quarta-feira, dezembro 7

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ENDOPLEURA UCHÍ ( HUBER ) CUATREC.

Nome científico: 
Endopleura uchi (Huber) Cuatrec.
Família: 
Humiriaceae
Partes usadas: 
Casca, fruto.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Taninos, cumarinas, saponinas.
Propriedade terapêutica: 
Antioxidante, acetilcolinesterase, butirilcolinesterase, a-glucosidase, antibacteriana.
Indicação terapêutica: 
Artrite, colesterol, diabetes, diarreia, tumores, infecções uterinas.

Origem , distribuição:

Amazônia brasileira, encontra-se disperso em todos os Estados dessa região.

Descrição:

O uxizeiro é uma árvore de tronco reto, podendo atingir de 25 a 30 m de altura e até 1 m de diâmetro. É uma espécie de uso medicinal, frutífera e madeireira).

Fresco ou processado na forma de creme, doce, suco e sorvete, o fruto é muito consumido pela população da Amazônia Brasileira, constituindo em alimento energético e de boa qualidade nutricional.

A parte comestível do fruto é rica em fibras dietéticas e sua fração lipídica apresenta elevados teores de fitoesteróis e de vitamina E. Da polpa pode ser obtido óleo comestível com características semelhantes aos dos óleos de abacate e oliva.

Uso popular e medicinal:

A polpa da fruta tem um elevado teor de gordura, predominantemente ácido oleico e carotenoides, principalmente trans-ß-caroteno.

A casca é amplamente comercializada em feiras, mercados e drogarias, sendo prescrita sob a forma de chá para artrite, colesterol, diabetes, diarreia e como anti-inflamatório contra tumores e infecções uterinas.

Uma triagem fitoquímica da casca revelou a predominância de taninos, cumarinas e saponinas como principal classes de metabólitos secundários.

Foi realizado um estudo visando melhorar o conhecimento sobre a composição metabólica da casca referente a compostos fenólicos e avaliar capacidades biológicas para uma possível exploração em indústrias alimentícias e farmacêuticas associadas às suas qualidades promotoras de saúde.

Dois diferentes extratos (infusão e hidroetanólico) foram analisados quanto à composição fenólica e potencial biológico. Cinco (5) compostos foram identificados sendo a bergenina o principal. A infusão apresentou maior riqueza desses metabólitos. Atividades antioxidante, acetilcolinesterase, butirilcolinesterase, a-glucosidase e antibacteriana foram verificados por ensaios in vitro.

Uma resposta dose-dependente foi notada contra DPPH, radicais superóxido e óxido nítrico, acetilcolinesterase, butirilcolinesterase e contra o ensaio inibidor da a-glucosidase.

A capacidade antibacteriana de ambos os extratos foram investigados contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, sendo mais efetivo contra as primeiras. As concentrações de extrato de infusão testadas revelaram ser não-tóxico para linhas celulares intestinais (Caco-2).

Os estudiosos destacam que os extratos de Endopleura uchi podem ser interessantes para serem incorporados nas preparações farmacêuticas de saúde humana, desde que possam suprimir hiperglicemia, inibir as colinesterases e/ou como aditivo alimentar devido às atividades antibacterianas e antirradicais.

Outro estudo nas cascas de E. uchi isolou a bergenina e realizou a sua identificação estrutural. A avaliação da atividade antimicrobiana da bergenina, dos extratos e frações de E. uchi foi realizada contra microorganismos ATCC (American Type Culture Collection, coleção norteamericana de microorganismo) e clinicamente isolados (E. coli, S. enteritidis, P. aeruginosa, E. faecalis, S. aureus, C. albicans, C. guilliermondii, A. flavus, A. nidulans). Além desses, foram testados os microorganismos isolados clinicamente (C. tropicalis, A. nidulans, A. niger, S. sonnei, S. marcenses, K. pneumoniae e E. faecalis). 

A inibição de crescimento dos microorganismos pela bergenina e extratos e frações de E. uchi contra os microorganismos ATCC foram similares à inibição obtida contra microorganimos isolados clinicamente.

Os resultados revelaram a bergenina como um inibidor seletivo de C. albicans, C. tropicalis e C. guilliermondii. Porém a bergenina apresentou uma atividade inferior contra fungos A. flavus, A. nidulans, A. niger e não inibiu o crescimento de bactérias Gram positivas e Gram negativas.

Os estudiosos afirmaram que as atividades da fração de acetato de etila e da bergenina pura estão em concordância com a concentração da bergenina nas cascas. Concluiram que a atividade seletiva de bergenina contra três espécies de Candida auxilia na compreensão do seu uso tradicional contra infecções que afetam o aparelho reprodutor feminino. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " APIUM GRAVEOLENS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Apium graveolens L.
Família: 
Apiaceae
Sinonímia científica: 
Apium graveolens subsp. butronensis (D.Gómez & G.Monts.) Aizpuru
Partes usadas: 
Ramo, folha, raiz, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Apiina, óleo essencial, manitol, inositol, açúcar. A raiz possui glutamina, asparagina, tirosina, colina e apiol.
Propriedade terapêutica: 
Diurético, carminativo, depurativo, excitante, febrífugo, antiescorbútico, remineralizante, eupéptico.
Indicação terapêutica: 
Cálculo renal, artrite, ácido úrico, gota, reumatismo, inapetência, oligúria, meteorismo, obesidade, flatulência, frieira.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: celery
  • Francês: ache des marais
  • Espanhol: apio

Origem, distribuição:
Aipo é provavelmente nativa da Eurásia, tem sido cultivada desde os tempos antigos.

Descrição:
O aipo é muito conhecido pelo valor alimentar. Suas folhas são penadas (ou pinadas), com três segmentos. As flores são esbranquiçadas. O fruto é pequeno, sem pelos, arredondado ou com a base cordiforme, comprimido lateralmente. Toda a planta exala um odor forte e aromático. 

As raizes tornam-se carnosas.

Uso popular e medicinal
É diurético, carminativo, depurativo, excitante, febrífugo e antiescorbútico. Recomendado para combater os cálculos renais, contra a artrite e o ácido úrico. Na medicina popular são usadas as folhas, raizes e sementes. As raizes podem ser consumidas frescas ou dessecadas e delas são feitas infusões empregadas contra os cálculos biliares, gota e reumatismo.

Na raiz encontram-se as essências que contém limoneno, ácidos sedanólico e sedanônico, manitol, sais minerais e açúcares. A parte aérea é rica em cálcio, fósforo, vitaminas (B, C, K), ferro, carotenoides, proteínas e carboidratos. Os frutos contêm substâncias corantes e oleorresinas. Todos estes compostos conferem ação eupéptica (promotora do apetite), carminativa (favorece a expulsão de gases), remineralizante e vitamínica, empregando-se principalmente como um diurético e externamente como cicatrizante. 

Seu uso é indicado em casos de inapetência, meteorismo (dilatação do abdome provocado pelo acúmulo de gases intestinais), digestão lenta, oligúria (diminuição da quantidade de urina excretada), pedras urinárias, obesidade, reumatismo e gota.

O cheiro característico do aipo deve-se às lactonas (sedanolídeo e sedanenolide) e ftalidas relacionadas. Estes são também os compostos característicos do óleo essencial das folhas e sementes. Testes com ratos sugerem que ftalidas podem ser agentes quimiopreventivos eficazes de câncer de estômago. Também foi isolado do aipo o flavonoide apigenina, um composto com ação vasodilatadora. Extratos de aipo exibiram atividade hepatoprotetora em testes com ratos. Testes em camundongos confirmam o uso na medicina tradicional para condições dolorosas e inflamatórias. Extratos apresentaram atividades antinociceptiva e anti-inflamatória.

As sementes contêm um óleo volátil e alguns compostos com atividade antioxidante, mosquitocida, nematicida e antifúngica. Plantas de aipo contêm furanocumarinas bergapteno e psoraleno, são substâncias fotossensibilizantes potentes que podem causar dermatite em trabalhadores de campo. A raiz de aipo é causa frequente de alergia alimentar, muitas vezes ligadas a alergia ao pólen, sendo a proteína api g 1 o alérgeno principal.

 Dosagem indicada:

Cálculos renais e biliares. Ferver por 10 minutos, em fogo brando, 1 litro de água contendo 20 g de raízes de aipo, 30 g de parietária (Parietaria officinalis) e 30 g de raizes de salsa (Petroselium sativum). Deixar esfriar e coar. Beber 3 xícaras ao dia.

Intestino (meteorismo, flatulência e estômago). Colocar 15 g de sementes de aipo em 1 litro de água fervente. Deixar esfriar e coar. Beber 3 xícaras por dia. Para flatulência, tomar 1 xícara após as refeições.

Frieira. Colocar 100 g de aipo em 1 litro de água e ferver lentamente por 20 minutos. Em seguida, dar um banho quente nos pés.

Gota, nefrite, reumatismo e bexiga. Ferver por 10 minutos 40 g de raízes e ramos de aipo em 1 litro de água. Deixar esfriar, coar e tomar 3 xicaras ao dia. 

Inapetência, meteorismo, digestão lenta, oligúria, pedras urinárias, obesidade, reumatismo, gota. Preparar por decocção de 50g de raízes de aipo raízes bem lavadas. Deixar ferver em 1 litro de água durante 12 minutos. O líquido assim obtido pode ser bebido durante todo o dia antes das principais refeições (para abrir o apetite), ou ao final das mesmas a fim de facilitar a digestão pesada.

Efeito diurético. Preparar por infusão 5 g dos frutos de aipo, adicionados a 300 ml de água previamente fervida. Longe do fogo, deixar essa mistura em contato durante 10 minutos e filtrar. O líquido obtido pode ser tomado antes das refeições para um efeito diurético.

Efeito diurético e remineralizante. Preparar um suco com o extrato da planta e das folhas. Adultos podem tomar 1 colher de sopa diluída em 200 mL de água ou leite, até 3 vezes ao dia antes das refeições. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE A CARTA DO APÓSTOLO PAULO AOS ROMANOS:

A Carta de Paulo aos Romanos é um livro extremamente atual para a Igreja de todas as épocas, inclusive a nossa. Nessa carta encontramos profundas instruções no tocante à vida e à doutrina. De todas as epístolas que o apóstolo Paulo escreveu, a Epístola aos Romanos é a que contém a maior exposição de sua parte sobre o Evangelho.

Quem escreveu a Carta de Paulo aos Romanos?

A resposta para essa pergunta é facilmente encontrada logo no primeiro versículo da Carta aos Romanos:

Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
(Romanos 1:1)

Além dessa referência direta, detalhes biográficos presentes nos capítulos 1, 15 e 16 não deixam qualquer dúvida de que Paulo de Tarso foi realmente o autor da Carta aos Romanos. Os pais da Igreja nos primeiros séculos também já concordavam com a autoria de Paulo; entre eles: Policarpo (Bispo de Esmirna e discípulo de João); Irineu (cerca de 182 d.C.); Orígenes (210-250 d.C); Clemente de Alexandria (190-200 d.C.); e Tertuliano (193-216 d.C.).

O Fragmento Muratoriano de cerca de 180 d.C. também confirma a autoria de Paulo. Ainda assim, mesmo com tantas provas, alguns estudiosos contestam tal autoria. Porém, seus argumentos não são nada convincentes e nem merecem uma atenção maior.

Data e contexto histórico da Carta de Paulo aos Romanos:

Muito provavelmente Paulo escreveu a Epístola aos Romanos pouco antes de sua visita a Jerusalém. As maiores evidências apontam para o período descrito em Atos 20:2, durante os meses que o apóstolo ficou na Grécia, mais precisamente em Corinto.

Em sua terceira viagem, Paulo, passou pelas “regiões mais altas” (Atos 18:23-21:16). Ali ele cumpriu sua promessa de permanecer na região por um longo período, onde foi muito bem-sucedido (Atos 19:1,8,10; 20:3).

É provável que a maioria, ou talvez todas as sete igrejas da Ásia, tenha sido fundada durante esse período (Apocalipse 1:4). Sendo assim, parece que antes de escrever a Primeira Epístola aos Coríntios, Paulo fez uma segunda visita à cidade de Corinto, voltando mais tarde a Éfeso (2 Coríntios 12:14; 13:1). Pouco tempo depois ele escreveu 1 Coríntios.

Quando deixou Éfeso, Paulo partiu para a Macedônia. Nesse período, talvez em Filipos, o apóstolo escreveu a Segunda Epístola aos Coríntios. Finalmente, quando Paulo chegou a Corinto, em sua terceira visita à essa cidade, pouco antes de partir novamente, ele escreveu a Carta aos Romanos (Romanos 15:22-25; cf. 20:3).

Considerando tudo isso, a data mais recuada possível estipulada para a produção da Carta aos Romanos é o final do ano de 54 d.C e início de 55 d.C. Porém, considerando as muitas atividades desenvolvidas por Paulo nesse período, a melhor data seria entre o fim de 55 d.C. e o primeiro semestre de 58 d.C.

Apesar da tradição dos primeiros séculos que retrocede até Irineu, é certo que a igreja de Roma não foi fundada nem pelo apóstolo Paulo nem pelo apóstolo Pedro. É evidente que Paulo nunca tinha visitado à igreja em Roma (Romanos 1:8-13). A fé que tinham os cristãos de Roma já era bem conhecida; tanto que Paulo desejava visitá-los há um bom tempo (Romanos 1:13).

A possibilidade mais provável é que a igreja de Roma foi iniciada por judeus e prosélitos que haviam testemunhado os milagres do Pentecostes. Ao retornarem aos seus lares em Roma, essas pessoas começaram a se reunir em como uma pequena comunidade local.

Quem foram os destinatários da Carta de Paulo aos Romanos?

A resposta para essa pergunta tem gerado um debate entre os teólogos ao longo dos anos. Sabe-se que a igreja de Roma era formada por judeus e gentios. Isso praticamente nenhum estudioso contesta. O ponto em debate fica por conta da definição sobre qual seria o grupo predominante, se judeus ou gentios.

Para responder essa pergunta de forma mais completa, seria necessário uma longa dissertação considerando todas as possibilidades e sugestões possíveis até agora levantadas. Isso seria inviável neste estudo.

De forma bem resumida, sobre essa discussão, a melhor posição é defender que o grupo predominante na igreja de Roma era os gentios, embora seja impossível determinar a proporção de judeus em relação aos gentios na composição do número completo de fiéis. Entre as referências que favorecem essa posição podemos citar: Romanos 1:5,6,13; 11:13; 15:9-18.

Algo importante que precisa ser considerado em qualquer discussão sobre as características da composição da igreja romana, é o fato de que na época, no início do cristianismo entre os séculos 1 e 2 d.C., não existia o conceito de edifícios eclesiásticos como conhecemos hoje. Logo, as famílias faziam cultos em seus próprios lares, geralmente com a participação do pai, mãe, filhos, servos e às vezes outros parentes próximos.

Dependendo do tamanho da casa, mais convidados eram agregados. Embora em Romanos 16:5 temos referência a uma dessas casas onde os cultos eram realizados, de fato não sabemos quantas dessas casas-igreja havia em Roma.

Por fim, a própria Carta aos Romanos nos mostra que essa discussão é completamente desnecessária, ao fazer a seguinte declaração:

Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
(Romanos 10:12)

Propósito da Carta de Paulo aos Romanos:

Falando sobre o propósito da Carta aos Romanos, muito tem sido debatido sobre as razões que levaram o apóstolo Paulo a escrever essa epístola. Esses debates resultaram nas mais variadas opiniões.

Quando Paulo escreveu essa carta, ele estava analisando o seu ministério e via que se encontrava em um ponto crucial. Paulo havia alcançado o fim da sua obra missionária na parte oriental do Império Romano. Ele tinha plantado o Evangelho nos grandes centros, e considerava ser o momento apropriado para uma empreitada a Oeste para a evangelização da Espanha (Romanos 15:17-24).

Entretanto, Paulo compreendia que não podia partir diretamente para Roma via Golfo de Corinto e Mar Jônico. Isso porque ele estava conduzindo uma campanha de arrecadação de donativos em benefício aos irmãos pobres de Jerusalém. Pessoalmente, querendo o Senhor, ele pretendia ir a Jerusalém. Após completar essa parte, então ele seguiria seu caminho a Roma.

Diante desse contexto, alguns acreditam que o apóstolo desejava visitar os cristãos romanos para ganhar a ajuda deles como uma igreja de apoio em sua próxima empreitada missionária, fazendo da igreja de Roma a sede missionária para a evangelização da Espanha (Romanos 15:24).

Outros defendem que a principal razão que levou Paulo a escrever a Carta aos Romanos foi questões pessoais, no sentido de que ele gostaria de se comunicar com seus amigos em Cristo. Ele queria visitá-los posteriormente a fim de ser uma benção a seus amigos e ser por eles reanimados (Romanos 1:8-12; 15:22).

Porém, Paulo deixa transparecer um certo temor de que não conseguiria chegar a Roma (Romanos 1:10; 15:31). Há também quem ressalte a ênfase posta na motivação teológica, no sentido de que Paulo desejava corrigir os erros dos antinomianos.

É possível que todas as alternativas levantadas estejam corretas. Então não há necessidade de eleger apenas uma delas, já que todas estão intimamente ligadas. Juntas elas compõem uma característica marcante que evidencia o propósito maior na vida do apóstolo. 

Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
(1 Coríntios 9:22)

Resumo, características e temas da Carta aos Romanos:

Na Epístola aos Romanos, Paulo apresenta suas credenciais apostólicas (Romanos 2:16; 16:25). Ele fez isso para que a autenticidade de seu ministério não fosse contestada; para defendê-lo das falsas acusações dos boateiros (Romanos 3:8).

Ao escrever a Carta aos Romanos, Paulo estava profundamente atento ao fato de que a Igreja deveria ser uma comunhão entre judeus e gentios. Isso significa que deveria haver plena igualdade, com judeus e gentios juntos na unidade do corpo de Cristo.

Paulo deixa clara a unificação do judeu e do gentio no pecado, por causa da Queda; e também na graça, por meio de Jesus, ressaltando que a justiça salvadora do Evangelho é uma necessidade de ambos. Essa justificação, que vem pela graça por meio da fé, expõe que judeus e gentios, unidos no corpo de Cristo, constituem um único povo. Esse é o povo de Deus, o verdadeiro Israel espiritual.

Na Carta aos Romanos, Paulo une os principais temas das Escrituras. Ele fala sobre: pecado, lei, julgamento, destino humano, fé, obras, graça, justificação, santificação, eleição, o plano de salvação, a obra de Cristo e do Espírito, a esperança cristã, a natureza e vida da Igreja, o lugar de judeus e gentios nos propósitos de Deus, a filosofia da Igreja e a história do mundo, o significado e a mensagem do Antigo Testamento, os deveres da cidadania cristã e os princípios de retidão e moralidade pessoal.

Embora seja nítida essa grande variedade de temas, podemos dizer que um tema está sempre presente na mente do apóstolo na construção dessa epístola: a justificação pela graça mediante a fé. Certamente esse é o tema central da Carta aos Romanos.

Atualidade e importância da Carta de Paulo aos Romanos:

João Crisóstomo, considerado um dos maiores pregadores do século 5 d.C., pedia que a Epístola aos Romanos lhe fosse lida em voz alta pelo menos uma vez por semana. Agostinho, Lutero e John Wesley, declararam abertamente que vieram à firmeza da fé através do impacto de Romanos em suas vidas. Todos os reformadores consideravam Romanos como sendo a chave divina para o entendimento de toda a Escritura.

Certamente o estudo da Epístola aos Romanos é algo vital e necessário para a nossa saúde, entendimento e crescimento espiritual. A Carta aos Romanos é tão atual nos dias de hoje, quanto nos dias em que foi escrita para aqueles irmãos de Roma no século 1 d.C.

Esboço da Carta de Paulo aos Romanos:

  1. Saudações de Paulo e introdução pessoal (1:1-15).
  2. A justiça de Deus para judeus e gentios (1:16-17).
  3. A pecaminosidade universal da humanidade (1:18-3:20).
  4. A Justiça de Deus para a justificação (3:21-5:21).
  5. A graça reina através da justiça de Deus (6-8).
  6. Deus demonstra sua justiça em relação a judeus e gentios (9-11).
  7. A justiça de Deus compreendida e expressada na vida de seu povo (12:1-15:13).
  8. Os planos de Paulo e as saudações finais (15:14-16:27) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONDUZ, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, dezembro 6

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " HAMAMELIS VIRGINIANA L." UMA PLANTA COM VÁRIOS BENEFÍCIOS MEDICINAIS:

Nome científico: 
Hamamelis virginiana L.
Família: 
Hamamelidaceae
Sinonímia científica: 
Hamamelis androgyna Walter
Partes usadas: 
Folha, casca.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
As folhas e cascas contêm diversos tipos de taninos (hamamelitaninos), flavonóides, saponinas, óleos essenciais.
Propriedade terapêutica: 
Tônica das veias, hemostática, cicatrizante, adstringente, vasoconstritora, antimicrobiana.
Indicação terapêutica: 
Varizes, flebite, pernas pesadas, hemorroidas, menopausa e hemorragia uterina, ativa a circulação da pele, dermatite, eczema, pele seca, rugas, sedativo ocular.

Origem, distribuição:
Nativa dos EUA.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: witch-hazel, American witch-hazel
  • Alemão: Virginische Zaubernuss, Virginia-Zaubernuss, Zaubernuss
  • Francês: hamamélis
  • Italiano: amamelide

Descrição:
Hamamelis é um arbusto nativo da América do Norte, empregada pelos índios a qual atribuiam propriedades misteriosas, possivelmente devido aos frutos (semelhante às avelãs) se estalarem de forma ruidosa quando maduros.

Foi introduzida na Europa no final do século XIX. Pode atingir 7 m de altura se as condições de solo permitirem.

Suas folhas, pouco pecioladas, são alternas, inteiras, ovais, assimétricas na base e dentadas ou sinuoso-dentadas. As flores têm quatro pétalas amarelas brilhantes. Os frutos são pequenas cápsulas cercados na base pelo cálice. A floração ocorre entre o outono e inverno, quando já está despida de folhas.

Uso popular e medicinal:
Considerada uma das plantas mais eficazes para combater as afecções circulatórias.

A parte relevante para fins medicinais são as folhas, mas às vezes a casca também é usada. As folhas são colhidas durante o verão e a dessecação deve ocorrer à sombra, tão rapidamente quanto possível.

As folhas contêm elevada percentagem de taninos, além de ácidos gálico, cafeico e vários glicosídeos flavonoides como miricetina, quercetina e kaempferol. É particularmente rica em óleos essenciais.

As folhas de hamamelis têm propriedades adstringente, vasoconstritora, hemostática, antimicrobiana, vitamínica e tônica.

Como tônica para as veias, contrai a paredes das veias, ativando a circulação sanguínea no seu interior. Por isso é muito útil no caso de varizes, flebites, pernas pesadas e hemorroidas. 

Como hemostática, fortalece as paredes das veias e vasos capilares sanguíneos, efeito este semelhante ao da vitamina. Utiliza-se nos transtornos da menopausa e nas hemorragias uterinas.

Ativa a circulação da pele por isso é utilizada em dermatites, eczemas, pele seca e rugas. Faz parte de numerosos produtos de beleza.

Como sedativo ocular, a infusão ou água destilada de hamamelis (preparação farmacêutica) serve como colírio para lavar e relaxar os olhos. Combate a conjuntivite produzida pelo pó, o fumo, a contaminação e a ação irritante da água do mar ou das piscinas.

Útil para aliviar o cansaço dos olhos provocado por um trabalho que requeira muita atenção visual, como por exemplo a condução de automóveis ou uso de computador.

 Dosagem indicada:

Uso interno
Extrato seco: a dose normal é 1-2 g, tomar 3 vezes ao dia.

Infusão: 30-40 g de folhas e/ou casca por litro de água. Tomar 2 chícaras diárias.

Uso externo:
Lavagens oculares. Emprega-se a mesma infusão do uso interno, deixando-a ferver alguns minutos, filtrar muito bem para que não fique nenhuma impureza. Ou então usar a água destilada de hamamelis.

Compressas com a infusão. Aplicar sobre a área da pele afetada. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS:

Quem escreveu o livro de Atos dos Apóstolos foi o evangelista Lucas, o médico companheiro de viagens missionárias do apóstolo Paulo. Lucas não apenas escreveu o livro de Atos, mas também o terceiro Evangelho que traz seu nome.

Evidências de que Lucas foi quem escreveu o livro de Atos:

Alguns poucos estudiosos  já tentaram contestar a autoria do livro de Atos por parte de Lucas, mas sem nenhum sucesso. Em geral, tais estudiosos defendem uma fraca teoria de que o livro de Atos foi escrito entre os anos de 105 e 130 d.C. Seu autor teria sido alguém que utilizou, inclusive, os escritos do historiador judeu Flávio Josefo como fonte para sua obra.

Porém, a tradição cristã é unânime em afirmar que Lucas foi quem escreveu Atos dos Apóstolos. Desde muito cedo, entre os séculos 2 e 4 d.C., a Igreja já dizia que o médico missionário era o autor do livro do livro de Atos.

Além disso, lideres da Igreja em seus primeiros anos disseram que realmente quem escreveu o livro de Atos foi Lucas, entre eles: Irineu (c. 130-202 d.C.), Clemente de Alexandria (153-217 d.C.) e Eusébio (c. 325 d.C.). O Cânon Muratoriano também indica Lucas como autor de Atos.

O testemunho da Igreja a favor da autoria de Lucas está em harmonia com as evidências internas do próprio livro de Atos e do Novo Testamento. Sem dúvida a narrativa neotestamentária parece indicar Lucas como o autor do livro de Atos. Em primeiro lugar, o livro de Atos dos Apóstolos nitidamente é uma continuação da narrativa do Evangelho de Lucas. Ambos os livros são endereçados a mesma pessoa: Teófilo (Lucas 1:3; Atos 1:1).

Em segundo lugar, em algumas narrativas o autor do livro de Atos se coloca como testemunha ocular dos fatos. Ele utiliza a primeira pessoa do plural (Atos 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1-28:16).

Isso significa que o autor estava junto do apóstolo Paulo durante partes de sua segunda e terceira viagens missionárias. Ele também esteve presente na viagem do apóstolo a Roma como prisioneiro. Em Colossenses 4:14, Paulo revela que estava em companhia de Lucas.

Em terceiro lugar, o estilo literário de Atos e os termos específicos utilizados em sua narrativa são condizentes com o que se sabe sobre a pessoa de Lucas. O autor do livro de Atos dos Apóstolos se mostra uma pessoa muito culta. Ele emprega um grego muito refinado em sua narrativa, o mesmo presente no terceiro Evangelho.

O escritor de Atos também estabelece uma organização impecável dos fatos registrados em sua obra. Isso mostra sua grande capacidade analítica e sistemática, e indica um verdadeiro trabalho de historiador.

Tanto no Evangelho de Lucas quanto no livro de Atos dos Apóstolos, o autor se mostra bastante meticuloso na descrição de doenças. É fácil perceber no livro que seu autor utiliza termos médicos específicos. Apesar de isoladamente isto não ser uma prova da autoria de Lucas, certamente é considerável o fato de que ele era um médico. 

Quando e para quem o autor escreveu o livro de Atos?

O autor do livro de Atos esclarece que o destinatário primário de sua obra era um homem chamado Teófilo. Possivelmente esse homem era um gentio convertido ao cristianismo. Alguns estudiosos acreditam que talvez ele tenha sido um benfeitor de Lucas. 

Todas as evidências indicam que o livro de Atos foi escrito antes da queda de Jerusalém em 70 d.C. A data mais provável indica algum momento entre os anos de 60 e 64 d.C.

Apesar do autor do livro de Atos ter destinado primariamente sua obra a uma pessoa específica, isso não apaga a verdade de que o conteúdo de sua obra é de interesse de todos os cristãos. O livro de Atos dos Apóstolos indica qual é a missão e o propósito da Igreja, ao mesmo tempo em que revela a forma com que o Espírito Santo capacitou os primeiros cristãos para que estes propagassem o Evangelho pelo mundo.

Além disto, pode-se dizer que mais importante do saber quem escreveu o livro de Atos dos Apóstolos, é entender que esse livro é uma orientação do próprio Deus a sua Igreja! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, dezembro 5

PLANTAS MEDICINAIS QUE PODEM AJUDAR NO TRATAMENTO DA TIREÓIDE:

glândula endócrina tiroide (ou tireoide, ambas as grafias são corretas) responde pela produção de hormônios, como a triiodotironina ou T3 e tiroxina ou T4. Os altos e baixos desse hormônios causam as duas principais doenças da tiroide: hipotiroidismo e hipertiroidismo.

Ervas medicinais têm sido usadas para melhorar a função da tiroide. Podem ser úteis para quem sofre tanto de hipertiroidismo, caso em que a tiroide produz uma quantidade excessiva de hormônio, quanto de hipotiroidismo, quando a produção está abaixo do nivel normal.

Goma guggul (Commiphora mukul)
Guggul é uma resina extraída da casca da planta indiana Commiphora mukul, de fragrância parecida com a mirra. Planta usada na medicina indiana Ayurveda para tratamento de diversas enfermidades, dentre as quais melhorar a função da tireoide e aumentar a atividade de queima de gordura do corpo (termogênese, ou produção de calor).

Equinácea (Echinacea purpurea)
Equinácea ("Echinacea" em inglês) é uma erva popular usada para estimular o sistema imunológico, considerada útil para quem sofre de hipertiroidismo ou tireoidite. Especialistas têm indicado raízes da equinácea para seus pacientes e raramente encontram problemas adversos.

Raiz de alcaçuz (Glycyrrhiza glabra)
A raiz de alcaçuz ("licorice" em inglês) é indicada para manter um equilíbrio entre as glândulas da tiroide em pacientes que sofrem de fadiga. Estudos científicos comprovaram em 2011 que um dos principais componentes de alcaçuz inibe o crescimento de células de câncer de tiroide altamente invasivas.

Licopus (Lycopus europaeusLycopus virginicus)
Conhecida também como corneta-doce e corneta-d'água ("bugleweed" em inglês), esta planta tem eficácia comprovada em aliviar hipertiroidismo leve, conforme estudo realizado em 2013. Especialistas acreditam que ela pode substituir gradualmente medicamentos como methimazole ou PTU. É tradicionalmente usada para conter a conversão do iodo pela glândula da tiroide e pode ser útil como tratamento natural para o hipertiroidismo e doenças relacionadas. Cuidado: a planta é contraindicada para diabéticos, hipoglicêmicos e quem sofre de osteoporose.

Ginseng indianoashwaganda (Withania somnifera)
Ginseng indiano ("ashwaganda" é o nome sânscrito da espécie Withania somnifera) pertence a família Solenaceae, a mesma do tomate e como tal tem frutos vermelhos e flores amarelas, mas as suas raízes é que são usadas para fins medicinais. Tem propriedades antioxidantes que trabalha diretamente na tiroide, produzindo a exata quantidade de hormônios. Além do equilíbrio hormonal, ajuda a combater o stress, a melhorar o sistema imunológico e tem efeitos anti-inflamatórios. A planta está incluída na Farmacopeia indiana ayurveda. É conhecida por "ginseng indiano" devido aos seus supostos benefícios restauradores. Em sânscrito ashwagandha significa "cheiro de cavalo" ou "tornar forte como um cavalo", sugerindo que essa erva aromática provê a força de um garanhão.

Bacopa (Bacopa aquatica)
É planta da família Plantaginaceae, conhecida no Brasil também por pacoba, pacobeira, pacova. Pesquisadores confirmam a potência de bacopa como um estimulador da tiroide para combater o hipotiroidismo. Verificou-se que a erva regula as concentrações hormonais em torno de 41% sem reações adversas.

Eleuthero (Eleutherococcus senticosus)
Conhecido como "ginseng siberiano", eleuthero é considerada ótima para quem sofre tanto de hipertiroidismo quanto hipotiroidismo. Acredita-se ser eficaz como reguladora dos níveis de hormônios no corpo. A erva contém substâncias que ajudam no funcionamento normal do timo (glândula do sistema imunológico) e glândulas supra-renais.

Bodelha (Fucus vesiculosus)
Conhecida no Brasil por bodelha, fava-do-mar, alga-vesiculosa e carvalhinho-do-mar ("bladderwrack" em inglês), é uma alga encontrada nas costas do Atlântico e Pacífico. Indicada para hipotiroidismo por conter elevados níveis de iodo natural, que estimula a produção de hormônios da tiroide. Encontrada em farmácias e lojas de produtos naturais, é considerada erva essencial para muitas condições de saúde como obesidade, prisão de ventre (constipação, obstipação intestinal), diarréia, indigestão e gastrite.

Linhaça (Linum usitatissimum)
Linhaça ("flaxseeds" em inglês), a semente do linho, planta que produz a famosa fibra textil, é rica em ácidos graxos essenciais, especialmente ômega-3. Estudos científicos comprovaram que o consumo de alimentos que contém ômega-3 ajuda a impulsionar a produção de hormônios da tiroide, o que reduz a susceptibilidade ao hipotiroidismo.

Nogueira-preta (Juglans nigra)
A nogueira-preta ou noz-preta ("black walnut" em inglês) é outra planta rica em iodo. Já foi comprovado que o iodo é um nutriente essencial da saúde e bom para o funcionamento da tiroide. Verificou-se que quantidade insuficiente de iodo resulta em fadiga crônica, depressão, diminuição da capacidade mental e bócio (ou "papo", aumento do volume da tiroide). Noz-preta tem grande quantidade de potássio, magnésio e ácidos graxos essenciais ômega-3 e ômega-6.

Melissa (Melissa officinalis)
Melissa ("lemon balm" em inglês) é considerada benéfica por reduzir a produção de hormônios da tiroide e aliviar os sintomas associados com hipertiroidismo. Mas cuidado, existe relato de possível interação com medicamentos sedativos (insônia, ansiedade) e medicamentos da tiroide. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

domingo, dezembro 4

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DO APÓSTOLO JOÃO:

O apóstolo João foi um dos discípulos mais próximos de Jesus e escritor de alguns dos livros do Novo Testamento. João é geralmente conhecido dentro da tradição cristã como “o discípulo amado”. A seguir conheceremos a história e biografia do apóstolo João.

A biografia do apóstolo João:

João era filho de Zebedeu e provavelmente de Salomé (Marcos 1:19; 16:1,2; Mateus 27:56). Seu irmão, Tiago, também pertenceu ao grupo dos doze discípulos de Jesus, Possivelmente Tiago era mais velho do que João, visto que ele sempre é citado primeiro (Mateus 10:2-4). O apóstolo João era pescador de profissão. Seu pai foi um homem próspero no ramo da pesca, pois tinha alguns empregados (Marcos 1:20).

A tradição cristã associa Salomé como sendo irmã de Maria, Mãe de Jesus (cf. Mateus 27:56; João 19:25). Se essa afirmação estiver correta, então o apóstolo João era primo do Senhor Jesus.

Antes de se tornar um dos discípulos de Jesus, o apóstolo João era um seguidor de João Batista (João 1:35-37). João teve um primeiro encontro com Jesus, e depois de um pequeno intervalo de tempo, se tornou um de seus discípulos regular (Marcos 1:16ss; Lucas 5:10).

A personalidade e caráter do apóstolo João:

Alguns acontecimentos registrados nos Evangelhos nos ajudam a entender um pouco sobre como era a personalidade e caráter do apóstolo João. Em certa ocasião Jesus chamou João e Tiago de “filhos do trovão” (Marcos 3:17).

Muito provavelmente essa designação apontava para a natureza explosiva dos dois irmãos. Isso indica que normalmente eles eram homens de emoções controladas, mas em determinadas situações a ira logo os ascendia.

Um exemplo disto pode ser visto quando os habitantes de uma vila samaritana se recusaram a hospedar Jesus. Naquela ocasião os dois irmãos logo disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” (Lucas 9:54).

Ao mesmo tempo em que tal declaração aponta para um temperamento forte, ela também indica o profundo amor e a grande fidelidade que o apóstolo João e seu irmão nutriam pelo Senhor Jesus. Em dada ocasião, talvez devido à influência de sua mãe, João e Tiago deixaram transparecer certo egoísmo ao pedirem que Jesus lhes concedessem lugares privilegiados em seu reino (Marcos 10:37; cf. Mateus 20:20).

João, o discípulo a quem Jesus amava:

No Evangelho de João existem referências acerca de um discípulo a quem Jesus amava (João 13:23; 19:26; 20:2; 21:7,20). É amplamente aceito que tais referências designam o próprio apóstolo João.

Isso significa que ninguém conhecia Jesus mais do que João. Ele caminhou com Jesus diariamente, e na grande noite da instituição ceia do senhor, na celebração da última Páscoa, foi ele quem se reclinou sobre o peito de Jesus e lhe perguntou pessoalmente sobre a identidade do traidor (João 13:23).

O apóstolo João também esteve presente em três importantes ocasiões do ministério de Jesus. Nessas ocasiões ele estava acompanhado de Simão Pedro e Tiago:

  • Quando Jesus ressuscitou a filha de Jairo (Marcos 5:37).
  • Na ocasião da transfiguração (Marcos 9:2).
  • Durante o período em que Jesus esteve no Getsêmani (Marcos 14:33).

Além disso, o evangelista Lucas também nos informa que João e Pedro foram as duas pessoas encarregadas por Jesus de cuidar dos preparativos para a refeição da Páscoa (Lucas 22:8).

No momento da crucificação, o apóstolo João é o discípulo que aparece mais próximo de Jesus no Calvário. Ele também recebeu de Jesus a incumbência de cuidar de Maria (João 19:26,27). Depois, foi ele quem correu juntamente com Pedro ao túmulo de Jesus na manhã da ressurreição (João 20:8).

O ministério apostólico de João:

Depois da ascensão de Jesus ao céu, o apóstolo João é mencionado com destaque na Igreja Primitiva. No livro de Atos, ele frequentemente é citado na companhia de Pedro (Atos 3:1; 4:19; 8:14). 

O apóstolo João foi um dos principais líderes da igreja em Jerusalém (Atos 15:6; Gálatas 2:9). A tradição cristã atribui ao apóstolo João a autoria de cinco livros do Novo Testamento. São eles: o Quarto Evangelho (Evangelho de João), três Epístolas (1,2 e 3 João) e o livro do Apocalipse.

É verdade que existem algumas criticas que tentam contestar a autoria por parte de João de algumas destas obras. O quarto Evangelho e o livro do Apocalipse são os principais alvos dessas críticas. Todavia, as evidências apontam de forma muito mais contundente para a verdade de que realmente foi o apóstolo João quem escreveu todos os cinco livros.

A morte do apóstolo João:

Não é possível afirmar com certeza por quanto tempo o apóstolo João permaneceu em Jerusalém. Mas provavelmente o apóstolo deixou a Palestina no início da Guerra Judaica, antes de 69 d.C.. Nesse tempo ele se mudou para a Ásia Menor.

A tradição cristã desde muito cedo afirma que João viveu por muitos anos na cidade de Éfeso. Foi em Éfeso que ele teria escrito suas obras literárias, com exceção do livro do Apocalipse.

Em algum momento durante o reinado do imperador romano Domiciano (81-96 d.C.), o apóstolo João foi banido para ilha de patmos. Foi em Patmos que ele recebeu as divinas revelações registradas no livro do Apocalipse. 

Com a ascensão do imperador Marco Neva, em Roma (96-98 d.C.), o apóstolo João foi liberado para retornar a Éfeso. Nessa época provavelmente ela já tinha cerca de 90 anos de idade. A tradição afirma que o apóstolo João morreu durante o começo do governo de Trajano, isto é, depois de 98 d.C., com idade bastante avançada.

Algumas antigas críticas também já tentaram afirmar que o apóstolo João não é o mesmo João influente em Éfeso. Isso indicaria que então ele não foi o autor dos livros do Novo Testamento. Tais críticas alegam que o apóstolo João morreu à espada juntamente com seu irmão Tiago por ordem de Herodes Agripa I, ainda nos primeiros anos da Igreja Primitiva, em aproximadamente 44 d.C.

No entanto, tais críticas não se sustentam quando contrapostas às abundantes evidências apresentadas pelas antigas tradições cristãs registradas nos escritos patrísticos. Na verdade a maioria dos estudiosos aceita que a residência e influência do apóstolo João em Éfeso é uma das histórias mais claras e sólidas documentadas nos primeiros anos da Igreja.

Portanto, existem provas suficientes para se acreditar que o apóstolo João realmente morreu em Éfeso. Antes disso, mesmo com a idade avançada, ele continuou exercendo ativamente seu ministério. Ele foi o bispo-chefe das igrejas localizadas na região de Éfeso, e combateu as perigosas heresias (especialmente o gnosticismo) que ameaçavam a pregação do Evangelho.

Alguns escritos afirmam que o apóstolo João morreu com idade tão avançada, que em seus últimos dias ele tinha de ser carregado para as reuniões cristãs. Curiosamente seu irmão Tiago foi o primeiro apóstolo a sofrer martírio (Atos 12:2), enquanto que João foi o último dos apóstolos a deixar a terra e chegar ao céu! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?