até 2,5 cm de comprimento. Flores branco-amareladas e perfumadas. As vagens são retas, finas, achatadas, oblongas (7,5 x 2 cm), verdes e pubescentes quando jovens, com maturação de bronze brilhante, geralmente com manchas escuras.

Sementes 3-6, lisas, planas, pequenas, brilhantes, castanha escura. As sementes são secas e conservadas para consumo humano como vegetais.

A semente seca é o principal componente de panchkut, uma iguaria em Jodhpur (Índia), que também contém frutos de Capparis decidua (planta medicinal usada na Índia e Paquistão, serve como vegetal por diabéticos), Cucumis sativus (nosso conhecido "pepino") e Prosopis cineraria, cujas flores, cascas e cinzas são remédio popular na Índia para várias doenças).

Uso popular e medicinal:

Rica em fibras solúveis, a fibra de acácia é proveniente da seiva da árvore Acacia senegal, também conhecida como goma-arábica ou goma de acácia.

Na forma de pó, pode ser agitada em água e consumida como bebida. Algumas pessoas preferem a acácia a outras formas de fibra porque ela não é áspera, não engrossa e tem um sabor bem suave. Costuma-se também misturar o pó em smoothies (bebida espessa batida no liquidificador com gelo, leite, iogurte ou suco de frutas) e outras bebidas.

A fibra de acácia ajuda a baixar os níveis de colesterol, manter sob controle o açúcar no sangue, proteger contra o diabetes e auxiliar no tratamento de distúrbios digestivos como a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Essa fibra dissolve-se em água e forma uma substância semelhante a gel nos intestinos.

A fibra de acácia ajuda a controlar o apetite, reduzir a inflamação do intestino, aliviar a constipação, a diarreia e apoiar os esforços de perda de peso (ajuda o indivíduo a ficar saciado por mais tempo).

Diz-se também que essa fibra é prebiótica - um ingrediente alimentar não digerível da fibra dietética que pode estimular o crescimento de bactérias benéficas nos intestinos.

Algumas evidências de que a fibra pode oferecer certos benefícios foram relatadas em publicações científicas:  

  • Alivio dos sintomas da SII, conforme estudo publicado no World Journal of Gastroenterology em 2012
  • Controle de peso, conforme estudo publicado no Nutrition Journal com grupos de mulheres saudáveis que tomaram diariamente goma arábica ou placebo. No final do período de estudo de 6 semanas, aquelas que tomaram a goma arábica tiveram uma redução significativa no IMC e no percentual de gordura corporal. Um estudo anterior publicado no Appetite descobriu que a goma arábica diminuía a ingestão calórica 3h após o consumo e aumentava as classificações subjetivas de saciedade.
  • Incontinência fecal: Estudo publicado em Pesquisa em Enfermagem e Saúde comparou os efeitos de 3 tipos de fibra dietética (carboximetilcelulose, psílio e goma arábica) em pessoas com incontinência fecal. Todos os participantes tomaram um dos suplementos de fibra ou placebo por 32 dias. No final do estudo, apenas a suplementação de psílio foi encontrada para diminuir significativamente a frequência de incontinência. As avaliações de qualidade de vida não diferiram entre os grupos.
  • Colesterol alto: Relatório publicado na Food and Chemical Toxicology informa que a fibra de acácia parece reduzir os níveis de colesterol em ratos.
  • Diabetes: A fibra dietética desempenha um papel na regulação do açúcar no sangue. Conforme a Pesquisa de Pressão Arterial e Rins em testes em camundongos diabéticos determinaram que o tratamento com fibra de acácia ajuda a baixar a pressão arterial. Os autores apontam que a fibra de acácia pode ajudar a proteger diabéticos da nefropatia diabética (um dano renal que acredita-se resulta, em parte, do mau controle do diabetes e da pressão arterial).
  • Saúde do fígado: estudo publicado na Pharmacology Research aponta que o tratamento de camundongos com fibra de acácia antes da administração de acetaminofeno ajudou a proteger seus fígados dos efeitos tóxicos da droga. De acordo com os autores, a fibra de acácia pode ajudar a combater danos no fígado, reduzindo o estresse oxidativo.

Além da fibra, a casca e a folha são utilizadas como adstringente no tratamento de constipações, oftalmia, diarreia e hemorragia.

Quimicamente a goma arábica é um composto complexo ligeiramente ácido de glicoproteínas e polissacarídeos e seus sais de cálcio, magnésio e potássio.

O principal polissacarídeo é o ácido arábico, um polissacarídeo ramificado com um esqueleto de D-galactose (1,3) ligado com ramos ramificados ligados por (1,6) compostos de L-arabinose, L-ramnose e ácidos D-glucurônicos. As proteínas são caracterizadas como proteínas de arabinogalactana ricas em hidroxiprolina.

Amostras comerciais de goma arábica mostraram a seguinte composição: arabinose 24-29%, galactose 32-41%, ramnose 12-18%, ácido urônico 14-17% e proteína cerca de 2%.

Outros usos:

Sendo facilmente solúvel em água, a goma arábica forma soluções em uma ampla gama de concentrações. Apresenta valorizadas propriedades de emulsificação, estabilização, espessamento e suspensão.

A indústria alimentícia usa de 60% a 75% da produção mundial. Nos produtos de confeitaria, a goma arábica é utilizada para evitar a cristalização do açúcar, como emulsionante e como cobertura em produtos de panificação. Em refrigerantes e bebidas alcoólicas serve tanto como veículo para aromatizante ou como agente estabilizante. 

Em produtos lácteos congelados, a goma arábica é usada para encapsular aromas como óleos cítricos. É agente de suspensão ou emulsificador na fabricação de revestimento de comprimidos.

A goma arábica é usada na indústria de impressão para revestir chapas litográficas e evitar a oxidação, aumentar suas propriedades hidrofílicas e torná-las repelente à tinta. É base para produtos químicos fotossensíveis. Na cerâmica, ajuda a fortalecer a argila.

Outras aplicações técnicas incluem pirotecnia, fabricação de tinta, têxteis, pinturas e adesivos como a tradicional cola de escritório e selo postal. Goma arábica é usada localmente em pratos especiais e como goma de mascar. Tem aplicações medicinais para humanos e gado e para tratar doenças de pele e inflamação.

Acacia senegal é árvore multiuso. Folhagem e vagens são importantes fontes de forragem para camelos e cabras. A semente pode ser seca e conservada para consumo humano, principalmente como alimento de emergência. 

A madeira é usada para fins de construção de pequena escala e implementos agrícolas. Produz lenha de boa qualidade, que pode ser transformada em bom carvão. 

Os galhos espinhosos servem para cercar animais ou proteger campos agrícolas. Sendo uma árvore muito resistente à seca, é plantada para fixação de dunas de areia, quebra-ventos e cinturões de abrigo em regiões áridas.  

As flores são uma fonte de mel. Fibras extraídas das raízes servem para confecção de cordas e redes de pesca. A semente contém uma gordura que é usada tanto na medicina quanto na fabricação de sabão.

Ao consumir qualquer tipo de suplemento rico em fibras, certifique-se de aumentar gradualmente sua ingestão e obter fluidos suficientes para proteger contra os efeitos colaterais comumente associados a altas doses de fibras como gases, inchaço, constipação e cãibras.

Os efeitos colaterais relatados nos estudos incluem náusea matinal, diarreia moderada e inchaço abdominal.

" ANDIROBA " CONHEÇA ALGUNS BENEFÍCIOS DO ÓLEO VEGETAL DE ANDIROBA:


Usado há muitos anos pelos índios, o óleo de andiroba está ganhando fama entre os adeptos de produtos naturais. A Carapa guianensis, nome científico da andiroba, possui inúmeros benefícios, que vão desde a melhora da pele ao tratamento de doenças. Conheça mais sobre óleo, saiba seus benefícios e veja como incluí-lo na sua vida.

10 benefícios do óleo de andiroba:

Ação anti-inflamatória, antisséptica, cicatrizante, repelente de insetos e cosmético para o cabelo. Esses são alguns dos muitos proveitos do óleo de andiroba para a nossa saúde. Extraído de sementes de andiroba, ricas em vitaminas e minerais, esse óleo possui grandes benefícios para a saúde, além da vantagem de ser um 

1. Ação anti-inflamatória:

Estudos apontam que o óleo possui uma grande quantidade de substâncias limonoides. Isso o torna propício para alívio de inflamações, inchaços e lesões, através da aplicação do óleo na região afetada.

2. Uso na massoterapia:

O óleo de andiroba é muito utilizado por profissionais da massoterapia, pois suas propriedades anti-inflamatórias auxiliam no alívio de dores, relaxam os músculos, ajudam com doenças reumáticas e regeneram a pele. Pense em incluir o óleo na sua próxima massagem: você sentirá de cara a diferença.

3. Benefícios para o rosto:

O óleo de andiroba possui propriedades emolientes (que abrandam) e propriedades amaciantes. Quando aplicado no rosto, melhora seu aspecto, hidrata de maneira natural e estimula a regeneração.

4. Hidratante para os cabelos:

Com suas propriedades amaciantes, o óleo de andiroba é um excelente hidratante para os cabelos, sendo mais recomendado para os cacheados, crespos e volumosos. O óleo ajuda no controle de volume e frizz, além de proporcionar brilho e maciez para as madeixas.

5. Ação repelente:

No norte do país, região típica da andiroba, o óleo é muito usado como um repelente natural de diversos mosquitos (incluindo os transmissores de malária e dengue), além de servir como cicatrizante para as picadas.

6. Tratamento de doenças

No caso de dores de garganta, amigdalite, reumatismo e doenças de pele, o óleo de andiroba é altamente recomendado. Suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas naturais tornam o óleo um remédio natural e eficaz.

7. Alívio de dores musculares:

Por conta de sua ação analgésica, o óleo de andiroba auxilia no tratamento das dores musculares, trazendo alívio, relaxando e amenizando as dores. Basta massagear a região dolorida de 2 a 3 vezes ao dia para sentir os efeitos.

8. Combate de doenças parasitárias:

Parece que não há nada que o óleo de andiroba não ajude, não é mesmo? Seus benefícios não acabam: suas propriedades naturais são muito eficazes no combate de doenças parasitárias, como o bicho-de-pé.

9. Ação antiqueda para cabelos:

A grande quantidade de ácidos graxos torna o óleo um aliado contra a queda de cabelos e a calvície. A mistura do óleo puro em shampoos e cremes ajuda nessa ação, além de recuperar os fios danificados. 
                                                       10 10. Tratamento de Equizema:

Com propriedades regenerativas, o óleo de andiroba é muito recomendado para os tratamentos de pele. No tratamento de eczemas, o óleo ajuda no alívio da vermelhidão e da coceira. Ao passar o óleo de andiroba, ele é absorvido pela pele e cria uma barreira protetora nas camadas internas.

Como vimos, o óleo de andiroba serve para quase tudo! Por ser um produto natural, podemos utilizá-lo sem medo – mas, como em tudo na vida, a moderação é sempre bem-vinda.

Recomendações de uso:

Para que a andiroba possa ter o efeito desejado, deve-se seguir algumas recomendações. Apesar de ainda não haver estudos sobre a existência de efeitos colaterais relacionados ao seu uso, é importante saber como usar o óleo para obter os resultados desejados. Confira:

  • Uso oral: apesar de ser um excelente remédio para diversas doenças, o uso oral não é recomendado. Sua ingestão pode trazer efeitos negativos para o fígado, segundo estudo das universidades federais do Pará e de Pernambuco.
  • Uso externo: o óleo de andiroba possui ótimo efeito quando usado externamente. Como você viu, ele é excelente para aplicar em massagens e locais machucados e doloridos. A aplicação do óleo pode ser feita 3 vezes ao dia, sem nenhum prejuízo para a pele.
  • Uso nos cabelos: para aproveitar os benefícios do óleo nos cabelos, busque alinhá-lo com os produtos de tratamentos que você está acostumada, misturando o óleo 100% puro (encontrado em lojas de artigos naturais) ao seu shampoo e cremes para o cabelo. Assim, seu efeito será potencializado juntamente com o dos cosméticos.

Os nossos ancestrais sempre buscaram usar o que a natureza tem a oferecer sem prejudicá-la. Por isso, fique atenta ao descartar os restos do óleo de andiroba: procure locais que coletem e façam a reciclagem, evitando despejar em ralos e pias. E que tal conhecer outros óleos incríveis? O óleo de argam possui muitos benefícios para você.

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