segunda-feira, novembro 14

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " DILLENIA INDICA L " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Dillenia indica L.
Família: 
Dilleniaceae
Sinonímia científica: 
Dillenia elongata Miq.
Partes usadas: 
Fruto, flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Triterpeno lupeol (ácido betulínico, betulina, betulinaldeido), flavonóis (miricetina), isoramnetina, "dillenetin", glicosídeos, triterpenoides, flavonoides.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, refrescante, cardiotônico, laxante.
Indicação terapêutica: 
Angina, febre, sistema nervoso central.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: elephant apple, chulta, Indian simpoh, Indian rose apple
  • Alemão: rosenapfel, elefantenapfel, Indische dillenie

Origem, distribuição:
D. indica é espécie nativa do sudeste da Ásia. Cresce amplamente em florestas tropicais na Índia, Bangladesh, Sri Lanka e China, onde os nomes locais mais comuns são chalta ou chalita (bengali e hindi), karambel ou karmal em Marathi e ramphal no Nepal.

É geralmente cultivada como ornamental e para produção de madeira fora da área de origem e distribuição natural. Usada na arborização de parques e praças do (Brasil).

Descrição:
Árvore perene de até 30 m de altura. Folhas organizadas em espiral, simples, oblonga. Flor branca de 20 cm de diâmetro. O fruto é grande, tem cheiro que lembra cebola, é consumido cozido. A polpa tem sabor ácido.

Das sépalas cortadas em cubo e fervidas extrai-se uma goma que dá um doce cremoso muito apreciado nas regiões de origem dessa árvore. Com a polpa limbosa do fruto se faz uma bebida fermentada de sabor suave e refrescante.

Frutos jovens são cortados e adicionados a "kaeng som" (ou "gaeng som"), um caril ou curry (português brasileiro), mistura de especiarias muito utilizada na culinária da Índia, Tailândia e outros países asiáticos.

Propaga-se por sementes ou estacas.

Uso popular e medicinal:
Folhas, cascas e frutos são usados desde longo tempo na medicina tradicional asiática. Em Bangladesh, D. indica é uma das espécies comestíveis mais comuns. O suco da fruta é misturado com açúcar e água e utilizado como bebida refrescante no tratamento de febre e como cardiotônico.

Folhas e cascas têm efeitos laxante e adstringente, sendo recomendadas para combater a artrite. Um xarope feito com as sépalas das flores é excelente para uso peitoral contra angina. Os frutos servem para preparar sucos (batido no liquidificador com folhas de hortelã), doces, sorvetes e picles.

O extrato alcoólico de D. indica mostrou atividade depressora do sistema nervoso central. Estudos fitoquímicos demonstraram que espécies de D. indica contêm o grupo de triterpeno lupeol tal como o ácido betulínico, betulina, betulinaldeido e flavonóis como miricetina. Casca do caule contém miricetina, isoramnetina, "dillenetin" e glicosídeos. Por análise cromatográfica e espectrofotometria do extrato de folhas foi constatada a presença de triterpenoides e flavonoides." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE LAMENTAÇÃO DE JEREMIAS:


O livro de Lamentações foi atribuído ao profeta Jeremias desde tempos antigos, e reflete a profunda tristeza de uma série de cantos fúnebres ao ver Jerusalém castigada por Deus pelas mãos dos babilônios. Jeremias dedicou a sua vida ao trabalho de avisar os judeus do julgamento iminente em consequência de séculos de rebeldia contra Deus, mas não sentiu nenhum prazer no cumprimento de suas profecias. Ele sofreu com o povo, chorando pela dor de uma nação que se tornou indefesa diante do castigo severo.

Alguns fatos ajudarão na leitura deste livro. Em termos históricos, devemos lembrar que a queda de Jerusalém aconteceu por etapas. Em 605 a.C., o primeiro grupo de cativos foi levado para a Babilônia. Em 597 a.C., a segunda leva foi tirada da sua terra e levada para a Babilônia. Por final, em 586 a.C., a cidade (incluindo o templo de Salomão) foi destruída e os sobreviventes, com exceção de Jeremias e alguns pobres, foram levados ao cativeiro. Algumas observações sobre o vocabulário do livro podem esclarecer o sentido. Sião se refere ao monte principal de Jerusalém e se torna sinônimo de Jerusalém. A filha de Sião, expressão que aparece oito vezes nestes cinco capítulos, identifica o povo de Judá ou Israel.

Na tradução deste livro do hebraico a outros idiomas, facilmente se perde uma das suas características interessantes. Os primeiros quatro capítulos contêm 22 estrofes cada. Nos capítulos 1, 2 e 4, correspondem aos 22 versículos de cada capítulo. No capítulo 3, são 22 estrofes de três versículos cada, dando um total de 66 versículos. Estes quatro capítulos são poemas acrósticos, onde cada estrofe inicia com uma letra do alfabeto hebraico. Em nossas Bíblias, por coincidência, o capítulo 5 também contém 22 versículos, mas este último capítulo não segue o formato acróstico.

Na leitura de Lamentações, notamos os seguintes temas dos capítulos:

Capítulo 1 descreve o terrível sofrimento de Jerusalém como uma viúva que, além de perder o marido, foi levado à escravidão. O motivo foi claramente identificado: “Jerusalém pecou gravemente; por isso, se tornou repugnante” (Lamentações 1:8).

Capítulo 2 focaliza o papel divino neste castigo. Deus castigou seu povo. O sofrimento não foi por acaso, e não foi atribuído a causas naturais ou políticas: “Tornou-se o Senhor como inimigo, devorando Israel; devorou todos os seus palácios, destruiu as suas fortalezas e multiplicou na filha de Judá o pranto e a lamentação” (Lamentações 2:5).

Capítulo 3 apresenta os apelos feitos pelo povo a Senhor, buscando sua clemência e misericórdia. Apesar da severidade do castigo, reconhecem que Deus foi misericordioso e não destruiu por completo seu povo: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3:22). Por causa desta confiança na misericórdia de Deus, o povo ainda esperava a reconciliação: “O Senhor não rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias” (Lamentações 3:31-32).

Capítulo 4 considera o grande sofrimento de Jerusalém, lembrando da glória e felicidade desta cidade em outras épocas. Como é comum nos profetas, os líderes são citados como os principais culpados: “Não creram os reis da terra.... Foi por causa dos pecados dos seus profetas, das maldades dos seus sacerdotes que se derramou no meio dela o sangue dos justos” (Lamentações 4:12-13).

Capítulo 5 descreve o arrependimento do povo clamando a Deus e pedindo perdão.

Lamentações, como o nome do livro sugere, apresenta uma mensagem triste sobre as consequências do pecado, nos lembrando de que “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31 ) Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECER, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

domingo, novembro 13

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " LEPÍDÍUM MEYENÍÍ WALP " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Lepidium meyenii Walp.
Família: 
Brassicaceae
Sinonímia científica: 
Lepidium peruvianum G.Chacón
Partes usadas: 
Raiz, partes aéreas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
MTCA, macamidas, (1R, 3S)-1-methyltetrahydro-carboline-3-carboxylic, carboidrato, proteína, fibra alimentar, gorduras, minerais essenciais, ácidos graxos.
Propriedade terapêutica: 
Adaptógeno, nutracêutica, afrodisíaco, energético, neuroprotetor, antimicrobiana, anticâncer, hepatoprotetor, imunomodulador.
Indicação terapêutica: 
Comportamento sexual, fertilidade, humor, memória, osteoporose, metabolismo, tumor, anemia, menstruação, tuberculose, menopausa, fadiga, descalcificação, depressão.

Origem, distribuição:

Região andina do Perú.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: maca root, peruvians ginseng

Descrição:

Maçã-peruana é caracterizada por uma parte aérea, pequena e plana na aparência, e outra subterrânea, a raiz de hipocótilo. Parecida com um rabanete, esta é a parte principal e comestível, tem de 10 a 14 cm de comprimento, 3 a 5 cm de largura e armazena alto teor de água.

Após a secagam natural, os hipocótilos são reduzidos em tamanho de 2 a 8 cm em diâmetro. Os vários tipos de maçã-peruana podem ser diferenciados pela cor dos hipocótilos, sendo que 13 cores já foram descritas. Já foi demonstrado que, dependendo da cor, a planta pode ter diferentes propriedades biológicas. Hipocótilos secos preto (superior), amarelo (meio) e vermelho (inferior).

O vegetal varia muito no tamanho e forma da raiz que pode ser triangular, achatada circular, esférica ou retangular. Esta última forma as maiores raízes.

Hipocótilos podem variar em cor: ouro, creme, vermelho, roxo, azul, preto e verde, sendo cada uma considerada uma variedade geneticamente única, pois as sementes das plantas parentais crescem para ter raízes da mesma cor. Recentemente, cepas específicas de cor foram propagadas exclusivamente para verificar suas diferentes propriedades nutricionais e terapêuticas.

As raízes de cor creme são as mais cultivadas e favorecidas no Peru pela doçura e tamanho aprimorados. Raizes azuis e pretas são consideradas mais fortes como promotoras de energia, sendo ambas de sabor doce e levemente amargo.

A planta é tradicionalmente cultivada em altitudes de aproximadamente 4.100 a 4.500 m. Cresce bem apenas em climas frios e solos agrícolas relativamente pobres. Quase todo o cultivo no Perú é realizado organicamente, já que existem poucas pragas que ocorrem nessas altitudes.

Peru é o único país que produz este vegetal. Embora tenha sido cultivado fora dos Andes, ainda não está claro se ela desenvolve os mesmos componentes ativos ou potência. Hipocótilos cultivados a partir de sementes peruanas se formam com dificuldade em baixas elevações, em estufas ou em climas quentes.

Por aproximadamente 2.000 anos, maçã-peruana tem sido uma importante fonte de alimentos e medicamentos em sua região de crescimento limitado, onde é bem conhecida e celebrada. É considerado um alimento altamente nutritivo e dotado de energia, e como um medicamento que aumenta a força, a resistência e também atua como um afrodisíaco. Durante a colonização espanhola, maçã-peruana serviu como moeda.

Uso popular e medicinal:

Propriedades da maçã-peruana foram testadas in vivo em animais experimentais (ratos, camundongos, cobaias, touros, peixes). Foi constatado aumento da contagem de espermatozoides e motilidade espermática, aumento do comportamento sexual de machos, propriedades anti-estresse e nutricional, prevenção de hiperplasia prostática induzida por testosterona, efeitos neuroprotetores, proteção contra a radiação UV, melhoria da memória, aumento do número de descendentes, aumento da sobrevida de embriões, melhora da quantidade e qualidade de esperma.

Estudos realizados em humanos em 2002 identificou a presença do ácido (1R,3S)-1-methyl-1,2,3,4-tetrahydro-ß-carboline-3-carboxylic (MTCA) encontrado nos hipocótilos do vegetal. Na época essa substância foi considerada tóxica. Entretanto a mesma é encontrada em laranjas, toranjas e sucos de fruta e, nessas frutas, sempre relacionada a propriedades favoráveis a saúde. Estudos recentes apontam que MTCA da maçã-peruana é seguro. Além disso não é mutagênica e contém componentes com propriedades anticarcinogênica.

Um estudo recente investigou o estado de saúde de uma população dos Andes centrais peruanos (Carhuamayo, 4.100 m) que consome tradicionalmente a maçã-peruana e a comparou com uma população do mesmo local que não consome a raiz. A avaliação levou em conta aspectos sociodemográficos, estado de saúde e fraturas em homens e mulheres entre 35 e 75 anos de idade. Em uma subamostra foram avaliadas as funções hepática e renal e os valores de hemoglobina. Da amostra estudada, 80% da população consome maca, 85% consome para fim nutricional. O consumo ocorre desde a infância, após os hipocótilos estarem naturalmente secos. O consumo é principalmente como suco de uma mistura de diferentes cores dos hipocótilos.

O consumo de maçã-peruana está associado a um maior escore no estado de saúde, menor taxa de fraturas e menores escores de sinais e sintomas de doença crônica da altitude. Foi também associado a baixo índice de massa corporal e baixa pressão arterial sistólica. A função hepática e renal, o perfil lipídico e a glicemia eram normais na população consumindo a raiz. Em resumo, o estudo demonstrou em uma população tradicional que este alimento é seguro.

Maçã-peruana tem grande potencial como adaptógeno e parece ser promissora como nutracêutica na prevenção de diversas doenças. Evidências científicas mostraram efeitos sobre o comportamento sexual, fertilidade, humor, memória, osteoporose, metabolismo e tratamento de algumas entidades tumorais. No entanto, os princípios ativos por trás de cada efeito ainda são desconhecidos.

Macamidas têm sido descrita como composto exclusivo de maçã-peruana. Sugere-se que essa fração lipídica possa ser responsável pelo aumento do comportamento sexual. Estudos sobre a função testicular, espermatogênese, fertilidade, humor, memória e hiperplasia prostática foram realizados com extratos aquosos contendo apenas vestígios de macamida, logo acredita-se que outros compostos além de macamidas sejam responsáveis por essas atividades.

L. meyenii emergiu como um alimento vegetal popular devido a vários efeitos na saúde.

Atua no tratamento da anemia, nos problemas de menstruaçãotuberculosemenopausa e síndrome da fadiga crônica. Recentemente atletas estão encontrando neste vegetal uma excelente alternativa para substituir os anabolizantes. Apresenta numerosas indicações como energético e restaurador físico e psicológico, melhora a memória e a concentração, fortalece o sistema imunológico, reduz os sintomas da TPM, aumenta a espermatogênese.

Casos de desnutriçãodescalcificaçãodepressão e osteoporose também podem ser tratados com esta planta. Maçã-peruana pó pode ser associada a outros estimulantes como a Pfaffia paniculata ou guaraná pó potencializando a ação imunoestimulante, energética e psicoestimulante deste fitoterápico.

Um trabalho científico detalhou os principais constituintes (amido, fibra dietética e proteína) e constituintes secundários (minerais, polissacarídeos não-amiláceos, polifenóis - flavonolignanas -  macaenes, macamidas, glucosinolatos e alcaloides) da raiz e partes aéreas da maçã-peruana.  

Diversos efeitos sobre a saúde são resumidos. Bioatividades incluem maior saúde reprodutiva, antifadiga, antioxidação, neuroproteção, atividade antimicrobiana, anticâncer, hepatoproteção, imunomodulação, melhoria da saúde da pele e da função do sistema digestivo. 

Ressaltam os pesquisadores que a genética da planta, partes botânicas, processamento, extração e protocolos experimentais representam os principais fatores que afetam a composição química, os atributos físico-químicos e os efeitos na saúde dos produtos à base de maçã-peruana. 

Pesquisadores sugerem mais estudos clínicos para apoiar os alegados efeitos sobre a saúde humana. Propõem inovação e diversificação de produtos na utilização de alimentos e não-alimentos de diferentes partes deste vegetal para maximizar a percepção de valor.

Constituintes:

Além de açúcares e proteínas, a maçã-peruana contém uridina, ácido málico e seu derivado de benzoíla, glucosinolatos, glucotropaolina e m-metoxiglucotropolina. O extrato metanólico da raiz contém (1R, 3S)-1-methyltetrahydro-carboline-3-carboxylic. existem relatos de que esta molécula exerce muitas atividades no sistema nervoso central.

O valor nutricional da raiz seca é alto, semelhante aos grãos de arroz e trigo. Composição média: 60% de carboidratos, 10% de proteína, 8,5% de fibra alimentar e 2,2% de gorduras. Rica em minerais essenciais especialmente selênio, cálcio, magnésio e ferro, ácidos graxos linolênico (polinsaturado), palmítico (saturado) e ácidos oleicos (monoinsaturado), 19 aminoácidos e polissacarídeos.

Os efeitos benéficos da maçã-peruana para a função sexual podem ser devidos à alta concentração de proteínas e nutrientes vitais. Contém uma substância química chamada isotiocianato de p-metoxibenzila, que supostamente tem propriedades afrodisíacas.

Outros constituintes: esteroides, compostos fenólicos, flavonoides, taninos, glicosídeos, saponinas, aminas secundárias alifáticas, aminas terciárias, alcaloides, antocianidinas, dextrinas, glicosinolatos.

 Dosagem indicada:

Uma análise da literatura cientifica, dados etnofarmacológicos, ensaios pré-clínicos e clínicos realizados atesta que maçã-peruana pode ser indicada na melhora do desejo (libido) e desempenho sexual, e é segura na dose de 1,5 g/dia a 3 g/dia.

Outros usos. 

Um trabalho realizados na Universidade federal do Paraná  verificou características físico-químicas da maçã-peruana em formulações de embutidos cárneos - como a mortadela.

Foi avaliado o potencial antioxidante da planta para sua utilização como antioxidante natural na substituição total ou parcial do antioxidante sintético.

Os pesquisadores concluíram que maçã-peruana inibe o surgimento de produtos de oxidação por períodos não muito elevados de tempo - o tempo máximo em relação à oxidação lipídica foi de 60 dias. " NÃO USE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO JEREMIAS:

Jeremias foi um profeta que profetizou em Judá no final do século 7 e início do século 6 a.C. Aquele foi o período de declínio do Reino do Sul, marcado pelos reinados de seus últimos monarcas. O profeta Jeremias falou sobre o avanço inevitável da Babilônia que culminou no exílio do povo judeu. Neste estudo bíblico conheceremos o que a Bíblia diz sobre quem foi Jeremias.

Quem foi Jeremias?

Jeremias foi filho de Hilquias e nasceu na cidade de Anatote, no território de Benjamim. Isso ocorreu aproximadamente em 650 a.C., no final do reinado do rei Manassés de Judá. Anatote era um vilarejo sacerdotal que ficava aproximadamente a três quilômetros de distância de Jerusalém (Josué 21:17-18; cf. Jeremias 11:21-23).

Jeremias era um sacerdote, além de ser um profeta. Ele viveu num dos períodos mais conturbados da história do Oriente Antigo. Quando Jeremias nasceu, Israel, o Reino do Norte com capital em Samaria, já havia caído há pelo menos 70 anos diante do Império Assírio.

O nome Jeremias pode ser escrito de duas formas diferentes em hebraico; uma mais longa, Yirmeyahu, e outra mais curta, Yirmeya. No grego, esse nome aparece como Ieremias. Existem duas possibilidades para o seu significado. Jeremias pode significar “o Senhor edifica”, no sentido de exaltar; ou “o Senhor lança”.

Considerando também o significado do nome do pai do profeta Jeremias, Hilquias, que significa em hebraico “o Senhor é a minha porção”, muito provavelmente a família de Jeremias era fiel ao Senhor mesmo durante as terríveis práticas idólatras durante o reinado de Manassés.

A história de Jeremias: Sua infância e juventude:

Durante a infância do profeta Jeremias, os reinados de Manassés e Amom foram caracterizados pela apostasia e idolatria (2 Reis 21). O próprio rei Manassés anulou completamente as reformas iniciadas pelo rei Ezequias, seu pai.

Apesar disso, na cidade sacerdotal de Anatote Jeremias teve contato com a tradição religiosa de seu povo. Ali ele cresceu em um lar temente e obediente a Deus. Ele foi instruído na Lei do Senhor e recebeu também profundo conhecimento das profecias de profetas anteriores, como: Isaías, Amós e Oseias.

Se a situação interna em Judá era lamentável por conta do declínio religioso e do paganismo que se espalhava pela nação, o ambiente internacional também era bastante movimentado. Havia um clima de constante tensão envolvendo os assírios, os egípcios e os babilônios. Esse era o cenário em que Jeremias passou seus primeiros anos.

O chamado de Jeremias:

Quando o rei Manassés morreu, provavelmente Jeremias tinha cerca de dez anos de idade. Amom, o filho de Manassés, governou Judá por dois anos, entre 642 e 640 a.C. (2 Reis 21:19-26). Depois, quem assumiu o trono foi o jovem Josias, que governou entre 640 e 609 a.C.

Jeremias foi chamado pelo Senhor como profeta no décimo terceiro ano do reinado de Josias, em 627 a.C. No registro de sua convocação, a Bíblia enfatiza a forma soberana com que Deus o chamou:

Antes que te formasse no ventre te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. (Jeremias 1:5)

Diante do chamado de Deus, o jovem Jeremias alegou ser incapaz de desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino. Curiosamente essa foi a mesma objeção feita por Moisés quando Deus o chamou (Êxodo 4:10). O rei Salomão, também fez uma observação semelhante quando assumiu o trono de Israel (1 Reis 3:7).

Além de indicar uma possível idade prematura para exercer tamanha responsabilidade, essa resposta do profeta também pode significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente imaturo; talvez uma pessoa humilde e que não possuía autoconfiança.

Mas a objeção do inexperiente Jeremias não foi um problema para Deus. Na verdade o Senhor o tranquilizou dizendo: “não temas” (Jeremias 1:8). Deus avisou o profeta que ele deveria falar tudo o que lhe fosse ordenado; mas também prometeu que estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se aproximavam.

O ministério do profeta Jeremias:

O profeta Jeremias exerceu seu ministério num período de pelo menos quarenta anos. Isso significa que se sua chamada para o ministério profético ocorreu entre 627 ou 626 a.C, o profeta Jeremias continuou profetizando até pouco depois da queda de Jerusalém, em 587 a.C. Assim, ele profetizou durante os reinados dos últimos cinco Reis de Judá: Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz (609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim (598-597 a.C.) e Zedequias (597-586 a.C.).

Um fato bastante interessante é que o ano de início do ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes reviravoltas internacionais que abalaram a história mundial. Entre 627 e 626 a.C., Assurpanipal, o último grande rei da Assíria, e Candalanu, o governante da Babilônia, morreram. Então Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, se aproveitou daquele momento conturbado e de enfraquecimento do Império Assírio e se tornou o rei da Babilônia. Isso acabou culminando na conquista da Assíria em 612 a.C.; e no florescer do Império Babilônico em 605 a.C. como a maior potência mundial.

O ministério do profeta Jeremias começou em Anatote, e provavelmente ele permaneceu ali durante alguns anos. Durante esse período, é possível que fosse visto pelos judeus apenas como um profeta insignificante de um pequeno vilarejo.

Existe um período de silêncio no ministério de Jeremias de cerca de treze anos, entre 621 e 609 a.C. Durante esse período não há qualquer informação sobre a sua vida. É provável que foi nesse tempo que ele acabou migrando de Anatote para a capital, Jerusalém.

Após a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá. Mas este reinou por apenas três meses e foi deposto pelo Faraó Neco. Para servir aos interesses do Egito, em seu lugar foi posto Jeoaquim.

O profeta Jeremias era contra a liderança de Jeoaquim. Inclusive, foi nos primeiros anos de seu governo que o profeta proclamou um importante sermão que resultou em seu banimento do Templo e quase lhe custou a vida (Jeremias 7:1-8:3). O profeta também profetizou a morte de Jeoaquim (Jeremias 22:18,19; 36:30).

Depois da morte de Jeoaquim, seu filho, Joaquim, assumiu o trono em seu lugar. Mas o jovem monarca governou por apenas três meses e logo foi levado para a Babilônia. Para o seu lugar Nabucodonosor colocou Zedequias. 

Nessa época o Egito e a Babilônia estavam disputando o controle daquela região, e o profeta Jeremias repetidamente profetizou acerca da vitória da Babilônia. Ele insistiu que qualquer esforço para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma possível aliança com o Egito, seria inútil. Isso porque a Babilônia era um instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. O profeta acabou sendo perseguido por causa desse seu posicionamento (cf. Jeremias 37:3,17).

A mensagem do profeta Jeremias:

Apesar de o ministério do profeta Jeremias ter sido bastante longo, sua mensagem principal é muito clara. Essa mensagem pode ser pontuada da seguinte forma:

  1. O profeta Jeremias convocou o povo ao arrependimento, a fim de evitar o julgamento divino.
  2. Depois, o profeta Jeremias avisou que o tempo de arrependimento havia se esgotado, e que Judá sofreria o juízo de Deus. Tal juízo seria muito severo, pois implicaria na perda da Terra Prometida.
  3. Ele profetizou que o cativeiro babilônico seria inevitável, e que Jerusalém cairia diante de Nabucodonosor.
  4. O profeta mostrou, através de sua mensagem, que Judá mereceu o cativeiro por causa dos graves pecados que o povo persistiu em cometer; sobretudo a idolatria .
  5. O profeta Jeremias anunciou que o Templo em Jerusalém não poderia proteger os judeus do julgamento iminente.
  6. O profeta também anunciou que Deus salvaria um remanescente de Seu povo por meio do exílio. Então quando o período de cativeiro terminasse, haveria uma maravilhosa restauração sob uma nova aliança (Jeremias 31:31-34). O Novo Testamento mostra que essa promessa encontra seu cumprimento pleno em Cristo (Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25; Hebreus 8:6; 9:15; 12:24).

Então é possível perceber claramente que a mensagem do profeta Jeremias, conforme registrada em seu livro, serviu para lembrar os exilados sobre os motivos que lhes conduziram às provações que eles estavam enfrentando; bem como assegurar-lhes que, ao se arrependerem, eles voltariam para Jerusalém e desfrutariam de grande bênçãos.

A personalidade e a vida do profeta Jeremias:

Jeremias exerceu todo seu ministério de maneira vigorosa, mesmo diante de muitas aflições. Ele teve uma vida bastante solitária, muito por conta da mensagem impopular que transmitia (Jeremias 15:17).

Durante seu ministério é possível perceber a forma com que ele se envolveu pessoalmente com sua mensagem, de modo que ele sentiu, antes do próprio povo, agonia da aproximação do cativeiro babilônico, e o derramamento da ira do Senhor por causa do pecado do povo (Jeremias 4:19-21; 8:21-9:3; 10:19-22; 14:19-22).

O profeta foi proibido pelo Senhor de se casar e formar uma família. Isso era para que a vida de Jeremias servisse como um sinal das transformações que o exílio resultaria na vida cotidiana do povo (Jeremias 16:2). Jeremias experimentou angustias tão grandes durante sua vida que, por conta de seu lamento, ele ficou conhecido popularmente como “o profeta chorão” (cf. Jeremias 4:19; 8:18,21; 9:1,10; 13:17).

O profeta Jeremias foi preso e teve sua vida ameaçada várias vezes. Na verdade o conteúdo de sua mensagem o colocava em oposição à liderança de Judá. Por isso muitas vezes Jeremias parecia detestar sua missão, pois ela lhe ocasionava grandes problemas, inclusive com seus parentes e conhecidos. Ele era alvo de zombaria e todos o amaldiçoavam (Jeremias 11:18-21; 12:1-6; 15:10-21; 17:12-18; 18:19-23; 20:7-18).

Com base nos detalhes registrados por Baruque, seu escriba, é possível perceber que Jeremias tinha uma personalidade forte e repleta de contrastes. Ele era um homem honesto, gentil, afetuoso, um profundo observador analítico e, ao mesmo tempo, inflexível.

Apesar de se lamentar com frequência, o profeta Jeremias era uma pessoa otimista e de oração. Ele superou qualquer timidez que pudesse ter no início de seu ministério. Ele também suportou a hostilidade, a solidão, a angústia e até mesmo a sensação do aparente fracasso.

Diante de um sofrimento tão intenso, o profeta Jeremias, em algumas ocasiões, não conseguia entender por que estava sendo submetido a tudo aquilo. Ele chegou até mesmo a acusar o Senhor de tê-lo enganado e desejar a morte (Jeremias 20:7-18). Todavia, no fim o profeta entendeu que Deus é soberano e controla todas as coisas.

O final do ministério do profeta Jeremias:

Após a queda de Jerusalém, a fama de Jeremias já havia se espalhado até mesmo na Babilônia. O rei Nabucodonosor o deixou em Jerusalém para ficar com o restante dos judeus que não foram levados cativos.

O profeta Jeremias então permaneceu em Jerusalém até que o governador de Judá, Gedalias, foi assassinado por Ismael, um fanático judeu. Temendo uma represália dos babilônios, muitos judeus fugiram para o Egito, mesmo contra as advertências de Jeremias (Jeremias 42). Nesse contexto parece que o profeta acabou sendo obrigado a seguir os fugitivos (Jeremias 43).

No Egito, o profeta Jeremias, já um homem experiente com a idade de pelo menos setenta anos, continuou pregando a Palavra de Deus (Jeremias 44). Os estudiosos dizem que muito provavelmente ele acabou morrendo ali pouco tempo depois. Na verdade, nada se sabe sobre as circunstâncias de sua morte; apesar de que havia uma tradição que afirmava que Jeremias morreu apedrejado pelos judeus em Tafnes.

Surgiu também entre os judeus uma crença de que o profeta Jeremias ressuscitaria dentre os mortos. Essa lenda dizia que ele restauraria o Tabernáculo e traria a Arca da aliança, e o altar do incenso que supostamente ele teria escondido em uma caverna por ocasião da queda de Jerusalém.

Talvez essa antiga crença possa explicar o motivo de alguns judeus do primeiro século terem pensado que Jesus era Jeremias ressuscitado (Mateus 16:13-14).

O profeta Jeremias foi contemporâneo, pelo menos durante algum tempo, do profeta Sofonias, do profeta Naum, da profetiza Hulda, do profeta Ezequiel, e do profeta Daniel. 

Outros Jeremias na Bíblia:

Existem também outros personagens da Bíblia com o mesmo nome do conhecida profeta judeu. Dentre os quais, se destacam:

  • O chefe do clã na tribo de Manassés (1 Crônicas 5:24).
  • Três guerreiros que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Crônicas 12:4,10,13).
  • O pai de Humutal, esposa do rei Josias (2 Reis 23:31; 24:18; Jeremias 52:1).
  • O pai de Jazanias, um contemporâneo do profeta Jeremias (Jeremias 35:3).
  • Um sacerdote que retornou da Babilônia após o exílio com Zorobabel. O livro de Neemias cita em três ocasiões esse nome, mas não é possível dizer exatamente a quantas pessoas diferentes ele se refere (Neemias 10:2; 12:1,12,34).

É importante mencionar esses outros homens para que nenhum deles seja confundido com o profeta Jeremias durante a leitura de algum texto bíblico! Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECER, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, novembro 12

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE ISAIAS:

O profeta Isaías foi um dos escritores do Antigo Testamento que profetizou em Judá entre os séculos 8 e 7 a.C. Isaías escreveu o livro profético mais extenso da Bíblia. O nome Isaías significa “o Senhor é salvação”, do hebraico Yesha’yahu. Apesar de ele ser um dos profetas mais conhecidos da Bíblia, nem todos já leram a história de Isaías.

Quem foi Isaías?

Isaías foi filho de Amós, mas que não deve ser confundido com o profeta de mesmo nome. Na verdade o nome de seu pai em hebraico é ‘amots, enquanto o do profeta Amós é ‘amos. Isaías era casado, e sua esposa é chamada em seu livro de “a profetiza” (Isaías 8:3), talvez indicando que ela também profetizava.

A Bíblia menciona que Isaías era pai de pelo menos dois filhos, Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz (Isaías 7:3; 8:1-4). Esses nomes eram simbólicos, e tinham um significado que se referia a própria mensagem do profeta.

O primeiro, Sear-Jasube, significa “um remanescente voltará”, apontando para o juízo iminente que o povo seria submetido devido ao ataque assírio, mas também apontava para a promessa de restauração . Já o segundo, Maer-Salal-Hás-Baz, significa algo como “rápido até os despojos, veloz é a presa”, fazendo referência a devastação que Deus traria sobre a Síria, Israel e Judá.

Provavelmente Isaías morava na cidade de Jerusalém, apesar do texto não esclarecer esse ponto de forma explicita (cf. Isaías 7:3). A tradição judaica afirma que Isaías era de linhagem real. Por pelo menos treze vezes, o profeta Isaías é designado como “o filho de Amoz”, o que talvez possa indicar que seu pai era um homem importante naquela época.

O ministério do profeta Isaías:

O profeta Isaías foi chamado para exercer seu ministério em aproximadamente 739 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias, O relato bíblico não informa se antes disso Isaías já pregava publicamente.

Também não é possível saber com exatidão quanto tempo durou seu ministério profético, tanto de forma oral como de forma escrita. Alguns estudiosos sugerem que ele tenha profetizado por cerca de 60 anos.

A convocação de Isaías como profeta:

O relato de sua convocação para profetizar é um dos mais extraordinários registrados no Antigo Testamento. Na ocasião, Isaías teve uma visão do trono de Deus, e contemplou serafins que proclamavam a santidade de Deus.

Diante de tamanha glória, o profeta assumiu sua própria pecaminosidade. Ele se considerou impróprio para a função de profeta ao dizer: “sou um homem de lábios impuros” (Isaías 6:5). Mas um dos serafins tocou sua boca com uma brasa viva e lhe purificou.

Depois disso, o profeta escutou a voz do Senhor que dizia: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. O profeta então respondeu: “Eis me aqui, envia-me a mim” (Isaías 6:8). Mais tarde, a convocação do profeta Ezequiel, lembrou em certos aspectos esse episódio esplendoroso do chamamento do profeta Isaías (Ezequiel 1,2,3).

A atuação de Isaías como profeta:

No primeiro capítulo de seu livro, temos a informação de que o profeta Isaías teve visões da parte de Deus durante os reinado do rei de Judá, Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias.

O profeta Isaías foi contemporâneo do profeta Miqueias (cf. Isaías 1:1; Miqueias 1:1). É bem possível que ambos estivessem familiarizados com a mensagem um do outro, já que o texto de Isaías 2:2-4 e Miquéias 4:1-3 são muito semelhantes.

O ministério do profeta Isaías foi precedido pelo ministério do profeta Amós, e pelo ministério do profeta Oséias, apesar de que Oséias também foi seu contemporâneo durante algum tempo. Amós e Oséias profetizaram, principalmente, sobre o Reino do Norte. Já Isaías e Miquéias se concentraram mais no Reino do Sul.

Com base em seus escritos, é possível perceber que o profeta Isaías foi um homem culto e muito capacitado. Ele tinha uma habilidade analítica notável e um senso poético apurado. Ele é considerado por muitos como o maior escritor hebreu.

A mensagem do profeta Isaías:

A mensagem do profeta Isaías mesclou repreensões e anúncios de maldições pela infidelidade do povo, com conforto e esperança pela restauração futura. Desse modo, o profeta Isaías pregou sobre a importância da fidelidade ao Senhor.

Além disso, sua mensagem escrita também focava os judeus exilados, conclamando-os ao arrependimento e os exortando a confiarem nas promessas de Deus. Após o período de cativeiro, o Senhor abençoaria o remanescente fiel, trazendo restauração e bênçãos sobre as nações de uma forma nunca antes experimentada.

O pecado de Israel e Judá havia chagado a um nível tão abominável, que Deus usou o profeta para falar acerca de várias maldições que atingiriam os hebreus de forma geral. A maior delas, é claro, foi o exílio na Babilônia. Nesse contexto, Deus ordenou que o profeta Isaías profetizasse para que o coração daquele povo rebelde fosse endurecido, seus ouvidos e olhos fechados, a fim de que o juízo de Deus sobre eles não fosse evitado.

O profeta Isaías também falou sobre as bênçãos futuras que seguiriam após o exílio. Ele profetizou que um remanescente sobreviveria a esse período tão difícil, e retornaria à Terra Prometida.

Isaías, o profeta messiânico:

Já na época dos pais da Igreja o profeta Isaías era conhecido como o “evangelista do Antigo Testamento”. Tal designação se dá pelo modo detalhado e completo com que ele descreveu a pessoa e obra do Messias.

Muitos julgamentos profetizados por Isaías foram cumpridos no ministério de Jesus (cf. Isaías 53:4-6; 2 Coríntios 1:15; Hebreus 9:26). Além disso, o profeta Isaías apresentou Jesus como “o Servo” que traria justiça as nações; que restabeleceria a aliança; que iluminaria os gentios (no sentido de prover salvação a eles); que expiaria o pecado de seu povo e, finalmente, ressuscitaria dos mortos (Isaías 42:1-7; 49:1-7; 52:13-53:12).

É por isso que as profecias do profeta Isaías registradas em seu livro, são as mais referenciadas no Novo Testamento quando o objetivo é apontar sobre como a pessoa de Jesus cumpre com perfeição todas as promessas do Antigo Testamento em relação ao Messias prometido.

A profecia de Isaías também alcança um cumprimento ainda futuro. Ele profetizou acerca da restauração após o exílio falando sobre as maravilhas que aconteceriam, e chamou esse nova realidade de vida de “os novos céus e a nova terra” (Isaías 66:22; 65:17). Essa promessa que foi inaugurada no ministério terreno de Cristo, e que atravessa a História da Igreja, encontrará seu cumprimento pleno no maravilho retorno de nosso Senhor Jesus (2 Coríntios 4:6; 5:17; Gálatas 6:15; Tiago 1:18; Apocalipse 21:1-3).

A morte do profeta Isaías:

Não se sabe com precisão quando e como foi a morte do profeta Isaías. O que se sabe é que a última menção ao seu ministério público ocorreu na época das campanhas de Senaqueribe, entre 701 a.C. e 686 a.C.

Com base no relato descritivo de Isaías 37:38 sobre a morte de Senaqueribe, alguns estudiosos acreditam que ele ainda poderia estar vivo nessa ocasião, o que data o ano de 681 a.C. Outros, porém, sugerem que esse trecho do texto pode ter sido incluído por um seguidor de Isaías que resolveu documentar tal profecia que havia se cumprido.

Seja como for, geralmente se assume que Isaías morreu durante o reinado do rei Manassés. Se for esse o caso, então o nome de Manassés não aparece na relação de reis em Isaías 1:1 porque talvez o profeta Isaías não desempenhasse mais nenhuma atividade pública nessa época.

Uma antiga tradição afirma que o profeta Isaías sofreu martírio sendo serrado ao meio por ordem do próprio Manassés, mas não há muitas evidencias a esse respeito. Caso de fato tenha ocorrido isso com o profeta, então talvez o escritor do livro de Hebreus tenha mencionado seu martírio na galeria dos Heróis da fé ( Hebreus 11: 37 ). Que Deus nos abençoe, nos guarde, e nos dê a paz " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " MUCUNA PRURIENS ( L. ) DC. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Mucuna pruriens (L.) DC.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Mucuna cochinchinensis (Lour.) A.Chev.
Partes usadas: 
Semente
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
L-DOPA (ou levodopa), proteína, lipídeos, carboidrato, fibra dietética, minerais, compostos fenólicos, taninos, ácido fítico, ácidos graxos, aminoácidos, alcaloides.
Propriedade terapêutica: 
Antiparkinsoniana, hipoglicêmica, hipocolesterolêmica, antioxidante, afrodisíaca, anticoagulante, antimicrobiana, vermífuga, analgésica, anti-inflamatória, antipirética etc.
Indicação terapêutica: 
Mal de Parkinson, asma, câncer, cólera, tosse, diarreia, mordida de cão, hidropisia, disúria, loucura, caxumba, pleurite, micose, picada de cobra, úlcera, sífilis, tumor etc.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: velvet bean

Origem, distribuição
Endêmica na Índia e outros países tropicais.

Descrição:
Mucuna é uma trepadeira anual, cresce de 3 a 18 m de altura. Suas flores vão do branco ao roxo escuro e pendem em longos cachos. A planta produz cachos de vagens em cujo interior encontram-se sementes conhecidas como "feijão-mucuna".

As vagens são cobertas com pêlos laranja-avermelhado que se desprendem facilmente, podendo causar intensa irritação na pele devido a presença de um fitoquímico denominado mucunaína. O nome da espécie "pruriens" (do latim, "comichão") refere-se ao resultado do contato com os pelos da vagem.

Uso popular e medicinal:
No Brasil a semente da planta é utilizada internamente para a doença de Parkinsonedemaimpotênciagases intestinais e vermes. É considerada diurético, tônico dos nervos e afrodisíaco.

Desde longa data mucuna é considerada erva da maior importância nas medicinas tradicionais mais disseminadas na Índia: ayurveda e unani. Fonte de L-dopa, este composto estimula a liberação de hormônios catecolaminas dopamina, epinefrina (ou adrenalina) e norepinefrina (ou noradrenalina). L-dopa gera também a liberação de HGH (hormônio de crescimento humano) na glândula pituitária (hipófise) e hipotálamo, é um poderoso suplemento antioxidante, melhora o humor, a agilidade mental, o foco, a concentração, a libido e a fertilidade em homens. 

A concentração de L-dopa nas sementes é considerada alta: 7-10%. Concentrações de serotonina são também encontradas na vagem, folhas e frutos.

M. pruriens é a erva mais utilizada no tratamento de Parkinson, seja só ou associada a outras ervas. No idioma hindi (falado no norte, centro e oeste da Índia) mal de Parkinson é denominado "kampavata", significando "tremores causados por excesso de vata".

Esta planta normaliza vata e aumenta kapha e pitta, sendo por isso recomendada em doenças causadas devido a agravação de vata.

A incidência de Parkinson é muito elevada em pessoas de idade avançada. O medicamento levodopa é o mais recomendado, no entanto a sua utilização prolongada pode levar a discinesia (movimento involuntário do corpo, "tique nervoso"), a toxicidade e a diminuição da eficácia.

 

Médicos da ayurveda tratam "kampavata" usando sementes de M. pruriens associada a outras plantas medicinais com atividade neuroprotetora como Celastrus paniculatus (conhecida como "planta intelecto", descrita como um tônico cerebral), Withania somnifera (ou "ginseng-indiano", "ashwaganda", conhecida pela atividade anti-stress), Tinospora cordifolia (um sinônimo de Tinospora sinensis, um relaxante muscular), Nardostachys jatamansi (conhecida no Brasil como "nardo", exerce ação calmante e sedativa sobre o sistema nervoso central) e outras, dependendo dos sintomas.

Tradicionalmente M. pruriens é utilizada como agente carminativo, hipertensivo, hipoglicêmico, afrodisíaco, diurético, rubefaciente, vermífugo. É indicado para a asma, câncer, cólera, tosse, diarreia, mordida de cão, hidropisia (acúmulo de líquido nos tecidos do organismo), disúria (ardor ao urinar), loucura, papeira (ou caxumba, doença causada por vírus), pleurite (inflamação dos tecidos que revestem os pulmões), micose, picada de cobra, úlceras, sífilis e tumores.

Estudos fitoquímicos relatam que as sementes contém compostos fenólicos, taninos, ácido fítico, ácidos graxos (palmítico, esteárico, oleico, linoleico, linolênico, beênico), vitaminas (B3, C), aminoácidos (ácidos glutâmico e aspártico, serina, treonina, prolina, alanina, glicina, valina, cistina, metionina, isoleucina, leucina, tirosina, fenilalanina, lisina, histidina, triptofano, arginina). 

Dentre os fitoquímicos de importância medicinal são citados os alcaloides harmina, bufotenina, nicotina, prurieninina, prurienina, triptamina, dimetiltriptamina (abreviado como DMT), 5-metoxi-dimetiltriptamina (abreviado como 5-MeO-DMT, um componente do "ayahuasca") e 6-methoxyharman. Harmina é a principal molécula com efeito farmacológico do "ayahuasca" (ou "santo-daime"), bebida que induz ao estado xamânico (ou de êxtase) obtida da combinação de uma planta denominada "cipó-das-almas" (Banisteriopsis caapi) com outras plantas. Outro componente é o 5-MeO-DMT. 

Bufotenina e 5-MeO-DMT são produzidas por sapos do gênero bufo, especialmente sapo-cururu (Bufo marinus, atualmente denominado Rhinela marina) cujo veneno é rico em substâncias tóxicas e alucinógenas, podendo também conter serotonina.

São citados também as alquilaminas, ácidos graxos (araquídico, mirístico, vernólico), betacarbolina, dopamina, flavonas, galactose, ácido gálico, genisteína, glutationa, hidroxigenisteina, 5-hidroxitriptamina, mucunadina, mucunina, riboflavina, saponinas, serotonina, estizolamina, tripsina (um componente do suco pancreático).

Mucunadina, prurienina e prurieninina são os alcaloides adicionais isoladas de extratos das sementes.

A revisão de literatura indica claramente que sementes de M. pruriens contêm várias substâncias que possuem atividades antioxidante e neuroprotetora que suportam a atividade antiparkinsoniana da levodopa.

A genisteína (uma isoflavona) inibe a enzima dopa-descarboxilase, é neuroprotetora, inibe a tirosina-quinase e melhora a plasticidade neuronal (a capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a cada momento).

Ácido fítico é quelante de ferro, suprime a geração de radicais hidroxila induzida por MPTP no corpo estriado de rato. MPTP é uma neurotoxina que provoca sintomas da doença de Parkinson (é usada em experimentos com animais). 

Considerado o mais poderoso antioxidante do corpo humano, glutationa é captadora de radicais livres. 

O tratamento contínuo e intermitente com nicotina reduz a discinesia induzida por levodopa em um modelo de rato da doença de Parkinson.

Bufotenina, DMT, 5 MeO-DMT são agonistas de receptores de 5-HT1A (serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar), reduzem a discinesia.

ß-carbolina é neuroprotetora, antioxidante, inibidora da monoamina oxidase (MAO), facilita a atividade de DMT. 

Os ácidos esteárico, oleico, linolênico são neuroprotetores, ativam o receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama (detém a progressão de Parkinson).

A lecitina diminui a confusão mental, alucinações e pesadelos. Ácido gálico é neuroprotetor. A coenzima Q10 ajuda a retardar o processo degenerativo em fase inicial de Parkinson. A harmina é antagonista do receptor de glutamato. 

L-tirosina, L-triptofano e serotonina têm reconhecido valor nutricional.

 Dosagem indicada:

Doença de Parkinson, impotência, disfunção erétil, afrodisíaco, anabólico, androgênico, estimular o hormônio do crescimento. 400 mg do extrato seco, 1 ou 2 vezes ao dia, ou conforme recomendação do profissional de saúde, No tratamento de Parkinson a dose deve ser estabelecida em função do teor equivalente de L-dopa presente no extrato seco padronizado." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ) # MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

quinta-feira, novembro 10

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ARTOCARPUS HETEROPHYLLUS LAM. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Artocarpus heterophyllus Lam.
Família: 
Moraceae
Sinonímia científica: 
Artocarpus brasiliensis Ortega
Partes usadas: 
Raiz, folha, fruto, tronco, alburno.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Rica em açúcares, gorduras, proteínas, flavonoides prenilados, polifenóis, lecitinas.
Propriedade terapêutica: 
anti-inflamatória, hipoglicemiante, despigmentante, antioxidante, anti HIV-I, antiagregante.
Indicação terapêutica: 
Prevenção de inflamação, malária e vitiligo.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: jackfruit

Descrição:
A árvore atinge geralmente 20 m de altura, tem copa densa, folhagem verde-escura e brilhante. Flores de sexo separado, a feminina imersa num receptáculo alongado, que originará a infrutescência.

Fruto tipo composto, originado pelo espessamento da infrutescência, que se torna carnosa na maturação, casca espessa, mole, áspera, de coloração verde-amarelada quando maduro.

Polpa branco-amarelada, constituída de bagos visguentos que envolvem as sementes. A frutificação ocorre durante quase o ano todo. Propaga-se por semente.

Uso popular e medicinal:
As bagas de sua polpa são consumidas ao natural sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. São muitas as receitas de doces e compotas. O que se aproveita é a polpa viscosa branca-amarelada. O fruto tem como característica o aroma forte e doce, por isso muitos a consideram enjoativa. É muito rica em açúcares, gorduras e proteínas.                                                                                                  No nordeste é famosa uma receita salgada conhecida como "carne de jaca" moída. Bem temperada e preparada na forma de bife, torna-se alternativa excelente e barata à proteina animal, tanto pelo sabor quanto pelas qualidades nutricionais.

Um trabalho publicado em 2011 avaliou o efeito da temperatura de secagem (50, 60 e 70 °C) e do teor de umidade final (20 e 25%) sobre as características químicas e sensoriais da jaca desidratada. Os resultados globais obtidos mostraram que a jaca desidratada possui teor de matéria seca de 74,2 a 80,9%, cinzas de 3,1 a 3,8%, proteínas de 3,2 a 6,6%, lipídeos de 0,09 a 1,2% e carboidratos de 89,8 a 92,4%.

A avaliação sensorial mostrou que o produto de maior aceitação (média de 5,95) foi o desidratado a 50 °C e 20% de umidade final, demonstrando ser esta uma alternativa alimentar para as regiões produtoras de jaca.

Um trabalho científico sobre Artocarpus aponta que este gênero está representado por 50 espécies distribuídas principalmente nas regiões tropicais asiáticas, sendo utilizado pela medicina popular, nessa área endêmica, como tratamento ou prevenção de inflamações, malária e vitiligo. As investigações fitoquímicas e biológicas em 34 espécies resultaram no isolamento de 369 substâncias, representadas principalmente por flavonoides, sendo flavona o tipo mais característico.

Em relação a Artocarpus heterophyllus o trabalho destacou as seguintes classes de substâncias isoladas: flavonoides prenilados, polifenóis e lecitinas e bioatividade anti-inflamatória, hipoglicemiante, despigmentante, antioxidante, anti HIV-I e antiagregante. As partes usadas são raiz, folha, fruto, tronco, alburno." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA )# MOVIMENTO HOLÍSTICO. 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?