domingo, setembro 4

" ADIANTUM CAPILLUS-VENERIS L." ( AVENCA ) UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Adiantum capillus-veneris L.
Família: 
Pteridaceae
Sinonímia científica: 
Adiantum tenerum var. dissectum M. Martens & Galeotti
Partes usadas: 
Folha, rizoma
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos, fitosteróis.
Propriedade terapêutica: 
Antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva, hipoglicêmica, expectorante, diurética.
Indicação terapêutica: 
Bronquite, rouquidão, pedras nos rins, desintoxicação do fígado, queixas peitorais, resfriado, tosse, dificuldade de respirar.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: maidenhair fern, southern maidenhair fern.
  • Francês: capillaire cheveux-de-Vénus, capillaire de Montpellier, cheveux de Vénus.
  • Alemão: frauenhaarfarn, venushaarfarn.
  • Italiano: capelvenere comune.
  • Espanhol: adianto, capilera, culantrillo de pozo

Origem, distribuição:
Nativa em vários países, tem distribuição subcosmopolita (ocorre em todos os continentes, exceto na Antártica ou Antártida). Temos várias espécies no Brasil.

Descrição:
Planta muito bonita, sensível, cresce em ambientes úmidos, não tolera vento nem exposição direta ao sol. Existem muitos tipos de avenca: de folha grande, folha miúda, tênues, mais consistentes etc.

É uma trepadeira pequena, perene, de 20 a 70 cm de altura. Possui haste e ramos marrom escuro, duros e finos. As folhas são pecioladas, alternas, finas, polimorfas, algumas são obovais e outras em forma de leque, estreitas na base e largas na parte superior onde apresentam sinuosidade e bordos que podem ser crenados ou denteados. 

Avencas, samambaias e outras plantas de folhagem são chamadas de plantas feto. Têm raiz, caule e folhas mas não produzem flores nem sementes. A reprodução é por meio de esporos. Nos fetos, as folhas são geralmente denominadas "frondes".

Curiosidade
Capillus-veneris significa "cabelo-de-Vênus", devido às folhas verdes deslumbrantes. Capillus significa "cabelo" e "veneris" vem de Vênus, a deusa do amor como era chamada pelos antigos gregos.

Uso popular e medicinal:
A planta é bem conhecida como ornamental mas é também usada em vários países para uma gama de problemas.

Na medicina chinesa é indicada para tratar a bronquite. No Curdistão é usada na forma seca, depois rehidratada e cozida em água, em seguida filtrada, servindo como uma bebida para se livrar de pedras nos rins, uma vez que é tida como diurética, além de ser utilizada para desintoxicar o fígado e facilitar a respiração.

Nas Filipinas as frondes são usadas para tratamento de queixas peitorais. No Irã e Iraque é indicada contra resfriado, tosse e dificuldade de respirar. Considerada útil em distúrbios respiratórios e urinários, ajuda a acalmar a tosse, a rouquidão e descongestionar o muco excessivo.

É usada como xarope em várias regiões da América Central, do Sul e Amazônia peruana como diurético. Na França um xarope das folhas é usado para reduzir o muco e a tosse, o chamado "Sirop de Capillaire". Na Inglaterra usam para asma, perda de cabelo e falta de ar.

As propriedades creditadas a avenca são antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva e hipoglicêmica. A decocção atua como supressor de tosse, expectorante, estimulante menstrual e descongestionante.

Os principais constituintes encontrados em avenca são carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos e fitosteróis:

  • Carotenoides: luteína, zeaxantina, violaxantina, neoxantina, rodoxantina, mutato xantina
  • Flavonoides: rutina, kaempherol, procianidina, quercetina, naringina, isoquercetina, prodelfinidina
  • Compostos fenólicos: ácidos cafeico, cumárico
  • Fitosteróis: beta-sitosterol, campesterol

 Dosagem indicada:

Queda de cabelo. Colocar 100 g de avenca seca em 1 litro de água. Ferver por 30 minutos. Esfriar, coar e utilizar para fricção diária no couro cabeludo. 

Rouquidão (xarope). Macerar 30 g de folha de avenca em ½ litro de água. Após 3 horas, passar a infusão por um guardanapo, apertar bem as folhas para extrair todo o liquido, em seguida colocar em uma panelinha. Adicionar o dobro do peso do líquido em açúcar ou mel de abelha e aquecer em banho-maria até a sua dissolução completa. Adicionar 30 g de água de flor de laranjeira e tomar o xarope em colheradas, 3 vezes ao dia." NÃO USE MEDICAMENTOS SEM O CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE ".

O QUE A BÍBLIA NOS ENSINA A RESPEITO DE; " EIS QUE DIANTE DE TI PUS UMA PORTA ABERTA, E NINGUÉM A PODE FECHAR " TEXTO ( APOCALIPSE 3: 1-8 )

“Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar” é a promessa que os cristãos da cidade de Filadélfia escutaram da parte do Senhor Jesus (Apocalipse 3:8). Essa promessa tinha a ver com o privilégio da entrada no Reino de Deus concedido soberanamente por Cristo; bem como a oportunidade de serviço em favor desse mesmo reino.

Apesar das dificuldades enfrentadas por aquela comunidade cristã, a fé daqueles cristãos era genuína; e seu empenho na obra de Deus, verdadeiro. Então na carta que o apóstolo João registrou endereçada àquela Igreja, o próprio Senhor Jesus diz: “Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome” (Apocalipse 3:8).

Eis que diante de ti pus uma porta aberta

A Igreja em Filadélfia sofreu grande perseguição promovida pelos judeus daquela cidade. Eles faziam oposição à admissão dos gentios como parte do verdadeiro povo de Deus. Eles não aceitavam a ideia de que o Senhor estava recendendo na comunhão de sua família aquelas pessoas que não eram descendentes sanguíneos de Abraão. 

A oposição dos judeus naquela cidade era tão grande que eles são chamados por Cristo de “os da sinagoga de satanás”. Aquelas pessoas faziam de tudo para atrapalhar a pregação do Evangelho e prejudicar a Igreja do Senhor. Embora eles se considerassem o povo eleito de Deus, na verdade eles estavam do lado de fora do Reino de Deus (Apocalipse 3:9; cf. Mateus 8:12).

É nesse contexto que Cristo diz que havia posto diante de Sua Igreja uma porta que ninguém é capaz de fechar. Além disso, Ele também diz conhecer muito bem as obras daqueles cristãos. Mas o que significa essa porta aberta? Alguns estudiosos dizem que a porta aberta significa a admissão no Reino de Deus. Outros preferem dizer que a porta aberta significa uma oportunidade de serviço.

Mas é possível que os dois sentidos estejam pretendidos na declaração: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta”. Nesse sentido, os teólogos do Novo Testamento  explica que a porta aberta significa, em primeiro lugar, uma oportunidade maravilhosa de pregar o Evangelho. Em segundo lugar, a porta aberta também significa a operação da graça de Deus criando ouvidos para ouvir, ansiosos para receber a mensagem do Evangelho (cf. Atos 14:27; 1 Coríntios 16:9; 2 Coríntios 2:12; Colossenses 4:3).

E ninguém a pode fechar

No grego, a frase: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta”, enfatiza fortemente a ideia de que a porta já tinha sido aberta num tempo passado, e permanecia aberta no tempo presente. Então Cristo não iria abrir uma porta diante daquela Igreja; mas Ele já havia aberto aquela porta e continuava mantendo-a aberta.

Além disso, Ele assegura que ninguém seria capaz de fechar aquela porta. Somente o Senhor é quem pode abrir a porta da fé e tornar possível o sucesso da tarefa de proclamação do Evangelho (cf. Atos 14:27); bem como também é verdade que mais ninguém pode fechar essa maravilhosa porta que Ele abre.

Em outras palavras, a eficácia da obra da evangelização não dependia da limitada comunidade cristã de Filadélfia, mas dependia da autoridade soberana do Senhor. Concordo com estudiosos quando diz que Deus é soberano na obra da salvação; pois Ele abre ou fecha as portas do serviço de proclamação do Evangelho (cf. Isaías 45:1). Inclusive, aqueles mesmos cristãos também ouviram que Cristo é quem tem a chave de Davi, que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre (Apocalipse 3:7).

A igreja em Filadélfia podia ser insignificante aos olhos de seus opositores, mas era gigante aos olhos do Senhor. Apesar das perseguições, aqueles cristãos  guardaram a palavra do Senhor e não negaram o Seu nome. Embora tivesse pouca força, aquela igreja era guardada por Deus (Apocalipse 3:10; cf. 1 Coríntios 1:8).

A boa notícia é que essa mesma promessa continua valida até hoje para a verdadeira igreja de Cristo, Aquela pequena comunidade cristã local de Filadélfia passou, mas o Evangelho continuou triunfando e a Igreja se espalhou até os confins da terra. A porta continuou aberta, e ninguém pôde fechá-la.

Hoje essa porta está aberta diante de nós, e temos em nossas mãos o maravilhoso privilégio de participar do serviço na obra do Senhor. “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém pode fechar”. Não sejamos negligentes a esse chamado divino! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

sábado, setembro 3

" SYMPLYTUM OFFICINALE L. ( CONFREY ) UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Boraginaceae:  

 SinonímiasNão foram encontradas sinonímias para esta espécie. 

Nomes populares:  Confrei, comfrey, consólida, erva-encanadeira-de-osso, etc. 

Origem ou Habitat: Eurásia. 

Características botânicas:  Herbácea perene, medindo de 30-120 cm de altura, possuindo rizomas desenvolvidos e mucilaginosos de cor marrom escuro e raízes fusiformes fasciculadas. As folhas são simples, alternas, oblongo-lanceoladas, ásperas, as superiores são sésseis e de menor tamanho, todas com a superfície inferior apresentando nervuras bem salientes. Flores hermafroditas, diclamídeas, pentâmeras, pêndulas, de corola tubulosa amareladas, violáceas ou rosadas, agrupadas nos ramos terminais. O fruto é um tetraquênio de cor negro brilhante. 

Partes usadas: Folhas e raízes. 

Uso popular:  É indicado para diversas afecções, como anti-inflamatório e cicatrizante de feridas, úlceras varicosas, furúnculos e irritações da pele. É usado cataplasma das raízes para o tratamento caseiro de fraturas dos ossos, queimaduras e picadas de insetos. 

OBS.: a ingestão da planta deve ser evitada. 

Composição química:  Contém mais de uma dúzia de alcalóides pirrolizidínicos (sinfitina, equimidina, elicopsamina, etc.) em concentração maior nas raízes. 

Outros: taninos, mucilagem, alantoína, carotenos, vitaminas do complexo B, minerais (Si, Ca, K, Fe, I), açúcares, saponinas esterólicas e triterpênicas, esteróis e triterpenos livres, ácido clorogênico, ácido cafeico, etc. 

Ações farmacológicas: Demonstrou atividades anti-inflamatórias, cicatrizante e na consolidação de fraturas ósseas. Existe um consenso sobre o emprego unicamente externo do confrei, devido à presença de alcalóides pirrolizidínicos. 

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Estão relacionados aos alcalóides pirrolozidínicos, os quais podem ocasionar a longo prazo, enfermidade veno-oclusiva hepática e induzir a degeneração do hepatócito, cirrose e câncer. 

Contra-indicações:  A presença de alcalóides pirrolizidínicos contra indica o uso interno do confrei. 

Não se deve aplicar externamente sobre feridas abertas devido a absorção percutânea dos alcalóides. 

Posologia e modo de uso: Somente uso externo, sob a forma de cataplasma,  compressa. 

Observações: A quantidade de alcalóides contidos em uma xícara de chá de folhas de confrei varia de 8,5 a 26 mg e das raízes a quantidade é bem mais elevada, o que pode provocar intoxicações graves, cujos sintomas só vão aparecer 3 a 4 anos mais tarde.     " NÃO USE MEDICAMENTOS SEM O CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE ".

" EPHEDRA VIRIDIS COVILLE " EFEDRA UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICA:

Nome científico: 
Ephedra viridis Coville
Família: 
Ephedraceae
Sinonímia científica: 
Ephedra nevadensis var. viridis (Coville) M.E.Jones
Partes usadas: 
Fruto, semente, caule (haste).
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Efedrina
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, diurética, tônica, purificadora do sangue, broncodilatadora, descongestionante.
Indicação terapêutica: 
Resfriado, asma, tosse, constipações, anemia, reumatismo, problemas renais, úlcera do estômago.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: green mormon tea, green ephedra, Indian tea, mountain ephedra
  • Francês: ephedra
  • Alemão: meerträubel

Origem, distribuição
Efedra é um arbusto nativo da Califórnia (EUA), estende-se ao oeste da América do Norte.

Descrição:
Planta arbustiva com folhas escamiformes opostas ou verticiladas, caule verde muito ramificado. Planta dioica, raramente monoica, 1 a 8 microsporângios sésseis ou pedunculados reunidos em estróbilos espiciformes ou globoides. 1 a 3 megaesporângios protegidos por numerosos pares de brácteas, sendo os pares inferiores estéreis. 

Há uma espécie que ocorre espontaneamente no Estado do Rio Grande do Sul.

Curiosidade
Efedra é conhecida nos EUA como "chá dos mórmons" (mormon tea) devido a sua popularidade entre os mórmons, que a utilizam como uma bebida energética no lugar da cafeína, não permitida pela religião. 

Uso popular e medicinal:
Um chá feito da fervura das hastes explica o nome em inglês "chá verde Mórmon". É bem adstringente e indicado no tratamento de resfriado comum e asma. Tem forte efeito diurético, usado como remédio principalmente por indígenas norteamericanos e de regiões de língua espanhola dos EUA. 

E. viridis auxilia a aliviar problemas do trato urinário. A planta tem grande reputação na cura da sífilis, na forma de ingerir a decocção das hastes e um cataplasma das hastes, fervida ou pulverizada, aplicado às feridas.

As hastes são purificadora do sangue, diurética e tônico. A infusão tem sido utilizada no tratamento de tosse e constipações, anemia, reumatismo, problemas renais, úlcera do estômago e outros distúrbios.

Em geral as hastes são utilizadas frescas ou secas na forma de chá, mas também podem ser consumidas cruas. Hastes jovens são melhores se ingeridas cruas e caules mais velhos são usados em chá. As hastes podem ser colhidas em qualquer época do ano e secadas para uso posterior.

Hastes secas ou em pó são usadas como um curativo de feridas e em queimaduras. 

As hastes da maioria dos membros deste gênero contêm o alcaloide efedrina. A droga efedrina, um antidepressivo, descongestionante e broncodilatador, é feita a partir da planta americana E. viridis e da chinesa Ma Huang (E. sinica), além de outras 40 conhecidas espécies do gênero Ephedra. A efedrina tem sido muito utilizada para ajudar a aliviar os espasmos bronquiais e tratar a asma. Esta substância dilata os músculos dos brônquios, contrai a mucosa nasal, aumenta a pressão arterial e é estimulante cardíaco. A efedrina não cura a asma, mas em muitos casos é muito eficaz no tratamento dos sintomas, amenizando os problemas do doente.

Toda a planta pode ser usada em concentrações bem menores do que os componentes isolados. Ao contrário de usar a efedrina isolada, usando toda a planta raramente ocorrem efeitos colaterais.

Estudos confirmam que a efedrina tem efeito semelhante a adrenalina: estimula o sistema nervoso simpático (SNS), eleva a pressão arterial e os batimentos cardíacos. É menos potente que a adrenalina mas o efeito é mais prolongado e exerce sua ação quando administrado por via oral, enquanto a adrenalina só é eficaz por injeção.

Outros usos:
Os ramos, fervidos com alumínio, produzem um corante castanho-claro.

Interações com medicamentos:

Adrenalina (simpaticomimético). Resultado: relato de arritmia cardíaca quando da associação com o fitoterápico. 

Anticonvulsivantes. Resultado: o fitoterápico pode causar convulsões, pois reduz a eficácia dos medicamentos. 

Corticosteróide (anti-inflamatório esteróide). Resultado: o fitoterápico aumenta a depuração do fármaco, levando a redução do efeito deste. 

Derivados do ergot (intoxicação causada por fungo). Resultado: teoricamente o uso associado poderia causar hipertensão. 

Medicamentos que prolongam o intervalo QT (ECG). Resultado: o fitoterápico possui efeito aditivo no prolongamento do intervalo QT, aumentando o risco de arritmias ventriculares (disopiramida, procainamida, quinidina, tioridazina entre outros). 

Medicamentos estimulantes centrais. Resultado: teoricamente o uso associado ao fitoterápico potencializaria o estímulo central promovido pelos fármacos (pseudo-efedrina, fenilpropanolamina, dietilpropiona). 

Fenelzina (inibidor da MAO). Resultado: relato de insônia, cefaléia, tremores quando da associação ao fitoterápico. 

Halotano (anestésico geral). Resultado: relato de arritmias cardíacas quando da associação ao fitoterápico.

Hipoglicemiantes (antidiabéticos). : o fitoterápico pode causar hiperglicemia, dificultando o controle da glicemia.

Inibidores da MAO (antidepressivos). Resultado: os fármacos inibem a biotransformação dos alcaloides do fitoterápico (efedrina e pseudoefedrina), favorecendo a instalação de crises hipertensivas por efeito aditivo adrenérgico.

" ERYTHRINA VERNA VELL. " MULUNGU UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Erythrina verna Vell.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Corallodendron mulungu (Mart.) Kuntze
Partes usadas: 
Cascas do caule.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Alcaloides (eritrina, erisotrina, eritrartina, eritralina, erisodina, erisovina, erisopina, erisonina, erisolina etc.), esteroides, glucosídeo (migurrina), compostos antociânicos.
Propriedade terapêutica: 
Sedativo, hipnótico.
Indicação terapêutica: 
Calmante dos nervos, asma de origem nervosa, tosse nervosa, dor reumática, insônia.

Origem, distribuição:
Erythrina verna, anteriormente chamada de Erythrina mulungu, é espécie nativa do Brasil e de maior ocorrência na região sudeste do país.

Descrição:
​Árvore atinge de 10 a 25 m de altura. Tronco ereto e cilíndrico de 50-70 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada com ritidoma estriado.

Folhas alternas, compostas, trifoliadas, com estipulas pequenas e acompanhadas de espinhos agudos e escuros. As flores dispõem-se em cachos axilares e terminais, surgem antes das folhas e tem cor vermelha, donde lhe vem o nome de "árvore-de-coral". 

Curiosidade
O nome Erythrina vem do grego "erythros" (vermelho) devido a cor das flores. O nome popular mulungu vem do tupi mussungú ou muzungú e do africano mulungu, cujo significado é “pandeiro” e pode estar relacionado ao som emitido pela batida em seu tronco oco.

O fruto, não comestível, é um legume longo, linear, atenuado na base e no ápice, abrindo-se por 2 uivas sinuosas e contraídas, entre as sementes que são arredondadas, vermelhas e com uma mancha preta.

No Brasil são encontradas as espécies E. amazonicaE. crista-galliE. domingueziiE. falcataE. fuscaE. poeppigianaE. similisE. speciosaE. uleiE. velutina e E. verna

Uso popular e medicinal:

As propriedades de extratos de sementes de várias espécies de Erythrina foram inicialmente estudadas nos anos 1930 e 1940, quando foi identificado a presença de alcaloides com atividade semelhante ao curare, Curare tem o significado genérico de "veneno (utilizado pelos indígenas para caçar) que deu origem a medicamento".

Na medicina tradicional brasileira a casca do mulungu é usada há muito tempo pelas populações indígenas como sedativo. Na medicina herbária é considerada um excelente sedativo para acalmar ansiedade, tosses nervosas, agitação psicomotora e insônia. É largamente empregada contra asma, bronquite, hepatite, gengivite, inflamações hepáticas e esplênicas, febres intermitentes. Nos EUA é usada por práticos e herbalistas para acalmar crises de histeria proveniente de trauma ou choque, eliminar palpitações do coração (extrassístole), insônia, contra problemas hepáticos e hepatite.

A planta é indicada como sedativo, hipnótico e calmante dos nervos. É muito usado na asma de origem nervosa, tosses nervosas, dores reumáticas e insônia. Sua propriedade de regularizar os batimentos cardíacos e a atividade hipotensora foi atribuída aos alcaloides. Pode ser associado ao maracujá à valeriana e ao viburno (Viburnum opulus), planta medicinal e ornamental também conhecida no Brasil como rosa-de-gueldres.

Além da ação calmante, a decocção das cascas de E. verna é usada para outras desordens do sistema nervoso central (SNC) como depressão e epilepsia.

Mulungu é encontrado nas farmácias brasileiras na forma de extrato seco das cascas. Em virtude de seu uso tradicional, esta espécie tem potencial de gerar produtos de interesse ao SUS. O extrato de mulungu já é utilizado em associação com espécies de outros gêneros para produção de medicamentos fitoterápicos ansiolíticos sendo os mais conhecidos: "maracugina", "passaneuro" e "calmapax".

Em sua constituição química são encontrados alcaloides (eritrina, erisotrina, eritrartina, eritralina, erisodina, erisovina, erisopina, erisonina, erisolina, erisotina, eritratidina, dentre outros), esteroides, glucosideo (migurrina), compostos antociânicos (pelargonidol, cianidol).

 Dosagem indicada:

Sedativo, hipnótico e calmante dos nervos. Decocto a 2 %, de 2 a 3 xícaras ao dia. Extrato fluido, de 1 a 4 ml ao dia. 

Outros usos:
A madeira é leve, mole, macia, de baixa durabilidade quando exposta, tem utilidade na caixotaria. Devido a florada atraente, tem potencial paisagístico como já ocorre em algumas cidades do sudeste Suas flores são muito procuradas por Pássaros. 

QUAL O SIGNIFICADO DOS CÂNTICOS DE DEGRAUS OU SALMOS DE ROMAGEM?

Cânticos dos Degraus são os salmos que formam uma coleção de quinze cânticos de peregrinação, entre os Salmos 120 e 134. Essa coleção também é chamada de Salmos de Romagem ou Cânticos das Subidas. Pode-se dizer que os quinze Cânticos dos Degraus  formam um tipo de pequeno saltério dividido em cinco grupos de três salmos cada.

É difícil saber com exatidão o significado da designação “Cânticos dos Degraus”. Muitas teorias tem sido propostas para esclarecer essa questão. Alguns dizem que os Cânticos de Degraus fazem referência ao retorno do exílio babilônico quando os judeus subiram do cativeiro.

Tradições antigas conectam esses quinze salmos aos quinze degraus que levavam do pátio das mulheres para o pátio dos israelitas no Templo. Então supostamente os levitas cantavam sobre estes degraus esses mesmos salmos.

Outros defendem que a designação “Cânticos dos Degraus” indica algum paralelismo climático que revela uma subida gradual conforme a coleção avança. Contudo, o mais provável é que os Cânticos de Degraus eram os salmos usados pelos peregrinos que seguiam para Jerusalém com a finalidade de participar das grandes festividades anuais. Daí explica-se melhor a expressão “Salmos de Romagem”, isto é, “Salmos de Peregrinação”.

De acordo com a Lei de Moisés os judeus deveriam ir a Jerusalém pelo menos em uma das grandes festas anuais para adorar no Templo. Estes judeus partiam das cidades onde viviam em direção ao Monte Sião. Alguns vinham de dentro da Palestina mesmo, enquanto outros vinham de lugares muito distantes.

Então na época das grandes festas, os judeus se reuniam em caravanas que seguiam para Jerusalém em romagem. Em família, os judeus romeiros levavam suas ofertas e animais que seriam sacrificados e durante a caminhada cantavam cânticos ao Senhor. Esses cânticos eram justamente os Cânticos dos Degraus que serviam como um hinário de viagem.

O rei Davi foi o autor de pelo menos quatro dos quinze Salmos de Romagem (Salmos 122, 124, 131 e 134). O rei Salomão também escreveu pelo menos um desses salmos, o Salmo 127. Os demais Salmos de Romagem são anônimos. 

A mensagem dos Cânticos dos Degraus (ou Salmos de Romagem)

A mensagem dos Cânticos dos Degraus expressa as experiências e sentimentos do povo do Senhor em diferentes circunstâncias. A Bíblia diz que o povo de Deus é peregrino nesse mundo (Hebreus 11:13; 1 Pedro 2:11). Então esses salmos falam de situações as quais o povo de Deus é submetido enquanto sua vida terrena, tais como: tristeza, perseguição, vingança, angústia, dor, fraqueza, alegria, contentamento, luta contra o pecado, confiança em Deus etc.

Um esboço simples dos Cânticos dos Degraus pode ser definido da seguinte forma:

  • Salmo 120: Os ataques dos caluniadores.
  • Salmo 121: Deus é o fiel guarda dos homens.
  • Salmo 122: Oração pela paz de Jerusalém.
  • Salmo 123: O desejo diligente por auxílio divino.
  • Salmo 124: Deus é o nosso protetor e libertador.
  • Salmo 125: A fé inabalável.
  • Salmo 126: O consolo para os que choram.
  • Salmo 127: Todo bem procede de Deus.
  • Salmo 128: Temor de Deus e felicidade no lar.
  • Salmo 129: Recordações de libertações.
  • Salmo 130: Clamando ao Senhor em meio as aflições.
  • Salmo 131: Descansando em Deus.
  • Salmo 132: Recordando promessas antigas.
  • Salmo 133: A excelência da união fraternal.
  • Salmo 134: Convocação ao culto.

Sob esse aspecto, a mensagem principal dos Cânticos dos Degraus instrui os cristãos a buscarem ao Senhor em todas essas circunstâncias. Esses salmos mostram que a confiança dos justos em Deus deve prevalecer independentemente de qualquer coisa.

De fato a coleção dos Salmos de Romagem parece indicar uma progressão. O Salmo 120 começa com num adorador fiel que numa terra distante, habitando entre os estrangeiros, longe do Monte do Senhor. Conforme os salmos avançam, os peregrinos se aproximam de Jerusalém, e por fim, chegam à cidade de Jerusalém, onde se encontram no Monte Sião com aqueles que servem na casa do Senhor. Os Salmos de Romagem terminam com um chamado à adoração (Cf. Salmo 134) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, setembro 2

" BAUHINIA FORTIFICATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Bauhinia forficata é uma leguminosa nativa da Mata Atlântica vulgarmente conhecida como pata de vaca. Ela ocorre em quase todos os tipos de solos e sua madeira é usada na produção de papel, lenha e peças de carpintaria e, suas folhas como alimentação animal. É também empregada como cobertura vegetal, planta ornamental, mas sobre tudo, é uma planta medicinal. Seus principais componentes biologicamente ativos incluem compostos flavonóides que parecem ser os grandes responsáveis por suas propriedades farmacológicas, no entanto, terpenos, esteróides, ácidos aromáticos, quinonas, lactonas, alcalóides, inibidores de proteases, proteases e lectinas têm sido isolados e purificados a partir de diferentes órgãos de várias espécies do gênero Bauhinia. Estes novos compostos têm sido caracterizados e suas propriedades farmacológicas são objetos de intensas investigações. As folhas, as flores e as cascas do caule de B. forficata têm sido usadas ​​na medicina popular para o tratamento de diferentes tipos de patologias, especialmente diabetes, dores e processos inflamatórios.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?