terça-feira, outubro 4

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " STACHYTARPHETA CAYENNENSIS ( RICH. ) VAHL. " UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl
Família: 
Verbenaceae
Sinonímia científica: 
Abena cayennensis (Rich.) Hitchc.
Partes usadas: 
A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Alcaloides, glicosídeos (verbenalina e verbenina), taninos, saponinas, flavonoides, esteroides, quinonas, compostos fenólicos e ácido glicogênico.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatória, analgésica, antipirética, hepatoprotetora, laxante, antimicrobiana.
Indicação terapêutica: 
Tratamento de distúrbios gástricos, lesões de pele, lesões ulceradas causadas por Leishmania.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: blue porter weed, blue rat's tail, bluetop, cayenne porterweed, false vervain, rat tail verveine
  • Francês: petite verveine-queue-de-rat; petit queue-de-rat, herbe á chenille, herbe bleue
  • Espanhol: piche de gato, rabo de zorro
  • Japonês: honagasõ

Origem, distribuição:
Esta espécie é encontrada na América tropical e subtropical, do México até o Brasil.

Descrição:
Espécie herbácea, anual ou com ciclo mais prolongado que se desenvolve em todo o País, vegetando em áreas antropizadas. Ocorre com muita frequência em hortas domésticas e comerciais e em áreas destinadas à fruticultura.

Apresenta caule verde ou com pigmentação avermelhada, pouco ramificado, ramos novos quadrangulares, levemente achatados na região nodal. Folhas opostas cruzadas, pecioladas, pouco ásperas ao tato, limbo ovalado de base atenuada com ápice agudo ou obtuso, margem percorrida totalmente ou apenas da porção mediana em direção ao ápice por ondulações, ou então margem serreada.

Inflorescência terminal do tipo espiga cilíndrico-linear, constituída por numerosas flores desprovidas de pedúnculos. Flores com cálice de 5 sépalas soldadas, corola lilacina ou azulada com 5 pétalas soldadas, formando um tubo curto, estreito e ligeiramente curvo. 

Androceu com 4 estames, sendo 2 férteis e 2 não férteis, e gineceu gamocarpelar com ovário oblongo. Fruto seco do tipo carcerulídeo. 

Propaga-se por meio de sementes. Considerada planta apícola.

Uso popular e medicinal:
Um trabalho científico conclui que o extrato hidroalcoólico de S. cayennensis inibe formas promastigotas de Leishmania in vitroo que pode justificar, pelo menos parcialmente, o uso popular dessa espécie no tratamento de úlceras causadas por Leishmania. 

Leishmanioses são doenças endêmicas causadas por protozoários do gênero Leishmania ocorrendo em várias partes do mundo, ocasionando um elevado índice de morbidade e mortalidade. O tratamento é feito à base de quimioterápicos de alto custo, usados por via parenteral, requerendo um período de administração prolongado, causando efeitos adversos como alterações cardíacas, renais, pancreáticas e hepáticas.

Os pesquisadores observam que o uso de plantas no tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma prática antiga entre as populações das áreas endêmicas. O estudo foi realizado no município de Buriticupu (Amazônia do Maranhão), Brasil, área endêmica para LTA e demonstrou que dentre as preparações vegetais utilizadas pela população no tratamento das úlceras causadas por Leishmania sp, uma das mais citadas foi o extrato de folhas de Stachytarpheta cayennensis.

Esta espécie tem sido utilizada na medicina tradicional como anti-inflamatória, analgésica, antipirética, hepatoprotetora, laxante e no tratamento de distúrbios gástricos. A aplicação de folhas e raízes trituradas também é usada no tratamento de lesões de pele, inclusive em lesões ulceradas causadas por Leishmania sp.

Alguns dos efeitos preconizados pela população já foram demonstrados experimentalmente como a atividade anti-inflamatória, analgésica, gastroprotetora e antimicrobiana. Em sua composição química apresenta alcaloides, glicosídeos (verbenalina e verbenina), taninos, saponinas, flavonoides, esteroides, quinonas, compostos fenólicos e ácido glicogênico, sendo que alguns destes constituintes químicos também estão contidos em várias espécies vegetais com efeitos leishmanicidas.

Na medicina popular: brasileira espécies de gervão (S. cayennensis, S. jamaicensisajudam a estimular a digestão, suprimir a tosse, baixar a febre, expulsar vermes, aumentar a transpiração e promover a menstruação. O remédio natural é a infusão preparada com as folhas ou partes aéreas inteiras. É empregado por herbalistas e profissionais também como um tônico estomacal, para estimular a função do trato gastrointestinal, dispepsia, alergias, asma, febre e problemas hepáticos crônicos. 

Gervão serve também como um diurético para várias queixas urinárias e como laxante suave para a constipação. Externamente serve para limpar úlceras, cortes e feridas. Na fitoterapia cubana (onde a planta é chamada Verbena cimarrona) é considerada abortiva, laxante, diurética e sedativa, indicada para reduzir espasmos, deprimir o sistema nervoso central, promover a menstruação, ajudar a produção de leite e reduzir a pressão sanguínea.


 Dosagem indicada:

  • Infusão das folhas: 1/2 xícara, 2 vezes ao dia.
  • Tintura: 2 a 3 ml, 2 vezes ao dia.
  • Cápsulas: 1-2 g, 2 vezes ao dia. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

ESTUDO E INTERPRETAÇÃO SOBRE O CAPÍTULO 12 DE GENESIS: TEXTO ( Genesis 12: 1-20 )

Gênesis 12 registra o chamado de Deus a Abraão. Um estudo bíblico de Gênesis 12 mostra o início da caminhada de fé do patriarca de Israel sob as bases das promessas de Deus. É em Gênesis 12 que Moisés começa a relatar o início do povo de Israel como sendo o povo da aliança que Deus estabeleceu para si mesmo.

Portanto, o estudo de Gênesis 12 é fundamental para a compreensão do restante das Escrituras. Isso porque o capítulo explica a origem dos eventos subsequentes na história da redenção registrada na Bíblia Sagrada.

Um esboço de Gênesis 12 pode ser feito da seguinte maneira:

  • Deus chama Abraão (Gênesis 12:1).
  • Deus faz promessas a Abraão (Gênesis 12:2,3).
  • Abraão obedece ao Senhor (Gênesis 12:4-9).
  • Abraão vai ao Egito (Gênesis 12:10-20).

Deus chama Abraão (Gênesis 12:1)

Gênesis 12 inicia revelando o chamado de Deus a Abraão. Deus disse: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei” (Gênesis 12:1). Esse versículo explica que o chamado de Deus a Abraão, ocorreu quando ele ainda estava vivendo nas terras de sua família e inserido num contexto de idolatria. Quando analisamos Gênesis 12:1 à luz de Gênesis 15:7, percebemos que esse chamado ocorreu em Ur dos caldeus antes da morte do pai de Abraão.

Deus ordenou que Abraão fosse para uma terra que Ele haveria de lhe mostrar. Naquele momento a extensão daquela concessão de terra ainda não havia sido relevada completamente. Isso aconteceria progressivamente (cf. Gênesis 12:7; 13:14-17; 15:18-21).

Deus faz promessas a Abraão (Gênesis 12:2,3)

Deus também prometeu fazer de Abraão uma grande nação e abençoá-lo grandemente. Essas promessas de Deus enfatizavam as ideias de frutificação e domínio que o patriarca e sua descendência experimentariam. Isso fica evidente na declaração “te engrandecerei o nome” (Gênesis 12:2). Aqui vale lembrar que naquele tempo o nome do patriarca ainda não havia sido trocado de Abrão para Abraão.

Curiosamente em Genesis 11, lemos sobre como os homens de Babel queriam perpetuar seus nomes (Gênesis 11:4). Mas eles queriam fazer isso por suas próprias forças, sendo independentes de Deus, e mais do que isso, desafiando a Deus. A própria Tore de Babel era um monumento a essa louca soberba. Mas em Gênesis 12 ocorre exatamente o contrário. Deus, por sua graça soberana, resolveu engrandecer o nome de Abraão através de um relacionamento pessoal com ele e com sua descendência.

Diferentemente dos construtores de Babel, pela fé Abraão foi totalmente dependente de Deus. Essa promessa finalmente alcançou sua plenitude no nome de Cristo, cujos nomes de Abrão e de seu ilustre descendente Davi prefiguraram (Filipenses 2:9-11).

Na sequência, Deus prometeu: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3). Essa promessa diz claramente que Deus seria um terrível adversário para qualquer um que se levantassem contra Abraão e sua semente. Sem duvida essa promessa é uma maravilhosa referência ao plano de salvação.

O apóstolo Paulo interpreta a declaração “em ti serão benditas todas as famílias da terra” como apontando diretamente para Cristo (Gálatas 3:8). Isso significa que a expressão “em ti” refere-se a Jesus Cristo o descendente de Abraão (Gálatas 3:16). Consequentemente, a bênção pela qual as famílias da terra seriam abençoadas é a própria justificado pela fé, que traz consigo todas as outras bênçãos da salvação (Gálatas 3:19-29).

Abraão obedece ao Senhor (Gênesis 12:4-9)

Depois do chamado de Deus a Abrão em Ur dos caldeus, Abraão, ainda com o nome de Abrão, seguiu com sua família para Harã. Então depois da morte de seu pai, Terã, Abraão partiu de Harã conforme o Senhor lhe havia ordenado. Naquele tempo Abraão estava com setenta e cinco anos de idade (Gênesis 12:4; cf. Atos 7:4).

Abraão levou consigo sua esposa Sara, naquele tempo ainda Sarai, e a LÓ, seu sobrinho, e todos os seus servos juntamente com seus bens. Todos partiram para Canaã (Gênesis 12:5). A Bíblia diz que Abraão atravessou aquela terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. As grandes árvores como os carvalhos eram frequentemente usadas pelos pagãos como lugar de culto às divindades da fertilidade. Mas aquele lugar foi santificado quando Deus apareceu a Abraão ali (Gênesis 12:7). Então mais uma vez Deus renovou sua promessa a Abraão. O autor de Genesis também informa que Abraão edificou um altar ali, consagrando a Deus a Terra Prometida.

Também é interessante notar que Gênesis 12 informa que já naquele tempo os cananeus já habitavam aquela terra. Essa é uma informação importante que explica os confrontos entre o povo de Israel e os cananeus no processo de conquista da Terra Prometida. Depois dali o texto bíblico diz que Abraão foi para o monte ao oriente de Betel, onde também edificou um altar e invocou o nome do Senhor. Na sequência Abraão seguiu para o Neguebe. Essa era uma região desértica a sudoeste do Mar Morto, com baixíssimos índices de chuvas.

Abraão vai ao Egito (Gênesis 12:10-20)

A falta de chuva na região em que Abrão estava acabava certamente comprometendo as lavouras de cereais. Isso pode explicar por que havia fome naquela terra. Então Abrão resolveu descer ao Egito. Já perto de entrar no Egito, Abrão combinou com Sarai de apresentá-la somente como sua irmã. Como ela era muito bonita, Abrão temeu que os egípcios tentassem matá-lo para ficar sua esposa. Aqui vale lembrar que de fato Sarai era meia-irmã de Abrão.

Então não demorou para Sarai chamar a atenção dos homens poderosos do Egito e ser levada para a casa de Faraó. Mas o escritor de Genesis diz que Deus castigou Faraó e sua casa com grandes pragas por causa da presença da esposa de Abrão ali (Gênesis 12:17).

Quando Faraó descobriu que Sarai era mulher de Abrão, ele o chamou para tirar satisfação. Ele questionou porque Abrão escondeu que Sarai era sua esposa. Depois disso Faraó despediu Abrão ordenando que ele saísse do Egito com tudo o que possuía (Gênesis 12:18-20).

Tempos depois o mesmo problema se repetiu em Gerar com o rei Abimeleque (Gênesis 20). Curiosamente isaac, filho de Abraão, teve o mesmo comportamento ao apresentar Rebeca como sua irmã. Alguns estudiosos entendem que a jornada de Abraão pelo Egito tipificou o êxodo de Israel posteriormente. De fato há muitos paralelos (Gênesis 12:10-20; 13:3; cf. Gênesis 47:4; Êxodo 1:11-14; 8-11; 12:33-36; 15-17).

Gênesis 12 mostra a jornada de fé de Abraão. Ele percorreu aproximadamente 2.400 quilômetros. O escritor de Hebreus, escreve que Abraão partiu sem saber aonde ia. Mas pela fé ele peregrinou na terra da promessa como em terra alheia. Mas Abraão não partiu de Ur simplesmente com o objetivo de buscar uma cidade humana. Na verdade ele aguardava fielmente a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador (Hebreus 11:8-10).Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, outubro 3

ESTUDO E INTERPRETAÇÃO SOBRE O CAPÍTULO DE PROVÉRBIOS 18: TEXTO ( PROVÉRBIOS 18: 1-24 )

18:1 Cuidado com a solidão:

“Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.”
 

Esse é um provérbio de difícil entendimento e que é traduzido de diferentes formas. O que podemos concluir, independentemente da versão que foi traduzido, é que quem se isola é uma pessoa difícil de compreender, seja pelos motivos ou atitudes.
 
  18:2 Mente fechada, boca aberta

“O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada o seu coração.”
 

Muitas pessoas são lerdas em aprender mas apressadas em falar. O tolo não se interessa em aprender, mas sempre quer dar opinião. Já o sábio é aquele que admite que tem muito o que aprender e sente prazer diariamente em adquirir conhecimento e sabedoria.

18:3 A perversidade acompanha o pecado

“Vindo o ímpio, vem também o desprezo, e com a ignomínia a vergonha.”
 

A perversidade é um fruto da impiedade. A impiedade tem a ver com nossa relação com Deus, enquanto a perversidade está ligada à forma que nos relacionamos com os outros. A perversidade nesse versículo é acompanhada de três outros termos que indicam vergonha.
 
  18:4-8 As palavras

“Águas profundas são as palavras da boca do homem, e ribeiro transbordante é a fonte da sabedoria. Não é bom favorecer o ímpio, e com isso, fazer o justo perder a questão. Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites. A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma. As palavras do mexeriqueiro são como doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre.”
 

Aqui Salomão apresenta um comentário sobre as palavras. Elas podem ser águas profundas que escondem tanto quanto revelam, ou uma fonte que alimenta um rio do qual todos podem beber. Já o fascínio da fofoca mostra as palavras no seu nível mais sutilmente destrutivo como o saborear despreocupada do de uma iguaria, elas são suavemente absorvidas pela mente.
 
  18:9 Trabalhe com excelência

“O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador.”


  É possível tirar duas verdades desse texto. A primeira é que uma pessoa relaxada no que faz não alcança sucesso em seu trabalho. O trabalhador preguiçoso jamais será perito no que faz. Já o negligente é um individuo ingrato, pois enterra seus talentos e arranja desculpas infundadas para não se esmerar no que faz.

18:10-11 Refúgio

“Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio. Os bens do rico são a sua cidade forte, e como uma muralha na sua imaginação.”
 

Existem muitos refúgios que podem proteger-nos na hora da tempestade. Muitos pensam que o dinheiro é um abrigo invulnerável, porém isso é um completo engano. O lugar mais seguro que alguém pode estar é em Deus, somente os justos podem desfrutar dessa segurança.
 
  18:12 Humildade é o caminho da honra

“O coração do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a humildade.”


  A soberba é a sala de espera da queda, mas a humildade é o portão de entrada da honra. A pessoa humilde é respeitada, Deus exalta aqueles que se humilham.

18:13 Escute para depois responder

“O que responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua.”


  A palavra de Deus nos ensina a sermos prontos para ouvir e tardios para falar. Falar muito e ouvir pouco é um sinal de tolice. E responder antes de ouvir é passar vexame na certa. Não podemos falar sobre o que não entendemos. Uma pessoa sensata pensa na questão a ser respondida antes de responder.
 
  18:14 Na doença tenho esperança

“O espírito do homem susterá a sua enfermidade, mas ao espírito abatido, quem o suportará?”
 

Salomão faz mais uma observação acerca do poder da mente sobre o corpo. A doença pode ser superada pela vontade e determinação, mas o espírito deprimido expõe a fraqueza humana inerente ao homem. Quando o resultado do arrependimento, é aceitável a Deus que pode vir a cura.

18:15 A busca de sabedoria

“O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria.”


  O conhecimento é a busca incansável do sábio, os tolos buscam prazeres, sucesso e conforto, quando alcançam seus objetivos não encontram satisfação. Já o sábio busca sabedoria, a sabedoria vai além do conhecimento, ela é olhar para a vida com os olhos de Deus e nela está a verdadeira satisfação.
 
  18:16-18 Contendas

“Com presentes o homem alarga o seu caminho e o eleva diante dos grandes. O que pleiteia por algo, a princípio parece justo, porém vem o seu próximo e o examina. A sorte faz cessar os pleitos, e faz separação entre os poderosos.”
 

Aqui Salomão está explicando a melhor forma de lidar com controvérsias e contendas. Todas as sociedades têm problemas em desenvolver sistemas legais que resolvam as questões entre os poderes. Se eles não aceitam julgamento de Deus, deve haver algum outro princípio considerado superior aos dois contendores e isso é difícil de ser encontrado.

18:19 Não ofenda seu irmão

“O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como os ferrolhos de um palácio.”


  Nunca é sábio ferir uma pessoa, uma pessoa ofendida em sua honra torna-se uma fortaleza inexpugnável. Devemos tratar todas as pessoas com dignidade e amor, uma pessoa ferida resiste como uma fortaleza, e suas contendas são tão fortificadas como um palácio.


  18:20-21 Apanhado pelas próprias palavras

"Do fruto da boca de cada um se fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios ficará satisfeito. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.”

Esse par de provérbios adverte àqueles que falam demais, lança uma luz primeiro produzindo sobriedade. E ambos recomendam cautela. A morte e a vida estão no poder da língua, o que alguém fala pode fazer um relacionamento florir ou acabar com ele.

18:22 O casamento

“Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do Senhor.”
 

O casamento pode ser uma fonte de felicidades ou um poço de infortúnios. O casamento foi criado por Deus para a felicidade do homem e da mulher, mas quando um dos cônjuges está com o coração no lugar errado o que era para ser um sonho pode ser um pesadelo. Ter um casamento feliz é melhor do que granjear fortunas.

18:23 Delicadeza na fala

“O pobre fala com rogos, mas o rico responde com dureza.”

Não devemos estar atentos somente ao conteúdo de nossa fala, mas também a forma de falar merece ser analisada. Quem não fala com doçura acaba por expor suas entranhas amargas. Quem é duro no falar demonstra ter um coração maligno. Esteja atento para a maneira que você fala!
 
  18:24 Verdadeiro amigo

“O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão.”

Existem muitas pessoas que nos cercam na hora da alegria, mas poucas que estão ao nosso lado na hora da crise. O amigo é aquele que ama em todo tempo e mesmo nos momentos mais difíceis está ao lado. Em um mundo de relacionamentos superficiais é um privilégio ter um amigo verdadeiro! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE,  NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, É AINDA NOS ANIMA ".

domingo, outubro 2

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " KALANCHOE DAIGREMONTIANA RAYM.- HAMET & H.PERRIER " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Kalanchoe daigremontiana Raym.-Hamet & H. Perrier
Família: 
Crassulaceae
Sinonímia científica: 
Não há segundo o sistema de classificação APG III
Partes usadas: 
Folha, flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Antocianinas (delfinidina, cianidina e pelargonidina), fenóis, flavonas, catequinas, esteroides.
Propriedade terapêutica: 
Antioxindante
Indicação terapêutica: 
Úlcera gástrica, cálculo renal, artrite reumatoide, infecção bacteriana e viral, doença de pele, ação anti-câncer.

Origem, distribuição:

Planta originária da África e bem adaptada no Brasil.

Descrição:
Planta suculenta, pode atingir até 1 m de altura. Apresenta folha lanceolada que chega a 15-20 cm comprimento e cerca de 3,2 centímetros de largura.

Tem coloração verde médio e meio acinzentado acima das folhas e com manchas roxas embaixo. A planta possui vários nós com 2 ou 3 folhas em cada nó. As folhas da parte superior da plantas tendem a desenvolver desproporcionalmente, fazendo com que a haste principal dobre para baixo. Pode passar por um longo período de floração..

Uso popular e medicinal:

Planta de amplo uso na medicina tradicional, por exemplo no tratamento de úlcera gástrica, cálculo renal, artrite reumatoide, infecção bacteriana e viral, doenças de pele e ação anti-câncer. 

Acredita-se que as propriedades dessa espécie sejam devidas à presença de substâncias bioativas com capacidade antioxidante.

Um experimento com extratos de folhas e flores identificou a presença de compostos antocianinas (delfinidina, cianidina e pelargonidina). Segundo os autores, tais extratos mostraram efeito antioxidante promissor significativo nas folhas e flores, comparável ao demonstrado pelo ácido ascórbico, e que a espécie pode ser explorada como fonte de substâncias bioativas para aplicação como aditivos na indústria alimentícia, cosmética ou farmacêutica.

Testes fitoquímicos realizados nas folhas secas de aranto resultaram positivo para fenóis, flavonas, catequinas e esteroides.

Apesar do uso caseiro, do potencial terapêutico em uma gama de doenças inclusive ação contra o vírus da herpes, aranto ainda não deve ser visto como tratamento de tumores e câncer, pois não existem pesquisas que comprovem a atividade e a segurança da planta em seres humanos. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " TARAXACUM CAMPYLODES G.E. HAGLUND " UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Taraxacum campylodes G.E.Haglund
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Taraxacum officinale (L.) Weber ex F.H.Wigg.
Partes usadas: 
Rizoma, folhas, inflorescência, sementes, raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Látex, óleorresina, taraxina (na raiz), tanino, minerais, carotenoides, fitosterol, colina; ácidos cafeico, cítrico, dioxinâmico, tartárico; ácidos graxos, alcaloides, amerina.
Propriedade terapêutica: 
Alcalinizante, anódina, antidiarreica, antiescorbútica, antiflogística, anti-hemorrágica, anti-hemorroidal, anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antilítica biliar, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Ácido úrico, acidose, acne, afecções biliares, hepáticas, ósseas, renais, vesicais; aliviar escamação, irritação, vermelhidão da pele, anemia, arteriosclerose, astenia.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: dandelion
  • Francês: dent de lion 
  • Espanhol: diente de leon
  • Italiano: tarassco comune, dente di leone

Origem, distribuição:
Planta originária das regiões temperadas dos dois hemisférios. Sua utilização é relatada nos achados arqueológicos da era do imperador Amarelo na China de 2704 - 2100 a.C, pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, juntamente com descrições sobre a acupuntura e outras bases que fazem parte até hoje da Medicina Tradicional Chinesa.

Descrição:
Erva vivaz de até 50 cm de altura. Raiz pivotada, folhas radicais dispostas em roseta, lanceoladas. Algumas são inteiras, outras onduladas, a maioria apresenta recorte mais ou menos profundos e irregulares, formando lobos desiguais, triangulares, terminados por uma ponta aguda.

O limbo das folhas é sustentado por um pecíolo curto, abarcante, frequentemente avermelhado. Do ápice do caule subterrâneo partem hastes florais eretas, curvas, mais compridas que as folhas, fistulosas, terminadas por inflorescência amarela.

Cada capítulo floral compõe-se unicamente de flores liguladas, de maneira que parecem dobradas, como acontece com os crcnavos. Os frutos são aquênios. Terminam em apêndices compridos e coroados de topetes de cerdas finíssimas, estendidas por todos os lados, dando ao conjunto um aspecto de paraquedas. Os frutos se deslocam com leve toque da brisa ou assopro, voando para longe. Folhas, hastes e flores, sofrendo a mínima lesão, emitem um látex.

Uso popular e medicinal:

A infusão ou decocção das raízes secas, folhas ou a planta toda são amplamente utilizadas como um tônico geral, anti-inflamatório, depurativo, colagogo, diurético, laxante suave e para distúrbios renais e hepáticos. 

As infusões são também recomendadas para o tratamento de problemas de pele tais como acne, eczema, além de queixas artríticas e reumáticas.

Externamente o látex é aplicado a furúnculos e outras infecções de pele ou como uma cataplasma em feridas inflamadas.

Na Indochina é usada como diurética e colagoga. Na Índia, as raízes são aplicadas como um tônico, diurético, laxante suave e principalmente em distúrbios renais e hepáticos. Na China as folhas são prescritas internamente como um depurativo amargo no tratamento de tumores da mama e do pulmão, mastite, abcessos, icterícia e infecções do trato urinário. E externamente para tratar picadas de cobra.

Na Europa e na América do Norte as folhas e raízes, frescas ou secas, servem como um laxante suave e como diurético para o tratamento de pressão arterial elevada, reduzindo o volume de fluido no corpo. As raízes aceleram a eliminação de toxinas, trabalhando principalmente no fígado e vesícula biliar, ajudando a remover os resíduos e simultaneamente estimulando os rins a remover as toxinas na urina. 

As folhas ou raízes também podem ajudar a prevenir ou mesmo dissolver cálculos biliares. Uma decocção das raízes é utilizada como antidiabético. As folhas também são consumidas como um vegetal. Quando cultivadas sem luz (artificial ou quando coberto com terra) as folhas pálidas são mais frágeis e têm melhor sabor. Quando jovens e fechadas as cabeças da flor podem ser usadas como alcaparras.

No Norte de África as folhas são usadas como tempero. As folhas amargas também são aplicadas em vinhos, cervejas e bebidas não-alcoólicas. As raízes do solo são usados ​​como um substituto para o café. 

Na primavera as flores contêm muito néctar e são localmente importante para a produção de mel.

Na Farmacopeia Brasileira dente-de-leão é registrada como antidispéptico, aperiente e diurético.

Princípios ativos e composição química:
Além dos já citados são encontrados aminoácidos, apigenina, carboidratos, carotenoides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro, flavonoides, fósforo, frutose, glicosídeo (taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda, sódio, estigmasterol, taninos, taraxina, taraxacosideos, taraxasterol, taraxerol, vitaminas (A, B1, C, PP, D), xantofilas.

Valor nutricional por 100 gramas 

  • Calorias: 45,00
  • Água: 85,50 % 
  • Hidratos de carbono: 7,00% 
  • Proteínas: 2,70% 
  • Sais: 2,10% 
  • Vitamina A: 1.250 UI. 
  • Vitamina C: 30 mg

Outras propriedades terapêuticas: 
São citadas também as seguintes propriedades: antirreumática, antiúrica, antivirótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritiva, sudorífera, tônica.

Outras indicações terapêuticas:
Baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares, cárie dentária, celulite, cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar), constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais; dermatoses, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemópticos, espasmos das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota, hemorroidas, hepatite; hidropisia; hiperacidez do organismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, nevralgia, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez; paludismo, piorreia (derramamento de pus), prevenção de derrames, prisão de ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes, verrugas, vesícula.

Utilizada também na prevenção da gota, artritismo, cálculos renais, cárie dentária, doenças das gengivas e reumatismo.

Medicina Tradicional Chinesa:

  • Pynyin: Pu Gong Ying
  • Ação: penetra no canal do estômago, remove o calor e desintoxica o fogo nocivo.


 Dosagem indicada:

Antidispéptico, aperiente e diurético. Componentes: a planta inteira seca (3 a 4 g); água q.s.p. (150 mL). Preparar por infusão considerando a proporção indicada. Uso interno: acima de 12 anos, tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, 3 vezes ao dia. Advertência: contraindicado para pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal, cálculos biliares, obstrução dos ductos biliares e do trato intestinal. O uso pode provocar hipotensão arterial.

Para estimular a digestão. Servir raízes e folhas novas em forma de salada.

Depurativa/anemia. O suco leitoso, que se espreme das folhas e das raízes, é empregado nas curas depurativas. Anemias, enfermidades do fígado e bexiga: tomar de 2 a 3 colheres (café) diárias, durante 3-4 semanas de acordo com o grau de comprometimento do órgão. Suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d´água e gotas de limão.

Tônico/normalizador da alcalinidade. Prepara-se o suco, obtido tanto das folhas como das raízes e combinado com suco de cenoura e de folhas de nabo, ajudando ainda a combater doenças da coluna vertebral e ossos, tornando os dentes firmes e fortes, ajudando a prevenir a piorréia e a cárie dentária.

Desintoxicar o fígado/depurativo. Deixar macerando durante toda a noite 1 colher (chá) das raízes em 1 xícara (chá) de água. No dia seguinte, ferver rapidamente, coar. Tomar metade ½ h antes do café da manhã e outra metade após o café da manhã.

Tônico e depurativo. Infusão 10 g de folhas por litro de água, 3 xícaras (chá) por dia, sendo preparadas apenas imediatamente para consumo.

Vitiligo. Sumo das folhas, uso externo.

Desintoxicante hepático e depurativo. Deixar macerar por 1 dia 1 colher (chá) de raízes secas em 1 xícara (chá) de água. Tomar ½ xícara antes das refeições. Decocto: 2 a 3 colheres (chá) das raízes secas em 250 mL de água. Ferver 10 a 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.

Aperiente. 1 colher (chá) de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar  por 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições. Raiz pulverizada: 1 g por dose, 4 g por dia. Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.

Diurética. 2 colheres (sopa) de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias doses

Tintura-mãe. 50 gotas, 3 vezes ao dia. Obs: tintura-mãe significa que a concentração do extrato da planta é de 300 g de erva fresca para 250 ml de álcool de cereal e 50 ml de água desmineralizada, segundo a metodologia aplicada na MTC (Medicina Tradicional Chinesa).

Tintura (1:5). 5 a 10 ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia. Obs: tintura com diluição 1:5 significa que em uma solução existem apenas 20% de tintura-mãe. Essa diluição é o que geralmente se encontra em farmácia de manipulação e fitoterápicos.

 Culinária:
As folhas tenras e as raízes muito suculentas dão uma salada excelente, de sabor amargo, que exerce sobre todo o organismo uma ação profundamente depurativa, melhorando e regenerando o sangue. Especialmente indicada nas anemias, é recomendada às pessoas de "sangue pobre".

As folhas, preparadas como se prepara o espinafre (ter o cuidado de cortar antes as pontas duras) constituem uma boa verdura, reputada por sua ação emoliente.

Flores: fritas ou em saladas, maioneses e geléias.

Sementes: torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".

Rizomas: comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias.

 Contraindicação:
É contraindicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar. No caso de cálculos renais, usar a planta apenas sob a supervisão de um profissional de saúde. 

O látex da planta fresca pode produzir dermatite de contato. 

Em uso interno pode causar moléstias gástricas como hiperacidez. Para evitar, associar o malvarisco ou outra planta mucilaginosa.

O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição médica, dada a possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão o risco é menor por ser rico em potássio)." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

ESTUDO E INTERPRETAÇÃO SOBRE A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO: TEXTO ( LUCAS 15: 11-32 )

A Parábola do Filho Pródigo é uma das parábolas mais conhecidas entre os cristãos. Essa parábola está registrada apenas no Evangelho de Lucas 15:11-32.

No capítulo 15 de Lucas temos o registro de três parábolas de Jesus, Esse é o capítulo da ovelha desgarrada, da dracma perdida e do filho que se foi. Mas também esse é o capítulo da ovelha recuperada, da dracma encontrada e do filho que voltou. Mais ainda, esse é o capítulo onde o pastor busca a ovelha, a mulher procura diligentemente sua moeda de prata e onde o pai aguarda pacientemente o retorno do filho.

São três parábolas: a parábola da Dracma perdida; a Parábola da ovelha perdida; e a Parábola do Filho Pródigo. Essa última talvez seja a mais conhecida de todas as parábolas de Jesus.

O que significa “filho pródigo”?

A palavra “pródigo” originalmente transmite um sentido de “extravagância descuidada”. Na aplicação original, o pródigo é aquele que age de uma forma extravagante, além dos limites.

É por isto que em nosso idioma o significado de pródigo pode ser tanto “esbanjador” e “gastador” como “generoso”, “magnânimo” e “abundante ao distribuir”.

Vale dizer que o título “Parábola do Filho Pródigo” não foi divinamente inspirado. Isso significa que esse título não consta no texto original do Evangelho de Lucas, sendo então atribuído à parábola tempos depois.

Talvez esse não seja o título mais apropriado, pois a parábola é muito mais sobre o pai do que sobre o filho. Por este motivo é que alguns estudiosos ao longo do tempo preferiram chamar essa parábola por outros títulos. Por exemplo: Parábola do Pai que Espera; Parábola do Pai Pródigo; e Amor Prodigo Para o Filho Pródigo.

Contexto da Parábola do Filho Pródigo

Quando Jesus contou a Parábola do Filho Pródigo ele estava cercado por publicanos e pecadores que se reuniram para ouvi-lo. Os publicanos eram os cobradores de impostos; judeus que estavam a serviço do Império Romano. Os publicanos eram vistos pelo povo como traidores que extorquiam os próprios irmãos.

Já os pecadores eram as pessoas moralmente marginalizadas e de má reputação na sociedade. Essas pessoas não possuíam um padrão de vida aprovado pelos religiosos da época, e, por isso, elas eram excluídas por eles.

Aos judeus era recomendado que evitassem ao máximo ter contato com essas duas classes de pessoas. Na verdade os rabinos nem mesmo ensinavam tais pessoas.

No entanto, Jesus fazia diferente. Jesus contrariava aquela religiosidade hipócrita, Jesus não apenas tinha contato com aquelas pessoas, mas também comia com elas; e mais além, Ele as buscava. Foi assim com Mateus, um publicano escolhido para compor o grupo dos doze apóstolos. 

Esse tipo de comportamento escandalizava os fariseus e os doutores da Lei. Eles ficavam indignados, e frequentemente questionavam Jesus acerca disto. O capítulo 15 do Evangelho de Lucas foi uma dessas ocasiões.

Os rabinos da época concordavam que Deus recebia o pecador arrependido. Mas eles não compreendiam que é o próprio Deus quem busca tais pecadores.

Jesus respondeu àqueles religiosos contando três parábolas, entre elas a Parábola do Filho Pródigo. As três parábolas inegavelmente transmitem uma mensagem central: o extraordinário amor de Deus pelos perdidos. Esse certamente é o ensinamento principal da Parábola do Filho Pródigo.

Explicação e significado da Parábola do Filho Pródigo

A Parábola do Filho Pródigo é muito rica em detalhes, de forma que grandes sermões já foram pregados de perspectivas diferentes. Podemos usar essa parábola, por exemplo, para aprendermos sobre relacionamentos familiares, embora esse não seja o sentido principal dessa parábola.

O segredo para interpretarmos as parábolas de Jesus é nos atentarmos à sua mensagem principal. Não precisamos atribuir significado a todos os elementos de uma parábola, mas devemos direcionar a nossa atenção para o que realmente Jesus estava ensinando.

A Parábola do Filho Pródigo fala de três personagens: o pai; o filho mais novo; e o filho mais velho. Apesar de Jesus não ter nomeado especialmente cada um dos personagens na ocasião em que foi contada essa parábola, esses três personagens claramente tinham significados específicos: o pai representava Deus; o filho mais novo representava os publicanos e pecadores; e o filho mais velho os escribas e fariseus.

Porém, como toda a Palavra de Deus, o ensino presente na Parábola do Filho Pródigo rompe as barreiras do tempo. Ela é tão atual para nós hoje quanto foi há dois mil anos.

Da mesma forma como aquelas pessoas puderam ver a si mesmos enquanto Jesus contava a Parábola do Filho Pródigo, hoje nós também podemos nos identificar como se estivéssemos na frente de um espelho enquanto lemos essas palavras de Jesus.

Quando olhamos para o filho mais novo talvez possamos dizer: esse sou eu. Ou, quando olhamos para o filho mais velho, talvez também possamos dizer: acho que estou me comportando como ele.

É importante dizer que Jesus direcionou a Parábola do Filho Pródigo aos escribas e fariseus. É comum vermos essa parábola sendo usada apenas com ênfase no filho mais novo, e geralmente aplicada àqueles que deixaram a casa do Pai. Porém Jesus enfatiza muito mais o filho primogênito, do que o mais novo, fazendo com que a própria parábola aponte especialmente para os religiosos.

A seguir, vamos meditar na exposição do texto bíblico que registra a Parábola do Filho Pródigo.

A atitude do filho mais novo

Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres (Lucas 15:11,12).

O versículo 12 nos mostra que o filho mais novo tinha um plano. Ele queria sair de casa, pois estava cansado da vida no lar do pai. O filho mais novo se sentia preso e queria ser livre.

Então ele pediu a herança ao pai. Ele tinha direito a um terço da herança quando seu pai morresse, porém, ele não podia esperar. Essa atitude foi um completo desrespeito; ele não se importou com a vida do pai. Ele não quis saber se o pai contava com ele para ampará-lo na velhice. Seus planos eram mais importantes. Ele amava mais a si mesmo do que ao pai. Ele quebrou os mandamentos de Deus.

A divisão proposta pelo filho era muito complicada. Alguns estudiosos entendem que pela antecipação ele recebeu a nona parte ao invés de um terço a qual tinha direito. Bem, sobre isso nada sabemos. Mas seja como for, o fato é que tal pedido gerou problemas.

Toda a propriedade precisava ser dividida. Uma parte considerável deveria ser vendida e liquidada. Essa era uma situação que afetava todo o lar, além de ser um insulto ao pai que nunca lhe deixou faltar nada.

O plano do filho pródigo

Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente (Lucas 15:13).

No versículo 13 encontramos o filho mais novo saindo de casa, saindo de sua terra, com liberdade e recurso para viajar o mundo. Ele poderia ir para a Ásia Menor ao norte, ao Egito e a África ao sul, ou Babilônia a leste e Grécia e Itália a oeste.

Não sabemos para onde ele foi. Só sabemos que ele foi para um lugar distante. Ele se afastou o máximo que pôde da casa do pai.

Sua atitude foi completamente inconsequente. Ele juntou tudo o que tinha. Ele não deixou nenhuma reserva na casa do pai para que se caso seu plano desse errado ele pudesse voltar dignamente. Esse filho mais novo viveu de forma dissoluta, da maneira que lhe parecia melhor.

A ruína do filho pródigo

Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade (Lucas 15:14).

No versículo 14 temos notícias do início de sua ruína. Seus recursos acabaram, ele havia gastado tudo e começou a passar necessidades. O dinheiro acabou e a fome chegou.

Para piorar ele estava em terra estrangeira e ninguém podia socorrê-lo, não tinha mais amigo, não tinha mais status, não tinha mais herança. O desejo mundano é passageiro, é ilusão, ele leva embora a alegria, ele arruína a vida, ele traz solidão.

Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos (Lucas 15:15).

O versículo 15 nos mostra a humilhação a qual o filho mais novo foi submetido. Para sobreviver ele foi cuidar de porcos. Devemos nos lembrar de que ele era um judeu, e como tal não podia ter contato com porcos. Estes animais eram considerados imundos pela Lei (Levítico 11:7).

Os rabinos consideravam as pessoas que cuidavam de porcos amaldiçoadas. Com isso percebemos que ele perdeu seus recursos, sua religião e consequentemente sua identidade.

Ali, ele desejava fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada (Lucas 15:16).

No versículo 16 somos informados que ele sentiu tanta fome que desejou comer as lavagens que eram dadas aos porcos, porém o texto parece indicar que ele não chegou a comê-las. Entretanto, o “não comer” não representava alguma dignidade para ele, ao contrário, representava o castigo da fome.

A transformação do filho pródigo

Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! (Lucas 15:17).

Já o versículo 17 nos mostra o momento de seu arrependimento. Lemos que ele “caiu em si”. No originou seria algo como “recobrou seu senso” ou “quando voltou a si mesmo”.

Nesse momento vemos que ele sentiu saudade de casa. Ele descobriu que os empregados temporários de seu pai eram mais dignos do que ele, de modo que tais empregados diaristas tinha o que comer, e ele morria de fome.

Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores (Lucas 15:18,19).

Perceba que nos versículo 18 e 19 ele reconheceu o seu erro. Naquele momento ele soube que seu abandono foi precipitado, que sua decisão foi insensata.

Também entendeu que o que fez não foi apenas um erro, foi um pecado. Ele havia pecado contra Deus e contra o pai. Ele compreendeu quão ingrato ele havia sido, e sabia que não poderia mais ser chamado de filho, então queria ser um empregado temporário.

Nesse exato momento aquele filho mais novo já não era mais o mesmo rapaz inconsequente que saiu da casa do pai. Ele havia sido transformado.

Um pai pródigo para um filho pródigo

E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou (Lucas 15:20).

No versículo 20 lemos que o pai avistou o filho que estava retornando. O pai nunca havia perdido o interesse no filho, e uma vez e outra sempre estava olhando o caminho à espera do dia que o filho voltaria.

O filho, quando partiu, achava que nunca mais voltaria ali, mas o pai tinha certeza de que um dia ele estaria de volta. Isso fica muito claro na reação do pai.

O texto bíblico diz que o pai se compadeceu profundamente. Ele correu para o filho. Naquela época um ancião não podia correr, isso era indigno, mas o pai não se importou com a humilhação, o que importava era o filho a quem ele estava buscando no caminho.

O pai o abraçou, não olhando para as condições em que seu filho estava se aproximando. O filho estava rasgado, descalço, era a personificação da miséria, mas o pai só olhou o arrependimento, e o acolheu em seus braços.

O pai também o beijou repetidas vezes. Perceba que ele se compadeceu, correu, abraçou e beijou, antes de dizer uma única palavra. Que amor maravilhoso. Que graça incompreensível.

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho (Lucas 15:21).

No versículo 21 vemos que o filho começa a fazer o discurso que havia ensaiado. Ele reconheceu o seu pecado, reconheceu a sua miséria, reconheceu que não tinha mérito algum e reconheceu que não era digno de ser chamado de filho. Porém, algo que realmente merece nossa atenção é o fato de que ele não conseguiu dizer “faz de mim um de seus empregados”. O pai nunca deixou que ele dissesse essas palavras.

O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos (Lucas 15:22,23).

Nos versículos 22 e 23 temos o relato de como o pai o recebe de volta ao lar. O pai queria dar ao filho a importância que ele não merecia, mas seu amor de pai era imenso e inexplicável.

O pai lhe providencia roupa, símbolo de honra; anel, um símbolo de autoridade; sandália, um símbolo de que ele não era um escravo. Aquele filho era um homem livre, pois o amor de seu pai o libertou.

O pai também manda preparar o bezerro cevado. Esse animal era um novilho guardado para ser usado somente na ocasião mais especial. Para o pai, haveria alguma ocasião mais especial do que essa?

Esses versículos nos revelam algo muito profundo. Aqui entendemos que o controle sempre esteve nas mãos do pai. Perceba que enquanto o filho estava vivendo dissolutamente o pai estava fazendo provisão para o filho que retornaria. Enquanto o filho estava esbanjando, o pai estava cevando o novilho, deixando a roupa, o anel e a sandália preparados para o momento do retorno.

Com isto, entendemos que a parábola, como um todo, aponta para a soberania de Deus, que busca ativamente pecadores desprezíveis que não estavam procurando por ele.

Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se (Lucas 15:24).

O versículo 24 possui um significado muito importante que infelizmente muitas pessoas não percebem. Note os contrastes: morto,vivo; perdido,achado.

A explicação dessas palavras é a seguinte: no sentido prático, o filho estava morto pois havia recebido toda sua parte da herança. Ele não fazia mais parte da família. Ele também estava perdido, pois havia sido destruído em suas loucuras, e desperdiçado tudo o que lhe poderia sustentar durante a vida.

Porém há algo mais profundo. A palavra “morto” reflete o grau mais avançado de miséria e de decomposição. Morto não toma ação, não decide, não tem razão sobre si.

Aquele filho estava morto e perdido, ou seja, ele estava no mais profundo estado de desgraça. Porém há uma boa notícia, uma notícia que explica a reação do pai.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Efésios, ensina que “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Efésios 2:1).

No mesmo Evangelho de Lucas, o próprio Jesus declara: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).

O filho mais velho

Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo (Lucas 15:25-28).

Entre os versículo 25 e 28 somos apresentados ao outro filho, o filho mais velho. Esse era o filho pródigo primogênito. Ele nunca se afastou do pai, mas também nunca esteve próximo; ele sempre teve todo o amor que precisava, mas sempre esbanjou o amor e a presença do pai.

Se o filho mais novo se perdeu saindo de casa, o filho mais velho se perdeu dentro de casa. Que coisa terrível, perdido dentro de casa.

Então mais uma vez o pai é quem saiu de casa para ir de encontro a um filho. Dessa vez ele foi encontrar o filho mais velho. Nas palavras do filho mais velho, vemos que ele encarava o relacionamento com o pai na base da recompensa.

Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado (Lucas 15:29,30).

Ele tinha direito a dois terços de toda a herança, mas estava preocupado com um simples novilho. Ele era filho, mas se enxergava como um empregado. No original ele diz algo como: “estive trabalhando como escravo para ti”.

Ele também tentava se auto-justificar dizendo: “nunca desobedeci tuas ordens”. Ele não entendia que de um filho se espera mais do que simples obediência; ele não havia entendido que diante de um pai tão bondoso nada do que tinha feito poderia impressionar.

Ele só estava preocupado com as posses do pai, que, consequentemente, eram suas. Ele não amava o pai, apenas queria sua fortuna. Ele não se preocupou com a dor do pai quando ficou sem seu caçula, nem mesmo com o irmão que se foi, pois como mais velho ele poderia ter ido buscá-lo.

Esse filho estava mesmo preocupado era com a herança. Perceba que ele diz “esse teu filho”, ao invés de dizer “esse meu irmão”. Ele era um estranho dentro de casa.

Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado (Lucas 15:31,32).

A resposta do pai nos versículos 31 e 32 estabelece um tremendo contraste. O pai se dirige a ele dizendo “meu filho”. No original grego a expressão utilizada aqui significa algo como “meu menino”, transmitindo um sentido mais afetuoso.

O pai também usa a expressão “esse seu irmão”, ou seja, o pai o coloca como membro da família, além de demonstrar que havia considerado como justo o filho mais novo.

Lições da Parábola do Filho Pródigo

Não apenas a Parábola do Filho Pródigo, mas todo o capítulo 15 de Lucas, certamente aponta para o extraordinário amor de Deus.

Perceba a alegria do pastor que encontra a ovelha perdida (Lucas 15:6,7); do contentamento da mulher que encontra a dracma perdida (Lucas 15:9,10). Da mesma forma o pai, nessa Parábola do Filho Pródigo, se alegra com o retorno do filho perdido (Lucas 15:23,24, 32).

Claramente também podemos perceber uma intensificação na narrativa de Jesus. Primeiro ele fala da ovelha, depois da drácma e, finalmente, do filho.

Podemos aprender muitas coisas com esse ensino do Senhor. Em primeiro lugar, a Parábola do Filho Pródigo nos ensina que o Pai busca, traz de volta e se alegra na conversão do pecador operada pelo Espírito.

Diante disto, é impossível não perguntarmos: Quem somos nós? Quão perdidos estávamos? Será que merecíamos esse cuidado tão pessoal do próprio Deus?

Tudo o que podemos dizer é que Ele nos ama. Ele faz uma festa por nossa causa, mas entenda que isso não é sobre nós, é inteiramente sobre Ele. Nunca poderíamos ir para casa do Pai sem um caminho que nos levasse até lá. Jesus é esse caminho (João 14:6).

Em segundo lugar, a Parábola do Filho Pródigo nos convida a refletir sobre qual tem sido a nossa posição para com os perdidos. Aqui temos uma importante lição. Diante dos perdidos podemos assumir algumas atitudes diferentes: podemos odiá-los; tratá-los com indiferença; recebê-los quando vierem até nós; ou buscá-los.

Como seguidores de Cristo, cidadãos do reino de Deus, qual tem sido a nossa atitude? Estamos mais parecidos com Jesus ou com os fariseus e doutores da Lei?

Em terceiro lugar, agora falando do nosso relacionamento com o Pai, a Parábola do Filho Pródigo nos leva a fazer as seguintes perguntas: Como estamos nos comportando? Será que somos como o filho mais novo ou como o filho mais velho?

O filho mais novo apenas queria sua parte na herança, e a maneira que ele achou para conseguir isso foi sendo ruim, se afastando e indo embora. Já o filho mais velho também só estava interessado na herança, e a forma que ele achou para consegui-la foi sendo bom, obediente e ficando em casa.

Você percebe que ambos eram ruins? A ruína do filho mais novo foi sua precipitação, inconsequência, insensibilidade e desobediência. Já a ruína do filho mais velho foi seu comprometimento, sua obediência, seu bom serviço e sua sensibilidade superficial. O filho mais novo se afastou do pai por ser muito mau, enquanto o filho mais velho se afastou por ser muito bom.

Em quarto lugar, a Parábola do Filho Pródigo nos traz um grande alerta. É impossível não falarmos sobre o que ocorrem com os dois filhos. A parábola termina com o filho mais novo dentro de casa, participando da festa que o pai promoveu. Por outro lado, a parábola também termina sem mostrar o filho mais velho retornando à casa do pai para se alegrar com seu irmão que voltou.

Não temos nenhuma autorização para irmos além do que o texto bíblico diz. Especificamente na Parábola do Filho Pródigo não sabemos o que ocorreu com o filho mais velho, porém sabemos que esse filho era uma figura dos escribas e fariseus, os mesmos que acabaram crucificando Jesus (Atos 7:52).

Como o filho mais velho, esses religiosos tentavam se auto-justificar. Eles se achavam bons de mais, tão bons a ponto de praticamente entenderem que alguém como eles nunca poderia ser privado do paraíso.

Hoje, muitas pessoas se comportam como o filho mais velho. Elas não faltam aos cultos, são obedientes, oram, jejuam e fazem tudo o que podem. Porém nada é verdadeiro, tudo é por interesse. Essas pessoas acham que suas boas obras serão capazes de salvá-las.

Essas pessoas cantam os nossos hinos, usam a nossa Bíblia, dizem ser um dos nossos, e até chamam nosso Deus de Pai. Mas elas são estranhas dentro de casa. Haverá um dia em que fatalmente ouvirão: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23).

Os filhos mais velhos não entendem nada sobre a graça de Deus. Eles não compreendem que tudo é pelo mérito de Cristo, e que não há nada em nós mesmos que possa nos credenciar à salvação.

Se Deus se alegra na presença de seus anjos por um pecador arrependido, se hoje temos morada na casa do Pai, e se não estamos mais mortos e perdidos em nossos pecados e delitos, isso tudo é pela obra redentora de Cristo na cruz! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

sábado, outubro 1

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " STÉVIA REBAUDIANA ( BERTONI ) BERTONI. UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Nenhum sinônimo foi registrado para este nome científico.
Partes usadas: 
Folhas
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Glicosídeos, esteviosideo (5 a 10%), rebaudiosideo (2 a 4%), dulcosideo, saponinas, óleo essencial, taninos.
Propriedade terapêutica: 
Hipoglicemiante, hipotensora, diurética, cardiotônica, tônica para o sistema vascular, antiflogística.
Indicação terapêutica: 
Diabetes, hipertensão arterial, azia, baixar ácido úrico, reumatismo, fadiga, depressão, insônia, emagrecimento.
Nome em outros idiomas:
  • Inglês: stevia, sweet leaf, candyleaf, sweet herb, sweet herb of paraguay
  • Alemão: stevia
  • Espanhol: estevia
  • Francês: stévia, stévie

Origem, distribuição
América do Sul (Paraguai).

Descrição:
“Ka’a hé’e” (erva-doce) é o nome atribuído à estévia pelos índios guaranis do Paraguai. As folhas eram usadas para adoçar os alimentos e a tradicional infusão “yerba mate”. Estévia é um pequeno arbusto verde que cresce em estado selvagem. Pertence ao grupo das flores e ervas aromáticas como a camomila e margaridas.

Uso popular e medicinal
O uso na forma de chá impede a absorção do açúcar pelo intestino sendo benéfico aos portadores de diabetes, que podem reduzir a quantidade de insulina tomada diariamente. Deve ter acompanhamento médico.

Indicada para regular o açúcar da dieta habitual. Nos casos de hipertensão arterial, atua como elemento regulador.

Cita-se como tônico para o coração, contra obesidade, hipertensão, azia e para baixar os níveis de ácido úrico. Tônico para o sistema vascular, razão pela qual se torna útil nos casos de reumatismo e hipertensão.

Exerce efeito calmante sobre o sistema nervoso eliminando a fadiga, a depressão, a insônia e a tensão, estimula as funções digestivas e cerebrais e age como antiflogística.

Como substitui perfeitamente o açúcar sem alterar o nível normal de glicemia e favorece a eliminação de toxinas, é recomendada nos regimes de emagrecimento.

Os constituintes responsáveis pelas propriedades adoçantes de suas folhas são os glicosideos, sendo o mais doce o esteviosideo, que tem poder adoçante 300 vezes maior que o da sacarose e pode representar até 18% da composição total da folha.

O adoçante de estévia é comercializado hoje em quase todo mundo, sendo os japoneses seus maiores consumidores.

Vários estudos inclusive nos EUA validaram suas propriedades, porém seu emprego é proibido por pressão e lobby da poderosa indústria de adoçantes artificiais.

Um estudo recente analisou os teores de fenóis, flavonoides e proteínas de folhas secas de estevia preparados em três diferentes solventes: água, etanol 96% e mistura glicoaquosa 4:1. Os autores relatam que os extratos contêm quantidades significativas de fitoquímicos com atividade antioxidante e podem ser utilizados como ingrediente de alimentos, suplemento alimentar e cosmético. No entanto, devido à citotoxicidade significativa das preparações etanólica e glicoaquosa, bem como o seu potencial irritante de fibroblasto, a dose apropriada de cada extrato de estevia no alimento ou produto cosmético precisa ser avaliada de forma mais pormenorizada.

 Dosagem indicada:
Diabetes. Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (chá ) de folhas secas, bem picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia, entre as refeições.

Refrigerante para diabéticos. Coloque 1 colher (sobremesa) de folhas secas, bem picadas, em 1 copo de água em fervura. Desligue o fogo e deixe em repouso por 15 minutos. Em seguida coe e adicione o suco de 1 limão e gelo. Tome 1 copo 2 vezes ao dia.

Diurético. Coloque 1 colher (café) de folhas secas bem picadas e 1 colher (chá) de folha de abacateiro picada em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo e deixe em repouso por 15 minutos. Em seguida coe em filtro de papel ou de pano. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia, sendo uma no período da manhã e outra à tarde.

 Efeitos colaterais:
Embora afirmem que a estévia não apresenta efeitos colaterais, deve-se alertar para o fato de uma suposta ação anticoncepcional, já que os índios guaranis a utilizavam para esta finalidade.

É muito importante lembrar que seu uso por diabéticos deve ter sempre acompanhamento de um profissional da saúde. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA ".

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