quinta-feira, agosto 25

" CECROPIA GRAZIOVÍÍ SNETHL. " EMBAÚBA UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Cecropia glaziovii Snethl.
Família: 
Urticaceae
Sinonímia científica: 
Cecropia macranthera Warb. ex Snethl.
Partes usadas: 
Casca, raiz, folha, broto, flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Taninos, flavonoides, fenóis, antraquinonas, cumarinas, catequinas, procianidinas, proteínas, açúcares redutores, depsídeos/depsidonas e triterpenos
Propriedade terapêutica: 
Diurética, tônica, anti-hemorrágica, adstringente, emenagoga, antidisentérica, antiasmática, antitussígena, vermífuga.
Indicação terapêutica: 
Amenorreia, dismenorreia, coqueluche, afecções (respiratória, cardiopulmonar, cardiorrenal), taquicardia, bronquite, anuria, tuberculose, hemoptise, curativo de feridas, dispneia.

Origem, distribuição
América do Sul, Sul e Nordeste do Brasil. Distribui-se da Bahia ao Rio Grande do Sul em ecossistema de floresta ombrófila densa.

Descrição:
Espécie arbórea, perenifólia, dióica, pioneira, atinge até 15 m altura com diâmetro de até 25 cm. Apresenta raízes adventícias.

O tronco é ereto, oco, cilíndrico e fistuloso. Tipo de folha digitada, margem do limbo inteira, filotaxia alterna. As folhas novas têm coloração avermelhada.

Flores unissexuais, estaminadas. Os frutos variam de elipsoides a ovais. Floresce na primavera e frutifica no verão.

É polinizada pelo vento e abelhas. A dispersão de sementes é feita por grande número de animais.

O nome "embaúba" origina-se do termo tupi "ãba'ib" cujo significado é "árvore oca".

Uso popular e medicinal

Em um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina sobre autoecologia de C. glaziovii, a autora aponta suas propriedades como diurética, tônica, anti-hemorrágica, adstringente, emenagoga, antidisentérica, antiasmática, antitussígena, antigonorreica, vermífuga, antileucorreica, sendo indicada contra amenorreia, dismenorreia, coqueluche, afecções respiratórias, cardiopulmonar, cardiorrenal, taquicardia, bronquite, anuria (falta de urina na bexiga ou a incapacidade de evacuação da urina), tuberculose, hemoptise (expectoração de sangue pela tosse), curativo de feridas e dispneia.

Ela ressalta que no tratamento fitoterápico são usados casca, raízes, folhas, brotos e flores; e que as propriedades hipotensoras de extratos das folhas de C. glaziovii foram aprovadas pela antiga CEME (Central de Medicamentos) 

Outro estudo realizado na Universidade Federal do Espírito Santo sobre os potenciais efeitos tóxico, citotóxico, clastogênico e aneugênico do extrato bruto hidroalcoólico de folhas de C. glaziovii aponta a presença de taninos, flavonoides, fenóis, antraquinonas, cumarinas, catequinas, proteínas, açúcares redutores, depsídeos/depsidonas e triterpenos.

Estudos farmacológicos de outros pesquisadores no Brasil indicam que o extrato aquoso apresentou efeito broncodilatador, anti-hipertensivo e antidepressivo provavelmente atribuídos aos compostos majoritários catequinas, procianidinas e flavonoides presentes no extrato. Estes dois últimos compostos também são os responsáveis por comprovar a ação anti-hipertensiva desse vegetal em estudo desenvolvido com animais e humanos.

Outros usos:
Muito leve, a madeira serve para artefatos, utilidades domésticas, flutuadores, jangadas, salto de calçados, brinquedos, lápis, palito de fósforo, aeromodelismo, forros, pólvora e pasta celulósica. Devido a aspereza, as folhas são empregadas no polimento de madeira e a casca, dotada de fibras muito resistentes, na confecção de cordas rústicas.

O POVO QUE CHAMA POR O MEU NOME: TEXTO ( 2 CRÔNICAS 7 -14 )

Depois do grande esforço do povo de Israel na edificação do templo em Jerusalém, o Senhor dos Exércitos apareceu ao rei e lhe deu as condições para que a sua presença permanecesse naquele lugar. Mais do que construírem um templo, "o povo que se chama pelo Seu nome" deveria edificar as suas vidas no Senhor.

se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.
- 2 Crônicas 7:14

Para obtermos um melhor entendimento desta passagem, temos que entender o seu contexto. O povo de Israel estava sob o comando do rei Salomão que enfim conseguiu erguer o templo do Senhor em Jerusalém. Todo envolvimento do rei e mobilização do povo teve um propósito: fazer a vontade de Deus. Depois da construção, dedicação e a consagração do templo - o que gerou grande júbilo em Israel - o Senhor apareceu ao rei e respondeu a sua oração.

Deus expressa a sua vontade em habitar no meio do seu povo. Ele aceita a oferta e o esforço do povo de Israel na construção do templo: "Ouvi sua oração e escolhi este lugar para mim, como um templo para sacrifícios". O Senhor fala a Salomão demonstrando o seu desejo em abençoar e proteger o Seu povo. Mas a permanência da Sua presença exigiria total dedicação a Ele e uma mudança de velhos hábitos, como foi colocado na passagem de 2 Crônicas 7:14.

O nosso Deus é verdadeiro e reto, Ele deixa claro os três pontos necessários para que a sua cobertura permaneça sobre o Seu povo: reconhecimento da Sua grandeza, buscar a Sua presença e converter-se nos Seus caminhos.

Se o meu povo se humilhar e orar

Um povo que se humilha tem noção da sua fragilidade e reconhece a soberania de Deus. Não adianta ter recursos, ter um grande exército e deter toda tecnologia: um povo - ou um líder - que não reconhece o poder Deus está sujeito a queda. Lembremos o que aconteceu com o Egito. Deus é O Todo poderoso!

Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.
- Tiago 4:9-10

Um povo que se humilha diante de Deus é exaltado por Ele. Se humilhar é se esvaziar de orgulho, é deixar de confiar na própria força. Dentro desse parâmetro a oração é um exercício de quebrantamento para entrarmos na presença do Senhor. Quando estamos com o coração contrito na presença de Deus, a vaidade é repelida e a nossa atenção está voltada em apenas buscar o essencial: a presença de Deus.

Se o meu povo buscar a minha face

Buscar a face de Deus é ter um maior relacionamento com Ele. Buscar é se esforçar, é ter iniciativa. Um povo que crê no Senhor não pode ficar apenas aguardando que Deus lute em seu favor de maneira descompromissada. Temos um Deus vivo que quer se relacionar com seu povo.

Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvi­rei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração.
- Jeremias 29:12-13

Buscar requer comunhão, esforço e dedicação a Ele. Esses são alguns dos fatores que sinalizam o nosso compromisso com Deus. Uma coisa é certa: Deus se compromete por aquele que tem compromisso com Ele. A verdadeira busca se dá em espírito e em verdade. A cada dia que buscamos mais a Deus, nos tornamos íntimos dele e mais íntegros. E o meio de buscar esta comunhão com Deus vem por ler e ouvir a Sua Palavra, colocando a fé em ação na oração.

Se o meu povo se afastar dos maus caminhos

A consequência de quem busca a Deus de verdade é se converter nos seus retos caminhos. Quando conhecemos os caminhos do Senhor, podemos discernir o que pode nos afastar dele. Se manter em fé é consequência da submissão e da busca a face de Deus. Os maus caminhos nos tornam vulneráveis a qualquer tipo de ataque do inimigo. Identificar o que nos afasta de Deus é amadurecer o nosso relacionamento com Ele.

Afastem-se de toda forma de mal.
- 1 Tessalonicenses 5:22

Se afastar dos maus caminhos é também abandonar as velhas práticas. É viver na novidade das boas novas do Senhor. Quando largamos tudo o que nos afasta de Deus, estamos nos esforçando e buscando a Ele. Se converter é literalmente se afastar dos maus caminhos e alinhar-se nos caminhos do Senhor. Feito esta escolha, a permanência na presença de Deus se dá em identificar as armadilhas que possam nos afastar da sua cobertura e seguir em frente, ouvindo a Sua voz.

Ele cura e liberta o seu povo

Deus é fiel, Ele não é homem para mentir. Deus age no povo que coloca seus joelhos no chão, se humilha e se afasta dos maus caminhos. Onde Deus habita há cura e libertação! Devemos estar sempre atentos para que Ele possa estar agindo em nosso meio: cada um examinando a si mesmo, exortando uns aos outros em amor para que todos possam crescer em espírito e em verdade.

Como é feliz a nação
que tem o Senhor como Deus,
o povo que ele escolheu para lhe pertencer!
- Salmos 33:12

Um povo que tem Deus como o seu líder faz uma escolha sábia e o povo que age segundo a escolha colhe os frutos da benevolência do Senhor. Temos grandes exemplos na Palavra de Deus de povos que se sujeitaram ao Senhor e foram abençoados de maneira inimaginável.

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
- 1 Pedro 2:9

Os salvos em Cristo fazem parte do povo que se chama pelo Seu nome! Quando aceitamos a Jesus passamos a fazer parte desta nação poderosa contra quem as portas do inferno não podem resistir. Como povo santo devemos nos esforçar - orando e adorando - para que Deus possa operar ainda mais sinais e maravilhas no nosso meio! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, É AINDA NOS ANIMA ". 

quarta-feira, agosto 24

" ARTEMÍSIA VULGARÍS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES MEDICINAIS:

Nome científico: 
Artemisia vulgaris L.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Absinthium spicatum (Wulfen ex Jacq.) Baumg.
Partes usadas: 
Folhas, flores, raizes.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Da planta toda isolam-se lactonas sesquiterpênicas, acetilenos, óleos essenciais (eucaliptol), tuiona, tanino, mucilagem.
Propriedade terapêutica: 
Inseticida, antifúngica, digestiva.
Indicação terapêutica: 
Anemia, cólica, coreia, diarreia, enterite, epilepsia, nevralgia, icterícia, lombriga, dispepsia, reumatismo, tônico para menstruação escassa ou irregular, regular o ciclo menstrual, asma.

Origem, distribuição
Nativa das zonas temperadas da Europa, Ásia e Norte da África, mas também naturalizada na América do Norte.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: mugwort
  • Francês: armoise, ceinture de Saint-Jean
  • Italiano: artemisia comune, amarella, assenzio selvatico
  • Alemão: beifuß
  • Espanhol: artemisa

Descrição
As folhas são púberes, verde escuro na superfície superior, têm várias formas dependendo da sua posição na planta. As folhas perto da base são elípticas e oblongas, profundamente bipinadas (dividida duas vezes) mesmo quando próximas da nervura central.

O caule possui tom vermelho escuro. As flores são hermafroditas (têm ambos os sexos masculino e órgãos femininos), pequenas, amarelas ou vermelho escuro, polinizadas pela ação do vento.

Uso popular e medicinal
O gênero Artemisia conta com muitas espécies. Assemelha-se a A. absinthium (losna ou absinto), por isso é também confundida com esses nomes. Para diferenciá-la das demais, costuma-se chamar a Artemisia vulgaris por artemísia-verdadeira.

É muito usada na medicina caseira para anemia, cólicas, coreia, diarreia, enterite, epilepsia, nevralgias, icterícias, lombrigas, dispepsias, reumatismo, como tônico para estimular a menstruação escassa ou irregular, regular o ciclo menstrual, mucosidades, asma, nas inflamações e contra hemorragia, além de ser inseticida e antifúngica.

Segue um resumo das principais espécies de Artemisia:

Artemisia annua cresce próximo aos trópicos, atinge 0,5 m de altura, foi estudada na China e Índia de onde foi levada pelos ingleses. As sementes são usadas contra malária (há vários trabalhos científicos comprobatórios), doenças dos olhos e do estômago (úlcera) e as folhas para disenterias e transtornos oculares.

O óleo essencial é amargo, tem aroma doce e refrescante com nuanças de cânfora e é muito usado na perfumaria. Não irrita a pele e tem propriedades antimicrobianas, o que pode ajudar em banhos vulvo-vaginais para corrimentos.

Informe da Organização Mundial da Saúde revela que injeção de Artemísia reduz a morte por malária três vezes mais que a quinina (também extraída de planta). Por ser tônica sobre a musculatura uterina, não se usa em grávidas e em lactantes.

A. capillares, originária da China, Japão e Taiwan, é usada contra hepatite, febres, constipação, diurese e como antibacteriana e antifúngica.

A. cina, (santônica ou sêmen-contra) é do leste europeu, embora existam alguns exemplares silvestres na América do Sul. Tem óleo essencial rico em 1,8 cineol (80%), terpinol, carvacrol, lactonas sesquiterpênicas (ou sesquiterpenos lactonizados, santonina, que lhe dá o nome). A santonina tem ação musculoparalisante no parasito, auxiliado por eucaliptol. Suas sumidades floridas são vermífugas.

A. copa, dos Andes, é conhecida como copa-copa. Sua infusão serve como hipotensora arterial, antirreumática e dores gástricas. Fricção em álcool de folhas na cabeça ou inalação delas aliviam cefaleias.

A. douglasiana é uma erva argentina (lá tem o nome matico) usada nas úlceras gástricas. Tem uma lactona sesquiterpena - dehidroleucodina - que aumenta a secreção mucosa, secreção de prostaglandina e de sulfihidrilos em ratos.

A. abrotanum, ou abrótano macho, hierba lombriguera, é conhecida em muitos lugares somente como artemísia. É um arbusto com folhas plumosas finamente divididas, pequenas flores branco-amareladas. Dela usam-se as flores secas, talos e sumidades floridas como aperitivas pelo óleo essencial. É colerética pelo ácido cafêico e ácido clorogênico que contém. Na verdade é um excelente digestivo muito usado na cozinha italiana. Tem absintol e por isso é antihelmíntico de grande valor.

A. glabella é espécie russa que tem os sesquiterpenos arglabina, argolida e dihidroargolina, é imunomoduladora, ativa a produção de citoninas.

A. marítima, as sementes e sumidades floridas servem especificamente como oxiurucida, ascaricida, laxante, antianêmico e cicratizante da pele. Tem artemisina, santonina e potássio.

A. marshalliana é uma das 20 espécies turcas, contém cumarinas, hidroxiacetofenona, acetilenos e atividade antihelmíntica.

A. mexicana e A. ludoviciana são espécies muito comum no México e América do Norte. Os astecas a usavam em cerimônias e suas propriedades são semelhantes ao absinto. É antimicrobiana, tem sesquiterpenos, flavonoides, monoterpenos, cumarinas e enxofre.

A. moorcrofitiana é usada na Índia contra vermes, em extrato aquoso de folhas frescas. A variedade parviflora apresenta óleo essencial útil contra Candida albicans e outros fungos.

A. scoparia também é indiana e seu extrato etanólico mostra ser antibacteriano contra Staphylococci aureusviridans e pyogens e contra micoses superficiais da pele. Contra candidíase apresentou resultados regulares. Exemplares turcos têm um pouco de artemisina, o que lhe confere propriedades antimaláricas, embora bem menor que A. annua.

 Dosagem indicada:

  • Regulador do ciclo menstrual, anti-helmíntico, aperitivo, colagogo e adjuvante do crescimento capilar. Infusão de 3 a 5g de folhas ou sumidades floridas na dosagem de três xícaras ao dia, ou em massagens no couro cabeludo.
  • Amenorreia. Usam-se 3 ou 4 colherinhas de tintura (20g em 10 cm3 de álcool a 60o C) ao dia.

Antigamente aplicava-se cataplasma sobre o ventre das mulheres em curso de parto difícil. E ainda fricções ou cataplasma com o suco da erva em casos de reumatismo.

 Culinária:
Tem uso na cozinha como tempero de carnes e como ingrediente de bebidas bitter.

 Cuidados:
Em altas doses irrita o sistema nervoso. 

Riscos conhecidos: pode ser venenosa em grandes doses. Contato com a pele pode causar dermatite em algumas pessoas. Provavelmente inseguro para as mulheres grávidas, pois pode estimular o útero a se contrair e induzir o aborto.

MOXABUSTAO OU MOXA? PARA QUE SERVE? COMO APLICA-LA? QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS?

A moxabustão, ou moxa, vem da palavra japonesa mokusa, que significa "erva queimada". Foi registrada pela primeira vez em textos médicos durante a Dinastia Song (960 d.C.), mas provavelmente foi usada por muito mais tempo. É uma terapia importante na Medicina Tradicional Chinesa; os textos antigos diziam que a moxa deveria ser usada se a acupuntura e as ervas não funcionassem na cura da doença.
O calor da moxabustão é extremamente penetrante, tornando-a eficaz quando há menos circulação, condições frias e úmidas, além de deficiência do yang. Quando aplicada aos pontos de acupuntura específicos à deficiência de yang, o corpo absorve o calor o máximo possível, recuperando o qi do yang do corpo e o "fogo ministerial", a fonte de todo o calor e energia do corpo.

A moxa é preparada a partir da artemísia (Artemisia vulgaris), uma erva perene comum. As folhas aromáticas são secas e peneiradas várias vezes até que fiquem macias.


Existem duas técnicas de aquecimento para a aplicação da moxabustão: a moxa indireta e a moxa direta.

MOXA INDIRETA:

Na moxa indireta, a "lã da moxa" é enrolada em forma de um longo cigarro e embrulhada em papel. A moxa é, então, acesa e mantida cerca de 2,5cm de distância da área desejada - um ponto de acupuntura ou outra área do corpo escolhida pelo profissional. A moxa indireta pode ser usada nos pontos de acupuntura para se ter um efeito sistêmico, ou no corpo todo, ou pode ser utilizada diretamente no local do problema.

Por exemplo, a moxa indireta pode ser aplicada a uma região inchada e dolorida, como uma articulação com artrite. Também é apropriado aplicar calor indireto em pontos de acupuntura específicos, como o zusanli (estômago 36) ou mingmen (duodeno 4), para criar um efeito sistêmico. O calor colocado nesses pontos aumenta o metabolismo e a imunidade do corpo, de modo que a moxabustão, nesses pontos, também pode ser usada como um cuidado preventivo.

Um texto antigo afirma que "a pessoa que aplica a moxa diariamente ao zusanli (estômago 36) estará livre de uma centena de doenças". A aplicação de moxa ao estômago 36 possui um efeito energizante no corpo, especialmente em relação às funções digestivas e imunológicas. Seu uso, na medicina chinesa, é indicado às vezes para o tratamento de debilidades em geral, anemia, indigestão, náusea, fadiga crônica, choque, alergias, e asma. Pesquisas modernas confirmaram que o sistema imunológico é estimulado quando o ponto recebe a moxa.

Outro tipo de moxa indireta implica em enrolá-la, colocá-la na ponta de uma agulha de acupuntura enquanto ela está no corpo, e acendê-la. O calor da moxa percorre o cabinho e a agulha. A agulha transfere o calor especificamente ao ponto desejado no corpo.

MOXA DIRETA:

Na moxabustão direta, enrola-se uma pequena quantidade de erva em um cone, queimado diretamente na pele. Às vezes, isso pode provocar queimaduras, por isso, essa técnica raramente é realizada nas clínicas de acupuntura ocidentais. Na maioria dos casos, quando a moxa é aplicada diretamente à pele, coloca-se um pouco de ungüento no ponto para evitar a queimadura. Em outras técnicas, a moxa é queimada na ponta de um pedaço de gengibre, alho ou acônito; além de evitar queimadura, isso transmite os efeitos terapêuticos dessas plantas ao tratamento.

MOXABUSTÃO EM CASA:

Em todos os casos, a moxabustão pode proporcionar uma sensação bastante prazerosa, especialmente quando o calor se espalha pelas áreas doloridas e inchadas devido à temperatura baixa. A moxa indireta também é muito fácil de se fazer em casa. Os especialistas geralmente mostram ao paciente o ponto exato de seu problema, e a pessoa pode preparar a moxa em casa para fazer tratamentos diários. Tal tratamento pode ser bastante fortalecedor, já que o paciente tem total responsabilidade de sua cura.

Como aplicar a moxa no ponto "Leg Three Miles" (zusanli, estômago 36)
O ponto denominado zusanli, ou "Leg Three Miles", foi batizado assim devido a sua capacidade fabulosa de estimular a energia vital do corpo, tornando-a útil na preparação para longas caminhadas. Embora o ponto possa ser ativado por pressão ou introdução de agulha, a moxabustão é o método preferido quando o objetivo é aumentar a energia, ou o qi.


O ponto está localizado sob o joelho, nas duas pernas, aproximadamente, a quatro dedos abaixo da rótula (patela), e a um dedo da tíbia, lateralmente.


Após acender a moxa, segure a ponta em brasa pouco mais de 2cm da extremidade, mantendo o máximo de calor possível sem que haja desconforto. Após 5 ou 10 minutos em cada perna, apague cuidadosamente a moxa com água ou em um recipiente com sal ou areia. Nunca a amasse em um cinzeiro, pois ela continuará queimando e poderá provocar um incêndio.

" EUPHORBIA TIRUCCALLI L. " AVELÓZ UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Aveloz, também conhecida por Árvore-de-São-Sebastião, cega-olho, coral-verde ou almeidinha, é um planta tóxica que vem sendo estudada para combater o câncer, uma vez que é capaz de eliminar algumas células cancerígenas, impedindo o seu desenvolvimento e reduzindo o tumor.

A Aveloz é uma planta nativa da África, mas que pode ser encontrada no nordeste do Brasil e que, normalmente, apresenta cerca de 4 metros de altura, tendo vários ramos verdes carnudos e poucas folhas e flores.

Seu nome científico é Euphorbia tirucalli e pode ser encontradas em algumas farmácias de manipulação e algumas lojas de produtos naturais sob a forma de látex. No entanto, é recomendado consultar um médico ou fitoterapeuta antes de consumir esta planta, pois é bastante tóxica quando não utilizada de forma adequada.

Para que serve 

Apesar da sua toxidade, as principais propriedades da Aveloz que já estão comprovadas pela ciência incluem sua ação anti-inflamatória, analgésica, fungicida, antibiótica, laxante e expectorante. Em relação a propriedade antitumoral são necessários mais estudos.

Devido às suas diversas propriedades, a Aveloz pode ser utilizada para auxiliar no tratamento de:

  • Verrugas;
  • Inflamação da garganta;
  • Reumatismo;
  • Tosse;
  • Asma;
  • Prisão de ventre.

Além disso, popularmente acredita-se que essa planta também pode ser útil contra o câncer de mama, embora os estudos não mostrem que seja realmente eficaz, sendo necessário mais pesquisas a esse respeito.

Modo de uso 

​O modo de uso da Aveloz deve ser sempre orientado por um profissional de saúde, uma vez que a planta é bastante tóxica, podendo colocar em perigo a vida do paciente. A forma mais comum é a toma de 1 gota do látex diluído em 200 ml de água diariamente, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde de saúde. 

Não é recomendado tomar esse remédio natural sem conhecimento de um profissional da saúde ou um fitoterapeuta,  porque pode causar graves lesões no corpo.

Efeitos colaterais e contraindicações

Os efeitos colaterais da Aveloz estão principalmente relacionados com o contato direto com a planta, podendo resultar em feridas graves, queimaduras, inchaço e, até mesmo, necrose dos tecidos. Além disso, quando em contato direto com os olhos pode causar ardência e destruir a córnea causando cegueira permanente, caso não haja atendimento médico imediato.

Quando o látex proveniente dessa planta é ingerido em excesso ou sem que seja diluído, pode haver vômito, diarreia, grave irritação dos tecidos do estômago e aparecimento de úlceras, por exemplo.

A Aveloz é contraindicada em qualquer caso em que seu uso não é indicado devido à sua elevada toxicidade, por isso é recomendado que seu uso só seja feito sob orientação do profissional de saúde ou um fitoterapeuta. 

O QUE SIGNIFICA CÂNTICOS DE DEGRAUS OU SALMOS DE ROMAGEM?

Cânticos dos Degraus são os salmos que formam uma coleção de quinze cânticos de peregrinação, entre os Salmos 120 e 134. Essa coleção também é chamada de Salmos de Romagem ou Cânticos das Subidas. Pode-se dizer que os quinze Cânticos dos Degraus  formam um tipo de pequeno saltério dividido em cinco grupos de três salmos cada.

É difícil saber com exatidão o significado da designação “Cânticos dos Degraus”. Muitas teorias tem sido propostas para esclarecer essa questão. Alguns dizem que os Cânticos de Degraus fazem referência ao retorno do exílio babilônico, quando os judeus subiram do cativeiro.

Tradições antigas conectam esses quinze salmos aos quinze degraus que levavam do pátio das mulheres para o pátio dos israelitas no Templo. Então supostamente os levitas cantavam sobre estes degraus esses mesmos salmos.

Outros defendem que a designação “Cânticos dos Degraus” indica algum paralelismo climático que revela uma subida gradual conforme a coleção avança. Contudo, o mais provável é que os Cânticos de Degraus eram os salmos usados pelos peregrinos que seguiam para Jerusalém com a finalidade de participar das grandes festividades anuais. Daí explica-se melhor a expressão “Salmos de Romagem”, isto é, “Salmos de Peregrinação”.

De acordo com a Lei de Moisés os judeus deveriam ir a Jerusalém pelo menos em uma das grandes festas anuais para adorar no Templo. Estes judeus partiam das cidades onde viviam em direção ao Monte Sião. Alguns vinham de dentro da Palestina mesmo, enquanto outros vinham de lugares muito distantes.

Então na época das grandes festas, os judeus se reuniam em caravanas que seguiam para Jerusalém em romagem. Em família, os judeus romeiros levavam suas ofertas e animais que seriam sacrificados e durante a caminhada cantavam cânticos ao Senhor. Esses cânticos eram justamente os Cânticos dos Degraus que serviam como um hinário de viagem.

O rei Davi foi o autor de pelo menos quatro dos quinze Salmos de Romagem (Salmos 122, 124, 131 e 134). O rei Salomão também escreveu pelo menos um desses salmos, o Salmo 127. Os demais Salmos de Romagem são anônimos. 

A mensagem dos Cânticos dos Degraus (ou Salmos de Romagem)

A mensagem dos Cânticos dos Degraus expressa as experiências e sentimentos do povo do Senhor em diferentes circunstâncias. A Bíblia diz que o povo de Deus é peregrino nesse mundo (Hebreus 11:13; 1 Pedro 2:11). Então esses salmos falam de situações as quais o povo de Deus é submetido enquanto sua vida terrena, tais como: tristeza, perseguição, vingança, angústia, dor, fraqueza, alegria, contentamento, luta contra o pecado, confiança em Deus etc.

Um esboço simples dos Cânticos dos Degraus pode ser definido da seguinte forma:

  • Salmo 120: Os ataques dos caluniadores.
  • Salmo 121: Deus é o fiel guarda dos homens.
  • Salmo 122: Oração pela paz de Jerusalém.
  • Salmo 123: O desejo diligente por auxílio divino.
  • Salmo 124: Deus é o nosso protetor e libertador.
  • Salmo 125: A fé inabalável.
  • Salmo 126: O consolo para os que choram.
  • Salmo 127: Todo bem procede de Deus.
  • Salmo 128: Temor de Deus e felicidade no lar.
  • Salmo 129: Recordações de libertações.
  • Salmo 130: Clamando ao Senhor em meio as aflições.
  • Salmo 131: Descansando em Deus.
  • Salmo 132: Recordando promessas antigas.
  • Salmo 133: A excelência da união fraternal.
  • Salmo 134: Convocação ao culto.

Sob esse aspecto, a mensagem principal dos Cânticos dos Degraus instrui os cristãos e a todos buscarem ao Senhor em todas essas circunstâncias. Esses salmos mostram que a confiança dos justos em Deus deve prevalecer independentemente de qualquer coisa.

De fato a coleção dos Salmos de Romagem parece indicar uma progressão. O Salmo 120 começa com num adorador fiel que numa terra distante, habitando entre os estrangeiros, longe do Monte do Senhor. Conforme os salmos avançam, os peregrinos se aproximam de Jerusalém, e por fim, chegam à cidade de Jerusalém, onde se encontram no Monte Sião com aqueles que servem na casa do Senhor. Os Salmos de Romagem terminam com um chamado à adoração (Cf. Salmo 134) Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz! " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, agosto 23

CONHEÇA OS CINCO ELEMENTOS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ( MTC ).

Uma das bases filosóficas da medicina chinesa prevê que os fenômenos do universo são produtos do movimento e da mutação dos cinco elementos: madeira, fogo, terra, metal e água. Os chineses antigos adquiriram conhecimento desses elementos por meio da longa observação da natureza, e atribuíram certos valores a cada um deles.

São encontrados registros da teoria dos cinco elementos na China que datam do período dos Reinos Combatentes (221 – 476 a.C.). Durante a dinastia Song (960 – 1279 d.C.), essa teoria se fundiu com a do yin yang e, juntas, elas se tornaram um importante pilar da fundamentação teórica da medicina tradicional chinesa.

A relação entre os elementos baseia-se em dois aspectos que se apoiam mutuamente para propiciar harmonia: o ciclo de geração e o ciclo de dominância (ou controle).

O ciclo de geração desencadeia uma sequência em que cada elemento é gerado pelo precedente e dá origem ao elemento seguinte. Desse modo, temos: a madeira gera o fogo (a madeira em combustão faz o fogo crescer); o fogo gera a terra (as cinzas originadas do fogo descem ao solo e são absorvidas pela terra, que se fortalece); a terra gera o metal (no interior do solo são produzidos os minérios que formam os metais); o metal gera a água (o metal, ao ser derretido, retorna à forma líquida) e a água gera a madeira (a agua é fundamental para o crescimento das árvores).

No ciclo de dominância, os elementos formam relações de controle e restrição uns sobre os outros. A madeira controla a terra (a madeira consome a terra), a terra controla a água (a terra limita o caminho da água), a água controla o fogo (a água apaga o fogo), o fogo controla o metal (o fogo derrete o metal) e o metal controla a madeira (o metal corta a madeira).

As relações de geração e dominância asseguram o equilíbrio entre os elementos e a normalidade de seus processos – no caso do corpo humano, o seu funcionamento fisiológico saudável. Como os cinco elementos demonstram estreita interdependência, o desequilíbrio de um repercutirá sobre todo o sistema.

Os cinco elementos também podem ser compreendidos em função das estações do ano.

A água é a fase associada ao inverno, em que prevalece a força yin, relacionada a um comportamento de introspecção. O inverno é tempo do descanso, da quietude, quando a energia deve ser poupada, recolhida, condensada, conservada e armazenada. Devemos “hibernar” para poder explorar as próximas estações.

A madeira está associada à primavera, estação em que as plantas florescem. A força yang, de expansão, prevalece nesse período. Trata-se de uma fase com energia quente, alegre, bem-humorada, colorida e explosiva. Está associada ao vigor, à juventude, ao crescimento e ao desenvolvimento.

Em seguida vem o verão, com energia similar à da primavera: expansiva e criativa, simbolizada pelo fogo, com a força yang em seu ápice. Essa  energia está associada ao amor e à compaixão, à generosidade, à alegria e à abundância.

O final do verão traz um momento bastante peculiar no conceito da medicina tradicional chinesa. Trata-se do interlúdio, quando há um perfeito equilíbrio entre yin e yang, pois a intensidade do fogo diminui, transformando-se em energia da terra. Há sensação de bem-estar e plenitude.

No início do outono, a energia da terra transforma-se em metal. E, durante essa fase, começa novamente a condensar-se, a contrair-se, volta-se para dentro para se acumular e armazenar. É quando libertamos tudo que pode ser dispensável, da mesma forma que as árvores dispensam as folhas com o intuito de poupar sua essência. É necessário economizar forças nesse momento para atravessar o inverno, período de processar os aprendizados obtidos no verão.

Cada elemento também representa uma parte do corpo, em função de suas características. Esse entendimento fornece aos terapeutas em medicina tradicional chinesa (MTC) a compreensão tanto das doenças como de seu tratamento.

O elemento água é representado pelos rins e bexiga; o elemento madeira pelo fígado e vesícula biliar; o elemento fogo pelo coração e intestino delgado; o elemento terra pelo baço, pâncreas e estômago e o elemento metal é representado pelo pulmão e intestino grosso.

Quando falamos nos cinco elementos, falamos também sobre os sentimentos ligados a eles.

Na MTC acredita-se que cinco emoções maiores originam as menores e, quando em excesso ou falta, podem afetar o funcionamento psíquico, fazendo com que surjam inúmeras síndromes energéticas e patologias. Essas cinco emoções são: o medo (ligado ao rim), a alegria (ligada ao coração), a tristeza (ligada ao pulmão), a preocupação (ligada ao baço) e a raiva (ligada ao fígado).

É indiscutível que o medo é importante para a proteção do ser humano. Quando nos 
sentimos ameaçados, acuados, instintivamente corremos ou enfrentamos o que tenta nos agredir. Essas ações podem assegurar a sobrevivência. Por outro lado, o medo em excesso altera diretamente o rim. Passar por situações de medo constante, como aquele vivido diariamente por populações em zonas de conflito, prejudica não apenas o funcionamento do órgão, mas também o funcionamento psíquico e emocional da pessoa. O medo pode ainda afetar o coração e o shen (consciência), manifestando-se na forma de fobias e alterando a livre circulação do qi (energia) pelo corpo. Estando ligado à água, são comuns síndromes associadas à deficiência desse elemento no corpo humano causando, por exemplo, queda do cabelo, falta de energia e problemas nos ossos. Dois sintomas comuns dessa desordem incluem a incontinência urinária e fecal, resultado da liberação esfincteriana. Não é difícil imaginar uma pessoa que, ao vivenciar uma situação traumática, quando o medo é muito intenso, deixe escapar a urina, em função desse sentimento incontrolável.

A alegria pode ser sinônimo de satisfação e de felicidade, gerando um equilíbrio do shen e do coração. Em excesso, porém, pode criar um estado de grande excitação que consome o qi e afeta o coração. Como resultado, o shen perde a sua base, e a pessoa não consegue se concentrar, podendo alternar estados de euforia e depressão. Seria como receber uma notícia maravilhosa que trouxesse grande alegria, mas não ter condições para metabolizar a situação. Um excesso de notícias boas pode afetar o coração.

Como contraponto, quando situações de grande tristeza ou melancolia atingem uma pessoa, o funcionamento do pulmão pode ser comprometido, provocando alterações respiratórias (bronquite, rinite, sinusite, asma, falta de ar), problemas de pele e queda na imunidade.

A preocupação excessiva e o comportamento obsessivo alteram diretamente o baço, que é o órgão responsável pelo transporte e pela transformação do qi. Pessoas com desarmonia do elemento terra, que é o responsável por essa emoção, são ansiosas e frequentemente têm insônia. O desequilíbrio pode chegar a alterar a fisiologia natural da absorção dos nutrientes alimentares (dificuldade de assimilação e retenção da energia), favorecendo a obesidade. Seriam pessoas que, em momentos de grande tensão e preocupação, acabam “descontando” na comida e priorizando o consumo de alimentos de alto valor calórico e baixo valor nutricional.

A raiva leva à alteração do fígado e, como consequência, prejudica o fluxo do qi. Os sintomas associados a esse estado são a irritação, a opressão torácica (dor do peito), a distensão abdominal, além de síncopes. Talvez não seja coincidência que a personagem “Incrível Hulk”, cujo poder aumenta à medida que não consegue controlar a raiva, seja verde (personificando o elemento madeira).

Com a base apresentada neste artigo, já podemos pensar que, quando uma pessoa adoece, não basta saber quais sintomas se manifestam em seu corpo físico. Essa seria uma forma imediatista e limitada de compreendermos um processo patológico. É importante contextualizar todos os sintomas juntamente com os sentimentos que o paciente apresenta, com a estação do ano em que se encontra e com os desequilíbrios gerados e observados dentro dos ciclos de geração e controle dos cinco elementos.

Para refletirmos sobre o desenvolvimento do raciocínio clínico utilizando as teorias apresentadas aqui, imaginemos uma pessoa com excesso do elemento fogo: procura tratamento no verão, furiosa, com uma patologia que gera calor no corpo, como é o caso da dermatite de contato (um tipo de reação na pele que ocorre devido ao contato com alguma substância externa, causando alergia ou irritação, e que desencadeará um processo inflamatório). O tratamento, nesse caso, não deve envolver apenas a eliminação do agente causador da doença. É imprescindível a administração do elemento água, capaz de dominar o fogo. Assim, algumas das seguintes estratégias poderão ser utilizadas: (1) resfriar o corpo do paciente por meio do consumo de alimentação energeticamente fria (como alface, tomate, tangerina); (2) usar alimentos anti-inflamatórios capazes de diminui o calor interno (como sementes de chia); (3) diminuir o consumo de alimentos energeticamente quentes (álcool, gengibre, pimenta, café etc.); (4) resfriar a região lesionada com água abundante e (5) utilizar pontos de acupuntura que diminuam o fogo interno.

O exemplo acima mostra a complexidade dos tratamentos que utilizam diversas técnicas de MTC, apesar de os modelos teóricos adotados serem aparentemente simples. 

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